Suicídio

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O SUICÍDIO ESTUDO DE SOCIOLOGIA ÉMILE DURKHEIM

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Essa apresentação procura contextualizar o suicídio a partir da obra de Durkheim.

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O SUICÍDIOESTUDO DE SOCIOLOGIA

ÉMILE DURKHEIM

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Análise sobre a obra de Durkheim. O Suicídio está diretamente ligado ao estudo da

divisão do trabalho. De um modo geral, Durkheim percebe de uma

forma positiva a divisão orgânica do trabalho, mas constata que o homem não está muito feliz, o que é um dos indicativos do aumento do número de suicídio nas sociedades modernas.

Apresentação do conceito de anomia na obra Da divisão do trabalho social, caracterizado o fenômeno como uma patologia social.

Anomia: ausência ou desintegração das normas sociais. p. 474.

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Causas para anomia. Fenômenos patológicos: Crises econômicas; Inadaptação dos trabalhadores a suas

ocupações; Violência das reivindicações dos indivíduos

com relação à coletividade. Individualismo. Solução: organização de grupos profissionais

que favoreçam a integração dos indivíduos na coletividade. p.474-476.

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Revela a relação entre o indivíduo e a coletividade. 1- Definição do fenômeno; 2- Refutação das interpretações anteriores

(revisão sobre o tema); 3- Estabelecimento de uma tipologia; 4- Desenvolvimento de uma teoria geral do

fenômeno. Conceito de suicídio: “todo caso de morte

provocado direta ou indiretamente por um ato positivo ou negativo realizado pela própria vítima e que ela sabia que devia provocar esse resultado”. (DURKHEIM, apud ARON, 2002, p.477).

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A taxa de suicídio não varia arbitrariamente, mas em função de múltiplas circunstâncias. p.477-478.

Diferenciação entre suicídio (fenômeno individual) e taxa de suicídio (fenômeno social).

Durkheim afirma que a força que determina o suicídio não é psicológica, mas social.

Oposição entre predisposição psicológica e determinação social e utilização do método clássico das variações concomitantes.

Demonstra que não há uma correlação entre as disposições hereditárias e a taxa de suicídios.

Afasta a possibilidade de suicídio como fenômeno de imitação. p.478-479.

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Suicídio egoísta: correlação entre a taxa de suicídio e os contextos sociais integradores como a família e a religião;

Suicídio altruísta: imperativo social interiorizado; Suicídio anômico: revela-se pela correlação

estatística entre a frequência do suicídio e as fases do ciclo econômico, atinge os indivíduos devido às condições de vida nas sociedades modernas.

Existência de dois tipos de “correntes suicidógenas”: os que se afastam demais do grupo social e os que estão demasiadamente presos ao grupo. p.482-485.

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Definição: latim- sui (próprio) e caedere (matar)- ato intencional de matar a si mesmo.

Dados mundiais: 1 milhão de suicídios por ano e 10 a 20 milhões de tentativas

Faixa etária global: jovens com menos de 35 anos. Brasil: menores médias de suicídio do mundo. França: 4ª maior taxa de suicídio do mundo. Taxa de suicídio no Brasil (2008): 18% Perfil do suicida no Rio Grande do Norte: Sexo masculino. Faixa etária de 20 – 40 anos. Causa morte: enforcamento, arma de fogo. Maior taxa de suicídios na capital: Período natalino (24 – 25 de dezembro de 2009): 8 casos

de suicídio registrados pela PM e ITEP.

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Pesquisa centrada em torno de um grupo social: tendências específicas ao suicídio.

Eliminação da constituição orgânico-psíquica ou influência do meio ambiente para explicar as causas do suicídio.

Objetivos do estudo: 1- demonstrar que a tendência suicida depende de

causas sociais, constituindo-se como fenômeno coletivo.

2- Estudar as taxas de suicídio social. Método empregado: método sociológico. Definição dos tipos sociais de suicídio a partir das

causas. Morfologia dos suicídios: cada classe corresponde a

um tipo de suicídio. Variantes do suicídio: Religião, família, sociedade política, grupos

profissionais, etc.

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Europa, século XIX: índice de suicídio maior nos países protestantes.

Exceção na Alemanha: Baviera (concentração maior de católicos).p. 179.

Conclusões iniciais: 1- As áreas católicas apresentam quatro a cinco

vezes menos suicídios do que os territórios protestantes, seja qual for o país investigado.

2- Os protestantes fornecem mais suicídios que os fiéis de outros cultos. As taxas mínimas são de 20 a 30% e máxima de 300%. p. 180.

Quando o protestante torna-se minoria, a tendência ao suicídio diminui. p.183.

3- Os judeus tem uma disposição menor para o suicídio do que protestantes e inferior aos católicos.p.182.

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Conclusão: a superioridade do protestantismo do ponto de vista do suicídio provém do fato de ele ser uma Igreja menos fortemente integrada do que a Igreja Católica.p.187-188

Os judeus são o grupo com menor taxa de suicídio por viverem obrigatoriamente mais unidos diante das hostilidades dos grupos que os cercam.p.188-189

Análise da taxa de suicídio na Inglaterra: a menor entre os países protestantes, é também o país que, quanto a instrução, mais se aproxima dos países católicos. p.195-196

Análise do gênero feminino: a mulher suicida-se menos do que o homem e também é menos instruída. P.197-198

Considerações finais: O suicídio progride com a ciência: o homem procura se

instruir e se mata porque a sociedade religiosa de que ele faz parte perdeu sua coesão. p.201

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As pessoas casadas se matam menos do que as solteiras, em algumas idades, essa relação se inverte excepcionalmente. p.207-210.

O celibato agrava a tendência ao suicídio. p.209

Leis principais: 1ª. Os casamentos demasiado precoces têm

uma influência agravante sobre o suicídio, sobretudo no que se refere aos homens: os casamentos prematuros determinam um estado moral cuja ação é nociva, sobretudo para os homens. p.214-216.

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2ª A partir de 20 anos, os casados dos dois sexos se beneficiam de um coeficiente de preservação com relação aos solteiros. p.216-217.

3ª O coeficiente de preservação dos casados com relação aos solteiros varia de acordo com os sexos: o sexo mais favorecido no estado de casamento varia, por sua vez, conforme a natureza do sexo mais favorecido. p.217.

4ª A viuvez diminui o coeficiente dos casados dos dois sexos, porém, no mais das vezes, não o suprime completamente. Os viúvos matam-se mais do que os homens casados, mas, de modo geral, menos do que os homens solteiros. p.217.

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É na constituição do grupo familiar que encontra-se a causa principal para o suicídio. P.224.

Quando o casamento é fecundo, o coeficiente de preservação quase dobra. p.226.

A sociedade conjugal tem uma participação pequena na imunidade dos homens casados. p.226.

Na viuvez, o funcionamento da sociedade doméstica fica entravado, faltando uma engrenagem essencial, a mãe.p.229.

A sociedade conjugal prejudica a mulher e agrava sua tendência ao suicídio. p.229.

A imunidade dos indivíduos casados deve-se à sociedade familiar. p.230.

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Regressão da taxa de suicídio quando há maior integração do grupo durante a crise.

Relação direta entre o suicídio e o grau de integração dos grupos sociais: a sociedade é necessária ao indivíduo.

Quando o vínculo que une indivíduo e coletividade se enfraquece, o suicídio se desenvolve.

1- O suicídio varia em razão inversa ao grau de integração da sociedade religiosa.

2- O suicídio varia em razão inversa ao grau de integração da sociedade doméstica.

O suicídio varia em razão inversa ao grau de integração da sociedade política.

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Os únicos tipos de suicídio que devem interessar ao estudo de Durkheim são os suicídios que contribuem para a formação de uma taxa social de suicídios em função das quais ela varia.

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A sociedade é um poder que regula os sentimentos e a atividade dos indivíduos.

O número de falências é um barômetro que reflete com sensibilidade suficiente as variações por que passa a vida econômica (Viena e Paris).

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Tanto não é o crescimento da miséria que provoca o crescimento dos suicídios que também crises favoráveis, cujo efeito é aumentar bruscamente a prosperidade de um país, agem sobre o suicídio do mesmo modo que desastres econômicos (exemplo a conquista de Roma, por Vitor Emanuel em 1870, unificando a Itália,p. 306).

O que demonstra melhor ainda que a depressão econômica não tem a influência agravante que muitas vezes lhe foi atribuída é o fato de que ela produz antes o efeito contrário. Na Irlanda, onde o camponês leva uma vida tão penosa, as pessoas se matam muito pouco (p.309).

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A anomia é, portanto, em nossas sociedades modernas, um fato regular e específico de suicídios, e uma das fontes em que se alimenta o contingente anual. O suicídio anômico tem como causa o fato de sua atividade se desregrar e eles sofrerem com isso (p.329).

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www.nominuto.com/noticias/cidades/policia-registra-oito-suicidios-em-natal-no-periodo-natalino/44170/

www.nominuto.com/policiais-impedem-suicidio-na-ponte-newton-navarro/39573

www.abril.com.br/noticias/ciencia-saude/taxa de suicidio-brasil-aumentos-ultimos-anos-408097.html

www.portaldocoracao-uol.com.br/materias.php?e=saude-mental&e=3501

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ARON, Raymond. As etapas do pensamento sociológico. São Paulo: Martins Fontes, 2002. p.474-496

DURKHEIM, Émile. O suicídio: estudo de caso. São Paulo: Martins Fontes, 2000.