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Sumário Introdução .......................................................................................................... 2 Grandezas Físicas E Grandezas Vetoriais ......................................................... 4 Sistema Internacional De Unidades ................................................................... 5 Grandeza Escalar ............................................................................................... 5 Grandeza Vetorial .............................................................................................. 6 O Movimento É Relativo ................................................................................... 12 Movimento Retilíneo Uniforme (Mru) ................................................................ 13 Rapidez Ou Velocidade Escalar ....................................................................... 14 Movimento Retilíneo E Uniformemente Variado ............................................... 16 Galileu Galilei (1564 – 1642) ............................................................................ 18 Dinâmica .......................................................................................................... 28 Primeira Lei De Newton Ou Princípio Da Inércia .............................................. 31 Segunda Lei De Newton .................................................................................. 33 Peso ................................................................................................................. 34 Terceira Lei De Newton .................................................................................... 36 Força De Atrito ................................................................................................. 38

força de atrito estático .................................................................................. 39 força de atrito cinético ................................................................................... 40 comparando atrito cinético com o atrito estático ........................................... 40

Trabalho ........................................................................................................... 46 Potência ........................................................................................................... 49 Energia Cinética (Ec) ........................................................................................ 51 Energia Potencial Gravitacional (Ep) ................................................................ 53 Conservação De Energia ................................................................................. 55 Referências: ..................................................................................................... 62

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Etapa 1 INTRODUÇÃO

Mas afinal! O que é Física?

Desde os tempos remotos, o homem busca respostas para entender os

fenômenos da natureza. A estes eram atribuídas causas divinas, quase sempre

sinais enviados ao homem por Deus. Conforme a Bíblia, o arco-íris é uma

manifestação da tolerância de Deus diante do disparate humano. Conforme

uma lenda antiga, na sua extremidade haveria um pote de ouro.

No decorrer do tempo o homem percebeu que os fenômenos da natureza

ocorrem nas mesmas condições e têm as mesmas peculiaridades. É

impossível existir arco-íris sem sol e sem chuva; suas cores são sempre as

mesmas. Tal regularidade, o levou a encontrar para esses fenômenos causas

não divinas; por consequência, surgiu a ciência (a qual é dividida em várias

áreas como a química, a matemática, a biologia, a física - entre outras).

Para a física, o arco-íris resulta da dispersão da luz branca do sol ao

incidir numa gotícula de água. Mas a física, assim como as outras ciências, não

explica todos os fenômenos da natureza. Esta, apenas descreve os

fenômenos. E na sua totalidade, tal fato, ainda está muito longe de acontecer.

A palavra física vem do grego – physiké – que significa “ciência das coisas

naturais”. Porém essa é uma denominação moderna. Até o início do século

XVII, a física estava incluída em uma ciência mais abrangente, chamada

filosofia da natureza, que tratava praticamente todos os fenômenos da

natureza. Mais tarde surgiram a física e a química, dedicadas aos seus

respectivos fenômenos. Em contrapartida, desde o fim do século XIX, com a

descoberta da radioatividade e, mais tarde, com o advento da física moderna,

verificou-se que são inúmeros os fenômenos físicos em que a natureza das

substâncias é modificada (caracterizando então um fenômeno químico

associado). Portanto a definição de física não tem um sentido a rigor.

Defini-la formalmente, em definitivo, não é possível. Entretanto, é notório

que a física pode ser descrita de forma que seja mais do que um ramo das

ciências da natureza. Ela é uma ciência fundamental. Ela versa sobre coisas

fundamentais, como o movimento, as forças, a energia, a matéria, o calor, o

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som, a luz e o interior dos átomos. A química é sobre como a matéria se

mantém unida, sobre como se combinam os átomos para formar moléculas, e

sobre como estas se combinam para formar a variedade da matéria que nos

cerca. A biologia é mais complexa e envolve a matéria que é a vida. Assim, a

química é subjacente à biologia, e a física é subjacente à química. Os

conceitos da física fundamentam essas ciências. É por essa razão que a física

é a ciência mais fundamental. Uma compreensão da ciência inicia com uma

compreensão da física. Os volumes desta apostila, têm por objetivo, apresentar

a física, conceitual e matematicamente, de modo que você possa divertir-se

entendendo-a.

Os Temas da Física

Você aprenderá, ao longo de seu curso, como a física interpreta muitos

fenômenos ligados ao:

Movimento – com o estudo da mecânica;

Calor – por intermédio do conhecimento em calorimetria e termologia;

Luz – pelos estudos da óptica geométrica;

Ondas e oscilações – com o estudo dos fenômenos ondulatórios;

Eletricidade – por meio da análise do eletromagnetismo.

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GRANDEZAS FÍSICAS E GRANDEZAS VETORIAIS

Grandeza

Grandeza é tudo o que pode ser medido. Por exemplo, comprimento,

massa, tempo, força e velocidade. Mas algumas coisas, como o cansaço, a

coragem, o amor e a preguiça não podem ser medidas, pois não é possível

atribuir um padrão que permita expressá-las numericamente. Como toda a

ciência, a física só trabalha com grandezas.

Então, poderíamos perguntar: o que é medir uma grandeza? É atribuir um

valor numérico e uma unidade. Em vista disto, há necessidade da escolha de

um padrão. Algo com o qual se possa comparar e medir. O padrão pode ser

um modelo concreto, como o protótipo do quilograma ou definido por regras

reproduzíveis em laboratórios especializados, como o padrão de comprimento,

o metro.

Definição do Metro

De acordo com a resolução estabelecida pela Conferência Geral de Pesos

e Medidas (CGPM) realizada em Paris em outubro de 1983, o metro é, por

definição, a distância percorrida pela luz no vácuo no intervalo de tempo igual a

1/c, em que c representa a velocidade da luz no vácuo (299 792 458 m/s),

considerada exata também, por definição.

Estabelecido o padrão que permite medir uma grandeza, definem-se a

unidade de medida para ela, seus múltiplos e submúltiplos. Em seguida

ajustam-se de acordo com o padrão os instrumentos de medição

correspondentes. A partir daí, a medição passa a ser um processo de

comparação indireta entre o que se mede e o que se quer medir e o padrão

estabelecido.

Em princípio, qualquer indivíduo, comunidade ou nação pode construir e

definir seus próprios padrões e unidades. Mas é fácil imaginar como o mundo

seria complicado se cada país tivesse padrões e unidades próprios. Os

trabalhos científicos, as peças de um automóvel fabricadas em um país para

serem montadas em outro, o preço de uma mercadoria a ser importada ou

exportada necessitam da unificação de todos os padrões e unidades em todo o

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mundo. Essa reivindicação já existia quando as caravanas de mercadores

percorriam milhares de quilômetros da Europa até a China no início do século

XVIII, com a Revolução Francesa.

Para regulamentar e criar os padrões das unidades de medidas foi

constituído, em 1875, por acordo internacional, o BIPM (Agência Internacional

de Pesos e Medidas). Como a ciência e a tecnologia estão sempre evoluindo,

são realizadas periodicamente conferências intergovernamentais de delegados

oficiais dos países membros da autoridade suprema (CGPMs) com o intuito de

atualizar ou redefinir padrões de medidas e, até mesmo, estabelecer novos

padrões.

SISTEMA INTERNACIONAL DE UNIDADES

Até 1960 havia diversos sistemas de unidades, isto é, conjuntos diferentes

de unidades. Grandezas como força e velocidade, por exemplo, tinham cerca

de uma dezena de unidades diferentes em uso. Para eliminar essa

multiplicidade de padrões e unidades, a 11º CGPM criou o Sistema

Internacional de Unidades (SI), no qual cada grandeza deveria ter apenas uma

unidade. Assim, foram selecionadas as unidades básicas do Sistema

Internacional, cujas são: metro, quilograma, segundo, ampére, kelvin, mol e

candela. Da mesma forma, foram estabelecidos seus símbolos.

GRANDEZA ESCALAR

Imagine que alguém diga que a sua aula irá começar às 19h e o ar

condicionado na sala de aula estará ajustado, tal que a temperatura fique em

torno de 18 ºC. No que se refere às grandezas tempo e temperatura essas

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informações são completas. Não há necessidade de uma informação adicional

para você entender a informação, pois estas ficam perfeitamente definidas por

um valor numérico e por um significado físico (unidade).

Exemplos de Grandezas Escalares:

comprimento

área

volume

massa

energia

tempo

temperatura

carga elétrica

GRANDEZA VETORIAL

São aquelas que necessitam de um número - também chamado de módulo

ou intensidade; de uma direção, a qual pode ser vertical, horizontal ou oblíqua;

e de um sentido (da direita para a esquerda; da esquerda para a direita; de

cima para baixo; de baixo para cima). Caso não existam estas especificações

(módulo, direção e sentido) a informação a respeito de uma grandeza vetorial

não estará perfeitamente definida.

Embora o valor numérico e a unidade das grandezas tenham sido dados

(deslocamento de 2 km e força de 150 N), não há como responder às

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perguntas formuladas nas figuras acima. Só poderíamos determinar a posição

final do móvel ou o possível efeito da força sobre a bola se soubéssemos a

direção e o sentido do deslocamento ou da força.

Em suma, há dois tipos de grandezas físicas:

Escalares: ficam perfeitamente definidas com o valor numérico e a

unidade; por exemplo, tempo e temperatura;

Vetoriais: necessitam ainda da especificação da direção e do sentido em

que atuam; por exemplo, deslocamento e força.

Representação de grandezas vetoriais: vetor

Em grandezas vetoriais, é necessário indicar além da intensidade ou

módulo, a sua direção e o seu sentido. Essa indicação é feita por intermédio de

um vetor - ente matemático representado por um segmento de reta orientado.

O vetor pode ser representado pelo segmento de reta orientado cujo

comprimento indica o módulo (intensidade); a reta suporte do segmento

(pontilhado que contém o vetor) indica a direção e a seta indica o sentido.

A representação de uma grandeza vetorial com suas características –

módulo, direção e sentido – é indicada com o acréscimo de uma seta sobre o

símbolo que representa.

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Comparação entre vetores

vetores iguais vetores opostos

Soma de vetores:

Quando dois vetores estão paralelos apenas somam-se seus

módulos

Quando dois vetores estão perpendiculares deve se usar o teorema

de Pitágoras.

Abaixo os elementos de um triângulo-retângulo:

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Em síntese: à grandeza vetorial atribuímos módulo, direção e sentido e,

à grandeza escalar, apenas um valor numérico seguido complementado com a

unidade (SI).

Exercício resolvido

1. Um barco atravessa um rio perpendicularmente à correnteza,

sabendo-se que o módulo da velocidade do barco é de Vb = 40 Km/h e o

módulo da velocidade da correnteza é Vc = 30 Km/h, calcule o módulo da

velocidade resultante.

Fontes:

http://www.cefetsp.br/edu/okamura/vetores_resumo_teorico.htm

http://www.mundoeducacao.com/fisica/conceito-vetor.htm

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Exercícios

1. São grandezas escalares todas as quantidades físicas a seguir,

EXCETO:

a) massa do átomo de hidrogênio;

b) intervalo de tempo entre dois eclipses solares;

c) peso de um corpo;

d) densidade de uma liga de ferro;

e) n.d.a.

2. Quando dizemos que a velocidade de uma bola é de 20 m/s, horizontal

e para a direita, estamos definindo a velocidade como uma grandeza:

a) escalar

b) algébrica

c) linear

d) vetorial

e) n.d.a.

3. Considere as grandezas físicas:

I. Velocidade

II. Temperatura

III. Quantidade de movimento

IV. Deslocamento

V. Força

Destas, a grandeza escalar é:

a) I

b) II

c) III

d) IV

e) V

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4. Das grandezas citadas nas opções a seguir assinale aquela que é de

natureza vetorial:

a) pressão

b) força eletromotriz

c) corrente elétrica

d) campo elétrico

e) trabalho

5. Num corpo estão aplicadas apenas duas forças de intensidades 12N e

8,0N. Uma possível intensidade da resultante será:

a) 22N

b) 3,0N

c) 10N

d) zero

e) 21N

6. O módulo da resultante de duas forças de módulos F1 = 6kgf e F2 =

8kgf que formam entre si um ângulo de 90 graus vale:

a) 2kgf

b) 10kgf

c) 14kgf

d) 28kgf

e) 100kgf

7. Uma partícula está sob ação das forças coplanares conforme o

esquema abaixo. A resultante delas é uma força, de intensidade, em N, igual

a:

a) 110

b) 70

c) 60

d) 50

e) 30

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Gabarito

1 – C 2 - D 3 – B 4 – D

5 – C 6 - B 7 – D

O MOVIMENTO É RELATIVO

Tudo se move. Mesmo as coisas que parecem estar em repouso. Elas

movem-se relativamente ao sol e às estrelas. Enquanto você está lendo isto,

está se movendo aproximadamente a 107.000 quilômetros por hora em relação

ao sol. E está se movendo ainda mais rapidamente em relação ao centro de

nossa galáxia. Quando discutimos o movimento de algo, descrevemos o

movimento relativamente a alguma outra coisa. Se você caminha no corredor

de um ônibus em movimento, sua rapidez em relação ao piso do ônibus

provavelmente é completamente diferente de sua rapidez relativa à estrada.

Quando dizemos que um carro de corrida alcança uma rapidez de 300

quilômetros por hora, queremos dizer que tal rapidez é relativa à estrada. A

menos que outra coisa seja dita, sempre que nos referimos à rapidez com que

se movem as coisas em nosso ambiente, estaremos supondo-a relativa à

superfície da Terra. O movimento é relativo.

Quando você está sentado numa cadeira, sua

rapidez é nula com relação à Terra, mas é de trinta

quilômetros por segundo em relação à Sol.

Trajetória

A ideia de trajetória é aparentemente simples, no entanto essa

simplicidade depende do conceito de referencial.

Observe a figura abaixo. Enquanto cai, se não for freado muito

rapidamente pela resistência do ar, o pacote tende a manter a mesma

velocidade do avião. O piloto verá esse pacote descrever uma trajetória quase

retilínea e vertical se manter sua rota. Mas para um observador na terra o

pacote descreverá uma trajetória parabólica.

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O avião deixa cair um pacote de mantimentos

para uma pessoa. Em relação ao avião, a trajetória

do pacote é praticamente retilínea e vertical. Em

relação à pessoa na terra a trajetória é uma parábola

MOVIMENTO RETILÍNEO UNIFORME (MRU)

Quando um corpo se desloca com rapidez constante, ao longo de uma

trajetória retilínea, dizemos que o seu movimento é retilíneo uniforme. A

palavra “uniforme” indica que o valor da rapidez não varia; a palavra “retilíneo”

indica que a trajetória é uma reta (plano).

Por exemplo, suponha que um automóvel esteja se movendo em uma

estrada plana e reta, com seu velocímetro indicando sempre a rapidez de 60

km/h. por intermédio destes dados, conclui-se que:

em 1,0 hora o carro percorrerá 60 km;

em 2,0 horas o carro percorrerá 120km;

em 3,0 horas o carro percorrerá 180 km;

em 4,0 horas o carro percorrerá 240 km etc.

Observe que a distância percorrida é obtida multiplicando-se a rapidez (r)

pelo intervalo de tempo (T) no percurso. Como a velocidade não varia, não

existe aceleração.

Esta equação, também se aplica mesmo no caso de trajetória

curvas (não retilíneas). No entanto, ela só é válida quando o

valor da rapidez permanecer constante.

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RAPIDEZ OU VELOCIDADE ESCALAR

Rapidez é uma medida de quão rapidamente algo se move, medida por

uma unidade de distância dividida por uma unidade de tempo.

Qualquer combinação de unidades de distância e de tempo é válida para

medir rapidez: para veículos as unidades de quilômetros por hora (km/h),

metros por segundo (m/s) ou milhas por hora (mi/h ou mph – típica dos E.U.A)

são frequentementes usadas.

A unidade de medida no Sistema Internacional de Unidades (SI), é o m/s.

Para transformar 90 km/h em m/s, basta dividir por 3,6 90/3,6 = 25 m/s

Para transformar 10 m/s em km/h, basta multiplicar por 3,6 10 x 3,6 =

36 km/h

RAPIDEZ INSTANTÊNA OU VELOCIDADE ESCALAR INSTANTÂNEA

Um carro nem sempre se move com a mesma rapidez. Ele pode se

deslocar numa rapidez de 50 km/h, diminuir para 0 km/h num sinal vermelho e

aumentar sua rapidez para 30 km/h apenas, devido ao tráfego. Você pode

verificar a rapidez do carro em cada instante olhando o velocímetro. A rapidez

em cada instante é a rapidez instantânea; ou seja, a rapidez que você está

observando no velocímetro em um determinado instante.

RAPIDEZ MÉDIA OU VELOCIDADE ESCALAR MÉDIA

Ao planejar uma viagem de carro, o motorista geralmente gostaria de

saber o tempo que ela irá durar. Para isto, o motorista deve estar atento para a

rapidez média, definida como:

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A rapidez do carro pode ser calculada de forma simples. Por exemplo, se

dirigirmos por uma distância de 80 quilômetros no tempo de 1 hora, dizemos

que nossa rapidez média é de 80 quilômetros por hora. Analogamente, se

viajarmos 320 quilômetros em 4 horas.

Vemos que, quando dividimos uma distância em quilômetros por um

determinado tempo em horas, a resposta será em quilômetros por hora (km/h).

Uma vez que a rapidez média é a distância total percorrida dividida pelo

tempo total da viagem, ela não revela os diferentes valores da rapidez e as

variações que podem ter ocorrido em intervalos de tempo mais curtos. Na

maioria das vezes, experimentamos uma variedade de valores de rapidez, de

modo que a rapidez média com frequência é completamente diferente dos

valores da rapidez instantânea. Se conhecemos a rapidez média e o tempo de

viagem, a distância viajada é facilmente encontrada com um simples rearranjo

da definição supracitada.

Se sua rapidez média é de 80 quilômetros por hora numa viagem de 4

horas, por exemplo, você cobrirá uma distância total de 320 quilômetros.

VELOCIDADE

Na linguagem cotidiana, até podemos usar as palavras rapidez e

velocidade como sinônimos. Em contrapartida, na linguagem da física,

distinguimos as duas. A diferença entre elas é que a velocidade em física é

um vetor – tem módulo, direção e sentido – ; diferente de rapidez (ou

velocidade escalar) que é uma grandeza escalar. Em suma, quando

descrevemos a rapidez especificando a direção e o sentido, estamos definindo

a velocidade.

Por hábito, a palavra velocidade sozinha é assumida como sinônimo de

velocidade instantânea. O mesmo serve para a palavra rapidez sozinha. Se

algo se move com uma velocidade constante, suas velocidades média e

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instantânea serão as mesmas. O mesmo vale para a rapidez. Quando algo se

move com velocidade constante ou rapidez constante, então distâncias iguais

são cobertas em iguais intervalos de tempo. Velocidade e rapidez constantes,

entretanto, podem ser muito diferentes. Velocidade constante significa rapidez

constante com nenhuma mudança na direção e sentido. Um carro que percorre

uma curva com rapidez constante não tem velocidade. Sendo a velocidade um

vetor, ela mudará de direção e sentido a cada ponto do traçado da curva.

O carro percorrendo a pista circular pode ter rapidez

constante, mas sua velocidade está variando em direção e

sentido a cada instante.

Fontes:

http://www.brasilescola.com/fisica/graficos-movimento-uniforme-mu.htm

(leitura complementar, gráficos)

http://www.infoescola.com/fisica/movimento-retilineo-uniforme/

MOVIMENTO RETILÍNEO E UNIFORMEMENTE VARIADO

Aceleração

Podemos alterar a velocidade de alguma coisa mudando a rapidez de

seu movimento, ou mudando a direção ou mudando ambos: rapidez e direção.

O quão rapidamente muda a velocidade chama-se aceleração :

Estamos todos familiarizados com a aceleração num automóvel. Ao dirigir,

costumamos nos referir a ela informalmente como “pé na tábua” ou “pisa

fundo”, e a estamos experimentando quando somos jogados para a parte

traseira do carro. A ideia chave que define aceleração é variação. Suponha

que estejamos dirigindo e que em 1 segundo aumentamos uniformemente a

velocidade de 30 km/h para 35 km/h. Nessa situação, estamos variando nossa

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velocidade em 5 km/h a cada segundo. Essa mudança na velocidade é o que

se chama aceleração.

A unidade de aceleração no SI é o metro por segundo ao quadrado

(m/s²). Portanto, quando a velocidade for indicada em km/h, sugere-se que

converta para m/s para o cálculo da aceleração.

O termo aceleração aplica-se tanto para o aumento como para a

diminuição da velocidade. Os freios dos automóveis, por exemplo, produzem

acelerações negativas (desaceleração).

Dizer que um móvel tem aceleração negativa de – 5m/s² equivale dizer

que a cada segundo sua velocidade varia 5m/s; ou seja diminui 5m/s. Observe

a figura.

Em uma trajetória curva, mesmo que estejamos com a rapidez constante,

estamos sempre acelerados, pois nossa direção e sentido estão mudando

constantemente. Tal fato, ocasiona uma mudança na velocidade também.

Exercícios resolvidos

1. Um automóvel está com uma velocidade de 20 m/s, então lhe é

imprimida uma aceleração num tempo de 10 segundos, tal que este automóvel

alcança uma velocidade de 40 m/s. Calcule esta aceleração.

Resolução:

Vo: 20 m/s

Vf: 40 m/s

Δt:10 segundos

2. Um carro está com uma velocidade de 30 m/s, então lhe é imprimida

uma desaceleração num tempo de 2 segundos, tal que este automóvel diminui

sua velocidade para 10 m/s. Calcule esta desaceleração.

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Resolução:

Vo: 30 m/s

Vf: 10 m/s

Δt: 2 segundos

GALILEU GALILEI (1564 – 1642)

Galileu nasceu em Pisa, Itália, no mesmo ano em que

Shakespeare nasceu e Michelangelo morreu. Estudou medicina

na Universidade de Pisa e então mudou para matemática. Cedo

desenvolveu seu interesse pelo movimento e logo estava em

conflito com seus contemporâneos, que sustentavam as ideias

aristotélicas sobre a queda dos corpos. Abandonou Pisa para

ensinar na Universidade de Pádua e tornou-se um defensor da nova teoria de

Copérnico do sistema solar. Foi um dos primeiros a construir um telescópio e o

primeiro a dirigi-lo para o céu noturno e descobrir as montanhas da lua e as

luas de Júpiter. Como publicou suas descobertas em italiano em vez de latim

como se esperava de um acadêmico tão respeitável, e por causa da então

recente invenção da imprensa, as ideias de Galileu alcançaram um grande

número de leitores. Logo ele caiu em desgraça com a Igreja Católica e foi

advertido a não ensinar nem sustentar as opiniões de Copérnico - Copérnico

acreditava que o sol era o centro do universo; não a Terra, conforme a teoria

aristotélica a qual a igreja apoiava, pois assim estava escrito na Bíblia.

Manteve-se longe do público por quinze anos e, então, desafiadoramente,

publicou suas observações e conclusões, que eram contrárias à doutrina da

Igreja. O resultado foi um julgamento onde foi considerado culpado e depois do

qual foi forçado a renegar suas descobertas. Já velho, com saúde e espírito

abalados, foi sentenciado à prisão perpétua domiciliar. Apesar disso, terminou

seus estudos sobre o movimento e seus escritos foram contrabandeados da

Itália e publicados na Holanda. Aos 78 anos, já cego, morreu Galileu.

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A aceleração nos planos inclinados de Galileu

Galileu desenvolveu o conceito de aceleração em seus experimentos com

planos inclinados. Ele estava interessado na queda de objetos, e como lhe

faltavam instrumentos precisos para medir o tempo, ele usou planos inclinados

para tornar mais lentos os movimentos acelerados e assim poder investigá-los

mais detalhadamente.

Galileu descobriu que uma bola rolando para baixo de um plano inclinado

tornar-se-á mais rápida na mesma quantidade em sucessivos segundos de

duração; isto é, a bola rolará com aceleração constante. Por exemplo, uma

bola rolando para baixo de um plano inclinado num certo ângulo podia

aumentar sua rapidez de 2 metros por segundo a cada segundo de seu

movimento. Este ganho por segundo e a sua aceleração. Com esta aceleração,

sua velocidade instantânea em intervalos de 1 segundo cada é, então 0, 2, 4,

6, 8 10 e assim por diante, em metros por segundo. Pode-se ver que a rapidez

instantânea ou velocidade da bola, em qualquer instante de tempo após ela ter

sido solta a partir do repouso é simplesmente igual a sua aceleração

multiplicada pelo intervalo de tempo.

Velocidade = aceleração x intervalo de tempo

Se substituirmos a aceleração da bola nesta relação, podemos ver que ao

final de 1 segundo a bola estará viajando a 2 metros por segundo; ao final de 2

segundos, estará viajando a 4 metros por segundo; ao final de 10 segundos,

estará viajando a 20 metros por segundo e assim por diante. A rapidez

instantânea ou velocidade em qualquer instante de tempo é simplesmente igual

à aceleração multiplicada pelo número de segundos os quais ela foi acelerada.

Galileu descobriu que as acelerações eram maiores quanto mais

inclinadas eram as rampas usadas. A bola possui uma aceleração máxima

quando a rampa é vertical. Neste caso a aceleração torna-se igual àquela de

um objeto em queda livre. Sem importar o peso ou o tamanho, Galileu

descobriu que todos os objetos caem com a mesma aceleração

(invariável), desde que a resistência do ar seja pequena o bastante pra

que possa ser desprezada.

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Função da velocidade em relação ao tempo

A função da velocidade em relação ao tempo do móvel em MRUV é a

expressão matemática que fornece a velocidade V (módulo e sinal) desse

móvel em qualquer instante T. Para obtê-la é necessário primeiro estabelecer o

referencial adequado.

Veja a figura abaixo, a qual o ponto representa o móvel se deslocando

horizontalmente para a direita, com aceleração constante.

Sistema de referência para a função

da velocidade em relação ao tempo T do

móvel em MRUV. Vo é a velocidade inicial

no instante To; V é a velocidade no

instante T.

Foi definido que:

Essa é a função da velocidade V em relação ao tempo T de um móvel em

MRUV, onde:

V = velocidade final (m/s)

Vo = velocidade inicial (m/s)

a = aceleração (m/s²)

T = tempo (s)

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Exercícios resolvidos

1. Um veículo parte do repouso em movimento retilíneo, acelerando 2

m/s². Calcule a velocidade que ele terá após 3 segundos.

Resolução

Aplicando a equação V = Vo + a.T e substituindo Vo = 0 m/s (pois

parte do repouso); a = 2 m/s² e T = 3 s obtém-se V = 0 + 2.3 V = 6 m/s

2. Um móvel percorre uma reta em determinado sentido com aceleração

constante. No instante To = 0 sua velocidade é 5,0 m/s. No instante T = 10 s a

sua velocidade é de 25 m/s. Determine:

a) o tipo de movimento

b) a aceleração

c) a velocidade no instante T = 8 s

d) o instante em que a velocidade é V = 15 m/s

Resolução:

a)Como a aceleração é constante o movimento se caracteriza como

movimento retilíneo uniformemente variado (MRUV)

b)De acordo com o referencial representado abaixo:

Aplicando a expressão da aceleração para Vo = 5 m/s e V = 25 m/s no

instante T = 10 s, temos:

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c)Substituindo Vo = 5,0 m/s ; a = 2,0 m/s² e T = 8 s na função da

velocidade

V = Vo + a.T V = 5 + 2.8 V = 21 m/s

d)Substituindo V = 15 m/s na função V = 5,0 + 2,0.T 15 = 5,0 + 2,0.T

(passando o 5,0 subtraindo para o outro lado da igualdade e depois passando

o 2,0 dividindo para isolar T, resulta:

Função da posição em relação ao tempo

Considere o sistema de referência abaixo:

A função da posição d de um móvel em relação ao tempo T em MRUV é

dada pela expressão:

Onde:

d = distância final (m)

do = distância inicial (m)

Vo = Velocidade inicial (m/s)

a = aceleração (m/s²)

T = tempo (s)

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Como esta função trata de um caso de MRUV, situação a qual existe uma

aceleração constante, ela também pode ser utilizada para tratar de situações

cujos corpos estão em queda livre. Para isto, basta trocar as notações.

Observe que é a mesma função, mudaram exclusivamente as notações.

Em queda livre, o h representa a altura, o qual substitui o d - distância - na

função do MRUV. O g representa a aceleração da gravidade, o qual substitui o

a - aceleração - na função do MRUV.

Exercícios resolvidos

1.Um carro parte do repouso, comunicando uma aceleração constante a =

2,0 m/s², até que a sua velocidade atinja V = 20 m/s. Considerando que essa

aceleração foi mantida por um tempo T = 10 s, calcule a distância percorrida

por este automóvel.

Resolução:

Aplicando a função

Onde: do = distância inicial é zero porque o carro partiu do repouso, o que

sugere que o carro partiu da origem (do zero).

Vo = velocidade inicial é zero (carro estava parado)

a = 2,0 m/s²

T = 10 s

d = distância a ser calculada

Substituindo os valores

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2. No instante To um móvel em MRUV está a 10 m da origem, com

velocidade Vo = 5,0 m/s e aceleração a = 4,0 m/s², orientadas no mesmo

sentido do eixo, como indica a figura abaixo:

Determine:

a) a função (expressão) da posição em relação ao tempo;

b) a posição (d) decorridos 2 segundos (T= 2,0)

Resolução:

a) substituímos do = 10 m, Vo = 5 m/s e a = 4,0 m/s² na função:

dividindo 4 por dois resulta d = 10 + 5.T + 2.T²

b) Agora basta substituir T = 2,0 na função obtida do item a deste

exercício:

d = 10 + 5.T + 2.T² substituindo d = 10 + 5.2 + 2.2² d = 28 m

3. Um saco de cimento caiu do alto de um prédio em construção.

Considerando que ele partiu do repouso e atingiu o chão com uma velocidade

de 20 m/s, calcule a altura cujo saco de cimento caiu, decorridos um tempo T =

2,0 de queda livre.

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Resolução:

Aplicando a função

Onde:

h= é a altura a ser calculada, ou seja, a distância percorrida pelo saco de

cimento;

ho= é a altura no solo (zero);

Vo= Zero, pois no início deste movimento de queda livre a velocidade é nula;

g= 10 m/s² (aceleração da gravidade);

T= 2,0 s tempo que o saco de cimento demorou até atingir o solo.

Logo,

Em síntese: O movimento retilíneo uniforme se caracteriza por ter a

velocidade constante e aceleração nula. O movimento retilíneo uniforme

variado, tem como peculiaridade a variação da velocidade e a presença de

aceleração constante.

Fontes:

http://www.brasilescola.com/fisica/graficos-movimento-uniformemente-variado.htm

(leitura complementar, gráficos)

http://www.mundoeducacao.com/fisica/conceito-aceleracao-1.htm

http://www.infoescola.com/fisica/movimento-retilineo-uniformemente-variado/

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Exercícios

1.Quais os fatores que diferenciam o movimento retilíneo uniforme do

movimento retilíneo uniformemente variado?

2.Um automóvel está em movimento retilíneo uniforme. Ele percorreu um

trajeto de 5 km em dez minutos. Qual o valor da aceleração deste automóvel?

3.Um automóvel está uma velocidade constante de módulo igual a

60km/h. Ele está fazendo uma curva. É possível afirmar que a velocidade não

está variando?

4.Uma pessoa lhe informa que um corpo está em movimento retilíneo

uniforme.

a.o que está indicado pelo termo “uniforme”?

b.existe aceleração num carro em movimento “uniforme”?

5.Um automóvel está em movimento retilíneo uniforme, com rapidez r ,

qual é a expressão matemática (fórmula) que nos permite calcular a distância

(d) que ele percorre após decorrido um tempo (T) ?

6.Qual é a distância percorrida por um ciclista, que se movimenta com

rapidez constante V = 40 Km/h, durante um tempo T = 3,0 h ?

7.Um ônibus que vai de Porto Alegre a Torres, cuja distância é de 400

Km, demora 5 horas para completar a viagem. Qual foi a rapidez média do

ônibus?

8.Um carro parte do repouso, comunicando uma aceleração constante a =

4,0 m/s², até que a sua velocidade atinja V = 20 m/s. Considerando que essa

aceleração foi mantida por um tempo T = 10 s, calcule a distância percorrida

por este automóvel.

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9. Um veículo parte do repouso em movimento retilíneo, acelerando 2

m/s². Calcule a velocidade que ele terá após 10 segundos.

10. O gráfico abaixo representa a velocidade de veículo numa viagem em

função do tempo. Determine:

a) o deslocamento do veículo na viagem;

b) a velocidade média do veículo em km/h

Respostas:

1.No MRU a aceleração é nula e a velocidade é constante, diferentemente

do MRUV, o qual existe uma aceleração constante que provoca uma variação

da velocidade.

2.Não há aceleração.

3.Sim, pois velocidade é uma grandeza vetorial, portanto está variando a

direção e sentido.

4.O termo uniforme indica que a velocidade é constante. Não há

aceleração, pois a velocidade é constante.

5.d = r.T

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6.120 Km

7.80 km /h

8.D = 200 m

9.V = 20 m /s

10.A. 390 Km; B.78 Km /h

DINÂMICA

Isaac Newton (1642 – 1727)

Isaac Newton nasceu prematuramente e quase não

sobreviveu no natal de 1642, o mesmo ano da morte de

Galileu. O lugar de nascimento de Newton foi a casa da

fazenda de sua mãe em Woolsthorpe, Inglaterra. O pai

morrera alguns meses antes do nascimento de Newton e

ele cresceu sob os cuidados de sua mãe e de sua avó.

Quando criança, não revelou qualquer sinal de genialidade e na idade de 14

anos e meio foi retirado da escola para trabalhar na fazenda de sua mãe.

Como fazendeiro, ele revelou-se um fracasso, preferindo ler os livros que

tomava emprestado de um vizinho farmacêutico. Um tio percebeu o potencial

acadêmico do jovem e persuadiu-o a ir estudar na Universidade de Cambridge,

o que ele fez por cinco anos, graduando-se sem qualquer distinção particular.

Uma peste infestou Londres, e Newton retirou-se à fazenda de sua mãe –

mas desta vez para continuar os estudos. Na fazenda, com a idade de 23 anos,

ele estabeleceu os alicerces para o trabalho que o tornaria imortal. A visão da

queda de uma maçã ao chão levou-o a considerar que a força da gravidade se

estendia até a lua e mais além e, então, formulou a lei da gravitação universal;

inventou o cálculo (uma ferramenta indispensável para a ciência); estendeu o

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trabalho de Galileu e formulou as três leis fundamentais do movimento;

formulou a teoria da natureza da luz e mostrou com prismas que a luz branca é

composta de todas as cores do arco-íris. Foram seus experimentos com

prismas que primeiro o tornaram famoso.

Quando a peste cedeu, Newton retornou a Cambridge e logo estabeleceu

sua própria reputação como matemático de primeira classe. Seu professor de

matemática renunciou em seu favor e Newton foi escolhido professor

Lucasiano desta disciplina. Ele manteve o posto por 28 anos. Em 1672 foi

eleito para a Sociedade Real (Royal Society), onde exibiu o primeiro telescópio

refletor do mundo. O instrumento ainda pode ser visto, preservado na biblioteca

da Royal Society em Londres com a inscrição: “O primeiro telescópio refletor,

inventado por Sir Isaac Newton, e construído por suas próprias mãos”.

Somente quando Newton estava com 42 anos que começou a escrever o

que é geralmente aceito como o maior livro científico já escrito, o Principia

Mathematica Philosophiae Naturalis. O livro foi escrito em latim e terminado

em 18 meses. Apareceu impresso em 1687 e não foi impresso em inglês até

1729, dois anos depois de sua morte. Quando perguntaram a ele como fora

capaz de fazer tantas descobertas, Newton respondeu que encontrou suas

soluções não por uma iluminação súbita, mas depois de pensar nelas

duramente por muito tempo.

Com a idade de 46 anos, seus esforços afastaram-se um pouco da

ciência quando foi eleito para o parlamento. Compareceu às sessões por 2

anos e jamais fez um discurso. Certo dia, ele levantou-se e a casa silenciou-se

para ouvir o grande homem. A fala de Newton foi muito breve, ele apenas

pediu que uma janela fosse fechada por causa da corrente de ar.

Um afastamento maior de seu trabalho em ciência aconteceu quando foi

escolhido como guardião e depois mestre da casa da moeda. Newton

renunciou a seu cargo de professor e dirigiu seus esforços para melhorar

grandemente os trabalhos da casa da moeda, para consternação dos

falsificadores, que prosperavam naquela época. Ele manteve seu lugar na

Royal Society e foi eleito presidente, e desde então foi reeleito todos os anos

pelo resto de sua vida. Com a idade de 62 anos, escreveu a obra Opticks, que

resumiu seu trabalho sobre a luz. Nove anos mais tarde escreveu a segunda

edição do Principia.

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Embora o cabelo de Newton tenha se tornado grisalho a partir dos 30

anos, ele manteve-se cheio, longo e ondulado por toda sua vida, e

diferentemente de outros em seu tempo ele não usava peruca. Foi um homem

modesto, muito sensível à crítica e jamais se casou. Permaneceu saudável em

corpo e mente até idade avançada. Aos 80 anos, ainda tinha todos os dentes,

sua visão e audição eram aguçadas e sua mente estava alerta. Em sua época

foi considerado por seus compatriotas o maior cientista jamais nascido. Em

1705, foi considerado cavaleiro pela rainha Anne. Newton morreu com a idade

de 85 anos e foi enterrado na abadia de Westminster, ao lado de reis e heróis

da Inglaterra.

Newton mostrou que o universo seguia de acordo com leis naturais que

não eram maliciosas – um conhecimento que fornecia esperança e inspiração a

cientistas, escritores, artistas, filósofos e pessoas de todos os ramos da vida e

que lideravam na Idade da Razão. As ideias e os vislumbres de Newton

transformaram verdadeiramente o mundo e elevaram a condição humana.

Conceito de força

Em geral, costuma-se associar força a movimento, à ação de puxar ou

empurrar alguma coisa que está se deslocando. Embora correta, essa ideia é

incompleta. Existem forças que atuam sem que haja movimento como, por

exemplo, na estrutura de um prédio ou de uma ponte onde existem milhares de

forças atuando de forma invisível. Além disso, a ideia de puxar ou empurrar

está quase sempre associada à ideia de contato, o que exclui uma

característica fundamental da noção de força, a ação e a distância. A atração

gravitacional entre o sol e os planetas é exercida a milhões de quilômetros de

distância. Há mais de 20 significados para a descrição do que é força.

Mas no que se refere ao estudo dos movimentos e de suas causas, pode-

se dizer que força é a ação capaz de modificar a velocidade de um corpo

e/ou deformá-lo. Força é uma grandeza vetorial, logo tem módulo, direção e

sentido. No Sistema Internacional, a unidade de força é o Newton (N) e para

sua representação se utiliza a letra F. Uma força de 1,0 Newton equivale a

você estar apoiando em sua mão 100 gramas de presunto.

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PRIMEIRA LEI DE NEWTON OU PRINCÍPIO DA INÉRCIA

Todo corpo permanece em seu estado de repouso, ou de movimento

uniforme em linha reta, a menos que seja obrigado a mudar de estado por

forças neste aplicadas.

Por exemplo, se você estiver em pé dentro de um ônibus parado e o

motorista arrancar rapidamente, certamente irá cair se não se segurar

(desenho abaixo). Este fenômeno se explica por intermédio do princípio da

inércia. Você estava parado e a tendência do seu corpo, por inércia, é de

permanecer parado.

Um corpo que está em repouso,

tende a ficar em seu estado, se

nenhuma força atuar sobre ele.

Na situação a qual um ônibus estiver em movimento e o motorista parar

rapidamente, se você não se segurar, certamente irá cair de novo. Este

fenômeno também se explica pelo princípio da inércia. Você estava em

movimento e a tendência do seu corpo, por inércia, é de permanecer em

movimento.

Um corpo que está em movimento,

tende a ficar em seu estado, se nenhuma

força atuar sobre ele.

Em suma, inércia é a propriedade de todos os corpos, associada à massa.

Quanto maior a massa de um corpo, maior será a dificuldade de alterar seu

estado.

Fontes:

http://www.brasilescola.com/fisica/primeira-lei-newton.htm

http://student.dei.uc.pt/~jpgg/1_Lei_de_Newton.htm

http://www.infoescola.com/fisica/1a-lei-de-newton-lei-da-inercia/

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Exercícios resolvidos

1.Fazendo a leitura da tirinha abaixo, se infere que a bola e a bigorna

chegam ao mesmo tempo no solo.

Tal fato ocorre em virtude de qual fenômeno físico?

Resposta: Ocorre em virtude da inércia dos corpos.

2.Quando o ônibus freia abruptamente, você tende a se manter em

movimento, no mesmo sentido do movimento do ônibus. Qual a lei de Newton

que descreve este fenômeno físico?

Resposta: Este fenômeno é descrito pela primeira lei de Newton.

3.O que é inércia?

Resposta: Inércia é a propriedade inerente a todos os corpos materiais,

mediante a qual eles tendem a manter o seu estado de movimento ou de

repouso.

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SEGUNDA LEI DE NEWTON

Conhecida também como Princípio Fundamental da Dinâmica, esta lei foi

estabelecida por Newton ao estudar a causa dos movimentos. Esse princípio

consiste na afirmação de que um corpo em repouso necessita da aplicação de

uma força para que possa se movimentar, e para que um corpo em movimento

pare é necessária a aplicação de uma força. Um corpo adquire velocidade e

sentido de acordo com a intensidade da aplicação da força. Ou seja, quanto

maior for a força maior será a aceleração adquirida pelo corpo.Isaac

Newton estabeleceu esta lei para análise das causas dos movimentos,

relacionando as forças que atuam sobre um corpo de massa m constante e a

aceleração adquirida pelo mesmo devido à atuação das forças. Esta lei diz que:

A resultante das forças aplicadas sobre um ponto material é igual ao

produto da sua massa pela aceleração adquirida:

Unidade (S.I.): [kg.m/s²] = [(N) Newton]

Uma força aplicada a um corpo produz uma aceleração com:

mesma direção e sentido;

módulo diretamente proporcional à intensidade da força e inversamente

proporcional à massa do corpo;

força resultante constante MRUV

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Exercício resolvido

1 .Enquanto Anjelina andava de balanço, conforme desenho abaixo,

Joselito aplica uma força (f) sobre ela, cuja aceleração (a) adquirida por

Anjelina foi de 10 m/s². Sabendo-se que a massa (m) dela é 40 Kg, qual foi a

força (f) aplicada sobre Anjelina?

Resolução:

Utilizando a segunda lei de Newton, temos:

F = m.a, tal que m = 40 kg e a = 10 m/s².

Logo, F = 40.10 F = 400 N

PESO

O peso é a força de atração gravitacional exercida por um planeta ou

algum outro corpo celeste sobre um corpo. Na Terra, peso é a força com que

um corpo é atraído para o centro dela. Na lua, este peso seria um terço menor.

Portanto, ele é uma grandeza vetorial e possui módulo, direção e sentido.

Matematicamente temos:

P =m.g onde g é a aceleração da gravidade local e m representa a

massa.

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Na tabela abaixo estão as gravidades de alguns astros (Sistema solar)

A massa de um corpo não muda, pois é uma grandeza física

fundamental. Segundo a mecânica newtoniana, ela dá a medida da inércia ou

da resistência de um corpo em ter seu movimento acelerado. Ela também é a

origem da força gravitacional, atuante sobre os corpos no Universo. O que

muda, de fato, é o peso em razão da ação da força gravitacional, que pode ser

maior ou menor, dependendo da localização do corpo.

Exercícios resolvidos:

1.Peso e massa são sinônimos? Explique.

Resposta: Não são sinônimos, peso é a força com que os astros (como

a terra, lua, júpiter, sol, etc.) puxam os corpos para o centro deles, e depende

da gravidade g (p = m.g). Logo, o peso varia de lugar para lugar. Para cada

planeta (astro), a força-peso será diferente, dependendo exclusivamente da

gravidade (g). Em suma, peso é uma grandeza vetorial. Em contrapartida,

massa é uma propriedade específica do corpo, não varia de lugar para lugar. A

massa de duzentos gramas de chocolate que você apreciar aqui na terra será a

Astro Gravidade

Sol 274 m/s²

Mercúrio 3,6 m/s²

Vênus 8,8 m/s²

Terra 9,8 m/s²

Marte 3,7 m/s²

Júpiter 22,9 m/s²

Saturno 11,3 m/s²

Urano 11,2 m/s²

Netuno 11,6 m/s²

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mesma massa que você irá apreciar seja na lua, seja em júpiter, seja em

saturno, seja em qualquer lugar. Por fim, massa é uma grandeza escalar.

2. Uma pessoa cuja massa (m) é de 50 quilogramas, terá que peso na

superfície:

a) da Terra ? (gravidade g = 10 m/s²)

b) da Lua ? (gravidade g = 1,6 m/²)

c) de Marte ? (gravidade g = 3,3 m/s²)

d) de Júpiter ? (gravidade g = 23,4 m/s²)

Resolução

a.PT = m.gt PT = 50.10 PT = 500N

b.PL = m.gL PL = 50.1,6 PL = 80N

c.PM = m.gM PM = 50.3,3 PM = 165N

d.PJ = m.gJ PJ = 50.23,4 PJ = 1170N

Fontes:

http://www.infoescola.com/fisica/2a-lei-de-newton-principio-fundamental-da-mecanica/

http://student.dei.uc.pt/~jpgg/Lei_de_Newton.htm

http://efisica.if.usp.br/mecanica/basico/2a_lei_de_newton/

TERCEIRA LEI DE NEWTON

A terceira lei de Newton afirma que a interação entre dois corpos

quaisquer A e B é representada por forças mútuas: uma força que o corpo A

exerce sobre o corpo B e uma força que o corpo B exerce sobre o corpo A.

Estas forças têm mesmo módulo, mesma direção, mas sentidos contrários.

É usual dizer que as forças relacionadas pela terceira lei de Newton são

um par ação-reação.

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A força que A exerce em B ( FAB) e a

correspondente força que B exerce em A ( FBA)

constituem o par ação-reação dessa interação

de contato (colisão). Essas forças possuem

mesma intensidade, mesma direção e sentidos

opostos.

Por outro lado, é importante que fique bem claro o seguinte. A interação

entre dois corpos origina duas forças de mesma natureza. As forças atuam em

corpos diferentes e, por isso, elas não se cancelam mutuamente. As forças são

simultâneas: uma não vem antes nem depois da outra.

Exemplo 1

O peso de um corpo é uma força de natureza gravitacional. Com base na

terceira lei de Newton podemos dizer que a interação gravitacional entre o

corpo e a terra dá origem a duas forças: a força do peso do corpo (P), que a

terra exerce sobre e a força (– P) que o corpo exerce sobre a Terra.

Interação de campo: par de forças gravitacionais. A Terra atrai o corpo m

e o corpo m atrai a terra, com a mesmo força.

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Exemplo 2

Ana e Bia estão boiando juntas nas águas calmas e serenas de um lago.

Elas estão imóveis num referencial fixo nas margens do lago. Então, Ana

exerce uma força sobre Bia durante certo intervalo de tempo. Em

consequência, ambas se afastam da região onde estavam inicialmente, com

movimentos de mesma direção, mas de sentidos contrários. Pela terceira lei de

Newton, se Ana exerce uma força sobre Bia, então Bia também exerce uma

força sobre Ana e como as forças têm mesma direção e sentidos contrários, os

movimentos produzidos também têm mesma direção e sentidos contrários.

Outros exemplos

FORÇA DE ATRITO

Observe o corpo apoiado sobre uma superfície horizontal no desenho

abaixo. Se o corpo receber a ação de uma força f, devido às rugosidades e

interações eletromagnéticas (maior parte) surge, então, uma força de atrito.

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As forças de atrito são contrárias ao movimento. Na natureza, existem

dois tipos de atrito: o estático e o cinético. Quando existir força atuando em um

corpo, mas ele não se mover, o atrito é denominado estático, quando existir

força atuando sobre corpo e ele se mover, o atrito é denominado cinético.

Força de atrito estático

Vamos considerar o corpo representado na figura abaixo:

Se o corpo é puxado, porém não consegue escorregar na superfície,

significa que ele recebeu a ação de uma força de atrito que impede seu

movimento. Essa força é denominada atrito estático. Nesse caso:

F = FAE

A força de atrito estático tem um limite máximo, denominado de força de

atrito estático máximo.

FAEmax = μe . N

N é a força normal que o corpo troca com a superfície do apoio;

μe é o coeficiente de atrito estático.

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O coeficiente é um número adimensional que depende das rugosidades

da face do corpo que está apoiada e da superfície de contato. Quanto mais

áspero for o corpo ou a superfície maior será o coeficiente. A força de atrito

estático pode variar de zero até seu limite máximo, em função da intensidade

da força aplicada. Então, o corpo somente deslizará na superfície quando a

força F vencer o atrito estático.

Força de atrito cinético

Considere o corpo representado na figura abaixo:

O corpo deslizando na superfície de apoio, significa que a força de atrito

que age nele é cinético ou dinâmico, que pode ser representada

matematicamente da seguinte forma:

FAC = μc . N

N é a força normal que o corpo troca com a superfície do apoio;

μc é o coeficiente de atrito estático.

O coeficiente é um número adimensional que depende das rugosidades

da face do corpo que está apoiada e da superfície de contato. A força de atrito

cinético é constante e não depende da velocidade de escorregamento do

corpo.

Comparando atrito cinético com o atrito estático

Experimentalmente, verifica-se que é mais difícil tirar um corpo do

repouso do que mantê-lo em movimento. Tal fato, pode ser percebido quando

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você for mudar seu guarda-roupas de lugar. No início da aplicação de sua força

para deslocá-lo, a força que você terá que fazer para colocá-lo em movimento

será maior do que a força necessária para mantê-lo em movimento. μe ≥ μc.

Graficamente temos:

Fontes:

http://www.brasilescola.com/fisica/terceira-lei-newton.htm

http://www.mundoeducacao.com/fisica/terceira-lei-newton.htm

http://www.sofisica.com.br/conteudos/Mecanica/Dinamica/leisdenewton.php

Exercícios

01.A respeito do conceito da inércia, assinale a frase correta:

a) Um ponto material tende a manter sua aceleração por inércia.

b) Uma partícula pode ter movimento circular e uniforme, por inércia.

c) O único estado cinemático que pode ser mantido por inércia é o

repouso.

d) Não pode existir movimento perpétuo, sem a presença de uma força.

e) A velocidade vetorial de uma partícula tende a se manter por inércia; a

força é usada para alterar a velocidade e não para mantê-la.

02.O Princípio da Inércia afirma:

a) Todo ponto material isolado ou está em repouso ou em movimento

retilíneo em relação a qualquer referencial.

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b) Todo ponto material isolado ou está em repouso ou em movimento

retilíneo e uniforme em relação a qualquer referencial.

c) Existem referenciais privilegiados em relação aos quais todo ponto

material isolado tem velocidade vetorial nula.

d) Existem referenciais privilegiados em relação aos quais todo ponto

material isolado tem velocidade vetorial constante.

e) Existem referenciais privilegiados em relação aos quais todo ponto

material isolado tem velocidade escalar nula.

03.Um homem, no interior de um elevador, está jogando dardos em um

alvo fixado na parede interna do elevador. Inicialmente, o elevador está em

repouso, em relação à Terra, suposta um Sistema Inercial e o homem acerta os

dardos bem no centro do alvo. Em seguida, o elevador está em movimento

retilíneo e uniforme em relação à Terra. Se o homem quiser continuar

acertando o centro do alvo, como deverá fazer a mira, em relação ao

seu procedimento com o elevador parado?

a) mais alto;

b) mais baixo;

c) mais alto se o elevador está subindo, mais baixo se descendo;

d) mais baixo se o elevador estiver descendo e mais alto se descendo;

e) exatamente do mesmo modo.

04.As estatísticas indicam que o uso do cinto de segurança deve ser

obrigatório para prevenir lesões mais graves em motoristas e passageiros no

caso de acidentes. Fisicamente, a função do cinto está relacionada com a:

a) Primeira Lei de Newton;

b) Lei de Snell;

c) Lei de Ampère;

d) Lei de Ohm;

e) Primeira Lei de Kepler.

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05.As leis da Mecânica Newtoniana são formuladas em relação a um

princípio fundamental, denominado:

a) Princípio da Inércia;

b) Princípio da Conservação da Energia Mecânica;

c) Princípio da Conservação da Quantidade de Movimento;

d) Princípio da Conservação do Momento Angular;

e) Princípio da Relatividade: "Todos os referenciais inerciais são

equivalentes, para a formulação da Mecânica Newtoniana".

06.Consideremos uma corda elástica, cuja constante vale 10 N/cm. As

deformações da corda são elásticas até uma força de tração de intensidade

300N e o máximo esforço que ela pode suportar, sem se romper, é de

500N. Se amarramos um dos extremos da corda em uma árvore e puxarmos o

outro extremo com uma força de intensidade 300N, a deformação será de

30cm. Se substituirmos a árvore por um segundo indivíduo que puxe a corda

também com uma força de intensidade 300N, podemos afirmar que:

a) a força de tração será nula;

b) a força de tração terá intensidade 300N e a deformação será a mesma

do caso da árvore;

c) a força de tração terá intensidade 600N e a deformação será o dobro

do caso da árvore;

d) a corda se romperá, pois a intensidade de tração será maior que

500N;

e) n.d.a.

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07.Uma bola de massa 0,40kg é lançada contra uma parede. Ao atingi-la,

a bola está se movendo horizontalmente para a direita com velocidade escalar

de -15m/s, sendo rebatida horizontalmente para a esquerda com velocidade

escalar de 10m/s. Se o tempo de colisão é de 5,0 . 10-3s, a força média sobre a

bola tem intensidade, em newtons:

a) 20

b) 1,0 . 102

c) 2,0 . 102

d) 1,0 . 102

e) 2,0 . 103

08. Uma folha de papel está sobre a mesa do professor. Sobre ela está

um apagador. Dando-se, com violência, um puxão horizontal na folha de papel,

esta se movimenta e o apagador fica sobre a mesa. Uma explicação aceitável

para a ocorrência é:

a) nenhuma força atuou sobre o apagador;

b) a resistência do ar impediu o movimento do apagador;

c) a força de atrito entre o apagador e o papel só atua em movimentos

lentos;

d) a força de atrito entre o papel e a mesa é muito intensa;

e) a força de atrito entre o apagador e o papel provoca, no apagador,

uma aceleração muito inferior à da folha de papel.

09.Um ônibus percorre um trecho de estrada retilínea horizontal com

aceleração constante. no interior do ônibus há uma pedra suspensa por um fio

ideal preso ao teto. Um passageiro observa esse fio e verifica que ele não está

mais na vertical. Com relação a este fato podemos afirmar que:

a) O peso é a única força que age sobre a pedra.

b) Se a massa da pedra fosse maior, a inclinação do fio seria menor.

c) Pela inclinação do fio podemos determinar a velocidade do ônibus.

d) Se a velocidade do ônibus fosse constante, o fio estaria na vertical.

e) A força transmitida pelo fio ao teto é menor que o peso do corpo.

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10.Um elevador partindo do repouso tem a seguinte sequência de

movimentos:

1) De 0 a t, desce com movimento uniformemente acelerado.

2) De t1 a t2 desce com movimento uniforme.

3) De t2 a t3 desce com movimento uniformemente retardado até parar.

Um homem, dentro do elevador, está sobre uma balança calibrada em

newtons.

O peso do homem tem intensidade P e a indicação da balança, nos três

intervalos citados, assume os valores F1, F2 e F3 respectivamente:

Assinale a opção correta:

a) F1 = F2 = F3 = P

b) F1 < P; F2 = P; F3 < P

c) F1 < P; F2 = P; F3 > P

d) F1 > P; F2 = P; F3 < P

e) F1 > P; F2 = P; F3 > P

11.O gráfico abaixo representa a força de atrito (fat) entre um cubo de

borracha de 100 g e uma superfície horizontal de concreto, quando uma força

externa é aplicada ao cubo de borracha.

Qual a força de atrito mínima para que ocorra movimento relativo entre o

cubo e a superfície?

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Gabarito:

01 - E 02 - D 03 - E 04 – A 05 - E

06 - B 07 - E 08 - E 09 – D 10 – C

11- 1,0 N

TRABALHO

Poucas coisas são tão desagradáveis

quanto trocar o pneu de um automóvel. Talvez

por isso a maioria das pessoas não perceba o

que faz; se percebesse, certamente se

espantaria. Enquanto um superatleta dificilmente

eleva mais de 200 kg de cada vez por alguns

segundos, até mesmo uma pessoa de aparência franzina é capaz de elevar,

sem grande dificuldade, um automóvel à altura necessária para a troca de

pneu.

É claro que para isso se recorre a uma máquina, o macaco. Mas como ele

torna tão fácil a elevação do automóvel. A resposta está na relação entre força

e deslocamento. No macaco, a medida de distância percorrida pela mão que

gira a manivela é dezenas de vezes maior que a elevação sofrida pelo

automóvel em decorrência desse movimento. A redução da força é exatamente

o inverso do aumento do deslocamento: se este se torna dezenas de vezes

maior, a força exercida por quem opera o macaco se torna dezenas de vezes

menor. Assim, se ao girar a manivela a mão percorre a distância de 20 m e o

automóvel sobe 2,0 cm, a força exercida pela pessoa é 1000 vezes menor que

o peso do automóvel, pois esse é o valor da razão 20m/2cm. Lembrando que a

massa de um automóvel médio é de cerca de 1000 kg e seu peso de,

aproximadamente, 10000 N, para quem utiliza o macaco essa massa equivale

a 1 kg, e a força realizada equivale a 10 N.

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Há séculos o ser humano descobriu essa razão de compensação entre

força e deslocamento, o que lhe permitiu construir inúmeras máquinas simples

e se tornou a base conceitual de uma das mais importantes grandezas da

mecânica – o trabalho.

Conceito de trabalho

Em física esse conceito é diferente daquele que temos no dia a dia. Neste

caso, trabalho está associado ao desempenho de algum serviço ou tarefa, que

pode ou não exigir força ou deslocamento. Em física, se não houver força e

deslocamento, não há trabalho.

A definição física de trabalho tem essa característica porque seu

objetivo é possibilitar a medida de energia, uma grandeza fundamental para

a ciência. Por exemplo, o consumo de energia quando se pensa do ponto de

vista da física não é considerado trabalho.

Há situações em que, embora o consumo de energia exista e não seja

desprezível, a física considera nulo o trabalho realizado. É o caso de uma

pessoa segurando uma carga sem sair do lugar durante algum tempo. Nessa

situação é justo que o trabalho seja nulo, pois trata-se de uma energia

consumida sem necessidade – a carga poderia ser colocada no chão ou sobre

uma mesa.

O consumo de energia nessa situação não se deve diretamente ao fato de

a pessoa segurar a carga, mas à necessidade do organismo de manter a

rigidez da musculatura para sustentar a carga.

Trabalho de uma força

Consideremos um corpo sendo arrastado

sobre uma mesa horizontal, submetido à ação de

uma força (F), como mostra a figura ao lado

Suponha que a força (F) seja constante e que o corpo se desloque de uma

distância. Sendo Θ o ângulo entre F e a direção do deslocamento do corpo,

defini-se trabalho – T – realizado pela força F da seguinte maneira:

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Pela equação de definição de trabalho, lembrando que cosΘ é um

número adimensional (não possui unidades), vemos que a unidade de medida

dessa grandeza, no S.I. é:

1 Newton x 1 metro = 1 N.m que reescrevendo fica 1 J

Esta unidade é denominada 1 Joule (J) em homenagem ao físico inglês

do século XIX, James P. Joule, que desenvolveu vários trabalhos no campo de

estudo de energia.

Influência do ângulo Θ

Consideremos um corpo se deslocando de uma distância d, submetido a

uma força F. O trabalho realizado por esta força dependerá, naturalmente, do

ângulo Θ que ela forma com a direção do deslocamento do corpo.

Exercício resolvido

1. Uma pessoa aplica uma força, horizontalmente, de 10 N sobre uma

caixa de sapato cujo deslocamento foi de 2 metros. Qual o valor do trabalho

realizado por esta pessoa?

Resolução

F = 10 N substituindo na fórmula T = F.d T = 10.2 T = 20 J

d = 2m

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POTÊNCIA

Considere duas pessoas que realizam o mesmo trabalho. Se uma delas

realiza o trabalho em um tempo menor do que a outra, ela tem que fazer um

esforço maior, em vista disto, dizemos que ela desenvolveu uma potência

maior em relação à outra. Outros exemplos:

• Um carro tem maior potência quando ele consegue atingir maior velocidade

em um menor intervalo de tempo

• Um aparelho de som é mais potente do que outro quando ele consegue

converter mais energia elétrica em energia sonora em um intervalo de tempo

menor.

Assim sendo, uma máquina é caracterizada pelo trabalho que ela pode realizar

em um determinado tempo. A eficiência de uma máquina é medida através da

relação do trabalho que ela realiza pelo tempo gasto para realizar o mesmo,

definindo a potência.

Defini-se potência como sendo o tempo gasto para se realizar um

determinado trabalho.

Para exprimir em termos matemáticos essa ideia, a potência foi definida

como uma razão em que o numerador é o trabalho (T) e o denominador é o

intervalo de tempo (∆t) em que se realiza. Assim, se o mesmo trabalho é

realizado em tempos diferentes, o numerador não muda, mas, quanto menor o

denominador, maior o resultado, isto é, a potência. Por exemplo, se um

trabalho de 100 J é realizado em 20 s, essa razão é 100/20, ou seja, 5,0 J/s; se

esse mesmo trabalho é realizado em 5,0 s, a razão é 100/5,0 ou 20 J/S.

Assim, se uma força F realiza um trabalho (T) no intervalo de tempo ∆t, a

potência média (Pm) dessa força é definida pela razão:

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No S.I. como o trabalho é dado em joules e o tempo em segundos, a

unidade de potência é o J/s, denominado watt (W), em homenagem ao

engenheiro e mecânico escocês James Watt (1736 – 1819). Portanto, uma

força desenvolve uma potência de 1W quando realiza um trabalho de 1J em 1s.

Como essa unidade é pequena, usa-se com frequência o quilowatt (kW):

1kw = 1000 W. Outras duas unidades práticas de uso frequente são o cavalo-

vapor (cv) e o horse-power (HP). Seus valores em watts são:

1 cv = 736 W 1 HP = 746 W

Cotidiano: a palavra energia

O conceito de energia está ligado ao trabalho e

este foi criado para medir a energia. Essa circularidade

mostra que a ciência não é capaz de definir energia, ao

menos como um conceito independente. No entanto, a

palavra energia é uma das preferidas por todos os que

pretendem dar ao seu discurso uma conotação científica. Na linguagem de

muitos, energia é algo que parece estar em todo lugar, com os mais diversos

significados, quase sempre inadequados do ponto de vista científico.

É importante lembrar que, embora não se saiba o que é energia, se sabe

o que ela não é. Expressões como que “captar energia cósmica”, “passar uma

energia positiva” ou semelhantes podem ter significados em alguma área do

conhecimento humano, mas não em física.

Um herói de desenho animado grita: “eu tenho a força!”. Erros como

esses são frequentes em relação a conceitos de física, sobretudo os de força,

trabalho e energia. Ninguém pode “ter” força, pois esta é ação e ação se faz ou

se exerce. Quem diz essas frases está confundindo força com energia. Esta,

sim, se pode ter ou perder, consumir e também pode acabar.

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ENERGIA CINÉTICA (EC)

Um corpo em movimento possui certa rapidez em relação a um

referencial. Assim por exemplo, uma pessoa viajando em um ônibus tem

rapidez em relação a alguém parado do lado de fora do ônibus e que o vê

passando dentro do ônibus. Todavia, para uma pessoa sentada no ônibus, um

outro passageiro sentado ao seu lado está em repouso, pois sua posição em

relação ao ônibus e ao passageiro ao lado não se altera com o tempo, desde

que eles se mantenham parados.

Para quem acompanha

do lado de fora do ônibus, o

passageiro tem rapidez não

nula. Para o passageiro no

ônibus, quem está em

movimento é a pessoa que o vê do lado de fora.

Associamos aos corpos em movimento, ou seja, com rapidez em

relação a um dado referencial, certa energia de movimento, denominada

energia cinética. De onde vem essa energia?

Para responder, vamos imaginar um barco a vela em repouso num lago.

Se um vento forte começar a soprar, surgirá uma força, que poderá tirar o

barco do repouso. Caso isso ocorra, essa força modificará o estado de

movimento do barco, realizando um trabalho sobre ele, pois o barco começará

a se deslocar. Podemos associar certa quantidade de energia cinética

transferida ao barco por meio do trabalho exercido pela força do vento. Em

outras palavras, os corpos modificam sua quantidade de energia cinética

quando sobre eles é realizado determinado trabalho. Para que um corpo

em repouso em relação a um dado referencial, com energia cinética nula,

adquira movimento, é necessário que uma força transfira energia a ele

realizando trabalho.

A energia cinética de um corpo depende de sua massa e de sua rapidez.

Ela é igual à metade da massa vezes o quadrado da rapidez.

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O valor da energia cinética, assim como o valor da rapidez, depende do

sistema de referência em que ela é medida. Por exemplo, quando você está

viajando num carro veloz, sua energia cinética é nula com respeito ao carro,

mas considerável com respeito ao solo. Observe que a rapidez aparece ao

quadrado na definição de energia cinética; logo, se a rapidez de um objeto for

dobrada, sua energia cinética será duplicada (2² = 4). Isso significa que um

carro viajando a 100 km/h tem quatro vezes mais energia cinética do que se ele

for a 50 km/h. Na energia cinética, rapidez comparece num fator quadrático.

A energia cinética é medida nas mesmas unidades do trabalho, ou seja,

no S.I. ela é medida em joules (J).

Exercício resolvido:

Qual a energia cinética de um móvel de 20 kg cuja velocidade, constante,

é de 108 km/h?

Resolução

m = 20 kg

v = 108 km/h = 30 m/s (converter km/h para m/s)

Ec = (m.r²)/2

Ec = (20.30²)/2

Ec = 20.900 dividido por 2

ec = 9000 J

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ENERGIA POTENCIAL GRAVITACIONAL (EP)

Um objeto pode armazenar energia por causa de sua posição com

referência em outro objeto. Esta energia é chamada de energia potencial,

porque neste estado de armazenamento ela tem o potencial de realizar

trabalho. Por exemplo, uma mola esticada ou comprimida tem o potencial de

realizar trabalho. Quando um arco é vergado, a energia é nele armazenada.

Uma tira de borracha esticada possui energia potencial por causa de sua

posição, pois se for parte de estilingue ela é capaz de realizar trabalho.

A energia química nos combustíveis é também energia potencial, devido

às posições relativas dos átomos nas moléculas – energia de posição numa

escala microscópica. Energias deste tipo caracterizam os combustíveis

fósseis, baterias elétricas e a comida. Essa energia é disponível quando os

átomos são rearranjados, isto é, quando ocorrem transformações químicas.

Qualquer sustância capaz de realizar trabalho através de reações químicas

possui energia potencial.

É necessário realizar trabalho para erguer objetos contra a gravidade

terrestre. A energia de um corpo devido à sua posição elevada é chamada de

energia potencial gravitacional. A água num reservatório elevado e o martelo

de um bate-estacas possuem energia potencial gravitacional. A quantidade

dessa energia que um objeto elevado possui é igual ao trabalho que foi

realizado para erguê-lo. O trabalho realizado é igual a força para movê-lo para

cima, vezes a distância vertical na qual ele foi deslocado (T = F.d). Uma vez

que se inicie o movimento para cima, a força para cima necessária para mantê-

lo subindo com rapidez constante é igual ao peso (m.g) do objeto. Desta forma,

o trabalho realizado para erguer um objeto de peso (m.g) a uma altura h é dado

pelo produto mgh. A energia potencial gravitacional é medida nas mesmas

unidades do trabalho, ou seja, no S.I. ela é medida em joules (J)

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Observe que a altura h é a distância acima de algum nível de referência,

tal como o chão ou um piso de algum andar de um edifício. A energia potencial

m.g.h é relativa àquele nível e depende apenas de m.g e a altura h. Observe

também, na figura abaixo, que a energia potencial gravitacional não depende

do caminho seguido de ir de A para B.

A energia potencial da bola de 10 N é a mesma (30J) nas três situações,

porque o trabalho realizado para elevá-la em 3 metros é o mesmo,

independente da trajetória. Seja a bola na situação A, B ou C. Trabalho

nenhum é realizado quando a bola se move horizontalmente.

Exercício resolvido

1. Quando você está num prédio de 80 metros de altura, segurando um

pacote de um quilograma (1,0 Kg) de açúcar à beira da janela, qual a energia

potencial gravitacional armazenada neste pacote de açúcar em relação ao

solo?

Resolução

m= 1,0 Kg

g= 10 m/² substituindo na fórmula Epg= m.g.h Epg= 1,0.80.10 Epg= 800J

h= 80

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CONSERVAÇÃO DE ENERGIA

Mais importante do que ser capaz de enunciar o

que é a energia é compreender como ela se comporta –

como ela se transforma. Podemos entender melhor os

processos e transformações que ocorrem na natureza se

os analisamos em termos de transformação de energia

de uma forma para outra ou de transferências de um

lugar para outro. Os processos da natureza são melhor

compreendidos quando analisados em termos das variações de energia.

Considere as mudanças que ocorrem, por exemplo, na energia durante

uma operação com bate-estacas. O trabalho realizado para elevar o martelo de

bate-estacas, fornecendo-lhe energia potencial, transforma-se em energia

cinética quando o martelo é solto. Esta energia é transferida para a estaca

logo abaixo. A distância que esta penetra no chão multiplicada pela força média

do impacto, é quase igual à energia potencial inicial do martelo. Dizemos

quase, porque alguma energia transferiu-se para o chão durante a penetração,

aquecendo-a. Levando em conta a energia térmica, constatamos que energia

transforma-se sem que haja ganho ou perda líquida da mesma.

Estudos das diversas formas de energia e suas transformações de uma

forma em outra levaram a uma das maiores generalizações da física - a lei da

conservação de energia:

Quando consideramos um sistema em sua totalidade, seja ele tão simples

como um bate-estacas ou tão complexo quanto uma estrela explodindo, há

uma quantidade que não é criada ou destruída: a energia. Ela pode mudar de

forma ou simplesmente ser transferida de um lugar para outro, mas, a partir de

tudo que sabemos, a quantidade total de energia leva em conta o fato de que

os átomos que formam a matéria são eles mesmos cápsulas concentradas de

energia. Quando os núcleos dos átomos se redistribuem, quantidades enormes

de energia são liberadas. O sol brilha porque parte de sua energia nuclear é

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transformada em energia radiante. A enorme compressão provocada pela

gravidade e temperaturas extremamente altas no interior profundo do Sol funde

núcleos de átomos de hidrogênio para formar núcleos de hélio (curiosamente, a

fusão de núcleos é um processo ocasional, pois o espaçamento médio entre os

núcleos é enorme, mesmo para as altas pressões encontradas no centro do

Sol. É por isso que o sol levará, aproximadamente, 10 bilhões de anos para

consumir seu combustível de hidrogênio). Isto é a fusão termonuclear, um

processo que libera energia radiante, pequena parte da qual atinge a terra.

Parte dessa energia que alcança a terra incide sobre as plantas e parte é

estocada na forma de carvão mineral. Outra parte sustenta a vida na cadeia

alimentar que começa com as plantas, e parte desta energia é mais tarde

armazenada na forma de petróleo. Parte da energia originada pelo Sol serve

para evaporar a água nos oceanos, e parte desta água retorna à Terra na

forma de chuva, que pode ser acumulada numa represa. Em virtude de sua

posição elevada, a água por trás da represa tem energia que pode ser usada

para alimentar uma usina elétrica logo abaixo, onde é transformada em energia

elétrica. A energia elétrica viaja pelos cabos elétricos até nossas casas, onde é

utilizada para iluminar, aquecer, cozinhar e fazer funcionar nossos aparelhos

elétricos. Não é encantador como a energia se transforma de uma forma para

outra?

Fontes:

http://www.brasilescola.com/fisica/trabalho.htm

http://www.colegioweb.com.br/trabalhos-escolares/fisica/trabalho-e-energia/o-que-e-trabalho-e-energia.html

http://vestibular.uol.com.br/resumo-das-disciplinas/biologia/energia-e-a-capacidade-de-realizar-trabalho.htm

Exercícios

1. É exercida uma força (f) de 50 N sobre um bloco. Este é deslocado

horizontalmente por uma distância (d) de 20 metros. Qual foi o trabalho

realizado?

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2. Um carro de fórmula 1 pode atingir uma velocidade (V) máxima de 97

m/s. A massa (m) média de um carro – já com o piloto – é de 660 quilogramas.

Quando um carro de fórmula 1 está na velocidade máxima, qual é a energia

cinética contida nele?

3. Um corpo de massa (m) igual a 7,0 kg é abandonado de uma altura (h)

de 50 metros em relação ao solo. Sabendo-se que a gravidade g = 10 m/s²

a.Calcule sua energia potencial gravitacional quando ela está a 50 metros

do solo.

b.Calcule sua energia potencial gravitacional quando ela está a 25 metros

do solo.

c.Calcule sua energia potencial gravitacional quando ele está no solo

(zero metro).

4.O que diz o princípio geral da conservação de energia?

5.Sabendo que um corredor cibernético de 80 kg, partindo do repouso,

realiza a prova de 200 m em 20 s mantendo uma aceleração constante de a =

1,0 m/s², pode-se afirmar que a energia cinética atingida pelo corredor no final

dos 200 m, em joules, é:

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6.Três homens, José, Pedro e Paulo, correm com velocidades horizontais

constantes de 1,0 m/s, 1,0 m/s e 2,0 m/s respectivamente (em relação a O,

conforme mostra a figura abaixo). A massa de José é 50 Kg, a de Pedro é 50

kg e a de Paulo é 60 Kg.

As energias cinéticas de Pedro e Paulo em relação a um referencial

localizado em José são?

7. Uma partícula de massa constante tem o módulo de sua velocidade

aumentado em 20%. O respectivo aumento de sua energia cinética será de:

a) 10%

b) 20%

c) 40%

d) 44%

e) 56%

8. Um corpo de massa 3,0kg está posicionado 2,0m acima do solo

horizontal e tem energia potencial gravitacional de 90J.

A aceleração de gravidade no local tem módulo igual a 10m/s2. Quando

esse corpo estiver posicionado no solo, sua energia potencial gravitacional

valerá:

a) zero

b) 20J

c) 30J

d) 60J

e) 90J

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9. Um corpo de massa m se desloca numa trajetória plana e circular. Num

determinado instante t1, sua velocidade escalar é v, e, em t2, sua velocidade

escalar é 2v. A razão entre as energias cinéticas do corpo em t2 e

t1, respectivamente, é:

a) 1

b) 2

c) 4

d) 8

e) 16

10. Considere uma partícula no interior de um campo de forças. Se o

movimento da partícula for espontâneo, sua energia potencial sempre diminui e

as forças de campo estarão realizando um trabalho motor (positivo),

que consiste em transformar energia potencial em cinética. Dentre as

alternativas a seguir, assinale aquela em que a energia potencial aumenta:

a) um corpo caindo no campo de gravidade da Terra;

b) um próton e um elétron se aproximando;

c) dois elétrons se afastando;

d) dois prótons se afastando;

e) um próton e um elétron se afastando.

11. Um pingo de chuva de massa 5,0 x 10-5kg cai com velocidade

constante de uma altitude de 120m, sem que a sua massa varie, num local

onde a aceleração da gravidade tem módulo igual a 10m/s2.

Nestas condições, a intensidade de força de atrito F do ar sobre a gota e a

energia mecânica E dissipada durante a queda são, respectivamente:

a) 5,0 x 10-4N; 5,0 x 10-4J;

b) 1,0 x 10-3N; 1,0 x 10-1J;

c) 5,0 x 10-4N; 5,0 x 10-2J;

d) 5,0 x 10-4N; 6,0 x 10-2J;

e) 5,0 x 10-4N; E = 0.

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12. Um atleta de massa 80kg com 2,0m de altura, consegue ultrapassar

um obstáculo horizontal a 6,0m do chão com salto de vara. Adote g = 10m/s2. A

variação de energia potencial gravitacional do atleta, neste salto, é um valor

próximo de:

a) 2,4kJ

b) 3,2kJ

c) 4,0kJ

d) 4,8kJ

e) 5,0kJ

13. Três esferas idênticas, de raios R e massas M, estão entre uma mesa

horizontal. A aceleração local de gravidade tem módulo igual a g. As esferas

são colocadas em um tubo vertical que também está sobre a mesa e que tem

raio praticamente igual ao raio das esferas. Seja E a energia potencial

gravitacional total das três esferas sobre a mesa e E' a energia potencial

gravitacional total das três esferas dentro do tubo. O módulo da diferença (E' -

E) é igual a:

a) 4 MRg

b) 5 MRg

c) 6 MRg

d) 7 MRg

e) 8 MRg

14. Uma mola elástica ideal, submetida a ação de uma força de

intensidade F = 10N, está deformada de 2,0cm. A energia elástica armazenada

na mola é de:

a) 0,10J

b) 0,20J

c) 0,50J

d) 1,0J

e) 2,0J

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15. Um ciclista desce uma ladeira, com forte vento contrário ao

movimento. Pedalando vigorosamente, ele consegue manter a velocidade

constante. Pode-se então afirmar que a sua:

a) energia cinética está aumentando;

b) energia cinética está diminuindo;

c) energia potencial gravitacional está aumentando;

d) energia potencial gravitacional está diminuindo;

e) energia potencial gravitacional é constante.

16. Um corpo é lançado verticalmente para cima num local onde g =

10m/s2. Devido ao atrito com o ar, o corpo dissipa, durante a subida, 25% de

sua energia cinética inicial na forma de calor. Nestas condições, pode-se

afirmar que, se a altura máxima por ele atingida é 15cm, então a velocidade de

lançamento, em m/s, foi:

a) 1,0

b) 2,0

c) 3,0

d) 4,0

e) 5,0

Respostas

1.1000 J

2.211266OO J

3.3500 J

4.A energia não pode ser criada ou destruída; pode apenas ser

transformada de uma forma para outra forma, com sua quantidade total

permanecendo constante.

5.1600 J

6.O e 30 J

7 – D

8 – C

9 – C

10 – E

11 – D

12 – C

13 – C

14 – A

15 – D

16 - B

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REFERÊNCIAS:

HALLYDAY, David; RESNICK, Robert e WALKER, Jearl. Fundamentos de

física, volume 1, Mecânica. 7º Ed.

ALONSO, Marcelo e FINN, Edward. Física. Trad. Maria Alice Gomes da

costa. São Paulo, Addison-Wesley do Brasil, 1999.

FEYMAN, Richard P. Física em seis lições. Rio de Janeiro, Ediouro, 1999.

HEWITT, Paul G Física conceitual. Trad Sérgio de Regules. Ed Delaware,

1995

ALVES, Virginia Mello. Física para secundaristas, editora UFRGS. 1999

TORRES, Carlos Magno. Física Ciência e Tecnologia. 2 ed. Editora

moderna 2010

GASPAR, Carlos Alberto. Fundamentos de física. 3º Ed. Editora moderna

2008

ALVARENGA, Maximiliano. Física. Ed moderna. 2º Ed. Editora moderna

2002