Sumário da Aula -...

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03/09/2009 1 Saúde Coletiva e Ambiental Aula 4 – O desenvolvimento do Sistema de Saúde Brasileiro UNIG, 2009.1 Prof. Ricardo Mattos Bibliografia de Referência: Brasil, 2007 (Cap. 1) 1) O modelo anterior e seu legado 2) A CF 88 e as leis orgânicas da saúde 3) Princípios doutrinários e operacionais 4) A base de sustentação do SUS 5) Novas dificuldades 6) A NOB 01/96 e o aumento dos repasses Prof. Msc. Ricardo de Mattos Russo Rafael Sumário da Aula

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Saúde Coletiva e Ambiental

Aula 4 – O desenvolvimento do

Sistema de Saúde Brasileiro

UNIG, 2009.1

Prof. Ricardo Mattos

Bibliografia de Referência:

Brasil, 2007 (Cap. 1)

1) O modelo anterior e seu legado

2) A CF 88 e as leis orgânicas da saúde

3) Princípios doutrinários e operacionais

4) A base de sustentação do SUS

5) Novas dificuldades

6) A NOB 01/96 e o aumento dos repasses

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Só há duas opções nesta vida: se resignar

ou se indignar. E eu não vou me resignar

nunca.

(Darcy Ribeiro)

O modelo anterior e seu legado(i)

� Década de 30: é inaugurado o sistema público de saúde, sob ainspiração do modelo bismarkiano, e posteriormente é ampliadopelo Regime Militar.

� Na era Vargas, o modelo era baseado em seguros no sistemaprevidenciário. Os direitos à saúde, eram restritos aostrabalhadores formais, que pagavam contribuições ao InstitutoNacional de Previdência Social (INPS)

� Neste modelo, toda a gestão (financiamento, seleção de pessoal,etc) era centralizada no Instituto Nacional de Assistência Médicae Previdência Social (Inamps)

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O modelo anterior e seu legado(ii)

� Década de 70: o sistema hospitalar e a indústria farmacêuticativeram expressiva expansão, devido aos incentivos criados peloInamps que lhes garantia demanda sem exclusividade;

� Com isso, na década de 80, o sistema público dependia, quaseexclusivamente, das instalações privadas para a execução depráticas de média e alta complexidade;

� No que diz respeito a Atenção Básica, os grandes provedores jáeram os estados e municípios, o que aumentava a necessidadede um financiamento Federal.

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O modelo anterior e seu legado(iii)

Ao final da década de 70, o Modelo de Saúde começou aenfraquecer, devido:

� Protestos e revoltas pela população mais carente;

� Pressão, por parte do Movimento Sanitário, para a reforma daPolítica de Saúde;

� População informada sobre os gastos excessivos e desvios deverba com o Sistema Privado.

→ O Movimento Sanitário visava a descentralização dos serviços, aredução dos gastos e o enfraquecimento do Setor Privado.

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A CF 88 e as Leis Orgânicas da Saúde(i)

�Com a pressão exercida pelo Movimento Sanitário epor uma parcela da população, em 1988, a ConstituiçãoFederal garantiu saúde gratuita e de provisão doEstado.

“Saúde é um direito de todos e um dever do Estado”

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• SISTEMA Único de Saúde

• Porque supõe a articulação das partes, isto é,

integração das instituições, redes, serviços e

ações de saúde, para resolver os problemas e

atender às necessidades, ambos identificados

no quadro epidemiológico e na situação atual.

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A CF 88 e as Leis Orgânicas da Saúde(ii)

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• Sistema ÚNICO de Saúde

• Porque deve respeitar em todo o País, os

princípios doutrinários e operacionais.

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A CF 88 e as Leis Orgânicas da Saúde(iii)

�Mesmo com a criação do Sistema Único de Saúde, oSistema Privado não perdeu força, continuando a vetartodas as propostas que visavam reduzir o seu papel;

�Desta forma, houve uma nova pressão do MovimentoSanitário até a aprovação das Leis 8.080/90 e 8.142/90,conseguindo uma data limite para a extinção doInamps, a transferência direta do Ministério da Saúdepara os municípios e os princípios que norteariam oSUS.

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A CF 88 e as Leis Orgânicas da Saúde(iv)

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Princípios Doutrinários e Operacionais

�Com a criação da Lei Orgânica (8.080/90) do SistemaÚnico de Saúde, foram definidos os princípios quenorteariam a assistência, sendo eles:

– Princípios doutrinários ou ideológicos

�Universalização;

�Equidade;

�Integralidade.

– Princípios operacionais

�Descentralização;

�Hierarquização e regionalização;

�Controle social.Prof. Msc. Ricardo de Mattos Russo Rafael

A base de sustentação do SUS

�Desta forma, todos ganharam:

1) Os médicos poderiam atender pelo Sistema Único deSaúde e pelo Sistema Privado;

2) Os Governadores poderiam ampliar os seus serviçosa nível local;

3) A população receberia maior atenção em saúde.

→ Sendo assim, estava organizada a base de sustentaçãodo SUS.

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Novas dificuldades(i)

�Na década de 90: foram criadas as NormasOperacionais Básicas (NOBS), a fim de organizar areforma e a descentralização;

�Governo Collor: houve a criação da primeira Norma(1991), o método de transferência dos recursos aosmunicípios não seriam automáticos e seriam através deprocedimentos realizados.

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�Governo FHC: foi criado um fundo próprio para asaúde, através de uma ementa constituinte, para aarrecadação fiscal por meio da CPMF.

�Contudo, o Ministro da Economia, Pedro Mallan, cortoua verba destinada ao Ministério da Saúde. Com isso, acriação do Fundo foi inútil, pois teve carátersubstitutivo da verba.

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Novas dificuldades(ii)

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A NOB 96 e o aumento dos repasses

� Ainda no Governo FHC, foi criada uma nova Norma OperacionalBásica, estabelecendo transferências automáticas e “Fundo aFundo”, através do alcance dos indicadores pactuados pelosmunicípios.

� Além disso, os municípios deveriam optar por uma forma degestão, onde teriam gerência sobre:

- Atenção Básica e os níveis assistências de média e altacomplexidade; ou

- Somente para a atenção básica.

� Com a adesão da NOB 96, os municípios ainda poderiam optarpor programas sanitários específicos, aumentando o montantedo repasse.

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Próxima aula: A construção da Estratégia

de Saúde da Família

Fiquem com Deus ! ! !