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STC – 6 MODELOS DE URBANISMO E MOBILIDADE DR2, DR3 E DR4- Ruralidade e Urbanidade, Administração, Segurança, Território, Mobilidades Locais e Globais Formando: HUMBERTO SANTOS Formador: PAULO RICO Março 2012 INSTITU FORMA

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STC – 6 MODELOS DE URBANISMO E MOBILIDADE

DR2, DR3 E DR4- Ruralidade e Urbanidade, Administração, Segurança, Território, Mobilidades Locais e Globais

Formando: HUMBERTO SANTOS

Formador: PAULO RICO

Março 2012

INSTITUTO DE EMPREGO E FORMAÇÃO

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STC – 6 MODELOS DE URBANISMO E MOBILIDADE

Índice

Índice de Ilustrações................................................................................2

1. Introdução.....................................................................................3

2. Desenvolvimento............................................................................4

2.1. Ruralidade e Urbanidade..............................................................4

2.1.1. Local onde nasci e cresci, relacionado com as alterações sofridas,

nomeadamente a nível de indústria e comércio...............................................4

2.1.2. Alterações sofridas, nomeadamente a nível de indústria e

comércio, considerando as alterações verificadas no espaço............................5

2.1.3. Técnicas utilizadas na agricultura tradicional e na agricultura

moderna, indicando métodos, técnicas e produtos utilizados atualmente na

preservação do ambiente face aos mais antigos..............................................6

2.2. Administração, Segurança e Território..........................................10

2.2.1. Relação entre o desenvolvimento da rede rodoviária e a

transformação da densidade e aglomeração populacional dos territórios...........10

2.2.2. Técnicas de vigilância, sinalização e segurança rodoviária na

vertente tecnológica..................................................................................11

2.2.2.1. Exemplos.........................................................................11

2.2.3. A importância do pelouro do urbanismo na gestão do território. . .13

2.2.3.1. Visão crítica da cidade de Setúbal.......................................13

2.2.4. Condução sob o efeito do álcool, no âmbito da segurança

rodoviária 14

2.2.5.1. Airbag..............................................................................18

........................................................................................................19

2.3. Mobilidades locais e Globais.......................................................19

2.3.1. Fluxos migratórios (de entrada e saída) verificados em Portugal no

século XX 20

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2.3.2. Relação dos fluxos migratórios com estruturas de oportunidades

(económicas, políticas e culturais) muito assimétricas entre regiões e países....22

2.3.3. Os meios de transporte utilizados nas migrações ao longo dos

tempos e suas características.....................................................................23

2.3.4. Alterações dos custos e tempos de transporte na estrutura das

migrações 24

2.3.5. Desenvolvimento dos meios de transporte, as suas evoluções

tecnológicas e as configurações das migrações efetuadas..............................25

3. Conclusão...................................................................................26

Web Grafia...........................................................................................27

Índice de Ilustrações

Ilustração 1 - Travessa Álvaro Anes - Bairro Troino............................................4

Ilustração 2 - QUINTA DA SABOARIA................................................................5

Ilustração 3 - Agricultura Tradicional...................................................................7

Ilustração 4 - Aspeto de Agricultura Moderna......................................................8

Ilustração 5 - Avião a pulverizar...........................................................................9

Ilustração 6 - Mapa das autoestradas em 2010.................................................10

Ilustração 7 – Sistema de videovigilância para controlo de tráfego...................12

Ilustração 8 - Sistema de navegação.................................................................12

Ilustração 9 - Auditório no Largo José Afonso...................................................14

Ilustração 10- Campanha Álcool e Condução...................................................15

Ilustração 11- Sistema de Travagem ABS.........................................................17

Ilustração 12- Funcionamento de um Airbag.....................................................19

Ilustração 13 - Emigração..................................................................................20

Ilustração 14 - Imigração em Portugal...............................................................21

Ilustração 15 - Evolução dos meios de transporte.............................................24

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1. Introdução

Este é um trabalho referente à disciplina de STC – 6, cujo tema reflete

os modelos de urbanismo e mobilidade. Inseridos no tema em questão, irão ser

analisados e retratados assuntos relacionados com os seguintes domínios de

referência: Dr2- Ruralidade e Urbanidade, Dr3- Administração, Segurança e

Território e Dr4- Mobilidades locais e Globais.

Relacionado com o Dr2, primeiramente, irei refletir sobre o espaço onde

nasci e cresci, relacionando-o com as alterações sofridas, nomeadamente a

nível de indústria e comércio, considerando as alterações verificadas no

espaço relatarei que novas profissões foram surgindo, se tiveram ou não algum

impacto profissional, no meu caso em particular e, por fim, referirei as técnicas

utilizadas na agricultura tradicional e na agricultura moderna, indicando

métodos, técnicas e produtos utilizados atualmente na preservação do

ambiente face aos mais antigos. Relativamente ao DR3, explorarei a relação

entre o desenvolvimento da rede rodoviária e a transformação da densidade e

aglomeração populacional dos territórios, seguidamente, identificarei as várias

técnicas de vigilância, sinalização e segurança rodoviária na vertente

tecnológica, irei refletir sobre a importância do pelouro do urbanismo na gestão

do território, dando alguns exemplos, abordarei o tema da condução sob o

efeito do álcool, no âmbito da segurança rodoviária, assim como os

mecanismos de segurança existentes nos novos veículos automóveis.

Por fim, em conformidade com o DR4, identificarei alguns fluxos

migratórios (de entrada e saída) verificados em Portugal no século XX,

relacionarei esses fluxos migratórios com estruturas de oportunidades

(económicas, políticas e culturais) muito assimétricas entre regiões e países, os

meios de transporte utilizados nas migrações ao longo dos tempos e suas

características, posteriormente relatarei as alterações dos custos e tempos de

transporte na estrutura das e, por último, relacionarei a evolução dos meios de

transporte, as suas evoluções tecnológicas e as configurações das migrações

efetuadas.

A componente linguística deste trabalho está formulada segundo o novo

acordo ortográfico.

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- Travessa Álvaro Anes - Bairro

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2. Desenvolvimento

2.1. Ruralidade e Urbanidade

2.1.1. Local onde nasci e cresci, relacionado com as alterações sofridas, nomeadamente a nível de indústria e comércio

O bairro de Troino, local onde vivi até aos meus doze anos1, é um dos

mais característicos e antigos

bairros da cidade de Setúbal,

remontando os seus primórdios

à época romana. Originalmente

e até aos dias de hoje tem sido

uma área de habitação da

comunidade piscatória, dada a

sua proximidade da zona

ribeirinha. Tem também

acolhido outras atividades

ligadas ao mar como armazéns

de pesca, pequenas oficinas e

diverso comércio.

Nas duas últimas décadas o

típico bairro tem vindo a

acentuar uma vocação para

acolher estabelecimentos de

restauração baseados na

confeção de peixe grelhado, bem como cafés, bares e esplanadas. Uma

evolução ditada, não por qualquer plano, mas pela, desde sempre, ligação à

pesca.

Ao longo do ano, mas com especial incidência nos meses de Verão, os

estabelecimentos da zona são procurados por muitos milhares de pessoas. O

número de restaurantes tem vindo a aumentar e Troino é já um destino de

turismo gastronómico. Mas o bairro não reúne condições adequadas a tal

responsabilidade. Quer os espaços públicos, quer a grande parte das

1 Seguindo a seta mostra a casa onde vivi até aos doze anos de idade

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QUINTA DA SABOARIA

1 – Local onde iniciei a minha atividade laboral2 – Praia da Saúde3 – Nova urbanização

Fonte: Google Earth datada de 23/06/2007

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construções apresentam-se em muito más condições. Há mesmo uma taxa

elevada de edifícios desocupados, degradados ou em ruínas.

2.1.2. Alterações sofridas, nomeadamente a nível de indústria e comércio, considerando as alterações verificadas no espaço

Ilustração 2 - QUINTA DA SABOARIA

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A zona da Saboaria, assim como a zona das Fontainhas, locais onde o

meu pai possuiu estabelecimentos industriais de cromagem, foram durante o

século XX, locais de grande concentração industrial Foi nestas zonas, em

particular na zona da Saboaria, que iniciei a minha atividade laboral.

. As fábricas de conservas de peixe de Setúbal, em grande abundância

nestas zonas, eram nacionalmente reconhecidas, tendo-se verificado nos

últimos anos alguns esforços de reativação desta atividade na cidade, a qual

atraiu diversos trabalhadores do Alentejo e Algarve durante o seu período de

maior dinamismo.

Atualmente, na zona da Saboaria encontram-se instalados diversos

restaurantes, com uma oferta gastronómica algo variada. Também nesta zona,

situam-se a maioria dos clubes noturnos e bares da cidade, assim como tem

sido feito um esforço de revitalização urbana por parte de empreiteiros e da

própria câmara municipal. Entre os projetos já realizados destacam-se o

Programa Pólis, que veio reorganizar a Avenida Luísa Todi, a construção da

zona residencial da Quinta da Saboaria e o Parque Urbano de Albarquel. Para

breve, espera-se a deslocalização dos barcos rebocadores e a demolição de

alguns edifícios velhos de fábricas para se dar início à construção da Praia da

Saúde.

2.1.3. Técnicas utilizadas na agricultura tradicional e na agricultura moderna, indicando métodos, técnicas e produtos utilizados atualmente na preservação do ambiente face aos mais antigos

O desenvolvimento tecnológico da agricultura, sobretudo a partir da

segunda metade deste século, permitiu a incorporação de um conjunto de

tecnologias “avançadas” ou “modernas” que, evidentemente aumentaram a

produção e a produtividade das atividades agropecuárias, a par de alterar

relações sociais no campo. Contudo, a incorporação dessas tecnologias

frequentemente ocorreu de forma inadequada à realidade do meio rural, seja

pela maneira como se deu esta implantação, seja pela natureza das

tecnologias introduzidas. O predomínio de práticas e métodos que se tornaram

convencionais, como a monocultura, o uso massivo de agrotóxicos2, a

2 Agro-tóxico (agro- + tóxico) adj. S. m. [Agricultura] Diz-se de ou produto químico usado para combater e prevenir pragas agrícolas. Fonte: http://www.priberam.pt/dlpo/default.aspx?pal=agrot%F3xico

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Fonte: http://professormarcianodantas.blogspot.pt/2011/09/o-mundo-rural.html

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desflorestação generalizada, a administração inadequada do solo e da água,

revelam na verdade um problema mais profundo de relação homem-meio

físico, com consequências ambientais (erosão, contaminação do solo e

nascentes de água, perda da biodiversidade) e sociais (êxodo rural acentuado),

com o consequente agravamento de problemas urbanos.

Analisando dois tipos de agricultura, a tradicional e a moderna,

verificamos que existem grandes diferenças, quer na aplicação de métodos de

cultivo, nas técnicas ou nos produtos utilizados.

A agricultura tradicional pauta-se por ser uma agricultura de

subsistência, ou seja, para

consumo próprio, sendo

muito praticada nos países

subdesenvolvidos,

existentes em continentes

como África, América Latina

ou mesmo a Ásia. Possui um

carácter rudimentar e

rotineiro, utilizando técnicas

e instrumentos

primitivos/simples, onde são

usados fertilizantes naturais (caso do estrume animal), tendo baixos

rendimentos agrícolas, muito praticada em explorações agrícolas de reduzida

dimensão e ocupa uma grande percentagem da população ativa.

No que respeita à agricultura moderna, esta é essencialmente praticada

nos países desenvolvidos e industrializados, tendo como principal objetivo a

maior produção possível.

Foi com o aparecimento de empresas agrícolas que ocupam grandes

áreas que, em meados do século XX, surgiu a chamada Agricultura Moderna

como forma de responder à crescente necessidade de produzir mais

rapidamente maiores quantidades de alimentos.

Este tipo de agricultura utiliza em grande escala o trabalho mecanizado

o que favorece a produção de bens alimentares. São as máquinas que

realizam a grande maioria do trabalho agrícola como a monda, a irrigação, a

aplicação de pesticidas e fertilizantes, entre outros.

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Ilustração 3 - Agricultura Tradicional

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Fonte: http://eco4planet.com/blog/2010/08/agricultura-moderna-reduz-emissao-de-co2/

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O agricultor torna-se, então, mecânico, tratorista, condutor de engenhos,

etc. O reordenamento territorial assume cada vez maior importância dada a

necessidade da paisagem agrícola se adaptar às novas máquinas e técnicas

de trabalho. A agricultura moderna assenta numa verdadeira planificação do

espaço rural.

Na prática da agricultura moderna, os agricultores recorrem a um regime

de monocultura, ou seja dedicam-se à produção de uma única espécie. O trigo,

o arroz, o milho, o tomate e a batata, são exemplos de culturas geralmente

cultivadas sob este regime.

A agricultura moderna apresenta-se como a melhor forma de dar

resposta à crescente procura de produtos agrícolas. No entanto, ela apresenta

diversos aspetos negativos que não convém ignorar.

A necessidade de uma agricultura monocultural latifundiária para

rentabilizar a maquinaria e maximizar a produção apresenta, porém, enormes

inconvenientes:

Maior degradação dos solos no período de repouso em que a

parcela é facilmente erodida3 porque fica mais exposta aos

agentes atmosféricos;

3 Erodir no idioma Português erodir (e-ro-dir) (lat erodere) vtd 1 Corroer. 2 Geol Desgastar (solo, rochas) pela ação de água, vento ou gelo de geleiras. Fonte: http://www.dicionarioweb.com.br/erodido.html

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Ilustração 4 - Aspeto de Agricultura Moderna

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Fonte: http://envolverde.com.br/saude/entrevista-saude/o-uso-de-agrotoxicos-no-brasil-e-

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O sistema monocultural, fazendo incidir toda a pressão da cultura

sobre certos elementos minerais e orgânicos, esgota rapidamente

os solos tornando-os improdutivos, mesmo lançando-se mão de

dispendiosos processos de fertilização;

Maior facilidade na proliferação das pragas em grandes

extensões da mesma cultura;

A tecnologia na agrícola moderna constitui também um poderoso

fator de degradação dos solos. O intenso trabalho mecânico, com

máquinas muito pesadas, favorece a compactação do solo que

dificulta a circulação do ar e da água que, circulando

superficialmente acelera a erosão;

Por outro lado, o uso maciço de produtos químicos (fertilizantes,

pesticidas, herbicidas, etc.), muitos deles de alta toxicidade, pode

durante algum tempo aumentar os rendimentos da terra. Mas se o

solo não for compensado com fertilizantes orgânicos, ele acabará

por empobrecer e tornar-se estéril. Estes produtos químicos

contribuem também para a contaminação dos recursos hídricos

superficiais e subterrâneos e para introdução de elementos

tóxicos nos alimentos.

Esta

agricultura

tem assim

grandes

impactos

negativos

sobre o

ambiente.

Desde

algumas

décadas a

esta parte, têm vindo a desenvolver-se novas técnicas com o

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Fonte: http://anossaterrinha.blogspot.pt/2010/10/auto-estradas-e-assimetrias-regionais.html

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objetivo de melhorar a produtividade vegetal e a diminuir o impacto dessa

atividade nos ecossistemas.

2.2. Administração, Segurança e Território

2.2.1. Relação entre o desenvolvimento da rede rodoviária e a transformação da densidade e aglomeração populacional dos territórios

A necessidade de vencer as distâncias entre os diversos pontos de

interesse no território resultou em esforços por parte das sociedades no sentido

de criar condições para facilitar as deslocações, processo consolidado, ao

longo do tempo, numa relação cada vez mais complexa entre os transportes e

as formas de organização espacial.

As vias de comunicação e os

meios de transporte desempenham

um papel relevante no

desenvolvimento, constituem um

sector importante da vida nacional,

permitem uma maior facilidade de

movimentos no escoamento de

recursos naturais, de produtos

agrícolas e industriais e facilitam o

intercâmbio social, cultural e

económico entre as populações.

A facilidade de acessos

contribui para a desconcentração de

pessoas e consequente expansão dos

centros urbanos periféricos,

criação de novos serviços e

bens de equipamento,

desenvolvimento da atividade

comercial nos locais de residência, dando origem ao que, no último século, se

designou por suburbanização.

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Ilustração 6 - Mapa das autoestradas em 2010

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Alguns desses núcleos urbanos desenvolvem atividades tais, que

adquirem estatuto de cidade, podendo designar-se por “cidade dormitório” ou

“cidade satélite”.

É também um dos fatores que mais contribui para aumentar a sociabilidade

humana nas relações cidade-campo, principalmente na área do lazer.

2.2.2. Técnicas de vigilância, sinalização e segurança rodoviária na vertente tecnológica

Com o aumento exponencial de veículos automóveis em circulação na

rede rodoviária, aliado ao progresso das novas tecnologias, foram sendo

criadas e implementadas técnicas/dispositivos de modo a garantir a segurança

dos ocupantes das viaturas.

De facto, Portugal tem tido uma evolução significativa em relação às

técnicas de vigilância, à sinalização na vertente tecnológica, seja para motivos

dissuasores dos condutores, seja para ajuda e auxílio dos mesmos. Segundo o

Decreto-Lei nº 207/2005 SISTEMAS DE VIGILÂNCIA RODOVIÁRIA E

TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO de 29 de Novembro “Os sistemas de

vigilância electrónica constituem um importante instrumento no quadro das

políticas de prevenção e de segurança rodoviárias, bem como na detecção de

infracções estradais. As estatísticas relativas ao número de acidentes com

vítimas reflectem a situação nacional nesta matéria, com índices relativos

superiores à média europeia, apesar da tendência decrescente que se tem

verificado.

Estes meios constituem não só um meio de dissuasão relevante mas,

igualmente, um sistema que permite potenciar a acção das forças de

segurança nesta missão essencial para a salvaguarda de pessoas e bens.”

2.2.2.1. Exemplos

Existem diversos

equipamentos aprovados para

uso na fiscalização do trânsito,

assim como equipamentos

auxiliares na condução do dia-

a-dia.

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Fonte: http://adefesadefaro.blogspot.pt/2011/11/faro-camara-e-policia-colocam-em.html

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Como equipamentos de fiscalização, muito utilizados pelos agentes de

autoridade, temos os alcoolímetros, balanças, bloqueadores, as câmaras de

captura de matrículas, os cinemómetros4/radares, equipamentos de vídeo para

controlo de velocidade, parquímetros/parcómetros, sonómetros, testes de

rastreio de saliva, a via verde, entre outros.

Relativamente a equipamentos de auxílio na

condução podemos destacar o sistema de

assistência ao condutor (regulador

ativo de velocidade – Adaptive

Cruise Control), sistemas de

posicionamento (GPS5), alertas de

marcha atrás, o tacógrafo digital

(equipamento que tem a função de

indicar, registar e memorizar

automaticamente os dados sobre a

marcha do veículo, os tempos de

condução e repouso do

motorista),

computador de bordo em muitos veículos, módulos de navegação cuja função

é dar ao motorista instruções de orientação através de interface visual e/ou

vocal, entre outros.

2.2.3. A importância do pelouro do urbanismo na gestão do território

O Ordenamento do Território é responsável pela delimitação das zonas

urbanas, industriais, agrícolas, florestais e naturais, permitindo gerir de maneira

adequada, a ocupação, o uso, e a conservação dos solos.

4 Cinemómetro significa «indicador de velocidades» Fonte: http://www.ciberduvidas.pt/pergunta.php?id=25174

5 O sistema de posicionamento global, popularmente conhecido por GPS (acrónimo do original inglês Global Positioning System, ou do português "geo-posicionamento por satélite") é um sistema de navegação por satélite que fornece a um aparelho recetor móvel a posição do mesmo, assim como informação horária, sob todas quaisquer condições atmosféricas, a qualquer momento e em qualquer lugar na Terra, desde que o recetor se encontre no campo de visão de quatro satélites GPS. Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_de_posicionamento_global

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Ilustração 8 - Sistema de navegação

– Sistema de videovigilância para

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O Urbanismo pressupõe planeamento, avaliação e estudo das nossas

cidades, do nosso território urbano. Urbanismo acarreta urbanização, a que se

seguirá aumento da construção, aumento da população, necessidade de mais

equipamentos, mais infraestruturas sociais, entre outros.

O objetivo da exigência do pelouro do urbanismo em qualquer autarquia

é o de garantir que o território esteja organizado e urbanizado em função do

interesse coletivo dos cidadãos, do seu bem-estar e da sua qualidade de vida.

O desordenamento do território é visível por todo o país, consequência

do crescimento desequilibrado do tecido urbano, fruto de construções sem

regras nem critérios. A legislação que foi surgindo nas últimas décadas tenta,

pelo menos em teoria, coordenar de forma sustentável a organização do

território, quer a nível nacional, quer a nível local.

2.2.3.1. Visão crítica da cidade de Setúbal

Num âmbito mais particular, gostaria de realçar o caso da cidade de

Setúbal, cidade onde nasci.

Conforme podemos ler na página web, da empresa OA – Oficina de

Arquitectura6, “Polis de Setúbal - Requalificação da Av. Luísa Todi e espaços

envolventes. - Este projeto insere-se no programa promovido pela Sociedade

Setúbal Polis.

O conceito urbano e a organização viária e do espaço público são

determinados pelo Plano de Pormenor elaborado pela “Risco-Projetistas e

Consultores do Design SA” para a Câmara Municipal. Durante a realização do

projeto e obra houve alterações significativas, nomeadamente quanto ao

sistema de circulação e renúncia a um corredor dedicado aos transportes

públicos. Algumas destas, por serem parcelares e casuísticas muito

prejudicaram, na nossa opinião, a qualidade final da obra.

Nos seus princípios gerais, o projeto procurou consagrar a preservação

da memória do sítio, nomeadamente da mais importante intervenção urbana

realizada na década de sessenta. “

6 Fonte: http://www.oficina-arquitectura.pt/projectos.php?id=48

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Fonte: http://www.forumsetubal.net/t6-largo-jose-afonso-a-magnifica-obra

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Apesar de estar em curso este programa <Polis>, na minha opinião,

pouco ou nada se fez que viesse proporcionar, a quem vive na cidade de

Setúbal, melhores condições de habitabilidade.

Espaço público degradado e sem vida, como é o caso da baixa histórica

da cidade que a partir das 19 horas mais parece um deserto, aliado à falta de

segurança atrai a delinquência e afasta as pessoas da rua implicando assim

um estilo de vida sedentário. Percorrendo a cidade, seja de automóvel ou a pé,

pelos seus bairros verifica-se que são escassas as infraestruturas, ou seja os

parques, jardins, o mobiliário urbano, esplanadas, quiosques que proporcionem

aos habitantes momentos de lazer. Outra das lacunas que me convém realçar

é precisamente a falta de espaços culturais. O fórum Luiza Todi com obras já

há largos meses e o auditório do Largo José Afonso, uma das obras que mais

suscitaram críticas por parte dos setubalenses, seja pela sua estética seja pela

sua funcionalidade.

.

2.2.4. Condução sob o efeito do álcool, no âmbito da segurança rodoviária

É importante que o condutor em exercício se encontre em bom estado

físico e psíquico. Só nestas circunstâncias, para além de uma boa preparação

teórico-prática, é possível garantir um bom desempenho na condução. A dor

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- Auditório no Largo José Afonso

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Ilustração 10- Campanha Álcool e Condução

Fonte: pradigital-sandrajacinto.wikispaces.com

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física pode distrair e prejudicar a condução. O cansaço físico pode, também,

limitar os movimentos dos membros e adormecer parte do corpo. O estado

febril pode causar sonolência e distração, bem como a ingestão de

determinados medicamentos.

O mesmo sucede com o estado psíquico. Subfactores, tais como o sono,

o cansaço, o stress

quotidiano

prolongado, estado

depressivo, a

adrenalina, as

substâncias

psicostimulantes ou

o álcool, podem

potenciar muito a

ocorrência do

sinistro rodoviário. Segundo o “Manual

de Segurança de

Trânsito para

Profissionais de

Trânsito e de

Saúde7” Os efeitos

imediatos do álcool no cérebro podem ser de caráter depressor ou estimulante,

em função da quantidade absorvida. Em ambos os casos, o álcool produz uma

alteração fisiológica que aumenta o risco de acidentes, visto que modifica a

capacidade de discernimento, torna os reflexos mais lentos, diminui a vigilância

e reduz a acuidade visual.

Fisiologicamente, o álcool também provoca diminuição da pressão

sanguínea e depressão das funções de consciência e respiração. Além disso, o

álcool tem propriedades analgésicas e anestésicas em geral.

O álcool pode alterar a capacidade de discernimento e aumentar o risco

de acidente mesmo com um nível baixo de alcoolemia. Todavia, os efeitos

negativos são progressivamente intensificados à medida que a alcoolemia

7 Fonte: http://whqlibdoc.who.int/publications/2007/9782940395088_por.pdf

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Fonte: http://carrocarro.com.br/2010/freios-abs-saiba-como-eles-funcionam/

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aumenta. Não são apenas a capacidade de discernimento e os reflexos que

ficam prejudicados: a visão também sofre deterioração. Além do risco direto de

acidente, acredita-se que o álcool prejudique outros aspetos da segurança do

condutor, como o uso de cinto de segurança e capacete e o respeito dos limites

de velocidade. Embora este manual tenha deliberadamente deixado de lado o

uso de outros tipos de droga, vale a pena lembrar que o consumo de álcool, em

parte porque favorece a perda da inibição, é com frequência associado ao uso

de outras drogas que podem afeta o desempenho ao volante. (…) As

alterações fisiológicas provocadas pelo álcool aumentam consideravelmente os

riscos de acidentes, tanto para os condutores de veículos automotores ou

motocicletas como para os pedestres; beber e dirigir é com frequência

apontado como um dos fatores mais graves e determinantes para acidentes de

trânsito em países em que os veículos motorizados são amplamente utilizados.

Os condutores alcoolizados correm um risco muito maior de acidentes

de trânsito que os motoristas não alcoolizados, e esse risco cresce

consideravelmente conforme aumenta a concentração de álcool no sangue. No

caso dos motociclistas, calcula-se que uma alcoolemia superior a 0,05 g/100 ml

aumente em até 40 vezes o risco de acidente, comparando-se com uma

alcoolemia zero.”

2.2.5. Mecanismos de segurança existentes nos novos veículos automóveis

Atualmente existem

diversos mecanismos de

segurança automóvel, que

garantem uma condução mais

segura, permitindo assim

prevenir acidentes ou

protegendo o condutor e

restantes ocupantes do veículo.

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Ilustração 11- Sistema de Travagem ABS

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Podemos então dividir os mecanismos em duas vertentes, uma de

segurança ativa e outra de segurança passiva.

Mecanismos de Segurança ativa são aqueles que garantem uma

condução mais segura, procurando assim prevenir acidentes automóveis, tais

como, o ABS- Sistema anti bloqueio de travões com a função de evitar o

bloqueio de uma ou mais rodas durante a travagem, assegurando, deste modo,

o controlo do veiculo e sua imobilização, O BA- Assistência de Travagem

permite o aumento do esforço de travagem aliviando o pedal, EBD- Distribuição

Eletrónica da Força de Travagem responsável pela garantia de que está

disponível em cada roda a maior força de travagem, VSC- Controlo de

Estabilidade do Veiculo, este sistema controla automaticamente a força dos

travões e a potencia do motor para ajudar a impedir derrapagens, TRC-

Controlo de Tração, reduz automaticamente a potência do motor para evitar a

patinagem e restabelecer a tração, MICS- Sistema de Intrusão Mínima do

Habitáculo, com a finalidade de dispersar eficientemente a energia proveniente

de um impacto, SRS- Sistema Suplementar de Segurança, ou seja, numa

colisão, o Sistema de Segurança dá origem a que o airbag dispare

instantaneamente para complementar a ação do cinto de segurança na

redução do impacto do condutor contra o volante da direção, ou do passageiro

contra o tablier, ISOFIX- Sistema de Fixação para Cadeira de Criança, sendo

uma estrutura bem segura e rápida entre a cadeira da criança e a carroçaria do

veiculo, feita através de um encaixe de garras existentes nas extremidades dos

braços rígidos da basse do assento, ELR- Redutor de Travagem de

Emergência e de Tensão, este sistema tranca o cinto de segurança para o

individuo não ser projetado e cuspido da viatura, em caso de acidente brusco.

Quanto aos mecanismos de Segurança Passiva, temos a salientar os

cintos de segurança, que servem para impedir o embate dos passageiros e

condutor contra o tablier, volante ou o para-brisas, os Airbags, sejam eles

frontais ou laterias.

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2.2.5.1. Airbag

O airbag é um mecanismo de segurança dos carros que funciona de

forma simples, ou seja, quando o carro sofre um grande impacto, vários

sensores dispostos em partes estratégicas do veículo (frontal, traseiro, lateral

direito, lateral esquerdo, ou, atrás dos bancos do passageiro e motorista) são

acionados emitindo sinais para uma unidade de controlo, que por sua vez

reconhece qual foi o sensor atingido acionando o airbag mais adequado para a

segurança dos ocupantes do veiculo.

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Ilustração 12- Funcionamento de um Airbag

Fonte: http://seguroautofacil.com.br/blog/o-que-e-e-como-funciona-o-airbag/

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Fonte: http://www.museu-emigrantes.org/

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2.3. Mobilidades locais e Globais

A história dos seres humanos é a história da mobilidade global, como

evidenciado pelas viagens longas tomadas pelos nossos ancestrais pré-

históricos. Nunca antes acontecera um tão grande movimento de pessoas em

todo o planeta, ou seja, mais de 200 milhões em todo o mundo, uma população

maior do que a maioria dos países do mundo.

O fenómeno da mobilidade humana constituiu-se como a expressão

mais significativa da transformação social e cultural da humanidade, fazendo

dos atores migrantes os principais motores da história da civilização, onde se

experimentam, ao mesmo tempo, a tragédia e a grandeza humana.

2.3.1. Fluxos migratórios (de entrada e saída) verificados em Portugal no século XX

O século XX português ficou marcado por sucessivas vagas de

emigrantes de Portugal para vários países do Mundo. Estima-se que mais de

três milhões de portugueses deixaram o país em busca de uma vida melhor. O

primeiro local para onde emigraram muitos portugueses foi o Brasil, fascinados

pela imensidão do

país, pela sua

riqueza e por se falar

o mesmo idioma.

Diversos são

os motivos que, ao

longo do tempo, têm

levado as pessoas a

emigrar.

Principalmente as más condições de vida no país de origem têm a sua principal

causa.

Porém, importa ressalvar que também algumas circunstâncias de

natureza política,

nomeadamente

nos anos da

ditadura em Portugal, determinaram a necessidade de emigrar como por

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Ilustração 13 - Emigração

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Ilustração 14 - Imigração em Portugal

Fonte: http://cosmocronos.blogspot.pt/2012/02/fluxos-migratorios.html

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exemplo, devido a perseguições de natureza política, à falta de liberdade de

expressão, à guerra nas antigas colónias (Angola, Moçambique, Guiné-Bissau)

e sobretudo às práticas sociais dominantes que levaram à fuga de muitos

jovens, antes ou durante o cumprimento do serviço militar.

Foi neste período que se registaram os valores mais elevados de

emigração em Portugal. Entre 1960 e 1974 terão emigrado mais de 1,5 milhões

de portugueses, ou seja, uma média de 100 000 saídas anuais, que só a crise

petrolífera de 1973 e consequente recessão económica veio travar.

Foi uma fase de intensa emigração para a Europa, sendo o principal

destino a França, país que recebeu cerca de um terço dos emigrantes na

primeira metade dos anos 60.

No reverso da medalha, ou seja, Portugal como país de acolhimento,

vários fluxos migratórios começaram a surgir a partir da década de 90, do

século passado, nomeadamente oriundos de países lusófonos, dada a

proximidade cultural e linguística.

Porém,

a

partir

do final

dos anos

90 (1999),

começou a surgir um novo tipo de imigração diferente e em massa proveniente

da Europa do Leste, surgindo imprevistamente no país.

Este fluxo migratório muito se deveu à abertura das fronteiras da união

Europeia por parte da Alemanha, contudo, devido á escassez de empregos

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indiferenciados nesse país originou que muitas destas pessoas migrassem

para sul, em particular para a Península Ibérica, onde existiam grandes

necessidades de mão-de-obra para a construção civil e agricultura nos dois

países ibéricos.

A maioria desses imigrantes estava dividida em dois grupos, os eslavos

(ucranianos, russos e búlgaros) e os latinos de leste (romenos e moldavos).

Este tipo de imigração vinda do leste tornou-se de difícil controlo, começando a

surgir e atuar “máfias” organizadas que traziam e controlavam imigrantes.

Segundo a notícia “27 arguidos da mafia de leste em julgamento”

publicada no DN Portugal8 podemos ler um artigo relativamente ao que se

acabou de citar.

Em 2003, a imigração em massa originária do leste europeu estancou

passando a ser um fluxo mais ténue. Passou a surgir uma imigração mais

significativa de brasileiros e asiáticos, nomeadamente de indianos e chineses.

2.3.2. Relação dos fluxos migratórios com estruturas de oportunidades (económicas, políticas e culturais) muito assimétricas entre regiões e países

Os novos contornos das migrações internacionais tornam-se cada vez

mais complexos uma vez que ligam povos e sociedades através de distâncias

cada vez maiores.

Enquanto a proporção da população mundial que atravessa fronteiras

não evoluiu significativamente nas últimas três décadas, os destinos, as

motivações e os meios de transporte dos migrantes são, hoje em dia,

muitíssimo mais variados. Uma vez estabelecidos, os laços são conservados e

reproduzidos graças à mediação de vastas redes sociais que se estendem

através do globo. Este processo foi facilitado pela globalização dos mercados

de trabalho, o que proporcionou novas motivações e novos meios para as

migrações internacionais das pessoas. As mudanças culturais e técnicas que

estão no centro da globalização contribuem para a criação, em simultâneo, dos

meios e da motivação para migrar.

8 Fonte: http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1524467

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Para além disto, é hoje difícil distinguir entre países de emigração, de

imigração e de trânsito, uma vez que um número crescente de países enfrenta,

em simultâneo, os três tipos de fenómenos. Alguns migrantes podem instalar-

se definitivamente no país de chegada. Outros migram com a intenção de

voltar aos seus países de origem, enquanto os “migrantes em trânsito”

instalam-se temporariamente, com vista a continuar para um destino melhor.

Algumas pessoas deslocam-se de forma circular e repetida entre o seu

país de origem e um país de acolhimento. Outros migram de um país de

acolhimento para outro, frequentemente no interior de redes económicas de

sociedades multinacionais ou de redes socioculturais ou de comunidades

internacionais.

Hoje, uma pessoa pode trabalhar num país, viver num outro e ser

cidadão de um terceiro. Os negócios assumem um carácter internacional, e os

migrantes mandam remessas para atender a questões familiares e

comunitárias, conservando laços culturais e sociais intensos com as

comunidades de origem. Os parceiros matrimoniais podem ser procurados nas

comunidades de origem, e podem desenvolver-se laços permanentes

diversificados entre espaços afastados.

Devido a uma nova conjetura nacional derivada de uma crise social,

atingindo um grande número de desempregados, cerca de 150.000

portugueses emigraram no ano de 2011, aproximando-se da registada nos

anos de 60 e 70 do século passado, conforme publicação da SIC Notícias

Emigração em Portugal em 2011 aproximou-se da registada nos anos 60 e 70.

2.3.3. Os meios de transporte utilizados nas migrações ao longo dos tempos e suas características

O homem primitivo começou por usar o seu próprio corpo como força

motriz para se deslocar, porém com a evolução natural, necessitou de meios

que lhe permitissem deslocar entre dois lugares, cada vez com maior rapidez.

Com a invenção da roda, o homem foi capaz de criar meios que lhe

possibilitaram o acesso entre esses pontos com tração animal.

Com os descobrimentos de novos Continentes uma nova forma de

transporte ganhou importância - o barco. Mais seguro, permitia vencer as

grandes rotas marítimas transportando mercadorias, armadas até regiões

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Fonte: http://www.prof2000.pt/users/elisabethm/pagina11/inicial.htm

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longínquas, sendo movidas inicialmente pela força do vento, e mais tarde, com

a revolução industrial, pela máquina a vapor. A necessidade crescente de

comunicação entre as diferentes comunidades humanas e, sobretudo, o

aparecimento da Revolução Industrial, no século XVIII, vieram modificar

profundamente as formas de transporte até aí utilizadas. A descoberta da

máquina a vapor (e a utilização do carvão como combustível) permitiu uma

importante aplicação da sua força motriz aos transportes - o caminho-de-ferro.

No século XIX com a descoberta de uma nova fonte de energia

(petróleo) veio permitir o desenvolvimento de novos meios de transporte – o

automóvel e o avião.

Os continentes cobriram-se de linhas de caminho-de-ferro, estradas e,

mais recentemente, de aeroportos. As comunicações entre os grupos humanos

e as trocas de mercadorias intensificaram-se, contribuindo para a unificação

dos países e a criação de um mercado nacional e internacional de produtos e

matérias-primas.

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Ilustração 15 - Evolução dos meios de transporte

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2.3.4. Alterações dos custos e tempos de transporte na estrutura das migrações

A procura de meios de subsistência, as questões bélicas ou as

descobertas de novos espaços, contam-se entre os diversos motivos da

história das sociedades que terão suscitado a necessidade de abrir/construir

caminhos, de descrever rotas e itinerários e de clarificar a função dos

transportes no território. Os avanços técnicos da segunda metade do século XX

introduziram alterações de grande significado no território, em particular no

sector dos transportes e comunicações.

Os aumentos de velocidade de circulação de pessoas, bens e

informações, traduzidos pela crescente facilidade de articulação de atividades

no espaço geográfico, resultaram na banalização das deslocações e na

alteração dos quadros de vida das populações.

Antes da revolução industrial, as comunicações e os transportes eram

lentos e pouco seguros. Os fluxos comerciais, as viagens e o conhecimento de

outros lugares eram muito limitados. Com a evolução tecnológica nos

transportes e a sua modernização modificou a noção de distância. Outrora a

distância física media-se pela distância dos quilómetros, hoje em dia mede-se

em termos de distância-tempo e distância-custo. A maior capacidade de carga

dos transportes e a diminuição dos custos permitiram reduzir a distância-custo,

facilitando assim o intercâmbio de técnicas constituindo um fator de

aproximação de povos e culturas.

2.3.5. Desenvolvimento dos meios de transporte, as suas evoluções tecnológicas e as configurações das migrações efetuadas

Tem-se verificado um grande desenvolvimento e modernização dos

meios de transporte, tanto a nível das infraestruturas (pontes, túneis, estradas,

autoestradas), como do parque automóvel, ou mesmo a nível de transporte

ferroviário, não descurando o marítimo ou o transporte aéreo. O aumento da

velocidade, a capacidade de carga e a especialização dos transportes

contribuíram para aumentar a sua importância no tráfego de passageiros e de

mercadorias diversificadas.

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Com a grande diversidade dos meios de transporte, aliados á diminuição

dos custos, veio criar uma nova forma de migração temporária ou sazonal.

Este tipo de migração contempla indivíduos empregados num país que

não o seu durante uma parte do ano, visto que o trabalho que executam se

encontra dependente de condições sazonais (caso das vindimas).

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3. Conclusão

Este é um trabalho respeitante à disciplina de STC-6, cujos domínios de

referência são, Dr2- Ruralidade e Urbanidade, Dr3- Administração, Segurança

e Território e Dr4- Mobilidades locais e Globais.

Ao longo do mesmo, fui confrontado com temas e realidades pelos quais

me exigiu muita pesquisa e reflexão sobre os conteúdos apresentados.

Relativamente ao primeiro domínio de referência sobre ruralidade e

urbanidade, identifiquei as várias alterações sofridas no local onde vivi, a nível

de indústria e comércio e relatei as diferenças existentes entre a agricultura

tradicional e a moderna.

Quanto ao domínio de referência respeitante à administração, segurança

e território, constatei que a segurança rodoviária é uma problemática quase tão

diversa quanto complexa. Atuar nas diversas frentes é por isso um conjunto de

processos que deve ser levado a cabo de forma integrada, seja por parte das

autoridades de trânsito, seja por parte dos condutores. Realço o caso do efeito

visual e/ou auditivo, dissuasor, da presença das autoridades e sistemas de

deteção e vigilância que tem um efeito positivo e imediato no comportamento

dos condutores portugueses.

Sobre o urbanismo opinei sobre aspetos que, no meu entender,

deveriam ter mais atenção por parte do pelouro do urbanismo da cidade de

Setúbal. Gostaria, no entanto, de realçar uma frase do ex-vice-presidente da

Câmara do Porto, Paulo Morais, que afirmou a propósito de corrupção no poder

local, que “A margem de lucro do urbanismo em Portugal só é equivalente à do

tráfico de droga». «Lucro do urbanismo é equivalente ao do tráfico de droga».

Finalmente, reconheci as diferentes formas de mobilidade territorial (do

local ao global), bem como a sua evolução. Concluo que com a forte expansão

das cidades e o aumento da motorização à escala interurbana, vários

problemas começam a surgir, nomeadamente com o alargamento das

periferias, a necessidade de percorrer distâncias cada vez maiores entre locais

de trabalho e residência, os congestionamentos, entre outras, e as desiguais

condições de mobilidade da população, terão contribuído para uma maior

complexidade dos sistemas territoriais, suscitando a necessidade de repensar

as intervenções.

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