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1 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - 2011 ESCOLA ESTADUAL DO CAMPO GETÚLIO VARGAS – ENSINO FUNDAMENTAL Figueira D' Oeste – Engenheiro Beltrão - Paraná PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO Escola Estadual do Campo Getúlio Vargas – Ensino Fundamental

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1 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - 2011

ESCOLA ESTADUAL DO CAMPO GETÚLIO VARGAS – ENSINO FUNDAMENTAL

Figueira D' Oeste – Engenheiro Beltrão - Paraná

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

2011

Escola Estadual do Campo Getúlio Vargas – Ensino Fundamental

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2 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - 2011

SUMÁRIO

1. APRESENTAÇÃO …....................................................................................... 0062. INTRODUÇAO …........................................................................................... 0073. MARCO SITUACIONAL ................................................................................. 009

3.1 Identificação …........................ ............................................................. 0093.2 Aspectos Históricos da Escola ….............................................................. 0093.3 O Patrono …............................................................................................ 0113.4 Dados do Estabelecimento de Ensino ….................................................. 0123.5 Oferta de Cursos e turmas ….................................................................. 0133.6 Sala de Recursos Multifuncional …......................................................... 0133.7 Sala de Apoio à Aprendizagem …........................................................... 0143.8 Caracterização da população atendida …................................................ 0163.9 Características do Município de Engenheiro Beltrão …........................... 0173.10 Quadro de Profissionais da Educação …................................................ 0203.11 Diagnóstico da Escola Estadual do Campo Getúlio Vargas ….................. 0213.12 Tendência Pedagógica …......................................................................... 0233.13 Aspectos relativos à Gestão Escolar …..................................................... 0283.14 Aspectos relativos à participação dos pais …...........................................0293.15 Aspetos relativos à Educação continuada dos profissionais da

educação............... 0303.16 Aspectos relativos a organização do tempo escolar

…............................. 0313.17 Espaços Pedagógicos

…........................................................................... 0333.18 Organização das turmas

…...................................................................... 033

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3.19 Índices de Aproveitameto Escolar, Aprovação, Reprovção e Evasão........ 034

3.20 A transição dos anos iniciais do Ensino Fundamental para os anos finais. 034

4. MARCO CONCEITUAL ...............................................................................

0354.1 Concepção de Sociedade ..................................................................

…... 0354.2 Concepção de

Mundo .............................................................................. 0364.3 Concepção de

Cultura ............................................................................. 0374.4 Concepção de

Conhecimento ................................................................... 0394.5 Concepção de

Homem ............................................................................ 0414.6 Concepção de

Infância ............................................................................. 0424.7 Concepção de Adolescentes e Jovens

…................................................... 0444.8 Concepção de Educação

…....................................................................... 0454.9 Concepção de

Escola ................................................................................ 0464.10 Concepção de

Professor ............................................................................ 049

4.11 Concepção de Aluno ................................................................................. 050

4.12 Concepção de Currículo ...........................................................................051

4.13 Concepção de Ensino ............................................................................... 057

4.14 Concepção de Aprendizagem ................................................................... 057

4.15 Concepção de Letramento ….................................................................... 059

4.16 Concepção de Ciência …........................................................................... 060

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4.17 Concepção de Tecnologia ......................................................................... 062

4.18 Concepção de Cidadania .......................................................................... 066

4.19 Concepção de Trabalho ............................................................................ 067

4.20 Concepção de Valores .............................................................................. 068

4.21 Concepção de Avaliação ..................................................................….... 071

4.22 Concepção de educação continuada …..................................................... 073

5. MARCO OPERACIONAL ...................................................................... 074

5.1 Organização do Trabalho Pedagógico ….................................................. 074

5.2 O Plano de ação da escola ........................................................................ 074

5.3 A Estrutura organizacional........................................................................ 077

5.4. A prática Pedagógica ... ...........................................................................078

5.5 Os conteúdos de Aprendizagem ….......................................................... 080

5.6 O plano de trabalho Docente ….... .......................................................... 081

5.7 A Metodologia do trabalho docente …..................................................... 082

5.8 A Avaliação no contexto escolar …........... ...............................................084

5.9 A recuperação de Estudos ....................................................................... 0935.10 A Recuperação Paralela ….......................................................................0945.11 O Aproveitamento de estudos ….............................................................. 095

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5 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - 2011

5.12 A Classificação ........................................................................................ 095

5.13 A Reclassificação ...................................................................................... 096

5.14 O Elementos constitutivos do Trabalho Docente...................................... 096

5.15 Princípios de Integração entre o trabalho docente e as disciplinas …....... 101

5.16 Os Temas Sociais: Meio Ambiente, Orientação Sexual, Multiculturalismo Educação para a saúde e Ética

…............................................................ 1045.17 A Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena

…..................................... 1075.18 A Equipe Multidisciplinar

…..................................................................... 1085.19 A educação Fiscal

…................................................................................. 1095.20 A Matriz Curricular

….............................................................................. 1105.21 A gestão dos espaços pedagógicos

…........................................................ 1125.22 Os princípios da Gestão Escolar

…...........................................................1145.23 A reflexão sobre o trabalho pedagógico

…................................................ 1165.24 A formação continuada na Escola Est. Do Campo Getúlio Vargas

…........ 1175.25 As relações de trabalho

…........................................................................ 1185.26 A prática transformadora

…...................................................................... 1195.27 A inclusão

…............................................................................................. 120

5.28 A Diversidade ….......................................................................................122

5.29 O Regime Escolar …................................................................................. 124

5.30 Recursos que a escola dispões para realizar seu projeto educativo …..... 124

5.31 As atribuições dos Recursos Humanos …................................................ 129

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5.32 O Estágio Supervisionado obrigatório e não obrigatório ......................... 145

5.33 O Papel das Instancias Colegiadas …....................................................... 146

5.34 O Conselho de Classe …........................................................................... 147

5.35 Os Projetos desenvolvidos na Escola …...................................................... 149

5.36 O Plano de Avaliação Institucional …........................................................ 151

5.37 A Avaliação do Projeto Político Pedagógico …........................................... 153

5.38 Considerações Finais …............................................................................. 154

5.39 A Ata de Aprovação do Projeto Político Pedagógico ….............................. 156

5.40 Referências …........................................................................................... 157

SEGUNDA PARTE ............................................................................................ 164

6. Proposta Pedagógica Curricular ................................................................... 164

6.1 Proposta Pedagógica Curricular de Língua Portuguesa ................................. 167

6.2 Proposta Pedagógica Curricular de Arte ….................................................... 200

6.3 Proposta Pedagógica Curricular de Educação Física ….................................. 226

6.4 Proposta Pedagógica Curricular de Matemática …........................................ 249

6.5 Proposta Pedagógica Curricular de Ciências …............................................. 280

6.6 Proposta Pedagógica Curricular de História ….............................................. 305

6.7 Proposta Pedagógica Curricular de Geografia …........................................... 328

6.8 Proposta Pedagógica Curricular de Ensino Religioso …................................ 350

6.9 Proposta Pedagógica Curricular de LEM........................................................ 368

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7 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - 2011

O Projeto Pedagógico da Escola é mais do que a formalidade.

É a aproximação do que se pensa sobre a educação, sobre o ensino, sobre

os conteúdos do ensino, sobre o aluno com a prática pedagógica que se

realiza nas escolas. É a aproximação, cada vez maior, entre o que se

pensa ser a tarefa da instituição escola e o trabalho que se desenvolve na

Escola. Ë o confronto entre as intenções e os resultados escolares. É uma

Filosofia de educação que se discute e se vive na Escola.

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( Veiga, 2001)

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO – 2011

1. APRESENTAÇÃO

A Escola Estadual do Campo Getúlio Vargas - Ensino Fundamental, do Distrito de Figueira D’ Oeste, Município de Engenheiro Beltrão, pertencente ao Núcleo Regional de Campo Mourão, Estado do Paraná apresenta seu Projeto Político Pedagógico, cuja elaboração surgiu da necessidade de se organizar um conjunto de princípios orientadores que servissem de base para a estruturação dos fundamentos que norteiam a ação pedagógica da Escola.

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Este trabalho é resultado da reflexão e da troca de experiências, tendo como base a visão dos profissionais da Educação da escola que acredita que educação se faz com amor e respeito.

Os inúmeros problemas educacionais e o verdadeiro papel da educação formal são motivos de ampla discussão na sociedade. Necessita empreender um esforço coletivo para vencer as barreiras e entraves que inviabilizam a construção de uma escola pública que eduque de fato para o exercício pleno da cidadania e seja instrumento real de transformação social, criando espaços em que se aprenda a aprender, a conviver e a ser com e para os outros, contrapondo-se ao atual modelo gerador de desigualdades e exclusão social que impera nas políticas educacionais.

A escola é a responsável pela promoção do desenvolvimento do cidadão, no sentido pleno da palavra. Então, cabe a ela definir-se pelo tipo de cidadão que deseja formar, de acordo com a sua visão de sociedade. Cabe-lhe também a incumbência de definir as mudanças que julga necessárias para que essa sociedade, através das mãos do cidadão que irá formar seja construída de forma que o Homem seja o foco mais privilegiado. Portanto, acreditamos que podemos contribuir para o desenvolvimento humano, pois, se todas as ações passam pela mão do homem, acreditamos que o amanhã precisa ser, necessariamente, melhor do que hoje.

A Escola Estadual do Campo Getúlio Vargas, entende que o Projeto Político - Pedagógico deve ultrapassar a mera elaboração de planos, e apontar uma direção pautada com um compromisso definido coletivamente. Segundo Veiga, 1995, quando a própria escola assume a responsabilidade de atuar na transformação e na busca do desenvolvimento social, seus agentes sentem-se motivados para a elaboração de uma proposta para a realização desse objetivo. Essa proposta ganha força e se materializa no Projeto Político Pedagógico. Portanto este é o nosso propósito.

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2. INTRODUÇÃO

O presente projeto político pedagógico, constitui-se num instrumento que expressa as diretrizes do processo de ensino aprendizagem, tendo como referencial a sua realidade, de seus alunos e da comunidade do Distrito de Figueira D’ Oeste. Nele, registramos as expectativas e possibilidades de desenvolvimento de um trabalho Pedagógico possível de se concretizar. É importante salientar que este projeto não tem a preocupação de apresentar soluções definitivas, mas expressa o desejo e o compromisso do grupo que a partir de um processo de trocas de experiencias , participa da construção do futuro melhor para a comunidade na qual está inserido.

A construção do Projeto Político Pedagógico, atendeu as exigências legais da a Lei de Diretrizes e Bases da Educação, Lei no. 9394/96, Art. 12, Inciso I e Art. 13 e 14 da mesma Lei que prevê a participação dos profissionais da educação na construção coletiva deste processo; e principalmente estabelecer parâmetros que contribuam com mudanças da prática pedagógica e administrativa voltadas para a superação de barreiras e entraves que dificultam a aprendizagem dos alunos. A Escola Estadual do Campo Getulio Vargas-Ensino Fundamental, oferta o Ensino Fundamental de 6º ao 9º ano com base nos seguintes princípios: - Constituição Federal:

Art. 208 – A Educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando o pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.

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Art. 206 – O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:I - Igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;II – Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber;III – Pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas,e coexistência de instituições publicas e privadas de ensino;IV -Gratuidade no ensino público em estabelecimentos oficiais;V - Valorização dos profissionais do ensino, garantindo na forma da lei;VI - Gestão democrática no ensino publico, na forma da lei;VII- Garantia de padrão de qualidade.

- Lei nº 9394/96 (LDBEN) Art. 32. O ensino fundamental, com duração mínima de oito anos, obrigatório e gratuito na escola pública, terá por objetivo a formação básica do cidadão, mediante:I - o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo;II - a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade;III - o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição de conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores;IV - o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e de tolerância recíproca em que se assenta a vida social.§ 1º. É facultado aos sistemas de ensino desdobrar o ensino fundamental em ciclos.§ 2º. Os estabelecimentos que utilizam progressão regular por série podem adotar no ensino fundamental o regime de progressão continuada, sem prejuízo da avaliação do processo de ensino-aprendizagem, observadas as normas do respectivo sistema de ensino.§ 3º. O ensino fundamental regular será ministrado em língua portuguesa, assegurada às comunidades indígenas a utilização de suas línguas maternas e processos próprios de aprendizagem.

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§ 4º. O ensino fundamental será presencial, sendo o ensino a distância utilizado como complementação da aprendizagem ou em situações emergenciais.

3 . MARCO SITUACIONAL

3.1 IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO

- Estabelecimento: ESCOLA ESTADUAL DO CAMPO GETULIO VARGAS- ENSINO FUNDAMENTAL- Código: 0057- Município: ENGENHEIRO BELTRÃO - Código: 0750- Dependência Administrativa: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ- NUCLEO REGIONAL DE EDUCAÇAO: Campo Mourão - ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do Paraná- Ato de Autorização de Funcionamento: Resolução nº 3676/82 de 25/02/83- Ato de Reconhecimento da Escola: Resolução nº 797/85 de 12/03/85- Parecer de Aprovação do Regimento Escolar: Parecer nº 078/2008 –

Ato Administrativo nº 097/2008- Distancia da Escola do Núcleo Regional de Educação: 60 Km- Local: Situa-se no Distrito de Figueira D’ Oeste - ZONA RURAL - e-mail: [email protected]

3.2 Aspectos Históricos da Escola

A ESCOLA ESTADUAL DO CAMPO GETULIO VARGAS – ENSINO FUNDAMENTAL, localiza-se à Avenida Brasília, s/n no Distrito de Figueira D’

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Oeste, Município e Comarca de Engenheiro Beltrão, pertencente ao Núcleo Regional de Educação de Campo Mourão, Estado do Paraná.

É mantida pelo Governo do Estado do Paraná, ofertando o Ensino Fundamental, de 6º ao 9º ano, no período diurno, turno matutino.

O Curso ofertado é autorizado pela Resolução nº 3676/82 de 25/02/83 e Reconhecido pela Resolução nº 797/85 de 12/03/85. A Escola Estadual Getúlio Vargas, teve como primeira denominação Casa Escolar Getúlio Vargas . Em 08 de Maio de 1973 pelo Decreto nº 3600 foi elevada à categoria de Grupo Escolar Getúlio Vargas. Pelo Decreto nº 1787/83 de 14/05/83 publicado no DOE nº 1569 de 01/07/83.

Pela Resolução 3676/82 de 30 /12/1982 a escola foi autorizada a ministrar o ensino de 1ª a 8ª série.

No ano de 1984 a Escola apresentou seu plano de Implantação, homologado pelo Senhor Secretario de Estado da Educação, conforme Resolução 7045/84 de 27 de Setembro de 1984.

Em 1985 a Escola teve o reconhecimento de Curso de 1º Grau conforme Resolução nº 797/85 de 16/02/1985. A partir de 29/03/1999, sofreu mudança de nomenclatura por força da LDB nº 9394/96 e passou a denominar-se ESCOLA ESTADUAL GETÚLIO VARGAS- ENSINO FUNDAMENTAL, nos termos da Deliberação nº 003/98 do CEE e Resolução nº 3120/98 DG/SEED que reformula a nomenclatura dos Estabelecimentos de Ensino nos termos da nova LDB passando daí em diante a ministrar somente as quatro ultimas series do Ensino Fundamental ( 5ª a 8ª séries). Em 04/07/02 pela Res. 2727/02 – DOE. 6290 de 09/08/02 foi Renovado Reconhecimento do Curso de Ensino Fundamental.

A partir do ano de 2012, atendendo a Legislação vigente a escola para a denominar-se ESCOLA ESTADUAL DO CAMPO GETÚLIO VARGAS-ENSINO FUNDAMENTAL e passa a atender o ensino de 6º ao 9º ano.

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3.3 – O Patrono

O nome Getúlio Vargas dado à escola é uma homenagem ao grande brasileiro Ex Presidente da República Getúlio Dornelles Vargas que nasceu em 19/04/1882, na cidade de São Borja, Rio Grande do Sul e faleceu em 24/08/1954, na cidade do Rio de Janeiro. Foi o Presidente que mais tempo governou o Brasil, durante dois mandatos, entre os anos de 1930 a 1945 e de 1951 a 1954. Getúlio Vargas assumiu o poder em 1930, após comandar a Revolução de 1930, que derrubou o governo de Washington Luís. Seus quinze anos de governo, caracterizaram -se pelo nacionalismo e populismo. Sob seu governo foi promulgada a Constituição de 1934, criada a Justiça do trabalho em 1939, instituiu o Salário Mínimo, a Consolidação das Leis do Trabalho, também conhecida como CLT. Os direitos trabalhistas também são frutos de seu governo: carteira profissional, jornada de trabalho de 48 horas e as férias remuneradas. Getúlio Vargas investiu muito na área de infra -estrutura, criando a Companhia Siderúrgica Nacional em 1940, a Vale do Rio Doce em 1942, e a Hidrelétrica do Vale de São Francisco em 1945. Em 1938, criou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Saiu do primeiro governo em 1945 após um golpe militar. Em 1950, Vargas voltou ao poder através de eleições democráticas. Neste governo continuou com uma política nacionalista. Criou a companhia do petróleo que mais tarde resultou na criação da PETROBRÁS. Em agosto de 1954 suicidou -se no Palácio do Catete com um tiro no peito. Deixou uma carta testamento com a frase que entrou para a história: “Deixo a vida para entrar para a história”. Até hoje o suicídio de Vargas gera polêmicas. O que sabemos é que seus últimos dias de governo foram marcados por forte pressão política por parte da imprensa e dos militares. A situação econômica do país não era positiva o que gerava muito descontentamento entre a população. Vargas

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foi um presidente que se preocupava com o povo brasileiro. Sua política econômica gerou empregos no Brasil e suas medidas na área do trabalho favoreceram os trabalhadores brasileiros.

3.4 DADOS DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO

3.4.1 - O Espaço físico

A escola está construída num terreno de propriedade da Prefeitura Municipal de Engenheiro Beltrão, o prédio é de propriedade do Estado e administrado pelo Estado. A pedido da Secretaria de Educação está sendo providenciado o Termo de sessão do imóvel que está em nome da Prefeitura para o Estado, numa área de 4.029.50m2 – área construída: 660,93 m2 O prédio é composto pelos seguintes ambientes:

5 salas de alvenaria com 48,00 m2 cada uma l sala para laboratório de informática (com 2 laboratórios,

Paranádigital e Proinfo) 1 sala para diretoria com 15,21 m2 1 sala para secretaria com 15,21 m2 1 biblioteca com 18,00 m2 4 sanitários com 12 m2 cada um 1 área coberta com 103,28 m2 1 refeitório com 32 m2 1 cozinha com 14, 28 m2 1 quadra de esportes com 540,96 m2

3.4.2 Espaços pedagógicos Biblioteca

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Laboratório de Informática Salas de aulas. Quadra de esportes (em más condições)

3.5. OFERTAS DE CURSOS E TURMAS

A Escola oferta o Ensino Fundamental de 6º a 9º séries , contando neste ano letivo com 4 turmas, sendo uma turma de 6º ano, uma de 7º série, uma de 8º ano e uma de 9º ano.

Modalidade de Ensino Ofertada: 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental - Regular – séries finais Número de Turmas no Ensino Regular: 04 Programas de Complementação Curricular : 01 Sala de Apoio Pedagógico: 02

Total de alunos em 2011: 59 Turno de Funcionamento: Manhã

3.4.4 - Alunos matriculados em 2011

Séries Turmas Total

5ª / 6º ano 1 156ª / 7º ano 1 147ª / 8º ano 1 148ª / 9º ano 1 16

TOTAL 4 59

3.6 - SALA DE RECURSOS MULTIFUNCIONAL

3.6.1 Sala de Recursos Multifuncional – Tipo I:

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É um espaço organizado com materiais didático-pedagógicos, equipamentos e profissional(is) especializado(s), que visa atender as necessidades educacionais especiais dos alunos que apresentam Deficiência Intelectual, Transtornos Funcionais Específicos, Transtornos Globais do Desenvolvimento e Deficiência Física Neuromotora matriculados na Rede Pública de Ensino.

3.6.1 Sala de Recursos Multifuncional – Tipo II:

As Salas de Recursos Multifuncionais Tipo II e/ou o Centro de Atendimento Educacional Especializado na Área da Deficiência Visual – CAEDV é um Atendimento Educacional Especializado para alunos cegos, de baixa visão ou outros acometimentos visuais (ambliopia funcional, distúrbios de alta refração e doenças progressivas), que funcionam em estabelecimentos do ensino regular da Educação Básica, das redes: estadual, municipal e particular de ensino, no turno inverso da escolarização, não sendo substitutivo às classes comuns, podendo, ser realizado também em instituições comunitárias ou filantrópicas sem fins lucrativos, conveniadas com a Secretaria de Educação ou órgão equivalente.

3.7 – SALA DE APOIO À APRENDIZAGEM

As salas de apoio pedagógico tem amparo legal na LDBEN n.o 9.394/96; o Parecer CNE n.o 04/98; a Deliberação n.o 007/99 – CEE e demais regulamentações da Secretaria de Estado da Educação. Tem como objetivos:

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Possibilitar através de ações pedagógicas específicas a superação das dificuldades apresentadas pelo aluno;

Atender alunos com defasagem de aprendizagem em conteúdos referente aos anos iniciais do ensino fundamental;

Viabilizar o enfrentamento dos problemas relacionados à aprendizagem de Língua Portuguesa e Matemática aos alunos matriculados na 5a série/ 6º ano e 8ª série / 9º ano do Ensino Fundamental, no que se refere a oralidade, leitura, escrita, bem como, às formas espaciais e quantidades nas suas operações básicas.

Contribuir com a superação das dificuldades do aluno obtendo êxito na série que se encontra devidamente matriculado no ensino regular.

Buscar autonomia do aprendizado, com uma metodologia diferenciada que enquadre técnicas, atividades para atingir as potencialidades inerentes aos alunos da Sala de Apoio.

O diagnóstico relativo ao funcionamento do Programa Salas de Apoio à Aprendizagem, elaborado pelo Departamento de Educação Básica, com a participação dos professores regentes de 5a séries, professores de Salas de Apoio e pedagogos. O ingresso na Sala de Apoio atenderá a um diagnóstico relativo aos problemas de aprendizagem nas áreas de Língua Portuguesa e Matemática no que se refere aos conteúdos de oralidade, escrita, formas espaciais e quantidades nas operações básicas e elementares.

3.7.1 – Organização da sala de apoio

Este Estabelecimento de Ensino conta com duas Salas de de Apoio à Aprendizagem de Língua Portuguesa e duas de Matemática que

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funcionam em contraturno atendendo os alunos com defasagem de aprendizagem de 5ª série/ 6º ano e 8ª série/9º ano.

A carga horária disponível para cada uma das disciplinas – Língua Portuguesa e Matemática – é de 04 horas-aula semanais para os alunos, devendo ser ofertadas, prioritariamente, em aulas geminadas, em dias não subseqüentes, sempre tendo em vista o benefício do aluno.

As turmas deverão ser organizadas em grupos de no máximo 15 (quinze) alunos.

3.7.2 - Avaliação na sala de apoio

A avaliação será contínua à medida que se realizam as a atividades propostas e acumulativas dos conteúdos, bem como a participação nas atividades desenvolvidas. Os aspectos a serem avaliados devem estar contextualizados com as dificuldades encontradas no Ensino Fundamental de 1º ao 5º ano e do 9º ano.

3.8 - CARACTERIZAÇÃO DA POPULAÇÃO ATENDIDA

A Escola encontra-se situada num dos Distritos do Município de Engenheiro Beltrão, distante da sede 12 Km. numa região totalmente agrícola, onde a grande maioria dos alunos são oriundos da Zona Rural, seus pais são agricultores e trabalhadores na agricultura.

A faixa etária é de 10 a 17 anos, a situação econômica pode ser assim classificada:10% são de classe média, 50% são de classe assalariada com média de até dois salários mínimos e 40% são pobres com renda familiar em torno

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de um salário mínimo. São em sua maioria considerados brancos e uma pequena quantidade morenos.

A clientela não apresenta alunos com deficiência física e mental comprovada, mas apresenta alunos com defasagem de aprendizagem bastante acentuada.

São alunos participativos e integrados com o Projeto educativo da Escola. 3.8.1 - Alunos / Pais:

A clientela é composta (2011) por 59 alunos, sendo 27 meninas e 32 meninos. Ao todo são 44 famílias atendidas e integrantes da Associação de Pais, Mestres e Funcionários.

3.8.2 - Nível sócio econômico dos alunos

O nível sócio econômico é médio baixo. Predominando os de baixa renda, filhos de trabalhadores da agricultura, assalariados, diaristas e trabalhadores avulso que em algumas épocas do ano ficam sem serviço. A comunidade não oferece opções de trabalho.

3.9 CARACTERÍSTICAS DO MUNICÍPIO DE ENGENHEIRO BELTRÃO

3.9.1 - Localização geográfica

O Município de Engenheiro Beltrão situa-se no 3º Planalto Paranaense ou Planalto de Guarapuava , e sua subdivisão denomina-se Planalto de Campo Mourão. Localiza-se à margem esquerda do Rio Ivaí, identificado antigamente como pertencente a região cortada pelo

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Caminho dos Índios pré-colombianos, também encravado o conhecido “caminho de Peabiru”.

O loteamento das terras da região deu-se pela Empresa Cia. Melhoramentos Norte do Paraná, cuja aquisição de grande parte do Quinhão tenha sido adquirida pela Sociedade Técnica e Colonizadora Engenheiro Beltrão Ltda. Em que o proprietário era o Senhor Alexandre Beltrão.

As terras do Município são cortadas pela Rodovia Campo Mourão – Maringá, no qual, num dos espigões foi implantado no ano de 1945 um vilarejo em suas margens para a instalação da sede do quinhão que recebeu o nome de Engenheiro Beltrão em homenagem ao proprietário que era um engenheiro civil.

Devido a qualidade da terra roxa própria para a agricultura, o desbravamento foi logo instaurado, e no lugar das florestas prosperou grandes plantações de café e cereais.

O pequeno lugarejo era pertencente ao Município de Peabiru e Comarca de Pitanga. Foi rapidamente povoado por imigrantes vindos dos Estados vizinhos. Foi elevado a categoria de Distrito Administrativo e Judiciário em 27 de Janeiro de 1951, pela Lei Estadual nº 253, ficando portanto pertencente ao Município e Comarca de Peabiru.

Em 26 de Novembro de 1954, o Distrito de Engenheiro Beltrão, foi elevado à categoria de Município, desmembrando-se de Peabiru.

Em conformidade com a Lei Estadual 5709 de 15 de Julho de 1968, em Dezembro de 1969 foi elevado à categoria de Comarca integrando os Municípios vizinhos de Quinta do Sol e Fênix. Limita-se à norte com o Município de Ivatuba, a Leste com o Município de Floresta, ao sul com Quinta do Sol, a Oeste com Peabiru e Terra Boa .

3.9.2 - Dados populacionais

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A População do município é oriunda de muitos estados brasileiros, como São Paulo, Santa Catarina, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, que imigraram para cultivar as terras férteis próprias para o plantio de café. Também conta com uma parte menor de imigrantes italianos, alemães japoneses, portugueses e poloneses, os quais acrescentaram suas culturas no processo de colonização. A população de acordo com o senso 2010, é de 13.800 habitantes .

3.9.3 - Composição da população (origem étnica)

A etnia, segundo pesquisas se comportaram mais ou menos desta forma: 20% são de origem alemã, vindos dos Estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e da Alemanha, 25% são de origem italiana, vindos dos Estados de São Paulo, Minas Gerais, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, 5% são japoneses vindos do Estado de São Paulo e os demais vindos de outros Estados brasileiros para trabalhar na lavoura.

3.9.4 - Manifestações Culturais A cidade apresenta manifestações artísticas e folclóricas através de festas populares como em qualquer outra pequena cidade do Estado. No distrito de Figueira D' Oeste, onde a Escola está situada, as Festas Juninas é uma tradição.

3.9.5 - Aspectos econômicos

A economia do Município baseia-se na agricultura, especialmente no plantio de soja milho e cana-de-açúcar.

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Conta com uma usina de álcool e açúcar de grande porte, Cooperativas COAMO e CEVALI e pequenos blocos industriais. Oferece como opção de emprego os ligados à agricultura, na área de confecções e atividades comerciais.

3.9.6 - Problemas estruturais da cidade (o que falta)

Como em outras cidades os problemas estruturais são muitos: saneamento básico, moradia, emprego, lazer, segurança, oportunidade de trabalho para os jovens, etc. No distrito de Figueira D' Oeste os problemas estruturais são ainda maiores, as condições de saneamento básico são precárias, oferece poucas opções de emprego, muitos ficam uma boa parte do ano sem emprego, tendo de fazer temporadas em outras regiões do Brasil, não oferece nenhuma opção de lazer, não possui sistema de segurança como policiais, delegacia, guarda-noturno, hospitais, lojas, também não possui farmácias e oferece poucos horários de ônibus, para a locomoção dos habitantes até a sede do Município. A maioria dos alunos depende do transporte escolar, pois os mesmos são moradores da Zona Rural.

3.9.7 – Opções de lazer na sede do Município

Lanchonetes/Sorveteria Country Club (só para sócios) Pesqueiros Chácaras de lazer A feira do agricultor

3.9.10 Localização geográfica da Escola

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A Escola situa-se no centro do povoado de Figueira D’ Oeste. Próximo à Escola ficam a Rodoviária, o Posto de Saúde e a Igreja Católica, o que facilita a locomoção dos alunos moradores da Zona Rural que utilizam ônibus para chegar até a escola.

Os vizinhos são de classe média, e a maioria, são pessoas de idade superior a 50 anos. O Distrito conta também com dois estabelecimentos comerciais de pequeno porte (mercearias) que atendem a população com itens básicos.

3.10 – PROSFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO EM 2011

3.10.1- Corpo DocenteA escola conta no ano letivo de 2011 com 09 professores formados

e com especialização

3.10.2 - Funcionários Administrativos : 01 funcionário administrativo PSS com 40 horas

3.10.3 - Funcionários de Serviços Gerais : 02 Agentes Educacionais Estatutárias com 40 horas cada

3.10.4 – Direção: A Escola conta com 01 Diretora com 40 horas 3.10.5 - Equipe Pedagógica : Conta com 01 pedagoga de 20 horas

3.11 - DIAGNÓSTICO DA ESCOLA ESTADUAL DO CAMPO GETÚLIO VARGAS-ENSINO FUNDAMENTAL

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A análise da situação da Escola foi elaborada em três momentos. Num primeiro momento, durante uma reunião pedagógica, realizou-se um levantamento de dados com o grupo de professores. Nesta oportunidade houve espaço para o diálogo e traçou-se paralelos entre a escola real e a escola ideal. Num segundo momento, realizou-se um questionário que foi respondido em casa pelo aluno e sua família e num terceiro momento, pelos professores da escola, de forma individual. Desta forma, todos foram incluídos no processo de tomada de decisões da escola.

A escola como um polo irradiador de cultura baseia-se em princípios de construção de uma cidadania. Desencadeadora de valores que operacionaliza através de projetos socializantes, promovendo desafios para efetiva participação e engajamento de todos envolvidos com o processo de aprendizagem para seu fim único, a valorização pessoal e humana.

Levantamento com o grupo de professores sobre a escola real e a escola ideal.

3.11.1 - A Escola que temos

Uma Escola que está buscando ser para todos; que objetiva trabalhar de forma heterogênia para incluir os alunos

diferentes; Conectada com a realidade do aluno; Que parte da realidade do aluno para desenvolver sua prática

pedagógica; Empenha-se em melhorar o trabalho realizado;

3.11.2 - A escola que queremos

Uma escola onde os professores sejam bem preparados.

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Que prepare o aluno para a vida. Que desperte no aluno o gosto de aprender. Que os alunos sintam prazer em estudar na escola. Uma escola integrada. Uma Escola que caminhe com o avanço do mundo moderno; Que dê conta das necessidades educacionais do educando; Que desenvolva a consciência de valores; Uma escola unitária que dê sentido ao que se ensina; Que seja emancipadora para formar sujeitos capazes de construir

uma sociedade equilibrada; Uma Escola para todos. Atualizada; Que tenha condições de discutir os problemas com concreticidade. Com profissionais capacitados para atender as demandas de uma

clientela tão diversificada.

3.11.3 - A busca de uma escola ideal implica:

Vivência de valores permanentes; Formação de um novo homem, com novos valores; Acompanhamento do desenvolvimento científico e tecnológico; Valorizar habilidades científicas; Integração , participação e ética; Prepara-se para encaminhar os educandos para os desafios do

mundo; Consciência da responsabilidade de preparar para o mercado de

trabalho; Estar relacionada com a prática de princípios cidadãos; Priorizar ações participativas e autônomas com criatividade e

criticidade.

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3.11.4 Por que mudar

As mudanças fazem parte das coisas do mundo. A vida é movimento. Se tudo muda a escola precisa mudar. A tecnologia avançou, as empresas evoluíram, surgiram novas profissões, o mercado de trabalho tornou-se mais competitivo. Constatam-se exigências de outras e novas competências e habilidades básicas, necessárias para o desenvolvimento da capacidade de aprender e continuar aprendendo. Exige-se autonomia intelectual e pensamento crítico e criativo, tanto para prosseguir estudos, quanto para adaptar-se às ocupações e diferentes situações do novo contexto. Evidencia-se a necessidade da construção de diferentes significados socialmente reconhecidos como verdadeiros sobre o mundo físico e natural, sobre a realidade social e política. Busca-se a compreensão do significado das ciências, das letras, das artes e do processo de transformação da sociedade e da cultura. Criou-se uma nova consciência das relações do homem com o seu meio, sua cultura e sua história. Destaca-se, ainda e cada vez mais, a necessidade da compreensão dos princípios e valores, bem como do domínio dos fundamentos científico-tecnológicos que presidem a produção moderna de conhecimentos, bens e serviços necessários a novas condições de ocupação e aperfeiçoamento humano.

3.12 TENDÊNCIA PEDAGÓGICA

A prática escolar, tem atrás de si, condicionantes sócio-políticos que configuram diferentes concepções de homem e de sociedade e, conseqüentemente , diferentes pressupostos sobre o papel da escola, aprendizagem, relações professor – aluno, tendências pedagógicas e

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avaliação etc. É preciso que haja a definição de tendência pedagógica para que a escola aponte condicionantes que favoreçam o processo de aprendizagem.

A abordagem Pedagógica da Escola é embasada na Teoria Interacionista presentes na Pedagogia Histórico- crítica. Essa tendência segue as orientações emanadas pelos gestores da Secretaria de Estado da Educação para nortear os trabalhos pedagógicos em toda a rede estadual de ensino.

No que diz respeito à educação, esta teoria busca possibilitar a síntese, levando o aluno a adquirir uma visão mais clara e unificadora da sociedade, partindo do senso comum ao senso crítico. Segundo ela, a escola deve garantir a apropriação dos conteúdos escolares e a socialização, favorecendo a democratização da sociedade, através da participação ativa e organizada do sujeito. Defende um ensino de qualidade para todas as camadas sociais, pois considera o homem-cidadão, como o sujeito ativo na educação.

O conhecimento deve ser contínuo (estar ligado às experiências dos alunos) e ultrapassar as pressões da ideologia dominante, resultando nas trocas entre o sujeito, o objeto e o meio social, sendo o professor o mediador deste processo.

Como suporte teórico, fundamenta-se principalmente nas teorias de Demerval Saviani, Guiomar Namo de Mello e Carlos Roberto Jamil Cury, Moacir Gadotti apoiados no pensamento de Paulo Freire, Max, Engels e Gramsci.

Relacionar teoria e prática é meta que vem sendo trabalhada, mas que precisa ser revista constantemente pois, é preciso sempre aliar o conteúdo à realidade da escola, do aluno e da sociedade para se construir saberes a partir de referenciais atualizados que compactuam com um mundo globalizado.

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Quanto os conteúdos, estes são entendidos como canais para formação do educando, para construir conhecimento e senso de valores.

Para alcançar o sucesso necessário é preciso não perder de vista a cumplicidade, o comprometimento e o engajamento pedagógico. É o fazer cotidiano que associado à teoria embasa as relações humanas, transformando a escola em polo irradiados de cultura e conhecimento.

3.12.1 - Compromissos com a construção da escola ideal

Com base nos pressupostos pedagógicos queremos uma escola comprometida com o sucesso do nosso educando. Para isso a Escola fez a seguinte reflexão : a) - Que sujeitos queremos formar

Queremos formar sujeitos comprometidos com a ética, criativo, conhecedor de direitos e deveres, com cultura suficiente para continuar o processo de aprendizagem, com ideais de trabalho, senso de responsabilidade e com possibilidades de pensar no coletivo. b) - Que Escola queremos construir? Queremos construir uma Escola:

Com recursos humanos e materiais básicos para o desenvolvimento de um trabalho significativo;

Onde o conhecimento seja a base de sustentação da Escola; Com profissionais valorizados e com oportunidade de aperfeiçoar

conhecimentos; Profissionais com estabilidade; Uma escola criativa e comprometida com a transmissão de

conhecimentos significativos. Que caminhe ao lado avanços do mundo moderno; Que não fique presa ao passado; Que dê conta das necessidades dos educandos;

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Que ensine valores e atitudes indispensáveis para uma vida digna; Organizada ; Unitária e que dê sentido ao que se ensina; Emancipadora; Que forme sujeitos capaz de construir uma sociedade equilibrada.

c) - Que educação queremos priorizar? Uma Educação de qualidade, que venha de encontro com os anseios do educando, voltada para o conhecimento historicamente acumulado, integral, não classificatória, onde o aluno seja o centro do processo ou seja o aluno o sujeito principal do processo educativo. d) - Que avaliação queremos construir? Uma avaliação global, que avalie o conhecimento progressivo, onde não se prioriza os instrumentos, pois esses são ferramentas que auxilia a ter um resultado, uma avaliação que ofereça subsídios tanto para o aluno quanto para o professor para a compreensão do processo avaliativo.

Os instrumentos é uma ferramenta que auxilia a ter um resultado.

e) Que cultura queremos valorizar? A cultura antes de ser valorizada, tem que ser primeiro respeitada. Depois do respeito entendemos que todas devem ser valorizadas, principalmente porque o nosso pais, é composto por uma miscigenação e são estas diversas culturas que formou o povo brasileiro. f) - Que conhecimento queremos trabalhar?

Conhecimentos que deem conta de oferecer ao aluno autonomia, responsabilidade e liberdade.

g) - Que relações de poder queremos manter?

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Entender esse conceito , diz por exemplo, à compreensão do modo como as pessoas são governadas e como se tem exercido o poder político através das instituições; como as nações narram os acontecimentos as seu passado de guerra e paz. O conceito de poder é necessário ser compreendido, tanto em seu aspecto político (monarquia, republica) , como em outros aspectos relacionados com o poder: econômico, ideológico, social, religioso etc. Dentro de uma Instituição educativa o poder só deve ser exercido por lideres, ou seja, por pessoas com capacidade de pensar coletivamente.

h) - Que saberes queremos discutir?

Saberes que dão subsídios para o aluno encarar a vida com dignidade;

Saberes que ensine a compreender a cultura e o espaço em que se encontra inserido;

Saberes que dão suporte para compreender e discernir o certo do errado;

Saberes que ensinem a compreender o que é processo produtivo para si e para a sociedade.

i) - Autonomia O que realmente significa autonomia na escola e para a escola?

Para que a escola seja realmente um espaço democrático e não se limite a reproduzir a realidade sócio-econômica em que está inserida, cumprindo ordens e normas a ela impostas por órgãos centrais da educação, deve-se criar um espaço para a participação e reflexão coletiva sobre o seu papel junto à comunidade. “Assim, torna-se importante reforçar a compreensão cada vez mais ampliada de projeto educativo como instrumento de autonomia e domínio

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do trabalho docente pelos profissionais da educação, com vistas à alteração de uma prática conservadora vigente no sistema público de ensino. É essa concepção de projeto político-pedagógico como espaço conquistado que deve constituir o elemento diferencial para o aparente consenso sobre as atuais formas de orientação da prática pedagógica." ( Pinheiro, 1998)”

A autonomia implica também responsabilidade e também comprometimento com as instituições que representam a comunidade (conselhos de escola, associações de pais e mestres, grêmios estudantis, entre outras), para que haja participação e compromisso de todos.

É na superação dos problemas da comunidade a que pertence que se conquista a autonomia da Escola e se estabelece uma identidade própria. Sem a conquista desse espaço não se consegue autonomia, pois ela não vem de cima para baixo. Essa autonomia, porém, não deve ser confundida com a apologia de um trabalho isolado, marcado por uma liberdade ilimitada, que transforme a escola numa ilha de procedimentos sem fundamentação ela deve estar pautada nas considerações legais do sistema de ensino, com a perspectiva de visão de sociedade como um todo.

j) – Identificando o aluno atual

O aluno atual com uma gama de dados de informações é questionado, não aceita manipulação de ideias. Às vezes, desmotiva-se pela lentidão com que se processam as mudanças em educação enquanto em outras áreas as transformações são mais rápidas.O contexto contemporâneo exige do aluno e da sociedade uma adaptação aos recursos que a tecnologia oferece. A expectativa da mudança está na relação direta do desenvolvimento do aprender a aprender e pensar, resignificando projetos de vida através de uma nova ótica.

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3.13 ASPECTOS RELATIVOS À GESTÃO ESCOLAR

A Gestão Escolar é exercida de forma democrática. Neste Estabelecimento de Ensino é formada uma comunidade educativa, constituída por um Conselho Escolar, APMF e Conselho Fiscal, que participam ativamente na execução do Projeto Político Pedagógico e de todas as atividades da escola. Como os órgãos colegiados são de representação, cada membro participa nas decisões no âmbito das suas responsabilidades. Nessa organização, as formas de atuação coletiva são:

As decisões administrativas e pedagógicas são tomadas através do Conselho Escolar;

Os educadores através do diálogo e da participação no colegiado da escola são amparados pelo Regimento Escolar e Estatuto Próprio.

Os alunos tem seus amparos legal estabelecido pelo Regimento Escolar.

Os pais e funcionários administrativos, são representados através da Associação de Pais, Mestres e Funcionários (APMF);

As decisões financeiras (verbas vindas do PDDE e Fundo Rotativo) são definidas através do Conselho Escolar; Conselho Fiscal e Associação de Pais, Mestres e Funcionários (APMF).

As questões pedagógicas são discutidas nos Conselhos de Classe participativo.

3.13.1 – A Gestora Escolar

A Direção da Escola Estadual do Campo Getúlio Vargas é eleita democraticamente pela comunidade escolar.

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Para a realização do seu trabalho obedece a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, a Constituição Nacional e Estadual e no Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA, demais orientações da Secretaria de Estado da Educação, assim como do Núcleo Regional de Educação, buscando sempre atender as especificidades da escola cumprindo as determinações da leis e regulementos, visando a melhoria da qualidade de ensino e o zelo pela manutenção e ordem do espaço físico.

3.14 – ASPECTOS RELATIVOS À PARTICIPAÇÃO DOS PAIS

A família e a escola formam uma equipe. É fundamental que ambas sigam os mesmos princípios e critérios, bem como a mesma direção em relação aos objetivos que desejam atingir.

Mesmo tendo objetivos em comum, cada uma deve fazer sua parte para que atinja o

caminho do sucesso, que visa conduzir crianças e jovens a um futuro melhor.

Afamília e escola devem tracem as mesmas metas de forma simultânea, propiciando

ao aluno uma segurança na aprendizagem de forma que venha criar cidadãos críticos capazes

de enfrentar a complexidade de situações que surgem na sociedade.

Na Escola Estadual do Campo Getúlio Vargas as famílias apresentam uma boa

integração com a escola. Talvez ess vantagem seja por pertencer à uma pequena comunidade,

no momento atual a relação família e escola mantêm uma parceria importante, isso se

constata pelo seguinte:

Os pais comparecem em reuniões periódicas, onde são esclarecidos o desempenho do

aluno ;

A escola está sempre aberta à participação dos pais para esclarecimento de dúvidas e

sugestões;

Os pais tem acesso direto com os professores para saber sobre quesitos educacionais e

os professores também tem a liberdade de falar com os pais sobre relacionamentos,

aprendizagem e outros assuntos que se fizerem necessário.

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35 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - 2011

Portanto pretendemos que o relacionamento família e escola continue sendo visto

como importante para o processo educativo, pois sabemos que precisamos estar integrados

para que a educação realmente aconteça.

3.15 – ASPECTOS RELATIVOS À EDUCAÇÃO CONTINUADA DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO

Cada vez mais a escola passa a ter importância no desenvolvimento das pessoas e da sociedade, sendo elemento relevante nas transformações sociais. Assim, a escola ideal é a que se volta para a construção de uma cidadania consciente e ativa, oferecendo aos alunos as bases culturais que lhes possibilitam conhecer a natureza; construir e posicionar-se frente às mudanças e incorporar-se na vida produtiva.

É imprescindível que se dê novo significado ao ensino aos estudantes para que se relacionem com instituições sociais; produzam e distribuam bens, serviços, informações e conhecimentos e entrem em sintonia com as formas contemporâneas de conviver.

Nesta perspectiva, novas tarefas são colocadas para a escola, entendida como instituição que desenvolve prática educativa planejada e sistemática durante período contínuo e ao longo do tempo na vida das pessoas. Esta nova visão de escola permite pensar em estratégias de implementação de políticas educacionais, porém, o mais importante é a possibilidade real de poder pensar numa nova fase: a revisão na formação inicial e continuada de professores.

Neste Estabelecimento de Ensino, professores e funcionários participam das formações continuadas propostas pela SEED, tais como: semanas pedagógicas, DEB itinerante e reuniões pedagógicas. São também insentivados a buscar aperfeiçoamento profissional em outras formas de organizações.

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3.16 - ASPECTOS RELATIVOS A ORGANIZAÇÃO DO TEMPO ESCOLAR

O trabalho pedagógico só terá sucesso se firmado dentro de uma estrutura traçada, organizada e planejado para isso, é preciso que haja um tempo para ser programada e posta em prática. Esse tempo escolar porém poderá ser reformulado, havendo necessidades como : Construção do Projeto Político Pedagógico, Planejamento e Re-planejamento, Reuniões de Pais, além dos dias letivos já programados no Calendário.

O tempo escolar é dos elementos constitutivos da organização do trabalho pedagógico. O Calendário Escolar ordena o tempo: determina o inicio e fim do período letivo, prevendo dias letivos, férias, os períodos escolar e em que o ano letivo se divide, os feriados, recessos entre outros.

O horário escolar que fixa o número de horas por semana a cada uma das disciplinas componentes do currículo escolar.

Sendo assim, na Escola Estadual Getúlio Vargas o tempo Escolar é assim organizado:

200 dias de efetivo trabalho escolar; 25 horas aulas semanais, sendo 05 dias por semana com 05 aulas

por dia de 50 minutos cada uma.As atividades escolares são de segunda a sexta feira no período

matutino iniciando às 07: 20 horas e terminando às 11:40 horas, com intervalo de 10 minutos para a merenda como abaixo se especifica: Horário das aulas:

1ª aula - 07:20 – 08:102ª aula - 08:10 – 09:003ª aula - 09:00 - 09:50Intervalo : 09:50 – 10:004ª aula – 10:00 – 10:505ª aula – 10:50 – 11:40

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3.16.1 - O Calendário Escolar

O Calendário Escolar é um elemento importante do tempo escolar, é o instrumento que determina os dias letivos do ano. Esse Calendário Escolar é elaborado pela Escola de acordo com as Instruções da Secretaria de Estado da Educação antes do início do ano escolar, mais precisamente no final do ano, com participação dos representantes de diversos setores da comunidade escolar e logo após, encaminhado ao órgão competente da Secretaria Estadual da Educação para ser aprovado.

O Calendário Escolar prevê um mínimo de 200 (duzentos) dias letivos e deverá constar obrigatoriamente inicio e termino do período letivo, os dias de feriados, recesso escolar, férias, reuniões pedagógicas, do Conselho Escolar, as matrículas de alunos, a renovação dos mesmos, planejamento escolar.

Se houver necessidade de formular esse calendário, o mesmo será submetido à aprovação. As reuniões pedagógicas assim como os grupos de estudos são previstos no Calendário Escolar e realizados fora o horário de aulas.

O Calendário Escolar para o ano letivo de 2012, está em anexo.

3.16.2 – A Hora Atividade

A hora atividade é o espaço de tempo que os professores tem para organizar seu trabalho docente. Neste Estabelecimento de Ensino os professores contam com materiais, equipamentos e acompanhamento pedagógico em suas horas atividades.

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3.17 – ESPAÇOS PEDAGÓGICOS QUE A ESCOLA DISPÕE

A Escola Estadual do Campo Getúlio Vargas – Ensino Fundamental, conta com 05 salas de aula, biblioteca e laboratório de informática. As salas de aula são organizadas em forma de sala ambiente para favorecer a organização dos professores quando à seleção e exposição de materiais didáticos.

3.17.1 – Atendimento no laboratório de informatica

O laboratório de informatica conta com o apoio do CRTE do Nucleo Regional de Educação quanto a sua manutenção. Para uso de alunos e Professores a escola organizou uma agenda para que durante o uso não haja interferencias de outros setores.

3.18 – ORGANIZAÇÃO DAS TURMAS

Como a escola funciona em parceria coma Escola Municipal Irmã Dulce, houve a necessidade de se estabelecer critérios de ocupação do espaço escolar. No período da manhã somente a Escola Estadual do Campo Getúlio Vargas, faz uso das instalações. No período da tarde a Escola Irmã Dulce faz uso, reservando uma sala para a Escola Estadual do Campo Getúlio Vargas onde são desenvolvidas as atividades de contra-turno: Salas de Apoio à Aprendizagem e de atividades Curriculares de Contra-turno.

3.19 - INDICES DE APROVEITAMENTO ESCOLAR, APROVAÇÃO E REPROVAÇÃO E EVASÃO

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A escola desde o ano de 2005 vem desenvolvendo um trabalho intenso no combate à evasão. São seis anos de evasão zero (0%). Podemos dizer que estamos tendo sucesso quanto à evasão escolar.

O índice de aproveitamento medido pelo SAEB neste período é de 4,2. Não temos participado da Prova Brasil pelos critérios estabelecidos pelo MEC quanto ao número de alunos por turma, portanto não participamos da Prova Brasil neste ano de 2011.

Quanto às avaliações internas estamos nos esforçando para superar nossas dificuldades.

3.20 – A TRANSIÇÃO DO ENSINO FUNDAMENTAL: INICIAL – FINAL

O ensino fundamental é obrigatório para crianças e jovens com idade entre 6 e 14 anos. Essa etapa da educação básica deve desenvolver a capacidade de aprendizado do aluno, por meio do domínio da leitura, escrita e do cálculo. Após a conclusão do ciclo, o aluno deve ser também capaz de compreender o ambiente natural e social, o sistema político, a tecnologia, as artes e os valores básicos da sociedade e da família.

Desde 2005, a lei nº 11.114 determinou a duração de nove anos para o ensino fundamental. Desta forma, a criança entra na escola aos 6 anos de idade, e não mais aos 7, e conclui aos 14 anos, ou seja, no 9º ano. A nova regra garante a todas as crianças tempo mais longo de convívio escolar e mais oportunidades de aprender.

Sendo desenvolvido em dois ciclos, 1º ao 5º ano e 6º ao 9º ano, os alunos normalmente mudam de escola no segundo ciclo, onde se deparam com novas organizações. É importante que no 5º ano os alunos tenham um acompanhamento diferenciado por parte da equipe pedagógica para que estes sejam integrados neste novo ciclo. Também é importante preparar os alunos do 9º ano para a transição ao Ensino Médio, pois

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encontrarão outros espaços, outros amigos e uma nova organização, assim como o Ensino Médio tem outros objetivos.

II - MARCO CONCEITUAL

4. CONCEITOS

4.1 Concepção de Sociedade

Sociedade é o conjunto de pessoas que compartilham propósitos, preocupações e costumes, e que interagem entre si constituindo uma comunidade. A sociedade é o objeto de estudo das ciências sociais especialmente da sociologia

O homem é um ser em evolução e sua tendência natural é sair do egocentrismo. O homem tem a necessidade de pertencer a um determinado grupo social, seja a família, a escola, o trabalho entre outros.

O ser social é regido pelos seus próprios dogmas, preceitos e interdições, por esta manifestação ele se estrutura como particular e cria sua identidade.

Desde o milagre de seu nascimento, o indivíduo percebe o seu funcionamento e procedimento, o qual direciona sua convivência em sociedade. A vida em sociedade traz em seu contexto a disputa pelos bens, disputa essa que jamais se arredará, pelo simples fato de cada ser humano constituir um universo próprio de desejos maternais, donde a necessidade de regras gerais é estabelecer limites que possibilitem a não invasão dos direitos individuais.

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Pensar a Sociedade, é estabelecer que o homem demanda uma convivência em grupo, convivência que é permeada por um senso comum, regras comuns, intenções colhidas por um todo que servem a um único propósito, a sobrevivência do mesmo. As regras, os preceitos que emanam de pensar coletivo, são postas para o surgimento de uma cultura única, que determina a solidificação no momento em que o grupo a elege como tal.

Para analisar a sociedade brasileira faz-se necessário refletir sobre as posturas governamentais, que nos desejos de colocar o Brasil entre os países desenvolvidos vem gerando uma sociedade crescente de excluídos. A crise econômica e os conflitos sociais promotores das desigualdades desafiam consciências e posturas, impulsionando para ações interativas que partem dos mais variados segmentos sociais organizados, mas que não conseguem concretizar seus objetivos, pela multiplicidade de pensamentos ideológicos desconectados da realidade, cujos objetivos mudam no percurso do caminho. Como educadores nos inquietamos também com rápida evolução da tecnologia que invade a privacidade e os valores éticos e morais do cidadão, contrapondo-se com os princípios básicos da consciência tecnológica e dos valores sociais historicamente construídos, criando condutas sociais desvinculadas e desconhecidas pois a ênfase está sendo dada à sociedade de consumo. Para a sociedade que queremos, faz-se necessário proporcionar ações que contribuam para pleno desenvolvimento dos cidadãos, viabilizando uma sociedade mais esclarecida, que tenha conhecimento de seu processo histórico e compreenda que as relações que concorrem entre os indivíduos não são naturais, mas sim construídas historicamente. Uma sociedade que busca construir oportunidades de participação efetiva de todos os indivíduos que a compõem. Ainda uma sociedade que combata o

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individualismo, o conformismo e o consumismo. Uma sociedade em que se valorize o ser, e não ter.

4.2 - Concepção de Mundo

O mundo é um grande laboratório capaz de proporcionar infinitas descobertas que podem contribuir de maneira significativa para o desenvolvimento das nossas potencialidades. Quanto mais pudermos trazer este laboratório para a sala de aula, tanto mais poderemos estar em sintonia com tudo o que nos cerca. Mais importante que pôr escolas no mundo é saber pôr o mundo dentro das escolas. Portanto, é fundamental reconhecer o mundo como um laboratório onde o que conta é o descobrir e o descobrir-se nele. Nós, como educadores, temos claro que a nossa função é "conscientizar” os alunos da grandeza desta descoberta para o bem comum.

4.3. Concepção de Cultura

Tudo é cultura? Sim e não, dependendo de usarmos o conceito amplo de cultura ou o conceito restrito. Considerando, em primeiro lugar, o conceito amplo ou antropológico, cultura é o modo como indivíduos ou comunidades respondem às suas próprias necessidades e desejos. O ser humano, ao contrário dos animais, não vive de acordo com seus instintos, isto é, regido por leis biológicas, invariáveis para toda a espécie, mas a partir da sua capacidade de pensar a realidade que o circunda e de construir significados para a natureza, que vão além daqueles percebidos

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imediatamente. A essa construção simbólica, que vai guiar toda ação humana, dá-se o nome de cultura.

A cultura, no sentido amplo, engloba a língua que falamos, as ideias de um grupo, as crenças, os costumes, os códigos, as instituições, as ferramentas, a arte, a religião, a ciência, enfim, toda as esferas da atividade humana. Mesmo as atividades básicas de qualquer espécie, como a reprodução e a alimentação, são realizadas de acordo com regras, usos e costumes de cada cultura particular. Os rituais de namoro e casamento, os usos referentes à alimentação (o que se come, como se come), o preparo dos alimentos, o tipo de roupa que vestimos, a língua que falamos, as palavras de nosso vocabulário, tudo isso é regulado pela cultura à qual pertencemos. A função da cultura é tornar a vida segura e contínua para a sociedade humana. Ela é o "cimento" que dá unidade a um certo grupo de pessoas que divide os mesmos usos e costumes, mesmos valores

Deste ponto de vista, portanto, podemos dizer que tudo o que faz parte do mundo humano é cultura. Já no sentido restrito podemos verificar que mesmo dentro de um país, existe uma cultura homogênea, e várias culturas que se sobrepõem, coexistindo lado a lado. Basta olhar ao nosso redor para sabermos que há muitas culturas dentro de cada região . No caso do Brasil, temos contribuições culturais da colonização pelos portugueses, dos povos indígenas que habitavam estas terras, dos africanos que foram trazidos como escravos, dos imigrantes italianos, alemães, japoneses, coreanos etc.. O que mantém a unidade, entretanto, entre essas várias culturas, é a ocupação de um mesmo território, o uso da mesma língua, o compartilhamento de uma mesma história nacional. É possível, entretanto, falar também de cultura caipira, cultura rural, cultura sertaneja, cultura urbana, cultura nordestina, cultura paulista, cultura carioca e assim por diante, apenas considerando a diversidade

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geográfica do país e os diferentes tipos de vida de cada um desses grupos. Ao falar de cultura, é possível fazer um corte no sentido amplo do termo e referir-se também a alguns aspectos da produção humana, ligados às diferentes práticas artísticas: pintura, dança, música, teatro, literatura, cinema, vídeo, escultura, entre outras. Essa produção cultural, além do caráter simbólico que toda cultura tem, existe independentemente das relações utilitárias e funcionais, ou seja, podemos dizer que elas são inúteis para a nossa vida prática. Um vaso grego, por exemplo, extrapola o valor utilitário de objeto para guardar água, vinho ou óleo. Esse vaso era feito para aparecer, para figurar entre as coisas do mundo, apoderando-se da atenção do espectador, comovendo-o, revelando significados internos que sobrevivem a cada geração. É o reflexo de uma civilização que prezava a simetria, a beleza ideal, o culto aos deuses, a perfeição do fazer artístico e artesanal. Portanto, não existe cultura superior ou inferior, o que se tem na cultura é uma diversidade cultural que precisa ser aceita, valorizada, respeitada e reconhecida como parte do ser humano.

4.4 - Concepção de Conhecimento

O que Conhecimento? Para que possamos entender o que é conhecimento, vamos traçar o

recorte, através da história, sobre a compreensão das influências de várias teorias do conhecimento estabelecendo parâmetros de avaliação, critérios de verdade, objetivação, metodologia e relação sujeito e objeto para os vários modos de conhecimentos diante da crise da razão que se instaurou no século XX e que há de se prolongar neste presente século, através dos desafios da construção de uma ética normativa compatível com as evoluções das descobertas e do conhecimento no campo científico.

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Começamos por conceituar o conhecimento: Conhecimento é a relação que se estabelece entre sujeito que conhece ou deseja conhecer e o objeto a ser conhecido ou que se dá a conhecer. Na Grécia Antiga temos várias visões e métodos de conhecimento:

Sócrates: Estabelecendo seus métodos: ironia e maiêutica. Platão – Doxa – A ciência é baseada na Opinião Aristóteles – Episteme – A ciência é baseada Observação

(Experiência) I – Teoria do Conhecimento na Antigüidade: Podemos perceber que os Filósofos gregos deixaram algumas contribuições para a construção da noção de conhecimento:

Estabeleceram a diferença entre conhecimento sensível e conhecimento intelectual

Estabeleceram diferença entre aparência e essência. Estabeleceram diferença entre opinião e saber Estabeleceram regras da lógica pra se chegar à verdade

II –Teoria do Conhecimento na Idade Média: Na Patrística – Temos a tendência da conciliação do pensamento

cristão ao pensamento platônico, sendo seu grande expoente Santo Agostinho.

Na Escolásticas - Temos a anexação da Filosofia aristotélica ao pensamento cristão, com o estreitamento da relação Fé e razão, sendo seu grande expoente São Tomás de Aquino.

Nominalismo – Temos o final do domínio do Pensamento Medieval, com a separação da Filosofia da teologia através do esvaziamento dos conceitos. Sendo seus expoentes Duns Scotto e Guilherme de Oclkam.

III – Teoria do Conhecimento na Idade Moderna: A primeira revolução Científica trouxe várias mudanças para o pensamento, dentre as quais podemos destacar a mudança da visão

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teocentrista (Deus é o centro do conhecimento), para visão antropocentrista (o homem é o centro do conhecimento).

O racionalismo de. René Descartes – O discurso do Método: A máxima do cartesianismo “Cogito ergo sun”.

O empirismo: -John Lock – a experiência -David Hume – a Crença O criticismo kantiano: O conhecimento a priori: Universal e

necessário. A herança iluminista: A razão.

III – Teoria do Conhecimento na Idade Contemporânea: A Crise da Razão. O novo iluminismo de Habermas A razão crítica precisa:

Fazer a crítica dos limites Estabelecer princípios éticos Vincular construção a raízes sociais.

O conhecimento não é definitivo. Entre a realidade plena e sua aparência aos nossos sentidos há uma diferença que o conhecimento cientifico busca desvelar. Em outras palavras, o real não apenas o que parece ser, já que sua essência não coincide com sua aparência, até porque tem sua dinâmica própria, geralmente contraditória. Isso significa que o conhecimento – uma abstração , uma reconstrução intelectual do objeto, cognoscível ( real) elaborado pelo sujeito cognoscente – tem um caráter provisório; é portanto um estado de aproximação entre o sujeito e o objeto.

A construção do conhecimento fundado sobre o uso crítico da razão, vinculado a princípios éticos e a raízes sociais é tarefa que precisa ser retomada a cada momento, sem jamais ter fim.

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O assunto é por demais amplo e muito bem discutido por vários filósofos. Nossa pretensão foi apensas de trazer uma reflexão através de um esboço sistemático da história do conhecimento. Conhecer é construir categorias de pensamento, é “ler o mundo e transformá-lo”, dizia Freire.

A Escola Estadual Getúlio Vargas segue a concepção de conhecimento definida por Vygotsky, que afirma que o conhecimento é fruto de uma relação mediada entre o sujeito que aprende, o sujeito que ensina e o objeto do conhecimento. Portanto entendemos que o conhecimento é também construído através das relações de trabalho dos homens. Esse conhecimento é influenciado pelo modo de produção, gerando uma concepção de homem, ideologia, cultura e sociedade.

4.5 - Concepção de Homem

Ser provido de qualidades físicas e psíquicas, move e remove situações de acordo com sua vivência. Dotado de grande bagagem cultural e sentimentos enraizados desde sua origem. Agente transformador, criativo e capaz de solucionar problemas.

O homem é um Ser diferenciado pelas suas ideias, que, cumulativas, formam a sociedade na qual vivemos. De acordo com as necessidades impostas pelo meio, o homem pode e poderá, modificar a realidade em prol de uma vida mais tranquila. Cabe a cada ser manter o equilíbrio emocional, para que o seu próprio mundo seja preservado e sua espécie não seja extinta.

A escola deve ter o cuidado para não formar homens passivos e submissos, dominados pela ideologia da mídia , inseguros, sem perspectivas de vida e que não acreditam no seu potencial. A escola precisa formar um homem que seja transformador da realidade da qual está inserida. Partindo do pressuposto que ele é um ser histórico, que

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pode escrever a sua historia de maneira critica, construtiva, buscando metas que possam ser alcançadas sem prejudicar o meio onde vive. Ter consciência do desenvolvimento buscando-o com sustentabilidade.

Caminhos: traçar diretrizes que possibilitem o desenvolvimento de consciências criticas, reflexivas, participativas e transformadoras. Buscar o domínio do conhecimento, o respeito mutuo, aceitando as diferenças, conquistando sua autonomia e valorização.

4.6 Concepção de Infância

A Infância é um período da vida humana que vai do nascimento à adolescencia, ou seja, do nascimento aos 12anos, quando começa a adolescência. É a fase da descoberta por meio da percepção do mundo a partir do olhar, tocar, saborear, sentir e agir. Tudo isso faz parte do universo infantil. Viver a infancia é brincar, correr, pular, gritar, cantar, etc. É um período da vida humana que exige cuidados e orientações para a formação de um adulto responsável e saudável.

A palavra infância vem do latin IN (não) FANCIA (capacidade da fla), nessa perspectiva, a fase da infância seria caracterizada pela ausência da fala e de comportamentos esperados, considerados como manifestações irracionais que se contrapõe à vida adulta, pois os comportamentos considerados irracionais ou providos da razão, seriam encontrados apenas no indivíduo adulto, identificando, assim, o adulto como o homem que pensa, raciocina e age, com capacidade para alterar o mundo que o cerca e tal capacidade não seria possível às crianças.

Ao longo dos tempos a concepção de infância sofreu alterações, na antiguidade, os gregos utilizavam palavras ambiguas para classificar qualquer pessoa que estivesse num estágio entre a infância e velhice, não havendo, portanto, um conceito para designar a infância ou mesmo a

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diferenciação nas etapas do seu desenvolvimento. Nessa época não existia restrições morais, ocorrendo a prática do infanticidio.

Na Idade Média, a infância durava até os sete anos de idade, pois a partir desta idade a criança já podia compreender as atitudes dos adultos. No período Medieval, as crianças eram vistas como adultos em miniatura e os adultos as tratava com discriminação e sem pudor. Dessa forma, o desenvolvimento da criança ocorria através das relações que eram estabelecidas com os mais velhos. Não existia nenhum sentimento em relação a esse período de vida. Até o século XII, as condições gerais de higiene e saude eram muito precárias, o que tornava o índice de mortalidade infantil muito muito alto, assim comum a morte de crianças nas famílias que eram substituídas rapidamente, o conceito de fragilidade era intenso, só tinha valor a criança saudável, pois se tornaria um adulto forte.

A partir do século XVII com a interferência dos poderes públicos dos poderes públicos e com a preocupação da igreja em não aceitar pasivamente o infanticidio as crianças passaram a ser vistas como um ser social, assumindo um papel nas relações familiares e na sociedade, tornando-se um ser de respeito, com características e necessidades próprias. Com isso a criança passa a fazer parte da estrutura social, econômica e familiar.

Com a expansão do capitalismo, começa-se a pensar a criança como um sujeito que deve ser preparado para conduzir a sociedade, e desta forma surge a necessidade de prepará-la para viver neste novo contexto, e para isso é preciso escolarizar as crianças e prepará-la para o futuro, é esse olhar que persiste até os dias atuais.

A partir de então a concepção de infância passa a ser vista de outra forma, compreendendo-se que as crianças possuem um natureza singular, que as caracterizam como seres que sentem e pensam o mundo de um jeito muito próprio. Seu desenvolvimento se dá através de interações que

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estabelecem desde cedo com as pessoas que lhe são próximas e com o meio que as circunda.

Segundo ARIÈS (1981), existiam a partir da Idade moderna duas posições distintas em relação à infância: uma concebe a criança como ser ingênuo, que necessita de mimos, e outra que a entende em fase de crescimento, necessitando assim moralização e educação. Os mimos, recebidos em casa, eram vistos como caussadores de muitas fraquezas, surgindo assim um novo olhar para a infância a leva apara um local tido como apropriado, a escola e o colégio, que vai preparar-lhe para a convivência social, e o mais importante, dentro dos padrões morais estabelecidos. É uma concepção que distingue bem essa etapa da idade adulta surgindo apropriada pelo discurso pedagógico.

Pode-se afirmar que no limiar do século XXI começam a surgir outros modos de olhar e trar a criança, através de novas concepções acerca da infância. Um dos trabalhos mais sintetizados sobre pensar diferente a criança chega através da obra de Sônia Kramer (1996)concepções de infância, e coloca a criança como sujeito social, criadora de cultura, desveladora de contradições e com outro modo de ver a realidade. Tratar a criança como cidadão implica o reconhecimento de seus direitos. No entanto verificar a situação da infância no nosso país percebemos o quanto esses direitos não atendidos, devido à profunda desigualdade existente e insuficiência de políticas sociais para solucionar questões como: altas taxas de mortalidade, freuquencia e permanência na escola, trabalho infantil, maus tratos, mortes por causa violenta, abuso sexual e negligência. Um quadro nada promissor e pouco otimista indica que nossas crianças ainda não são consideradas como atores sociais, e como tal ainda não têm seus direitos respeitados e garantidos. Portanto temos ainda um árduo caminho a percorrer.

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4.7 – Concepção de Adolescentes e Jovens

Adolescencia é uma etapa intermediária do desenvolvimento humano, entre a infância e a fase adulta. Esse período é marcado por diversas transformações corporais, hormonais e até mesmo comportamentais. Não se pode definir com exatidão o início e o fim da adolescencia (ela varia de pessoa para pessoa), porém, na maioria dos indivíduos, ela ocorre entre os 10 e 20 anos de idade.

Durante a adolescência ocorrem significativas mudanças hormonais no corpo. Além de favorecer o aparecimento de acnes, esses hormônios acabam influenciando diretamente no comportamento dos adolescentes. Nessa fase, os adolescentes podem variar muito e rapidamente em relação ao humor e comportamento. Agressividade, tristeza, felicidade, agitação, preguiça são comuns entre muitos adolescentes neste período.

Por se tratar de uma fase difícil para os adolescentes, é importante que haja compreensão por parte dos pais, professores e outros adultos. O acompanhamento e o diálogo são fundamentais.

Uma marca comum da maioria dos adolescentes é a necessidade de fazer parte de um grupo. As amizades são importantes e dão aos adolescentes a sensação de fazer parte de um grupo de interesses comuns.

O período de vida após a adolescência é a juventude. É o período que todo o sistema, físico, mental e social está receptivo a tudo de constutivo que o ser humano possa realizar. É a fase que se deve canalizar energias visando o pleno desenvolvimento para o seu próprio bem e o dos outros.

4.8. – Concepção de Educação

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A Educação é o meio que permite ao homem formar-se e construir-se num ser digno e consciente de suas ações. É através da Educação que ele constrói a sua cidadania e interage com o meio, com o outro, e, poderá ou não, transformar a sua vida e a sociedade. A educação é o instrumento mediador entre o senso comum e o conhecimento científico, mais atuante também no sentido de despertar a sensibilidade e a criatividade a fim de construir um ser completo, crítico e pensante, possibilitando um crescimento individual e coletivo Não podemos ter uma consciência ingênua de que a Educação está desprovida de um caráter ideológico. A ideologia encontra-se presente no meio educacional, referendando valores da classe dirigente.

Durante o período colonizador prevaleceu a concepção educacional, dos jesuítas que impunham as "verdades" do cristianismo.

Nas fases ditatoriais da história, como durante o governo de Getúlio Vargas, predominou um culto a um nacionalismo exacerbado. No momento em que se implantou o regime militar, com toda uma carga ideológica voltada para a segurança nacional, a Educação voltou-se para o tecnicismo, estimulando um conhecimento fragmentado e acrítico.

Na década de 90, busca-se a qualidade total na Educação, com a consciência do caráter empresarial que aí se encontra presente.

No momento atual cabe aos educadores, buscar novos caminhos para a Educação, desmistificando e desvendando a ideologia presente para torná-la um instrumento real de construção e transformação do indivíduo e da sociedade. Em resumo a Educação é o processo de assimilação do saber historicamente construído. O processo educativo visa o equilíbrio do homem com a natureza. Sendo o homem o centro do universo, com capacidade infinita de raciocínio o processo educativo deve proporcionar a ele a integralidade, o respeito ao outro e à natureza, além da compreensão da continuidade da vida. A educação não é inata ao

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homem, ela se adquire. A educação tem o dever de proporcionar ao homem o conhecimento cientifico, compreendendo a ciência como processo em mutação que deve servir à vida e não às tecnologias. Educar o homem para dominar a maquina e não para ser dominado por ela.

4.9 - Concepção de Escola

A escola, termo usado para designar qualquer estabelecimento de ensino, é um espaço de construção do conhecimento e de valores para o convívio social. Um contexto socializador, gerador de atitudes relativas ao conhecimento aos professores, aos alunos, às disciplinas, às tarefas e a sociedade.

Para ROMANELLI, 1985, o processo educativo distingue-se em dois aspectos independentes : o gesto criador – que resulta no fato do homem estar no mundo e com ele relacionar-se, transformando-o e transformando-se. E o gesto comunicador que o homem executa transmitindo a outrem os resultados de sua experiência. Neste sentido a educação é a mediadora entre o gesto criador e comunicador para dar sua continuidade. Na medida que se transforma, pelo desafio, aceita o que lhe vem do meio para o qual se volta sua ação, o homem se educa e na medida que comunica seus resultados, ajuda a outros homens se educarem.

Portanto, as Instituições educativas nasceram da necessidade de as gerações mais velhas transmitirem às mais novas os resultados de sua experiência e também com o objetivo de preservar e recriar esses produtos, pois o homem é um ser situado, a educação lhe proporciona o seu desenvolvimento como pessoa, a história o dimensiona no espaço e num tempo determinado.

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A escola, responsável principal do processo educativo, serve para transmitir à maioria da população os conteúdos culturalmente elaborados.

A socialização do saber, que se dá pela Escola é que constitui sua especificidade. É pela Escola que se realiza a transformação social.

Para GRINSPUN, 1992, existem diferentes formas de se analisar a Escola, e o objeto de sua análise é determinado pelas ideias que a sustentam.

A Escola é o elemento de superestrutura ideológica da sociedade de classes e manipulada pela classe dominante, com vistas à consolidação e à divulgação de sua ideologia e, assim, à reprodução das condições sociais de produção, que é a própria divisão de classes (GRINSPUN, 1992 : 123)

Para ROMANELLI, l985: (…) a Escola tem sido mais usada para fazer comunicados do que para fazer comunicação e formar o espírito ilustrado e não o espírito crítico e criador. Cedo ela se transformou numa instituição ritualista, onde o cumprimento de certas formalidades legais tem valor em si mesmo (...). Na fase Colonial este tipo de ação escolar é também o instrumento do qual vai servir a sociedade nascente para impor e preservar a cultura transplantada ... serviu para reforçar as desigualdades.... neste sentido, a escola ajudou a manter privilégios e oportunizou a camada dominante a ilustrar-se.

O papel da Escola e a posição do individuo dentro dela e na sociedade foram ampliando-se pouco a pouco pela complexidade de vida, aceleração técnico científica e as próprias transformações econômicas e sociais.

Para GADOTTI, 1980 : 61 , a Educação ministrada na Escola é obra transformadora, criadora, ora, para criar é necessário mudar, perturbar, modificar a ordem existente. Fazer progredir alguém significa modificá-lo. Por isso a educação é um ato de desobediência e de desordem. Desordem em relação a uma ordem dada, uma pré-ordem. Uma educação autêntica re-ordena. É por essa razão que ela perturba, incomoda. É nessa

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dialética ordem- desordem que se opera o ato educativo, o crescimento espiritual do homem. Precisamos de certa incoerência para crescer. Educar-se é colocar-se em questão, reafirmar-se constantemente em relação ao humano, em vista do mais humano para o homem. É, portanto nesta dialética de idas e vindas que o processo educativo se constrói dentro da escola.

4.9.1 - Papel social da escola

O que é uma escola? São seus muros? Suas salas? Seus professores e alunos? Os funcionários? Nada disso é uma escola. Tudo isso junto talvez forme uma escola. Tudo isso e muito mais: livros, cadernos, conhecimento, ignorância, curiosidade, parcerias... pensemos a escola e cada escola, como um local onde se corporificam relações de ensino e processos de aprendizagem. É preciso encarar a escola como uma construção sócio-técnica , um ser heterogêneo, que reúne seres humanos – professores, alunos, pais, administradores – e não humanos – mesas, cadeiras, quadros de giz, mimeógrafos e, com sorte, telefone, televisão, vídeos, computadores e Internet. É este ser heterogêneo que produz conhecimento, que produz a possibilidade de novos conhecimentos que superam limites e criam, a cada dia, uma nova escola, um novo ensinar e um novo aprender. Não é cada professor individualmente quem produz novas estratégias de ensino, mas é também o professor, em rede, inserido no espaço sócio-técnico da escola, em interação com seus pares, com seus alunos, com máquinas e livros, com os regulamentos, utilizando cada um dos recursos que o ambiente lhe oferece. Quem precisa de formação não é o educador individualmente mas a escola, o ser heterogêneo e complexo descrito acima. É a escola como um

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todo o ser que tem a função formativa. A escola precisa formar-se para ser capaz de formar seus alunos. A escola é responsável pela promoção do desenvolvimento do cidadão, no sentido pleno da palavra. Então, cabe a ela definir-se pelo tipo de cidadão que deseja formar, de acordo com a sua visão de sociedade. Cabe-lhe também a incumbência de definir as mudanças que julga necessário fazer nessa sociedade, através das mãos do cidadão que irá formar. Portanto a postura, que Escola Estadual Getúlio Vargas adota em seu PPP em relação ao conceito de escola é que ela deve trabalhar no sentido de formar cidadãos conscientes, capazes de compreender e criticar a realidade, atuando na busca da superação das desigualdades e do respeito ao ser humano.

4.10 – Concepção de Professor

“Sou professor a favor da esperança que me anima apesar de tudo." (FREIRE, 1996)

Professor segundo o Dicionário do Aurélio é aquele que professa ou ensina uma ciência, uma arte, uma técnica, uma disciplina; mestre. O conceito de professor sempre esteve associado ao saber. Na representação social, o bom professor é aquele que domina o conteúdo e o sabe transmitir, e, ainda, para exercer sua função é necessário que esteja em sala de aula, ou algum outro espaço físico que a substitua. Portanto, nesta visão, para adquirir conhecimentos, o aluno necessita frequentar uma escola e ter “bons” professores. A função de professor é de grande responsabilidade, pois tem que desenvolver no aluno valores humanos indispensáveis para a sua boa formação, tais como: disciplina, respeito, capacidade de trabalho,

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iniciativa, honestidade, cidadania, ética, moral, conhecimento das diferenças individuais, educação para o convívio social, amor, gratidão, humildade, trabalho em grupo ou equipe, etc. Moacir Gadotti, diz: Ser professor hoje é viver intensamente o seu tempo com consciência e sensibilidade. Não se pode imaginar um futuro para a humanidade sem educadores. Os educadores, numa visão emancipadora, não só transformam a informação em conhecimento e em consciência crítica, mas também formam pessoas. Diante dos falsos pregadores da palavra, dos marqueteiros, eles são os verdadeiros “amantes da sabedoria”, os filósofos de que nos falava Sócrates. Eles fazem fluir o saber - não o dado, a informação, o puro conhecimento - porque constroem sentido para a vida das pessoas e para a humanidade e buscam, juntos, um mundo mais justo, mais produtivo e mais saudável para todos. Por isso eles são imprescindíveis.

Apresenta-se ao professor o conceito de “par mais capaz”, mas pouco se valoriza e se investe para que o próprio, em contato com pares, tenha momentos de reflexão e de aprendizado.

4.11 – Concepção de aluno

É o sujeito ativo no processo de ensino - aprendizagem. Sujeito que inova, que transforma e adquire meios, através da educação de refazer o que já está feito, de forma mais ampla e útil O aluno deve ser um questionador do mundo, do homem, da sociedade e de si mesmo, com o objetivo de compreender, trabalhar e perpetuar a cultura a qual está inserido. É um ser em formação que está buscando seu espaço na sociedade e precisa de mediação e auxílio para a construção de seus conhecimentos.

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O aluno apropria-se de conhecimentos científicos, interpreta-os, adequa-os à sua realidade e desenvolve seu senso crítico através das relações professor/ aluno e aluno/ professor. É o agente modificador da trajetória da educação e do mundo. Cultivador de meios que levam a um progresso ativo, dinâmico e sustentador da vida humana. A maioria dos alunos de hoje vivem em uma sociedade tecnológica e conturbada. Crescem dentro de um novo ritmo global de vida. São muito mais soltos na estrutura familiar e social, onde convivem com mais tensões. Desemprego e violência também fazem parte do cotidiano. Para atender esse aluno, a Escola deve modernizar-se e o professor rever conceitos e procedimentos.

4.12 – Concepção de Currículo

Para entender o que é currículo faz-se necessário, primeiramente, definir o que é Currículo. Osowski (1996) nos diz: O Currículo é um guia para os encarregados de seu desenvolvimento, um instrumento útil para orientar a prática pedagógica, uma ajuda para o professor. O Currículo sendo entendido como os conjuntos de saberes escolares, tramas e redes das e nas relações sociais escolares, campos de poder, físicos ou pessoais, institucionais ou imaginários que articulados constituem o cotidiano da escola , expressando e interferindo nas políticas educacionais, assim como impulsionando e sendo impulsionado pela sociedade. Ele pode ser visto como instrumental capaz de, contraditoriamente, fazer avançar ou recuar a educação e onde – através das práticas curriculares – são possibilitadas condições para que se constituam subjetividade explicitas ou implícitas.

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Por esta função, não pode limitar-se a enunciar uma série de intenções, princípios e orientações gerais que distantes da realidade das salas de aula, sejam de escassa ou nula ajuda para os professores. O Currículo, não deve suplantar a iniciativa e a responsabilidade dos professores, convertendo-os em meros instrumentos de execução de um plano prévia e determinado. Percebemos que o Currículo precisa estar inserido a realidade do aluno, do professor e da escola.

De acordo com COOL, 1987, o Currículo é um guia para construção do conhecimento. Os encarregados de seu desenvolvimento devem utilizá-lo como instrumento útil para orientar a prática pedagógica da escola, para que esta favoreça aprendizagens significativas para que o aluno mediante a aquisição do saber construa significados que permita conhecer o mundo físico e social e potencialize o seu crescimento pessoal. O currículo escolar, como conjunto de conhecimentos e experiências de aprendizagem oferecido aos estudantes, passa por vários níveis ou instâncias de elaboração. Fora da escola, estabelecem-se prioridades a partir da política educacional, organizam-se diretrizes, leis, orientações e indicações dos conteúdos de ensino; os saberes são selecionados, organizados, seqüenciados e freqüentemente detalhados em materiais como livros didáticos. Atuam nesse processo as autoridades educacionais, as universidades, os autores de livros didáticos, as editoras etc. Resultante de todas essas discussões e decisões negociadas, o currículo formal - previsto, documentado, recomendado, que sofreu várias re-elaborações servirá como grande parâmetro para organizar a ação no ambiente da escola, mas não será exatamente replicado, repassado, ou distribuído para os alunos. Isso porque a escola não executa simplesmente decisões curriculares tomadas fora dela; também elabora seu currículo, que é mais do que o recorte de cultura organizado pare ser distribuído na escola. a) - Currículo da escola pública

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A escola é uma das instituições sociais comprometidas com a transmissão de uma memória reconhecida como necessária a todos para viver em sociedade. Ao contrário das outras instituições de memória, o seu acervo não é palpável ou consultável. Ele é dinâmico, está em movimento e é fruto de várias escolhas e embates entre grupos: quais os conhecimentos válidos que devem ser recuperados, organizados e lembrados por todos. Os currículos escolares são a face mais visível da intervenção do Estado na Educação. É por meio deles que se definem sentidos, conteúdos, práticas e finalidades. Como afirma a historiadora Katia Abud " Os currículos são responsáveis, em grande parte, pela formação e pelo conceito de História de todos os cidadãos alfabetizados, estabelecendo, em cooperação com a mídia, a existência de um discurso histórico dominante, que formará a consciência e a memória coletiva da sociedade." (ABUD, K. Currículos de História e Políticas Públicas, p. 29. ) Como escolha os currículos contribuem para que algumas passagens sejam lembradas e outras apagadas, para que a ação de certos grupos e indivíduos integrem a memória de todos e a própria existência de outros grupos sequer seja mencionada. b) - A adequação do currículo à realidade escolarO currículo real, aquele que se desenvolve na escola, toma forma e corpo na prática pedagógica. O currículo formal é transformado e reorganizado para adequar-se à realidade da escola, articulando as opções dos professores e as necessidades dos alunos ao tempo das disciplinas no quadro curricular. à divisão do tempo diário em aulas, aos materiais e recursos disponíveis, às formas de controle e acompanhamento dos alunos, aos valores preservados e vividos no cotidiano escolar enfim a todo um modo de vida na escola. Essa reorganização dos saberes a serem ensinados é também fruto de negociações, opções, decisões que

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envolvem os educadores e viabilizam a proposta pedagógica nas condições reais da escola. c) - Na escola aprende-se mais do que conteúdos sobre o mundo material e social Em cada escola essas condições estão presentes e interferem na realização do currículo, impondo cortes, simplificações e ritmo de desenvolvimento aos conteúdos e, ao mesmo tempo, introduzindo aprendizagens implícitas, que tanto podem favorecer quanto impedir a realização das intenções educativas declaradas pelos educadores. Essa parcela implícita, ou currículo oculto, vem sendo insistentemente apontada nos estudos críticos do currículo como de enorme importância na formação dos educandos, o que torna indispensável compreendê-la, explicitá-la, buscando tornar a prática mais coerente com as intenções educativas. Concordando com Santos e Moreira (1995, p.50), acreditamos que na escola aprende se mais do que conteúdos sobre o mundo material e social: "adquirem-se também consciência, disposições e sensibilidade que comandam relações e comportamentos sociais do sujeito e estruturam sua personalidade". d) - Selecionar saberes relevantes O currículo, então, determina e orienta o trabalho escolar e é determinado por ele. A escola participa de sua elaboração ao selecionar e organizar os saberes com vistas à transmissão e aprendizagem dos alunos. Esta não é uma tarefa meramente técnica, pois é preciso tomar decisões que envolvem interesses, posicionamentos, sentimentos, conflitos, divergências. Não é simples selecionar saberes relevantes e preparar citações para sua apropriação; isso implica escolher conteúdos que tragam para dentro da escola o conhecimento mais avançado, para que os jovens possam se tornar " contemporâneos de seu tempo", como nos alerta Gramsci; implica também selecionar conteúdos cuja abrangência

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explicativa contribua para a compreensão da sociedade e da cultura em que se vive e da realidade mais ampla. e) - Sujeitos interagem entre si e com linguagens e saberesO conhecimento é então compreendido como construção social, segundo os principais autores da Sociologia do Currículo. Santos e Moreira (1995, p.51) comentam que ele é " produto de concordância e consentimento de indivíduos que vivem determinadas relações sociais (por exemplo, de classe, raça e gênero) em determinados momentos". Essa construção, portanto, ocorre pela interação social e depende do contexto social e cultural, de um referencial comum; sujeitos interagem entre si e com linguagens e saberes, trazendo para a relação sua cultura e seus significados. f) - As mudanças culturais chegam às escolas através dos currículos Processo e produto do conhecimento estão presentes na construção do conhecimento escolar. Assim, vai se tornando claro que selecionar conteúdos não é apenas fazer uma lista de conhecimentos que se transmitem num modelo escolhido a priori, mas que o currículo emerge das condições reais em que se dá o trabalho com o conhecimento. É nesse sentido que entendemos a afirmação de Gimeno Sacristán (1996, p.37), em seu estudo sobre escolarização e cultura: As mudanças culturais chegam às escolas através dos currículos, mas apenas na medida em que se plasmam em práticas concretas". Observamos que o Currículo para a educação básica está constituído por relações de poder que precisam ser identificadas, delimitadas e criticadas; quais os espaços de poder visíveis e invisíveis existentes no Currículo das escolas responsáveis pela educação básica? (Osowski, 1996). O Currículo segundo Sacristán além de visível, que se refere as disciplinas, ou matérias, habilidades, conhecimentos práticos, profissões,

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ele visualiza um Currículo oculto, diferentes aprenderes, que não podem ser programados nem avaliados, mas que necessitam estar presentes em qualquer aprendizagem significativa. O Currículo precisa deixar de ser visto como uma simples seqüência de algumas disciplinas ou práticas, para se transformar numa situação plena de aprendizagem dos mais diversos aspectos da vida e da vivência dos mais diversificados valores. No Currículo, cada disciplina é concebida como um espaço próprio de conhecimento que luta por quantidade de aulas para poder ter toda matéria dada. (Cunha, 1996, pág.32) Sabemos, por exemplo, em termos de ensino, que os Currículos organizados pelas disciplinas tradicionais isoladas, aplicadas ao aluno sem nenhuma ligação entre si desvinculadas da vida concreta, conduzem o aluno apenas a um acúmulo de informações que de pouco ou nada valerão na sua vida profissional, principalmente porque o desenvolvimento tecnológico atual é de ordem tão variada que fica impossível processar-se com a velocidade adequada a esperada sistematização que a escola requer. (Fazenda, 1991, p.16) O caminho mais direto para explicar o que entendemos por Currículo consiste em interrogar-nos sobre as funções que ele deve desempenhar e, para identificá-las, convém recordar e ampliar o que dissemos anteriormente a propósito da natureza das atividades educativas escolares. Esta modalidade de educação surge quando a simples participação nas atividades habituais dos adultos, bem como sua observação e imitação, insuficientes para assegurar aos novos membros do grupo um crescimento pessoal adequado. As atividades educativas escolares correspondem à idéia de que existem certos aspectos do conhecimento pessoal, considerados importantes no âmbito da cultura do grupo, que não poderão ser realizados satisfatoriamente ou que não ocorrerão de forma alguma, se possível que seja fornecida uma específica,

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que sejam exercidas atividades de ensino especialmente pensadas para esse fim. São atividades de ensino que correspondem a uma finalidade e são executadas de acordo com um plano de ação determinado, isto é, estão a serviço de um Projeto Educacional do Currículo, sua razão de ser é de explicitar o projeto – as intenções e o plano de ação – que preside as atividades educativas escolares.Notamos que é possível questionarmos o Currículo para a escola básica enquanto constituído por um conjunto de disciplinas, quando na verdade, tais disciplinas são muitas vezes, decorrência e imposição da nossa sociedade, que precisa de certas formas de pensar, comportamentos ou saberes. Nessa perspectiva, as disciplinas escolares intervêm na história cultural da sociedade, preparando "a aculturação dos alunos em conformidade com certas finalidades: é isso que explica sua gênese e constitui sua razão social" (Chervel, 1990, p.220).

g) - ArticulaçãoArticular o ensino e a aprendizagem implica articular conteúdo e forma, tornando cada vez mais o ensino favorável à ocorrência da aprendizagem. Isso exige riqueza de situações, experiências e recursos, para favorecer o processo múltiplo, complexo e relacional de conhecer e incorporar dados novos ao repertório de significados, utilizando-os na compreensão orgânica dos fenômenos, no entendimento da prática social.

4.13 - Concepção de ensino

O conceito de ensino faz referência a uma situação ou atividade triádica, isto é, de três componentes, quais sejam, aquele que ensina, aquele a quem se ensina, e aquilo que se ensina.

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Primeira : Quando dizemos que uma pessoa esta ensinando algo a uma outra pessoa, pressupomos que a primeira saiba (ou domine) o que está ensinando e que a segunda não saiba (ou domine) o que está sendo ensinado. Se há, porém, apenas uma pessoa em jogo, mais um certo conteúdo, ou esta pessoa já sabe (ou domina) este conteúdo, em cujo caso não precisa ensiná-lo a si própria, ou esta pessoa não sabe (ou domina) o conteúdo em questão, em cujo caso não tem condições de ensiná-lo a si própria. Segunda: Para que uma atividade se caracterize como uma atividade de ensino não é necessário que aquele a quem se ensina aprenda o que está sendo ensinado; basta que o que ensina tenha a intenção de que aquele a quem ele ensina aprenda o que está sendo ensinado. Esta segunda conclusão é rica em implicações. Em primeiro lugar, ela implica a existência de ensino sem aprendizagem (o que poderíamos chamar de ensino mal sucedido). Em segundo lugar, ela sugere que coisas realmente não ensinam, porque não podem ter a intenção de produzir a aprendizagem. Terceira: A intenção de produzir a aprendizagem, isto é, a intenção de ensinar, só pode ser constatada mediante análise do contexto em que certas atividades são desenvolvidas. Se esta análise tornar razoável a atribuição da intenção em pauta, podemos concluir que pode estar havendo ensino ; caso contrário, seremos forçados a admitir que não esteja.Segundo Paulo Freire, para ensinar é preciso ter método, respeitar a autonomia do educando, dialogar e partir do conhecimento que o aluno traz consigo.

4.14 – Concepção de aprendizagem

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O termo aprendizagem, pode definido como "aquisição de conhecimentos e de habilidades". Ou seja, o que as pessoas aprendem, e como elas aprendem e aplicam aquilo que aprenderam (saber como e saber porquê). Aprender pode, desse modo, ser definido como o aumento da capacidade de alguém transformar uma ideia em uma ação.

A aprendizagem é considerada por estudiosos como um processo de mudança, resultante de prática ou experiência anterior, que pode vir, ou não, a manifestar-se em uma mudança perceptível de comportamento. Muitos psicólogos enfatizam a necessidade de distinguir entre o processo de aprendizagem, que ocorre dentro do organismo da pessoa que aprende e as respostas emitidas por essa pessoa, as quais podem ser observáveis e mensuráveis. É um processo interno, pessoal e intransferível, enquanto ensino, tratando-se de educação formal ou escolar, é a ação direta sobre ela. Disso resulta que cada educando constrói o seu conhecimento a partir de suas vivencias e experiências. Paulo Freire já dizia “aprender é( re) construir pela descoberta” Assim como o espaço está em permanente reconstrução, o conhecimento deve estar em continuo aprofundamento e ampliação

A questão da aprendizagem pode ser abordada na perspectiva de duas vertentes teóricas básicas que sustentam os principais modelos: o modelo behaviorista e o modelo cognitivo. O modelo behaviorista tem seu foco principal no comportamento das pessoas; o modelo cognitivo é um modelo mais abrangente do que o behaviorista, explicando melhor os fenômenos mais complexos, como aprendizagem de conceitos e solução de problemas.

Segundo o modelo cognitivo a aprendizagem ocorre pelo processamento de informações pelo indivíduo. A teoria da gestalt, precursora do cognitivismo, pesquisa o processo de aprendizagem por insights O indivíduo que tem um insight vê uma situação de uma nova maneira, maneira esta que inclui compreensão das relações lógicas, ou

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percepções das conexões entre meios e fins Ou seja, o insight caracteriza-se como um processo que, quando completado, dá à pessoa a impressão de ter subitamente compreendido alguma coisa ou chegado à solução de um problema. No entanto, no momento atual, é importante lembrar a contribuição dos estudos da neurociência, cujo campo, destacam-se as descobertas e os estudos sobre a plasticidade do cérebro humano. Considera-se que o desenvolvimento do conhecimento é em cada pessoa um processo espontâneo que envolve o complexo biológico-psicológico total do corpo, o sistema nervoso e as funções mentais. Para Freire, 1979, precisa-se considerar que a aprendizagem requer o processo educativo. A educação é um processo contínuo na vida do ser humano. Daí a necessidade da percepção crítica da realidade, para que se faça a transformação dessa realidade.

A concepção de aprendizagem adotada pela escola tem por base a pedagogia de Vygotsky, que define a aprendizagem como um processo histórico, fruto de uma relação mediada e possibilita um processo interno, ativo e interpessoal.

4.15 Concepção de Letramento

Nos ultimos anos surgiu entre os pensadores da educação um novo termo chamado letramento para que se pudesse estar refletindo a respeito das concepções que se tinha até então.

A princípio, letramento se confundiu com alfabetização, mas estudos mais profundos fizeram com que esses dois conceitos se distinguissem. O letramento está acima da alfabetização, é mais abrangente.

O letramento não ocorre apenas durante determinado tempo de vida do indivíduo, ele acontece antes e durante a alfabetização e continua por

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todo o sempre, ou seja letramento é o desenvolvimento do indivíduo no mundo letrado.

A criança quando entra na escola, não chega vazia, ela já tem os seus conhecimentos, suas leitura de mundo, ela aprenderá na escola ler e escrever (alfabetização), mas isso não basta, temos que saber fazer uso dessa leitura e escrita; não é suficiente apenas decodificar as letras, temos que responder às exigências que a sociedade nos remete continuamente.

Saber ler e escrever, interpretar e ainda fazer o uso correto dessas habilidades é fundamental hoje, temos que saber fazer a leitura de tudo que nos rodeia, a leitura de mundo, exercer o papel realmente de cidadão é indispensável. Nem sempre que é alfabetizado é letrado. Alfabetizado é todo aquele que sabe decodificar as letras. Portanto é importante disntinguir letramento de alfabetização, entre aprender o código e ter habilidade para usá-lo. Ao mesmo tempo é fundamental entender que eles são indissossiaveis e tem as suas especificicações, sem herarquia ou cronologia.

4.16 – Concepção de ciência

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Habitamos um universo onde os átomos são formados no centro das estrelas, onde a cada segundo nascem mil sóis, onde a vida é lançada pela luz solar e acesa nos ares e águas dos planetas jovens, onde a matéria-prima para a evolução biológica é algumas vezes obtida de uma explosão de uma estrela na outra metade da Via-Láctea, onde algo belo como uma galáxia é formado cem bilhões de vezes, um Cosmos de quasars e quarks, flocos de neve e pirilampos, onde pode haver buracos negros, outros universos e civilizações extraterrestres. O conhecimento continua a ser um bem importante, em qualquer sociedade. A concepção de ciência é de que ela se constrói historicamente, portanto mutável, compreendendo-a como a soma dos esforços humanos, em explicar de forma sistematizada a realidade, portanto: Ciência é um conjunto de conhecimentos racionais, certos ou prováveis, obtidos metodicamente, sistematizados e verificáveis, que fazem referência a objetos de uma mesma natureza. Em ciência não há verdades totais e permanentes, não existindo pois conhecimento definitivo, ao contrário, ele deve estar em permanente re-elaboração, sendo assim:

Em ciência o conhecimento é racional, isto é, tem exigências de método e está constituído por uma série de elementos básicos, tais como sistema conceitual, hipóteses, experimentações definições, etc.

Não se pode atribuir à ciência a certeza indiscutível de todo saber que a compõe. Ao lado dos conhecimentos certos, é grande a quantidade de prováveis. Antes de tudo, toda lei indutiva é meramente provável, por mais elevada que seja sua probabilidade;

Os conhecimentos são obtidos metodicamente, pois não os adquire ao acaso ou na vida cotidiana, mas mediante regras lógicas e procedimentos técnicos. São sistematizados, isto é, não se trata

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de conhecimentos dispersos e desconexos, mas de um saber ordenado logicamente, constituindo um sistema de ideias (teoria).

Verificáveis, pelo fato de que as afirmações, que não podem ser comprovadas ou que não passam pelo exame da experiência, não fazem parte do âmbito da ciência, que necessita, para incorporá-las, de afirmações comprovadas pela observação.

Tem como objetivo explicar o mundo. Observá-lo, formular hipóteses que expliquem os fenômenos observados, e então testar estas hipóteses em diversas situações para ver se o mundo se comporta de acordo com elas.

A ciência não é mera observação dos fenômenos. Busca-se a verdade. Identifica-se, à luz de um conhecimento disponível, problemas decorrentes dos fenômenos. A percepção de problemas é uma percepção impregnada de fundo teórico.

Um fato em si mesmo não tendo relevância alguma para a ciência , não diz nada. Ele passa a ter relevância, pertinência, quando relacionado a um problema, a uma dúvida, a uma questão que precisa de resposta.

O que impulsiona o homem em direção à ciência é a necessidade de compreender a cadeia de relações que se esconde por trás das aparências sensíveis dos objetos, fatos ou fenômenos, captadas pela percepção sensorial e analisadas de forma superficial, subjetiva e crítica pelo senso comum. Através desses princípios, a realidade passa a ser percebida pelos olhos da ciência não de uma forma desordenada, esfacelada, fragmentada, como ocorre na visão subjetiva e a crítica do senso comum, mas sob o enfoque de um critério orientador, de um princípio explicativo que esclarece e proporciona a compreensão do tipo de relação que se estabelece entre os fatos, coisas e fenômenos.

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4.17 - Concepção de tecnologia

Vive-se hoje numa sociedade polissêmica, ou seja, caracterizada pela diversidade de significados, idéias, conceitos, palavras, atitudes, objetos, dentre outras manifestações da vida humana. Essa mesma sociedade vem sendo chamada de "tecnológica", o que significa que se está cada vez mais rodeada de artefatos, objetos, bens e símbolos que remetem à tecnologia. Entretanto, o que é tecnologia? O termo é polissêmico na medida em que lhe são dados vários significados, dependendo do olhar lançado sobre este fenômeno. No senso comum, a tecnologia é vista como a expressão material de um processo que se manifesta através de instrumentos, máquinas, dentre outros, cuja suposta finalidade é melhorar a vida humana. Esta visão vem sendo bastante difundida principalmente através dos meios de comunicação que constantemente divulgam produtos e serviços tecnológicos que vieram para facilitar o cotidiano das pessoas, tornando mais confortável, mais rápida, mais eficiente, mais ágil a vida das pessoas. Tais produtos são feitos por empresas que, por sua vez, dão à tecnologia um significado instrumental. Isto quer dizer que a tecnologia tem o papel de possibilitar o aumento de produtividade e competitividade, melhorando o desempenho destas, assim como de seus próprios produtos. Deste ponto de vista, a tecnologia é apontada como uma das forças produtivas que, juntamente com a força de trabalho, garantem a produção de mercadorias em maior quantidade e em menor tempo. A sua comercialização proporciona a acumulação ampliada do capital e a reprodução do capitalismo.

Nesta perspectiva, a tecnologia é pensada de maneira a otimizar o processo produtivo de bens dirigidos ao mercado de consumo, o qual

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direciona a produção. Esta visão pragmática e utilitarista da tecnologia está também presente em outras instâncias da sociedade, tais como, órgãos governamentais, institutos de pesquisa, ensino e financiamento para o desenvolvimento científico e tecnológico.

Assim, a tecnologia deve ser entendida como processo que perpassa todas as formações sociais porque na produção das condições materiais de vida, necessárias a qualquer sociedade, é imprescindível a criação, apropriação e manipulação de técnicas que carregam em si elementos culturais, políticos, religiosos e econômicos, constituintes da concretude da existência social. Deste ponto de vista, tecnologia está intrinsecamente presente tanto numa enxada quanto num computador. Quando se fala em tecnologia na educação, logo pensamos em computadores, Internet... Mas isso é pouco, é reduzir muito o gênio da criação humana. Tecnologia é mais do que isso. Há tecnologia em cada lápis que usamos, no quadro de giz, nos livros,nos mapas geográficos, nas cadeiras em que sentamos etc.. Veja só a revolução social que representou a imprensa. Podemos imaginar uma escola, hoje, sem livros, sem material impresso?

Já não cabe mais ao professor buscar ser o detentor do saber que provê a seus alunos toda necessidade de informação e de formação. Cabe, isso sim, ser um profissional capaz de buscar esta informação junto com os estudantes, ter competência para avaliar a informação que encontram e contribuir para que todos, ele e seus alunos, venham a ser cada dia mais capazes de buscar por si mesmos as informações de que precisam, para ampliar os conhecimentos de que necessitam.

4.17.1 - AS tecnologias de informação e comunicação na escola

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As tecnologias de informação e comunicação, presentes nesta sociedade vêm assumindo um duplo papel: funcional – a tecnologia como ferramenta, instrumento, função e normativo a tecnologia determinando modelos para as relações sociais.

O papel funcional das tecnologias oscila entre a versão otimista de transformação da sociedade, que afirma o mundo sem fronteiras, a rapidez nas trocas de informação, entre outras, e a versão pessimista de controle social e político, onde o cidadão passa a ser vigiado e perde sua privacidade. Nas duas versões é possível identificar a mesma ideologia: a técnica determina o mundo e as relações humanas. De forma complementar, o papel normativo das tecnologias está definido pelas regras do mercado econômico, a partir da ideologia do mercado e sua evolução se dá a partir da transformação das mídias de massa, mais generalistas, para mídias telemáticas (imagens no computador), mais individualizadas.

Surge, assim, da conjunção dessas ideologias, o conceito de “sociedade da informação” cuja doutrina, sustentada pela lógica das técnicas, induz à crença de que o crescimento econômico da “sociedade da informação” seguramente gera oportunidades sociais. Para se contrapor a esta lógica das técnicas, é necessário um constante processo de reflexão crítica sobre o papel das tecnologias de informação e comunicação nesta sociedade, restabelecendo uma lógica social e cultural, onde as técnicas de informação e comunicação, desenvolvidas para atender aos interesses do capital, passam a ser o principal canal de interação social para disseminar, fortalecer e (re)significar as experiências culturais e os movimentos sociais. O acesso às tecnologias de informação e comunicação amplia as transformações sociais e desencadeia uma série de mudanças na forma como se constrói o conhecimento. Frente a este cenário de desenvolvimento tecnológico que vem provocando mudanças nas relações

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sociais, a educação tem procurado construir novas estratégias pedagógicas elaboradas sob a influência do uso dos novos recursos tecnológicos, resultando em práticas que promovam o currículo nos seus diversos campos dentro do sistema educacional. A extensão do uso desses recursos tecnológicos na educação, além de se constituir como uma prática libertadora, uma vez que contribui para inclusão digital, também busca levar os agentes do currículo a se apropriarem criticamente dessas tecnologias, de modo que descubram as possibilidades que elas oferecem no incremento das práticas educacionais. O tema referente ao uso das tecnologias de informação e comunicação é relevante e, merece ser considerado por todos aqueles que movimentam o currículo dentro da escola. Esse pensamento não pode e não deve ser desvinculado do pensamento curricular, isto é, do pensamento pedagógico quando este se detém na consideração das práticas educacionais. Mais do que ferramentas e aparatos que podem “animar” e/ou ilustrar a apresentação de conteúdos, o uso das mídias web, televisiva e impressa mobiliza e oportuniza novas formas de ver, ler e escrever o mundo. Contudo, é importante que essas ferramentas tecnológicas estejam aliadas a um procedimento de reflexão crítica que potencialize o pensamento sobre as práticas pedagógicas. Na esfera de um currículo público, a inserção de novos recursos tecnológicos é capaz de criar condições para que frutifiquem valores educacionais tais como o do entendimento crítico, o da colaboração,o da cooperação, o da curiosidade que leva ao saber, e, por fim, os valores éticos de uma cidadania participativa se contrapondo aos pensamentos e práticas totalizantes, que defendem receitas únicas. A inserção de novos recursos tecnológicos encurta as distâncias, promove novas práticas sociais, aproxima dentro do mesmo currículo as esferas político-

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administrativas das salas de aula; aproxima as salas de aula entre si, dentro da escola e entre as escolas, numa atividade de interação solidária com vistas tanto à apropriação do conhecimento quanto à criação de novos saberes. Não se trata de tomar “as tecnologias” como os sujeitos das práticas, como se “as tecnologias” pudessem estabelecer a mediação entre o aluno e o conhecimento, mas, sim, considerar “as tecnologias” como impulsionadoras e potencializadoras destas práticas. Os artefatos tecnológicos, ao aproximarem os sujeitos do currículo numa relação dialógica, quer em torno do conhecimento, quer em torno da reflexão acerca de uma obra de arte, por exemplo, criam as condições para a própria prática dialógica em que se constitui o sujeito. Vale dizer, recursos tecnológicos não são os sujeitos das relações dentro do currículo, mas permitem que os sujeitos se façam ao possibilitar estas relações. Dada a relevância do tema, torna-se necessário estimular um pensamento contínuo sobre essas práticas, a fim de que todos os agentes envolvidos sejam capazes de se posicionar de uma maneira crítica e criativa, com a necessária clareza na hora de fazer as escolhas que conduzirão as suas práticas. As tecnologias de informação e comunicação representam não somente meios que contribuem com a democratização do conhecimento na escola, como também instrumentos de informação que ampliam o acesso às políticas e programas, junto à comunidade escolar. As tecnologias disponíveis nos espaços escolares, em ambientes educativos, nos laboratórios de ciências e de informática, nas salas de aula possibilitam, além da formação docente, na perspectiva do sujeito epistêmico, que produz o conhecimento no âmbito das práticas pedagógicas, também o aprimoramento da prática docente. Revelam-se, aqui, os necessários materiais pedagógicos e recursos didáticos encaminhados para as escolas, a fim de restabelecer propostas de

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aprendizagem. É o caso dos conteúdos digitais, das televisões multimídia, dos livros didáticos e paradidáticos, dos computadores e estações de trabalho, dos jogos e materiais didáticos para uso nas atividades formativas da escola. Considerando a organização do trabalho pedagógico na escola, entre as possíveis temáticas a serem consideradas nesse processo de reflexão sobre o uso das tecnologias de informação e comunicação, destacam-se: o papel de mediação do professor na aprendizagem; o processo de interação e colaboração em ambientes virtuais de aprendizagem; as mídias impressas e televisivas presentes na escola e a pesquisa escolar na internet.

4.18 - Concepção de cidadania

Nunca se falou tanto sobre cidadania, em nossa sociedade, com nos últimos anos. Mas afinal, o que é cidadania?

Segundo o Dicionário Aurélio Buarque de Holanda Ferreira, “cidadania é a qualidade ou estado do cidadão”, entende-se por cidadão “o indivíduo no gozo dos direitos civis e políticos de um Estado, ou no desempenho de seus deveres para com este”.

No sentido etimológico da palavra, cidadão deriva da palavra civita, que em latim significa cidade, e que tem seu correlato grego na palavra politikos – aquele que habita na cidade. No sentido ateniense do termo, cidadania é o direito da pessoa em participar das decisões nos destinos da Cidade através da Ekklesia (reunião dos chamados de dentro para fora) na Ágora (praça pública, onde se agonizava para deliberar sobre decisões de comum acordo). Dentro desta concepção surge a Democracia Grega, onde somente 10% da população determinava os destinos de toda a Cidade (eram excluídos os escravos, mulheres e artesãos).

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Naquela época, e durante muito tempo, a noção de cidadania esteve ligada à ideia de privilégio, pois os direitos de cidadania eram explicitamente restritos a determinadas classes e grupos. A definição de cidadania foi sofrendo alterações ao longo do tempo, seja pelas alterações dos modelos econômicos, políticos e sociais ou como conquistas, resultantes das pressões exercidas pelos excluídos dos direitos e garantias a poucos preservados, num rico processo histórico.

O fato, é que, modernamente, uma vasta quantidade de direitos já está estabelecida pela legislação, direitos, esses que alcançam todos os indivíduos, sem restrições que, na verdade, embora garantidos pela Constituição Federal e pelas leis, o que se verifica, na prática, é uma reiterada e ostensiva inobservância desses direitos de cidadania contra a maioria da população excluída dos bens e serviços desfrutados pelas elites.

O grande desafio é, portanto, além de incorporar novos direitos aos já existentes, integrar cada vez um número maior de indivíduos ao gozo dos direitos reconhecidos. Podemos então, definir Cidadania como um conjunto de Direitos e Liberdades Políticas Sociais e Econômicas, já estabelecidos ou não pela Legislação. Quanto ao exercício da Cidadania é a forma de fazer valer os direitos garantidos. Exigir a observância dos direitos e zelar para que não sejam desrespeitados.

4.19 – Concepção de trabalho

O trabalho, é uma atividade humana intencional que envolve formas de organização, objetivando a produção de bens e serviços necessários à vida. O homem em toda a sua existência está voltado para o trabalho, é pelo trabalho que o homem se dignifica como pessoa, se projeta perante a

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sociedade e garante sua subsistência e de sua família. Depende intimamente de vários fatores: cultura, sociedade, homem, mundo, conhecimento, tecnologia, educação, cidadania, ciência. É necessário que haja um comprometimento para a obtenção dos objetivos. No trabalho e em suas relações é preciso buscar o despertar do interesse no homem cidadão, do conhecimento para a construção diferenciada e atualizada, desenvolvendo a mentalidade de homem pensante e criativo, capaz de interferir na sociedade para buscar não apenas respostas, mas também soluções para os problemas.

O ser humano é sujeito de complexidade, inserido num contexto de mundo, sua ação, é objeto de interferência em conceitos socialmente construídos e na natureza. É preciso que o conhecimento sirva para despertar novas conclusões, primando para a compreensão do viver e conviver, para interferir no real com vistas à transformação para que o homem não seja apenas um produto dentro de sua sociedade, mas que sua interferência esteja pautada na ciência e no conhecimento.

Para que o homem conquiste a cidadania é preciso que a educação forneça subsídios para que ele desenvolva a compreensão de sua própria existência, compreenda que pelo trabalho é possível não apenas suprir suas necessidades de consumo, mas também que o trabalho está diretamente ligado à sua realização pessoal, que esteja motivado para buscar novas alternativas para atender as demandas , que seu trabalho seja humanizado, que traga satisfação a si e aos outros e que pelo trabalho, ele conquiste sua independência intelectual e financeira.

É preciso que a Escola, desperte no jovem um novo conceito de trabalho , para que este compreenda que pelo trabalho, o homem desenvolve a compreensão de si mesmo e a realização pessoal e é o caminho necessário para a construção da dignidade e da cidadania.

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4.20 - Concepção de valores

Por que trabalhar valores na escola?O grupo de professores considera fundamental o trabalho e a

vivência dos valores, porque em muitos momentos, nossa cultura valoriza muito mais o Ter do que o Ser e em consequência disso, temos uma desvalorização das questões humanas e uma inversão de valores.

Julgamos que os valores façam parte da essência humana e sua importância precisa ser despertada e semeada dentro de cada Ser, justamente porque são eles, os valores, que motivam e enriquecem a nossa vida e nos ajudam a estabelecer relações e vínculos positivos em relação a nós mesmos e aos outros.

Desta forma, oportunizaremos momentos de aprendizagem, vivência e integração, para todos os membros da escola vivenciarem experiências de harmonia consigo e com os outros, como instrumento de sustentação.

A Escola é sempre um laboratório de experimentações fundamentais na vida dos educandos. Por esse motivo, os valores serão trabalhados de forma interdisciplinar e desenvolvidos ao longo do ano letivo, de acordo com as sugestões dos membros da Escola. Os valores que o grupo de professores escolheu para serem trabalhados são os seguintes:

Amor: Amar é saber doar-se, respeitar e aceitar o outro como ele é. É

saber ser fraterno e realizar as coisas com amor e por amor, visando o bem estar do próximo e também o nosso. O amor abarca todos os outros valores e é através dele que construímos uma base para uma melhor convivência, entre nós seres humanos.

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O amor é mola propulsora de outros valores como: a paz, a aceitação, a compreensão, a entrega, a auto-estima, a empatia, o respeito e a responsabilidade.

Responsabilidade:Ser responsável é cumprir com suas obrigações e lembrando que a

cidadania envolve direitos e também deveres.É a capacidade de assumir nossas atitudes, comprometendo-se com

aquilo que se faz. É ter consciência dos nossos limites e das consequências de nossos atos. É ser pontual, assíduo e disciplinado.

Respeito: O respeito é a base de toda a convivência. Respeitar é valorizar as potencialidades de cada um, respeitando as diferenças. Saber utilizar seus direitos e deveres. Visa ao bom relacionamento entre todos os envolvidos na comunidade escolar gerando boas atitudes.

Organização:Ser organizado é ordenar a própria vida e as atividades colocadas

em prática. Tudo fica mais fácil quando há organização. É também estar consciente de seus objetivos, procurando melhorar a realidade ao seu redor.

União:A união é fundamental para a realização de um trabalho conjunto,

porque unidos somos mais fortes. Ser unido é saber trilhar com o outro, visando os objetivos propostos, tendo objetivos comuns e integrando o grupo.

Compreensão:

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Ser compreensivo é ter a capacidade de conviver com as diferenças. Devemos ser tolerantes para melhorar a convivência, desenvolver a paciência, a cooperação e o entendimento.

Participação:Participar é utilizar seus direitos e deveres através do

comprometimento com a escola e a comunidade. É dividir com os outros questões que visam o bem comum, acrescentando e colaborando com o grupo.

Limpeza: A limpeza do corpo está associada à limpeza da mente e a higiene mental, também requer a higiene física. É preciso valorizar a limpeza, como um sinal de respeito ao nosso corpo, à nossa vida e ao ambiente onde convivemos.

Igualdade: A criança deve aprender que não é a única e que todos temos limitações e qualidades positivas. Desenvolver o valor da igualdade é nos vermos como irmãos e dividirmos momentos da nossa vida, independente das nossas diferenças pessoais.

4.21 - Concepção de avaliação

Referencial teórico

A denominação "avaliação da aprendizagem", aparece pela primeira vez em 1930 nos escritos de Ralph Tyler, a quem se atribui a paternidade

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do termo. Tyler defendeu a ideia de que a avaliação poderia e deveria subsidiar um modo eficaz de fazer o ensino.

Para Luckese (1996) a avaliação deve ser: "dinâmica", "transformadora" e "dialética".Dinâmica pois fornece subsídios para que o projeto educativo realize seus fins; transformadora porque leva o aluno a viabilizar e concretizar o projeto inicialmente proposto e, ainda, dialética pela mediação e interação entre o saber inicial e os novos conteúdos retidos e melhor elaborados na relação professor – aluno. Os objetivos desta avaliação visam auxiliar e também dar uma resposta à sociedade através do processo ensino - aprendizagem e também dar uma resposta à sociedade sobre a qualidade da educação desenvolvida. . Para a pedagogia progressista de conteúdos, a avaliação não é um julgamento definitivo e dogmático do professor, mas uma comprovação do progresso do educando. (Demerval Saviani). Dentro da mesma linha de pensamento, a autoridade pedagógica se expressa na sua função de ensinar sem usar o medo como forma de domínio da turma.

Para Gimeno, a avaliação, estabelece uma relação entre "avaliador" (professor), "produtor" (aluno) e o produto real. A interação entre esses elementos é que permite a adoção de formas e procedimentos diversos em conformidade com o objetivo que se avalia.

No processo de auto - avaliação, deve haver a participação do professor e do aluno, não julgando apenas o grau de aprendizagem alcançado, mas também as necessidades sentidas pelo grupo. A auto - avaliação neste contexto, assume grande importância, pois, capacita o aluno a tornar-se auto - crítico olhando para dentro de si mesmo e percebendo o quanto, realmente, conseguiu absorver. O mesmo se dá com o professor, que tem a oportunidade de se questionar e se reorganizar nas práticas adotadas em sala de aula.

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Segundo a visão de Maria Celina Melchior avaliação para ser realmente eficaz precisa ser dinâmica e participativa baseada no mecanismo de ação - reflexão - ação. Professor e aluno realizam, de forma simultânea promovendo situações e/ou tarefas em que, através do diálogo e da discussão, se processará a análise crítica.

Segundo HOFFMANN, (1995) "A avaliação é a reflexão transformada em ação. Ação, esta, que nos impulsiona às novas reflexões. Reflexão permanente do educador sobre a realidade e acompanhamento, passo a passo, do educando, na sua trajetória de construção do conhecimento. Um processo interativo, através do qual educandos e educadores aprendem sobre si mesmos e sobre a realidade escolar no ato próprio da avaliação". Portanto, avaliar significa ação provocativa do professor desafiando o educando a refletir sobre as situações vividas, a formular e reformular hipóteses, encaminhando-o a um saber enriquecido, acompanhando o “vir a ser”, favorecendo ações educativas para novas descobertas.

4.22 - Concepção de educação continuada

Cada vez mais a escola passa a ter importância fundamental no desenvolvimento das pessoas e da sociedade, sendo elemento relevante nas transformações sociais. Assim, a escola ideal é a que se volta para a construção de uma cidadania consciente e ativa, oferecendo aos alunos as bases culturais que lhes possibilitam conhecer a natureza; construir e posicionar-se frente às mudanças e incorporar-se na vida produtiva.

É imprescindível que se dê novo significado ao ensino aos estudantes para que se relacionem com instituições sociais; produzam e distribuam bens, serviços, informações e conhecimentos e entrem em sintonia com as formas contemporâneas de conviver.

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Nesta perspectiva, novas tarefas são colocadas para a escola, entendida como instituição que desenvolve prática educativa planejada e sistemática durante período contínuo e ao longo do tempo na vida das pessoas. Esta nova visão de escola permite pensar em estratégias de implementação de políticas educacionais, porém, o mais importante é a possibilidade real de poder pensar numa nova fase: a revisão na formação inicial e continuada de professores.

Melhorar a formação docente implica em rever os aspectos que interferem nesta formação. A atuação profissional do professor não se limita apenas à sala de aula, sua participação no trabalho coletivo da escola que se concretiza na elaboração e implementação do projeto pedagógico ao qual se subordina seu plano de trabalho e na sua colaboração em atividades de articulação da escola com a comunidade. Para tanto, é necessário que a formação inicial e continuada de professores implique na aquisição de conhecimentos específicos que lhes permitam exercer plenamente suas atribuições, superando deficiências e desarticulações.

III - MARCO OPERACIONAL

5. A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO

5.1. PLANO DE AÇÃO DA ESCOLA - Metas para sanar as dificuldades

A presente proposta foi elaborada com a participação de toda a comunidade escolar. No inicio de cada período letivo são retomadas as

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discussões com base em diagnóstico das problemáticas detectadas no período anterior. A organização tem por base os eixos norteadores: Gestão Democrática, Proposta Pedagógica e Organização do espaço Físico.

AÇÕES RESPONSÁVEL CRONOGRAMA

Discutir com a Equipe Escolar as necessidades da escola;

Direção Inicio do período letivo

Definir coletivamente objetivos e metas comuns à escola como um todo.

Direção Semana pedagógica, antes do período letivo

Dar unidade ao processo de ensino, integrando as ações desenvolvidas seja na sala de aula ou na escola como um todo, seja em suas relações com a comunidade, na implementação do currículo escolar proposto na Proposta Pedagógica.

Direção, Equipe Pedagógica e docentes

Fevereiro a dezembro

Estabelecer princípios orientadores do trabalho dos professores e dos funcionários de maneira que todos se sintam parte importante do contexto escolar;

Direção Fevereiro

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Criar espaços educativos para o desenvolvimento de talentos;

Direção, Equipe Pedagógica, docentes e Funcionários

Durante todo o período letivo

Compor com os professores para conter a indisciplina;

Equipe Pedagógica e docentes

Durante todo o período letivo

Definir, de forma coletiva a aplicação dos recursos recebidos ou angariados pela Escola

Conselho Escolar e APMF

Sempre que a Escola receber verbas ou repasses

Buscar meios para que a Educação seja melhorada a cada dia;

Direção, Equipe Pedagógica, docentes e Órgãos Colegiados.

Fevereiro a Dezembro

Cuidar para que a Escola seja para cada integrante um espaço de oportunidade de crescimento (alunos e Professores);

Direção, Órgãos Colegiados, Pais e Comunidade

Durante todo o período letivo

Possibilitar, ao coletivo escolar, a tomada de consciência dos principais problemas da escola e das suas possibilidades de solução, definindo as responsabilidades coletivas e pessoais, para eliminar ou atenuar as falhas detectadas.

Direção, Equipe Pedagógica e Conselho de Classe

Bimestralmente nos Conselhos de Classe

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Buscar meios para dinamizar as aulas de Educação Física; (atividades culturais, como capoeiras, danças, etc.)

Equipe Pedagógica e Professores de Educação Física

Durante o período letivo.

Dentro das possibilidades da escola continuar o fornecimento de materiais a alunos e professores.

Direção Fevereiro a dezembro

Conquistar espaços para a instalar a Biblioteca e o Laboratório;

Direção Inicio do período letivo

Buscar recursos junto à SEED e/ou outros órgãos do Governo matérias para o laboratório e livros para a Biblioteca.

Direção e APMF Inicio do período letivo

Promover cursos de aperfeiçoamento para para debater temas educativos

Direção e Equipe Pedagógica

Grupos de Estudos uma vez a cada mês.

Respeitar a realidade dos alunos, buscando tornar a aprendizagem mais significativa;

Equipe Pedagógica e Docentes

Fevereiro a Dezembro

Oferecer momentos de Direção e Equipe Reuniões mensais

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integração da família no ambiente escolar;

Pedagógica

Aproximar os conteúdos da realidade dos alunos, propondo aulas que despertem o interesse e a curiosidade;

Equipe Pedagógica e Docentes

Mostra Pedagógica

Incentivo à atuação das instânciascolegiadas da escola ( APMF,Conselho Escolar , Grêmio estudantil e Conselho de Classe)

Direção e Equipe Pedagógica

Durante o ano letivo

Encontros da Equipe pedagógica com os professores para análise eacompanhamento do rendimentoescolar do aluno, através do Conselho de Classe

Direção, Equipe Pedagógica e Docentes

No final de cada Bimestre

Grupos de Estudos voltados para a formação dos Professores e Funcionários

Direção e Equipe Pedagógica

De acordo com o Cronograma da SEED

Escolha dos alunos e Professores representante de turma

Direção, Equipe Pedagógica e Docentes

Fevereiro

Conservação e manutenção Direção e O ano todo

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patrimônio Público escolar(instalações hidráulicas e elétrica, mobiliário, etc.)

comunidade Escolar

Buscar parcerias para ampliar osespaços físicos da escola tais como:reforma e cobertura da quadra,ampliação da cozinha, , construção de um laboratório e uma Biblioteca

Direção e Órgãos Colegiados

O ano todo

Promoções de festas, visando angariar recursos para melhoria do ambiente escolar: pintura, fachada, jardinagem recursos didáticos, etc

Direção e APMF O ano todo

5.2 - Estrutura Organizacional

A administração da Escola é exercida através de uma ação participativa nos termos do Regimento Escolar, pela Diretoria e pelo Colegiado. A Diretoria é composta por 01 diretora e 01 Secretaria e o Conselho Escolar. O pessoal técnico-administrativo deve trabalhar de forma integrada com a Equipe Pedagógica no que diz respeito aos dados relativos ao

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processo de aprendizagem dos alunos e à comunicação aos pais ou responsáveis dos resultados bimestralmente. Os professores devem buscar o conhecimento de seus alunos sob os diversos aspectos para atende-los de forma a priorizar as especificidades individuais. Os auxiliares de serviços gerais, embora executando tarefas aparentemente administrativas, devem também estar incorporados ao processo educativo, relacionando-se bem com toda a comunidade escolar.

5.4 - A prática Pedagógica

Os componentes curriculares da Escola Estadual Getúlio Vargas são selecionados a partir de um amplo processo de discussão nas áreas do conhecimento, sobre a relevância e significação dos mesmos para a aprendizagem. Dessa forma, esses componentes, que ainda, se apresentam organizados em disciplinas, se inter-relacionam espontaneamente, à medida que os professores planejam, executam e avaliam atividades conjuntamente, em uma perspectiva inter e/ou transdisciplinar do conhecimento.

Quanto às metodologias utilizadas, leva-se em consideração que nenhuma, por si própria, basta para mobilizar a prática educativa. O que torna cada disciplina coerente e eficaz são, fundamentalmente, os eixos norteadores e a metodologia adotada pelo professor. É importante buscar, em cada metodologia, o que se concebe como funcional à práxis adotada.

A intencionalidade da proposta pedagógica, os recursos tecnológicos e logísticos disponíveis e o processo de avaliação são importantes elementos norteadores, considerando o aluno como agente "ativo" em sua formação como cidadão ético, moral e crítico.

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5.4.1 - Pressupostos Pedagógicos

A prática pedagógica tem como pressupostos, a visão progressista da educação e correntes pedagógicas que favorecem o papel do professor como mediador da relação do aluno com o saber destacando como principal corrente a pedagogia histórico-crítica, adotada como eixo norteador da Educação Publica do Estado do Paraná cujo objetivo é preparar o aluno para mobilizar os saberes, atitudes e habilidades para solucionar com eficiência situações diversas da vida. A visão progressista na educação permite ao educador conduzir o processo de aprendizagem de forma que o conhecimento não seja simplesmente internalizado, mas sim construído com base no conhecimento sócio histórico por meio da ação-reflexão-ação. O professor tem o papel de mediador do conhecimento e orienta o aluno para que os objetivos de aprendizagem sejam alcançados. Com base nas concepções apresentadas, a Escola Estadual Getúlio Vargas, pretende trabalhar a dinâmica escolar nas linhas de ação que a seguir apresentaremos.

5.5 - Os conteúdos de apredizagem

Os conteúdos escolares são organizados por disciplinas.Para PIMENTA, 1991, a escola tem através dos conteúdos um meio

eficaz de realizar todos os processos de conhecimentos significativos para uma educação eficiente. Para isso exige-se uma constante busca, como também o reconhecimento e a compreensão do papel dos agentes educativos dentro do contexto educacional.

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Na implementação do currículo trabalhado na escola por meio dos conteúdos por dentro é preciso reconhecer destes, na produção da igualdade social a possibilidade de que é pela aquisição sólida dos conteúdos que a escola pode contribuir para a diminuição das desigualdades sociais.

Trabalhar o currículo através dos conteúdos não significa, em hipótese alguma que o Professor deva ter conhecimento específico de todos os ramos do saber, nem tampouco retirar do professor a decisão sobre os conteúdos específicos a serem ensinados. Significa, colocar à disposição do professor a contribuição de uma ação pedagógica que conduza a democratização do ensino, onde o trabalho da Equipe Pedagógica é de assessorar o professor no processo de seleção dos conteúdos de aprendizagem, desenvolvido na relação professor-aluno (PIMENTA,1991: 162) tendo em vista que a função do Professor não é somente transmitir os conteúdos culturalmente elaborados, mas também , refletir sobre eles e sobre a sua colaboração na construção da identidade do aluno enquanto um ser social, político e emocional em formação.

Os conteúdos de aprendizagem contribuem para a compreensão dos processos humanos envolvidos no desenvolvimento cognitivo e afetivo, na aquisição da linguagem, na aprendizagem, na inserção social e na construção de identidades.

Com base nestes pressupostos, a Escola pretende mobilizar a equipe escolar, no sentido de trabalhar o currículo para o desenvolvimento de uma educação escolar significativa, rediscutindo sempre o currículo escolar adotado, assim como todas as atividades realizadas na escola com a participação de todos os envolvidos no processo educativo, inclusive a comunidade, colocando-se também em questão, aberta às críticas, ao diálogo e a reflexão de suas ações.

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5.6 - O Plano de trabalho Docente Planejar não se trata de uma ação tecnicista, formal, burocrática, mas de uma ação consciente que, a partir das modificações da realidade concreta, se transforma, buscando sempre melhores condições para seu personagem principal – o aluno. Cada progresso do aluno, uma modificação para que ele consiga avançar mais, a cada insucesso, uma mudança, para que ele se (re) encontre no processo e continue a avançar.

Do planejamento fazem parte além da analise da realidade concreta, a definição de metas (este conteúdo ou atividade , para quê e por quê), a seleção dos conteúdos (o que é necessário aprender), as opções metodológicas, os critérios de avaliação , mas cada uma dessas ações devem ser sempre acompanhadas de reflexão, da busca, da adaptação, da mudança, a fim de provocar o aprimoramento da ação anterior e o ajustamento à realidade.

A ação planejada não é neutra – é compromissada – e torna-se concreta na medida em que atinge uma consciência coletiva, em que todos os profissionais se comprometem com o aprendizado do aluno (Garcia, 1985). Alem desses pressupostos na Escola Estadual Getúlio Vargas o Planejamento é visto como o trabalho de levantamento de dados, organização de métodos, atividades e etapas, visando alcançar os objetivos propostos. Planejar ações na escola, significa levantar quais são os recursos necessários ao que pretendemos, dividir tarefas, buscar ajuda, acrescentar sugestões apoiando os demais colegas e visando o bem do grupo. Além disso, organizar os passos dados e prever a duração

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aproximada das atividades a serem desenvolvidas, indicando os efeitos esperados e avaliando as estagnações e progressos. Levamos em consideração que a tarefa primordial da escola é a difusão dos saberes por meio de conteúdos vivos, concretos e portanto, indissociáveis das realidades sociais.

Dentro da proposta Pedagógica, os conteúdos serão desenvolvidos de forma interdisciplinar que serão planejados pelo grupo de professores em nível geral e também em reuniões de grupos por séries.

Nas reuniões pedagógicas, teremos a oportunidade de discutir a importância de determinados conteúdos, a fim de priorizar os que são fundamentais, buscando técnicas e formas de aplicá-los de forma mais significativa e integrada à realidade dos alunos.Cabe ao professor organizar e planejar as situações de ensino e aprendizagem em sua sala de aula e a escola junto com o professor elabora o planejamento anual de cada disciplina com a participação de todos os professores. Neste planejamento anual, ficam estabelecidos alguns dos projetos que serão desenvolvidos ao longo do ano letivo, em cada série.Recomenda-se ao professor não planejar pensando em um aluno ideal, mas sim no contexto real de sua sala de aula. Para conhecer o aluno real, se faz necessária uma avaliação diagnóstica, ou prognóstica, que dirá quem são esses indivíduos, qual é sua perspectiva histórica e cognitiva qual o nível de conhecimento , o que é preciso aprimorar e o que é preciso modificar.

5.7- Metodologia do trabalho docente

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A tarefa mais relevante do professor hoje é organizar o seu ensino porque é exatamente através disso que a educação escolar se legitima.Dentro da proposta de metodologia , destacam-se algumas ações que nos levarão a transformar nossos planos em realidade. A prática educativa da escola visa uma compreensão científica e filosófica da realidade em que se vive. Essa compreensão se manifesta através da prática social, por meio da aprendizagem, onde se oportunize ao educando o conhecimento de si mesmo e do mundo que o rodeia.

A Metodologia é o caminho a percorrer para a compreensão explicitação de determinado assunto indispensável para a formação do educando em sua totalidade, incentivando a busca do conhecimento, da cidadania, da criticidade e dos valores morais.Este conhecimento, estará vinculado às necessidades, finalidades e realidade do educando e da sociedade e os professores darão suporte para essa construção.Aos educadores, caberá ter clareza nos objetivos a serem alcançados, estabelecendo uma prática pedagógica para o sujeito e para o grupo, buscando uma mudança. Além disso, deverão proporcionar aos alunos, atividades que tenham caráter de confronto, desafio e experimentação, para que o sujeito sinta a necessidade da busca e o prazer do encontro, e seja encorajado a ser, a conhecer, a fazer e a conviver. Para isso, partiremos dos seguintes princípios:

que o conhecimento se constrói a partir de conhecimentos anteriores;

que o conhecimento se dá no sujeito por sua ação sobre o objeto; que os sujeitos aprendem em tempos diferentes e na interação com

o objeto de estudo; que o conhecimento se dá por aproximações sucessivas e não de

uma só vez.

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que aprender consiste em adquirir capacidades de analisar, decompor e recompor, aplicando a síncrese, a análise e a síntese;

que o sujeito, diante da situação problema, elabora hipóteses explicativas e as rompe através da formação de novos esquemas mentais;

que o aluno não aprende na reprodução e na passividade. Que a interdisciplinaridade, oferece padrões de qualidade,

tornando os conteúdos mais significativos e integrados.Quanto à relação professor-aluno, acredita-se que o papel do

educador é insubstituível, mas acentua-se também a participação do aluno no processo. O aluno, com sua experiência imediata num contexto cultural, participa na busca da verdade, ao confrontá-la com os conteúdos e modelos expressos pelo professor.

O Professor, por sua vez, não se contentará em apenas satisfazer necessidades e carências, mas buscará despertar outras necessidades, acelerar e disciplinar métodos de estudos, exigir o esforço do aluno, propondo conteúdos e situações compatíveis com suas experiências de vida para que o aluno construa sua aprendizagem e participe de forma ativa na construção do seu conhecimento.

5.8 . Avaliação no contexto escolar

A prática de avaliação, objetiva analisar as condições atuais do desempenho escolar do aluno, as habilidades emergentes, os aspectos socioculturais, a relação professor aluno e o contexto educacional como um todo. Trata-se de uma prática de avaliação de cunho não classificatório e seletivo, que reforce uma visão prática excludente.

FinalidadeEste processo de avaliação, possibilita a identificação dos sucessos,

das dificuldades e fracassos, apoiando encaminhamentos e tomadas de decisões sobre ações necessárias, sejam elas de natureza pedagógica,

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estrutural ou administrativa. As informações obtidas permitem conhecer, descrever, compreender, explicar, prever e formular um juízo de valor acerca da realidade avaliada e permitem também tomar decisões educativas, sociais e terapêuticas, para prevenir possíveis distorções ou disfuncionalidades, ou para modificar e, em suma, otimizar - quando necessário - a realidade avaliada. Esta avaliação configura-se tanto como uma prática de investigação do processo educacional quanto como um meio de transformação da realidade escolar. É a partir da observação, da análise, da reflexão crítica e do registro sobre a realidade/contexto, pelos profissionais envolvidos nesse modo de avaliar, que se estabelecem as necessidades, prioridades e as propostas de ação para os processos de ensino e de aprendizagem, proporcionando informações a fim de melhorar a ação docente do professor e a aprendizagem dos alunos.

OBJETIVOS OBJETIVOS Obter informações sobre o processo de ensino e de aprendizagem. Analisar o contexto da aprendizagem e decidir qual tipo e

intensidade do apoio requerido pelo aluno. Detectar e prevenir as dificuldades de aprendizagem antes que elas

se agravem. Buscar soluções e alternativas para a remoção de barreiras da

aprendizagem, através de medidas de intervenção pedagógicas. Promover um ensino de melhor qualidade para todos. Tomar decisões quanto ao processo avaliativo para identificação das

necessidades educacionais. Promover uma participação efetiva do professor especializado no

processo avaliativo. Instrumentalizar o professor da Classe Comum para que ele se torne

um avaliador-investigador de seu aluno em sala de aula. Envolver a equipe pedagógica do Núcleo Regional da Educação

(NRE), da escola e o professor especializado, junto ao professor da classe comum, na tomada de decisão quanto ao tipo e intensidade de apoio que o aluno irá necessitar.

Propor flexibilização curricular.

O que avaliar As estratégias utilizadas pelo aluno para a aprendizagem. Contexto sociocultural em que se encontra inserido este aluno. Desenvolvimento motor, cognitivo, socioafetivo e escolar deste

aluno.

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A metodologia utilizada pelo professor na realização das intervenções no dia a dia.

Identificar os conhecimentos do que o aluno manifesta na sala de aula (conhecimentos prévios, cultura, assim como as dificuldades/necessidades individuais), em relação aos novos conteúdos de aprendizagem.

Como avaliar Realizar entrevistas (professor, equipe técnico pedagógica, família,

aluno). Observar o aluno no coletivo e no individual. Analisar a produção do aluno (material escolar). Investigar as áreas do desenvolvimento: cognitivo, motor, afetivo e

social e áreas do conhecimento: acadêmico. Utilizar testes formais somente quando necessário e em situações

específicas. Utilizar instrumentos como: observações, jogos, avaliação dos

conteúdos pedagógicos e outros. Registar todas as informações possíveis, no decorrer do processo

avaliativo valorizando os aspectos qualitativos sobre os quantitativos.

Pessoal envolvido Todos os profissionais da escola responsáveis pelo processo de

ensino e de aprendizagem. Professor especializado, professores da classe comum e profissionais

capacitados psicólogos, pedagogos, entre outros). Família do aluno. Equipe pedagógica do NRE. Contexto sociocultural em que se encontra inserido este aluno. Desenvolvimento motor, cognitivo, socioafetivo e escolar deste

aluno. A metodologia utilizada pelo professor na realização das

intervenções no dia a dia. Identificar os conhecimentos do que o aluno manifesta na sala de aula

(conhecimentos prévios, cultura, assim como as dificuldades/necessidades individuais), em relação aos novos conteúdos de aprendizagem.

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5.8.1 - A Avaliação na Escola Estadual do Campo Getúlio Vargas

A avaliação é uma das dimensões do processo de aprendizagem. Há uma íntima relação entre os processos de formar, ensinar, aprender e avaliar. Como todo conhecimento ocorre a partir de um saber prévio, o que se deve fazer é avaliar o que o aluno já traz em sua bagagem, deixar que ele se expresse, para interagir com o que ele já sabe, favorecendo a construção do conhecimento em seus níveis mais complexos. Dessa maneira, a avaliação vai se incorporando ao trabalho e passa a ser o acompanhamento do processo de construção de cada aluno. Opõe-se ao modelo classificatório de "transmitir - verificar - atribuir conceitos", dando lugar à ação, ao movimento, à provocação, na tentativa de reciprocidade intelectual entre os sujeitos da ação educativa. Nessa ótica, professores e alunos buscam coordenar seus pontos de vista, trocando ideias, discutindo-as, reorganizando-as. O processo avaliativo não tem a finalidade de estabelecer conceitos de aprovação e reprovação. Sua finalidade é verificar o nível de aprendizagem e a validade do processo. Como a aprendizagem nunca é linear, ela acontece por ensaios, tentativas e erros, hipóteses, recuos e avanços, o aluno aprende melhor se obtiver as respostas para suas dúvidas de diversas formas: identificação de erros, sugestões e contra-sugestões, explicações complementares, revisão de noções básicas. Essa prática é parte integrante do processo educativo e garante a interação dos elementos nela envolvidos. O verdadeiro papel da avaliação deve ser concebido como problematização, questionamento, reflexão sobre a ação. Dessa maneira, ela é impulsionadora da aprendizagem. Seu verdadeiro sentido está em fornecer ao aluno informações que o ajudem a progredir até a auto-aprendizagem, mostrando-lhe o estágio em que se encontra e as razões

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do mesmo, para que utilize esse dado como guia de auto-direção, que é a meta da educação. No processo de formulação e reformulação de conceitos, a avaliação deve assumir seu papel de levar o aluno a tomar consciência de suas dificuldades, compreender o significado do que estuda, refletir sobre o que está sendo realizado e perseverar até conseguir um grau aceitável de compreensão. É preciso compreender que todo o processo é também objeto de avaliação, para que se saiba se a prática adotada em sala está favorecendo a aprendizagem. A avaliação deve estar articulada com a metodologia de trabalho. Enquanto reflexão crítica sobre a realidade, deve ajudar a descobrir as necessidades do trabalho educativo, perceber os verdadeiros problemas para resolvê-los e estar comprometida com a promoção da aprendizagem e do desenvolvimento por parte de todos os alunos, incentivando-os a enfrentar desafios. Ela é fundamental para provocar intervenção, tendo em vista a melhoria do processo de aprendizagem. Dessa maneira, vai se caracterizar pelo envolvimento de alunos e professores num diálogo franco, no sentido de superar as dificuldades encontradas no processo de aprendizagem, em função da progressão das atividades, do desenvolvimento das competências, do domínio do conteúdo e do necessário diálogo entre as áreas do conhecimento. Através do desenvolvimento do espírito de autocrítica responsável e, conseqüentemente, da auto-avaliação contínua, o educador acompanha o que foi feito e identifica o que falta fazer em relação ao processo. Para tanto, o processo deve ser proposto e não imposto, com a participação conjunta de professores e alunos, de forma direta ou indireta, conforme o caso. Para se avaliar concretamente a aprendizagem escolar, não basta a aplicação de diferentes instrumentos e testes de avaliação. É preciso, antes disso, refletir sobre o homem que a educação quer promover, o tipo

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de profissional que quer formar e a sociedade em que desenvolverá suas atividades. Avaliar, portanto, não é apenas verificar o que ficou quanto à reprodução de conhecimentos e, sim, verificar (analisar, problematizar) a produção do conhecimento, a redefinição pessoal, o posicionamento e a postura do educando frente às relações entre o conhecimento existente numa determinada área de estudo e a realidade sócio-educacional em desenvolvimento, reforçando seu caráter processual e integrador.Acredita-se que a avaliação:

é um instrumento que possibilita a identificação dos diferentes níveis de aquisição de conhecimento do aluno e também o nível de eficiência do processo de aprendizagem;

não é um fim, é um meio, pois não há chegada definitiva, mas, sim, travessia permanente;

envolve responsabilidade do professor e do aluno; possibilita o acompanhamento efetivo do processo de construção do

conhecimento, fazendo as retomadas necessárias; registra as manifestações significativas dos alunos como recurso de

reflexão sobre a prática escolar; identifica as necessidades dos alunos e do conjunto de alunos; É contínua e cumulativa.

A avaliação educacional nesta Escola seguirá as orientações contidas no art. 24 da LDBEN 9394/96, e compreende os seguintes aspectos:

Investigativa ou diagnóstica - possibilita ao professor obter informações necessárias para propor atividades e gerar novos conhecimentos;

Contínua – possibilita a superação das dificuldades do aluno sendo uma constante forma de repensar a práxis pedagógica do professor e as possibilidades dos alunos;

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Sistemática - acompanha o processo de aprendizagem do aluno utilizando alguns

instrumentos como registros em tabelas, listas de controle, diário de classe, e outros;

Abrangente – contempla a amplitude das ações pedagógicas no tempo-escola do aluno;

Permanente - permite um avaliar constante na aquisição das competências e Habilidades do aluno no decorrer do seu tempo-escola;

Somativa - caracterizada pela avaliação global, cumulativa, que expressa a totalidade do aproveitamento escolar no processo contínuo e permanente.A avaliação utilizará técnicas e instrumentos e critérios

diversificados, tais como: testes escritos, atividades significativas que avaliem as competências e habilidades desenvolvidas, trabalhos práticos, debates, seminários, experiências e pesquisas, participação em trabalhos coletivos e /ou individuais, atividades complementares propostas pelo professor, que possam elevar o grau de aprendizado do educando.

É vedada a avaliação em que os alunos sejam submetidos a uma única oportunidade de aferição. O aluno deverá ter acesso às suas atividades avaliativas corrigidas, para saber quais são seus avanços e necessidades. O professor deve analisar as avaliações realizadas pelos alunos para aperfeiçoar sua prática pedagógica.

Caberá ao professor, sempre que necessário, buscar novas metodologias de ensino, tornando a aprendizagem mais significativa para o aluno, o que provavelmente resultará numa melhor aprendizagem.

Os alunos deverão cumprir com suas responsabilidades, empenhando-se e comprometendo-se consigo, com os colegas e professores, a fim de superar as dúvidas e as dificuldades que surgirem.

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Dos pais, espera-se que participem das atividades promovidas pela escola, das reuniões, Feiras e Mostras, comparecendo sempre que julgarem necessário e demonstrando interesse pelo progresso escolar de seu filho.

Serão oferecidas atividades de aprendizagem aos alunos que não alcançarem os objetivos propostos, buscando recuperar os conteúdos e consequentemente a aprendizagem.

A avaliação está diretamente ligada à concepção de homem, de sociedade e do projeto político pedagógico da escola.

Os Critérios Gerais da Avaliação, serão definidos em cada disciplina de acordo com os planos de ensino do Professor.

5.8.2 - Instrumentos e critérios de avaliação

A avaliação, no Ensino Fundamental tem como meta um trabalho de construção conjunta de conhecimentos, respeitando o desenvolvimento natural e individual do educando, compreendendo que ele chega na 5ª série ainda criança e ali inicia sua adolescência e a escola vai ter um papel importante na formação de sua personalidade. Por esta razão, a escola deve oferecer-lhe condições para seu crescimento físico, emocional e social, de modo que o próprio educando seja agente de construção de sua história, partindo da realidade de seus conhecimentos ir ampliando suas potencialidades.

Segundo Luckesi, o que costumamos chamar de avaliação, na realidade, são instrumentos de coleta de dados para a avaliação. Ou seja, aplicar provas, testes, realizar tarefas, elaborar fichas individuais, fazer relatório, portfólio, auto-avaliação, entrevistas, não é avaliar, e sim coletar informações que podem subsidiar a avaliação. Ao fazer uso de determinados instrumentos, o professor poderá ampliar a sua capacidade

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de observação, podendo, assim, melhorar a sua prática e contribuir para aprendizagem dos alunos. A partir dos instrumentos utilizados, o professor compreende os avanços e retrocessos do aluno, dando significados às suas conquistas, possibilitando a qualidade da interação entre professor e aluno. Portanto a Avaliação no Ensino Fundamental, implica num processo de observação e análise do professor, das descobertas e manifestações dos alunos. O acompanhamento do ensino-aprendizagem deve ser realizado a partir da definição dos critérios de cada disciplina, os quais expressam a intencionalidade do trabalho do professor. Portanto, os critérios da disciplina estão voltados para o conteúdo da disciplina e são decorrentes da intencionalidade do trabalho de cada professor em relação aos seus objetivos e aos seus conteúdos e, portanto, ao seu plano de trabalho docente. Logo, esses critérios são definidos pelo professor da série e da disciplina. Portanto, quanto aos critérios gerais definidos pelo estabelecimento de ensino estes devem ser pensados sobre alguns questionamentos:

O aluno apresenta dificuldades conceituais muito significativas que o impossibilitem de acompanhar a série seguinte? Que diagnósticos foram feitos? Estão registrados? Que encaminhamentos foram realizados? Houve retomada no plano de trabalho docente? Houve retorno para os pais/responsáveis e para os alunos? Que avanços foram obtidos ou não?

O aluno apresenta dificuldades cognitivas significativas que o impossibilitem de acompanhar a série seguinte (dificuldades, distúrbios, transtornos, necessidades educacionais especiais...)? Que diagnósticos foram feitos (pedagógicos, psicológicos, psicopedagógicos, neurológicos...)? Os casos foram discutidos no

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conselho de classe anual? Que orientações foram dadas? Há registros? Que ações foram realizadas? Houve adaptações curriculares? Que avanços foram obtidos?

O aluno em questão não obteve nota para aprovação, pois não entregou avaliações nem realizou atividades? (Houve registros individuais na pasta do aluno? E a partir dos conselhos anteriores, que encaminhamentos foram feitos? Que critérios de avaliação foram usados? Que instrumentos foram utilizados? Os pais foram comunicados? Que medidas foram tomadas? Que avanços foram ou não obtidos? Em que sentido isto interferiu na não aprendizagem e, neste sentido, impossibilita ou não no acompanhamento da série seguinte?) Cumpre ainda, destacar que: Todos os critérios devem ter como

único foco a aprendizagem. A participação, atitude e comportamento não são critérios e sim possíveis determinantes sobre ela.

É preciso muito cuidado na elaboração de testes e provas. As questões devem ser elaboradas com clareza, indicando objetivamente a resposta que se quer dos alunos. É inadequado o procedimento muito comum de complicar a formulação da pergunta, para atrapalhar os alunos (as famosas “pegadinhas”, em que o aluno erra por não ter entendido a pergunta, embora saiba a resposta...). Nada deve ser cobrado que não tenha sido intensamente trabalhado durante as aulas. As provas devem cobrir todos os aspectos trabalhados e não apenas os mais difíceis... E a valoração de cada questão deve corresponder ao seu grau de complexidade.

Os próprios professores devem elaborar as provas e testes das suas classes, considerando o que foi efetivamente ensinado e a forma como foi ensinado. Assim, copiar provas já aplicadas ou questões formuladas em livros didáticos não constitui um procedimento adequado para avaliar a

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aprendizagem de determinado grupo. Do mesmo modo que nem sempre é adequado aplicar a mesma prova para todas as classes da mesma série, a não ser que o trabalho dos professores dessas classes seja bastante integrado.

5.8.3 - Procedimentos e critérios para atribuição de notas

As avaliações utilizarão técnicas e instrumentos diversificados, sempre com finalidade educativa, inclusive organização do processo fólio e portifólio, que incorporam a idéia de auto-avaliação individual e grupal.

A avaliação será realizada no processo ensino-aprendizagem, sendo os resultados expressos numa escala de 0 (zero) a 10,0 (dez vírgula zero)

O rendimento mínimo exigido para fins de promoção ou certificação deverá corresponder a aprendizagem mínima de 60% (sessenta por cento) dos conteúdos trabalhadas no decorrer do processo de ensino e aprendizagem, expresso pela nota 6,0 (seis virgula zero) de acordo com as Instruções emitidas pela SEED.

Os resultados das avaliações dos alunos serão registrados em documentos próprios, a fim de que sejam asseguradas a regularidade e autenticidade da vida escolar do aluno.

O aluno com necessidades educacionais especiais, será avaliado não por seus limites, mas pelos progressos apresentados no decorrer do processo de ensino e aprendizagem.

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5.9. - Recuperação de estudos

A oferta da Recuperação de Estudos significa reparar o erro como hipótese de construção do conhecimento, de aceitá-lo como parte integrante da aprendizagem possibilitando a reorientação dos estudos. Ela se dará concomitantemente às avaliações nas quais o aluno não atingiu a média mínima, realizada de acordo com os objetivos não atingidos.

A recuperação será individualizada, organizada com atividades significativas, com indicação de roteiro de estudos com referencia aos objetivos que o aluno deixou de atingir.

Assim, aos alunos que não atingirem a média mínima exigida, será oportunizada a recuperação de estudos por meio de atividades e instrumentos de avaliação de acordo com o contido no Regimento Escolar.

A Recuperação estará condicionada a realização de todas as atividades significativas, com referencia aos conteúdos a serem recuperados ou outras atividades solicitadas pelo professor. Se o aluno, após todo o processo de recuperação, ainda não obtiver os conhecimentos mínimos exigidos, será encaminhado ao Conselho de Classe, que opinará sobre os procedimentos a serem utilizados para superação de suas dificuldades.

5.10 - Recuperação paralela

Como a escola utiliza o sistema bimestral de avaliação, entendido como processo, oferece também a (re) avaliação, na qual alunos e professores têm a oportunidade de retomar os conteúdos não apreendidos ou não compreendidos.

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A chamada recuperação paralela é realizada durante todo o ano letivo, dentro do processo de ensino. O ano letivo se inicia em fevereiro e, durante este mês, recomenda-se que os professores procurem fazer uma revisão dos conteúdos necessários para dar continuidade ao processo. A recuperação paralela não visa apenas recuperar nota o objetivo maior é recuperar a compreensão dos conteúdos ministrados.

5.11 - Aproveitamento de estudos

De acordo com a Legislação vigente, o aluno terá direito ao aproveitamento de estudos após a análise de seu Histórico Escolar ou Declaração de detalhada da Instituição de origem apresentado por ocasião da matrícula.

O aluno poderá requerer aproveitamento de estudos concluídos com êxito equivalente às disciplinas constantes da Matriz Curricular deste Estabelecimento de Ensino, de acordo com a Legislação vigente e o Regimento Escolar aprovado.

5.12 - Classificação

Classificação é o procedimento que o estabelecimento adota, segundo critériospróprios, para posicionar o aluno em série, fase, período, ciclo ou etapa compatível com a idade, experiência e desempenho, adquiridos por meios formais e informais. A classificação pode ser realizada: a) Por promoção, para alunos que cursaram com aproveitamento a série, etapa, ciclo, período ou fase anterior na própria escola.

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b) Por transferência, para candidatos procedentes de outras escolas do país ou do exterior, considerando a classificação na escola de origem;

c) Independente de escolarização anterior, mediante avaliação feita pela escola, que defina o grau de desenvolvimento e experiência do candidato e permita sua inscrição na série, ciclo, período, fase ou etapa adequada.

A classificação não se aplica para o ingresso na primeira série do Ensino Fundamental . A classificação tem caráter pedagógico, centrado na aprendizagem e exige as seguintes medidas administrativas para resguardar os direitos dos alunos, das escolas e dos profissionais:

Proceder à avaliação diagnóstica documentada pelo professor ou equipe

pedagógica;

Comunicar ao aluno ou responsável a respeito do processo a ser iniciado para

obter deste o respectivo consentimento;

Organizar comissão formada por docentes, técnicos e direção da escola para

efetivar o processo;

Arquivar atas, provas, trabalhos ou outros instrumentos utilizados;

Registrar os resultados no histórico escolar do aluno.

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5.13 - A Reclassificação:

É o processo pelo qual a escola avalia o grau de desenvolvimento e

experiência do aluno matriculado, levando em conta as normas curriculares gerais, a fim de encaminha-lo ao período de estudos compatível com sua experiência e desempenho, independente do que registre o seu histórico escolar. Ficam vedadas a classificação ou reclassificação para etapa inferior a anteriormente cursada. 5.14 - ELEMENTOS CONSTITUTIVOS DO TRABALHO DOCENTE

a) Plano de Trabalho Docente - Planejamento e metodologia

O Plano de trabalho docente ou planejamento será feito por etapa letiva sendo que cada professor é responsável pelo planejamento do trabalho diário a ser desenvolvido em sua turma. Para desenvolver o currículo e atingir o objetivo de promover a aprendizagem é indispensável um bom planejamento. O professor deve elaborar o seu planejamento tendo sempre em mente PARA QUEM se planeja. Isto significa levar em conta o seu aluno real. A segunda pergunta é o QUÊ ensinar para esta ou aquela turma. Isto remete ao conteúdo que deve ser selecionado para fazer a ponte entre o que o aluno já sabe, o que ele precisa aprender e os objetivos que se pretende atingir. Em seguida, o professor deve estabelecer o COMO proceder para que o aluno supere o patamar em que se encontra para chegar aonde se deseja . o passo seguinte é a metodologia (de que jeito fazer) para que o que se planejou seja concretizado, isto implica em prever atividades, problematizar e formular hipóteses, assim como verificar os recursos materiais que serão necessários.

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Assim como não se levanta um prédio sem plantas e cálculos, não se constrói a educação sem planejamento. A formula para planeja é simples: primeiro define-se os objetivos, pensando nos interesses e nas possibilidades do aluno. Depois o caminho para alcança-los, com materiais e espaços, técnicas e tempo disponíveis. Entre o primeiro e o ultimo ponto é preciso caminhar muito, mas o professor que faz o percurso encontra a chave do sucesso.

b) Dos recursos didático-pedagógicos Computadores, Internet, rádio, filmes, livros paradidáticos, pesquisas e excursões são recursos que deverão ser amplamente utilizados, sobretudo nas disciplinas cujos conteúdos favoreçam o trabalho, quais sejam: História, Geografia, Língua Portuguesa, Ed. Religiosa e Ciências. Outros recursos poderão ser acrescentados de acordo com as necessidades e as possibilidades.

d) Dos tipos de aula ministrados Para o desenvolvimento do fazer pedagógico, a Escola privilegiará, o projeto de aprendizagem desenvolvido por alunos e professores e todas as formas que favoreçam o trabalho coletivo como aulas expositivas, seminários, trabalho em grupos, em duplas, etc. Cada professor dentro na sua disciplina no espaço da sala de aula terá a liberdade de divulgar o saber de acordo com o seu planejamento, fazendo as alterações que forem necessárias no decorrer da aula. E bom lembrar que toda a aula começa muito antes do momento de entrar em classe. Algumas vezes, é preciso gastar horas para organizar materiais e espaços. Em outras apenas alguns minutos. Mas sempre existe um esforço para preparar o plano de aula a ser desenvolvido em cada turma e para cada conteúdo.

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e) A Biblioteca como espaço pedagógico A biblioteca deve oferecer oportunidades de trabalho individual ou coletivo sob a orientação de seus funcionários e/ou professores que acompanharão seus alunos.

f) Do dever de Casa As atividades extra-classe representam uma oportunidade de auto-educação, de opção e de realização pessoal do educando além de reforçar a aprendizagem sobre os conteúdos ministrados. Cada professor deve planejar junto com seus alunos os exercícios que deverão ser feitos em casa objetivando a fixação e o enriquecimento do conteúdo estudado. Cabe ao professor avaliar a quantidade e a periodicidade das tarefas de casa para que este recurso, de fato, alcance os objetivos propostos. A lição de casa é importante e deve ser freqüente. Entre outras funções a lição de casa dá ritmo ao estudante e cria uma rotina. A orientação pedagógica da Escola é que o professor deve dosar o dever de casa para que este seja agradável e proveitoso. Cada professor deve usar de sua metodologia para a adoção do dever de casa, lembrando que a lição de casa deve ser sempre corrigida, pois os alunos se frustram quando o professor dá uma tarefa que não tem devolução , ficam com a sensação que a lição não tem função de para a aprendizagem e associam a lição com castigo. A escola precisa competir com as novas maneiras de se acessar e trabalhar a informação, preparar o jovem para esse novo mundo em que o concreto e o virtual entrelaçam tornando quando impossível a sua dissociação, na cultura a mídia tem influenciado de maneira espantosa a vida das pessoas, é ela quem dita conceitos, pré-conceitos, moda, etc. apresenta coisas boas mas também coisas ruins, e influencia de maneira direta o comportamento das crianças e jovens – não esqueçamos que a

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mídia está diretamente ligada ao consumismo porque é o consumo que a sustenta. É também uma oportunidade de desenvolver o espírito critico. A escola não pode ignorar o poder da mídia, uma maneira de utilizar a mídia é através do dever de casa – o professor pode planejar atividades de acordo com filmes ou programas que a TV apresenta. g) Da fixação dos conteúdos Além das tarefas para casa, recursos como pesquisas, jogos e exercícios em sala de aula serão usados para a fixação dos conteúdos.

h) O Livro Didático O livro didático é apenas um recurso. Sendo o conhecimento uma abstração incompleta e precária da realidade, a ser construída pelo educando, qualquer livro é apenas uma delas, correspondendo a compreensão de um autor em um determinado momento. É assim que aluno e professor deve considerar qualquer livro inclusive o livro didático. É necessário que aluno e professor utilizem mais que um livro para construir se u conhecimento diante do que está sendo posto teoricamente. Sendo assim o livro didático é apenas mais um recurso a ser usado no processo de ensino-aprendizagem consoante com o currículo proposto e o planejamento do professor. No ensino das disciplinas no âmbito nacional, estruturado pelo governo federal, há uma metodologia como forma não simplesmente de apoio pedagógico para os professores, mas material seguido detalhadamente pela maioria dos docentes, os livros didáticos. Tais materiais, muitas vezes, influenciam os professores e estes adotam a postura pedagógica de acordo com a forma organizacional do livro didático. Enfim, o livro didático utilizado pelo professor que transmitirá os conhecimentos e as possibilidades de ensino em muitas salas de aula. Apesar das inúmeras transformações no âmbito educacional, o livro didático continua sendo o

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principal (e muitas vezes o único) instrumento de ensino para o labor dos professores; a importância dos mesmos é elevada, uma vez que influenciaram pensam.

i) Do uso de recursos áudio - visuais Sessões de cinema, dentro ou fora da Escola, TV, vídeo, música (discos e fitas), Sala de Informática, Laboratório de Ciências, Stúdio da Rádio Escola e retropojetor são recursos que a escola de viabilizar para atender aos interesses dos alunos e para o enriquecimento das atividades.

j) Das atividades de Comunicação Teatro, dramatizações, jograis, músicas e programações de rádio são atividades que estarão avaliando ou fixando conteúdos ou conceitos e possibilitando o desenvolvimento da comunicação escrita e/ou oral.

l) Da Seleção dos Conteúdos O conteúdo é determinado pelas necessidades e interesses dos alunos levando-se em consideração a realidade dos mesmos, o momento, e a proposta Pedagógica e as Diretrizes Curriculares.

m) Recuperação Sendo a avaliação da E.E. Getúlio Vargas deve ser contínua e cumulativa, constará de: a) provas;b) pesquisas;c) seminários;d) trabalho em equipe;e) trabalhos individuais. A recuperação ocorrerá paralelamente ao período letivo e das seguintes formas:

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a) repetição pelo professor do conteúdo não aprendido. Em todas as situações de recuperação de aprendizagem deverá ocorrer: nova avaliação anulando a de resultado insatisfatório, substituindo o conceito anterior;b) trabalho em grupo, colocando um aluno monitor para ajudar o colega que apresenta habilidades não vencidas, nos diversos conteúdos curriculares;c) exercícios de revisão e fixação com correção e participação do aluno.

n) Atividades Culturais, Sociais e Cívicas A programação das atividades culturais devem constar no Calendário Escolar, que são:

Feira de Ciências Mostra Literária Atividades cívicas. Dia do Índio Dia da Pátria Proclamação da República Dia da Bandeira Dia Internacional da mulher Dia Internacional da consciência negra Páscoa Dia das Mães ou Festas da Família Festa Junina Dia dos Pais Dia do Estudante Dia da Criança Dia do Professor Dia do negro (20/11)

Objetivos das atividades culturais, sociais e cívicas:

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Socialização; Envolvimento das famílias e da comunidade escolar; Desenvolvimento da linguagem e do espírito de cooperação; Sensibilização para manifestações folclóricas e artísticas em geral.

5.15 - PRINCÍPIOS DE INTEGRAÇÃO E ENTROSAMENTO ENTRE O TRABALHO DOCENTE E AS DISCIPLINAS

5.15.1 - Da Contextualização

A contextualização e a interdisciplinaridade, são aliadas. Podemos entender, que interdisciplinaridade é a mobilidade dos conhecimentos das mais diversas disciplinas, uma interação entre saberes, independente de separação por matérias, por exemplo em uma aula de história podemos nos utilizar dos conhecimentos da literatura, da geografia, da matemática e assim sucessivamente, fazer interfaces com qualquer disciplina. O significado de contextualização é:“... a existência de um referencial que permita aos alunos identificar e se identificar com as questões propostas. Essa postura não significa permanecer no nível de conhecimento que é dado pelo contexto mais imediato, nem muito menos para o senso comum, mas visa gerar a capacidade de compreender e intervir na realidade, numa perspectiva autônoma e desalienante.” ( MEC, 1996) .

Portanto, contextualizar o conteúdo é trazer importância para o cotidiano do aluno, mostrar que os conhecimentos gerados dentro de uma sala de aula tem aplicação prática na vida das pessoas como um todo, fazer com que os alunos sintam que o saber não é apenas acumulo de conhecimentos técnico-científicos mas as ferramentas para enfrentar um mundo de significações.

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5.15.2 – Interdisciplinaridade

Entendemos o enfoque Interdisciplinar, dentro do espaço educacional como uma contribuição imprescindível para reflexão e o encaminhamento de solução às dificuldades relacionadas ao ensino e à aprendizagem que tenta investigar a forma de como o conhecimento está sendo colocado no processo educacional. Embora, sendo a Escola um espaço de construção do conhecimento, se faz necessário que as ações educacionais por elas desenvolvidas contribuam na formação de seus educandos por inteiro. Esta característica se faz necessário para que possam saber lidar com as diversidades do contexto social em que vivem. Observa-se que a falta de contato do conhecimento com o ensino ministrado parece ser ainda hoje uma característica bastante acentuada pois, " muito do que se aprende na escola nada tem a ver com a realidade" (Luck, 1998). O conhecimento se faz necessário por inteiro, a aquisição de conhecimentos e habilidades isolados e descontextualizados pouco contribuem para a formação de pessoas capazes de participar de uma sociedade que torna-se cada vez mais complexa. A busca de soluções por aspectos isolados, têm elevado o nível de angústia em que vive a sociedade na busca de solução de problemas. (Luck , 1998). A Interdisciplinaridade tem como objetivo promover a superação da visão restrita de mundo e a compreensão da realidade. O Pensar interdisciplinar parte do princípio de que nenhuma forma de conhecimento é em si mesma racional. Tenta, pois, o diálogo com outras formas de conhecimento, deixando-se interpretar por elas". (Fazenda, 1993).

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Sabemos que a questão Interdisciplinar desempenha um papel fundamental na realização dos objetivos dentro de um projeto pedagógico pois pela Interdisciplinaridade forma-se o elo de ligação entre as disciplinas e os conhecimentos gerando novos conceitos. A visão Interdisciplinar visa, portanto, estabelecer a ligação para que a cada momento, em que cada circunstância, se veja o homem por inteiro, reconhecendo a interação lógica entre a dimensão materialista e espiritualista, corpo-alma.. O elemento fundamental na orientação do trabalho interdisciplinar é promover a compreensão do conhecimento do sujeito consigo mesmo, com seus pares, com o produto social do seu trabalho e com a natureza, de modo que este se veja como um ser global onde alunos e professores participam do processo. Privilegiando a prática de uma educação em que ambos se visualizem por inteiro, é possível estabelecer uma mudança de atitude a respeito da formação e ação do homem, quanto aos aspectos afetivos, éticos, racionais, lógicos e objetivos. Ao falarmos de Interdisciplinaridade devemos entender que, embora muitos professores ainda tenham ouvido falar recentemente, ela faz parte do espaço escolar há algum tempo procurando a superação de um problema que muito aflige os professores – a transmissão do conhecimento. Portanto, a Escola Estadual Getúlio Vargas, entende a Interdisciplinaridade como uma caminhada de construção do conhecimento significativo e da prática pedagógica eficaz que conduz a uma nova visão, mas ao mesmo tempo se distancia do sentido de inovação e se caracteriza como transformação, para que aluno e professor dentro de seu contexto histórico, crie seu próprio caminho, ampliando sua capacidade de pensar e refletir sobre sua própria realidade.

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5. 16 – OS TEMAS SOCIAIS: Meio Ambiente, orientação Sexual, Multiculturalismo,

Educação para a Saúde e Ética5.16.1 – O Meio Ambiente

A questão ambiental vem sendo considerada como cada vez mais urgente e importante para a sociedade, pois o futuro da humanidade depende da relação estabelecida entre a natureza e o uso pelo homem dos recursos naturais disponíveis. Essa consciência já chegou à escola e muitas iniciativas têm sido desenvolvidas em torno desta questão, por educadores de todo o País. Por estas razões, vê-se a importância de se incluir a temática do Meio-Ambiente, permeada em toda prática educacional.

5.16.2 – A orientação sexual

Ao tratar do tema Orientação Sexual, busca-se considerar a sexualidade como algo inerente à vida e à saúde, que se expressa desde cedo no ser humano. O papel do homem e da mulher, o respeito por si e pelo outro, as discriminações e os estereótipos a eles atribuídos em seus relacionamentos, a AIDS, entre outros, são problemas atuais e preocupantes daí a importância de se incluir Orientação Sexual nos currículos, permeando todas as áreas e relacionando-o aos demais temas curriculares sempre discutindo com os alunos o respeito à diversidade e as orientações sexuais de cada indivíduo.

5.16.3 - Multiculturalismo - Pluralidade Cultural

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Há muito se diz que o Brasil é um país rico em diversidade étnica e cultural, plural em sua identidade: é índio, afro-descendente, imigrante, é urbano, sertanejo, caiçara, caipira... Contudo, ao longo de nossa história, têm existido preconceitos, relações de discriminação e exclusão social que impedem muitos brasileiros de ter uma vivência plena de sua cidadania.

A Escola deve abordar essas questões, enfatizando as diversas heranças culturais que convivem na população brasileira, oferecendo informações que contribuam para a formação de novas mentalidades, voltadas para a superação de todas as formas de discriminação e exclusão.

5.16.4 - Educação para a saúde

O ensino de saúde tem sido um desafio para a educação, no que se refere à possibilidade de garantir uma aprendizagem efetiva e transformadora de atitudes e hábitos de vida. As experiências mostram que transmitir informações a respeito do funcionamento do corpo e descrição das características das doenças, bem como um elenco de hábitos de higiene, não é suficiente para que os alunos desenvolvam atitudes de vida saudável. É preciso educar para a saúde levando em conta todos os aspectos envolvidos na formação de hábitos e atitudes que acontecem no dia-a-dia da escola. Por esta razão, Educação para a Saúde será tratada permeando todas as áreas que compõem o currículo escolar.

5.16.5 – Ética

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Seria um erro pensar que, desde sempre, os homens têm as mesmas respostas para certas questões.. Com o passar do tempo, as sociedades mudam e também mudam os homens que as compõem. Na Grécia antiga, por exemplo, a existência de escravos era perfeitamente legítima: as pessoas não eram consideradas iguais entre si, e o fato de umas não terem liberdade era considerado normal. Hoje em dia, ainda que nem sempre respeitados, os Direitos Humanos impedem que alguém ouse defender, explicitamente, a escravidão como algo legítimo.

O tema Ética, portanto, não é novo, mas é novo ter uma visão que possibilite abrir discussões sobre este assunto no contexto escolar.

5.17 – Cultura Afro Brasileira e Indígena

Ao longo da nossa história, o povo africano e seus descendentes têm contribuído enormemente para o desenvolvimento de uma cultura brasileira, em seus vários aspectos. Entretanto, sempre houve, por parte da sociedade do nosso país, o não -reconhecimento e a discriminação velada dessa contribuição. Certamente com o objetivo de reverter esse quadro, o MEC estabeleceu, em junho de 2004, Diretrizes Curriculares Nacionais, para a Educação das Relações Étnico-raciais e para o Ensino de História e da Cultura Afro-brasileira e Africana. O ensino sistemático de História e de Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena, na Educação Básica, nos termos da Lei 11.645/2008, refere-se aos componentes curriculares de Arte, Literatura e História do Brasil. As novas disposições legais devem ser observadas pelas Instituições de Ensino que atuam nos níveis e modalidades da Educação Brasileira, e, especialmente, por aquelas que oferecem programas de educação inicial e continuada de professores. Na avaliação das condições de funcionamento dos

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estabelecimentos de ensino, será levada em consideração a observância das referidas Diretrizes. A lei nº 10.639, de 2003, alterou a LDB e passou a exigir que as escolas brasileiras de ensino fundamental e médio incluíssem no currículo o ensino da história e cultura afro-brasileira. O fato foi considerado pelos movimentos de luta dos negros em todo o país como um importante passo. Sua aplicação prática, no entanto, ainda é desafio para toda a comunidade escolar, especialmente para os professores: como sair da teoria? Como e onde buscar material? O conteúdo programático, conforme a lei, incluirá o estudo da História da África e dos africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional, resgatando a contribuição do povo negro nas áreas social, econômica e política pertinentes à História do Brasil. A lei especifica ainda que o assunto referente à temática "História e Cultura Afro-Brasileira" será ministrado, em especial, nas áreas de Educação Artística, Literatura e História. A lei determina também que o calendário escolar inclua o dia 20 de novembro como "Dia Nacional da Consciência Negra". Sendo assim a Cultura Afro Descendente está inserida na proposta Pedagógica da Escola, especificamente nas disciplina de Literatura, Educação Artística, Educação Física e História, com conteúdos próprios, metodologia e avaliação, assim como a Cultura Indígena nos termos da Lei 11.645/2008.

5.18 – As Equipes Multidisciplinares

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As Equipes Multidisciplinares foram instituídas no ano de 2010 pela Resolução nº 3399/2010. As equipes multidisciplinares, nos estabelecimentos de ensino, deverão ser compostas seguindo a referida Resolução respeitando os portes das escolas e, preferencialmente, de acordo com a seguinte conformação: Podem participar professores QPM, PSS, funcionários, PDE, readaptados, comunidade escolar, instâncias colegiadas, diretores, pedagogos, pais, mães, alunos, movimentos sociais, funcionários da prefeitura, ONGs,professores de instituições de ensino superior, representantes das comunidades indígenas e quilombolas, etc. A equipe deverá ter um coordenador responsável pela organização dos trabalhos, documentação e para o contato e diálogo com o NRE.

As alterações na composição das Equipes devem ser registradas em Ata. OCoordenador da Equipe deverá também providenciar todos os documentos necessários, tais como o Termo de Homologação, Ficha de Inscrição, etc., de acordo com as instruções do Departamento da Diversidade da SEED.

O Coordenador da Equipe no estabelecimento de ensino e o técnico responsável pela demanda no NRE deverão atualizar, sempre que necessário, os dados dos componentes das Equipes.

A equipe Multidisciplinar deve promover encontros de estudo com a comunidade escolar com objetivo auxiliar os professores na construção de uma prática escolar que lhes possibilite tornarem-se sujeitos ativos na melhoria da educação, a partir do debate, reflexão, troca de experiências e produção do conhecimento.

5.19 – A Educação Fiscal

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A Educação Fiscal na Escola é uma obrigatoriedade deste momento histórico. A velocidade com que as mudanças estão ocorrendo em todas as áreas são bastante evidentes e cada vez mais cresce a consciência de que o conhecimento é a mola mestre do desenvolvimento. Sendo assim a Educação em seu papel de formadora de indivíduos não pode ficar distante da formação para a Educação Fiscal, pois a concretização da garantia dos direitos do cidadão, inclui-se direitos políticos e sociais.

A discussão do tema EDUCAÇÃO FISCAL na escola visa a conscientização da sociedade quanto a função do Estado em arrecadar impostos e ao dever do cidadão contribuinte em pagar e fiscalizar a aplicação dos tributos arrecadados pelo Poder Público.

Sendo assim, compreendemos que a Educação Fiscal é um trabalho de sensibilização da sociedade para a função socioeconômica dos tributos e para o desenvolvimento de uma consciência de cidadania. Procura incentivar as pessoas a compreenderem não só a importância de cumprirem com suas obrigações tributárias, mas também a de acompanharem a aplicação e gestão dos recursos públicos pelo governo. Entretanto, para que a transformação social almejada seja bem sucedida deve pautar-se, necessariamente, em ações educativas de caráter permanente e sistemático, de modo que possam abranger e mobilizar, gradativamente, todos os setores e camadas da sociedade.

Nesse contexto, dois grupos sociais destacam-se por sua importância. De um lado, o educador, por sua indiscutível competência para formar cidadãos mais conscientes e participantes da vida em sociedade. De outro, o funcionário público que, no desempenho de seu papel de cidadão e também de servidor, deve estar atento para o fato de que, sendo um representante do Estado, precisa reagir à inépcia da burocracia e fazê-la funcionar para o bem da coletividade.

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A experiência de países mais avançados apresenta como solução, ou seja, a partir da escola, disseminar conhecimentos sobre “educação tributária, educando o cidadão para viver em sociedade, exercendo a plena cidadania”. Pelo conhecimento as pessoas serão capazes de desenvolver melhor consciência da função social do tributo. A partir desta consciência estarão aptos a sensibilizar a sociedade para a função socioeconômica do tributo, para a necessidade de controle social sobre a gestão dos recursos públicos, a fim de que sua aplicação se faça em benefício da população e do pagamento voluntário de tributos.

É Importante lembrar sempre a função social do tributo como forma de atuação na redistribuição da Renda Nacional funcionando como elemento de justiça social. O tributo é um instrumento que pode e deve ser utilizado para promover as mudanças e reduzir as desigualdades sociais.A Educação Fiscal neste Estabelecimento de Ensino será desenvolvida por meio de mini projetos em todas as disciplinas do Currículo.

5.20 - MATRIZ CURRICULAR

Fundamentada na Lei nº 9.394/96 e nas normas gerais da Educação e do Sistema de Ensino Estadual, cada Escola elabora e apresenta, para aprovação a matriz curricular, estruturada na Base Nacional Comum Parte Diversificada de acordo com a modalidade de Ensino que oferece a realidade local. A matriz curricular definida para o Ensino Fundamental contempla: 200 dias letivos, 800 horas o mínimo de horas de efetivo trabalho escolar, jornada escolar de 25 horas/aulas semanais sendo 05 dias por semana de trabalho efetivo com 05 aulas por dia de 50/minutos, em regime seriado.

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ESTADO DO PARANÁSECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO DE CAMPO MOURÃO

Estabelecimento:ESCOLA ESTADUAL DO CAMPO GETULIO VARGAS – ENSINO FUNDAMENTAL Código: 00057Entidade Mantenedora : GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁMUNICÍPIO: Engenheiro Beltrão (0750) NRE: Campo Mourão (05)Curso: 4000 - ENSINO FUNDAMENTAL -6º / 9º ANO – Turno : Diurno (Manhã ) ANO LETIVO: 2012 - Implantação Simultânea

MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL

BASENACIONAL

COMUM

ÁREAS DO CONHECIMENTO ANOS

6º 7º 8º 9º

LÍNGUA PORTUGUESA 4 4 4 4

ARTE 2 2 2 2

EDUCAÇÃO FÍSICA 2 2 2 2

MATEMÁTICA 4 4 4 4

CIÊNCIAS 3 3 3 3

HISTÓRIA 3 4 4 4GEOGRAFIA 4 3 4 4

ENSINO RELIGIOSO *ENSINO RELIGIOSO * 1 1

Total da Base Nacional Comum 23 23 23 23PARTE

DIVERSIFICADA

LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA - 2 2 2 2 TOTAL DA PARTE DIVERSIFICADA

02 02 02 02

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TOTAL GERAL DE HORAS/AULAS DO 25 25 25 25

* Opcional para o aluno 5.21 - A GESTÃO DOS ESPAÇOS PEDAGÓGICOS 5.21.1 - A Biblioteca

Biblioteca, entendida como um espaço onde não apenas o aluno seja frequentador , mas também professores e a própria comunidade . Deve ser um local privilegiado para a prática pedagógica. Tem que ser organizada para se integrar com a sala de aula no desenvolvimento do currículo escolar. Além disso a Biblioteca da Escola Estadual Getúlio Vargas tem como objetivo despertar no aluno o gosto pela leitura, desenvolvendo-lhes o prazer de ler podendo servir, também como suporte para a comunidade de Figueira d’Oeste em suas necessidades de informação.

A Biblioteca Escolar é a responsável pela execução de atividades que busquem a identidade cultural da escola, assim como prioridade nos aspectos significativos da estética, da sensibilidade e da ética da igualdade, de cada educando.

Portanto este Estabelecimento de ensino registra em se seu PPP o desejo da comunidade escolar em conquistar um espaço adequado para a implementação da Biblioteca onde os Professores poderiam atuar em conjunto com um responsável pela Biblioteca na implementação de ações dinamizadoras.

5.21.2 – O Laboratório de Ciências Físicas e Biológicas

Ciência e Tecnologia são elementos essenciais para a transformação e o desenvolvimento da sociedade atual. Esta por sua vez tem exigido, um

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volume de informações muito maior do que em qualquer época do passado, quer seja para o acesso ao mundo do trabalho, quer seja para o exercício consciente da cidadania e para as atividades do cotidiano.

A apropriação significativa do conhecimento científico, de modo a contribuir para a compreensão dos fenômenos do mundo natural, em diferentes espaços e tempos do planeta, como um todo dinâmico, como elementos em permanente interação, do corpo humano e sua integridade, da saúde como dimensão pessoal e social, do desenvolvimento tecnológico e das transformações ambientais causadas pelo ser humano, são os resultados esperados na área de Ciências do Ensino Fundamental.

As atividades de laboratório deverão auxiliar o professor no encaminhamento metodológico dos temas de estudo, propiciando a participação ativa dos educandos para facilitar a compreensão de conceitos e fenômenos.

Sendo assim, a Escola Estadual Getúlio Vargas, sente-se desprovida deste recurso tão valioso pois não conta com um laboratório equipado para atender seus alunos. E registra neste PPP o desejo de conquistar junto à mantenedora espaço físico e equipamentos para a montagem de um Laboratório de Ciências Físicas e Biológicas.

5.21.3 – O Laboratório de Informática Educativa

O Laboratório de Informática da Escola Estadual Getúlio Vargas tem como objetivo utilizar a informática para construir um cidadão, crítico, reflexivo e capaz de desenvolver-se interagindo num mundo em evolução constante, sendo assim pretendemos com o uso da informática na Escola:

Utilizar a informática como um fator motivacional à permanência do aluno na escola;

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Inserir os alunos no novo contexto de comunicação proporcionado pela informática;

Enriquecer o planejamento didático-pedagógico, capacitando o corpo docente com uma nova ferramenta de trabalho e pesquisa (Internet);

Capacitar o aluno para um novo campo de trabalho na era da informática;

Proporcionar aos estudantes acesso à tecnologia, promovendo cursos/eventos em horários ociosos do laboratório;

Favorecer o uso das mídias para melhorar o processo de ensino e aprendizagem.

5.22 - PRINCÍPIOS DA GESTÃO ESCOLAR

A questão da gestão e os novos conceitos que a fundamentam, constituem preocupação central da Administração Pública da Educação na busca de um novo paradigma.

Acreditamos que só uma administração consciente e responsável será capaz de reconduzir a escola ao seu verdadeiro papel. Para tanto, é necessário investir na gestão participativa, a fim de constituir-se um corpo de profissionais verdadeiramente engajados em seu trabalho e acionadores de uma nova proposta de educação.

Mudanças dessa ordem supõem autonomia e descentralização, por isso a Administração Pública deve ganhar espaço local. O aumento dos poderes locais supõe ampliação de responsabilidades e maior preparo dos gestores educacionais.

A gestão escolar assim concebida se configura como uma atividade conjunta dos elementos envolvidos, em que as responsabilidades são compartilhadas e os objetivos estabelecidos conjuntamente. Compartilhar

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com sua equipe e a comunidade os sonhos, as esperanças, as dúvidas e os anseios surgidos na busca de mudança parece ser uma das formas de construir uma "Nova Realidade".

A autonomia e a gestão democrática da escola fazem parte da própria natureza do ato pedagógico. A gestão democrática é uma exigência deste Projeto Político-Pedagógico.

A participação efetiva e ativa dos diferentes segmentos sociais nas tomadas de decisões, conscientiza a todos de que são atores da história que se faz no dia-a-dia da escola.

Colocar a Escola - e não mais o Governo, a Secretaria de Educação - na liderança da atividade educacional significa dar à direção das escolas a liberdade, as condições e os estímulos para tomar iniciativas, zelar pelo funcionamento cotidiano da instituição, buscar apoio e recursos na comunidade.

É preciso que a sociedade e o poder público sejam parceiros da escola para conjuntamente realizar o projeto educacional que a Escola se propõe a realizar. Focalizar a função social da escola e a gestão significa fazer da gestão pedagógica o eixo principal da organização do processo educativo, da administração central até a unidade escolar, ou seja, diz respeito à questão pedagógica em todos os níveis – do central à escola. A estratégia, portanto, deve ser a da reorganização institucional dos sistemas de ensino que leve ao fortalecimento da autonomia na organização escolar.

A gestão da escola passa a ser, então, o resultado do exercício de todos os componentes da comunidade escolar, sempre na busca do alcance das metas estabelecidas pelo projeto político pedagógico construído coletivamente. A gestão democrática, assim entendida, exige uma mudança de mentalidade dos diferentes segmentos da comunidade escolar. A gestão democrática implica que a comunidade e os usuários da escola sejam os seus dirigentes e gestores e não apenas os seus

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fiscalizadores ou meros receptores de serviços educacionais. Na gestão democrática e participativa, pais, alunos, professores, funcionários, direção e comunidade assumem sua parte na responsabilidade pelo projeto de escola.

As possibilidades de organização da sociedade civil, a elevação das demandas por melhor qualidade de vida e a compreensão mais ampla da educação como um direito e dever de todos abrem perspectivas para o fortalecimento do sistema educacional.

A descentralização, tem como objetivo último o fortalecimento da organização escolar e sua maior autonomia, que se constituirá num processo de redefinição do papel das instâncias centralizadas e de políticas pactuadas com instâncias intermediárias.O mundo contemporâneo está continuamente submetido aos desafios dos avanços de tecnologia e da globalização da economia, determinando que a gestão democrática e participativa passe a ser cada vez mais desenvolvida nas escolas públicas. Segundo Gadotti (1992), a gestão democrática da escola pública justifica-se por duas razões: 1ª - a escola deve formar para a cidadania e, por isso, ela deve dar exemplo. Portanto, é um passo decisivo no aprendizado da democracia, estando a escola a serviço da comunidade e buscando criar um espírito comunitário;2ª - a gestão democrática da escola pode melhorar o processo ensino-aprendizagem. A participação na gestão escolar proporcionará melhor conhecimento do seu funcionamento e de todos os agentes e propiciará um contato permanente entre professores e educandos. A escola tem o aluno como sujeito da sua aprendizagem.

Para tanto, no papel de articulador, educador da coletividade, o gestor escolar tem de saber ouvir, alinhavar idéias, questionar, inferir, traduzir posições e sintetizar uma política de ação com o propósito de

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coordenar efetivamente o processo educativo. A autonomia e a participação, pressupostos do projeto político-pedagógico, precisam ser sentidas nos Conselhos Escola-Comunidade.

O desafio que se coloca é a busca da identidade da escola e do educador, de acordo com seu contexto, suas características, clientela, sem perder de vista ao mesmo tempo o objetivo mais amplo: formar cidadãos que atuem e participem na construção de uma nova realidade, uma nova ordem social.

5.23 - REFLEXÃO SOBRE O TRABALHO PEDAGÓGICO

A educação é um processo dinâmico que se modifica em função das mudanças sociais econômicas e políticas. A educação está sofrendo transformações profundas, nunca antes a questão educativa esteve tão evidente na mídia, na política e no senso do cidadão comum. Não se põe em dúvida que uma sociedade educada com os valores universais baseados no respeito e na dignidade das pessoas é a garantia para assegurar uma convivência democrática. A escola é sem dúvida o local incumbido pela sociedade para realizar o processo educativo. E nossos jovens precisam habitar um espaço escolar onde reine o sonho de um mundo mais humano cercado de idéias, criatividade e beleza.Neste contexto, a Equipe Escolar tem que realizar um trabalho integrado, mobilizado forças para a melhoria constante do processo educativo.

5.24 - A formação continuada de Professores e Funcionários

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Compreendendo que a natureza da escola mudou, hoje não podemos mais ver o educador como agente reprodutor de um conhecimento adquirido. Atualmente, a escola é vista como um sistema complexo que atende uma clientela imensa e diversificada. Para tanto, o educador, hoje, precisa desempenhar tarefas específicas que possibilitem o funcionamento desse sistema. . Faz-se necessária a reciclagem da prática educacional que deverá ser feita pelo coletivo dos educadores. Essa prática implica num exame crítico e cuidadoso do papel da educação e da pratica pedagógica o educador para a construção de um no projeto social e político mais abrangente. A formação continuada dos professores visa estimular uma perspectiva crítico - reflexiva, que possibilite a busca do investimento pessoal, livre e criativo e uma identidade profissional. Esta formação não se fará somente por acumulações teóricas adquiridas em cursos, mas também por interações pessoais e troca de experiências partilhadas entre os próprios docentes. Na Escola Estadual Getúlio Vargas a Equipe Pedagógica é a responsável pela formação de professores e pretende a partir do ano letivo de 2006 mobilizar um grupo de professores para um encontro de quatro horas uma vez por mês estabelecido em calendário escolar e fora do horário das aulas em forma de grupo de estudos cujo objetivo será atualizar os conhecimentos, viabilizar trocas de experiências pedagógicas, proporcionar embasamento teórico para implantar experiências inovadoras e consolidar projetos interdisciplinares. Os funcionários a exemplo dos professores também terão oportunidade de capacitação por meio de Grupos de Estudos. No inicio do período letivo a Equipe de Direção apresentará o planejamento anual detalhado dos grupos de estudos para Docentes e não

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Docentes onde conste os temas a serem estudados e debatidos conforme abaixo especificado.

- Grupos de estudos definir programa preparar materiais Fichas de controle de frequência Definir o período dos encontros Programar os registros.

- Reuniões – Semana Pedagógica Estudo do Projeto Político Pedagógico Conhecimento do Currículo Escolar Conhecimento do Currículo da disciplina Planejamento anual Conhecimento do livro didático adotado Plano de aulas das primeiras semanas Definir o cronograma e os temas para a Educação continuada 5.25. - As Relações de trabalho Para que haja um bom relacionamento dentro de qualquer instituição de trabalho é necessário que as pessoas envolvidas estejam abertas a reflexão , aos diálogos, que se auto-avaliem, respeitando os pontos positivos e negativos. A escola é como uma orquestra. Cada professor e cada funcionário devem trabalhar em harmonia com seus colegas, senão o grupo desafina.

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É preciso que haja sempre pensamento coletivo, respeito mutuo, troca de idéias, ouçam sugestões nas tomadas de decisões. Que nunca digam “eu fiz”, mas “nós fizemos”.

O Gestor Escolar é o elemento base do trabalho coletivo. Portanto ele deve promover :

Momentos de reflexão coletiva; Encontros de todos os funcionários; Trabalhos interdisciplinares através de projetos envolvendo todos; Troca de idéias, experiência e sugestões; Palestras para alunos, funcionários e comunidade com temas atuais; Envolvimento escola x comunidade para melhorar o processo

ensino-aprendizagem. Trabalhar com os temas importantes como limites, valores, respeito,

drogas, sexualidade, trabalho e consumo, saúde, ecologia, família, etc.

O Coordenador Pedagógico deve ajudar cada professor no seu planejamento individual, oferecendo subsídios pedagógicos e materiais.

5.26. PRÁTICA TRANSFORMADORA

5.26.1 O que a escola pretende do ponto de vista político pedagógico

A finalidade da escola é promover aspectos de crescimento pessoal considerados importantes para o aluno, o que não ocorre sem ações especificamente pensadas para esse fim. Essas atividades caracterizam-se por ser a intenção de responder a um planejamento sistematizado e orientado para a ação educativa e o instrumento guia destas atividades é o Projeto Político Pedagógico.

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Devemos nos mobilizar pela garantia do acesso e da permanência do aluno na escola. Não basta esperar por soluções que venham verticalmente dos sistemas educacionais. Urge criar propostas que resultem de fato na construção de uma escola democrática e com qualidade social, fazendo com que os órgãos dirigentes do sistema educacional, possam reconhecê-la como prioritária e criem dispositivos legais que sejam coerentes e justos, disponibilizando os recursos necessários à realização dos projetos em cada escola. Do contrário, a escola não estará efetivamente cumprindo o seu papel, socializando o conhecimento e investindo na qualidade do ensino. A escola tem um papel bem mais amplo do que passar conteúdos. Porém, deve modificar a sua própria prática, muitas vezes fragmentada e individualizada, reflexo da divisão social em que está inserida.

Para que a escola seja realmente um espaço democrático e não se limite a reproduzir a realidade sócio-econômica em que está inserida, cumprindo ordens e normas a ela impostas por órgãos centrais da educação, deve-se criar um espaço para de participação e reflexão coletiva sobre o seu papel junto à comunidade.

Assim, torna-se importante reforçar a compreensão cada vez mais ampliada de projeto educativo como instrumento de autonomia e domínio do trabalho docente pelos profissionais da educação, com vistas à alteração de uma prática conservadora vigente no sistema público de ensino. É essa concepção de projeto político-pedagógico como espaço conquistado que deve constituir o elemento diferencial para o aparente consenso sobre as atuais formas de orientação da prática pedagógica. ( Pinheiro, 1998)

5.27 - Inclusão

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A perspectiva da inclusão de todos os alunos está nos princípios norteadores das ações da SEED, debatidos por profissionais da educação na construção de diretrizes curriculares onde apresentam uma linha condutora da universalização ao acesso à escola pública e gratuita para todos. No passado, o atendimento prestava-se apenas às pessoas com deficiências sensoriais (surdez, cegueira). Atualmente amplia o atendimento para altas habilidades, superdotados, indivíduos emocionalmente prejudicados pela desestruturação familiar, sujeitos com deficiências acentuadas de aprendizagem (dislescia, disgrafia etc). Há três tendências sobre as formas de praticar o processo da inclusão. Inclusão condicional - as pessoas ligadas com a educação condicionam a recepção do aluno no Ensino Regular se tivesse especialistas como auxiliar, se diminuir o número de alunos por turma, se todos os professores forem capacitados antes. Tudo isso levaria a um futuro incerto e não se concretizaria a inclusão, descumprindo o preceito assegurado na constituição. - Inclusão total - inclusão irrestrita a todos no Ensino Regular. - Inclusão responsável - quando há uma rede de apoio aos educadores, alunos e familiares, tais como: psicólogo, fonoaudiólogo, apoio pedagógico, intérprete, instrutor de libras ou serviço itinerante, que seja realizado um trabalho conjunto entre os professores da classe especial e do ensino regular. O compromisso da SEED prevê a continuidade da oferta de apoios e serviços especializados. Para a inclusão dar certo é necessário um compromisso técnico e político dos governantes, dos pais, familiares, professores, profissionais, todos os membros da sociedade. O processo de inclusão educacional exige planejamento e mudanças sistêmicas político-administrativas na

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gestão educacional, que envolvem desde a alocação de recursos governamentais até a flexibilização de currículos. Na educação, incluir significa transformar o sistema educacional, de forma a organizar os recursos necessários para alcançar os objetivos e as metas para uma educação de qualidade extensivas a todos os cidadãos, contemplando suas necessidades. Assim compreendida, a inclusão é tratada no colégio como um processo e se fundamenta em três fatores: a presença do aluno na escola enquanto sujeito como direito de, estar na escola junto aos demais colegas de sua faixa etária e na sua comunidade; a participação, o relacionamento livre de preconceito e discriminação, em ambiente acessível para que realmente todos participem das atividades escolares, com um currículo aberto e flexível e a construção de conhecimentos, assegurando ao aluno estar na escola regular, participando, aprendendo e se desenvolvendo. Essa inclusão adota um conjunto de princípios, como a valorização da diversidade pois entendemos também como necessidades educacionais Especiais não somente para caracterizar as necessidades que se relacionam aos alunos que apresentam capacidade ou dificuldades elevadas em sua aprendizagem, ou seja: ser um aluno com necessidades educacionais especiais não significa que este alunos tenha necessariamente, alguma deficiência vinculada ao seu estado físico ou intelectual, mas também quando o aluno apresenta em um dado momento de sua escolaridade necessidade de acompanhamento pela Equipe Escolar por motivos diversos, como violência doméstica, pobreza, vítima de bulling, timidez excessiva, entre outros. Cumprir o dever de incluir todas as crianças na escola supõe, portanto, considerações que extrapolam a simples inovação educacional e que implicam o reconhecimento de que o outro é sempre e implacavelmente diferente, pois a diferença é o que existe, a igualdade é

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inventada e a valorização das diferenças impulsiona o progresso educacional.

5.28 - Diversidade

A inclusão e diversidade ético racial e cultural, tem sido a preocupação desta escola, que baseado em sua linha filosófica de trabalho, busca inteirar alunos, professores e funcionários para a busca de soluções voltadas para o assunto e sua aplicação no dia a dia. O objetivo da escola não é somente voltado a integração escolar, mas integrar as pessoas dentro do âmbito social, melhorando a sua auto estima e consequentemente conscientizá-las dos seus direitos e deveres enquanto cidadãos. Existe uma necessidade de se promover esclarecimentos sobre o que é inclusão para poder traçar metodologias de trabalho com a diversidade sem alterar a rotina da Escola, pois a inclusão e a diversidade deve fazer parte do cotidiano escolar. É comum na escola identificar os alunos que apresentam problemas de conduta, dificuldades de interação, preconceitos e também déficit na aprendizagem. É preciso que todos na escola compreendam que a escola inclusiva não é aquela que pensa somente nas pessoas com necessidades especiais, físicas e mentais , mas também nas pessoas que precisam de integração, orientação e respeito.

Trabalhar com os diferentes implica desenvolver a cultura do respeito com os “diferentes’’ para resgatar a dignidade dos segregados, como: negros, indígenas, pobres, gordos, velhos, crianças abandonadas e de ruas, os marginalizados, gays, lésbicas, bissexuais, entre outros. As pessoas são diferentes de fato em relação à cor da pele e dos olhos, quanto ao gênero e à sua orientação sexual, como referências às origens

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familiares e regionais, nos hábitos e gostos no tocante ao estilo. Em resumo, os seres humanos são diferentes, pertencem a grupos variados , convivem e desenvolvem-se em culturas distintas. E temos garantido em Lei o direito à diferença.

Portanto, no que se refere a educação, a tradução desse direito compreende a construção de um conhecimento dialógico no qual as diferenças se completam, e não sejam fatores de exclusão, e para isso a escola propõe um currículo aberto e flexível, oportunizando a reflexão crítica sobre a história dos estigmatizados, dos colonizados, dos dominados. E que aqueles que oficialmente, foram tidos como coadjuvantes da história passam a protagonizantes da nova história.

5.29 Regime escolar

No ato da matrícula o aluno e seu responsável receberá as orientações sobre o funcionamento da Escola, as formas de atendimento e as demais informações constante no Regimento Escolar e no Regulamento Interno.

Os alunos tomarão ciência de seu aproveitamento escolar por meio do Boletim Escolar bimestralmente distribuídos.

5.30 RECURSOS FÍSICOS QUE A ESCOLA DISPÕE PARA REALIZAR O SEU PROJETO

5.30.1 – Recursos Físicos e materiais A educação é um dos fatores mais importantes para o bem estar do indivíduo, constituindo-se um pré - requisito essencial para a vivência

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saudável de todos os demais aspectos da vida moderna. Por isso, consideráveis somas de recursos são destinadas ao crescimento progressivo ou, pelo menos, à manutenção de um nível educacional de qualidade. Para que esse nível seja atingido o sistema educacional deve ser eficiente, eficaz e eqüitativo. Eficiente por operar otimizando a utilização dos recursos; eficaz por atender às necessidades e expectativas dos beneficiários da ação educacional; e eqüitativo por proporcionar uma distribuição eqüitativa a todos os setores da escola.Procurando sempre corresponder e garantir um serviço educacional de qualidade, busca-se distribuir os recursos materiais em:

espaço adequado em salas de aula para alunos e professores (com ar condicionado),

biblioteca, sala de recursos didáticos, mobiliário escolar. quadro de giz ventiladores retro – projetor aparelho de som vídeo cassete televisores mapas, globo computadores (com internet) cozinha materiais de Educação Física (redes, pneus, bastões, arcos, rodo

para quadras, cordas, boliche, jogos de mesa diversos, bolas de voleibol, futsal, basquete e borracha)

área de recreação espaçosa -pátio gramado canto da leitura e contos sala ambiente para todas as disciplinas.

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a) PARA ATENDIMENTO AO ALUNO

01 Bebedouro elétrico - água gelada e água natural novo 02 Bebedouros com água natural 02 pias para lavar as mãos. 02 lavatórios com 02 torneiras cada um para lavar as mãos 01 chuveiros elétrico.

b) - EQUIPAMENTOS QUE A ESCOLA DISPÕE

02 laboratórios de Informática (Paranádigital e Proinfo) para uso do aluno, professores e equipe pedagógica;

01 Micro-computador Pentium 4 para uso da Secretaria. 01 Impressora HP DEKJET 5550 01 escrivaninha grande modelo 03 gavetas 02 escrivaninhas pequenas com duas gavetas 01 Mesa para computador 32 Cadeiras estofadas giratórias 01 Mesa grande para Biblioteca 06 Ventiladores de teto 07 aparelhos de ar condicionado 02 Estantes de aço para Biblioteca 01 Vídeo cassete 02 aparelhos de DVDs 02 televisores 04 Tvs pen drive 03 micro- system 01 Antena Parabólica 2 câmeras fotográficas 01 data show

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Material Esportivo, bolas, redes e uniformes 08 armários de aço de 2 portas 02 arquivos de aço de 4 gavetas 02 botijões de gás 68 cadeiras escolar de estrutura tubular preta 03 cadeiras escolar de estrutura tubular verde 14 cadeiras estofadas fixa sem braço 37 carteiras escolar estrutura tubular preta 04 carteiras escolar estrutura tubular verde (fde/3) 90 conjuntos Esc. Fde/4 – proem 02 Escrivaninha 02 Estante de aço c/6 prateleiras 04 Estantes de aço 1 fogão a gás doméstico 1 fogão semi industrial 1 freezer 300 litros 1 geladeira doméstica 2 máquinas de escrever manual 2 mesas escrivaninha c/2 gavetas 2 mesas p/ máquina de escrever mod. Mm.fmi-1 1 mimeógrafo 02 retroprojetores

c) Espaço Físico - AMBIENTES PEDAGÓGICOS Salas para Administração / Secretaria Sala para Biblioteca / sala de Professores 05 Salas de aula 1 sala para laboratório de informática

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Ambientes Administrativos refeitório Cozinha salas pequenas para almoxarifado 01 pátio coberto.

COMPLEXO HIGIÊNICO-SANITÁRIO

02 banheiros masculino Banheiro nº 1 – 2 pia 2 vasos sanitários Banheiro nº 2 - .1 pia 1 vaso sanitário

02 Banheiros femininosBanheiro nº 1 -.01 pia 02 vasos sanitáriosBanheiro nº 2 -.01 pia 01 vaso sanitário

d) Área livre para prática de educação física. A Escola conta ainda com uma Quadra de Esportes com 540 m2 , para a prática de Educação Física que encontra -se sem condições de atender com eficácia as aulas. Alem da Quadra de Esportes (que precisa ser reformada) , a escola conta também com um pátio gramado que é usado pelo Professor para o desenvolvimento das aulas já que a quadra não oferece as condições necessárias.

e) Recursos financeiros

A Escola Estadual Getúlio Vargas conta com recursos repassados mensalmente pela SEED (Fundo Rotativo) cuja parcela por se tratar de

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uma escola de pequeno porte é bastante reduzida, cobrindo precariamente os custos de manutenção. Conta também com APMF entidade de natureza jurídica de direito privado cujo recurso financeiro é próprio, proveniente de promoções junto à comunidade, não havendo repasse de recursos de outros órgãos. A Escola recebe uma vez por ano recursos do PDDE para aquisição de materiais de apoio pedagógico e administrativo. Faz parte do Programa Estadual de merenda Escolar e recebe recursos do Programa Escola cidadã para a complementação da merenda Escolar.

f) Recursos humanos

De todos os profissionais que atuam na gestão, ensino e apoio administrativo, nesta Escola, será exigido o profundo conhecimento e estudo da LDBEN 9394/96 e das normatizações do Conselho Estadual de Educação. Todos os professores e funcionários são do âmbito estadual de administração. As aulas são distribuídas no inicio do período letivo de cada ano pelo Núcleo Regional de Educação por Decreto emanado da SEED, especificamente para o cumprimento da demanda do ano letivo.

g) - Recursos tecnológicos

Vivemos em um tempo de globalização do conhecimento, quando o cidadão deve dominar as tecnologias existentes. Assim sendo, a informática na escola é a possibilidade de construir estratégias e habilidades necessárias para compreensão e inserção no mundo atual

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com novas formas de expressão e comunicação. Nesse sentido, a informática é tratada pela Escola como um recurso para garantir e ampliar a qualidade do processo ensino-aprendizagem.

É preciso ensinar o aluno a trabalhar a informação, utilizando-a para colaborar na solução dos problemas da realidade. Dessa forma, o uso da tecnologia possibilita ensinar formas diferentes, transformando a aula em investigação.

5.31 ATRIBUIÇÕES DOS RECURSOS HUMANOS

5.31.1 Atribuições do(a) Diretor(a)

O(a) Diretor(a) Escolar de acordo com a legislação vigente tem mandato de 03 anos consecutivos. É escolhido pela Comunidade Escolar num processo amplo de consulta.

O Diretor deve administrar a Escola Estadual Getúlio Vargas- Ensino Fundamental , junto com o Conselho Escolar, coordenando a execução de um plano de trabalho, constituído coletivamente, no sentido de elevar os padrões de qualidade de Ensino do estabelecimento escolar.

Em linhas gerais, o diretor trabalha com uma equipe constituída por professores e equipe de apoio pedagógico e administrativo. É responsável por gerenciar todas as atividades pedagógicas e administrativas realizadas na Escola.

O principal papel desse líder é agir como motivador. Responsável pela integração e articulação das diversas atividades internas e externas, para viabilização de uma política institucional em educação, assim como pela definição de operações de tomada de decisões, para que os objetivos fundamentais do curso sejam alcançados.

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Cumpre ao diretor ser um articulador dos diferentes segmentos escolares em torno da Proposta Pedagógica que se quer desenvolver. Quanto mais for essa articulação, melhor poderão ser desempenhadas suas próprias tarefas, seja no aspecto organizacional ou da comunidade em que a escola está inserida.

Com as atuais diretrizes, a escola passa a ser um espaço com autonomia administrativa e Pedagógica, o que exige, consequentemente, um profissional apto para agir com competência, os recursos financeiros que estão sendo descentralizados e gerenciar todos os aspectos pedagógicos, desde o currículo até as atividades de aperfeiçoamento dos professores, que passam ser competência da escola.

Operando a partir dos dados da realidade e das condições concretas existentes na escola, espera-se que o Diretor incentive o trabalho em equipe, de modo a mobilizar a comunidade escolar em torno do compromisso com a qualidade do ensino público.

Compete a Direção da Escola Estadual Getulio Vargas- Ensino Fundamental:

Como gestor de todo o processo escolar vencer o desafio de articular satisfatoriamente a pluralidade de experiências de ensino oriundas do dia-a-dia do professor.

Convocar integrantes da comunidade escolar para a elaboração do Plano Anual do Regulamento Interno do Estabelecimento, submetendo-o à aprovação do Conselho Escolar;

Elaborar os planos de aplicação financeira, a respectiva prestação de contas e submeter à apreciação e aprovação do Conselho Escolar;

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Submeter à aprovação do Conselho Escolar as diretrizes específicas de administração, em consonância com as normas orientações gerais da Secretara de Estado da Educação;

Coordenar a implementação das Diretrizes Pedagógicas, aplicar normas, procedimentos e medidas administrativas de acordo com instruções da Secretaria de Estado da Educação;

Supervisionar as atividades dos órgãos de apoio, administrativo e pedagógico do estabelecimento;

Coordenar e supervisionar os serviços da Secretaria escolar;

Abrir espaços para discussão, avaliação e intercâmbio, interno e externo das experiências de sucesso;

Implementar uma gestão participativa, estimulando o desenvolvimento das responsabilidades individuais promovendo o trabalho coletivo;

Gerenciar toda equipe escolar, tendo em vista a racionalização e eficácia dos resultados;

Coordenar a equipe pedagógica para a coleta e análise dos indicadores educacionais, para a elaboração e implementação do Plano de Trabalho;

Administrar os serviços de apoio às atividades escolares, de modo a estimular a participação desse serviços nos processos decisórios da escola;

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Negociar com competência, para harmonizar interesses divergentes e estabelecer bons relacionamentos, com vistas as necessidades de todos os envolvidos direta ou indiretamente com o Colégio.

Portanto, o Diretor deve exercer sempre a função de liderança na escola, mas uma liderança com modelo participativo, capaz de dividir o poder de decisão nos assuntos escolares com toda a sua equipe, criando e estimulando a participação de todos. A liderança, como modelo participativo, requer um profissional que possua:

Comunicação Ética Empreendedorismo Informação Capacidade de informação Acessibilidade Construção de cadeias de relacionamentos Motivação Compromisso Agilidade

Deve agregar as competências de: Saber agir Saber mobilizar Saber transferir Saber aprender Saber se engajar Ter visão estratégica Assumir responsabilidades

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5.31.2 – Atribuições do Professor Pedagogo

O cargo de Professor Pedagogo é exercido por um profissional efetivo habilitado para esse fim e neste novo contexto de Educação deve assumir inteiramente a Função que era delegada aos Orientadores Educacionais. Este, tem funções no contexto pedagógico que não são estáticas, mas que se transformam em função da interação com o todo da escola.

Quanto ao trabalho com o aluno:

Deve buscar a efetivação do Currículo Escolar, num processo dinâmico, contínuo, sistemático e integrado aos demais profissionais envolvidos. sendo o primeiro profissional com o qual os alunos terão contato para conhecer a sistemática da escola, deverá informar-lhes sobre a estrutura e funcionamento da instituição, o material utilizado e os recursos disponíveis. Deverá ainda, proporcionar aos alunos reflexão sobre suas responsabilidades e suas potencialidades, buscando promover situações e condições que favoreçam o desenvolvimento pleno do educando, prevenindo situações de dificuldade, a fim de não se estabelecer apenas como um recurso de resolução de problemas já instalados.

Tendo em vista a necessidade de conhecer a clientela atendida buscará as informações necessárias para a compreensão da realidade social em que o processo pedagógico está inserido e sobre o qual deve atuar juntamente com os demais profissionais da equipe escolar, permitindo a análise das necessidades e a identificação de prioridades que orientam o estabelecimento de objetivos específicos de ação.

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Cabe ao Professor Pedagogo, quanto ao trabalho com os alunos a responsabilidade de:

Motivar os alunos em todos os momentos do seu processo escolar; Planejar a partir de indicadores educacionais; Subsidiar na elaboração de um plano de trabalho e ensino, a partir

de diagnóstico estabelecido; Acompanhar e avaliar a implementação das ações estabelecidas nos

planos de trabalho; Coordenar estudos para definição de apoio aos alunos que

apresentam dificuldade de aprendizagem, para que a Escola ofereça todas as alternativas possíveis de atendimento;

Participar de análise e discussão dos critérios de avaliação e suas conseqüências no desempenho dos alunos;

Promover a participação da Escola nas atividades comunitárias; Pesquisar e investigar a realidade concreta do educando para

quando preciso interferir no processo de aprendizagem; Coordenar e acompanhar atividades em torno de linhas mestras

como: Educação e Cidadania, Educação e Trabalho, Educação e Saúde, Educação e Família, Ética e Temas Transversais.

Quanto ao trabalho junto ao Corpo Docente

O Professor Pedagogo deve ter a clareza sobre a forma como os homens estabelecem as relações de trabalho e poder, como a sociedade está organizada e, a partir daí, que sujeito pretende-se formar para atual no mundo contemporâneo.

Do entendimento das diversas concepções existentes sobre a formação do educando o Professor Pedagogo deve junto com o Corpo Docente realizar uma leitura de currículo que venha de encontro à

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necessidade de formar cidadãos responsáveis e conscientes de seus deveres e principalmente, conhecedores de seus direitos, envolvendo nas discussões os demais profissionais da instituição.

O trabalho coletivo com o envolvimento de toda a equipe, torna-se fundamental para a construção de estratégias de ação que favoreça a atuação em grupo, de forma a diagnosticar a situação do estabelecimento, propondo encaminhamentos para a melhoria do processo de ensino e aprendizagem, otimizando as rotinas administrativas e sobretudo, acompanhando e supervisionando este processo.

Deve estar comprometido com seu trabalho, planejar suas ações e encaminhamentos a partir das avaliações realizadas coletivamente com os profissionais envolvidos no processo ensino e aprendizagem.

Para efetivação de seu trabalho, juntamente com outros integrantes da Escola, o Professor Pedagogo deve planejar , implementar e avaliar programas de Educação Continuada para docentes, a partir das dificuldades pedagógicas apresentadas. Deve ainda assessorar o trabalho pedagógico desenvolvido de forma dialética possibilitando tanto o avanço do docente como do discente.

Ao Professor Pedagogo, cabe a função Pedagógica como um todo, ou seja o atendimento ao aluno e ao Professor. Este ao assumir a função de Supervisor Escolar deve ser um incansável pesquisador, oferecendo metodologias adequadas e adaptadas à realidade da escola, pois sociedade e empresas exigem novas habilidades e competências do trabalhador. Deve portanto oferecer um trabalho pautado em subsídios teóricos de relevante importância, possibilitando aos professores segurança nas modificações de suas práticas pedagógicas de forma a beneficiar a aprendizagem dos alunos.

São atribuições do Professor Pedagogo quanto ao atendimento aos Docentes:

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153 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - 2011

Promover e acompanhar reuniões sistemáticas de estudos e trabalho;

Orientar e acompanhar a elaboração do planejamento escolar; Propor a implementação de Projetos que visem o enriquecimento

curricular nas diversas áreas do conhecimento; Subsidiar a Direção com critérios de definição do Calendário Escolar,

seguindo as orientações do Núcleo Regional de Educação; Analisar e emitir parecer sobre aproveitamento de estudos, em

casos de recebimento de transferências, de acordo com a legislação vigente;

Participar sempre que convocado, de cursos, seminários, reuniões, encontros e grupos de estudos.

5.31.3 – Atribuições do Corpo Docente

O processo educativo deve estar compromissado com a mudança social, buscando garantir a formação de identidade dos educandos. Pensar na formação do aluno para responder às novas exigências desta sociedade, requer um educador que garanta a inter-relação do educando com o Sistema de ensino, propondo coletivamente ações de intervenção, acompanhando e avaliando sistematicamente o trabalho a ser realizado.

Desta forma, cabe ao docente:

Definir e desenvolver o seu plano de ensino, conforme orientações das Diretrizes Curriculares e Proposta Pedagógica para o Ensino Fundamental construída coletivamente pelos Professores da Rede

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154 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - 2011

Publica Paranaense, adotadas pela SEED em consonância com o Projeto Político Pedagógico da Escola;

Estimular e motivar o educando, levando-o a acreditar em sua capacidade de organizar as atividades;

Utilizar adequadamente os espaços e materiais didático-pedagógicos, disponíveis, tornando-os meios para implementar uma metodologia de ensino que respeite o processo de aquisição do conhecimento de cada aluno;

Organizar os conteúdos a serem abordados de forma interdisciplinar;

Estabelecer um processo de avaliação, a respeito do desempenho dos alunos tendo como o princípio o acompanhamento contínuo da aprendizagem;

Analisar sistematicamente o resultado do desempenho do aluno, obtido no processo de avaliação, para fins de planejamento;

Implementar projetos de Recuperação de Conteúdos para assegurar o sucesso a todos os alunos;

Utilizar as tecnologias de informação e comunicação disponíveis; Conhecer sua clientela ( idade, nível sócio-econômico, hábitos de

estudos, saúde, história familiar etc.);

Perfil do Profissional:Como gestor do processo de ensino e aprendizagem, é responsável:

Pela condução do processo de ensinar e aprender, capaz de realizar um ensino de boa qualidade que resulte em aprendizagens significativas e bem sucedidas, permitindo a inclusão de jovens e adolescentes no mundo da cultura, da ciência, da arte e do trabalho;

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155 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - 2011

Pelo desenvolvimento de valores, de atitudes e do sentido de justiça, essenciais ao convívio social, solidário e ético, ao aprimoramento pessoal e à valorização da vida;

Pelo trabalho quanto a pluralidade social e cultural, respeitando a diversidade dos alunos;

conhecer as necessidades dos alunos para melhor compreende-los e assegurar-lhes a oportunidade de atingir níveis adequados de aprendizagem;

demonstrar domínio de conhecimentos de sua área específica de atuação que garanta aos alunos o desenvolvimento das competências e habilidades cognitivas, sociais e afetivas;

elaborar e desenvolve o plano de ensino a partir dos indicadores de desempenho escolar e das diretrizes definidas pelos Conselhos de Educação e pela Secretaria da Educação;

utilizar metodologias de ensino que possibilitem romper com os limites do componente curricular mediante abordagens contextualizadas e interdisciplinares;

organizar e utilizar adequadamente os ambientes de aprendizagem, os equipamentos e materiais pedagógicos e os recursos tecnológicos disponíveis na escola;

implementar processo de avaliação do desempenho escolar dos alunos que assegure o acompanhamento contínuo e individual da aprendizagem;

desenvolver atividades de reforço e recuperação que promovam avanços significativos na aprendizagem.

Como integrante da equipe escolar, compartilha da construção coletiva de uma escola pública de qualidade e atua na gestão da escola:

Estimulando e consolidando uma escola cidadã, participativa e inclusiva;

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156 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - 2011

Implementando a proposta pedagógica curricular; Articulando a integração escola-família-comunidade, de modo a

favorecer o fortalecimento dessa parceria; Incentivando o engajamento dos alunos e da escola em projetos ou

ações de relevância social; Participando de todos os momentos de trabalho coletivo; Analisando sistematicamente os resultados obtidos nos processos

internos e externos de avaliação com vistas à consecução das metas coletivamente estabelecidas;

Acompanhando e avaliando os projetos desenvolvidos pela escola e os seus impactos no desempenho escolas dos alunos;

Participando de ações de formação continuada que visem ao aperfeiçoamento profissional

Para que o trabalho docente seja desempenhado com a eficiência que se espera é necessários que os educadores deste Estabelecimento de Ensino apresente um perfil que contemple:

Espírito inovador Disposição para enfrentar mudanças; Compromisso com uma Proposta de Educação de Qualidade; Objetividade; Disponibilidade de cumprimento rigoroso de horário; Criatividade; Visão global do currículo e os princípios de sua organização; Postura interdisciplinar e contextualizada; Planejamento de estratégias pedagógicas; Busca de aprimoramento profissional constante, seja através de

oportunidades oferecidas pela mantenedora, pela Escola ou por iniciativa própria.

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157 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - 2011

A Hora Atividade para os Professores

A hora-atividade é o tempo reservado ao Professor em exercício de docência, para estudos, avaliação e planejamento. Está regulamentada de acordo com a instrução nº 02/2004, bem como na resolução nº 305/2004-SEED, que regulamenta a distribuição de aulas nos estabelecimentos de ensino da rede estadual de Educação Básica e estabelece normas para atribuição da hora atividade, como também na Lei Estadual nº 13.807, de 30/09/2002 que institui os 20% de hora-atividade.

Neste horário destinado a hora-atividade é o momento em que os professores planejam suas atividades, buscam informações em livros, Internet e através de trocas de informações. Procuram a pedagoga para aprimorar os conteúdos que serão trabalhados, quando se faz necessário.

Os professores têm acesso aos computadores para assim elaborarem suas atividades, bem como pesquisas na Internet para enriquecer os projetos que serão executados. o cumprimento das horas atividades obrigatoriamente serão cumpridas no Estabelecimento de Ensino.

A cada início de período letivo são estipulados pela Equipe de Ensino do Núcleo Regional de Educação os dias da semana para a realização das horas atividades das disciplinas. Isso facilita a troca de experiencias entre os professores de outras escolas , assim como a realização de grupos de estudos por disciplina.

5.31.4 Atribuições dos alunos

São direitos dos alunos:

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158 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - 2011

Ter asseguradas as condições necessárias ao desenvolvimento de suas potencialidades na perspectivas social e individual;

Ter assegurado o respeito aos direitos da pessoa humana e suas liberdades fundamentais, de acordo com a legislação específica vigente;

Ter asseguradas as condições de aprendizagem, devendo ser-lhe propiciada ampla assistência por parte do professor e acesso aos recursos materiais e didáticos da escola;

Recorrer aos resultados das avaliações do seu desempenho; Reunir-se aos seus colegas para organizações de agremiações e

campanhas de cunho educativo e social; Formular petições ou representar sobre assuntos pertinentes à vida

escolar.

São obrigações dos alunos:

Contribuir para o prestígio da Escola; Tratar com respeito professores, funcionários e colegas; Comparecer pontualmente às aulas e demais atividades; Obedecer às normas disciplinares; Contribuir para a manutenção da limpeza e para a conservação dos

materiais equipamentos da Escola; Não portar material que ofereça perigo à saúde, segurança e

integridade física ou moral, sua ou de outrem; Não participar de movimentos de indisciplina individual e/ou

coletiva; Agir com honestidade na execução de quaisquer provas ou trabalhos

escolares;

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159 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - 2011

Apresentar-se devidamente uniformizado em todas as atividades escolares;

Portar materiais solicitados pelos professores para a realização de atividades.

Atribuições dos alunos

São direitos dos alunos:

Ter asseguradas as condições necessárias ao desenvolvimento de suas potencialidades na perspectivas social e individual;

Ter assegurado o respeito aos direitos da pessoa humana e suas liberdades fundamentais, de acordo com a legislação específica vigente;

Ter asseguradas as condições de aprendizagem, devendo ser-lhe propiciada ampla assistência por parte do professor e acesso aos recursos materiais e didáticos da escola;

Recorrer aos resultados das avaliações do seu desempenho; Reunir-se aos seus colegas para organizações de agremiações e

campanhas de cunho educativo e social; Formular petições ou representar sobre assuntos pertinentes à vida

escolar.

São obrigações dos alunos:

Contribuir para o prestígio da Escola; Tratar com respeito professores, funcionários e colegas; Comparecer pontualmente às aulas e demais atividades; Obedecer às normas disciplinares;

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160 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - 2011

Contribuir para a manutenção da limpeza e para a conservação dos materiais equipamentos da Escola;

Não portar material que ofereça perigo à saúde, segurança e integridade física ou moral, sua ou de outrem;

Não participar de movimentos de indisciplina individual e/ou coletiva;

Agir com honestidade na execução de quaisquer provas ou trabalhos escolares;

Apresentar-se devidamente uniformizado em todas as atividades escolares;

Portar materiais solicitados pelos professores para a realização de atividades.

5.31.5- Atribuições da Secretaria e Equipe de Apoio Administrativo – Agente Educacional II

A Secretaria é o setor, que tem a seu encargo, todo registro de escrituração escolar e a correspondência do Estabelecimento de Ensino. Este serviço é coordenado e supervisionado pela Direção, ficando a ela subordinado.

O Cargo de Secretário (a) é exercido por um profissional devidamente qualificado para o exercício desta função. Portanto, a organização, a minúcia, a seriedade daqueles que ocupam este ambiente têm, obrigatoriamente, que fazer parte de todas as suas ações.

Ao (à) Secretário (a) e a equipe de apoio administrativo cabe a tarefa de: Conhecer a legislação que rege o registro de documentação de

alunos;

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161 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - 2011

Efetuar as matrículas e todos os registros sobre o processo escolar do aluno, em pastas individualizadas;

Expedir toda a documentação e qualquer documentação necessária (declarações, certificados, transferências, relatórios, estatísticas e outros) sempre que solicitado e em tempo hábil;

Participar das reuniões pedagógicas e administrativas, assim como de todas as atividades desenvolvidas pela escola;

Participar de encontros e /ou cursos de aprimoramento profissional sempre que for convocado e por iniciativa própria

5.31.6 – Atribuições dos encarregados dos Serviços Gerais – Agentes Educacional I

Os profissionais de Serviços Gerais têm a seu encargo o serviço de manutenção, preservação, segurança e merenda escolar do Estabelecimento de Ensino, sendo coordenados e supervisionados pela Direção, e ficando a ela subordinado.

Compete ao Servente: Efetuar a limpeza e manter em ordem as instalações escolares,

providenciando o material e produtos necessários; Efetuar tarefas correlatas à sua função; Cumprir as determinações de caráter regulamentar, transmitidas

pelo Diretor; Aceitar e cumprir a escala de trabalho que lhe for apresentada pela

mantenedora; Zelar pela conservação do prédio, pátio, jardins, mantendo-os em

seu perfeito estado e asseio. Não permitir a entrada de pessoas estranhas ao ensino, nas

dependências da Escola, sem prévia permissão do Diretor;

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162 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - 2011

Comparecer em atividades extras organizadas pelo estabelecimento, prestando nessas ocasiões serviços que lhe forem determinados;

Cuidar do material de uso, não esbanjando e mantendo-o em boas condições para o trabalho;

Propor medidas para melhoria do setor;

Compete à Merendeira: Preparar e servir a merenda escolar, controlando-a quantitativa e

qualitativamente; Informar ao diretor do Estabelecimento de Ensino, quanto à

necessidade de reposição de estoque e ampliação de cardápios; Conservar o local de preparação da merenda em boas condições de

trabalho, procedendo a limpeza e a arrumação; Zelar pela higiene e a qualidade quanto ao preparo dos alimentos; Efetuar todas as tarefas correlatas à sua função.

5.32 - O Estágio Spervisionado obrigatório e não obrigatório

A Escola Estadual do Campo Getúlio Vargas mantem relação de cooperação com as Instituições de Ensino Superior – IES, colaborando e disponibilizando espaço para a realização de estágios curriculares obrigatórios e não-obrigatórios. Os alunos estagiários das IES tem espaço para a realização de estágios curriculares obrigatórios e não-obrigatórios no Ensino Fundamental. Os professores das diversas áreas do conhecimento, de acordo com o seu horário recebem estagiários, inclusive para as áreas de gestão.

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163 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - 2011

O estágio é um espaço rico em conhecimento e aprendizagem, deve trazer os estagiários para as situações vivenciadas no cotidiano escolar. Porém, o estágio deve também colaborar com a escola, ou com o professor que recebe os alunos das IES no sentido de uma análise e reflexão crítica sobre a organização do trabalho pedagógico. Essa crítica precisa estar respaldada em referenciais teóricos que permitam ao professor também refletir sobre sua prática, evitando análises descontextualizadas que em nada enriquece ambas as partes. O Estágio Curricular é regulamentado pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 9394/96 em seu Art. 82. “Os sistemas de ensino estabelecerão as normas para realização dos estágios dos alunos regularmente matriculados no ensino médio ou superior em sua jurisdição.” A Lei 11.788 de 25 de Setembro de 2008, dispõe sobre o estágio de estudantes:

Art. 1º Estágio é ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho, que visa à preparação para o trabalho produtivo de educandos que estejam frequentando o ensino regular em instituições de educação superior, de educação profissional, de ensino médio, da educação especial e dos anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional da educação de jovens e adultos.

§ 1º O estágio faz parte do projeto pedagógico do curso, além de integrar o itinerário formativo do educando.§ 2º O estágio visa ao aprendizado de competências próprias da atividade profissional e à contextualização

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curricular, objetivando o desenvolvimento do educando para a vida cidadã e para o trabalho.

Art. 2º O estágio poderá ser obrigatório ou não-obrigatório, conforme determinação das diretrizes curriculares da etapa, modalidade e área de ensino e do projeto pedagógico do curso.§ 1º Estágio obrigatório é aquele definido como tal no projeto do curso, cuja carga horária é requisito para aprovação e obtenção de diploma.§ 2º Estágio não-obrigatório é aquele desenvolvido como atividade opcional, acrescida à carga horária regular e obrigatória.

Como descrito acima o Estágio Curricular obrigatório e não obrigatório ofertado pela Escola tem sua base legal na Lei LDBEN 9394/96, e na Lei 11.788 de 25 de Setembro de 2008, além de estar regulamentado por este PPP e Regimento Interno.

5.33 - O PAPEL DAS INSTÂNCIAS COLEGIADAS.

5.33.1 – O Conselho Escolar

Este Estabelecimento de Ensino tem instituído um Conselho Escolar com Representantes da Equipe Técnico-Pedagógica, Professores, Alunos e Representantes da Sociedade. Este Conselho é um órgão Colegiado, de natureza consultiva, deliberativa e fiscal, com o objetivo de promover a

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articulação entre os vários segmentos da sociedade e os setores da Escola, a fim de garantir a eficiência e a qualidade do seu funcionamento.

6.33.2. - APMF – A Associação de Pais, Mestres e Funcionários

A Associação de Pais, Mestres e Funcionários desta Escola, é Pessoa Jurídica de Direito Privado, órgão de representação do Corpo Docente e Discente da Escola, não tendo caráter partidário, religioso de raça, e nem fins lucrativos, não sendo remunerados seus dirigentes e conselheiros, tratando-se de trabalho voluntário.

A APMF tem como função, entre outras, planejar, acompanhar, aplicar e gerenciar os recursos financeiros, bem como proporcionar condições aos alunos de participar de todo o processo escolar.

Esta APMF é regida por estatuto próprio, de acordo com a legislação vigente.

5.33.3. – O Grêmio Estudantil :

O Grêmio Estudantil é o órgão máximo de representação dos estudantes é regido por Estatuto próprio e tem como objetivos representar o corpo discente, defender os interesses individuais e coletivos assim como realizar intercâmbios, lutar pela democracia e favorecer a formação do protagonismo juvenil.

5.34 – Conselho de Classe

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166 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - 2011

O Conselho de Classe é um órgão colegiado de natureza deliberativa e consultiva em assuntos pedagógicos, com atuação restrita a cada turma ou classe Da Escola, tendo como objetivo acompanhar o processo ensino-aprendizagem, nos seus diversos aspectos. Tem como foco principal, detectar as dificuldades dos alunos, determinando áreas de estudo e através da proposta pedagógica e o sistema de recuperação implantado pela escola, fazer um trabalho de mediação para sanar as dificuldades. Uma escola precisa de profissionais comprometidos com o aprendizado do aluno. Daí a importância do Conselho de Classe. É nele que se vai discutir a eficácia do método utilizado por cada um dos docentes. Também é nesse momento que a equipe de apoio vai perceber quem são os alunos que precisam de reforço escolar, quais são os pais que precisam ser chamados para uma conversa e como a equipe deve proceder para adequar o conteúdo programático ao tempo de aula e de aprendizado dos estudantes.No entanto, esse Conselho deverá pensar e repensar suas decisões finais, ao opinar no fim do ano, procurando se o mais profissional possível em nome de uma proposta de educação de qualidade, que é a meta principal da Escola, uma vez que todas as tentativas de recuperar esse aluno foram feitas antes da sua dependência do Conselho. O Conselho de Classe (composto pelo Corpo Docente, Direção e Equipe Pedagógica) se reunirá conforme cronograma pré-estabelecido ou sempre que uma situação emergencial ou extraordinária o exigir.

5.34.1 - Os Representantes de Turmas Tem a função de ser os porta-vozes da turma quantos às suas reivindicações.

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167 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - 2011

5.34.2 - A Família

A Família exerce um papel importante dentro da escola. Como um lugar de critica cultural e social, a escola deve reconhecer a família como instancia de formação primeira. Para um trabalho em conjunto com a família, a Escola deverá desenvolver trabalhos de orientação aos pais por meio de palestras e Cursos e facilitar a participação dos pais nas atividades extra-curriculares. Lembrar sempre que a escola não deve ser refém da família sob o risco de perder o sentido de pólo transmissor e produtor de cultura, deve-se tratar o conhecimento familiar como um dos caminhos possíveis do conhecimento cientifico e cultural.

5.35. OS PROJETOS DESENVOLVIDOS NA ESCOLA: 5.35.1 - PROJETOS COM ORIENTAÇÃO DO NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO

PROJETO: EM AÇÃO CONTRA A EVASAO ESCOLAR

O Projeto Em ação contra a evasão é um projeto vivo, trabalhado dia a dia. Tem como objetivo promover o acesso e a permanência de alunos na Escola. Para alcançar esse objetivo, a Escola Getúlio Vargas mantêm-se em vigília para:

Garantir a permanência das crianças e adolescentes no contexto escolar;

Conscientizar educadores, famílias, adolescentes e crianças quanto a importância da educação formal;

Prover a formação de cidadãos críticos e conscientes de suas responsabilidades e de seus direitos;

Acompanhar a assiduidade dos alunos.

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PROJETO : FEIRÃO DO LIVRO Tem como objetivo ensinar os alunos a conservar os livros didáticos

e a resgatar e angariar livros de literatura para o acervo escolar. Incentiva também a troca de livros entre os alunos para desenvolver o gosto pela leitura.

PROJETO: PAZ NA ESCOLATem como finalidade combater ações de violência comum nos dias

de hoje no ambiente escolar.

5.35.2 – Projetos orientados por Entidades Organizadas: PROJETO AGRINHO

O Projeto Agrinho sempre foi desenvolvido neste Estabelecimento de Ensino. Acreditamos que este é um recurso a mais para o trabalho com a Produção de Textos.

OLIMPÍADAS BRASILEIRA DE MATEMÁTICA DA ESCOLA PÚBLICA

A Escola também participa da OBMP porque acredita que esta, além de proporcionar material diversificado para o uso dos professores de Matemática, auxilia alunos e professores a refletirem sobre o processo de ensino e aprendizagem de matemática no Estabelecimento e oportuniza a fazer comparações com outras escolas para avaliar o ensino ministrado.

OLIMPÍADAS BRASILEIRA DE LÍNGUA PORTUGUESA – OLP

As Olimpíadas Brasileira de Língua Portuguesa fornecem às escolas um material de língua portuguesa bastante significativo para o trabalho

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diário. Este ano de 2010, foi o primeiro ano de participação da escola. A professora de LP achou relevante o trabalho desenvolvido com os gêneros discursivos e pretendemos continuar participando.

5.35.3- PROJETOS de iniciativa da própria Escola

a) O Projeto da Educação Fiscal

O Projeto Educação Fiscal tem como objetivo mostrar aos educandos a importância dos tributos para o bem estar da sociedade, assim garantir na escola espaços de discussão sobre a arrecadação e o emprego dos tributos de forma adequada.

b) Projeto Agenda 21 Escolar

O Projeto Agenda 21 Escolar neste Estabelecimento de Ensino é direcionado para a reflexão sobre o uso adequado dos alimentos, para orientar os alunos e a comunidade a evitar o desperdício e ainda desenvolver formas alternativas de alimentação saudável produzida pela própria família. O Distrito de Figueira D' Oeste é uma comunidade rural que já havia esquecido que frutas, verduras e legumes podem ser cultivados no pátio da escola, das residências e nos espaços ociosos da comunidade.

c) Projeto Meio Ambiente e qualidade de vida

Cuidar do Meio Ambiente é obrigação de todos nós. Essa temática deve ser trabalhada diariamente para formar pessoas capazes de preservar a vida e a natureza.

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d) Projeto da Cultura Afro-Brasileira

Além dos conteúdos ministrados em sala de aula é preciso valorizar as culturas. O Projeto Cultura Afro-Brasileira tem a finalidade de levar para além da sala de aula as discussões sobre essa temática. O desenvolvimento de Projetos dessa natureza envolve a comunidade em torno de objetivos comuns onde se educa para o convívio escolar e social.

5.36 - PLANO DE AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL

A Avaliação Institucional é uma meta da SEED e constitui-se: Um processo contínuo de aperfeiçoamento do desempenho da

Instituição Escolar; Uma ferramenta para o planejamento e a gestão; Um processo sistemático de prestação de contas à sociedade.

Isto significa acompanhar metodicamente as ações desenvolvidas pela Escola a fim de verificar se as funções estão sendo realizadas e atendidas satisfatoriamente.

Na Escola Estadual Getúlio Vargas a avaliação da institucional levará em consideração os seguintes itens:

gestão de resultados gestão participativa gestão pedagógica gestão de pessoas gestão de serviços de apoio, recursos físicos e financeiros.

Para a implementação da Avaliação Institucional a Escola analisará os mecanismos criados pelo próprio estabelecimento de ensino para a auto-avaliação interna e os mecanismos criados pela mantenedora.

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171 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - 2011

Durante o ano escolar, sob a coordenação do Conselho Escolar, serão acompanhados e avaliados o material didático, o currículo, o sistema de orientação docente, a infra-estrutura material da escola, a metodologia, a atuação da equipe pedagógica e administrativa, os resultados alcançados, enfim, todas as ações desta Instituição de Ensino.

Para esta avaliação, alunos e professores serão ouvidos separadamente, respondendo instrumentos por escrito, para verificar se as opiniões são consensuais.Fará parte do roteiro que subsidiará a elaboração do instrumento avaliativo, tanto para os alunos, como para os professores, os quesitos:

qualidade do atendimento aos alunos; prontidão para atendimento ao aluno; efetiva aprendizagem; Processo de avaliação auto-estima relacionamento aluno/professor; estrutura física da escola estrutura pedagógica; atendimento da secretaria; atendimento interno; limpeza e organização do prédio escolar; atendimento da equipe pedagógica/administrativa; cooperação entre toda a equipe escolar; cumprimento de metas; participação em atividades extra-curriculares; Outros.

Os resultados serão analisados pela comunidade escolar, sob a coordenação do Conselho Escolar e seguirá os seguintes passos.

Avaliação do ano escolar (com pais e alunos) Avaliação do Corpo docente (Direção e Equipe Pedagógica)

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172 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - 2011

Avaliação da atuação da Direção e da Equipe Pedagógica (Professores, funcionários, alunos e pais)

Reescrita dos itens do Projeto Político Pedagógico que precisa ser melhorado.

5.37 AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO

O Projeto Pedagógico da Escola é mais do que a formalidade. É a aproximação do que se pensa sobre a educação, sobre o ensino, sobre os conteúdos do ensino, sobre o aluno com a prática pedagógica que se realiza nas escolas. É a aproximação, cada vez maior, entre o que se pensa ser a tarefa da instituição escola e o trabalho que se desenvolve na Escola. Ë o confronto entre as intenções e os resultados escolares. É uma Filosofia de educação que se discute e se vive na Escola Por isso ele exige um constante acompanhamento para a certificação das propostas e seu andamento, as dificuldades enfrentadas para coloca-lo em ação, o que deverá ser feito para verificar e o que está e o que não está dando certo. Nenhuma proposta deverá ser colocada de lado, mas sim, trabalhada, mesmo que se tenha que buscar ajuda para alcançar esses objetivos. Portanto é de suma importância que esse Projeto seja acompanhado na prática diária do professor, coordenador, conselho, enfim , por todos que direta ou indiretamente estão inseridos em seu contexto de metas e ações a serem realizados. A avaliação deverá ser feita no final de cada semestre com a participação de toda a comunidade escolar por meio de instrumentos próprios que especifiquem os avanços e regressos para que a Escola possa mensurar de forma qualitativa o Projeto e implementar novas ações se for preciso para o sucesso do mesmo.

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No final de cada semestre, ao nos reunirmos para uma reavaliação do Projeto Político Pedagógico, estaremos também re-avaliando a nossa sistemática de avaliação como também o nosso planejamento, visando a melhoria e qualidade do processo ensino-aprendizagem, que direção tomarmos, ou se esse balanço foi positivo, continuaremos com mais dinamismo ainda, buscando nossos objetivos finais.

5.38 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O ser humano vai construindo sua vida ao longo das relações sociais que são vitais a todos nós, relações essas, que iniciam na família, se aprofundam e intensificam na escola e na sociedade como um todo. Na busca de uma melhor qualidade de ensino e de vida, a Escola Estadual do Campo Getúlio Vargas-Ensino Fundamental lança seu Projeto Político Pedagógico, que foi construído com a participação de toda a comunidade escolar, professores, pais, funcionários e alunos. Na busca pelo progresso e pela superação, realizaram-se vários encontros e momentos de reflexões, com espaço para a criatividade, o diálogo, a troca de idéias, de sugestões, enfim momentos que nos possibilitaram repensar e construir.A teoria de ensino aqui apresentada está baseada no homem, na sua alegria de viver e na interação com seu semelhante. Transformar a Prática Pedagógica em práxis - reflexão permanente, crítica e instigadora que motiva e mobiliza os agentes envolvidos na ação educacional - é o desafio maior deste Projeto Pedagógico. - Que a aprendizagem seja vista como um processo aberto, inacabado, algo a ser buscado pelo indivíduo e mediado pelo professor.

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- Que os educadores tenham muita clareza em mente, para que, para quem, por que e como se ensina, que tipo de sociedade e de homem se quer, e o que é, na verdade, educar.- Que no diálogo e no apoio mútuo sejam capazes de aplicar este projeto, incluindo todos os que desejarem caminhar junto, com os pés no presente e os olhos no futuro. Eis o sonho a realizar.

5.39 - ATA DE APROVAÇÃO DO PROJETO POLITICO PEDAGÓGICO

ESCOLA ESTADUAL GETULIO VARGAS – ENSINO FUNDAMENTALFigueira D' Oeste – Engenheiro Beltrão – Paraná

Escola Estadual do Campo Getúlio Vargas – Ensino Fundamental

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ATA DE APROVAÇÃO DO PROJETO POLITICO PEDAGÓGICO

Aos quatorze dias do mês de Dezembro do ano de Dois mil e onze (14/12/11) às 08:00 no gabinete da Diretora, Professora Waldete de Paiva Pontin Zeferino, na qualidade de Presidente do Conselho reuniram-se os membros do Conselho Escolar da Escola Estadual Getulio Vargas: Irene Corte dos Reis Soares, Representante da Equipe Pedagógica, Helena Cunha da Silva, Representante dos Funcionários de Serviços Gerais, Ana Maria Nunes Bravin, Representante dos Professores, Maria Izadora de Souza Bender, Representante dos Alunos, José Denilson Tardivo, Representante dos Pais e Maria Lucia Bravin Piccolo, Representante da Sociedade para a análise do Projeto Político Pedagógico da Escola reformulado, a ser encaminhado para a Equipe do Núcleo Regional de Educação para análise e Parecer e publicação no site da Escola. Iniciando a reunião a Diretora falou mais uma vez da importância da participação do Conselho na análise do Projeto e disse que sendo este uma produção coletiva representa a cara da Escola e os seus anseios na realização de um projeto educativo de qualidade onde o aluno é o centro do processo. Em seguida o Projeto reformulado será encadernado e publicado no site da escola. Todos os presentes concordaram com as propostas e APROVARAM o Projeto Político Pedagógico da Escola Estadual Getúlio Vargas, por unanimidade. Nada mais havendo a constar, eu Irene Corte dos Reis Soares, secretária designada “ad hoc” lavrei a presente ata que vai assinada por mim, também componente do Conselho Escolar e demais presentes.

Figueira D' Oeste, 14 de Dezembro de 2011________________________________WALDETE DE PAIVA PONTI ZEFERINO

Presidente do Conselho

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OBS. Copia Fiel da Ata de Reunião do Conselho Escolar/2010, lavrada às fls 63 vº do Livro de Reuniões do Conselho Escolar nº 02, onde constam nove assinaturas.

5.40 . REFERÊNCIAS

ALBALA-BERTRAND, Luís. Cidadania e Educação. Rumo a uma prática significativa. São Paulo: Papirus / Brasília: UNESCO, 1999.

AZANHA, J.M.P. Educação: alguns escritos. São Paulo: Melhoramentos, 1987.

BASTOS, João Augusto de Souza L A. Educação Tecnológica: conceitos, características e perspectivas In: REVISTA TECNOLOGIA E INTERAÇÃO . Curitiba: CEFET - PR, 1998.

BERTICELLI, Ireno A.- Currículo Tendências e Filosofias. Rio de Janeiro Editora DP&A, 1998.

BERTICELLI, Ireno A.- Currículo Tendências e Filosofias. Rio de Janeiro Editora DP&A, 1998.

CENPEC. Centro de Pesquisas para a Educação e Cultura. UNICEF – Fundo das Nações Unidas para a Criança. Qualidade para todos: o caminho de cada escola. Volume V, São Paulo: Projeto Raízes e Asas, 1996.

COLL, César – Psicologia e Currículo. São Paulo – Editora Ática, 1998;

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177 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - 2011

COSTA, Marisa V. – O Currículo nos Limiares do Contemporâneo. Rio de Janeiro: 1997 .

FAZENDA, Ivani C.A. – Práticas Interdisciplinares na Escola. São Paulo – 2000;

FERREIRA, Aurélio B.H.(1996) Novo Dicionário da Língua Portuguesa, Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1996.

FERREIRA, Naura S. Carapeto. Gestão Democrática da Educação: atuais tendências, novos desafios. São Paulo: Cortez, 1998.

FREIRE, Paulo. Conscientização: teoria e prática da liberdade. São Paulo: Cortez, 1979FREIRE, Paulo. Educação como prática da liberdade. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1967

FREIRE, Paulo. Extensão ou comunicação? Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1971.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da esperança : um reencontro com a pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1992.

FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1993.

GADOTTI, Moacir. Escola Cidadã. Polêmicas do nosso tempo. São Paulo: Cortez/ Autores Associados, 1992.

GAMA, Ruy. A tecnologia e o trabalho na história. São Paulo: Nobel: Editora da Universidade de São Paulo, 1986.

Escola Estadual do Campo Getúlio Vargas – Ensino Fundamental

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178 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - 2011

GARCIA, Regina Leite. Um Currículo a favor dos alunos das Classes populares. In Currículos e Programas, como revê-los hoje? Caderno Cedes 13. São Paulo, Cortez, 1985.

GHIRALDELLI, Paulo. O que é Pedagogia? São paulo: Primeiros Passos, 1987.

HERNANDEZ, Fernando. Cultura Visual, Mudança Educativa e Projeto de Trabalho. Porto Alegre: ARTMED, 2000.

HOFFMAN, Jussara. Avaliação, Mito e Desafio, uma perspectiva construtivista. Porto Alegre: Editora Mediação, 2003.

HORA, Dinair Leal da. Gestão Democrática na Escola. Campinas: Papirus, 1997.

HUTMACHER, W. A Escola em todos seus estudos: da política de sistemas a estratégias de desenvolvimento. In: Nôvoa, A. As Organizações Escolares em Análise. Lisboa: Dom Quixote, Instituto de Inovação Educacional, 1992.

KOTLER, Philip e ARMSTRONG, Gary. Princípios de Marketing. LTC Livros Técnicos e Científicos Editora S.A, Rio de Janeiro, 7a. Edição.

LÈVY, Pierre – As Tecnológias da Inteligência. São Paulo – Editora 34, 1998

LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem escolar. São Paulo, Cortez Editora, 1996.

Escola Estadual do Campo Getúlio Vargas – Ensino Fundamental

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179 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - 2011

LUCK, Heloísa – Pedagogia Interdisciplinar. Petropólis – Editora Vozes, 1990

MEC, Referenciais Curriculares Nacionais – Gestão.2000.

MELCHIOR, Maria Celina. Avaliação Pedagógica - Função e Necessidade. Porto Alegre, Mercado Aberto, 1994.

MELLO, Guiomar N. de. Autonomia da Escola: possibilidades, limites e condições. In: VELLOSO, Jacques. Estado e Educação. Campinas: Papirus, 1992.

MOREIRA, Antonio Flávio. Currículo: políticas e práticas. Campinas: Papirus, 1999.

MORETTO, Vasco. Prova, um momento privilegiado de estudo, não um acerto de contas. Rio de Janeiro: DP&A editora, 2003.

NOGUEIRA, Nilbo R.- Interdisciplinaridade Aplicada. São Paulo –Editora Ática, 1998.

OLIVEIRA, Martha Kohl. Vygotsky - Aprendizado e Desenvolvimento: um processo sócio histórico. São Paulo: Scipione, 1993.

OSOWSKI, Cecília. Educação Básica e Relações de Poder. Porto Alegre- Editora Sulinas/Unisinas, 1996.

OSOWSKI, Cecília. Educação Básica e Relações de Poder. Porto Alegre- Editora Sulinas/Unisinas, 1996

Escola Estadual do Campo Getúlio Vargas – Ensino Fundamental

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180 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - 2011

PARANÁ, Superintendência de Educação. Orientações pedagógicas. Semana Pedagógica de Fevereiro e Agosto de 2010.

PARO, Vitor H. Administração Escolar. Introdução Crítica. São Paulo: Cortez, 1993.

PERRENOUD, Ph. Construir as Competências desde a Escola. Porto Alegre (Brasil), Artmed Editora (trad. en portugais de Construire des compétences dès l'école, Paris, ESF, 1997, 2e éd. 1998).

PERRENOUD, Ph. Construir compêtencias é virar as costas aos saberes ?. Pátio. Revista pedagogica (Porto Alegre, Brasil) n° 11, Novembro, pp. 15-19 (trad. en portugais de " Construire des compétences, est-ce tourner le dos aux savoirs ? ", Résonances, novembre 1998, n° 3, pp. 3-7) [1999_39].

PERRENOUD, Ph. Dez Novas Competências para Ensinar. Porto Alegre (Brasil), Artmed Editora (trad. en portugais de Dix nouvelles compétences pour enseigner. Invitation au voyage, Paris, ESF, 1999).

PERRENOUD, Ph. Programas escolares orientados para as compêtencias. O que fazer da ambigüidade ?, Pátio. Revista pedagogica (Porto Alegre, Brasil) n° 23, Setembro-Outubro, pp. 8-11 (2002_28).

PIAGET, J. O Nascimento da Inteligência. Lisboa: D. Quixote, 1986.

PIAGET, Jean. A Epistelomogia Genética; Sabedoria e Ilusões da Filosofia; Problemas de Psicologia Genética. In.: Piaget. Traduções de Nathanael C. Caixeiro, Zilda A. Daeir, Celia E.A. Di Pietro. São Paulo: Abril Cultural, 426p. (Os Pensadores), 1978.

Escola Estadual do Campo Getúlio Vargas – Ensino Fundamental

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181 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - 2011

PIAGET, Jean. Aprendizagem e Conhecimento. Rio de Janeiro: Freitas Bastos, 1978.

PIAGET, Jean. O Trabalho por Equipes na Escola: bases psicológicas. Trad. Luiz G. Fleury. Revista de Educação. São Paulo: Diretoria do Ensino do Estado de São Paulo. vol. XV e XVI, 1936. p. 4-16.

PIAGET, Jean. Para Onde Vai a Educação? Trad. Ivete Braga. Rio de Janeiro: José Olympio, 89p, 1973.

PIMENTA, Selma Garrido (Org.). Pedagogia, Ciência da Educação? São Paulo : PIMENTA, Selma Garrido. A Construção do Projeto Pedagógico na Escola de 1o. Grau. In: Série Idéias nº8. São Paulo: FDE/ Governo do Estado de São Paulo, 1992.

PINTO, Jorge. A avaliação pedagógica numa organização curricular centrada no desenvolvimento de competências. www.deb.min- edu.pt/revista4/avaliaçãopedagógica/avaliaçãopedagógica02.htm, 2003.

PRAIS, Maria de Lourdes Melo. Administração Colegiada na Escola Pública. Campinas. Papirus, 1996.

RESENDE, Lúcia Maria Gonçalves de.; VEIGA, Ilma Passos A .( orgs.). Escola: espaço do Projeto Político-Pedagógico. Campinas: Papirus, 1998.

RIBEIRO, Nilbo. Pedagogia de Projetos. São Paulo: Érica, 1959.

RIOS, Terezinha A. Significados e Pressupostos do projeto pedagógico. In: Série Idéias nº 15, São Paulo: FDE, 1993.

Escola Estadual do Campo Getúlio Vargas – Ensino Fundamental

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182 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - 2011

SANDER, B. Consenso e Conflito. São Paulo: Pioneira, 1984.

SAVIANI, Demerval. Escola e Democracia: Polêmicas do nosso tempo. Campinas: Autores Associados, 1994.

SAVIANI, Dermeval. Contribuições da filosofia para a educação. Em Aberto, Brasília, n. 45, p. 3-9, jan./mar. 1990.

SEVERINO, Antonio Joaquim: O Projeto Político Pedagógico: a saída para a escola. Revista da AEC, Brasília, v.27, n 107, p.81-90, 1998.

SOUZA, Herbert de. Em nome da ética. Folha de São Paulo, 21 de agosto de 1984.Unicamp, 1996.

VEIGA, Ilma Passos A. (org.). Projeto político-pedagógico da escola. Campinas: Papirus, 1995.

VIEIRA PINTO, A. Ciência e existência. Rio de Janeiro : Paz e Terra, 1969.

VYGOTSKY, Lev Semenovich. Pensamento e Linguagem – texto extraído da Revista Nova Escola nº 23, 2005.

REGIMENTO Escolar da Escola Estadual do Campo Getúlio Vargas-Ensino Fundamental, 2008.

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SEGUNDA PARTE

6. PROPOSTA CURRICULAR PARA O ENSINO FUNDAMENTAL

APRESENTAÇÃO

A Escola Estadual Getúlio Vargas – Ensino Fundamental, do Município de Engenheiro Beltrão, apresenta sua Proposta Curricular para análise e aprovação. A presente proposta é fruto de Estudos sobre as Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná formuladas pelos Professores da Rede Pública do Estado. Para a realização da presente proposta primeiramente foi necessária uma revisão do Projeto Político Pedagógico, onde a comunidade escolar teve a oportunidade de refletir sobre pontos básicos: principalmente sobre a Escola que temos e a Escola que queremos para então a partir daí formular uma proposta Curricular que atendesse aos anseios da Comunidade para a construção de uma escola democrática, aberta aos interesses do grupo de estudantes e capacitada para oferecer uma educação de qualidade.

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A presente proposta é também uma conquista do grupo de Professores, enquanto agentes educativos conhecedores das reais necessidades dos estudantes. O currículo aqui apontado é o caminho mais seguro para o sucesso do ensino, pois parte da realidade local, para a realidade global, diferente dos currículos anteriores, ditados por mestres distantes da realidade do aluno, onde o papel do professor era simplesmente o de repassador de conteúdos editados por currículos e programas estabelecidos por uma esfera maior . Desde o ano de 2003, os Professores da escola vêm se capacitando por meio de Grupos de Estudos para a elaboração do Novo Currículo, um currículo que realmente atendesse aos interesses dos alunos e que pudesse transformar a Sociedade. Os Professores da escola Estadual Getúlio Vargas, acreditam que a Escola Pública é a responsável pela formação da sociedade de massa, e que pela Escola através da reflexão – ação pode-se formar uma Sociedade coesa, e que é preciso que a educação de base seja capaz de transformar, transcender e apontar novos rumos para as nossas crianças e jovens. A presente Proposta Curricular , está baseada no princípio da construção do conhecimento pelo estudante, tendo o professor como agente educador e mediador do processo pedagógico. Além da utilização dos recursos didáticos disponíveis, a proposta curricular para o ENSINO FUNDAMENTAL neste Estabelecimento de Ensino busca fundamentarem-se nos chamados pilares do conhecimento, o aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a conviver e o aprender a ser, para o desenvolvimento integral do estudante.

Em consonância com as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental, as áreas do conhecimento a serem trabalhadas

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serão:

Artes Ciências Educação Física Ensino Religioso Geografia História Língua Portuguesa Matemática Língua Estrangeira Moderna – Inglês

A concepção pedagógica da presente proposta curricular, aponta no sentido de que: A escola existe antes de tudo, para os alunos aprenderem o que não

podem aprender sem ela; O professor organiza a aprendizagem, avalia os resultados, incentiva a

cooperação, estimula a autonomia e o senso de responsabilidade dos estudantes;

Nada substitui a atuação do próprio aluno no processo de aprendizagem;

O ponto de partida é sempre o conhecimento prévio do aluno; A avaliação é um instrumento de melhoria do ensino e não uma arma

contra o aluno; A aprendizagem bem-sucedida promove a auto-estima do aluno; o

fracasso ameaça o aprender e é o primeiro passo para o desinteresse. A Inclusão é uma possibilidade que se abre para o aperfeiçoamento da

educação escolar e para o benefício de todos os alunos com ou sem deficiência.

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Nosso Projeto Político Pedagógico prevê que Ensinar é marcar um encontro com o Outro e a inclusão escolar provoca, basicamente, uma mudança de atitudes diante do Outro, esse que não é mais um indivíduo qualquer, com o qual convivemos um certo tempo de nossas vidas. Mas alguém que é essencial para a nossa constituição como pessoa e como profissional e que nos mostram os nossos limites e nos faz ir além. Cumprir o dever de incluir todas as crianças na escola, sejam elas deficientes ou não supõe, portanto, considerações que extrapolam a simples inovação educacional e que implicam o reconhecimento de que o outro é sempre diferente, pois a diferença é o que existe, a igualdade é inventada e a valorização das diferenças impulsiona o progresso educacional.Como não poderia deixar de ser, o conteúdo da proposta incorpora as sugestões das várias abordagens apresentadas nos últimos anos para a Educação Física Escolar, devidamente selecionadas com os olhos voltados para os aspectos e elementos em comum e não para diferenças e peculiaridades de cada uma dessas abordagens. Com isso, procurou-se garantir a coerência interna da proposta, evitando-se tanto o viés programático como o ecletismo conceitual, tão criticados nas propostas anteriores.

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6.1 PROPOSTA CURRICULAR

LÍNGUA PORTUGUESA – ENSINO FUNDAMENTAL

6º ao 9º anos

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

Pensar o ensino da Língua e da Literatura implica pensar também nas contradições, nas diferenças e nos paradoxos do quadro complexo da contemporaneidade. A rapidez das mudanças ocorridas no meio social e a percepção das inúmeras relações de poder presentes nas teias discursivas que atravessam o campo social, estão a requerer dos professores, uma mudança de posicionamento no que se refere a sua própria ação pedagógica.

O ensino de Língua Portuguesa que tem como perspectiva central o uso da linguagem, aprimorando a comunicação, incutindo no aluno os poderes da linguagem, e favorecendo situações didáticas que levem à reflexão da linguagem, facilitando o seu entendimento e seu melhor uso, admitindo como propósito fundamental desse estudo que a língua é um sistema de signos específicos, históricos e sociais, que possibilita a homens e mulheres significar a mundo e a sociedade; é na linguagem que o homem se reconhece humano, interage e troca experiências, compreende e realidade em que está inserido e o seu papel como participante da sociedade.

Nessa perspectiva, toda reflexão com e sobre a língua só tem sentido se considerar, como ponto de partida, a dimensão dialógica da linguagem presente que possibilite experiências reais de uso da língua materna. Os conceitos de texto e de leituras não se restringem, à linguagem escrita, eles abrangem, além dos textos escritos e falados, e

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integração da linguagem verbal com as outras linguagens; as artes visuais, a música, o vídeo, a televisão, o rádio, a publicidade, os quadrinhos, as charges, e todas as formas infográficas ou qualquer outro meio linguageiro criado pelo homem.

A ação pedagógica referente à língua, portanto, precisa pautar-se na interlocução, em atividades planejadas que possibilitem ao aluno não só a leitura e a expressão oral ou escrita, mas, também, refletir sobre o uso que faz da linguagem nos diferentes contextos e situações.

A escola tem agido como se a escrita fosse a língua, ou como se todos os que ingressam na escola falassem da mesma forma. Na escola, nossa racionalidade se exercita com e escrita, desconsiderando a oralidade. No entanto, vale considerar que as possibilidades de trabalho com a oralidade são muito ricas e apontam diferentes caminhos. Devemos lembrar que a criança, quando chega à escola, já domina a oralidade, pois cresce ouvindo e falando a língua na interação com o outro, seja através das cantigas, das narrativas, dos causos contados no seu grupo social, do dialogo dos falantes que a cercam no dia-a-dia ou até mesmo do rádio, TV e outras mídias. O espaço escolar, então, deve propiciar e promover atividade que possibilitem ao aluno tornar-se falante cada vez mais ativo e competente, capaz de compreender os discursos dos outros e organizar os seus de forma clara e coerente.

A escola, ao apresentar a norma culta como a legitima, ignora os fatores que geram essa imensa diversidade linguística: localização geográfica, faixa etária e situação socioeconômica, escolaridade, o professor precisa ter clareza de que tanto a norma padrão quanto às outras variedades, embora apresentem diferenças entre si, são igualmente lógicas e bem estruturadas. Não se devem tomar as variedades linguísticas como pretexto para discriminação social, mas promover o diálogo entre os diferentes falares ressaltando a necessidade

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de usa seleção e adequação as circunstâncias do processo de interlocução.

É partindo, pois, dessa realidade que o professor deve planejar e desenvolver um trabalho com a oralidade que permita ao aluno não só conhecer e usar também a outra variedade linguística, a padrão, como também entender a necessidade desse uso em determinados contextos sociais. É função da escola e do professor trabalhar com o bidialetalismo, preparando o aluno para o emprego da língua padrão, mas sabendo que, em situações informais, ele continuará utilizando o dialeto que lhe é peculiar.

A leitura é o processo de produção de sentido que se dá a partir de interações sociais ou relações dialógicas que acontecem entre o texto e o leitor. Destaca a importância, na leitura, das experiências, dos conhecimentos prévios do leitor, que lhe permitem fazer previsões e inferências sobre o texto. O leitor constrói e não apenas recebe um significado global para o texto, ele procura pistas formais, formula e reformula hipóteses, aceita ou rejeita conclusões, utilizando estratégias baseadas no seu conhecimento linguístico e na sua vivencia sociocultural.

Um texto agencia um espaço de interlocução que multiplica, potencializando, as possibilidades de leitura. Assim um texto leva a outro texto, mas leva também ao desejo, a uma política de singularização do leitor que, convocado pelo texto, participa da elaboração dos significados, confrontando o texto lido com o saber que é seu, com a sua experiência de vida.

O professor pode planejar uma ação pedagógica que permita ao aluno não só a leitura de textos para os quais já tenha construído um grau de conhecimento, como também a leitura de textos mais difíceis, impliquem o desenvolvimento de novas estratégias com a devida mediação do professor. O texto literário é um excelente meio de contato

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com a pluralidade de significados que a língua assume em seu máximo grau de efeito estético.

O gênero textual tem suas peculiaridades: a composição, a estrutura e o estilo do texto variam conforme se produza uma história, um poema, um bilhete, uma receita, um texto de opinião, ou um outro tipo de texto. A capacidade de escrita, criatividade e outros fatores relacionados ao ato de escrever, só se aprende na pratica da escrita em suas diferentes modalidades. O contato do aluno com a produção escrita de diferentes tipos de textos, a partir das experiências sociais possibilitam a pratica de criação e permite ao aluno ampliar o próprio conceito de gênero.

O envolvimento do aluno e do professor com a escrita é um processo que acontece em vários momentos: o da motivação para a produção de texto, o da reflexão que deve proceder e acompanhar todo o processo de produção, o da revisão, reestruturação e reescrita do texto, que acaba se constituindo, também em um produtivo momento de reflexão.

O mais importante, é criar oportunidades para o aluno refletir, construir, levantar hipóteses, a partir da leitura e da escrita de diferentes textos, única instância em que o aluno pode chegar a compreensão de como a língua funciona e a decorrente competência textual.

Durante muito tempo o conteúdo gramatical, legitimado por uma classe social influente e pela tradição acadêmica/escolar, tem sido a base para o ensino de Língua Portuguesa, e, por assim ser, tem havido uma forte resistência em questionar sua presença quase que exclusiva no ensino de Língua Portuguesa. Possibilita também o diálogo com conceitos diversos que, somados, conseguem abranger toda a complexidade que envolve o processo de uso da língua, não contemplada dentro de uma perspectiva exclusivamente gramatical.

Em sala de aula ou em outros espaços de encontro com os alunos, os professores de Língua Portuguesa e Literatura tem o papel de promover e empregar o discurso da oralidade em diferentes situações de uso,

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sabendo adequa-la a cada contexto e interlocutor, descobrindo as intenções que estão implícitas nos discursos do cotidiano e posicionando-se diante dos mesmos, desenvolvendo o uso da língua escrita em situações discursivas realizadas por meio de práticas sociais, considerando-se os interlocutores, os seus objetivos, o assunto tratado, os gêneros e suportes textuais e o contexto de produção/leitura, fazendo a reflexão sobre os textos produzidos, lidos ou ouvidos, atualizando o gênero e tipo de texto, assim como os elementos gramaticais empregados na sua organização, aprimorando, a capacidade de pensamento crítico e a sensibilidade estética dos alunos propiciando através da leitura, a constituição de um espaço dialógico que permita a expansão lúdica do trabalho com as práticas da oralidade, da leitura e da escrita.

Tendo em mente que o ensino da língua é um processo longitudinal de aprendizagem que por meio da inserção e participação dos alunos em processos interativos da língua oral e escrita que se inicia na alfabetização, vai consolidar no decurso da vida acadêmica e não se esgota no período escolar, pois se estende por toda a vida, para tanto é necessário uma formação ao desenvolvimento de suas potencialidades como elemento de auto-realização, participação individual do aluno, a sua exposição de ideias de modo claro, a fluência de sua falta, a participação organizada, o seu desembaraço, as suas contribuições e principalmente a consistência argumentativa de sua fala proporcionando como uma condição do processo de letramento que materializa em leitura de textos orais e escritos, tomando a leitura do texto como unidade básica manifestada em enunciações concretas determinadas pelos gêneros textuais.

É através da prática da leitura que se promove a formação de leitores autônomos e críticos através da apreciação de textos e de atividades diversas que valorizem a capacidade artística e a criatividade despertando o interesse e gosto.

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É fundamental incentivar os alunos a refletir, a expressar suas idéias, trocar opinião e posicionar-se sobre os conteúdos dos textos lidos, assim perceberão as funções sociais dos diferentes textos, identificando as funções da linguagem presentes em cada modalidade textuais, oportunizando-os à descobertas nos níveis semânticas, sintáticas, morfológicas e discursivas de cada gênero textual estudado, envolvendo a coesão e a coerência para através de uma visão cultural e literária, uma abordagem interdisciplinar, com a contextualização dos significados e a exploração de temas como pluralidade cultural, cidadania e ética.

É importante que as atividades de escrita do educando seja avaliada de forma consciente levando-se em consideração as experiências cotidianas como produto do seu trabalho e pensamento . Cabe ao educador operacionalizar os conhecimentos discursivos, semânticos e gramaticais presentes na construção da significação dos textos, estabelecendo as relações entre as informações oferecidas por textos verbais e não verbais, empregando recursos próprios do padrão escrito na organização textual, a ortografia padrão, as regras linguisticas do padrão culto da língua. Considerando que o conhecimento gramatical terá mais eficiência se estiver a serviço da comunicação, tomando como base o texto, “unidade básica da linguagem verbal”, articulado, portanto, às práticas da linguagem, devem ampliar o domínio ativo do discurso nas diversas situações comunicativas, constituindo um conjunto de conhecimentos sobre o funcionamento da linguagem e sobre o sistema linguístico para as práticas de escuta, leitura e escrita. Assim apropriando-se de instrumentos de natureza procedimental e conceitual necessários para a análise e reflexão linguística. As relações estabelecidas entre elas e as funções discursivas associadas a elas no contexto, compreende o efeito do emprego ou não de operadores argumentativos e de modalizadores, levando em consideração os variados

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193 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - 2011

tipos de texto, analisando criticamente os diferentes discursos, inclusive o próprio e desenvolvendo a capacidade de avaliação dos textos.

Devemos conhecer e valorizar as diferentes variedades do português, procurando combater o preconceito linguístico e desenvolver a capacidade de articulação do pensamento, através da observação e da discussão das relações gramaticais, oferecendo novas possibilidades de expressão.

OBJETIVO GERAL

Empregar a língua oral e escrita em diferentes sitações de uso, sabendo adequá-la a cada contexto e interlocutor , descobrindo as intenções que estão implícitas nos discursos do cotidiano para aprender a posicionar-se diante dos mesmos.

CONTEÚDOS

LÍNGUA PORTUGUESA - 6º ano

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL

CONTEÚDOS BÁSICOS

GÊNEROS DISCURSIVOS

Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos

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194 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - 2011

conforme suas esferas sociais de circulação. Na 5ª série os gêneros discursivos trabalhados serão as variedades linguísticas, Formalidade e informalidade:

Bilhete Convites cartão cartão -postal carta pessoal e-mail Cantigas de roda Causos Contos de fada Fábulas Adivinhas Anedotas Lendas Histórias em quadrinhos Álbum de família Memórias Receitas Literatura de cordel; Biografias Relato histórico Pesquisas: verbetes

LEITURA

Tema do texto Interlocutor Finalidade

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195 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - 2011

Aceitabilidade do texto Discurso direto e indireto elementos composicionais do gênero Léxico Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes

gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos: aspas, travessão, negrito;

Figuras de linguagem

ESCRITA Tema do texto Interlocutor Finalidade do texto Informalidade Argumentatividade Discurso direto e indireto Elementos composicionais do gênero Divisão do texto em parágrafos Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes

gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos: aspas, travessão, negrito, figuras de linguagem

Processo de formação das palavras Acentuação gráfica Ortografia Concordância verbal/nominal

ORALIDADE

Tema do texto; Finalidade;

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196 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - 2011

Argumentatividade; Papel do locutor e interlocutor Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc. Adequação do discurso ao gênero Turnos da fala Variações linguísticas Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos

semânticos

LÍNGUA PORTUGUESA - 7º ano

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL

CONTEÚDOS BÁSICOS

GÊNEROS DISCURSIVOS

Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de circulação. Na 6ª série os gêneros discursivos trabalhados serão as variedades linguísticas, Formalidade e informalidade:

Texto e artigos de opinião; Caricatura; Texto argumentativos; Textos narrativos; Textos descritivos; Relatório;

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197 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - 2011

Resumo; Ata; Cartazes; Resenha; Pesquisas; Cartum; Charge; Folders; Tiras; Notícia; Entrevista; Classificados; Paródias; Poemas; Romance; Músicas.

LEITURA

Tema do texto; Interlocutor; Finalidade do texto; Informatividade; Aceitabilidade; Situacionalidade; Intertextualidade; Informações explicitas e implícitas; Discurso Direto e indireto; Elementos composicionais do gênero; Repetição proposital de palavras;

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198 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - 2011

Léxico; Ambiguidade; Marcas linguisticas: coesão, coerência, função das classes

gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos, figuras de linguagem.

ESCRITA

Tema do texto; Interlocutor; Finalidade do texto; Informatividade; Discurso direto e indireto; Elementos composicionais do gênero; Marcas linguisticas: coesão, coerência, função das classes

gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos, figuras de linguagem;

Processo de formação das palavras; Acentuação gráfica; Ortografia; Concordância verbo/nominal;

ORALIDADE

Tema do texto; Finalidade; Papel do locutor e interlocutor; Elementos linguisticos: entonação, pausas, gestos, etc.; Adequação do discurso ao genero; Turnos da fala;

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199 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - 2011

Variações linguisticas; Marcas linguisticas: coesão, coerência, gírias, repetição; Semântica.

LÍNGUA PORTUGUESA - 8º ano

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL

CONTEÚDOS BÁSICOS

GÊNEROS DISCURSIVOS

Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de circulação. Na 7ª série os gêneros discursivos trabalhados serão as variedades linguísticas, Formalidade e informalidade:

Juri simulado; Crônicas; Mesa redonda; Reportagens; Anúncio; Panfletos; Carta ao leitor; Desenho animado; Telejornal; Torpedos;

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200 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - 2011

Verbetes; Parlendas; Piadas; Provérbio; Quadrinhas; Trava-línguas; Blogs; Chat; Fotoblog; Fotografia; Filmes; Publicidade; Propaganda; Slogan; Outdoor; Notícia; Mapas; Manchete; Manifesto; Mesa redonda

LEITURA

Conteúdo temático Interlocutor; Intencionalidade do texto; Aceitabilidade do texto; Informatividade; Situacionalidade; Intertextualidade;

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201 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - 2011

Vozes sociais presentes no texto; Elementos composicionais do gênero; Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do

texto; Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes

gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito;

Semântica; Operadores argumentativos; Ambiguidade Sentido conotativo e denotativos das palavras no texto; Expressões que denotam ironia e humor no texto.

ESCRITA

Conteúdo temático; Interlocutor; Intencionalidade do texto; Informatividade; Situacionalidade; Vozes presentes no texto; Elementos composicionais do gênero; Relação causa e consequência entre as partes e elementos do

texto; Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes

gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito;

Concordância verbal e nominal; Papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas

e sequenciação do texto;

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202 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - 2011

Semântica; Operadores argumentativos; Ambiguidade; Significado das palavras; Sentido conotativo e denotativo; Expressões que denotam ironia e humor no texto.

ORALIDADE

Conteúdo temático; Finalidade; Aceitabilidade do texto; Informatividade; Papel do locutor e interlocutor; Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e

gestual, pausas, etc; Adequação do discurso ao gênero; Turnos da fala; Variações linguísticas: lexicais, semânticas, prosódia; Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição; Elementos semânticos; Adequação da fala ao contexto: uso de conectivos, gírias, repetições,

etc.; Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.

LÍNGUA PORTUGUESA – 9º ano

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203 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - 2011

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL

CONTEÚDOS BÁSICOS

GÊNEROS DISCURSIVOS

Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de circulação. Na 8ª série os gêneros discursivos trabalhados serão as variedades linguísticas, Formalidade e informalidade:

Poemas; Poesias; Letras de músicas; Desenho animado; Crônicas; Discurso político; Fórum; Seminário; Verbetes de Enciclopédias; Texto argumentativo; Texto científico; Requerimento; Reportagem; Vídeo conferência;

Carta ao leitor; Leis; Estatutos; Regimentos; Regulamento;

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204 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - 2011

E-mail; Reality show; Texto argumentativo; Crônicas de ficção; Publicidade e propaganda; Carta de emprego; Carta de reclamação; Carta de solicitação; Declaração dos direitos humanos; Depoimento.

LEITURA Conteúdo temático; Interlocutor; Intencionalidade do texto; Aceitabilidade do texto; Informatividade; Situacionalidade; Intertextualidade; Temporalidade; Discurso ideológico presente no texto; Vozes sociais presentes no texto; Elementos composicionais do gênero; Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do

texto; Partículas conectivas do texto; Progressão referencial no texto; Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes

gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito;

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205 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - 2011

Semântica; Operadores argumentativos; Polissemia; Sentido conotativo e denotativo; Expressões que denotam ironia e humor no texto.

ESCRITA Conteúdo temático; Interlocutor; Intencionalidade do texto; Informatividade; Situacionalidade; Intertextualidade; Temporalidade; Vozes sociais presentes no texto; Elementos composicionais do gênero; Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do

texto; Partículas conectivas do texto; Progressão referencial no texto; Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes

gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito, etc.;

Sintaxe de concordância; Sintaxe de regência; processo de formação de palavras; Vícios de linguagem; Semântica: operadores argumentativos; Modalizadores; Polissemia.

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206 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - 2011

ORALIDADE Conteúdo temático; Finalidade; Aceitabilidade do texto; Informatividade; Papel do locutor e interlocutor; Elementos extralinguísticos: entonação, expressão facial, corporal e

gestual, pausas; Adequação do discurso ao gênero; Turnos da fala; Variações linguísticas: lexicais, semânticas, prosódicas entre outras; Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, conectivos; Semântica; Adequação da fala ao contexto: uso de conectivos, gírias, repetições,

etc.; Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.

6.5 METODOLOGIA DA DISCIPLINA DE LÍNGUA PORTUGUESA

A prática de sala de aula requer uma metodologia articulada com uma opção política. Assim, ao pensar acerca do ensino de Língua Portuguesa, faz-se necessário pensar a “concepção de linguagem” e a postura em relação à educação, tomada como referenciais na escolha da metodologia a ser utilizada em sala de aula.

O encaminhamento metodológico da língua portuguesa terá como unidade de ensino o texto, em sua grande diversidade de gêneros, levando em conta que o mesmo coloca o aluno sempre frente a tarefas globais e complexas para garantir a apropriação efetiva dos múltiplos

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207 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - 2011

aspectos envolvidos. Será necessário que o professor produza-o nas práticas de escuta, leitura e produção, permitindo que o trabalho com a leitura permita a passagem gradual da leitura não comum para uma leitura mais extensiva.

Além da escrita, leitura e produção de texto, é necessária a realização de atividades que envolvam manifestações de trabalhos sobre a língua e suas propriedades como trabalho de observação, descrição, por meio do qual se constrói explicações para os fenômenos lingüísticos característicos das práticas discursivas.

Serão empregadas estratégias de compreensão dos diversos Gêneros Discursivos, que se distinguem do falar cotidiano, articulando elementos linguísticos a outros de natureza não verbal e, quando necessário registro e documentação escrita.

Serão explicitados a forma e o conteúdo do texto em função das características de gênero e do autor, fazendo uma seleção de procedimentos de leitura em função dos diferentes objetivos. Serão estabelecidos relações necessárias entre o texto e outros textos e recursos de natureza suplementar para a compreensão e interpretação do texto.

Estabelecer-se-á a progressão temática em função das marcas de segmentação textual, tais como mudanças de capítulo ou de parágrafos, títulos e subtítulos, para textos em prosa, colocação em estrofes e versos, para textos em versos.

Far-se-á levantamento a analise de indicadores linguísticos e extralinguísticos presentes no texto para identificar as varias vozes do discurso e o ponto de vista que determina o tratamento dado ao conteúdo, com a finalidade de confrontá-lo com outros textos, com outras opiniões e para que se possa posicionar criticamente diante dele.

Sabendo - se que esse conhecimento se constitui a partir do saber existente no aluno, somado ao que o professor detém, ocorrerá a real

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208 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - 2011

construção do conhecimento através do diálogo e da interação, viabilizando, assim, a verdadeira troca de experiências e, consequentemente, a aprendizagem. Para a Cultura Afro Brasileira e Indígena- Lei 11.645 a ênfase será na formação da língua brasileira, origem das palavras, as lendas, contos e histórias e o respeito à diversidade. Salientamos que, embora o trabalho com a Cultura Afro-Brasileira e Indígena se efetive nas práticas com a linguagem, via Gêneros discursivos. Na elaboração do Plano de Trabalho Docente (PTD), faz- se necessária a indicação dos conteúdos e dos gêneros discursivos que contemplem os pressupostos da Lei 11.645, face ao parecer legal de aprovação.

Os conteúdos Geografia e História do Paraná (Lei nº13381/01); Música (Lei 11.769/08); Prevenção ao uso indevido de drogas, sexualidade humana; Educação Ambiental ( Lei 9795/99) Dec.4201/02; Educação Fiscal; Enfretamento à violência contra a Criança e ao Adolescente ( Lei Federal nº 11525/07; Educação Tributária Dec. nº1143/99, portaria nº 413/02, serão abordados de forma contextualizada aos conceitos de ensino de Língua Portuguesa sempre que for possível a articulação entre os mesmos. Sendo a Escola o local ideal para combater o preconceito é preciso que o Professor de Português esteja comprometido com a educação inclusiva, numa proposta de ensino desafiadora, consciente de seu papel de formador.

As aulas devem ser planejadas de forma que sempre que for necessário haja tempo específico para atender os alunos com necessidades especiais individualmente, procurando sanar as dificuldades específicas de cada um. Dessa forma, aluno e professor vivenciarão práticas de ensino em que os alunos são respeitados em sua individualidade e ainda percebam seus progressos em relação a si próprio,

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209 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - 2011

dentro do seu ritmo de aprendizagem – A inclusão exige tolerância e compromisso por parte de toda a Equipe Escolar. Por meio da leitura, o aluno fará a construção de seu próprio saber. A ação pedagógica deve estar voltada a um trabalho metodológico onde o aluno consiga desenvolver inferências, percebendo o contexto e a intertextualidade contida nos textos. Esse trabalho deverá estar vinculado por meio da leitura de textos diversos, tais como textos literários, informativos, descritivos, narrativos dissertativos e outros gêneros literários. A escrita deve ser desenvolvida num contexto de interação e interlocução com tipologias textuais para que o aluno aprimore sua condição enquanto escritor. A Oralidade será desenvolvida a partir do uso da fala valorizando –se a produção de discursos nos quais o aluno realmente se constitua como sujeito do processo interativo, em situações reais para que ele conheça a variedade de padrão da língua entendendo a necessidade e a importância de seu uso em determinados contextos sociais.

Partindo desses pressupostos, estabeleceu-se como parâmetros metodológicos para o ensino da Língua Portuguesa neste Estabelecimento de Ensino:

Proporcionar ao educando a oportunidade de aquisição do domínio da variante culta da língua, acrescida da reflexão sobre as razões extralinguísticas que determinam a aplicação dessa variedade dialética em detrimento das demais, impedindo que haja da depreciação dos demais falares tomados como “errôneos” e contribuindo para a percepção da pluralidade lingüística e cultural.

Aulas pautadas no ensino da língua, propriamente dita, com a compreensão de que a linguagem se constitui em meio de interação entre as pessoas e que, portanto, o estudo da metalinguagem e as aulas de descrição da língua não garantem e competência linguística;

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Articulação de situações didáticas em que o educando perceba as diferentes linguagens como meios de organização cognitiva do mundo;

Produção de texto orais e escritos. Trabalho pedagógico expresso por meio de práticas pedagógicas

que estimulem o aluno ao levantamento de hipóteses linguísticas, que o leve a refletir sobre o uso da linguagem de modo que este possa, construir seu próprio conhecimento, através da intermediação do professor;

Respeito à diversidade; Estimulação à leitura de obras literárias.

Os métodos de trabalho com a Literatura, o Método Recepcional e a Teoria do Efeito priorizam o leitor e a obra literária apresentada como capaz de ser atualizada, no momento da leitura. O texto literário não pode ser utilizado como pretexto. É arte e como arte, serve como entretenimento, lazer, por isso é necessário o encantamento do aluno pela arte da palavra. Isto, porém, não impede o aluno de conhecer os gêneros literários- estrutura composicional, tema e demais elementos que levam o aluno a uma leitura efetiva do texto.

Mediante o grande número de gêneros elencados em cada série, o professor deverá identificar os que serão trabalhados mais profundamente quando da elaboração do Plano de Trabalho Docente.

O encaminhamento metodológico constará de: Introdução do tema por meio de conversa sobre as personagens que

aparecem na ilustração; Motivação do aluno para participação e explorar o conhecimento

prévio; Leitura silenciosa; Leitura oral, feita pelo professor, com ênfase na entonação;

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211 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - 2011

Resolução de questões individualmente pelos alunos ou em grupos, dos tópicos de compreensão do texto, a linguagem do texto e cruzando linguagens;

Atividades orais que promovam a leitura dramatizada de partes do texto;

Debates sobre os temas dos textos apresentados; Resolução de exercícios propostos individualmente, em duplas ou

em pequenos grupos; Pesquisas em jornais e revistas e propagandas, em anúncios

publicitários escritos e letras de música, em placas de rua, na linguagem popular.

Concursos, gincanas e brincadeiras; Leitura extraclasse; Introdução de temas que promovam a leitura da Cartum e a

discussão de ideias contidas nele; Uso das diversas linguagens: humorísticas, publicitária, etc. Leitura extraclasse; Confecção de painéis;

CRITÉRIOS E INTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO

A avaliação será conduzida tendo em vista os objetivos definidos como produto desejado, tendo como pressupostos a capacidade dos alunos em ampliar seus conhecimentos ao longo do processo escolar.

Todavia, é imprescindível que a avaliação seja contínua e priorize a qualidade e o processo da aprendizagem, ou seja, o desempenho do aluno ao longo do ano letivo. Por isso, em lugar de apenas avaliar por meio de provas, o professor pode utilizar a observação diária e instrumentos variados, selecionados de acordo com cada conteúdo e/ou objetivo.

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212 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - 2011

A avaliação será diagnóstica, somativa, qualitativa, formativa, contínua, permanente, cumulativa, levando em consideração as atividades desenvolvidas, a capacidade de síntese e a elaboração pessoal sobre a memorização.

A avaliação diagnóstica será realizada por meio da Leitura, Escrita e Oralidade e consistirá em orientar o aluno para o convívio social, para isso o professor verificará se o aluno consegue: Perceber e respeitar diferentes pontos de vista nas situações de convívio; Usar diálogo como instrumento de comunicação na produção coletiva de ideias e na busca de solução de problemas; Buscar a justiça no enfrentamento das situações de conflito; Atuar de forma colaborativa nas relações pessoais, bem como se sensibilizar por questões sociais que demandam solidariedade; Conhecer os limites colocados pela escola e participar da construção coletiva de regaras que organizam a média do grupo; Participar de atividades em grupo com responsabilidade e cooperação.A avaliação formativa será utilizada para possibilitar a superação das dificuldades do aluno sendo uma constante forma de repensar a práxis a superação do professor e as responsabilidades do aluno; permanente quanto ao acompanhamento do processo de aprendizagem do aluno; Contínua com base em analise de dados e instrumentos de registros como tabelas, listas de controle, diário de classe, e outros; Abrangente contemplando a amplitude das ações pedagógicas no tempo escolar do aluno; Qualitativa permitindo um avaliar constante na aquisição de conhecimentos no decorrer do processo educativo e cumulativa caracterizada pela avaliação global acumulada, que expressa a totalidade do aproveitamento escolar no processo contínuo e permanente. Deve-se evitar avaliações que contemplem apenas uma das formas de avaliação dos alunos, ou seja, apenas a escrita ou a interpretação de textos.

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213 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - 2011

A verificação de aprendizagem utilizará técnicas e instrumentos diversificados, tais como: testes de conhecimentos, testes de leitura, testes orais, testes escritos, objetivos e subjetivos, trabalhos de pesquisas sobre assuntos de gramáticas, pesquisas bibliográficas, trabalhos práticos, debates, seminários, experiências, relatórios, sínteses, trabalhos em grupos, resolução de exercícios, participação em trabalhos coletivos e/ou individuais, atividades complementares propostas pelo professor, e outras atividades significativas período, bem como a mudança de atitude do aluno apresentada dentro do contexto em que está inserido. A inclusão desafio maior para o professor vai acontecer à medida que o respeito à diversidade for sendo incorporado ao contexto escolar. Os alunos com necessidades educativas especiais serão avaliados de forma contínua, respeitando suas limitações e dificuldades, num processo ativo e cooperativo de aprendizagem.O processo de avaliação deve estar articulado com os conteúdos estruturantes, à inclusão, aos conceitos e objetos de estudo. A proposta avaliativa deve estar bem clara para os alunos, ou seja, que os alunos saibam como serão avaliados em cada atividade proposta. Além disso, assentado na interação e na relação dialógica que acontece entre os sujeitos do processo – professor e aluno Os resultados expressos pelos instrumentos de avaliação devem fornecer ao professor informações sobre a aprendizagem adquirida pelo aluno em utilizar a linguagem discursiva adequadamente comunicando suas ideias desenvolvendo raciocínios. Pensando no desenvolvimento intelectual, cultural e social dos alunos e indo além da simples aquisição de conceitos e habilidades do uso da língua, deve-se considerar a necessidade de uma avaliação contínua, realizada a cada momento da interação entre alunos e professores, acompanhando o aprendizado e, simultaneamente, colaborando com ele para permitir que elementos da aprendizagem sejam percebidos.

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214 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - 2011

Instrumentos e critérios avaliativos

Com respeito ao ensino de Língua Portuguesa, a avaliação deve ser compreendida como um conjunto de ações organizadas com a finalidade de obter informações sobre o que o aluno aprendeu, de que forma e em quais as condições. Também deve-se avaliar o que se ensina, encadeando a avaliação no processo de ensino-aprendizagem, ou seja, parte-se da avaliação inicial, retomando sempre que necessário o processo de aprendizagem, até que se chegue à avaliação final. Para que se efetive essa proposta avaliativa lançar-se-á mão de diferentes instrumentos e critérios de avaliação, conforme segue:

1. Atividade de leitura – a avaliação de leitura possibilita ao professor verificar a compreensão dos conteúdos abordados em aula e, nesse sentido, faz-se necessário a escolha criteriosa do texto, o roteiro de análise e os critérios de avaliação, de forma a permitir a reflexão e a discussão, bem como a ampliação de conhecimento.Critérios: O aluno:compreende as idéias presentes no texto e interage com o texto por meio de questionamentos, concordâncias ou discordâncias. ao falar sobre o texto, expressa suas ideias com clareza e sistematiza o conhecimento de forma adequada.estabelece relações entre o texto e o conteúdo abordado em sala de aula.

2- Projeto de Pesquisa Bibliográfica - a solicitação de uma pesquisa exige enunciado claro e recortes precisos do que se pretende.Critérios:o aluno, quanto:

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a contextualização, identifica a situação e o contexto com clareza; ao problema, apresenta de forma clara, objetiva o tema levantado, delimitando o foco da pesquisa na busca de solução; a justificativa, aponta argumentos sobre a importância da pesquisa; na escrita, remete-se aos textos lidos, por meio de citações ou paráfrases, referenciando-os adequadamente.

3. Produção de Texto - a atividade de produção escrita deve considerar a característica dialógica e interativa da linguagem e o processo interlocutivo. Portanto, precisa ser relacionada ao que se escreve fora da escola, atendendo aos diferentes gêneros textuais. CritériosO aluno: produz textos atendendo às circunstâncias de produção (gênero, interlocutor, finalidade, etc.) Adequa a linguagem às exigências do contexto de produção, dando-lhe diferentes graus de formalidade ou informalidade, atendendo especificidades da disciplina em termos de léxico, de estrutura; Expressa as idéias com clareza (coerência e coesão); Elabora argumentos consistentes; Estabelece relações entre as partes do texto; Estabelece relação entre a tese e os argumentos elaborados para sustenta-la.

4. Palestra/Apresentação Oral - a atividade de palestra/apresentação oral possibilita ao aluno demonstrar sua compreensão a respeito do conteúdo abordado, bem como argumentar, organizar e expor suas ideias.

CritériosO aluno:

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demonstra conhecimento do conteúdo; apresenta argumentos selecionados; demonstra seqüência lógica e clareza na apresentação; faz uso de recursos para ajudar na sua produção.

5. Atividades Experimentais – estas atividades requerem clareza no enunciado e propiciam ao aluno criar hipóteses sobre o fenômeno que está ocorrendo, levando em consideração as dúvidas, o erro, o acaso, a intuição, de forma significativa Nessa atividade, o aluno pode expressar sua compreensão do fenômeno experimentado, do conceito a ser construído ou já construído, a qualidade da interação quando o trabalho se realiza em grupo, entre outras possibilidades.

CritériosO aluno ao realizar seu experimento: registra as hipóteses e os passos seguidos; demonstra compreender o fenômeno experimentado; sabe usar adequadamente e de forma conveniente os materiais ; consegue utilizar apropriadamente o ambiente e os instrumentos necessários.

6- O Relatório - é um conjunto de descrições e análise da atividade desenvolvida, auxiliando no aprimoramento da habilidade escrita, possibilitando ainda, a reflexão sobre o que foi realizado e a reconstrução de seu conhecimento. No relatório deve apresentar quais dados ou informações foram coletadas ou desenvolvidas e como esses dados foram analisados, bem como quais resultados podem-se extrair deles.São elementos do relatório:

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introdução, metodologia e materiais, análise e considerações finais.

CritériosO aluno: faz a introdução com informações que esclareçam a origem de seu relatório, apontando quais os objetivos da atividade, bem como a relevância do conteúdo abordado e dos conceitos construídos; descreve objetiva e claramente como se deu o trabalho ou atividade desenvolvida, possibilitando ao leitor a compreensão do que se está falando, ou para uma reflexão que permita que se aprimore a atividade. faz a descrição dos dados coletados durante os procedimentos e dos resultados obtidos, estabelecendo uma relação entre eles e as discussões teóricas que deram origem à atividade. em questão.

7. Seminário - oportuniza a pesquisa, a leitura e a interpretação de textos. Trata-se de uma discussão rica de ideias, na qual cada um participa questionando, de modo fundamentado, os argumentos apresentados, colocando o estudante em contato direto com a atividade científica e engajando-o na pesquisa. Critérios O aluno: demonstra consistência nos argumentos, tanto na apresentação quanto nas réplicas; apresenta compreensão do conteúdo abordado (a leitura compreensiva dos textos utilizados); faz adequação da linguagem; Demonstra pertinência quanto as fontes de pesquisa; Traz relatos para enriquecer a apresentação;

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Faz adequação e toma como relevante as intervenções dos integrantes do grupo que assiste a apresentação.

8. Debate – possibilita a exposição de idéias, avaliação dos argumentos, permitindo que haja turno de fala entre os ouvintes. Mas, para que isso ocorra, é preciso garantir a participação de todos.

CritériosO aluno:aceita a lógica da confrontação de posições, ou seja, respeita os pensamentos divergentes;ultrapassa os limites das suas posições pessoais;explicita racionalmente os conceitos e valores que fundamentam a sua posição; faz uso adequado da língua portuguesa em situações formais;busca, por meio do debate, da persuasão e da superação de posições particulares, uma posição de unidade, ou uma maior aproximação possível entre as posições dos participantes;registra, por escrito, as idéias surgidas no debate;demonstra conhecimento sobre o conteúdo da disciplina envolvido no debate; apresenta compreensão sobre o assunto específico debatido e sua relação com o conteúdo da disciplina.

9. Atividades com textos literários - possibilita discussões acerca do conteúdo que está sendo discutido, no contexto de outra linguagem. Esse trabalho passa por três momentos necessários para sua efetivação: a escolha do gênero textual, a elaboração da atividade em si (seja através de questões, seja por um roteiro de leitura), os critérios de avaliação.

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CritériosO aluno: compreende e interpreta a linguagem utilizada no texto; faz a articulação do conceito/conteúdo/tema discutido nas aulas com o texto literário lido; reconhece os recursos expressivos específicos do texto literário.

10- Atividades a partir de recursos Audiovisuais - o trabalho com filmes, documentários, músicas, teatro, entre outros. Qualquer que seja o recurso escolhido, é preciso considerar que o conteúdo abordado naquela mídia não está didatizado, vem apresentado em linguagem específica e com intencionalidade diferente daquela que existe na escola. A didatização do conteúdo cabe ao professor.

CritériosO aluno: compreende e interpreta a linguagem utilizada; articula o conceito/conteúdo/tema discutido nas aulas com o onteúdo apresentado pelo audiovisual; reconhece os recursos expressivos específicos daquele recurso.

11.Trabalho em grupo - desenvolve dinâmicas com pequenos grupos, na tentativa de proporcionar, aos alunos, experiências que facilitem o processo de aprendizagem. Nesse sentido, possibilita a a interação social, conduzindo o aluno a compartilhar seu conhecimento. O trabalho em grupo pode ser proposto a partir de diferentes atividades, sejam elas, escritas, orais, gráficas, corporais, construção de maquetes,

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painéis, mural, jogos e outros, abrangendo os conhecimentos linguisticos e extralinguisticos.

CritériosO aluno: interage com o grupo; compartilha o conhecimento; demonstra os conhecimentos formais da disciplina, estudados em sala de aula, na produção coletiva de trabalhos; compreende a origem da construção histórica dos conteúdos trabalhados e sua relação com a contemporaneidade e o seu cotidiano.

13. Questões discursivas - Essas questões possibilitam verificar a qualidade da interação do aluno com o conteúdo abordado em sala de aula. Uma questão discursiva possibilita que o professor avalie o processo de investigação e reflexão realizado pelo aluno durante a exposição/discussão do conteúdo, dos conceitos. Além disso, a resposta a uma questão discursiva permite que o professor identifique com maior clareza o erro do aluno, para que possa dar a ele a importância pedagógica que tem no processo de construção do conhecimento. Critérios O aluno: Compreende o enunciado da questão. Planeja a solução, de forma adequada. Comunica-se por escrito, com clareza, utilizando-se da norma padrão da língua portuguesa. Sistematiza o conhecimento de forma adequada

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14- Questões objetivas - Este tipo de questão tem como principal objetivo a fixação do conteúdo.Uma questão objetiva deve apresentar um enunciado objetivo e esclarecedor, usando um vocabulário conceitual adequado, possibilitando ao aluno a compreensão do que foi solicitado. Para a construção desse tipo de questão o professor não deve desconsiderar um bom planejamento, ou seja, definir o grau de dificuldade de cada questão direcionada para cada série com vistas a não cometer injustiças.

CritériosO aluno: Realiza leitura compreensiva do enunciado; Demonstra apropriação de alguns aspectos definidos do conteúdo; Utiliza de conhecimentos adquiridos.

REFERÊNCIAS

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares da Educação Básica. Língua Portuguesa. Curitiba, 2008.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares da Educação Inclusiva, 2006.BRASIL, Lei 11.645, de 10 de março de 2008.BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996.

PROJETO Político Pedagógico da Escola Estadual Getúlio Vargas-Ensino Fundamental. 2011.

REGIMENTO Escolar. Escola Estadual Getúlio Vargas – Ensino Fundamental, 2008

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6.2 - PROPOSTA CURRICULAR - ARTE

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA DE ARTE

A necessidade de se expressar artisticamente é inerente ao ser humano. O homem pré-histórico já fazia isso. Fascinado pelas cores, usava pigmentos extraídos da natureza para imprimir as pinturas rupestres, registrando assim suas histórias e seus costumes. Depois de muito experimentar, ele descobriu, por exemplo, que ao esmagar pedras coloridas e mistura -las com gorduras de animais, obtinha grande variedade de cores e que o negro encontrava -se no carvão retirado das cavernas.

Do autodidatismo do homem primitivo aos dias de hoje, as técnicas de representação artística foram sendo aperfeiçoadas. Surgiram, então, estilos próprios a cada período histórico, que se pode perceber nas obras de grandes artistas como por exemplo Van Eyck foi imbatível no domínio da pintura com tinta a óleo. Caravaggio combinava na mesma imagem, como nenhum outro, realismo e simbolismo. Velásquez era mestre em criar ilusão de espaço e luz numa superfície plana.

É certo que as obras que fazem parte do patrimônio cultural da humanidade resultaram da genialidade de artistas de todas as épocas e em outras áreas. Segundo a atual legislação educacional brasileira, a arte passa a vigorar como área de conhecimento e trabalho, tendo sido incluída como componente curricular obrigatório na educação básica. A área de Artes se refere às linguagens artísticas, como as Artes Visuais, a Música, o Teatro e a Dança.

Há quem entenda o ensino da arte exclusivamente como transmissão de diferentes técnicas; outros, como mera reprodução de repertórios estabelecidos, e também outros que consideram a arte um

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momento de lazer, de auto-expressão, de desconcentração das "aulas sérias". O ensino de arte hoje, deixa de ter uma visão meramente técnica, de transmissão de conceitos de forma puramente imitativa, , como também refuta os princípios da "livre-expressão", do "deixar fazer espontâneo", sem interferência externa.

Na atual concepção, entende-se que aprender arte envolve não apenas uma atividade livre de produção artística, mas também envolve compreender o que se faz e o que os outros fazem, através do desenvolvimento da percepção estética e do conhecimento do contexto histórico em que foi feita a obra.

Neste Estabelecimento de Ensino a arte, será tratada como um objeto de cultura , criada pelo homem e dentro de um conjunto de relações. A arte faz parte das formas de conhecimento humano, apresentando especifidades em relação às outras disciplinas. Seu lugar na escola é inquestionável, pois uma proposta de ensino democrático considera a vivência e o conhecimento artístico , um direito de todos.

A Escola Estadual Getúlio Vargas, tem um posicionamento fundamentado quanto à disciplina de Educação Artística numa filosofia de busca de valores para uma educação integral, que transforme o educando em sujeito do seu próprio desenvolvimento, crítico, criativo, apto a agir e modificar o mundo cultural e a sociedade em que vive. Portanto a experiência artística visa propiciar uma educação integral, que leve o educando a uma reorganização interna, que passa pelo nível cognitivo e implica em ampliação e aprofundamento de seu conhecimento; sócio-emocional/ sócio cultural.

O aluno será sempre o agente do processo educativo, usando de sua individualidade para se exprimir e para se relacionar respeitosamente consigo mesmo e com os outros. A concretização do papel comunicativo e social da arte se dará na medida em que além do criador, surge um espectador para usufruir e apreciar a obra. Na escola, o

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aluno é o criador e também o apreciador. O fazer artístico do aluno é um fato humanizador, cultural, que envolve um conjunto de diferentes tipos de conhecimentos, gerando diferentes significações, levando o seu criador a se perceber como um agente de transformação. Os alunos poderão conhecer o fazer artístico não só como experiência poética, como também como desenvolvimento de suas potencialidades; conhecerão o fazer artístico como experiência de comunicação e de interação grupais, a arte como estrutura formal e como produto cultural.

A concepção de educação para as Artes na Escola Estadual Getúlio Vargas é de que a educação integral é a formação do homem como um todo. A escola deve assegurar a educação do homem, fazendo-o aceder à cultura. O homem, entretanto, só tem cultura quando se torna capaz de formar uma imagem de si mesmo, de se compreender no mundo e na história, de dominar o universo por sua ação e por sua técnica, cooperando com Deus numa Criação continuada. A educação integral não pode ser atingida só pela instrução. Isto será possível somente pelo trabalho integrado de todas as matérias, através de objetivos comuns que levem o aluno não apenas a aprender, mas dar significado ao que aprende(PPP). Sendo assim pretende-se que o aluno seja levado a conscientizar-se para desenvolver a responsabilidade, a auto-educação, para que se torne agente de sua própria educação. Pela disciplina pretende-se formar indivíduos críticos, sabedores de sua importância de homens num processo de transformação do mundo, capazes de analisar a realidade com tranquilidade, objetividade, firmeza e justiça.

Em Arte a prática pedagógica contempla as Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná para o Ensino Fundamental organizada a partir dos eixos: Música, Artes Visuais, Teatro e Dança e tem como conteúdos estruturantes: Elementos formais, Movimentos e Períodos. Os conteúdos básicos pauta-se nos Conteúdos Estruturantes “Composição” e seus

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desdobramentos direcionando o olhar para determinados elementos formais, movimentos e períodos organizados por área e de forma seriada OBJETIVO GERAL DA DISCIPLINA

Compreender e utilizar a arte como expressão, mantendo uma atitude de busca pessoal e/ou coletiva, articulando a percepção, a imaginação, a emoção, a investigação, a sensibilidade e a reflexão para realizar e compreender as produções artísticas;

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Reconhecer a arte como área de conhecimento; Apreciar a arte nas suas diversas formas de manifestação; Compreender a arte no processo histórico, como fundamento da

memória cultural, importante na formação do cidadão; Conhecer e saber utilizar os diferentes procedimentos de arte,

desenvolvendo uma relação de autoconfiança com a produção artística pessoal, relacionando a própria produção com a de outros.

Respeitar as diversas manifestações artísticas em suas múltiplas funções, identificando, relacionando e compreendendo a arte como fato histórico contextualizado nas diversas culturas;

Experimentar e explorar as possibilidades de cada expressão artística e conhecer materiais, instrumentos e procedimentos artísticos diversos em arte (artes visuais, dança, música, teatro), de modo que os utilize nos trabalhos pessoais, identifique-os e interprete-os na apreciação e contextualize-os culturalmente.

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3. CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A DISCIPLINA DE ARTEENSINO FUNDAMENTAL

6º anoÁREA MÚSICA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS

COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Altura DuraçãoTimbreIntensidadeDensidade

RitmoMelodiaEscalas: diatônicapentatônicacromáticaimprovisação

Música: Greco-RomanaOrientalOcidentalAfricana

ÁREA ARTES VISUAIS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS

COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Ponto LinhaFormaTextura

BidimensionalFigurativaGeométrica, simetriaTécnicas: Pintura,

Arte Grego-RomanaArte AfricanaArte OcidentalArte Pré-Histórica

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227 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - 2011

SuperfícieVolumeCor Luz

escultura,arquiteturaGêneros: cenas da mitologia

ÁREA TEATRO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS

COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Personagem:-Expressões corporais-vocais-gestuais-faciais -Ação-Espaço

Enredo, roteiro, espaço cênico, adereços.Técnicas: jogos teatrais, teatro indireto e direto, improvisação, manipulação, máscaraGênero: tragédia, comédia, Circo

Greco-RomanaTeatro OrientalTeatro MedievalRenascimento

ÁREA DE DANÇA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS

COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

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CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Movimento Corporal

Tempo

Espaço

KinesferaEixoPonto de apoioMovimentos articularesFluxo(livre, interrompidoRápido e lentoFormação:Níveis alto, médio e baixoDeslocamento direto e indiretoDimensões: pequeno e grandeTécnica: improvisaçãoGênero: Circular

Pré-HistóricaGreco-RomanaRenascimentoDança Clássica

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A DISCIPLINA DE ARTEENSINO FUNDAMENTAL

7º ano -ÁREA MÚSICA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS

COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Altura Duração

RitmoMelodia

Música Popularétnica (ocidental e

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229 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - 2011

TimbreIntensidadeDensidade

EscalasGêneros: folclórico, indígena, popular e étnicoTécnicas: vocal, instrumental, mistaImprovisação

oriental)

ÁREA ARTES VISUAIS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS

COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Ponto LinhaFormaTexturaSuperfícieVolumeCor Luz

ProporçãoTridimensionalFigura e fundoAbstrataPerspectivaTécnicas: Pintura, escultura, modelagem e gravura.Gêneros: Paisagem, retrato, natureza morta

Arte indígenaArte Popular Brasileira e Paranaense;RenascimentoBarroco

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ÁREA TEATRO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS

COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Personagem:-Expressões corporais-vocais-gestuais-faciais -Ação-Espaço

RepresentaçãoLeitura dramáticaCenografiaTécnicas: jogos teatrais, Mímica, improvisação, formas animadasGênero: Rua, arena Caracterização

Comédia dell' arte Teatro Popular Brasileiroe ParanaenseTeatro Africano.

ÁREA DE DANÇA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS

COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Movimento Corporal

Ponto de apoioRotaçãoCoreografiaSalto e quedaPeso (leve, pesadoFluxo (livre,

Dança Popular BrasileiraParanaenseAfricanaIndígena

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231 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - 2011

Tempo

Espaço

interrompido e conduzido)Lento, rápido e moderadoNíveis (alto, médio e baixo)FormaçãoDireçãoGênero: Folclórica, popular, étnica

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A DISCIPLINA DE ARTEENSINO FUNDAMENTAL

8º ano -ÁREA MÚSICA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS

COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Altura DuraçãoTimbreIntensidadeDensidade

RitmoMelodiaHarmoniaTonal, modal e fusão de ambosTécnicas: vocal,

Industria CulturalEletrônicaMinimalistaRap, Rock, Tecnológica

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instrumental e mista

ÁREA ARTE VISUAIS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS

COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

LinhaFormaTexturaSuperfícieVolumeCor Luz

SemelhançasContrastesRitmo VisualEstilizaçãoDeformaçãoTécnicas: desenho, fotografia, audiovisual, mista.

Industria CulturalArte no Século XXArte Contemporânea

ÁREA TEATRO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS

COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Personagem:-Expressões corporais-vocais-gestuais-faciais

Representação no Cinema e MídiasTexto dramáticoMaquiagemSonoplastia

Industria CulturalRealismoExpressionismoCinema Novo.

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-Ação-Espaço

RoteiroTécnicas: jogos teatrais, sombra, adaptação cênica.

ÁREA DE DANÇA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS

COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Movimento Corporal

Tempo

Espaço

GiroRolamentoSaltosAceleraçãoDesaceleraçãoDireções (frente, lado, atrás, direita e esquerda)ImprovisaçãoCoreografiaSonoplastiaGênero: Indústria Cultural e espetáculo.

Hip HopMusicaisExpressionismoIndustria CulturalDança Moderna

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A DISCIPLINA DE ARTEENSINO FUNDAMENTAL

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234 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - 2011

9º ano -ÁREA MÚSICA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS

COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Altura DuraçãoTimbreIntensidadeDensidade

RitmoMelodiaHarmoniaTécnicas: vocal, instrumental, mista.Gêneros: popular, folclórico, étnico

Música EngajadaMúsica Popular BrasileiraMúsica Contemporânea

ÁREA ARTES VISUAIS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS

COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

LinhaFormaTexturaSuperfícieVolume

BidimensionaltridimensionalFigura-fundoRitmo visualTécnicas: Pintura e

RealismoVanguardasMuralismoArte Latino-americanaHip Hop

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235 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - 2011

Cor Luz

grafitte, performanceGêneros: Paisagem urbana, cenas do cotidiano.

ÁREA TEATRO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS

COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Personagem:-Expressões corporais-vocais-gestuais-faciais -Ação-Espaço

Técnicas: Monólogo, jogos teatrais, direção, ensaio, Teatro-FórumDramaturgiaCenografiaSonoplastiaIluminaçãoFigurino

Teatro engajadoTeatro OprimidoTeatro pobreTeatro do AbsurdoVanguardas

ÁREA DE DANÇA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS

COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

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236 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - 2011

Movimento Corporal

Tempo

Espaço

KinesferaPonto de ApoioPesoFluxoQuedasSaltosGirosRolamentosExtensão (perto e longeCoreografiaDeslocamentoGênero: performance, moderna

VanguardasDança ModernaDança Contemporânea.

4. METODOLOGIA DA DISCIPLINA DE ARTE

Fazer arte e pensar sobre como ela se realiza, pode garantir ao aluno uma aprendizagem contextualizada em relação a valores e meios de produção artísticos das diferentes sociedades, em diferentes épocas. Para isso é importante que o aluno adquira gradualmente autonomia para aprender a buscar a informação desejada, ser um indivíduo investigador e que saiba dividir o que aprendeu. É preciso que esteja em contato constante com temas e atividades que o ajudem a compreender criticamente o seu momento pessoal e o seu papel como cidadão na sociedade.

Através da arten é possível, desenvolver projetos, onde o tratamento de temas socialmente relevantes seja privilegiado. É uma oportunidade para ampliar o entendimento e a atuação dos alunos

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perante os problemas vitais que estão presentes na sociedade, exercitando suas responsabilidade como cidadão. Pode-se abordar o tema do pluriculturalismo, levando o aluno não somente a identificar semelhanças e diferenças culturais, como reconhecer a importância de criar mecanismos de manutenção de cultura dentro de agrupamentos sociais. Permite problematizar temas como preconceitos, excepcionalidade física ou mental e estereótipos culturais.

O ensino de arte, portanto, é um processo de articulação da experiência , de significação da relação do indivíduo com o meio e consigo mesmo. Nesse processo de articulação e ordenação, o potencial criador dialoga com as experiências anteriormente acumuladas pelo sujeito da ação, relacionando o antigo com o novo, através de uma transformação que respeita a especificidade do sujeito e o objeto a ser conhecido, dando-se aí uma aprendizagem por experiência significativa. A imaginação criadora permite conceber situações novas, idéias e articular os sentimentos em imagens, textos, música, dança e movimento. Esta faculdade de imaginar está na raiz de qualquer processo de conhecimento, seja ele científico, artístico ou técnico. E, além disto, a arte é um conhecimento que permite aproximar indivíduos e culturas diferentes. É uma expressão universal e ao mesmo tempo pessoal, uma criação única, inserida num contexto cultural e histórico. A imaginação criadora permite conceber situações novas, idéias e articular os sentimentos em imagens, textos, música, dança e movimento. Esta faculdade de imaginar está na raiz de qualquer processo de conhecimento, seja ele científico, artístico ou técnico.

Ao aluno deverá ser oportunizado a possibilidade de desenvolver a sua cultura artÍstica fazendo, conhecendo e apreciando produções artísticas, que são ações que integram o perceber, o pensar, aprender, recordar, imaginar, sentir, expressar e comunicar pessoal, onde pode interagir e se relacionar com o ambiente. Ele tem como fonte de

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informações novas não só o ambiente escolar, mas pode ser motivado a apreciar obras de arte de outros a partir de visitas a museus, fontes de informação e comunicação diversos ( textos, vídeos, gravações, rádio, Internet, etc. ).

Cabe ao professor, problematizar as situações, desafiando o aluno a solucioná-las, a fim de desenvolver suas estruturas mentais e afetivas. Este deve criar situações de aprendizagem, apoiado em imagens, músicas, cenas, danças, livros, slides, vídeos, pois o aluno se atualiza e aumenta o seu próprio repertório artístico. O papel do professor é o de instrumentalizador técnico, orientador, destinatário das produções dos alunos, documentador, promotor de trocas entre alunos.

A postura metodológica que será utilizada na área de Artes constará de uma a metodologia fundamentada em propostas de ensino que incluem a contextualizaçao e a interdisciplinaridade com as demais disciplinas do currículo de forma crítica e estética para desenvolver no aluno a capacidade do fazer artístico.

O fazer artístico deve basear-se no desenvolvimento da criatividade do educando, dando plena vazão à sua expressividade nas mais diversas linguagens. Deve enfatizar o exercício da percepção, da fantasia e da imaginação.

O apreciar é desenvolvido através de exercícios de observação da própria produção, da leitura de obras, assistindo espetáculos teatrais, de música, de dança, na troca de experiências, nas discussões sobre arte, dos meios de comunicação e do mundo social em que a pessoa está inserida. A apreciação estética deve desenvolver o senso crítico do aluno.

Portanto o encaminhamento metodológico contemplará as linguagens artísticas por meio das minifestações e ou produções compostas pelos elementos básicos. Nas Artes Visuais serão explorados formatos bidimensional, tridimensional e virtuais de modo a trabalhar as

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características específicas contidas na estrutura, na cor, nas superfícies, nas formas e na disposição desses elementos no espaço.

Em dança, o principal elemento é o movimento, seu desenvolvimento no tempo e no espaço implica uma abordagem metodológica que evidencia as possibilidades de improvissar e compor.

Na linguagem musical, há que se priorizar a escuta consciente de sons percebidos, assim como a identificação de suas propriedades, variações e maneiras intencionais de como esses sons são distribuidos numa estrutura musical.

Desta forma acredita-se que a inclusão de todos os alunos no processo de aprendizagem acontecerá automaticamente pois serão respeitadas as diversidades e as limitações. Em Arte – A Cultura Afro-brasileira e Indígena será trabalhada em conceitos, arte abstrata, geometrismo, na dança e outras manifestações artísticas de acordo com a Lei 11.645/08 que contempla a História e Cultura Afro Brasileira e Indígena. Os conteúdos de Música (Lei 11.769/08) está integrado na proposta curricular. Quanto aos conteúdos Geografia e História do Paraná (Lei nº13381/01); Prevenção ao uso indevido de drogas, sexualidade humana; Educação Ambiental ( Lei 9795/99) Dec.4201/02; Educação Fiscal; Enfretamento à violência contra a Criança e ao Adolescente ( Lei Federal nº 11525/07; Educação Tributária Dec. nº1143/99, portaria nº 413/02, serão abordados de forma contextualizada aos conceitos de ensino de Arte sempre que for possível a articulação entre os mesmos.

Para o desenvolvimento das aulas de Artes serão utilizados o quadro-negro, a fala do professor, enriquecida com recursos didáticos como: livros, vídeos, televisão, rádio, computadores, jogos, recortes de jornal, revistas, e outros materiais diretamente relacionados com o dia-a-dia do aluno e ainda outros recursos que devem ser integrados a situações que levem o aluno ao exercício da análise e da reflexão.

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Assim, a organização do trabalho didático será encaminhada de modo que os alunos desenvolvam a própria capacidade para construir conhecimentos artísticos e interagir de forma cooperativa com seus pares, na busca de soluções para problemas, respeitando o modo de pensar dos colegas e aprendendo com eles. 5. AVALIAÇÃO

A concepção de avaliação para a disciplina de Arte é diagnóstica e processual. É diagnóstica por ser a referência do professor para planejar as aulas e avaliar os alunos; é processual por pertencer a todos os momentos da prática pedagógica. A avaliação processual deve incluir formas de avaliação da aprendizagem, do ensino (desenvolvimento das aulas), bem como a autoavaliação dos alunos.

De acordo com a LDB (n. 9.394/96, art. 24, inciso V) a avaliação é “contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos.

A avaliação em Arte deve superar o papel de mero instrumento de medição da apreensão de conteúdos e busca propiciar aprendizagens socialmente significativas para o aluno. Ao ser processual e não estabelecer parâmetros comparativos entre os alunos, discute dificuldades e progressos de cada um a partir da própria produção, de modo que leva em conta a sistematização dos conhecimentos para a compreensão mais efetiva da realidade.

O método de avaliação proposto inclui observação e registro do processo de aprendizagem, com os avanços e dificuldades percebidos na apropriação do conhecimento pelos alunos. O professor deve avaliar como o aluno soluciona os problemas apresentados e como ele se relaciona com os colegas nas discussões em grupo. Como sujeito desse processo, o aluno também deve elaborar seus registros de forma sistematizada. As

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propostas podem ser socializadas em sala, com oportunidades para o aluno apresentar, refletir e discutir sua produção e a dos colegas.

É importante ter em vista que os alunos apresentam uma vivência e um capital cultural próprio, constituído em outros espaços sociais além da escola, como a família, grupos, associações, religião e outros. Além disso, têm um percurso escolar diferenciado de conhecimentos artísticos relativos à Música, às Artes Visuais, ao Teatro e à Dança.

O professor deve fazer um levantamento das formas artísticas que os alunos já conhecem e de suas respectivas habilidades, como tocar um instrumento musical, dançar, desenhar ou representar. Durante o ano letivo, as tendências e habilidades dos alunos para uma ou mais áreas da arte também devem ser detectadas e reconhecidas pelo professor.

Esse diagnóstico, é a base para planejar futuras aulas, pois, ainda que estejam definidos os conteúdos a serem trabalhados, a forma e a profundidade de sua abordagem dependem do conhecimento que os alunos trazem consigo.O conhecimento que o aluno acumula deve ser socializado entre os colegas e, ao mesmo tempo, constitui-se como referência para o professor propor abordagens diferenciadas.

A fim de se obter uma avaliação efetiva individual e do grupo, são necessários vários instrumentos de verificação tais como:• trabalhos artísticos individuais e em grupo;• pesquisas bibliográfica e de campo;• debates em forma de seminários e simpósios;• provas teóricas e práticas;• registros em forma de relatórios, gráficos. Por meio desses instrumentos, o professor obterá o diagnóstico necessário para o planejamento e o acompanhamento da aprendizagem durante o ano letivo, visando às seguintes expectativas de aprendizagem:

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• A compreensão dos elementos que estruturam e organizam a arte e sua relação com a sociedade contemporânea;• A produção de trabalhos de arte visando à atuação do sujeito em sua realidade singular e social;• A apropriação prática e teórica dos modos de composição da arte nas diversas culturas e mídias, relacionadas à produção, divulgação e consumo.

Para a verificação da aprendizagem serão utilizados instrumentos e critérios diversificados tais como: 1. Atividade de leitura – a avaliação de leitura possibilita ao professor verificar a compreensão dos conteúdos abordados em aula e, nesse sentido, faz-se necessário a escolha criteriosa do texto, o roteiro de análise e os critérios de avaliação, de forma a permitir a reflexão e a discussão, bem como a ampliação de conhecimento.Critérios: O aluno:

compreende as idéias presentes no texto e interage com o texto por meio de questionamentos, concordâncias ou discordâncias.

ao falar sobre o texto, expressa suas idéias com clareza e sistematiza o conhecimento de forma adequada.

estabelece relações entre o texto e o conteúdo abordado em sala de aula.

2- Projeto de Pesquisa Bibliográfica - a solicitação de uma pesquisa exige enunciado claro e recortes precisos do que se pretende.Critérios:o aluno, quanto:

a contextualização, identifica a situação e o contexto com clareza; ao problema, apresenta de forma clara, objetiva o tema levantado,

delimitando o foco da pesquisa na busca de solução;

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a justificativa, aponta argumentos sobre a importância da pesquisa; O aluno, na escrita, remete-se aos textos lidos, por meio de citações

ou paráfrases, referenciando-os adequadamente.

3. Produção de Texto - a atividade de produção escrita deve considerar a característica dialógica e interativa da linguagem e o processo interlocutivo. Portanto, precisa ser relacionada ao que se escreve fora da escola, atendendo aos diferentes gêneros textuais. CritériosO aluno:produz textos atendendo às circunstâncias de produção (gênero, interlocutor, finalidade, etc.)

adequa a linguagem às exigências do contexto de produção, dando-lhe diferentes graus de formalidade ou informalidade, atendendo especificidades da disciplina em termos de léxico, de estrutura;

Expressa as idéias com clareza (coerência e coesão); elabora argumentos consistentes; estabelece relações entre as partes do texto; estabelece relação entre a tese e os argumentos elaborados para

sustentá-la.

4. Palestra/Apresentação Oral - a atividade de palestra/apresentação oral possibilita ao aluno demonstrar sua compreensão a respeito do conteúdo abordado, bem como argumentar, organizar e expor suas idéias.

CritériosO aluno:

demonstra conhecimento do conteúdo; apresenta argumentos selecionados; demonstra seqüência lógica e clareza na apresentação;

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faz uso de recursos para ajudar na sua produção.

5. Atividades Experimentais – estas atividades requerem clareza no enunciado e propiciam ao aluno criar hipóteses sobre o fenômeno que está ocorrendo, levando em consideração as dúvidas, o erro, o acaso, a intuição, de forma significativa. Nessa atividade, o aluno pode expressar sua compreensão do fenômeno experimentado, do conceito a ser construído ou já construído, a qualidade da interação quando o trabalho se realiza em grupo, entre outras possibilidade.

CritériosO aluno ao realizar seu experimento:

registra as hipóteses e os passos seguidos; demonstra compreender o fenômeno experimentado; sabe usar adequadamente e de forma conveniente os materiais ; consegue utilizar apropriadamente o ambiente e os instrumentos

necessários.

6. Projeto de Pesquisa de Campo – essa atividade exige um planejamento prévio que demande a busca de informações nos lugares que se pretende trabalhar. Nesse sentido, colabora para a construção de conhecimentos e formação dos alunos como agentes sociais.

Critérios O aluno ao proceder sua pesquisa de campo:

registra as informações, no local de pesquisa; organiza e examina os dados coletados, conforme orientações;

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apresenta sua compreensão a respeito do conhecimento construído, sua capacidade de análise dos dados coletados, capacidade de síntese;

atende ao que foi solicitado como conclusão do projeto (relatório, elaboração de croquis, produção de texto, cartazes, avaliação escrita, entre outros).

7- O Relatório - é um conjunto de descrições e análise da atividade desenvolvida, auxiliando no aprimoramento da habilidade escrita, possibilitando ainda, a reflexão sobre o que foi realizado e a reconstrução de seu conhecimento. No relatório deve apresentar quais dados ou informações foram coletadas ou desenvolvidas e como esses dados foram analisados, bem como quais resultados podem-se extrair deles.São elementos do relatório: introdução, metodologia e materiais, análise e considerações finais.

CritériosO aluno:

faz a introdução com informações que esclareçam a origem de seu relatório, apontando quais os objetivos da atividade, bem como a relevância do conteúdo abordado e dos conceitos construídos;

descreve objetiva e claramente como se deu o trabalho ou atividade desenvolvida, possibilitando ao leitor a compreensão do que se está falando, ou para uma reflexão que permita que se aprimore a atividade.

faz a descrição dos dados coletados durante os procedimentos e dos resultados obtidos, estabelecendo uma relação entre eles e as discussões teóricas que deram origem à atividade em questão.

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8. Seminário - oportuniza a pesquisa, a leitura e a interpretação de textos. Trata-se de uma discussão rica de ideias, na qual cada um participa questionando, de modo fundamentado, os argumentos apresentados, colocando o estudante em contato direto com a atividade científica e engajando-o na pesquisa.

Critérios O aluno: demonstra consistência nos argumentos, tanto na apresentação

quanto nas réplicas; apresenta compreensão do conteúdo abordado (a leitura

compreensiva dos textos utilizados); faz adequação da linguagem; demonstra pertinência quanto as fontes de pesquisa; traz relatos para enriquecer a apresentação; faz adequação e toma como relevante as intervenções dos

integrantes do grupo que assiste a apresentação.

9. Debate – possibilita a exposição de ideias, avaliação dos argumentos, permitindo que haja turno de fala entre os ouvintes. Mas, para que isso ocorra, é preciso garantir a participação de todos.

CritériosO aluno: aceita a lógica da confrontação de posições, ou seja, respeita os

pensamentos divergentes; ultrapassa os limites das suas posições pessoais; explicita racionalmente os conceitos e valores que fundamentam a

sua posição; faz uso adequado da língua portuguesa em situações formais;

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busca, por meio do debate, da persuasão e da superação de posições particulares, uma posição de unidade, ou uma maior aproximação possível entre as posições dos participantes;

registra, por escrito, as ideias surgidas no debate; demonstra conhecimento sobre o conteúdo da disciplina envolvido

no debate; apresenta compreensão sobre o assunto específico debatido e sua

relação com o conteúdo da disciplina.

10. Atividades com textos literários - possibilita discussões acerca do conteúdo que está sendo discutido, no contexto de outra linguagem. Esse trabalho passa por três momentos necessários para sua efetivação: a escolha do texto, a elaboração da atividade em si (seja através de questões, seja por um roteiro de leitura), os critérios de avaliação.

CritériosO aluno:

compreende e interpreta a linguagem utilizada no texto; faz a articulação do conceito/conteúdo/tema discutido nas aulas

com o texto literário lido; reconhece os recursos expressivos específicos do texto literário.

11- Atividades a partir de recursos Audiovisuais - o trabalho com filmes, documentários, músicas, teatro, entre outros. Qualquer que seja o recurso escolhido, é preciso considerar que o conteúdo abordado naquela mídia não está didatizado, vem apresentado em linguagem específica e com intencionalidade diferente daquela que existe na escola. A didatização do conteúdo cabe ao professor.

Critérios

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O aluno: compreende e interpreta a linguagem utilizada; articula o conceito/conteúdo/tema discutido nas aulas com o

conteúdo apresentado pelo audiovisual; reconhece os recursos expressivos específicos daquele recurso.

12- Trabalho em grupo – desenvolve dinâmicas com pequenos grupos, na tentativa de proporcionar, aos alunos, experiências que facilitem o processo de aprendizagem. Nesse sentido, possibilita a interação social, conduzindo o aluno a compartilhar seu conhecimento. O trabalho em grupo pode ser proposto a partir de diferentes atividades, sejam elas, escritas, orais, gráficas, corporais, construção de maquetes, painéis, mural, jogos e outros, abrangendo os conhecimentos artísticos, filosóficos e científicos.

CritériosO aluno:

interage com o grupo; compartilha o conhecimento; demonstra os conhecimentos formais da disciplina, estudados em

sala de aula, na produção coletiva de trabalhos; compreende a origem da construção histórica dos conteúdos

trabalhados e sua relação com a contemporaneidade e o seu cotidiano.

13. Questões discursivas - Essas questões possibilitam verificar a qualidade da interação do aluno com o conteúdo abordado em sala de aula. Uma questão discursiva possibilita que o professor avalie o processo de investigação e reflexão realizado pelo aluno durante a exposição/discussão do conteúdo, dos conceitos.

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Além disso, a resposta a uma questão discursiva permite que o professor identifique com maior clareza o erro do aluno, para que possa dar a ele a importância pedagógica que tem no processo de construção do conhecimento.

CritériosO aluno:

Compreende o enunciado da questão. Planeja a solução, de forma adequada. Comunica-se por escrito, com clareza, utilizando-se da norma

padrão da língua portuguesa. Sistematiza o conhecimento de forma adequada

14- Questões objetivas

Este tipo de questão tem como principal objetivo a fixação do conteúdo.Uma questão objetiva deve apresentar um enunciado objetivo e esclarecedor, usando um vocabulário conceitual adequado, possibilitando ao aluno a compreensão do que foi solicitado. Para a construção desse tipo de questão o professor não deve desconsiderar um bom planejamento, ou seja, definir o grau de dificuldade de cada questão direcionada para cada série com vistas a não cometer injustiças.

CritériosO aluno:

Realiza leitura compreensiva do enunciado; Demonstra apropriação de alguns aspectos definidos do conteúdo; Utiliza de conhecimentos adquiridos.

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No Plano de Trabalho Docente de acordo com o conteúdo trabalhado o professor apresentara de forma detalhada os instrumentos e critérios que serão adotados.

REFERÊNCIAS

PARANÁ, Diretrizes Curriculares de Arte e Artes para a Educação Básica, 2006.

PARANÁ, Diretrizes Curriculares de Educação Inclusiva, 2006.

ASCHENBACH, Ivanir fazenda – A Arte Magia das Dobraduras. Ed. Scipione, São Paulo, 1997.

AYALA, Marcos – Cultura popular no Brasil. 2ª ed. Ática, São Paulo, 1995.

BOAL, Augusto – 200 Exercícios de Jogos para o Ator e não Ator com vontade de dizer Algo através do Teatro, Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1981, 1 vol.

FREIRE, Gilberto – Biblioteca Educação e Cultura: Realidade Brasileira, Bloch/Fename: Rio de Janeiro, 1980.JUNIOR, Isaias Marchesi – Desenho Geométrico, Ática: São Paulo, 1997, vol. 2, 3,4.

MARCONDES FILHO, Ciro – Televisão: A vida pelo vídeo, Moderna: São Paulo, 1988.

PROJETO, Politico Pedagógico. Escola Estadual getúlio Vargas – Ensino Fundamental, 2011.

REGIMENTO, Escolar. Escola Estadual Getúlio Vargas – Ensino Fundamental, 2008.

SNYDERS, Georges – A Escola pode Ensinar as Alegrias da Música? São Paulo: Cortez, 1994, SOUZA, Wladimir Alves – Artes Plásticas, Rio de Janeiro: Fename, 1980.

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6.3 PROPOSTA CURRICULAR EDUCAÇÃO FÍSICA – ENSINO FUNDAMENTAL

1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

Para melhor compreender os pressupostos da disciplina de Educação Física dentro da Pegagogia Histórico – Crítica que norteia as Diretrizes Curriculares para a Educação Pública no Estado do Paraná faz-se necessário situar historicamente a disciplina e retratar os movimentos que a constituíram como componente curricular.

As primeiras sistematizações que o conhecimento sobre as práticas corporais ocorrem no Brasil a partir de teorias oriundas da Europa sob a égide de conhecimentos médicos e da instrução física militar, denominada ginástica a partir de uma preocupação com o desenvolvimento da saúde e a formação moral dos cidadãos brasileiros. Esse modelo de prática corporal pautava-se em prescrições de exercícios visando ao aprimoramento de capacidades e habilidades físicas como a força, a destreza, a agilidade e a resistência, além de visar à formação do caráter, da autodisciplina, de hábitos higiênicos, do respeito à hierarquia e do sentimento patriótico.

Nesse contexto a educação física ganha espaço na escola, uma vez que o físico disciplinado era exigência da nova ordem em formação. A educação do físico confundia-se com a prática da ginástica, pois incluía exercícios físicos baseados nos moldes médico-higiênicos.

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Assim o termo Educação Física representa os diferentes conhecimentos sistematizados sobre práticas corporais que historicamente circunscrevem o cotidiano escolar institucionalizada nas escolas brasileiras a partir do século XIX que tinha como objetivo a oferta na escola de aulas de ginástica para a formação de corpos fortes e cidadãos preparados para defender a Pátria, equiparando-a, em reconhecimento, às demais disciplinas.

No início do século XX, especificamente a partir de 1929, a disciplina de Educação Física tornou-se obrigatória nas instituições de ensino para crianças a partir de 6 anos de idade e para ambos os sexos, por meio de um anteprojeto publicado pelo então Ministro da Guerra, General Nestor Sezefredo Passos que propõe também a criação do Conselho Superior de Educação Física com o objetivo de centralizar, coordenar e fiscalizar as atividades referentes ao Desporto e à Educação Física no país.

Esse período histórico foi marcado pelo esforço de construção de uma unidade nacional, o que contribuiu sobremaneira para intensificar o forte componente militar nos métodos de ensino da Educação Física nas escolas brasileiras, cunhados de uma visão positivista da ciência, isto é, um conhecimento científico e técnico considerado superior a outras formas de conhecimento, e que deveria ser referência para consolidação de um projeto de modernização do país.

No final da década de 1930, o esporte começou a se popularizar e, não por acaso, passou a ser um dos principais conteúdos trabalhados nas aulas de Educação Física. Com o intuito de promover políticas nacionalistas, houve um incentivo às práticas desportivas como a criação de grandes centros esportivos, a importação de especialistas que dominavam as técnicas de algumas modalidades esportivas e a criação do Conselho Nacional dos Desportos, em 1941.

Nesse contexto, as aulas de Educação Física assumiram os códigos esportivos do rendimento, competição, comparação de recordes,

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regulamentação rígida e a racionalização de meios e técnicas. Trata-se não mais do esporte da escola, mas sim do esporte na escola. Isto é, os professores de Educação Física se encarregaram de reproduzir os códigos esportivos nas aulas, sem se preocupar com a reflexão crítica desse conhecimento. A escola tornou-se um celeiro de atletas, a base da pirâmide esportiva.

No contexto das reformas educacionais sob a atuação do ministro Gustavo Capanema, a Lei Orgânica do Ensino Secundário, promulgada em 09 de abril de 1942, demarcou esse cenário ao permitir a entrada das práticas esportivas na escola, dividindo um espaço até então predominantemente configurado pela instrução militar.

Com tais reformas, a Educação Física tornou-se uma prática educativa obrigatória, desta vez com carga horária estipulada de três sessões semanais para meninos e duas para meninas, tanto no ensino secundário quanto no industrial, e com duração de 30 e 45 minutos por sessão. A Lei Orgânica do Ensino Secundário permaneceu em vigor até a aprovação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional n. 4.024/61, em 1961.

Nesse contexto, o esporte consolidou sua hegemonia como objeto principal nas aulas de Educação Física, em currículos nos quais o enfoque pedagógico estava centrado na competição e na performance dos alunos.

Os chamados esportes olímpicos – vôlei, basquete, handebol e atletismo, entre outros, foram priorizados para formar atletas que representassem o país em competições internacionais. Tal preferência sustentava-se na “teoria da pirâmide olímpica”, isto é, a escola deveria funcionar como um celeiro de atletas, tornar-se a base da pirâmide para seleção e descoberta de talentos nos esportes de elite nacional.

Na década de 70, a Lei n. 5692/71, por meio de seu artigo 7º e pelo Decreto n. 69450/71, manteve o caráter obrigatório da disciplina de Educação Física nas escolas, passando a ter uma legislação específica e

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sendo integrada como atividade escolar regular e obrigatória no currículo de todos os cursos e níveis dos sistemas de ensino.

Essa concepção de Educação Física escolar de caráter esportivo foi duramente criticada pela corrente pedagógica da psicomotricidade que surgia no mesmo período que baseada na interdependência do desenvolvimento cognitivo e motor, (a abordagem psicomotora) critica o dualismo predominante na Educação Física, e propõe-se, a partir de jogos de movimento e exercitações, contribuir para a Educação Integral que valorize a formação integral da criança, acreditando que esta se dá no desenvolvimento interdependente de aspectos cognitivos, afetivos e motores.

Entretanto, a psicomotricidade não estabeleceu um novo arcabouço de conhecimento para o ensino da Educação Física, e as práticas corporais, entre elas o esporte, continuaram a ser tratadas, tão-somente, como meios para a educação e disciplina dos corpos, e não como conhecimentos a serem sistematizados e transmitidos no ambiente escolar. Além disso, a Educação Física ficou, em alguns casos, subordinada a outras disciplinas escolares, tornando-se um elemento colaborador para o aprendizado de conteúdos diversos àqueles próprios da disciplina.

Com o movimento de abertura política e o início de um processo de redemocratização social, que culminou com o fim da Ditadura Militar em meados dos anos de 1980, o sistema educacional brasileiro passou por um processo de reformulação. Nesse período, a comunidade científica da Educação Física se fortaleceu com a expansão da pós-graduação nessa área no Brasil. Esse movimento possibilitou a muitos professores uma formação não mais restrita às ciências naturais e biológicas. Houve um movimento de renovação do pensamento pedagógico da Educação Física que trouxe várias proposições e interrogações acerca da legitimidade

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dessa disciplina como campo de conhecimento escolar. Tais propostas dirigiram críticas aos paradigmas da aptidão física e da esportivização.

Entre as correntes ou tendências progressistas, segundo LIBÂNEO (1990) destacaram-se as seguintes abordagens:• Desenvolvimentista: defende a ideia de que o movimento é o principal meio e fim da Educação Física. Constitui o ensino de habilidades motoras de acordo com uma sequência de desenvolvimento. • Construtivista: defende a formação integral sob a perspectiva construtivista- interacionista. Inclui as dimensões afetivas e cognitivas ao movimento humano.• Crítico-superadora: baseia-se nos pressupostos da pedagogia histórico- critica e estipula, como objeto da Educação Física, a Cultura Corporal a partir de conteúdos como: o esporte, a ginástica, os jogos, as lutas e a dança. O conceito de Cultura Corporal tem como suporte a ideia de seleção, organização e sistematização do conhecimento acumulado historicamente, acerca do movimento humano, para ser transformado em saber escolar. • Crítico-emancipatória: Nessa perspectiva, o movimento humano em sua expressão é considerado significativo no processo de ensino/aprendizagem, pois está presente em todas as vivências e relações expressivas que constituem o “ser no mundo”. Nesse sentido, parte do entendimento de que a expressividade corporal é uma forma de linguagem pela a qual o ser humano se relaciona com o meio, tornando-se sujeito a partir do reconhecimento de si no outro.

No contexto das teorias críticas em Educação e Educação Física, no final da década de 1980 e início de 1990, no Estado do Paraná, tiveram início as discussões para a elaboração do Currículo Básico. Esse processo envolveu profissionais comprometidos com a Educação Pública do Paraná, deu-se num contexto nacional de redemocratização do país e resultou em um documento que pretendia responder a demandas sociais

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e históricas da educação brasileira com um discurso preocupado com a formação de seres humanos capazes de questionar e transformar a realidade social em que vivem.

Nesse sentido, partindo de seu objeto de estudo e de ensino, Cultura Corporal, a Educação Física se insere neste projeto ao garantir o acesso ao conhecimento e à reflexão crítica das inúmeras manifestações ou práticas corporais historicamente produzidas pela humanidade, na busca de contribuir com um ideal mais amplo de formação de um ser humano crítico e reflexivo, reconhecendo-se como sujeito, que é produto, mas também agente histórico, político, social e cultural.

2. OBJETIVOS DA DISCIPLINA DE EDUCAÇÃO FÍSICA

A Educação Física é parte do projeto geral de escolarização tem como objetivos:

Possibilitar aos alunos o acesso ao conhecimento produzido pela humanidade, relacionando-o às práticas corporais, ao contexto histórico, político, econômico e social;

Estimular a reflexão sobre o acervo de formas e representações do mundo que o ser humano tem produzido, exteriorizadas pela expressão corporal em jogos e brincadeiras, danças, lutas, ginásticas e esportes;

Entender o corpo em sua totalidade, um corpo que sente, pensa e age;

Análisar criticamente o referencial de beleza e saúde, veiculado por mecanismos mercadológicos e midiáticos, os quais fazem do corpo uma ferramenta produtiva e um objeto de consumo;

Vivenciar os aspectos lúdicos que emergem das e nas brincadeiras; Entender a saúde como construção que supõe uma dimensão

histórico-social;

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257 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - 2011

Abordar as necessidades diárias de ingestão de carboidratos, de lipídios, de proteínas, de vitaminas e de aminoácidos, e também de seu aproveitamento pelo organismo, no processo metabólico que ocorre durante uma determinada prática corporal;

Conhecer o funcionamento do próprio corpo, identificar seus limites na relação entre prática corporal e condicionamento físico, e propor avaliação física e seus protocolos;

Fornecer informações sobre as lesões mais frequentes ocorridas nas práticas corporais e como tratá-las a partir das noções de primeiros socorros;

Discutir as consequências ou sequelas do treinamento de alto nível no corpo dos atletas;

Falar sobre os perigos do uso substâncias entorpecentes e os seus efeitos sobre a saúde e demonstrar o que motiva a produção e a disseminação dessas substâncias, o tráfico de drogas, etc.;

Conversar sobre os aspectos da sexualidade como fruição, prazer, alegria, encontro e o que ela representa em termos de miséria humana: prostituição infantil, dominação sexual, sexismo, violência sexual, doenças sexualmente transmissíveis, entre outros;

Levantar questões importantes e do momento, dentre elas, a crítica à busca do corpo perfeito; o excesso de exercícios; o uso de anabolizantes; intervenção sobre o corpo; atuais formas de tratamentos; questões de gênero, discutir as diferenças sociais entre homens e mulheres;

Avaliar as técnicas e táticas compõem os elementos que constituem e identificam o legado cultural das diferentes práticas corporais;

Promover a reflexão e discussão das diferentes formas de lazer em distintos grupos sociais, em suas vidas, na vida das famílias, das comunidades culturais, e a maneira como cada um deseja e consegue ocupar seu tempo disponível.

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258 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - 2011

Trabalhar o conceito de lazer, levantando os aspectos históricos, proporcionando assim uma compreensão mais ampla de seu significado. Possibilitando aos alunos, no tempo disponível uma apropriação crítica e criativa de seu tempo, por meio da interiorização do conhecimento;

Privilegiar o reconhecimento e a ampliação da diversidade nas relações sociais, dando oportunidades de relacionamento, convívio e respeito entre as diferenças, de desenvolvimento de ideias e de valorização humana, para que o outro seja considerado;

Reconhecer as diferenças, valorizar as experiências corporais do campo e dos povos indígenas buscando uma conscientização das diferenças existentes entre as pessoas, tendo o respeito e o convívio social como pressuposto básico de convivência.

3. CONTEÚDOS 6º ano

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

ESPORTE- Coletivos- Individuais

JOGOS E BRINCADEIRAS

- Jogos e- brincadeiras- populares- Brincadeiras e cantigas de roda- Jogos de tabuleiros- Jogos cooperativos

DANÇA - Danças Folclóricas - Dança de rua - Danças criativas

GINÁSTICA - Ginástica rítmica

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259 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - 2011

- Ginástica circence - Ginática geral

LUTAS - Lutas de aproximação - Capoeira

7º ano

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

ESPORTE- Coletivos- Individuais

JOGOS E BRINCADEIRAS

- Jogos e- brincadeiras- populares- Brincadeiras e cantigas de roda- Jogos de tabuleiros- Jogos cooperativos

DANÇA - Danças Folclóricas - Dança de rua - Danças criativas

GINÁSTICA - Ginástica rítmica - Ginástica circence - Ginática geral

LUTAS - Lutas de aproximação - Capoeira

8º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

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260 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - 2011

ESPORTE- Coletivos- Radicais

JOGOS E BRINCADEIRAS

- Jogos e- brincadeiras- populares- Jogos de Tabuleiro- jogos dramáticos- Jogos cooperativos

DANÇA - Danças criativas- Danças Circulares

GINÁSTICA - Ginástica rítmica - Ginástica circence - Ginática geral

LUTAS - Lutas com instrumento mediador - Capoeira

9º ANO -

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

ESPORTE- Coletivos- Radicais

JOGOS E BRINCADEIRAS

- Jogos e- brincadeiras- populares- Jogos de Tabuleiro- jogos dramáticos- Jogos cooperativos

DANÇA - Danças criativas- Danças Circulares

GINÁSTICA - Ginástica rítmica - Ginática geral

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261 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - 2011

LUTAS - Lutas com instrumento mediador - Capoeira

4. ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

Propõe-se que a Educação Física seja fundamentada nas reflexões sobre as necessidades atuais de ensino perante os alunos, na superação de contradições e na valorização da educação. Por isso, é de fundamental importância considerar os contextos e experiências de diferentes regiões, escolas, professores, alunos e da comunidade.

Ao pensar o encaminhamento metodológico para as aulas de Educação Física, é preciso levar em conta, inicialmente, aquilo que o aluno traz como referência acerca do conteúdo proposto, ou seja, é uma primeira leitura da realidade. Esse momento caracteriza-se como preparação e mobilização do aluno para a construção do conhecimento escolar.

Após o breve mapeamento daquilo que os alunos conhecem sobre o tema, o(a) professor(a) propõe um desafio remetendo-o ao cotidiano, criando um ambiente de dúvidas sobre os conhecimentos do senso comum dos alunos. Posteriormente, o professor apresentará aos mesmos o conteúdo sistematizado, para que tenham condições de assimilação e recriação do mesmo, desenvolvendo, assim, as atividades relativas à apreensão do conhecimento através da prática corporal. Ainda neste momento, o professor realiza as intervenções pedagógicas necessárias. Finalizando a aula, ou um conjunto de aulas, o professor pode solicitar aos alunos que criem outras variações do conteúdos trabalhado ou das práticas desenvolvidas. Neste momento, é possível também a efetivação de um diálogo que permite ao aluno e o(a) professor(a) avaliar o processo de ensino/aprendizagem.

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262 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - 2011

A disciplina de Educação Física deve também ser trabalhada em interlocução com outras disciplinas que permitam entender a Cultura Corporal em sua complexidade, ou seja, na relação com as múltiplas dimensões da vida humana, tratadas tanto pelas ciências humanas, sociais, da saúde e da natureza.

Considerando o objeto de ensino e de estudo da Educação Física tratado nas Diretrizes Curriculares, isto é, a Cultura Corporal, por meio dos Conteúdos Estruturantes: esporte, dança, ginástica, lutas, jogos e brincadeiras, a Educação Física cumpre a função social de contribuir para que os alunos se tornem sujeitos capazes de reconhecer o próprio corpo, adquirir uma expressividade corporal consciente e refletir criticamente sobre as práticas corporais.

O professor de Educação Física tem, assim, a responsabilidade de organizar e sistematizar o conhecimento sobre as práticas corporais, o que possibilita a comunicação e o diálogo com as diferentes culturas.

Para contemplar uma Diretriz que aponta um novo olhar sobre a Educação Física, compreendendo o corpo que brinca e aprende, refletindo sobre o potencial expressivo do corpo, o desenvolvimento corporal, a construção da saúde e a relação do corpo com o mundo do trabalho, os pressupostos norteadores da ação pedagógica, levará em consideração o aluno como um ser em desenvolvimento, cujas propriedades estão, ao mesmo tempo, influenciando e sendo influenciado pelo ambiente em que está inserido.

Os encaminhamentos metodológicos serão encaminhados de forma que contribua para a formação da personalidade do aluno, da consciência sobre saúde, higiene e domínio da linguagem gestual e verbal. Para isso o professor utilizará a sala de aula, matérias esportivos, a quadra de esportes, a TV Multimídia, DVDs, livros, revistas e jornais, aparelhos de som e outros matérias que servem para dar suporte ao desenvolvimento didático do conteúdo planejado no plano de trabalho docente.

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263 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - 2011

A inclusão dos alunos portadores de necessidades educativas especiais, sejam elas por deficiências físicas, motoras, de etnias, entre outras serão trabalhados de forma que o processo de aprendizagem atinja a todos os alunos sem nenhuma distinção por meio de uma abordagem que privilegie o reconhecimento e a ampliação da diversidade nas relações sociais. As aulas de Educação Física podem revelar-se excelentes oportunidades de relacionamento, convívio e respeito entre as diferenças, de desenvolvimento de ideias e de valorização humana, para que o outro seja considerado. Cabe destacar que a inclusão não representa caridade ou assistencialismo, mas condição de afirmar a pluralidade, a diferença, o aprendizado com o outro, algo que todos os alunos devem ter como experiência formativa.

Os conteúdos de História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena ( Lei nº 11.645/08), Educação Ambiental (Lei 9795/99) Dec. 4201/02; e Enfrentamento à violência contra a Criança e ao Adolescente (Lei Federal 11525/07), serão abordados de forma contextualizada e relacionados aos conteúdos de ensino de Educação Física sempre que for possível a articulação entr os mesmos.

5. AVALIAÇÃOAvaliar em Educação Física significa assumir o compromisso pela

busca constante de novas ferramentas e estratégias metodológicas que sirvam para garantir maior coerência com o par dialético: objetivos/avaliação. Isto é, pensar formas de avaliar que sejam coerentes com os objetivos inicialmente definidos. É necessário entender que a avaliação em Educação Física à luz dos paradigmas tradicionais, como o da esportivização, desenvolvimento motor, psicomotricidade e da aptidão física, não é insuficiente para a compreensão do fenômeno educativo em uma perspectiva mais abrangente.

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264 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - 2011

Tradicionalmente, a avaliação em Educação Física tem priorizado os aspectos quantitativos de mensuração do rendimento do aluno, em gestos técnicos, destrezas motoras e qualidades físicas, visando principalmente à seleção e à classificação dos alunos.

Os professores, historicamente, praticam a verificação e não a avaliação, sobretudo porque a aferição da aprendizagem escolar tem sido feita, na maioria das vezes, para classificar os alunos em aprovados e reprovados. Chega-se à conclusão de que, mesmo havendo ocasiões em que se deem oportunidades para os alunos se recuperarem, a preocupação recai em rever os conteúdos programáticos para recuperar a nota (LUCKESI, 1995).

A partir desse novo referencial teórico e das discussões até então desenvolvidas nas Diretrizes Curriculares do Estado do paraná, são indicados critérios, ferramentas e estratégias que reflitam a avaliação no contexto escolar. O objetivo é favorecer maior coerência entre a concepção defendida e as práticas avaliativas que integram o processo de ensino e aprendizagem.

Um dos primeiros aspectos que precisa ser garantido é a não exclusão, isto é, a avaliação deve estar a serviço da aprendizagem de todos os alunos, de modo que permeie o conjunto das ações pedagógicas e não seja um elemento externo a esse processo.

HOFFMANN, 2003, p. 41, destaca que a avaliação deve estar vinculada ao projeto político pedagógico da escola, de acordo com os objetivos e a metodologia adotados e os critérios para a avaliação devem ser estabelecidos considerando o comprometimento e o envolvimento dos alunos no processo pedagógico de forma a perceber se os alunos realizam as atividades propostas pelo professor; se houve assimilação dos conteúdos propostos, por meio da recriação de jogos e regras; se o aluno consegue resolver, de maneira criativa, situações problemas sem desconsiderar a opinião do outro, respeitando o posicionamento do grupo

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265 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - 2011

e propondo soluções para as divergências; se o aluno se mostra envolvido nas atividades, seja através de participação nas atividades práticas ou realizando relatórios.

Partindo-se desses critérios, a avaliação deve se caracterizar como um processo contínuo, permanente e cumulativo. A avaliação contínua será utilizada para possibilitar a superação das dificuldades do aluno sendo uma constante forma de repensar a práxis pedagógica do professor e as possibilidades dos alunos, de forma Permanente permitindo um avaliar constante na apropriação de conhecimentos pelo aluno no decorrer do processo educativo, Cumulativa, expressando a totalidade do aproveitamento escolar, tal qual preconiza a LDB no 9394/96, em que o professor organizará e reorganizará o seu trabalho, sustentado nas diversas práticas corporais, como a ginástica, o esporte, os jogos e brincadeiras, a dança e a luta.

A avaliação segundo HOFFMANN, 2003, deve, ainda, estar relacionada aos encaminhamentos metodológicos, constituindo-se na forma de resgatar as experiências e sistematizações realizadas durante o processo de aprendizagem. Isto é, tanto o professor quanto os alunos poderão revisitar o trabalho realizado, identificando avanços e dificuldades no processo pedagógico, com o objetivo de (re)planejar e propor encaminhamentos que reconheçam os acertos e ainda superem as dificuldades constatadas.

No primeiro momento da aula, ou do conjunto de aulas, o professor deve buscar conhecer as experiências individuais e coletivas advindas das diferentes realidades dos alunos, problematizando-as. É quando surge uma primeira fonte de avaliação, que possibilita ao professor reconhecer as experiências corporais e o entendimento prévio por parte dos alunos sobre o conteúdo que será desenvolvido. Isso pode ser feito de várias maneiras, como: diálogo em grupos, dinâmicas, jogos, dentre outras.

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No segundo momento da aula, o professor propõe atividades correspondentes à apreensão do conhecimento. A avaliação deve valer-se de um apanhado de indicadores que evidenciem, através de registros de atitudes e técnicas de observação, o que os alunos expressam em relação a sua capacidade de criação, de socialização, os (pré)conceitos sobre determinadas temáticas, a capacidade de resolução de situações problemas e a apreensão dos objetivos inicialmente traçados pelo professor .

Na parte final da aula, é o momento em que o professor realiza, com seus alunos, uma reflexão crítica sobre aquilo que foi trabalhado. Isso pode ocorrer de diferentes formas, dentre elas: a escrita, o desenho, o debate e a expressão corporal. Nesse momento, é fundamental desenvolver estratégias que possibilitem aos alunos expressarem-se sobre aquilo que apreenderam, ou mesmo o que mais lhes chamou a atenção. Ainda, é imprescindível utilizar instrumentos que permitam aos alunos se autoavaliarem, reconhecendo seus limites e possibilidades, para que possam ser agentes do seu próprio processo de aprendizagem.

Durante estes momentos de intervenção pedagógica, o professor pode utilizar-se de outros instrumentos avaliativos, como: dinâmicas em grupo, seminários, debates, júri-simulado, (re)criação de jogos, pesquisa em grupos, inventário do processo pedagógico entre outros, em que os estudantes possam expressar suas opiniões aos demais colegas. As provas e os trabalhos escritos podem ser utilizados para avaliação em Educação Física, desde que a nota não sirva exclusivamente para hierarquizar e classificar os alunos em melhores ou piores; aprovados e reprovados; mas que sirva, também, como referência para redimensionar sua ação pedagógica.

Os alunos com necessidades educativas especiais sejam elas físicas, sociais, de etnias ou outras serão avaliados de forma contínua,

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respeitando suas limitações e dificuldades, num processo ativo e cooperativo de aprendizagem.

5.1 Instrumentos e critérios de avaliação

Para a verificação da aprendizagem serão utilizados instrumentos e critérios diversificados tais como: 1. Atividade de leitura – a avaliação de leitura possibilita ao professor verificar a compreensão dos conteúdos abordados em aula e, nesse sentido, faz-se necessário a escolha criteriosa do texto, o roteiro de análise e os critérios de avaliação, de forma a permitir a reflexão e a discussão, bem como a ampliação de conhecimento.Critérios: O aluno:

compreende as idéias presentes no texto e interage com o texto por meio de questionamentos, concordâncias ou discordâncias.ao falar sobre o texto, expressa suas ideias com clareza e sistematiza o conhecimento de forma adequada.estabelece relações entre o texto e o conteúdo abordado em sala de aula.

2- Projeto de Pesquisa Bibliográfica - a solicitação de uma pesquisa exige enunciado claro e recortes precisos do que se pretende.Critérios:o aluno, quanto:

a contextualização, identifica a situação e o contexto com clareza; ao problema, apresenta de forma clara, objetiva o tema levantado,

delimitando o foco da pesquisa na busca de solução; a justificativa, aponta argumentos sobre a importância da pesquisa;

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O aluno, na escrita, remete-se aos textos lidos, por meio de citações ou paráfrases, referenciando-os adequadamente.

3. Produção de Texto - a atividade de produção escrita deve considerar a característica dialógica e interativa da linguagem e o processo interlocutivo. Portanto, precisa ser relacionada ao que se escreve fora da escola, atendendo aos diferentes gêneros textuais. CritériosO aluno:produz textos atendendo às circunstâncias de produção (gênero, interlocutor, finalidade, etc.)

adequa a linguagem às exigências do contexto de produção, dando-lhe diferentes graus de formalidade ou informalidade, atendendo especificidades da disciplina em termos de léxico, de estrutura;

Expressa as idéias com clareza (coerência e coesão); elabora argumentos consistentes; estabelece relações entre as partes do texto; estabelece relação entre a tese e os argumentos elaborados para

sustentá-la.

4. Palestra/Apresentação Oral - a atividade de palestra/apresentação oral possibilita ao aluno demonstrar sua compreensão a respeito do conteúdo abordado, bem como argumentar, organizar e expor suas idéias.

CritériosO aluno:

demonstra conhecimento do conteúdo; apresenta argumentos selecionados; demonstra seqüência lógica e clareza na apresentação; faz uso de recursos para ajudar na sua produção.

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5. Atividades Experimentais – estas atividades requerem clareza no enunciado e propiciam ao aluno criar hipóteses sobre o fenômeno que está ocorrendo, levando em consideração as dúvidas, o erro, o acaso, a intuição, de forma significativa.

Nessa atividade, o aluno pode expressar sua compreensão do fenômeno experimentado, do conceito a ser construído ou já construído, a qualidade da interação quando o trabalho se realiza em grupo, entre outras possibilidade.

CritériosO aluno ao realizar seu experimento:

Registra as hipóteses e os passos seguidos; Demonstra compreender o fenômeno experimentado; Sabe usar adequadamente e de forma conveniente os materiais ; Consegue utilizar apropriadamente o ambiente e os instrumentos

necessários.

6. Projeto de Pesquisa de Campo – essa atividade exige um planejamento prévio que demande a busca de informações nos lugares que se pretende trabalhar. Nesse sentido, colabora para a construção de conhecimentos e formação dos alunos como agentes sociais.

Critérios O aluno ao proceder sua pesquisa de campo:

registra as informações, no local de pesquisa; organiza e examina os dados coletados, conforme orientações; apresenta sua compreensão a respeito do conhecimento construído,

sua capacidade de análise dos dados coletados, capacidade de síntese;

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atende ao que foi solicitado como conclusão do projeto (relatório, elaboração de croquis, produção de texto, cartazes, avaliação escrita, entre outros).

7- O Relatório - é um conjunto de descrições e análise da atividade desenvolvida, auxiliando no aprimoramento da habilidade de escrita, possibilitando ainda, a reflexão sobre o que foi realizado e a reconstrução de seu conhecimento. No relatório deve apresentar quais dados ou informações foram coletadas ou desenvolvidas e como esses dados foram analisados, bem como quais resultados podem-se extrair deles.São elementos do relatório: introdução, metodologia e materiais, análise e considerações finais.

CritériosO aluno:

faz a introdução com informações que esclareçam a origem de seu relatório, apontando quais os objetivos da atividade, bem como a relevância do conteúdo abordado e dos conceitos construídos;

descreve objetiva e claramente como se deu o trabalho ou atividade desenvolvida, possibilitando ao leitor a compreensão do que se está falando, ou para uma reflexão que permita que se aprimore a atividade.

faz a descrição dos dados coletados durante os procedimentos e dos resultados obtidos, estabelecendo uma relação entre eles e as discussões teóricas que deram origem à atividade. em questão.

8. Seminário - oportuniza a pesquisa, a leitura e a interpretação de textos. Trata-se de uma discussão rica de ideias, na qual cada um participa questionando, de modo fundamentado, os argumentos

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apresentados, colocando o estudante em contato direto com a atividade científica e engajando-o na pesquisa. Critérios O aluno:

demonstra consistência nos argumentos, tanto na apresentação quanto nas réplicas;

apresenta compreensão do conteúdo abordado (a leitura compreensiva dos textos utilizados);

faz adequação da linguagem; demonstra pertinência quanto as fontes de pesquisa; traz relatos para enriquecer a apresentação; faz adequação e toma como relevante as intervenções dos

integrantes do grupo que assiste a apresentação.

9. Debate – possibilita a exposição de ideias, avaliação dos argumentos, permitindo que haja turno de fala entre os ouvintes, mas para que isso ocorra, é preciso garantir a participação de todos.

CritériosO aluno:

aceita a lógica da confrontação de posições, ou seja, respeita os pensamentos divergentes;

ultrapassa os limites das suas posições pessoais; explicita racionalmente os conceitos e valores que fundamentam a

sua posição; faz uso adequado da língua portuguesa em situações formais; busca, por meio do debate, da persuasão e da superação de

posições particulares, uma posição de unidade, ou uma maior aproximação possível entre as posições dos participantes;

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registra, por escrito, as ideias surgidas no debate; demonstra conhecimento sobre o conteúdo da disciplina envolvido

no debate; apresenta compreensão sobre o assunto específico debatido e sua

relação com o conteúdo da disciplina.

10. Atividades com textos literários - possibilita discussões acerca do conteúdo que está sendo discutido, no contexto de outra linguagem. Esse trabalho passa por três momentos necessários para sua efetivação: a escolha do texto, a elaboração da atividade em si (seja através de questões, seja por um roteiro de leitura), os critérios de avaliação.

CritériosO aluno:

compreende e interpreta a linguagem utilizada no texto; faz a articulação do conceito/conteúdo/tema discutido nas aulas

com o texto literário lido; reconhece os recursos expressivos específicos do texto literário.

11- Atividades a partir de recursos Audiovisuais - o trabalho com filmes, documentários, músicas, teatro, entre outros. Qualquer que seja o recurso escolhido, é preciso considerar que o conteúdo abordado naquela mídia não está didatizado, vem apresentado em linguagem específica e com intencionalidade diferente daquela que existe na escola. A didatização do conteúdo cabe ao professor.

CritériosO aluno:

compreende e interpreta a linguagem utilizada;

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articula o conceito/conteúdo/tema discutido nas aulas com o conteúdo apresentado pelo audiovisual;

reconhece os recursos expressivos específicos daquele recurso.

12- Trabalho em grupo – desenvolve dinâmicas com pequenos grupos, na tentativa de proporcionar, aos alunos, experiências que facilitem o processo de aprendizagem. Nesse sentido, possibilita a interação social, conduzindo o aluno a compartilhar seu conhecimento. O trabalho em grupo pode ser proposto a partir de diferentes atividades, sejam elas, escritas, orais, gráficas, corporais, construção de maquetes, painéis, mural, jogos e outros, abrangendo os conhecimentos artísticos, filosóficos e científicos.

CritériosO aluno:

interage com o grupo; compartilha o conhecimento; demonstra os conhecimentos formais da disciplina, estudados em

sala de aula, na produção coletiva de trabalhos; compreende a origem da construção histórica dos conteúdos

trabalhados e sua relação com a contemporaneidade e o seu cotidiano.

13. Questões discursivas - Essas questões possibilitam verificar a qualidade da interação do aluno com o conteúdo abordado em sala de aula. Uma questão discursiva possibilita que o professor avalie o processo de investigação e reflexão realizado pelo aluno durante a exposição/discussão do conteúdo, dos conceitos.

Além disso, a resposta a uma questão discursiva permite que o professor identifique com maior clareza o erro do aluno, para que possa

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dar a ele a importância pedagógica que tem no processo de construção do conhecimento. CritériosO aluno:

Compreende o enunciado da questão. Planeja a solução, de forma adequada. Comunica-se por escrito, com clareza, utilizando-se da norma

padrão da língua portuguesa. Sistematiza o conhecimento de forma adequada

14- Questões objetivas - Este tipo de questão tem como principal objetivo a fixação do conteúdo. Uma questão objetiva deve apresentar um enunciado objetivo e esclarecedor, usando um vocabulário conceitual adequado, possibilitando ao aluno a compreensão do que foi solicitado. Para a construção desse tipo de questão o professor não deve desconsiderar um bom planejamento, ou seja, definir o grau de dificuldade de cada questão direcionada para cada série com vistas a não cometer injustiças.

CritériosO aluno:

Realiza leitura compreensiva do enunciado; Demonstra apropriação de alguns aspectos definidos do conteúdo; Utiliza de conhecimentos adquiridos.

No Plano de Trabalho Docente de acordo com o conteúdo trabalhado o professor apresentara de forma detalhada os instrumentos e critérios adotados.

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REFERÊNCIAS

HOFFMANN, J. Avaliação mediadora: uma prática em construção da pré-escola àuniversidade. 20 ed. Porto Alegre: Mediação, 2003.

LIBÂNEO, José Carlos. Democratização da Escola Pública. São Paulo : Loyola, 1990.

LUCKESI, C. C. Avaliação da aprendizagem escolar. 2 ed. São Paulo: Cortez, 1995.

PARANÁ. Diretrizes Curriculares – Ensino fundamental, Educação Física, 2008.

PARANÁ. Diretrizes Curriculares – Educação Inclusiva – Governo do Estado do Paraná , 2006.

PROJETO Político Pedagógico da Escola Estadual Getúlio Vargas-Ensino Fundamental, 2011.

REGIMENTO, Escolar. Escola Estadual Getúlio Vargas – Ensino Fundamental, 2008.

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6.4 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR - MATEMÁTICA

1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

A história da Matemática nos revela que foram os povos das antigas civilizações que começaram a desenvolver a Matemática de forma rudimentar compondo assim a Matemática que se conhece hoje.

Os povos das antigas civilizações desenvolveram os primeiros conhecimentos que vieram compor a Matemática conhecida hoje. Há menções na história da Matemática de que os babilônios, por volta de 2000 a.C., acumulavam registros do que hoje podem ser classificados como álgebra elementar. Foram os primeiros registros da humanidade a respeito de ideias que se originaram das configurações físicas e geométricas, da comparação das formas, tamanhos e quantidades.

Como campo de conhecimento, a Matemática emergiu somente mais tarde, em solo grego, nos séculos VI e V a.C. Com a civilização grega, regras, princípios lógicos e exatidão de resultados foram registrados. Com os pitagóricos ocorreram as primeiras discussões sobre a importância e o papel da matemática.

A primeira proposta de ensino de Matemática baseada em prática pedagógica ocorreu no século V a.C. com os sofistas, tendo como objetivo a formação do homem político. Nos séculos IV a II a.C. era um ensino baseado na memorização e repetição e no século V d.C. o ensino teve caráter estritamente religioso.

Após o século XV, as navegações, as atividades comercias e industriais possibilitaram novas descobertas na matemática, e no século XVI a matemática contribuiu para o processo científico e econômico. Foi também neste século que os jesuítas instalaram colégios católicos pelo quais a Matemática viria a ser introduzida como disciplina nos currículos da escola brasileira.

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No século XVIII com as revoluções francesa e industrial a pesquisa Matemática se direcionou a atender aos processos da industrialização, colocando assim à prova as teorias matemáticas criadas.

O desenvolvimento matemático no século XIX foi denominado por estudiosos do assunto como o período das matemáticas contemporâneas. Assinala assim as relações que expressam formas e quantidades aumentaram consideravelmente; elas ocorreram nos fundamentos da Matemática, no sistema de teorias, problemas históricos, lógicos e filosóficos.

Do final do século XVI ao início do século XIX, o ensino da Matemática, desdobrado em aritmética, geometria, álgebra e trigonometria, contribuiu para formar engenheiros, geógrafos e topógrafos que trabalhariam em minas, abertura de estradas, construções de portos, canais, pontes, fontes, calçadas e preparar jovens para a prática da guerra.

No período entre o fim do século XIX e início do século XX, levantaram -se preocupações voltadas para o ensino da Matemática, sendo traduzidas em ações concretas, discutida em encontros internacionais promovidos por matemáticos preocupados com o ensino de matemática.

Esse foi o início de um movimento mundial de renovação do ensino da Matemática que se manifestou em vários países da Europa, mas em alguns desses países, a renovação ocorreu de forma mais ampla, em especial na Alemanha, onde Felix Klein (1849-1925) defendeu a atualização desse ensino para que ele se aproximasse do desenvolvimento científico e tecnológico.

No Brasil, ministrava-se um ensino de Matemática de caráter técnico com o objetivo de preparar os estudantes para as academias militar, influenciado pelos acontecimentos políticos que ocorriam na Europa. Com a chegada da Corte Portuguesa ao Brasil, em 1808,

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implementou-se um ensino de Matemática através de cursos técnico-militares.

O início da modernização da Matemática no país aconteceu com a expansão da indústria nacional, do desenvolvimento da agricultura, do aumento da população nos centros urbanos.

O Movimento da Escola Nova propunha uma concepção Empírico -ativista que pressupunha a valorização dos processos de aprendizagem e o envolvimento dos estudantes em atividades de pesquisa, atividades lúdicas, resolução de problemas, jogos e experimentos.

Até o final do ano de 1950 a tendência que prevaleceu no ensino da matemática no Brasil foi a Formalista Clássica baseada no “modelo euclidiano e na concepção platônica da Matemática”, após esta década observou-se à tendência Formalista Moderna que valorizava o desenvolvimento das ideias matemáticas com a reformulação do currículo escolar onde o ensino era centrado no professor que demonstrava os conteúdos em sala de aula.

O regime militar brasileiro oficializou a tendência pedagógica Tecnicista tinha a função de manter e estabilizar o sistema de produção capitalista, cujo objetivo era a preparação do indivíduo para ser útil e servir.

A tendência Construtiva surgiu a partir das décadas de 1960 e 1970, onde o conhecimento matemático resultava de ações interativas e reflexivas dos estudantes no ambiente ou nas atividades pedagógicas, sem assim, dava maior ênfase ao processo e não ao produto do conhecimento.

A tendência Sócio-cultural valorizou aspectos sócio-culturais da Educação matemática, e o conhecimento matemático passou a ser visto como um saber prático e dinâmico. A relação professor-aluno era dialógica, privilegiava a troca de conhecimentos entre ambos.

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A tendência Histórico-crítica concebia a Matemática como um saber vivo, dinâmico para atender as necessidades sociais e teóricas. Não consistia apenas em resolver problemas e fixar conceitos através da memorização ou de uma série de exercícios, mas no desenvolvendo estratégias que possibilitam ao aluno atribuir sentido e significado às ideias matemáticas e, sobre essas ideias, tornar-se capaz de estabelecer relações, justificar, analisar, discutir e criar.

O Estado da Paraná, através da Secretária de educação – SEED, iniciou, em 1987, discussões com os professores da Rede Pública Estadual para elaboração de propostas pra seu sistema de ensino e no final da década de 198º e início de 1990, fez um movimento de produzir um documento de referência curricular para sua rede pública de Ensino Fundamental que teve como fundamentação teórica uma forte influência da tendência histórico-crítica.

A partir de 2003, a SEED elabora o documento de Diretrizes Curriculares e, no que se refere ao ensino da Matemática, num processo de discussão coletiva com os professores da Rede Pública que lecionam nos diferentes níveis e modalidades de ensino, resgata importantes considerações a respeito de abordagens obre o ensino a aprendizagem da Matemática.

2. OBJETIVOS DA DISCIPLINA DE MATEMÁTICA

Identificar os conhecimentos matemáticos como meios para compreender e transformar o mundo à sua volta e perceber o caráter do jogo intelectual, característico da Matemática, como aspecto que estimula o interesse, a curiosidade, o espírito de investigação e o desenvolvimento da capacidade para resolver problemas.

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3. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS DA DISCIPLINA

Entende-se por Conteúdos Estruturantes os conhecimentos de grande amplitude, os conceitos e as práticas que identificam e organizam os campos de estudos de uma disciplina escolar, considerados fundamentais para a sua compreensão. Constituem-se historicamente e são legitimados nas relações sociais.

Os Conteúdos Estruturantes para o ensino de Matemática na Educação Básica da Rede Pública Estadual de Ensino no Estado do Paraná, são:

Números e Álgebra Grandezas e Medidas Geometrias Funções Tratamento da informação.

No Ensino Fundamental, o Conteúdo Estruturante Números e Álgebra se desdobra nos seguintes conteúdos:

conjuntos numéricos e operações equações e inequações polinômios proporcionalidade

Os números estão presentes na vida do homem desde tempos remotos como os do começo da idade da pedra, o paleolítico, o estágio de coleta para a produção de alimentos, surgimento da atividade agrícola, entre outros aspectos. O surgimento dos números foi fundamental para o progresso acerca do conhecimento de valores numéricos e de relações sociais. Com o passar do tempo novas situações fizeram surgir o senso de contagem expresso em registros numéricos por agrupamentos, entalhes em paus, nós em cordas, seixos ou conchas em grupos. Esses métodos favoreceram o surgimento de símbolos especiais, tanto para a contagem

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quanto para a escrita. As ideias de contagem evoluíram, de modo que outros povos adotaram conceitos e criaram seus sistemas de numeração. Entre eles, estavam os sumérios, os babilônios, egípcios, gregos, romanos, hebreus, maias, chineses, indianos e árabes.

O atual sistema de numeração, formado pelos algarismos 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, iniciou com os números 1 e 2, quando o homem percebeu diferenças nítidas entre a unidade, o par e a pluralidade que ampliou seu conhecimento e se deparou com a complexidade de problemas, criou-se então os demais algarismos. Ocorreram avanços na sua sistematização e hoje há diferentes formas de ler os números, organizados nos seguintes conjuntos numéricos: naturais, inteiros, racionais, irracionais, reais e complexos.

A álgebra é um campo do conhecimento matemático que se formou sob contribuições de diversas culturas. Pode-se mencionar a álgebra egípcia, babilônica, grega, chinesa, hindu, arábica e da cultura europeia renascentista. Cada uma evidenciou elementos característicos que expressam o pensamento algébrico de cada cultura. Com Diofanto, no século III d.C., fez-se o primeiro uso sistemático de símbolos algébricos. Tal sistematização foi significativa, pois estabeleceu uma notação algébrica bem desenvolvida para resolver problemas mais complexos, antes não abordados.

A partir do século VII, com a chegada dos árabes à Europa, houve novo avanço em relação ao conhecimento algébrico, pois surgiram tratados que o ampliaram, até os primeiros tempos da Renascença. Devido a sua significativa aplicação, tal conhecimento foi incorporado à cultura europeia e recebeu denominações diversas, como: álgebra, algèbre etc. (CARAÇA, 2002. apud DC de Matemática, Paraná, 2006).

As produções matemáticas do século XVII ao XIX procuravam atender às demandas de algumas áreas de atividades humanas,

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sobretudo as comerciais e as da administração pública. Isso fez com que a álgebra alcançasse um novo estágio de desenvolvimento. Surgiram, então, regras que propiciaram solucionar equações cúbicas e discutir o número de raízes de equações de grau maior que três. Também, usaram-se, pela primeira vez, os números imaginários na tentativa de encontrar raízes quadradas de números negativos, nascendo, assim, a teoria das equações algébricas.

A álgebra e os números passam a fazer parte do conhecimento escolar, sendo que, no cenário educacional brasileiro, seu ensino foi influenciado pelas produções didáticas europeias do século XVIII, na forma de aulas avulsas em matérias denominadas Aritmética e Álgebra.

Quanto às expectativas de ensino e de aprendizagem desse Conteúdo Estruturante espera-se que, no Ensino Fundamental, os alunos compreendam:

sistema de numeração decimal e o conceito de notação científica; os conceitos da adição, subtração, multiplicação, divisão,

potenciação e radiciação de números pertencentes aos conjuntos dos naturais, inteiros, racionais, irracionais e reais e suas propriedades;

o conceito de razão e proporção, regra de três, porcentagem, frações e dos números decimais e as suas operações. O conteúdo estruturante Grandezas e Medidas para o Ensino

Fundamental, o Conteúdo Estruturante Grandezas e Medidas englobam os seguintes conteúdos:

sistema monetário medidas de comprimento medidas de massa medidas de tempo Observar a coesão do texto, fazer conexão entre

os parágrafos. medidas derivadas: áreas e volumes

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medidas de ângulos medidas de temperatura medidas de velocidade Trigonometria: relações métricas no triângulo retângulo e relações

trigonométricas nos triângulosO homem, no decorrer da história, deparou-se com noções de maior

e menor, de antes e depois, e com isso passou a realizar comparações entre espaços e entre objetos abstratos, ou seja para que o homem pudesse ter uma visão da realidade precisou criar instrumentos de medida. A ação de medir é uma faculdade inerente ao homem, faz parte de seus atributos de inteligência. As sociedades criaram seus próprios sistemas, denominados de sistemas pré - métricos.

Com o passar do tempo, verificou-se a necessidade de padronizar os sistemas de medidas devido à intensificação das relações sociais e econômicas, isto é, da expansão do comércio e o surgimento do mercantilismo. Muitas foram as tentativas, bem como muitas pessoas, de vários países, dedicaram-se a estudos para conquistar tal unificação e chegar a um sistema métrico padrão. O Conteúdo de Grandezas e Medidas favorece o diálogo entre os demais conteúdos matemáticos.

Os Conteúdos estruturante Geometrias para o Ensino Fundamental se desdobra nos seguintes conteúdos:

geometria plana geometria espacial geometria analítica noções básicas de geometrias não-euclidianas

As ideias geométricas abstraídas das formas da natureza, que aparecem tanto na vida inanimada como na vida orgânica e nos objetos produzidos pelas diversas culturas, influenciaram muito o desenvolvimento humano. Em torno dos anos 300 a.C., Euclides sistematizou o conhecimento geométrico. O conhecimento geométrico da

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época e deram cientificidade à Matemática. Nessa obra, o conhecimento geométrico é organizado com coesão lógica e concisão de forma, constituindo a Geometria Euclidiana que engloba tanto a geometria plana quanto a espacial.

O Conteúdo Estruturante Geometrias, no Ensino Fundamental, tem o espaço como referência, de modo que o aluno consiga analisá-lo e perceber seus objetos para, então, representá-lo. Neste nível de ensino, o aluno deve compreender:

os conceitos da geometria plana: ponto, reta e plano; paralelismo e perpendicularismo; estrutura e dimensões das figuras geométricas planas e seus elementos fundamentais; cálculos geométricos: perímetro e área, diferentes unidades de medidas e suas conversões; representação cartesiana e confecção de gráficos;

geometria espacial: nomenclatura, estrutura e dimensões dos sólidos geométricos e cálculos de medida de arestas, área das faces, área total e volume de prismas retangulares (paralelepípedo e cubo) e prismas triangulares (base triângulo retângulo), incluindo conversões;

geometria analítica: noções de geometria analítica utilizando o sistema cartesiano;

noções de geometrias não-euclidianas: geometria projetiva (pontos de fuga e linhas do horizonte); geometria topológica (conceitos de interior, exterior, fronteira, vizinhança, conexidade, curvas e conjuntos abertos e fechados) e noção de geometria dos fractais.O conteúdo estruturante funções no Ensino Fundamental engloba

os seguintes conteúdos: função a fim função quadrática

Na Educação Básica, o aluno deve compreender que as Funções estão presentes nas diversas áreas do conhecimento e modelam

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matematicamente situações que, pela resolução de problemas, auxiliam o homem em suas atividades.

As funções devem ser vistas como contrção histórica e dinâmica capaz de provocar mobilidade às explorações matemáticas, por conta da variedade e da possibilidade de análise do seu objeto de estudos e por sua atuação em outros conteúdos específicos da matemática.

Tal mobilidade oferece ao aluno a noção analítica de leitura do objeto matemático.

O conteúdo estruturante Tratamento da Informação para o Ensino Fundamental, engloba os seguintes conteúdos:

noções de probabilidade estatística matemática financeira noções de análise combinatória

O conteúdo estruturante tratamento da informação, é um conteúdo estruturante que contribui para o desenvolvimento de condições de leitura crítica dos fatos ocorridos na sociedade e para a interpretação de tabelas e gráficos que de modo geral são usados para registrar informações. Ao final do Ensino Fundamental, é importante o aluno conhecer fundamentos básicos de Matemática que permitam ler e interpretar tabelas e gráficos, conhecer dados estatísticos, conhecer a ocorrência de eventos em um universo de possibilidades, cálculos de porcentagem e juros simples. Por isso, é necessário que o aluno colete dados, organize-os em tabelas segundo o conceito de frequência e avance para as contagens, os cálculos de média, frequência relativa, frequência acumulada, mediana e moda. Da mesma forma, é necessário o aluno compreender o conceito de eventos, universo de possibilidades e os cálculos dos eventos sobre as possibilidades. A partir dos cálculos, deve ler e interpretá-los, explorando, assim, os significados criados a partir dos mesmos.

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4. CONTEÚDOS

6º ano -

CONTEÚDO ESTRUTURANTE

CONTEÚDOS BÁSICOS CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

NÚMEROS E ALGEBRA

Sistemas de numeração;Números naturais;Múltiplos e divisores;Potenciação e radiciação;Números fracionários;Números decimais;

• Conheça os diferentes sistemas de numeração;

• Identifique o conjunto dos naturais, comparando

e reconhecendo seus elementos;

• Realize operações com números naturais;

•Expresse matematicamente, oral ou por escrito, situações-problema que envolvam (as) operações com números naturais;

• Estabeleça relação de igualdade e transformação

entre: fração e número decimal; fração e número

misto;

• Reconheça o MMC e MDC entre dois ou mais

números naturais;

• Reconheça as potências como multiplicação de

mesmo fator e a radiciação como sua operação inversa;

• Relacione as potências e as raízes quadradas e

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cúbicas com padrões numéricos e geométricos.

GRANDEZAS E MEDIDAS

Medidas de comprimento;Medidas de massa;Medidas de área;Medidas de volume;Medidas de tempo;Medidas de ângulos;Sistema monetário;

• Identifique o metro como unidade-padrão de medida de comprimento;

• Reconheça e compreenda os diversos sistemas de medidas;

• Opere com múltiplos e submúltiplos do quilograma;

• Calcule o perímetro usando unidades de medidas padronizadas;

• Compreenda e utilize o metro cúbico como padrão de medida de volume;

• Realize transformações de unidades de medida de tempo envolvendo seus múltiplos e submúltiplos;

• Reconheça e classifique ângulos (retos, agudos e obtusos);

• Relacione a evolução do Sistema Monetário Brasileiro com os demais sistemas mundiais;

• Calcule a área de uma superfície usando unidades de medida de superfície padronizada;

GEOMETRIAS Geometria planaGeometria espacial

•Reconheça e represente ponto, reta, plano, semi - reta

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e segmento de reta;

•Conceitue e classifique polígonos;

•Identifique corpos redondos;

• Identifique e relacione os elementos

geométricos que envolvem o cálculo de área e perímetro de diferentes figuras planas;

•Diferencie círculo e circunferência, identificando seus elementos;

• Reconheça os sólidos geométricos

TRATAMENTO DA

INFORMAÇÃO

Dados;Tabelas e gráficosPorcentagem

• Interprete e identifique os diferentes tipos de gráficos e compilação de dados, sendo capaz defazer a leitura desses recursos nas diversas formas

em que se apresentam;

•Resolva situações-problema que envolvam porcentagem e relacione-as com os números na forma decimal e fracionária.

7º ano -

CONTEÚDO CONTEÚDOS CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

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ESTRUTURANTE BÁSICOSNÚMEROS E

ALGEBRA Números inteiros; Números racionais; Equação e Inequações do 1º grau; Razão e proporção; Regra de três simples

- Reconheça números inteiros em diferentes contextos;

-Realize operações com números inteiros;

- Reconheça números racionais em diferentes contextos;

-Realize operações com números racionais;

-Compreenda o princípio de equivalência da igualdade e desigualdade;

-Compreenda o princípio de equivalência da igualdade e desigualdade;

-Compreenda o conceito de incógnita;

-Utilize e interprete a linguagem algébrica para expressar valores numéricos através de incógnitas;

- Compreenda a razão como uma comparação entre duas grandezas numa ordem determinada e a proporção como uma igualdade entre duas razões;

- Reconheça sucessões de grandezas direta e inversamente proporcionais;

- Resolva situações-problema aplicando regra de três simples.

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GRANDEZAS E MEDIDAS

Medidas de temperatura; Medidas de ângulos

-Compreenda as medidas de temperatura em diferentes contextos;

-Compreenda o conceito de ângulo;

-Classifique ângulos e faça uso do transferidor e esquadros para medi-los;

GEOMETRIAS Geometria plana; Geometria espacial; Geometrias não-euclidianas

-Classifique e construa, a partir de figuras planas, sólidos geométricos;

-Compreenda noções topológicas através do conceito de interior, exterior, fronteira, vizinhança, conexidade, curvas e conjuntos abertos e fechados.

TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

Pesquisa Estatística; Média Aritmética; Moda e Mediana; Juro simples;

- Analise e interprete informações de pesquisas estatísticas;

- Leia e interprete, construa e analise gráficos;

- Calcule a média aritmética e a moda de dados estatísticos;

- Resolva problemas envolvendo cálculo de juros simples.

8º ano

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292 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - 2011

CONTEÚDO ESTRUTURANTE

CONTEÚDOS BÁSICOS CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

NÚMEROS E ALGEBRA

- Números Racionais e Irracionais;- Sistemas de Equações do 1º grau;- Potências;- Monômios e Polinômios;- Produtos Notáveis

• Extraia a raiz quadrada exata e aproximada de números racionais;

•Reconheça números irracionais em diferentes contextos;

• Realize operações com números irracionais;

• Compreenda, identifique e reconheça o número π (pi) como um número irracional especial;

• Compreenda o objetivo da notação científica e sua aplicação;

•Opere com sistema de equações do 1o grau;

• Identifique monômios e polinômios e efetue suas operações;

• Utilize as regras de Produtos Notáveis para resolver problemas que envolvam expressões algébricas.

GRANDEZAS E MEDIDAS

- Medidas de comprimento;- Medidas de área;- Medidas de volume;- Medidas de ângulos.

• Calcule o comprimento da circunferência;

• Calcule o comprimento e área de polígonos e círculo;

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293 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - 2011

• Identifique ângulos formados entre retas paralelas interceptadas por transversal.

• Realize cálculo de área e volume de poliedros.

GEOMETRIAS - Geometria Plana;- Geometria Espacial;- Geometria analítica;- Geometrias não-euclidianas

• Reconheça triângulos semelhantes;

• Identifique e some os ângulos internos de um triângulo e de polígonos regulares;

• Desenvolva a noção de paralelismo, trace e reconheça retas paralelas num plano;

• Compreenda o Sistema de Coordenadas Cartesianas, marque pontos, identifique os pares ordenados (abscissa e ordenada) e analise seus elementos sob diversos contextos;

• Conheça os fractais através da visualização e manipulação de materiais e discuta suas propriedades.

TRATAMENTO DA

INFORMAÇÃO

- Gráfico e Informação;- População e amostra

• Interprete e represente dados em diferentes gráficos;

• Utilize o conceito de amostra para levantamento de dados.

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294 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - 2011

9º ano

CONTEÚDO ESTRUTURANTE

CONTEÚDOS BÁSICOS

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

NÚMEROS E ALGEBRA

Números reais;Propriedades dos radicaisEquação do 2º grau;Teorema de Pitágoras;Equações irracionais;Equações Biquadradas;Regra de três composta

• Opere com expoentes fracionários;

• Identifique a potência de expoente fracionário como um radical e aplique as propriedades para a sua simplificação;

• Extraia uma raiz usando fatoração;

• Identifique uma equação do 2o grau na forma completa e incompleta, reconhecendo seus elementos;

• Determine as raízes de uma equação do 2o grau utilizando diferentes processos;

• Interprete problemas em linguagem gráfica e algébrica;

• Identifique e resolva equações irracionais;

• Resolva equações biquadradas através das equações do 2ograu;

• Utilize a regra de três composta em situações- problema.

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295 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - 2011

GRANDEZAS E MEDIDAS

Relações Métricas no Triângulo Retângulo Trigonometria no Triângulo Retângulo;

• Conheça e aplique as relações métricas e trigonométricas no triângulo retângulo;

•Utilize o Teorema de Pitágoras na determinação das medidas dos lados de um triângulo retângulo;

GEOMETRIAS Geometria Plana;

Geometria Espacial;Geometria Analítica;Geometrias não-euclidianas

• Verifique se dois polígonos são semelhantes, estabelecendo relações entre eles;

• Compreenda e utilize o conceito de semelhança de triângulos para resolver situações-problemas;

•Conheça e aplique os critérios de semelhança dos triângulos;

•Aplique o Teorema de Tales em situações- problemas;

• Noções básicas de geometria projetiva.

•Realize Cálculo da superfície e volume de poliedros.

FUNÇÕES Noções intuitiva de Função Afim;Noção intuitiva de FunçãoQuadrática.

• Expresse a dependência de uma variável em relação à outra;

• Reconheça uma função afim e sua representação gráfica,

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296 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - 2011

inclusive sua declividade em relação ao sinal da função;

•Relacione gráficos com tabelas que descrevem uma função;

• Reconheça a função quadrática e sua representação gráfica e associe a concavidade da parábola em relação ao sinal da função;

• Analise graficamente as funções afins;

• Analise graficamente as funções quadráticas.

TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

Noções de Análise Combinatória;Noções de Probabilidade;Estatística; Juros compostos.

• Desenvolva o raciocínio combinatório por meio de situações-problema que envolvam contagens,

aplicando o princípio multiplicativo;

• Descreva o espaço amostral em um experimento aleatório;

• Calcule as chances de ocorrência de um determinado evento;

• Resolva situações-problema que envolvam cálculos de juros compostos.

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5. METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Preparar o cidadão para atuar em uma sociedade complexa, cada vez mais permeada pela ciência e tecnologia constitui-se num dos principais objetivos do ensino de Matemática, acreditando-se que a realidade social, econômica e cultural do meio deve constituir-se numa referência básica. A seleção dos conteúdos para o ensino de Matemática deve atender, de forma equilibrada, os princípios de relevância cultural e os aspectos formativos. Devem ser úteis como instrumento para a vida e para o trabalho, por serem integrantes de raízes culturais e, indiscutivelmente, como suporte para o desenvolvimento intelectual do aluno. Tem-se como desafios aos docentes em Matemática a adequação e gradação de conteúdos e a inclusão de propostas metodológicas que valorizem os conceitos, aplicações, formas de raciocínio, habilidades, valores, atitudes e interesses. Os Conteúdos Estruturantes da disciplina Números e Álgebra, Grandezas e Medidas, Geometrias e Tratamento da Informação devem permitir a organização dos conteúdos básicos, desdobrados em assuntos, em função da sua complexidade. A articulação e a dinâmica do uso dos temas devem assegurar a continuidade do processo pedagógico, modificando-se o aprofundamento dado aos conteúdos de acordo com o ritmo de aprendizagem dos alunos.

Esse cuidado deve ser primordial principalmente em se tratando dos alunos com necessidades especiais pois antes da preocupação com a sua aprendizagem está o objetivo maior que é o da sua inclusão no ambiente escolar.

A escola, é um lugar onde se preza a igualdade de direitos, por isso ela deve buscar resgatar os valores humanos formando esses homens em cidadãos capazes de participar e se relacionar socialmente.

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A vivência de situações desafiadoras, que permitam aos professores expressar-se através da utilização de vários recursos e técnicas para o exercício pleno e consciente da sua profissão, é fundamental, não somente para garantir um ensino de melhor qualidade, como também para assegurar uma maior participação dos professores em todas as etapas do processo de ensino e aprendizagem de matemática, desde o planejamento, a seleção e a organização dos conteúdos até a consequente execução das atividades programadas. Fatores como o fracasso no ensino da Matemática, mudanças na sociedade, que demandam outra formação do cidadão, mudanças na realidade de vida do aluno e sua pouca motivação ante o conhecimento veiculado na escola levam a pensar em um ensino e uma escola diferente, mais significativo para o aluno atual e para o cidadão que queremos formar. Na verdade, eles levam a pensar em uma educação integrada pela Matemática onde o professor em contato com seu aluno com o apoio da escola busque alternativas para a solução dos problemas.

Espera-se que o educador, antes de supor a ensinar respostas, leve o aluno a se disponibilizar à busca, ao questionamento, a verbalizar suas perguntas, respeitar respostas e integrações dos outros, a compreender a linguagem, vivenciar os símbolos, localizar-se e familiarizar-se com o mundo matemático.

Os eixos matemáticos, devem ser trabalhos estabelecendo conexões com outros campos do conhecimento e com as demais áreas da matriz curricular de forma disciplinar e interdisciplinar.

Os conteúdos básicos deverão ser abordados de forma articulada, que possibilitem uma interlocução e complementação dos conceitos pertinentes à disciplina de Matemática.

A prática pedagógica deve estimular o espírito questionador do aluno na busca de explicações e finalidade para as coisas, discutindo a matemática, questionando como ela foi construída, como pode contribuir

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para a solução de tantos problemas do cotidiano como de problemas ligados à investigação científica. Desse modo, os alunos deverão identificar os conhecimentos matemáticos como meios que auxiliam a compreender e a atuar no mundo em que estão inseridos.

Para ensinar matemática além do quadro-negro, do livro didático e da fala do professor, deve-se também utilizar recursos didáticos como: livros, vídeos, televisão, rádio, calculadoras, computadores, jogos, notícias de jornal, revistas, panfletos, quebra cabeça, material ilustrativo como polígonos, etc., pois tais recursos, têm papel importante no processo de ensino aprendizagem pois são materiais que estão diretamente relacionados com o dia-a-dia do aluno e que contribui não apenas para a construção do conhecimento mas também para o diálogo entre os conteúdos e as trocas de ideia. Para tanto, tais recursos devem ser integrados a situações que levem o aluno ao exercício da análise e da reflexão, para isso, juntamente com gráficos e tabelas serão trabalhados os projetos da Escola: Agenda 21, Educação Fiscal, Ambiental e do Campo. Assim, a organização do trabalho didático será encaminhada de modo que os alunos desenvolvam a própria capacidade para construir conhecimentos matemáticos e interagir de forma cooperativa com seus pares, na busca de soluções para problemas, respeitando o modo de pensar dos colegas e aprendendo com eles.

Os conteúdos de História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena (Lei nº11.645/08); Educação Fiscal; Educação Tributária Dec. nº1143/99, portaria nº 413/02, serão abordados de forma contextualizada aos conceitos de ensino de matemática sempre que for possível a articulação entre os mesmos. 6. AVALIAÇÃO

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Historicamente, as práticas avaliativas tem sido marcadas pela pedagogia do exame em detrimento da pedagogia do ensino e da aprendizagem (LUCKESI, 2002). Com o objetivo de superar tal prática, considera-se que a avaliação deve acontecer ao longo do processo do ensino-aprendizagem, ancorada em encaminhamentos metodológicos que abram espaço para a interpretação e discussão, que considerem a relação do aluno com o conteúdo trabalhado, o significado desse conteúdo e a compreensão alcançada por ele. Para que isso aconteça, é preciso que o professor estabeleça critérios de avaliação claros e que os resultados sirvam para intervenções no processo ensino- aprendizagem, quando necessárias. Assim, a finalidade da avaliação é proporcionar aos alunos novas oportunidades para aprender e possibilitar ao professor refletir sobre seu próprio trabalho, bem como fornecer dados sobre as dificuldades de cada aluno. No processo avaliativo, é necessário que o professor faça uso da observação sistemática para diagnosticar as dificuldades dos alunos e criar oportunidades diversificadas para que possam expressar seu conhecimento. Tais oportunidades devem incluir manifestação escritas, orais e de demonstração, inclusive por meio de ferramentas e equipamentos, tais como materiais manipuláveis, computador e calculadora. Alguns critérios devem orientar as atividades avaliativas propostas pelo professor. Essas práticas devem possibilitar ao professor verificar se o aluno:

comunica-se matematicamente, oral ou por escrito; compreende, por meio da leitura, o problema matemático; elabora um plano que possibilite a solução do problema; encontra meios diversos para a resolução de um problema

matemático; realiza o retrospecto da solução de um problema.

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Dessa forma, no processo pedagógico, o aluno deve ser estimulado a:

partir de situações-problema internas ou externas à matemática; pesquisar acerca de conhecimentos que possam auxiliar na solução

dos problemas; elaborar conjecturas, fazer afirmações sobre elas e testá-las; perseverar na busca de soluções, mesmo diante de dificuldades e

sistematizar o conhecimento construído a partir da solução encontrada, generalizando, abstraindo e desvinculando-o de todas as condições particulares;

socializar os resultados obtidos, utilizando, para isso, uma linguagem adequada;

argumentar a favor ou contra os resultados; O professor deve considerar as noções que o estudante traz, decorrentes da sua vivência, de modo a relacioná-las com os novos conhecimentos abordados nas aulas de Matemática. Assim, será possível que as práticas avaliativas finalmente superem a pedagogia do exame para se basearem numa pedagogia do ensino e da aprendizagem.

A tarefa do professor ao avaliar, é bastante complexa e exige um desempenho competente, uma vez que envolve projetos, aspirações, realidades, sonhos, fantasias de seres delicados em formação, portanto a avaliação será: diagnóstica, formativa, acumulativa e formativa. Terá como instrumentos a resolução de exercícios, provas e testes, pesquisas bibliográficas e outros instrumentos que serão especificados no Plano de Trabalho Docente de acordo com a metodologia adotada para cada conteúdo de aprendizagem.

6.1 INSTRUMENTOS E CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃOPara a verificação da aprendizagem serão utilizados instrumentos e

critérios diversificados tais como:

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1. Atividade de leitura – a avaliação de leitura possibilita ao professor verificar a compreensão dos conteúdos abordados em aula e, nesse sentido, faz-se necessário a escolha criteriosa do texto, o roteiro de análise e os critérios de avaliação, de forma a permitir a reflexão e a discussão, bem como a ampliação de conhecimento.Critérios: O aluno:

compreende as idéias presentes no texto e interage com o texto por meio de questionamentos, concordâncias ou discordâncias.

ao falar sobre o texto, expressa suas idéias com clareza e sistematiza o conhecimento de forma adequada.

estabelece relações entre o texto e o conteúdo abordado em sala de aula.

2- Projeto de Pesquisa Bibliográfica - a solicitação de uma pesquisa exige enunciado claro e recortes precisos do que se pretende.Critérios:o aluno, quanto:

a contextualização, identifica a situação e o contexto com clareza; ao problema, apresenta de forma clara, objetiva o tema levantado,

delimitando o foco da pesquisa na busca de solução; a justificativa, aponta argumentos sobre a importância da pesquisa; O aluno, na escrita, remete-se aos textos lidos, por meio de citações

ou paráfrases, referenciando-os adequadamente.

3. Produção de Texto - a atividade de produção escrita deve considerar a característica dialógica e interativa da linguagem e o processo interlocutivo. Portanto, precisa ser relacionada ao que se escreve fora da escola, atendendo aos diferentes gêneros textuais. Critérios

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O aluno:produz textos atendendo às circunstâncias de produção (gênero, interlocutor, finalidade, etc.)

adequa a linguagem às exigências do contexto de produção, dando-lhe diferentes graus de formalidade ou informalidade, atendendo especificidades da disciplina em termos de léxico, de estrutura;

Expressa as idéias com clareza (coerência e coesão); elabora argumentos consistentes; estabelece relações entre as partes do texto; estabelece relação entre a tese e os argumentos elaborados para

sustentá-la.

4. Palestra/Apresentação Oral - a atividade de palestra/apresentação oral possibilita ao aluno demonstrar sua compreensão a respeito do conteúdo abordado, bem como argumentar, organizar e expor suas idéias.

CritériosO aluno:

demonstra conhecimento do conteúdo; apresenta argumentos selecionados; demonstra seqüência lógica e clareza na apresentação; faz uso de recursos para ajudar na sua produção.

5. Atividades Experimentais – estas atividades requerem clareza no enunciado e propiciam ao aluno criar hipóteses sobre o fenômeno que está ocorrendo, levando em consideração as dúvidas, o erro, o acaso, a intuição, de forma significativa Nessa atividade, o aluno pode expressar sua compreensão do fenômeno experimentado, do conceito a ser construído ou já construído, a qualidade

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da interação quando o trabalho se realiza em grupo, entre outras possibilidade.

CritériosO aluno ao realizar seu experimento:

registra as hipóteses e os passos seguidos; demonstra compreender o fenômeno experimentado; sabe usar adequadamente e de forma conveniente os materiais ; consegue utilizar apropriadamente o ambiente e os instrumentos

necessários.

6. Projeto de Pesquisa de Campo – essa atividade exige um planejamento prévio que demande a busca de informações nos lugares que se pretende trabalhar. Nesse sentido, colabora para a construção de conhecimentos e formação dos alunos como agentes sociais.

Critérios O aluno ao proceder sua pesquisa de campo:

registra as informações, no local de pesquisa; organiza e examina os dados coletados, conforme orientações; apresenta sua compreensão a respeito do conhecimento construído,

sua capacidade de análise dos dados coletados, capacidade de síntese;

atende ao que foi solicitado como conclusão do projeto (relatório, elaboração de croquis, produção de texto, cartazes, avaliação escrita, entre outros).

7- O Relatório - é um conjunto de descrições e análise da atividade desenvolvida, auxiliando no aprimoramento da habilidade escrita,

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possibilitando ainda, a reflexão sobre o que foi realizado e a reconstrução de seu conhecimento. No relatório deve apresentar quais dados ou informações foram coletadas ou desenvolvidas e como esses dados foram analisados, bem como quais resultados podem-se extrair deles.São elementos do relatório: introdução, metodologia e materiais, análise e considerações finais.

CritériosO aluno:

faz a introdução com informações que esclareçam a origem de seu relatório, apontando quais os objetivos da atividade, bem como a relevância do conteúdo abordado e dos conceitos construídos;

descreve objetiva e claramente como se deu o trabalho ou atividade desenvolvida, possibilitando ao leitor a compreensão do que se está falando, ou para uma reflexão que permita que se aprimore a atividade.

faz a descrição dos dados coletados durante os procedimentos e dos resultados obtidos, estabelecendo uma relação entre eles e as discussões teóricas que deram origem à atividade. em questão.

8. Seminário - oportuniza a pesquisa, a leitura e a interpretação de textos. Trata-se de uma discussão rica de ideias, na qual cada um participa questionando, de modo fundamentado, os argumentos apresentados, colocando o estudante em contato direto com a atividade científica e engajando-o na pesquisa.

Critérios O aluno:

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demonstra consistência nos argumentos, tanto na apresentação quanto nas réplicas;

apresenta compreensão do conteúdo abordado (a leitura compreensiva dos textos utilizados);

faz adequação da linguagem; demonstra pertinência quanto as fontes de pesquisa; traz relatos para enriquecer a apresentação; faz adequação e toma como relevante as intervenções dos

integrantes do grupo que assiste a apresentação.

9. Debate – possibilita a exposição de ideias, avaliação dos argumentos, permitindo que haja turno de fala entre os ouvintes. Mas, para que isso ocorra, é preciso garantir a participação de todos.

CritériosO aluno: aceita a lógica da confrontação de posições, ou seja, respeita os

pensamentos divergentes; ultrapassa os limites das suas posições pessoais; explicita racionalmente os conceitos e valores que fundamentam a

sua posição; faz uso adequado da língua portuguesa em situações formais; busca, por meio do debate, da persuasão e da superação de

posições particulares, uma posição de unidade, ou uma maior aproximação possível entre as posições dos participantes;

registra, por escrito, as idéias surgidas no debate; demonstra conhecimento sobre o conteúdo da disciplina envolvido

no debate; apresenta compreensão sobre o assunto específico debatido e sua

relação com o conteúdo da disciplina.

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10. Atividades com textos literários - possibilita discussões acerca do conteúdo que está sendo discutido, no contexto de outra linguagem. Esse trabalho passa por três momentos necessários para sua efetivação: a escolha do texto, a elaboração da atividade em si (seja através de questões, seja por um roteiro de leitura), os critérios de avaliação.

CritériosO aluno:

compreende e interpreta a linguagem utilizada no texto; faz a articulação do conceito/conteúdo/tema discutido nas aulas com

o texto literário lido; reconhece os recursos expressivos específicos do texto literário.

11- Atividades a partir de recursos Audiovisuais - o trabalho com filmes, documentários, músicas, teatro, entre outros. Qualquer que seja o recurso escolhido, é preciso considerar que o conteúdo abordado naquela mídia não está didatizado, vem apresentado em linguagem específica e com intencionalidade diferente daquela que existe na escola. A didatização do conteúdo cabe ao professor.

CritériosO aluno:

compreende e interpreta a linguagem utilizada; articula o conceito/conteúdo/tema discutido nas aulas com o

conteúdo apresentado pelo audiovisual; reconhece os recursos expressivos específicos daquele recurso.

12- Trabalho em grupo – desenvolve dinâmicas com pequenos grupos, na tentativa de proporcionar, aos alunos, experiências que facilitem o

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processo de aprendizagem. Nesse sentido, possibilita a interação social, conduzindo o aluno a compartilhar seu conhecimento. O trabalho em grupo pode ser proposto a partir de diferentes atividades, sejam elas, escritas, orais, gráficas, corporais, construção de maquetes, painéis, mural, jogos e outros, abrangendo os conhecimentos artísticos, filosóficos e científicos.

CritériosO aluno:

interage com o grupo; compartilha o conhecimento; demonstra os conhecimentos formais da disciplina, estudados em

sala de aula, na produção coletiva de trabalhos; compreende a origem da construção histórica dos conteúdos

trabalhados e sua relação com a contemporaneidade e o seu cotidiano.

13. Questões discursivas - Essas questões possibilitam verificar a qualidade da interação do aluno com o conteúdo abordado em sala de aula. Uma questão discursiva possibilita que o professor avalie o processo de investigação e reflexão realizado pelo aluno durante a exposição/discussão do conteúdo, dos conceitos.

Além disso, a resposta a uma questão discursiva permite que o professor identifique com maior clareza o erro do aluno, para que possa dar a ele a importância pedagógica que tem no processo de construção do conhecimento.

CritériosO aluno:

Compreende o enunciado da questão.

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Planeja a solução, de forma adequada. Comunica-se por escrito, com clareza, utilizando-se da norma

padrão da língua portuguesa. Sistematiza o conhecimento de forma adequada

14- Questões objetivas

Este tipo de questão tem como principal objetivo a fixação do conteúdo.Uma questão objetiva deve apresentar um enunciado objetivo e esclarecedor, usando um vocabulário conceitual adequado, possibilitando ao aluno a compreensão do que foi solicitado. Para a construção desse tipo de questão o professor não deve desconsiderar um bom planejamento, ou seja, definir o grau de dificuldade de cada questão direcionada para cada série com vistas a não cometer injustiças.

CritériosO aluno:

Realiza leitura compreensiva do enunciado; Demonstra apropriação de alguns aspectos definidos do conteúdo; Utiliza de conhecimentos adquiridos.

No Plano de Trabalho Docente de acordo com o conteúdo trabalhado o professor apresentara de forma detalhada os instrumentos e critérios que serão adotados.

7. REFERÊNCIAS

LUCKESI, C. C. Avaliação da aprendizagem escolar. 14. ed. São Paulo: Cortez, 2002.

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PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes curriculares da educação básica. Matemática. Curitiba, 2008.

______, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes curriculares para Educação Inclusiva. Curitiba, 2008.

PROJETO, Político Pedagógico da Escola Estadual Getúlio Vargas-Ensino Fundamental, 2011. REGIMENTO, Escolar. Escola Estadual Getúlio Vargas – Ensino Fundamental, 2008.

6.5 – PROPOSTA CURRICULAR DE CIÊNCIAS

1. APRESENTAÇÃO GERAL

A disciplina de Ciências tem como objeto de estudo o conhecimento científico que resulta da investigação da Natureza. Do ponto de vista científico, entende-se por Natureza o conjunto de elementos integradores que constitui o Universo em toda sua complexidade. Ao ser humano cabe interpretar racionalmente os fenômenos observados na Natureza, resultantes das relações entre elementos fundamentais como tempo, espaço, matéria, movimento, força, campo, energia e vida.

A Natureza legitima, então, o objeto de estudo das ciências naturais e da disciplina de Ciências.

Chauí (2005) lembra que no século XIX, sob influência dos filósofos franceses e alemães, dividiu-se o conhecimento científico a partir de critérios como: tipo de objeto estudado, tipo de método empregado e tipo de resultado obtido. Assim, as chamadas ciências naturais passaram a ser tomadas como saber distinto das ciências matemáticas, das ciências

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sociais e das ciências aplicadas, bem como dos conhecimentos filosóficos, artísticos e do saber cotidiano (DCE, 2008) .

Ao se pensar em ciência como construção humana, falível e intencional, numa perspectiva histórica, é fundamental considerar a evolução do pensamento do ser humano, pois é a partir dele que a história da ciência propicia ao ensinar e aprender ciências, uma visão dessa evolução ao apresentar seus limites e possibilidades temporais e, principalmente ao relacionar a historia com as praticas sociais as quais está diretamente vinculada.

Desde que o homem começou a se interessar pelos fenômenos à sua volta e aprender com eles, a ciência se fez presente. A descoberta do fogo foi um marco na história da humanidade e a partir disso o ser humano foi apresentando outras necessidades, e a partir das necessidades o conhecimento cientifico foi ganhando uma importância considerável a ponto de a Ciência para estudos ser divida em mais ramos como a química, a física e a biologia.

No Século XX, as contribuições da ciência para a humanidade são incontáveis e, considerando os últimos 50 anos, ela evoluiu mais do que em dez mil anos. Desde o primeiro voo de um avião (1906), passando pelos avanços da química, da física e da biologia, o lançamento do primeiro satélite artificial (1957), o caminhar do homem na lua, a informática, são feitos realmente essenciais para o desenvolvimento da ciência e do pensamento humano. Entretanto, a ciência também tem momentos de efeitos negativos, ao incrementar as guerras e influenciar a miséria de muitos. O desenvolvimento tecnológico movido pelos avanços da ciência, ou vice-versa, determina e é determinado por relações de poder implícitas. Nesse contexto, fica cada vez mais claro que a ciência é uma construção humana, tem suas implicações, é falível, intencional e está diretamente relacionada com o avanço da tecnologia e com as relações sociais.

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O Ensino de Ciências no Brasil foi inserido no Currículo a partir do ano de 1931 passando um longo período sendo influenciada pelos ditames da história e pelas pressões políticas.

No Estado do Paraná, a partir do ano de 2003, inicia-se um novo período na história da educação paranaense com a reformulação da política educacional, cujas propostas, busca suscitar no professor a reflexão sobre o ensino ministrado para buscar novos caminhos para a Disciplina de Ciências.

A Concepção da disciplina de Ciências neste Estabelecimento de ensino entende que a formação de um cidadão crítico exige sua inserção numa sociedade em que o conhecimento científico e tecnológico é cada vez mais compreendido e valorizado. . Neste contexto, o papel do Ensino de Ciências é o de colaborar para o aluno a compreensão do mundo e suas transformações, situando o homem como indivíduo participativo e parte integrante do Universo. Os conceitos e procedimentos desta área contribuem para a ampliação das explicações sobre os fenômenos da natureza, para o entendimento e o questionamento dos diferentes modos de nela intervir e, ainda, para a compreensão das mais variadas formas de utilizar os recursos.

O estudo das Ciências ajuda na compreensão do mundo e suas transformações, permitindo que nos reconheçamos como parte integrante do universo. Por meio desse saber podemos questionar, criticar o que vemos, e refletir sobre as questões éticas que estão implícitos na relação entre a Ciência e a sociedade.

A busca de um viver equilibrado relaciona-se com o conhecimento do ambiente onde o ser humano interage, como ser biológico que é, a fim de usufruir de condições necessárias à integração com o seu meio, o que promove a melhoria da qualidade de vida. Para isto a escola procura valorizar a vivência do aluno trabalhando o currículo através de métodos práticos, experimentos, descrições visuais ou táteis que devem estar

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cada vez mais implícitas no contexto educacional, proporcionando ao educando a curiosidade e o gosto de aprender, desta forma os alunos do ensino fundamental se habituam com as situações ecológicas e ambientais reais, onde os problemas existem, e são passíveis de avaliações pessoais consistentes, que a partir deste possam ser vistas de uma forma crítica e principalmente, consciente dos fatos ao seu redor que serão aprofundados no Ensino Médio. Os objetivos de Ciências para o ensino fundamental são concebidos para que o aluno desenvolva conhecimentos que lhe permitam compreender o mundo e atuar como indivíduo e como cidadão, utilizando conhecimentos de natureza científica e tecnológica. O ensino de Ciências deverá então organizar-se de forma que, ao final do ensino fundamental, os alunos sejam capazes de:

Resgatar no contexto histórico como se desenvolveu o conhecimento científico;

Abordar os conhecimentos científicos escolares, orientando que eles tem origem nos modelos construídos a partir da investigação da Natureza;

Compreender a natureza como um todo dinâmico, sendo o ser humano parte integrante e agente de transformações do mundo em que vive;

Identificar relações entre conhecimento científico, produção de tecnologia e condições de vida, no mundo de hoje e em sua evolução histórica;

Formular questões, diagnosticar e propor soluções para problemas reais a partir de elementos das Ciências, colocando em prática conceitos, procedimentos e atitudes desenvolvidos no aprendizado escolar;

Propiciar acesso aos conteúdos científicos escolares que tenham significados para estabelecer relações substantivas e não arbitrárias

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entre o que conhece de aprendizagem anteriores e o que se aprende de novo;

Aprender a combinar leituras, observações, experimentações, registros, etc. para coleta, organização, comunicação e discussão de fatos e informações;

Compreender a saúde como bem individual e comum que deve ser promovido pela ação coletiva;

Compreender a tecnologia como meio para suprir necessidades humanas, distinguindo usos corretos e necessários daqueles prejudiciais ao equilíbrio da natureza e ao homem.

Compreender origem e evolução do universo, a constituição dos corpos, os sistemas orgânicos e fisiológicos, a conservação e a transformação de energia e o conceito de biodiversidade.A cultura afro-brasileira será trabalhada dentro dos conteúdos de

acordo com a lei 11.645 de 10 de Março de 2008 mais explicitada na metodologia da disciplina.

2. OBJETIVOS DA DISCIPLINA DE CIÊNCIAS

Os objetivos de Ciências no Ensino Fundamental são concebidos para que o aluno se aproprie de conhecimentos que lhe permitam compreender o mundo e atuar como indivíduo e como cidadão, utilizando conhecimentos de natureza científica e tecnológica.

O ensino de Ciências Naturais deverá então se organizar de forma que, ao final do ensino fundamental, os alunos tenham as seguintes capacidades:

compreender a natureza como um todo dinâmico, sendo o ser humano parte integrante e agente de transformações do mundo em que vive;

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identificar relações entre conhecimento científico, produção de tecnologia e condições de vida, no mundo de hoje e em sua evolução histórica;

formular questões, diagnosticar e propor soluções para problemas reais a partir de elementos das Ciências, colocando em prática conceitos, procedimentos e atitudes desenvolvidos no aprendizado escolar;

saber utilizar conceitos científicos básicos, associados a energia, matéria, transformação, espaço, tempo, sistema, equilíbrio e vida;

combinar leituras, observações, experimentações, registros, etc., para coleta, organização, comunicação e discussão de fatos e informações;

valorizar o trabalho em grupo, sendo capaz de ação crítica e cooperativa para a construção coletiva do conhecimento;

compreender a saúde como bem individual e comum que deve ser promovido pela ação coletiva;

compreender a tecnologia como meio para suprir necessidades humanas, distinguindo usos corretos e necessários daqueles prejudiciais ao equilíbrio da natureza e ao homem.

3. CONTEÚDOS

ENSINO FUNDAMENTAL - 6º ano

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS

ASTRONOMIA UniversoSistema Solar

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Os movimentos terrestres e corpos celestes

MATÉRIA A constituição da Matéria;

SISTEMAS BIOLÓGICOS Níveis de organização

ENERGIA Formas de energia;Transformação de energia Conservação e transformação de energia;

BIODIVERSIDADEOs ecossistemas do Planeta Terra;Diversidade e níveis de organização dos seres vivos;Evolução dos seres vivos

ENSINO FUNDAMENTAL - 7º ano

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS

ASTRONOMIA

Astros Movimentos terrestresMovimentos celestes

MATÉRIA A constituição da Matéria;

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317 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - 2011

SISTEMAS BIOLÓGICOS Célula Morfologia e fisiologia dos seres vivos

ENERGIAFormas de energiaTransmissão de energia

BIODIVERSIDADEOrigem da vidaOrganização dos seres vivosSistemática

ENSINO FUNDAMENTAL - 8º ano

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS

ASTRONOMIA Origem e evolução do Universo

MATÉRIA A constituição da Matéria;

SISTEMAS BIOLÓGICOS Célula Morfologia e fisiologia dos seres vivos

ENERGIA Formas de energia;

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318 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - 2011

BIODIVERSIDADE Evolução dos seres vivos

ENSINO FUNDAMENTAL 9º ano

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS

ASTRONOMIAAstrosGravitação Universal

MATÉRIAAs propriedades gerais e especificas da Matéria;

SISTEMAS BIOLÓGICOS Morfologia e Fisiologia dos seres vivosMecanismos de Herança Genética

ENERGIA Formas de Energia Conservação e de energia

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319 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - 2011

BIODIVERSIDADE Interações Ecológicas

4 . METODOLOGIA

Para o ensino de Ciências é necessária a construção de uma estrutura geral da área que favoreça a aprendizagem significativa do conhecimento historicamente acumulado e a formação de uma concepção de Ciência, suas relações com a Tecnologia e com a Sociedade. Portanto é necessário considerar as estruturas de conhecimentos envolvidas no processo de ensino e aprendizagem — do aluno, do professor, da Ciência. De um lado, os estudantes possuem um repertório de representações, conhecimentos intuitivos, adquiridos pela vivência, pela cultura e senso comum, acerca dos conceitos que serão ensinados na escola. O grau de amadurecimento intelectual e emocional do aluno e sua formação escolar são relevantes na elaboração desses conhecimentos prévios. Além disso, é necessário considerar, que o professor também carrega consigo muitas ideias de senso comum, ainda que tenha elaborado parcelas do conhecimento científico. De outro lado, tem-se a estrutura do conhecimento e seu processo histórico de produção, que envolve relações com várias atividades humanas, especialmente a Tecnologia, com valores humanos e concepções de Ciência.

Os conteúdos estruturantes: Astronomia, Matéria, Sistemas Biológicos, Energia e Biodiversidade — tem por referência as teorias vigentes, que se apresentam como conjuntos de proposições e metodologias estruturados e formalizados por série.

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A história das Ciências também é fonte importante de conhecimentos na área. A história das ideias científicas e a história das relações do ser humano com seu corpo, com os ambientes e com os recursos naturais devem ter lugar no ensino, para que se possa construir com os alunos uma concepção interativa de Ciência e Tecnologia não-neutras, contextualizada nas relações entre as sociedades humanas e a natureza. A dimensão histórica pode ser introduzida na forma de história dos ambientes e das invenções. Também é possível o professor falar sobre a história das ideias científicas, com mais profundidade nas séries finais do ensino fundamental. Pela abrangência e pela natureza dos objetos de estudo das Ciências, é possível desenvolver a área de forma muito dinâmica, orientando o trabalho escolar para o conhecimento sobre fenômenos da natureza, incluindo o ser humano e as tecnologias mais próximas e mais distantes, no espaço e no tempo. Estabelecer relações entre o que é conhecido e as novas ideias, entre o comum e o diferente, entre o particular e o geral, definir contrapontos entre os muitos elementos no universo de conhecimentos são processos essenciais à estruturação do pensamento, particularmente do pensamento científico. Aspectos do desenvolvimento afetivo, dos valores e das atitudes também merecem atenção ao se estruturar a área de Ciências , esta deve ser concebida como oportunidade de encontro entre o aluno, o professor e o mundo, reunindo os repertórios de vivências dos alunos e oferecendo-lhes imagens, palavras e proposições com significados que evoluam, na perspectiva de ultrapassar o conhecimento intuitivo e o senso comum. Se a intenção é que os alunos se apropriem do conhecimento científico e desenvolvam uma autonomia no pensar e no agir, é importante conceber a relação de ensino e aprendizagem como uma relação entre sujeitos, em que cada um, a seu modo e com determinado papel, está envolvido na construção de uma compreensão dos fenômenos

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naturais e suas transformações, na formação de atitudes e valores humanos. Dizer que o aluno é sujeito de sua aprendizagem significa afirmar que é dele o movimento de re-significar o mundo, isto é, de construir explicações norteadas pelo conhecimento científico. Os alunos têm ideias acerca do seu corpo, dos fenômenos naturais e dos modos de realizar transformações no meio; são modelos com uma lógica interna, carregados de símbolos da sua cultura. Convidados a expor suas ideias para explicar determinado fenômeno e a confrontá-las com outras explicações, eles podem perceber os limites de seus modelos e a necessidade de novas informações; estarão em movimento de re-significação. Mas esse processo não é espontâneo; é construído com a intervenção do professor. É o professor quem tem condições de orientar o caminhar do aluno, criando situações interessantes e significativas, fornecendo informações que permitam a re-elaboração e a ampliação dos conhecimentos prévios, propondo articulações entre os conceitos construídos, para organizá-los em um corpo de conhecimentos sistematizados. Ao longo do ensino fundamental a aproximação ao conhecimento científico se faz gradualmente. Nas primeiras séries o aluno constrói repertórios de imagens, fatos e noções, sendo que o estabelecimento dos conceitos científicos se configura nas séries finais. Ao professor por meio do Plano de Trabalho docente, cabe selecionar, organizar e problematizar conteúdos de modo a promover um avanço no desenvolvimento intelectual do aluno, na sua construção como ser social. Sabe-se também que nem sempre todos os alunos de uma classe tem ideias prévias acerca de um objeto de estudo. Isso não significa que tal objeto não deva ser estudado. Significa, sim, que a intervenção do professor será a de apresentar ideias gerais a partir das quais o processo de investigação sobre o objeto possa se estabelecer. A apresentação de

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um assunto novo para o aluno também é instigante, e durante as investigações surgem dúvidas, constroem-se representações, buscam-se informações e confrontam-se ideias É importante, no entanto, que o professor tenha claro que o ensino de Ciências não se resume à apresentação de definições científicas, em geral fora do alcance da compreensão dos alunos. Definições são o ponto de chegada do processo de ensino, aquilo que se pretende que o aluno compreenda ao longo de suas investigações, da mesma forma que conceitos, procedimentos e atitudes também são aprendidos. Em Ciências são procedimentos fundamentais aqueles que permitem a investigação, a comunicação e o debate de fatos e ideias A observação, a experimentação, a comparação, o estabelecimento de relações entre fatos ou fenômenos e ideias, a leitura e a escrita de textos informativos, a organização de informações por meio de desenhos, tabelas, gráficos, esquemas e textos, a proposição de suposições, o confronto entre suposições e entre elas e os dados obtidos por investigação, a proposição e a solução de problemas, são diferentes procedimentos que possibilitam a aprendizagem.

No contexto da aprendizagem ativa, os alunos são convidados à prática de procedimentos, imitando o professor, e, aos poucos, tornando-se autônomos. Por exemplo, ao trabalhar o desenho de observação, o professor inicia a atividade desenhando na lousa, conversando com os alunos sobre os detalhes de cores e formas que permitem que o desenho seja uma representação do objeto original. Em seguida, os alunos podem fazer seu próprio desenho de observação, sendo esperado que esse primeiro desenho se assemelhe ao do professor. Em outras oportunidades os alunos poderão começar o desenho de observação sem o modelo do professor, que ainda assim conversa com os alunos sobre detalhes necessários ao desenho. O ensino desses procedimentos só é possível pelo trabalho com diferentes temas de interesse científico, que

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serão investigados de formas distintas. Certos temas podem ser objeto de observações diretas e/ou experimentação, outros não.

Quanto ao ensino de atitudes e valores, embora muitas vezes o professor não se dê conta estará sempre legitimando determinadas atitudes com seus alunos. Afinal é ele uma referência importante para a classe. É muito importante que esta dimensão dos conteúdos seja objeto de reflexão e de ensino do professor, para que valores e posturas sejam desenvolvidos tendo em vista o aluno que se tem a intenção de formar.

Em Ciências é relevante o desenvolvimento de posturas e valores pertinentes às relações entre os seres humanos, o conhecimento e o ambiente. O desenvolvimento desses valores envolve muitos aspectos da vida social, como a cultura e o sistema produtivo, as relações entre o homem e a natureza. Nessas discussões, o respeito à diversidade de opiniões ou às provas obtidas por intermédio de investigação e a colaboração na execução das tarefas são elementos que contribuem para o aprendizado de atitudes, como a responsabilidade em relação à saúde e ao ambiente. Incentivo às atitudes de curiosidade, de respeito à diversidade de opiniões, à persistência na busca e compreensão das informações, às provas obtidas por meio de investigações, de valorização da vida em sua diversidade, de preservação do ambiente, de apreço e respeito à individualidade e à coletividade, têm lugar no processo de ensino e aprendizagem. No planejamento e no desenvolvimento dos temas de Ciências em sala de aula, cada uma das dimensões dos conteúdos deve ser explicitamente tratada. É também essencial que sejam levadas em conta por ocasião das avaliações, de forma compatível com o sentido amplo que se adotou para os conteúdos do aprendizado.

Propõe-se para o ensino de Ciências na Escola Estadual Getúlio Vargas uma metodologia dialética de ação em sala de aula, onde o professor seja o mediador e articulador do processo ensino e

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aprendizagem, respeito às diferenças e observância dos pressupostos das Leis de ensino vigentes.

O trabalho escolar será orientado de maneira que os fenômenos da natureza e os recursos pedagógicos/tecnológicos, tanto os que estão próximos de nós como os mais distantes no espaço e no tempo possam estabelecer relações entre o conhecido e o novo, entre o comum e o diferente e os variados fenômenos da natureza.A metodologia contará de:

Abordagem Problematizadora; Relação Contextual; Relação Interdisciplinar; Pesquisa; Leitura Científica; Atividades em grupo; Observação; Atividade experimental; Recursos instrucionais; o lúdico; Exposição do conteúdo utilizando fatos do cotidiano como notícias

de jornal, revistas exemplos do dia-a-dia do aluno; Aulas expositivas com explanação oral; Seminários com uso de cartazes, revistas e jornais ilustrativos Trabalhos direcionados de pesquisas bibliográficas diversas para

complementação do livro didático. Debates dos conteúdos lidos como atividade de casa através de

questionamentos induzidos pelo professor. Produção de textos reproduzidos através de gravuras, fitas de vídeo,

etc. Interpretação de textos e reprodução dramática do mesmo; Apresentação de vídeos para fixação e ilustração dos conteúdos

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Apresentação e elaboração de mapas de acordo com o conteúdo estudado

Realização de exercícios de fixação. Os conteúdos de História e Cultura afro-brasileira, africana e

indígena (Lei nº 11.645/08); História do Paraná (Lei nº13381/01);Música (Lei 11.769/08); Prevenção ao uso indevido de drogas, sexualidade humana; Educação Ambiental ( Lei 9795/99) Dec.4201/02; Educação Fiscal; Enfretamento à violência contra a Criança e ao Adolescente ( Lei Federal nº 11525/07;Educação Tributária Dec. nº1143/99, portaria nº 413/02, serão abordados de forma contextualizada aos conceitos de ensino de ciências sempre que for possível a articulação entre os mesmos.

5. AVALIAÇÃO

Coerentemente à concepção da Disciplina de Ciências e aos objetivos propostos, a avaliação deve considerar o desenvolvimento das capacidades dos alunos com relação à aprendizagem de conceitos, de procedimentos e de atitudes.

A avaliação da aquisição do conhecimento dos conteúdos pode ser efetivamente realizada ao se solicitar ao aluno que interprete situações determinadas, cujo entendimento demanda os conceitos que estão sendo aprendidos, ou seja, que interprete uma história, uma figura, um texto ou trecho de texto, um problema ou um experimento. São situações semelhantes, mas não iguais, àquelas vivenciadas anteriormente no decorrer dos estudos. No processo educativo, a avaliação deve se fazer presente, tanto como meio de diagnóstico do processo ensino-aprendizagem quanto como instrumento de investigação da prática pedagógica, sempre com uma dimensão formadora, uma vez que, o fim desse processo é a

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aprendizagem, ou a verificação dela, mas também permitir que haja uma reflexão sobre a ação da prática pedagógica.

Para cumprir essa função, a avaliação deve possibilitar o trabalho com o novo, numa dimensão criadora e criativa que envolva o ensino e a aprendizagem. Desta forma, se estabelecerá o verdadeiro sentido da avaliação: acompanhar o desempenho no presente, orientar as possibilidades de desempenho futuro e mudar as práticas insuficientes, apontando novos caminhos para superar problemas e fazer emergir novas práticas educativas (LIMA, 2002/2003).

No cotidiano escolar, a avaliação é parte do trabalho dos professores. Tem por objetivo proporcionar-lhes subsídios para as decisões a serem tomadas a respeito do processo educativo que envolve professor e aluno no acesso ao conhecimento.

A avaliação se concretiza de acordo com o que se estabelece nos documentos escolares: Diretrizes Curriculares, Projeto Político Pedagógico , nesta Proposta Pedagógica Curricular e no Plano de Trabalho Docente, cujo objetivo é formar sujeitos que construam sentidos para o mundo, que compreendam criticamente o contexto social e histórico de que são frutos e que, pelo acesso ao conhecimento, sejam capazes de uma inserção cidadã e transformadora na sociedade. A avaliação, nesta perspectiva, visa contribuir para a compreensão das dificuldades de aprendizagem dos alunos, com vistas às mudanças necessárias para que essa aprendizagem se concretize e a escola se faça mais próxima da comunidade, da sociedade como um todo, no atual contexto histórico e no espaço onde os alunos estão inseridos.

Para concretizar esse objetivo, a avaliação escolar deve constituir um projeto de futuro social, pela intervenção da experiência do passado e compreensão do presente, num esforço coletivo a serviço da ação

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pedagógica, em movimentos na direção da aprendizagem do aluno, da qualificação do professor e da escola.

Nas salas de aula, o professor é quem compreende a avaliação e a executa como um projeto intencional e planejado, que deve contemplar a expressão de conhecimento do aluno como referência uma aprendizagem continuada. No cotidiano das aulas, isso significa que:

é importante a compreensão de que uma atividade de avaliação situa-se entre a intenção e o resultado e que não se diferencia da atividade de ensino, porque ambas têm a intenção de ensinar;

no Plano de Trabalho Docente, ao definir os conteúdos específicos trabalhados no período de tempo, serão definidos os critérios, estratégias e instrumentos de avaliação, para que professor e alunos conheçam os avanços e as dificuldades, tendo em vista a reorganização do trabalho docente;

os critérios de avaliação devem ser definidos pela intenção que orienta o ensino e explicitar os propósitos e a dimensão do que se avalia. Assim, os critérios são elementos de grande importância no processo avaliativo, pois articulam todas as etapas da ação pedagógica;

os enunciados de atividades avaliativas devem ser claros e objetivos. Uma resposta insatisfatória, em muitos casos, não revela, em princípio, que o estudante não aprendeu o conteúdo, mas simplesmente que ele não entendeu o que lhe foi perguntado. Nesta circunstância, o difícil não é desempenhar a tarefa solicitada, mas sim compreender o que se pede;

os instrumentos de avaliação devem ser pensados e definidos de acordo com as possibilidades teórico-metodológicas que oferecem para avaliar os critérios estabelecidos. Por exemplo, para avaliar a

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capacidade e a qualidade argumentativa, a realização de um debate ou a produção de um texto serão mais adequados do que uma prova objetiva;

a utilização repetida e exclusiva de um mesmo tipo de instrumento de avaliação reduz a possibilidade de observar os diversos processos cognitivos dos alunos, tais como: memorização, observação, percepção, descrição, argumentação, análise crítica, interpretação, criatividade, formulação de hipóteses, entre outros;

uma atividade avaliativa representa, tão somente, um determinado momento e não todo processo de ensino-aprendizagem;

a recuperação de estudos deve acontecer a partir de uma lógica simples: os conteúdos selecionados para o ensino são importantes para a formação do aluno, então, é preciso investir em todas as estratégias e recursos possíveis para que ele aprenda. A recuperação é justamente isso: o esforço de retomar, de voltar ao conteúdo, de modificar os encaminhamentos metodológicos, para assegurar a possibilidade de aprendizagem. Nesse sentido, a recuperação da nota é simples decorrência da recuperação de conteúdo.

Assim, a avaliação do processo ensino-aprendizagem, entendida como questão metodológica, de responsabilidade do professor, é determinada pela perspectiva de investigar para intervir. A seleção de conteúdos, os encaminhamentos metodológicos e a clareza dos critérios de avaliação elucidam a intencionalidade do ensino, enquanto a diversidade de instrumentos e técnicas de avaliação possibilita aos estudantes variadas oportunidades e maneiras de expressar seu

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conhecimento. Ao professor, cabe acompanhar a aprendizagem dos seus alunos e o desenvolvimento dos processos cognitivos.

Por fim a avaliação nesta Escola tem função diagnóstica, somativa e cumulativa e não classificatória e será feita a partir de critérios. Os critérios para avaliação são decorrentes da forma pela qual o ser humano aprende, ou seja, o que é necessário para que o aluno avance no caminho da aquisição do conhecimento envolvendo a participação entre professor e aluno. Será conduzida tendo em vista a assimilação dos conteúdos pelos alunos. Para isso a avaliação será diagnóstica, somativa, qualitativa, formativa, contínua, permanente, cumulativa, levando em consideração as atividades desenvolvidas, a capacidade de síntese e a elaboração pessoal sobre a memorização.

5.1 Instrumentos e Critérios de Avaliação

Para a verificação da aprendizagem serão utilizados instrumentos e critérios diversificados tais como: 1. Atividade de leitura – a avaliação de leitura possibilita ao professor verificar a compreensão dos conteúdos abordados em aula e, nesse sentido, faz-se necessário a escolha criteriosa do texto, o roteiro de análise e os critérios de avaliação, de forma a permitir a reflexão e a discussão, bem como a ampliação de conhecimento.Critérios: O aluno:

compreende as ideias presentes no texto e interage com o texto por meio de questionamentos, concordâncias ou discordâncias.

ao falar sobre o texto, expressa suas idéias com clareza e sistematiza o conhecimento de forma adequada.

estabelece relações entre o texto e o conteúdo abordado em sala de aula.

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2- Projeto de Pesquisa Bibliográfica - a solicitação de uma pesquisa exige enunciado claro e recortes precisos do que se pretende.Critérios:o aluno, quanto:

a contextualização, identifica a situação e o contexto com clareza; ao problema, apresenta de forma clara, objetiva o tema levantado,

delimitando o foco da pesquisa na busca de solução; a justificativa, aponta argumentos sobre a importância da pesquisa; O aluno, na escrita, remete-se aos textos lidos, por meio de citações

ou paráfrases, referenciando-os adequadamente.

3. Produção de Texto -a atividade de produção escrita deve considerar a característica dialógica e interativa da linguagem e o processo interlocutivo. Portanto, precisa ser relacionada ao que se escreve fora da escola, atendendo aos diferentes gêneros textuais. CritériosO aluno:produz textos atendendo às circunstâncias de produção (gênero, interlocutor, finalidade, etc.)

adequa a linguagem às exigências do contexto de produção, dando-lhe diferentes graus de formalidade ou informalidade, atendendo especificidades da disciplina em termos de léxico, de estrutura;

Expressa as idéias com clareza (coerência e coesão); elabora argumentos consistentes; estabelece relações entre as partes do texto; estabelece relação entre a tese e os argumentos elaborados para

sustenta -la.

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4. Palestra/Apresentação Oral - a atividade de palestra/apresentação oral possibilita ao aluno demonstrar sua compreensão a respeito do conteúdo abordado, bem como argumentar, organizar e expor suas ideias.

CritériosO aluno:

demonstra conhecimento do conteúdo; apresenta argumentos selecionados; demonstra seqüência lógica e clareza na apresentação; faz uso de recursos para ajudar na sua produção.

5. Atividades Experimentais – estas atividades requerem clareza no enunciado e propiciam ao aluno criar hipóteses sobre o fenômeno que está ocorrendo, levando em consideração as dúvidas, o erro, o acaso, a intuição, de forma significativa

Nessa atividade, o aluno pode expressar sua compreensão do fenômeno experimentado, do conceito a ser construído ou já construído, a qualidade da interação quando o trabalho se realiza em grupo, entre outras possibilidade.

CritériosO aluno ao realizar seu experimento:

registra as hipóteses e os passos seguidos; demonstra compreender o fenômeno experimentado; sabe usar adequadamente e de forma conveniente os materiais ; consegue utilizar apropriadamente o ambiente e os instrumentos

necessários.

6. Projeto de Pesquisa de Campo – essa atividade exige um planejamento prévio que demande a busca de informações nos lugares

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que se pretende trabalhar. Nesse sentido, colabora para a construção de conhecimentos e formação dos alunos como agentes sociais.

Critérios O aluno ao proceder sua pesquisa de campo:

registra as informações, no local de pesquisa; organiza e examina os dados coletados, conforme orientações; apresenta sua compreensão a respeito do conhecimento construído,

sua capacidade de análise dos dados coletados, capacidade de síntese;

atende ao que foi solicitado como conclusão do projeto (relatório, elaboração de croquis, produção de texto, cartazes, avaliação escrita, entre outros).

7- O Relatório - é um conjunto de descrições e análise da atividade desenvolvida, auxiliando no aprimoramento da habilidade escrita, possibilitando ainda, a reflexão sobre o que foi realizado e a reconstrução de seu conhecimento. No relatório deve apresentar quais dados ou informações foram coletadas ou desenvolvidas e como esses dados foram analisados, bem como quais resultados podem-se extrair deles.São elementos do relatório: introdução, metodologia e materiais, análise e considerações finais.

CritériosO aluno:

faz a introdução com informações que esclareçam a origem de seu relatório, apontando quais os objetivos da atividade, bem como a relevância do conteúdo abordado e dos conceitos construídos;

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descreve objetiva e claramente como se deu o trabalho ou atividade desenvolvida, possibilitando ao leitor a compreensão do que se está falando, ou para uma reflexão que permita que se aprimore a atividade.

faz a descrição dos dados coletados durante os procedimentos e dos resultados obtidos, estabelecendo uma relação entre eles e as discussões teóricas que deram origem à atividade. em questão.

8. Seminário - oportuniza a pesquisa, a leitura e a interpretação de textos. Trata-se de uma discussão rica de idéias, na qual cada um participa questionando, de modo fundamentado, os argumentos apresentados, colocando o estudante em contato direto com a atividade científica e engajando-o na pesquisa.

Critérios

O aluno: demonstra consistência nos argumentos, tanto na apresentação

quanto nas réplicas; apresenta compreensão do conteúdo abordado (a leitura

compreensiva dos textos utilizados); faz adequação da linguagem; demonstra pertinência quanto as fontes de pesquisa; traz relatos para enriquecer a apresentação; faz adequação e toma como relevante as intervenções dos

integrantes do grupo que assiste a apresentação.

9. Debate – possibilita a exposição de ideias, avaliação dos argumentos, permitindo que haja turno de fala entre os ouvintes. Mas, para que isso ocorra, é preciso garantir a participação de todos.

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CritériosO aluno: aceita a lógica da confrontação de posições, ou seja, respeita os

pensamentos divergentes; ultrapassa os limites das suas posições pessoais; explicita racionalmente os conceitos e valores que fundamentam a

sua posição; faz uso adequado da língua portuguesa em situações formais; busca, por meio do debate, da persuasão e da superação de

posições particulares, uma posição de unidade, ou uma maior aproximação possível entre as posições dos participantes;

registra, por escrito, as idéias surgidas no debate; demonstra conhecimento sobre o conteúdo da disciplina envolvido

no debate; apresenta compreensão sobre o assunto específico debatido e sua

relação com o conteúdo da disciplina.

10. Atividades com textos literários - possibilita discussões acerca do conteúdo que está sendo discutido, no contexto de outra linguagem. Esse trabalho passa por três momentos necessários para sua efetivação: a escolha do texto, a elaboração da atividade em si (seja através de questões, seja por um roteiro de leitura), os critérios de avaliação.

CritériosO aluno:

compreende e interpreta a linguagem utilizada no texto; faz a articulação do conceito/conteúdo/tema discutido nas aulas com

o texto literário lido; reconhece os recursos expressivos específicos do texto literário.

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11- Atividades a partir de recursos Audiovisuais - o trabalho com filmes, documentários, músicas, teatro, entre outros. Qualquer que seja o recurso escolhido, é preciso considerar que o conteúdo abordado naquela mídia não está didatizado, vem apresentado em linguagem específica e com intencionalidade diferente daquela que existe na escola. A didatização do conteúdo cabe ao professor.

CritériosO aluno:

compreende e interpreta a linguagem utilizada; articula o conceito/conteúdo/tema discutido nas aulas com o

conteúdo apresentado pelo audiovisual; reconhece os recursos expressivos específicos daquele recurso.

12- Trabalho em grupo – desenvolve dinâmicas com pequenos grupos, na tentativa de proporcionar, aos alunos, experiências que facilitem o processo de aprendizagem. Nesse sentido, possibilita a interação social, conduzindo o aluno a compartilhar seu conhecimento. O trabalho em grupo pode ser proposto a partir de diferentes atividades, sejam elas, escritas, orais, gráficas, corporais, construção de maquetes, painéis, mural, jogos e outros, abrangendo os conhecimentos artísticos, filosóficos e científicos.

CritériosO aluno:

interage com o grupo; compartilha o conhecimento; demonstra os conhecimentos formais da disciplina, estudados em

sala de aula, na produção coletiva de trabalhos;

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compreende a origem da construção histórica dos conteúdos trabalhados e sua relação com a contemporaneidade e o seu cotidiano.

13. Questões discursivas - Essas questões possibilitam verificar a qualidade da interação do aluno com o conteúdo abordado em sala de aula. Uma questão discursiva possibilita que o professor avalie o processo de investigação e reflexão realizado pelo aluno durante a exposição/discussão do conteúdo, dos conceitos.

Além disso, a resposta a uma questão discursiva permite que o professor identifique com maior clareza o erro do aluno, para que possa dar a ele a importância pedagógica que tem no processo de construção do conhecimento.

CritériosO aluno:

Compreende o enunciado da questão. Planeja a solução, de forma adequada. Comunica-se por escrito, com clareza, utilizando-se da norma

padrão da língua portuguesa. Sistematiza o conhecimento de forma adequada

14- Questões objetivas - Este tipo de questão tem como principal objetivo a fixação do conteúdo. Uma questão objetiva deve apresentar um enunciado objetivo e esclarecedor, usando um vocabulário conceitual adequado, possibilitando ao aluno a compreensão do que foi solicitado. Para a construção desse tipo de questão o professor não deve desconsiderar um bom planejamento, ou seja, definir o grau de dificuldade de cada questão direcionada para cada série com vistas a não cometer injustiças.

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CritériosO aluno:

Realiza leitura compreensiva do enunciado; Demonstra apropriação de alguns aspectos definidos do conteúdo; Utiliza de conhecimentos adquiridos.

No Plano de Trabalho Docente de acordo com o conteúdo trabalhado o professor apresentara de forma detalhada os instrumentos e critérios adotados.

REFERENCIAS

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares de Ciências, Curitiba, 2009.

BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996.

PROJETO, Politico Pedagógico. Escola Estadual Getúlio Vargas – Ensino Fundamental, 2011.

REGIMENTO, Escolar. Escola Estadual Getúlio Vargas – Ensino Fundamental, 2008

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6.6 PROPOSTA CURRICULAR - HISTÓRIA – ENSINO FUNDAMENTAL

APRESENTAÇÃO GERAL

O conhecimento histórico é construído pelo ser humano em diferentes tempos e espaços. É a memória que se tornou pública, em geral, expressão das relações de poder. De acordo com BEZERRA, (2003 p. 42) “o objetivo primeiro do conhecimento histórico é a compreensão dos processos e dos sujeitos históricos, o desvendamento das relações que se estabelecem entre os grupos humanos em diferentes tempos e espaços”.

Diferentes historiadores e sujeitos históricos contam a História a partir de sua visão de mundo. Nesse sentido não há uma verdade única, mas sim aquela que foi tecida por um grupo social. Trata-se de um conhecimento científico, que precisa ser interpretado.

Hoje, por exemplo, a História busca os diversos aspectos que compõem a realidade histórica e tem nisso o seu objeto de estudo, deixando de lado uma História que a partir do século XIX privilegiava o fato político, os grandes feitos e os heróis em direção a um progresso pautado pela invenção do estado-nação que precisava ser legitimado. Nesse contexto, é criada a disciplina de História que tinha como função legitimar a identidade nacional.

Até a década de 80, do século XX, a disciplina de História manteve seu conteúdo eurocêntrico e sua divisão quadripartite, até hoje presente no currículo de muitos cursos universitários. Numa outra perspectiva algumas universidades, começaram a abrir espaço ao estudo da História

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Oriental e da História da África. No entanto, essa é uma prática bem recente.

A História trata de toda ação humana no tempo em seus múltiplos aspectos: econômicos, culturais, políticos, da vida cotidiana, de gênero, etc. Para se perceber como sujeito da História, o educando precisa reconhecer que essa ação transforma a sociedade, movimenta um espiral de mudanças, na qual há permanências e rupturas.

O homem/mulher como sujeito da História deve ser conhecedor dos porquês, dos problemas, das idéias, das ideologias e que só com uma visão holística do mundo e da sociedade ele se entenderá como cidadão ativo e conhecedor de seus direitos e de seus deveres.

É preciso que o ensino de História no ensino fundamental seja dinâmico e que o educando perceba que a História não está sepultada, mas em constante transformação. Nesse sentido, pode-se tomar sempre como ponto de partida e de chegada o próprio presente, onde estão inseridos educandos e educadores. Há que se considerar que o passado explica o presente, mas também o presente explica o passado.

Diante disto, é fundamental que o educador de História não atue como reprodutor de um conhecimento pronto, de uma coleção inesgotável de fatos do passado. Mas, que torne possível desconstruir na sala de aula os múltiplos olhares da História, criar argumentos que possam concordar ou discordar de um autor, tomar posição diante do que já ocorreu e ainda está ocorrendo. Não se pode ser um cidadão pleno sem que se realize uma análise crítica dos caminhos percorridos pelo homem/mulher ao longo da história. Por fim, reconhecer que esses sujeitos são produtores de signos e utopias, capazes de transformar a natureza e escrever sua própria História.

É através da História que o aluno constrói uma visão global e organizada de sua sociedade complexa, plural e em permanente mudança. A função de professor, enquanto agente que participa na

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construção do conhecimento histórico, é contribuir na formação de consciência histórica dos alunos a partir de uma racionalidade histórica não linear e multitemporal. Portanto, a História é uma construção coletiva em que todos os sujeitos tem um papel principal e suas ações são de suma importância para uma participação consciente na transformação da sociedade e do mundo em que vivem.

Foi nesse sentido que se elaboraram os pontos determinantes da proposta curricular de História da Escola Estadual Getúlio Vargas, tendo como ponto de referencia, a significativa e permanente relação dos alunos com o saber histórico. 2. OBJETIVO GERAL DA DISCIPLINA

Desenvolver a noção de historicidade, compreender as ações dos homens através dos tempos, a realidade social do presente e do passado, os processos históricos, promover a aquisição de ferramentas intelectuais para a formação de atitudes que capacite os alunos a participarem dos debates presentes no processo histórico brasileiro e internacional de outros grupos de tempos e espaços diferentes.

3. CONTEÚDOS

6º ANO

OBJETO DE ESTUDO: OS DIFERENTES SUJEITOS, SUAS CULTURAS E SUAS HISTÓRIAS.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:

RELAÇÕES DE TRABALHO

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RELAÇÕES DE PODERELAÇÕES CULTURAIS

CONTEÚDOS BÁSICOS

- A experiência humana no tempo.- Os sujeitos e suas relações com o outro no tempo.- A cultura local e a cultura comum.

7º ANO

OBJETO DE ESTUDO: A CONSTITUIÇÃO HISTORICA DOS MUNDOS RURAL E URBANO E A FORMAÇÃO DA PROPRIEDADE EM DIFERENTES TEMPOS E ESPAÇOS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:

RELAÇÕES DE TRABALHO RELAÇÕES DE PODER RELAÇÕES CULTURAIS

CONTEÚDOS BÁSICOS

- As relações de propriedade:- A constituição histórica do mundo do campo e o mundo da cidade.- As relações entre campo e cidade.- Conflitos, resistências e produção cultural campo/cidade.

8º ANO

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OBJETO DE ESTUDO: O MUNDO DO TRABALHO E OS MOVIMENTOS DE RESISTÊNCIA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:

RELAÇÕES DE TRABALHO RELAÇÕES DE PODER RELAÇÕES CULTURAIS

CONTEÚDOS BÁSICOS - História das relações da humanidade com o trabalho.- O trabalho e a vida em sociedade.- O trabalho e as contradições da modernidade.

Os trabalhadores e as conquistas de direito.

9º ANO

OBJETO DE ESTUDO: OS DIFERENTES SUJEITOS, SUAS CULTURAS E SUAS HISTÓRIAS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:

RELAÇÕES DE TRABALHO RELAÇÕES DE PODER RELAÇÕES CULTURAIS

CONTEÚDOS BÁSICOS

- A Constituição das instituições sociais:- A formação do Estado:

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- Sujeitos, Guerras e Revoluções

4. METODOLOGIA

Os conteúdos de História serão trabalhados de uma maneira crítica e dinâmica, interligando teoria, pratica e realidade, através de uma metodologia que contribua para que os alunos possam se apropriar dos fundamentos teóricos necessários para pensar historicamente.

O método aplicado em sala de aula também deve considerar que as ideias históricas dos alunos são marcadas pelas suas experiências de vida e pelos meios de comunicação. Estas ideias dos alunos costumam ter um caráter de pertencimento, porque é por meio delas que os sujeitos estabelecem comunicação com o grupo ao qual pertence. Nas narrativas históricas produzidas pelos alunos estão necessariamente presentes as concepções históricas da comunidade em que eles pertencem, seja na forma de adesão a essas ideias, seja na sua crítica. As ideias históricas são conhecimentos que estão em processo de constante transformação. O professor, ao considerar estas ideias, pode definir os conteúdos específicos e temas a serem trabalhados em sala de aula, bem como problematizá-los. Ao lançar a problematização, aliada a historiografia e ao trabalho com documentos, permite-se ao aluno a compreensão da construção do conhecimento histórico. Cabe lembrar que para a produção do conhecimento histórico é essencial para que os alunos compreendam:

os limites do livro didático; as diferentes interpretações de um mesmo acontecimento histórico; a necessidade de ampliar o universo de consultas para entender

melhor diferentes contextos; a importância do trabalho do historiador e da produção do

conhecimento histórico para compreensão do passado;

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que o conhecimento histórico é uma explicação sobre o passado que pode ser complementada com novas pesquisas e pode ser refutada ou validada pelo trabalho de investigação do historiador. Entender tais aspectos possibilita que os alunos valorizem e

contribuam para a preservação de documentos escritos, dos lugares de memória como museus, bibliotecas, acervos privados e públicos de fotografias, audiovisuais, entre outros. Isso é possibilitado pelo uso adequado dos locais de memória, pelo manuseio cuidadoso de documentos que podem constituir fontes de pesquisas ou pelo reconhecimento do trabalho feito pelos pesquisadores. O professor deve estar esclarecido de que a produção do conhecimento histórico e sua apropriação, pelos alunos, é processual, e, deste modo, é necessário que a construção do conhecimento histórico em questão seja constantemente retomado. Algumas questões poderão ser propostas aos alunos:

Como o historiador chegou a essa interpretação? Que documentos/fontes o ajudaram a chegar a essas conclusões? Existem outras pesquisas a esse respeito? Que relações o historiador contemplou em sua análise? No conteúdo trabalhado, como podem ser identificados os aspectos

políticos , sócio-econômicos e culturais? Existem aspectos que ainda podem ser pesquisados? Quais?

As noções de tempo (temporalidade) a serem trabalhadas nas aulas de História são: sucessão ou ordenação, duração, simultaneidade, semelhanças, diferenças, mudanças e permanências.

Sendo complexas as noções de temporalidade para a compreensão dos alunos, o professor deverá trabalhá-las por meio de atividades didáticas diversas, como, por exemplo, o gráfico da linha do tempo. Esta atividade estimula reflexões acerca das medidas do tempo e das mudanças na vida humana. No entanto, a linha do tempo deve estar

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conectada ao contexto histórico estudado e considerar datas, informações e explicações históricas.

Quanto a noção de periodização deve-se relativizar a importância dada a compartimentação da História em Antiga, Medieval, Moderna e Contemporânea, pois esta é uma divisão francesa que tem como marcos, tão somente acontecimentos históricos europeus. A construção de um quadro sinótico, por exemplo, poderá levar os alunos a perceberem como se organiza a periodização da História de outros povos com marcos referenciais diferentes do europeu.

Outra possibilidade é a do professor, junto aos alunos, construir novas periodizações de temas de estudo para a identificação de mudanças e permanências nos hábitos, costumes, regimes políticos e sistemas econômicos das sociedades estudadas. Por fim, É possível propor o estudo de calendários de diferentes culturas.

Ao trabalhar as noções de temporalidade, o professor deve tomar a experiência de vida do aluno como ponto de partida para o trabalho com os conteúdos. Só é relevante, no ensino de História, a aprendizagem que seja significativa, que considere as ideias históricas dos alunos. O contato com outras estruturas cognitivas permite que eles as relacionem com seus conhecimentos prévios, para estabelecer um novo conhecimento, agora reelaborado e com significado para eles.

Esta relação pressupõe o trabalho com o conhecimento histórico em sala de aula sob dois aspectos: o conteúdo a ser desenvolvido em sala deve considerar a experiência cultural dos alunos e as ideias já construídas por eles, assim como construir em sala de aula um ambiente de partilha entre professores e alunos. Para tanto, É importante problematizar o conteúdo a ser trabalhado. Para schmidt e Cainelli problematizar o conhecimento histórico “significa em primeiro lugar partir do pressuposto de que ensinar História é construir um diálogo entre o presente e o passado, e não reproduzir conhecimentos neutros e

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acabados sobre fatos que ocorreram em outras sociedades e outras épocas” (2004, p. 52).

Outro fator a se considerar e enfatizar são as perguntas “por quê?”, “como?”,“quando”? e “o quê?”. Ao propor questões como estas, não significa que estão sendo construídas problemáticas. Diante disto é fundamental ir além destas questões, considerando as seguintes possibilidades: levantar hipóteses acerca dos acontecimentos do passado, sendo que para isto professores/alunos devem recorreras fontes documentais, preferencialmente partindo do seu cotidiano. “Partir do cotidiano dos alunos e do professor significa trabalhar conteúdos que dizem respeito a sua vida pública e privada, individual e coletiva” (SCHMIDT e CAINELLI, 2004, p.53).

Outro elemento a ser considerado na metodologia do ensino de História é o uso de documentos e fontes históricas em sala de aula. Segundo Bittencourt (2004), recorrer ao uso de documentos e fontes históricas nas aulas de História pode ser importante, por favorecer o pensamento histórico e a iniciação aos métodos de trabalho do historiador. A intenção com o trabalho de documentos em sala de aula é de desenvolver a autonomia intelectual adequada, que permita ao aluno realizar análises críticas da sociedade por meio de uma consciência histórica.

Ao trabalhar com documentos em sala de aula se faz indispensável ir além dos documentos escritos, trabalhando com os iconográficos, as fontes orais, os testemunhos de história local, além de linguagens contemporâneas, como fotografia, cinema, quadrinhos, literatura e informática. Outro fator a ser observado é a identificação das especificidades do uso desses documentos, bem como entender a sua utilização para superar as meras ilustrações das aulas de História. Quanto a identificação do documento a sugestão é determinar sua origem, natureza, autor ou autores, datação e pontos importantes do mesmo. Para

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fazer análise e comentários dos documentos, Circe Bittencourt (2004) estabeleceu a seguinte metodologia:

descrever o documento, ou seja, destacar e indicar as informações que ele contém;

mobilizar os saberes e conhecimentos prévios dos alunos para que eles possam explicá-los, associá-los as informações dadas;

situar o documento no contexto e em relação ao autor; identificar sua natureza e também explorar esta característica para

chegar a identificar os seus limites e interesses.Contudo, é necessário clareza de que as práticas pedagógicas

podem mudar em decorrência da especificidade da linguagem do documento. É certo que, para adotar este encaminhamento metodológico, o professor precisa relativizar o livro didático, uma vez que as explicações nele apresentadas são limitadas, seja pelo número de páginas do livro, pela vinculação do autor a uma determinada concepção historiográfica, seja pela tentativa de abarcar uma grande quantidade de conteúdos em atendimento as demandas do mercado editorial. Isso não significa que o livro didático deva ser abandonado pelo professor, mas problematizado junto aos alunos, de modo que se identifiquem seus limites e possibilidades. Implica também a busca de outros referenciais que complementem o conteúdo tratado em sala de aula. Como o livro didático é o mais popular e usado recurso pedagógico nas aulas de História, Schmidt e Cainelli (2004), sugerem alguns encaminhamentos metodológicos para seu uso:

ler o texto; construir uma enunciação da ideia principal de cada parágrafo; identificar e analisar as imagens e as ilustrações, os mapas e os

gráficos; relacionar as ideias do texto com as imagens, as ilustrações, os

mapas e os gráficos;

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explicar as relações feitas; estabelecer relações de causalidade e significado sobre o que

aparece no texto e nas imagens, ilustrações, mapas e gráficos; identificar as ideias principais e secundárias do texto; registrar de forma organizada e hierarquizada as ideias principais e

as secundárias do texto (TREPAT, 1995, p. 1994-220 - Atividades adaptadas por SCHMIDT e CAINELLI. 2004, p. 140).Este encaminhamento exige que o professor esteja atento a rica

produção historiográfica que tem sido publicada em livros, revistas especializadas e outras voltadas ao público em geral, muitas das quais disponíveis também nos meios eletrônicos. Para que os alunos busquem outros conteúdos daqueles apresentados nos livros didáticos, o uso da biblioteca é fundamental. Torna-se interessante, no entanto, que o professor os oriente para que conheçam o acervo específico, as obras que poderão ser consultadas, bem como ensine os bons hábitos de manuseio e conservação das obras. Outra possibilidade da introdução de novos conteúdos é o estudo das histórias locais. Segundo o historiador italiano Ivo Mattozzi (1998, p. 40) histórias locais são não só a investigação da região ou dos lugares onde os alunos vivem, mas também das histórias de outras regiões ou cidades. Este historiador aponta alguns caminhos para o estudo das histórias locais:

a importância da dimensão local na construção do conhecimento do passado e que há fenômenos que devem ser analisados em uma pequena escala;

a relação entre os fatos de dimensão local e os de dimensão nacional, continental ou mundial;

o estudo e o respeito pelas histórias locais do Outro (como a histórias dos indigenas, dos latino-americanos, dos africanos e dos povos do Oriente);

o respeito pelo patrimônio que testemunham o passado local;

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os termos da questões relativas à administração e gestão do território em que vivem;

a função e o valor das instituições incumbidas da conservação do patrimônio e do estudo do passado;

a utilização pública de narrativas históricas das histórias locais.A Educação inclusiva acolhe todas as pessoas sem exceção. É para o

estudante com deficiência física ou mental, para os superdotados, todas as minorias e para as crianças que são discriminadas por quaisquer outros motivos. Para uma proposta de inclusão e diversidade, a metodologia do ensino de história visa assegurar que todos os alunos possam ter acesso às oportunidades educacionais e sociais oferecidas pela escola.

Diversificar estratégias e ritmos de aprendizagem, propor atividades variadas, trabalhar em torno de projetos adequados às possibilidades de cada um. Para que todos alcancem o domínio básico em grau aceitável, necessariamente deverá ser empregado mais tempo e recursos para alguns do que para outros.

Acolher as diversidades nas práticas educativas é um trabalho complexo. O importante é que a medida adotada colabore para ampliar o nível de conhecimento do estudante que sempre possa obter algum proveito do que faça seja qual for o nível de competência do qual parta. Desta forma a Lei 11.645 – Lei da Cultura Afro Brasileira e Indígena estará sendo contemplada.

A História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena, Lei nº 11.645/08 está integrada no currículo, a História do Paraná será trabalhada no contexto da sala de aula de forma que os conteúdos de ensino estabeleçam uma reflexão sobre a sociedade, decodificando relações culturais e sociais assimétricas, de poder, reconhecendo e valorizando a identidade a história e a cultura dos afro-brasileiros, bem como a garantia de reconhecimento e igualdade de valorização das raízes africanas da nação brasileira, ao lado das indígenas, européias, asiáticas.

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A metodologia utilizada pelos professores deve possibilitar a percepção dos escravizados como sujeitos da história, ultrapassando a idéia de passividade e acomodação ao sistema escravista, o que desde os anos 1980 vem sendo criticado pela historiografia da escravidão. Além dessas, outras questões podem ser suscitadas sobre o racismo no Brasil, evidenciado nos estereótipos sobre os negros. A cultura indígena exige uma educação que respeite seus costumes, sua língua, sua visão de mundo. Eles estão em mais de 220 etnias distribuídas por quase todos os Estados e contam com um movimento organizado, forte e atuante que exigem ações educacionais que valorizem as diferenças culturais brasileiras.

Os conteúdos Geografia do Paraná (Lei nº 13.381/01); Música (Lei 11.769/08); Prevenção ao uso indevido de drogas, sexualidade humana; Educação Ambiental (Lei 9795/99) Dec.4201/02; Educação Fiscal; Enfretamento à violência contra a Criança e ao Adolescente (Lei Federal nº 11.525/07; Educação Tributária Dec. nº1143/99, portaria nº 413/02, serão abordados de forma contextualizada aos conceitos de ensino de História sempre que for possível a articulação entre os mesmos.

A efetivação desses avanços e progressos depende da sensibilidade e dedicação dos envolvidos na educação.

Enfim é preciso primar para que todos tenham um transcurso contínuo e progressivo neste estabelecimento de Ensino com a apresentação de resultados efetivos de aprendizagem, assegurando-lhes a possibilidade de participação plena na vida social em igualdade de condições.

5. AVALIAÇÃO

A avaliação da disciplina de História na Escola Estadual Getúlio Vargas, deve estar a serviço da aprendizagem de todos os alunos,

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permeando o conjunto de ações pedagógicas, e não como elemento externo a este processo.

A avaliação tem função diagnóstica e não classificatória e será feita a partir de critérios. Assim, o aprendizado e a avaliação poderão ser compreendidos como fenômeno compartilhado, contínuo, processual e diversificado, o que propicia uma análise critica das práticas que podem ser retomadas e organizadas pelo professor e pelos alunos.

Os critérios, para avaliação são decorrentes da forma pela qual o ser humano aprende, ou seja, o que é necessário para que o aluno avance no caminho envolvendo a participação entre professor e aluno. Nessa perspectiva, a avaliação deve estar colocada a serviço da aprendizagem de todos os alunos, de modo que permeie o conjunto das ações pedagógicas, e não como um elemento externo a este processo.

De acordo com esse entendimento, refutam-se as práticas avaliativas que priorizam o caráter classificatório autoritário, que desvinculam a sua função da aprendizagem, que não se ocupam dos conteúdos e do seu tratamento conforme as concepções pedagógicas definidas no Projeto Político Pedagógico da escola e que acabam por materializar, por meio da avaliação, um modelo excludente de escolarização e de sociedade que a escola pública tem o compromisso de superar, com vistas à diminuição das desigualdades sociais e com a luta por uma sociedade justa e mais humana. Para isso a avaliação será diagnóstica, somativa, qualitativa, formativa, contínua, permanente, cumulativa, levando em consideração as atividades desenvolvidas, a capacidade de síntese e a elaboração pessoal sobre a memorização, e procurando levar o aluno à construção de tempo – realidade e à compreensão de que a própria temporalidade é uma construção histórica.Para a verificação de aprendizagem serão utilizados técnicas e instrumentos diversificados tais como:

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Testes de conhecimentos para que sejam detectados possíveis falhas no domínio dos conteúdos;

Pesquisa bibliográfica para a produção de trabalhos práticos; Debates com envolvimento e participação de todos os alunos; Seminários; Relatos de experiências; Realização de trabalhos em grupo; Resolução de exercícios na escola e em casa; Participação em atividades coletivas e ou individuais; Realização de atividades complementares propostos e outras

atividades significativas que avaliem domínios dos alunos elevando o grau de aprendizado;

Tais instrumentos e não esgotam o processo de avaliação do professor de História. São indicativos a serem enriquecidos para orientar o planejamento das práticas avaliativas em consonância com as Diretrizes Curriculares. Devem também estar articulados à investigação de como as ideias históricas dos alunos organizam essas estratégias de interpretações das fontes a partir da construção de narrativas históricas.Os critérios para a avaliação da disciplina de História, nesta escola, considera três aspectos:

A investigação e a apropriação de conceitos históricos pelos estudantes;

A compreensão das relações da vida humana (Conteúdos estruturantes);

O aprendizado dos conteúdos básico/temas históricos e específicos.Esses três aspectos são entendidos como complementares e

indissociáveis. O professor deve recorrer a diferentes atividades, tais como: leitura, interpretação e análise de narrativas historiográficas, mapas e documentos históricos; produção de narrativas históricas,

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pesquisas bibliográficas, sistematização de conceitos históricos, apresentação de seminários, entre outras.

Após a avaliação diagnóstica, o professor e seus alunos poderão revisitar as práticas desenvolvidas até então, de modo que identifiquem lacunas no processo pedagógico. Essa ação permitirá ao professor planejar e propor outros encaminhamentos para a superação das dificuldades constatadas. Para a verificação da aprendizagem serão utilizados instrumentos e critérios diversificados tais como: 1. Atividade de leitura – a avaliação de leitura possibilita ao professor verificar a compreensão dos conteúdos abordados em aula e, nesse sentido, faz-se necessário a escolha criteriosa do texto, o roteiro de análise e os critérios de avaliação, de forma a permitir a reflexão e a discussão, bem como a ampliação de conhecimento.Critérios: O aluno:

compreende as idéias presentes no texto e interage com o texto por meio de questionamentos, concordâncias ou discordâncias.

ao falar sobre o texto, expressa suas idéias com clareza e sistematiza o conhecimento de forma adequada.

estabelece relações entre o texto e o conteúdo abordado em sala de aula.

2- Projeto de Pesquisa Bibliográfica - a solicitação de uma pesquisa exige enunciado claro e recortes precisos do que se pretende.Critérios:o aluno, quanto:

a contextualização, identifica a situação e o contexto com clareza; ao problema, apresenta de forma clara, objetiva o tema levantado,

delimitando o foco da pesquisa na busca de solução;

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a justificativa, aponta argumentos sobre a importância da pesquisa; O aluno, na escrita, remete-se aos textos lidos, por meio de citações

ou paráfrases, referenciando-os adequadamente.

3. Produção de Texto - a atividade de produção escrita deve considerar a característica dialógica e interativa da linguagem e o processo interlocutivo. Portanto, precisa ser relacionada ao que se escreve fora da escola, atendendo aos diferentes gêneros textuais. CritériosO aluno:produz textos atendendo às circunstâncias de produção (gênero, interlocutor, finalidade, etc.)

adequa a linguagem às exigências do contexto de produção, dando-lhe diferentes graus de formalidade ou informalidade, atendendo especificidades da disciplina em termos de léxico, de estrutura;

Expressa as idéias com clareza (coerência e coesão); elabora argumentos consistentes; estabelece relações entre as partes do texto; estabelece relação entre a tese e os argumentos elaborados para

sustentá-la.

4. Palestra/Apresentação Oral - a atividade de palestra/apresentação oral possibilita ao aluno demonstrar sua compreensão a respeito do conteúdo abordado, bem como argumentar, organizar e expor suas idéias.

CritériosO aluno:

demonstra conhecimento do conteúdo; apresenta argumentos selecionados; demonstra seqüência lógica e clareza na apresentação;

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faz uso de recursos para ajudar na sua produção.

5. Atividades Experimentais – estas atividades requerem clareza no enunciado e propiciam ao aluno criar hipóteses sobre o fenômeno que está ocorrendo, levando em consideração as dúvidas, o erro, o acaso, a intuição, de forma significativa. Nessa atividade, o aluno pode expressar sua compreensão do fenômeno experimentado, do conceito a ser construído ou já construído, a qualidade da interação quando o trabalho se realiza em grupo, entre outras possibilidade.

CritériosO aluno ao realizar seu experimento:

registra as hipóteses e os passos seguidos; demonstra compreender o fenômeno experimentado; sabe usar adequadamente e de forma conveniente os materiais ; consegue utilizar apropriadamente o ambiente e os instrumentos

necessários.

6. Projeto de Pesquisa de Campo – essa atividade exige um planejamento prévio que demande a busca de informações nos lugares que se pretende trabalhar. Nesse sentido, colabora para a construção de conhecimentos e formação dos alunos como agentes sociais.Critérios O aluno ao proceder sua pesquisa de campo:

registra as informações, no local de pesquisa; organiza e examina os dados coletados, conforme orientações; apresenta sua compreensão a respeito do conhecimento construído,

sua capacidade de análise dos dados coletados, capacidade de síntese;

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atende ao que foi solicitado como conclusão do projeto (relatório, elaboração de croquis, produção de texto, cartazes, avaliação escrita, entre outros).

7- O Relatório - é um conjunto de descrições e análise da atividade desenvolvida, auxiliando no aprimoramento da habilidade escrita, possibilitando ainda, a reflexão sobre o que foi realizado e a reconstrução de seu conhecimento. No relatório deve apresentar quais dados ou informações foram coletadas ou desenvolvidas e como esses dados foram analisados, bem como quais resultados podem-se extrair deles.São elementos do relatório: introdução, metodologia e materiais, análise e considerações finais.

CritériosO aluno:

faz a introdução com informações que esclareçam a origem de seu relatório, apontando quais os objetivos da atividade, bem como a relevância do conteúdo abordado e dos conceitos construídos;

descreve objetiva e claramente como se deu o trabalho ou atividade desenvolvida, possibilitando ao leitor a compreensão do que se está falando, ou para uma reflexão que permita que se aprimore a atividade.

faz a descrição dos dados coletados durante os procedimentos e dos resultados obtidos, estabelecendo uma relação entre eles e as discussões teóricas que deram origem à atividade em questão.

8. Seminário - oportuniza a pesquisa, a leitura e a interpretação de textos. Trata-se de uma discussão rica de ideias, na qual cada um participa questionando, de modo fundamentado, os argumentos

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apresentados, colocando o estudante em contato direto com a atividade científica e engajando-o na pesquisa.

Critérios O aluno: demonstra consistência nos argumentos, tanto na apresentação

quanto nas réplicas; apresenta compreensão do conteúdo abordado (a leitura

compreensiva dos textos utilizados); faz adequação da linguagem; demonstra pertinência quanto as fontes de pesquisa; traz relatos para enriquecer a apresentação; faz adequação e toma como relevante as intervenções dos

integrantes do grupo que assiste a apresentação.

9. Debate – possibilita a exposição de idéias, avaliação dos argumentos, permitindo que haja turno de fala entre os ouvintes, mas para que isso ocorra, é preciso garantir a participação de todos.

CritériosO aluno: aceita a lógica da confrontação de posições, ou seja, respeita os

pensamentos divergentes; ultrapassa os limites das suas posições pessoais; explicita racionalmente os conceitos e valores que fundamentam a

sua posição; faz uso adequado da língua portuguesa em situações formais; busca, por meio do debate, da persuasão e da superação de

posições particulares, uma posição de unidade, ou uma maior aproximação possível entre as posições dos participantes;

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registra, por escrito, as idéias surgidas no debate; demonstra conhecimento sobre o conteúdo da disciplina envolvido

no debate; apresenta compreensão sobre o assunto específico debatido e sua

relação com o conteúdo da disciplina.

10. Atividades com textos literários - possibilita discussões acerca do conteúdo que está sendo discutido, no contexto de outra linguagem. Esse trabalho passa por três momentos necessários para sua efetivação: a escolha do texto, a elaboração da atividade em si (seja através de questões, seja por um roteiro de leitura), os critérios de avaliação.

CritériosO aluno:

compreende e interpreta a linguagem utilizada no texto; faz a articulação do conceito/conteúdo/tema discutido nas aulas

com o texto literário lido; reconhece os recursos expressivos específicos do texto literário.

11- Atividades a partir de recursos Audiovisuais - o trabalho com filmes, documentários, músicas, teatro, entre outros. Qualquer que seja o recurso escolhido, é preciso considerar que o conteúdo abordado naquela mídia não está didatizado, vem apresentado em linguagem específica e com intencionalidade diferente daquela que existe na escola. A didatização do conteúdo cabe ao professor.

CritériosO aluno:

compreende e interpreta a linguagem utilizada;

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articula o conceito/conteúdo/tema discutido nas aulas com o conteúdo apresentado pelo audiovisual;

reconhece os recursos expressivos específicos daquele recurso.

12- Trabalho em grupo – desenvolve dinâmicas com pequenos grupos, na tentativa de proporcionar, aos alunos, experiências que facilitem o processo de aprendizagem. Nesse sentido, possibilita a interação social, conduzindo o aluno a compartilhar seu conhecimento. O trabalho em grupo pode ser proposto a partir de diferentes atividades, sejam elas, escritas, orais, gráficas, corporais, construção de maquetes, painéis, mural, jogos e outros, abrangendo os conhecimentos artísticos, filosóficos e científicos.

CritériosO aluno:

interage com o grupo; compartilha o conhecimento; demonstra os conhecimentos formais da disciplina, estudados em

sala de aula, na produção coletiva de trabalhos; compreende a origem da construção histórica dos conteúdos

trabalhados e sua relação com a contemporaneidade e o seu cotidiano.

13. Questões discursivas - Essas questões possibilitam verificar a qualidade da interação do aluno com o conteúdo abordado em sala de aula. Uma questão discursiva possibilita que o professor avalie o processo de investigação e reflexão realizado pelo aluno durante a exposição/discussão do conteúdo, dos conceitos.

Além disso, a resposta a uma questão discursiva permite que o professor identifique com maior clareza o erro do aluno, para que possa

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dar a ele a importância pedagógica que tem no processo de construção do conhecimento.

CritériosO aluno:

Compreende o enunciado da questão. Planeja a solução, de forma adequada. Comunica-se por escrito, com clareza, utilizando-se da norma

padrão da língua portuguesa. Sistematiza o conhecimento de forma adequada

14- Questões objetivas

Este tipo de questão tem como principal objetivo a fixação do conteúdo.Uma questão objetiva deve apresentar um enunciado objetivo e esclarecedor, usando um vocabulário conceitual adequado, possibilitando ao aluno a compreensão do que foi solicitado. Para a construção desse tipo de questão o professor não deve desconsiderar um bom planejamento, ou seja, definir o grau de dificuldade de cada questão direcionada para cada série com vistas a não cometer injustiças.

CritériosO aluno:

Realiza leitura compreensiva do enunciado; Demonstra apropriação de alguns aspectos definidos do conteúdo; Utiliza de conhecimentos adquiridos.

No Plano de Trabalho Docente de acordo com o conteúdo trabalhado o professor apresentara de forma detalhada os instrumentos e critérios que serão adotados.

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6. REFERÊNCIAS

BITTENCOURT, Circe (Org.). O saber histórico na sala de aula. São Paulo: Contexto, 1998.

BLOCH, Marc. Introdução à história. Lisboa, Portugal: Europa-América, 1997.

BLOCH, Marc. Introdução à história. Lisboa, Portugal: Europa-América, 1997.

CABRINI, Conceição et. al. O ensino de história: revisão urgente. São Paulo: Brasiliense, 1986.

CAMPOS, Raymundo Carlos Bandeira. História Geral, 2º e 1º Grau – Ed. rev. e ampl. – São Paulo: Atual, 1991.

CARMO, Sônia Irene Silva do. História Passado e Presente. História Integrada, 5ª, 6ª, 7ª e 8ª séries. São Paulo: Atual, 1997.

COTRIM, Gilberto. Saber e Fazer História, 5ª, 6ª, 7ª e 8ª séries / 2 edição. São Paulo: Saraiva, 2002.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: Saberes necessários à prática educativa. São Paulo, Paz e Terra, 1987.

KARNAL, Leandro (Org.). História na sala de aula. São Paulo: Contexto, 2003.

LEI de Diretrizes e Bases da Educação Nacional , Lei 9394/96

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares da Educação Básica. História. Curitiba, 2008.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares da Educação Inclusiva. Curitiba, 2006.

PILETTI, Nelson. PILETTI, Claudino. História e Vida integrada, 5ª, 6ª, 7ª e 8ª séries / 1. ed. – São Paulo. Ática, 2001.

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PROJETO Político Pedagógico. Escola Estadual Getúlio Vargas-Ensino Fundamental, 2011.

REGIMENTO, Escolar. Escola Estadual Getúlio Vargas – Ensino Fundamental, 2008.

SCHMIDT, Mário Furley. Nova História Crítica, 5ª, 6ª, ª e 8ª séries. São Paulo: Nova Geração, 1999.

SILVA, Marcos A. da (Org.). Repensando a história. Rio de Janeiro: Marco Zero, 1984.

6.7 PROPOSTA CURRICULAR DE GEOGRAFIA

1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

As relações com a natureza e com o espaço geográfico fazem parte das estratégias de sobrevivência dos grupos humanos desde suas primeiras formas de organização. Observar a dinâmica das estações do ano, conhecer o ciclo reprodutivo da natureza, a direção e dinâmica dos ventos, o movimento das marés e as correntes marítimas, bem como as

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variações climáticas e a alternância, entre período seco e chuvoso foi essencial para os primeiros povos agricultores. Esses conhecimentos permitiam às sociedades se relacionarem com a natureza e modificá-la em beneficio próprio.

Na antiguidade clássica muito se avançou na elaboração dos saberes geográficos. Ampliaram-se os conhecimentos e as relações sociedade-natureza, extensão e características físicas e humanas dos territórios imperiais.

Foi nesse contexto que se desenvolveram outros conhecimentos como os relativos à elaboração de mapas, forma da terra, distribuição de terras e águas, latitude, definições climáticas e outros.

Na Idade Média, os conhecimentos geográficos da antiguidade foram substituídos pela visão imposta pelo poder político que predominou esse período instituído pela Igreja vinculados aos ensinamentos bíblicos cuja verdade não podia ser questionada. A partir do Século XII as questões cartográficas, bem como a forma do planeta, voltaram a ser discutidas, quando os mercadores precisavam representar o espaço com detalhes para registrar as rotas marítimas, a localização e distancias dos continentes. Os saberes geográficos, nesse processo histórico, passaram a ser evidenciados nas discussões filosóficas, econômicas e políticas, que buscavam explicar questões referentes ao espaço e à sociedade. No imperialismo do século XIX, foram criadas diversas sociedades geográficas, que tinham apoio dos Estados colonizadores como Inglaterra, França e Prússia, que mais tarde, viria a ser a atual Alemanha. As pesquisas dessas sociedades subsidiaram o surgimento das escolas nacionais de pensamento geográfico – destacadamente a alemã e a francesa. O pensamento geográfico, da escola alemã, teve como precursores Humbolt (1769-1859) e Ritter (1779-1859) mas coube a Ratzel (1844-

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1904) destaque como fundador da geografia sistematizada, institucionalizada e considerada científica. O pensamento geográfico da escola francesa, por sua vez, teve como principal representante Vidal de La Blache (1845-1918). A produção teórica destas duas escolas marcam a dicotomia sociedade-natureza e o determinismo geográfico que justificou o avanço neo-colonialista dos impérios europeus na conquista de territórios da África e da Ásia. Enquanto na Europa, principalmente na Alemanha e na França, a Ciência Geográfica já se encontrava sistematizada e presente nas universidades desde o século XIX, no Brasil, isso só aconteceu mais tarde. As idéias geográficas foram inseridas no currículo escolar brasileiro no século XIX e apareciam de forma indireta nas escolas de primeiras letras. A institucionalização da Geografia no Brasil, no entanto se consolidou apenas a partir da década de 1930. Nesse contexto, as pesquisas desenvolvidas buscavam compreender e descrever o ambiente físico nacional com o objetivo de servir aos interesses políticos do Estado na perspectiva do nacionalismo econômico.

No ensino, essa visão da Geografia traduziu-se pelo estudo descritivo das paisagens naturais ou humanizadas. A didática baseava-se principalmente na descrição e na memorização dos elementos que compõem as paisagens, tendo em vista que esses constituem a dimensão passível de observação do território ou lugar. Eliminava-se qualquer forma de compreensão ou subjetividade que comprometesse a análise "neutra" da paisagem estudada. O aluno podia descrever, relacionar os fatos naturais, fazer analogias, elaborar sínteses ou generalizações, mas objetivamente. As transformações históricas relacionadas aos modos de produção após a Segunda Guerra Mundial, trouxeram mudanças políticas, econômicas, sociais e culturais na Ordem Mundial que interferiram no

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pensamento geográfico sob diversos aspectos. O capitalismo tornou-se monopolista, a urbanização intensificou-se, começando a surgir as megalópoles, o espaço agrário subordinou-se à industrialização, sendo organizado a partir desta, as realidades locais passam a se articular a uma rede de escala mundial. Cada lugar passou a estar conectado a uma realidade maior, perdendo sua capacidade de explicar-se por si mesmo. A Geografia Tradicional, com seus métodos e teorias descritivas, não era mais suficiente para explicar a complexidade do espaço.Assim, as mudanças que marcaram o período histórico do pós segunda guerra mundial desencadearam tanto reformulações teóricas na geografia, quanto o desenvolvimento de novas abordagens para os campos de estudo desta Ciência. No Brasil, o percurso dessas mudanças foi afetado pelas tensões políticas dos anos 60, que elevaram a modificações no ensino de Geografia na organização curricular da escola. A valorização da formação profissional nesse período contribuiu para as transformações significativas no ensino, regulamentadas pela Lei 5692/71 que afetou, principalmente, as disciplinas relacionadas às ciências humanas e instituiu a área de estudo denominada Estudos Sociais que, no 1º Grau envolveria os conteúdos de Geografia e História.O ensino da área de estudo, transformada na disciplina de Estudos Sociais, como já apontado, garantia a inter-relação entre os conteúdos de Geografia e História, o que tornava essa disciplina meramente ilustrativa e superficial. No Estado do Paraná, esse movimento iniciou-se em 1983, quando a Associação Paranaense de História (APAH), promoveu o primeiro encontro paranaense de História e Geografia como disciplinas isoladas.Esse movimento adotou o método do materialismo dialético para os estudos geográficos e para a abordagem dos conteúdos de ensino de Geografia. A chamada Geografia Crítica, como linha teórico-metodológica do pensamento geográfico, deu novas interpretações aos conceitos geográficos e ao objeto de estudo da geografia, trazendo as questões

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econômicas, sociais e políticas como fundamentais para a compreensão do espaço geográfico.No Paraná, as discussões sobre a emergente Geografia Crítica – enquanto método e conteúdo de ensino - ocorreram no final da década de 80 em cursos de formação continuada e discussões sobre a reformulação curricular promovidas pela Secretaria de Estado da Educação que publicou em 1990, o “Currículo Básico para a Escola Publica do Estado do Paraná” . Esse documento representava um Projeto Político Pedagógico que expressava a necessidade de repensar os fundamentos teóricos e conteúdos básicos das disciplinas.A abordagem teórica crítica proposta para o ensino de Geografia, naqueles documentos, baseava-se numa geografia que compreendia o espaço geográfico como social, produzido e reproduzido pela sociedade humana.A compreensão e a incorporação da Geografia Crítica foi gradativa e inicialmente vinculada tanto aos programas de formação continuada que aconteceram no final dos anos 80 e inicio de 90, quanto a utilização de livros didáticos escritos a partir daquela perspectiva teórica.Encontros e conferências realizados em âmbito mundial, priorizavam a educação (inclusive a educação básica) como alvo das reformas necessárias para a formação do novo perfil de trabalhador, necessário para o capitalismo no atual período histórico. Foi nesse contexto que ocorreu a produção e a aprovação da nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei 9394/96), bem como a construção dos Parâmetros Curriculares Nacionais.A partir de então, os PCN apresentaram-se como documento balizador para as reformas curriculares que deveriam ocorrer nos estados brasileiros. Entre as mudanças provocadas pelos PCN destacaram-se os conteúdos de ensino vinculados às discussões ambientais e multiculturais. A rigor, os debates sobre cultura e ambientalismo perpassam várias áreas do conhecimento e vêm ganhando destaque na escala mundial desde o

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final dos anos 60, ganharam força no contexto histórico dos anos 90, tanto com as transformações políticas que desencadearam conflitos étnicos e a fragmentação territorial de alguns países, quanto com os avanços nos sistemas técnicos de comunicação e informação que possibilitam a fragmentação da produção industrial e ampliação do mercado mundial.Essa reorganização estrutural da produção e do mercado envolveu e afetou a natureza, as culturas e as relações sócio espaciais de alguns “ espaços da globalização”, situados em todos os continentes. Isso trouxe, definitivamente relevância para as questões socioambientais e culturais como campos de estudos da Geografia.A falta de crítica, o ecletismo teórico e a ênfase na abordagem transversal desfocaram, nos PCN, as especificidades das disciplinas enquanto campo do conhecimento. Tudo isso associado, no Paraná, a uma orientação política neoliberal, que interpretou a autonomia da escola como uma desresponsabilização do Estado em relação à Educação, resultou, entre outras coisas, numa ampla diversificação de disciplinas ofertadas na parte diversificada do currículo da Educação Básica.A política educacional desenvolvida a partir de 2003, nesse Estado, assumiu, como uma de suas prioridades, ações que visavam à retomada dos estudos das disciplinas de formação do professor, estimulando seu papel de pensador e pesquisador. Ao retomar os estudos teóricos espistemológicos de sua disciplina de formação , o professor de Geografia pode reorganizar seu fazer pedagógico, com clareza teórico-conceitual, restabelecendo, assim, as relações entre o objeto de estudo da disciplina e os conceitos a serem abordados.Assim as diretrizes Curriculares apresentam-se como documento norteador para um repensar da prática pedagógica dos professores de Geografia da Escola Estadual Getúlio Vargas. Pois o campo de preocupações da Geografia é o espaço da sociedade humana, onde vivem homens e mulheres e, ao mesmo tempo, produzem modificações neste

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espaço, que está em permanente (re)construção. Indústrias, cidades, agricultura, rios, solos, climas, populações e muitos outros elementos constituem o espaço geográfico, isto é, o meio ou a realidade material onde a humanidade vive. Precisamos da Geografia para nos conhecer, para conhecermos nosso mundo respeitando sua diversidade e complexidade e para construirmos a cidadania planetária.

2. OBJETIVO GERAL DA DISCIPLINA

Conhecer a organização do espaço geográfico e o funcionamento da natureza em suas múltiplas relações, de modo a compreender o papel das sociedades em sua construção e na produção do terrítório, da paisagem e do lugar, bem como, identificar e avaliar as ações dos homens em sociedade e suas consequencias em diferentes espaços e tempos, de modo a construir referenciais que possibilitem uma participação propositiva e reativa nas questões socioambientais locais.3. CONTEÚDOS

6º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

- A DIMENSÃO ECONÔMICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO- DIMENSÃO POLÍTICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO - DIMENSÃO CULTURAL DEMOGRÁFICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO- DIMENSÃO SOCIOAMBIENTAL DO ESPAÇO GEOGRÁFICO

CONTEÚDOS BÁSICOS

Formação e transformação das paisagens naturais e culturais.

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Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção.

A formação, localização e exploração dos recursos naturais.A distribuição espacial das atividades produtivas, a transformação da

paisagem, a (re) organização do espaço geográfico.As relações entre campo e cidade na sociedade capitalista.A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores

estatísticos da população.A mobilidade populacional e as manifestações socioespaciais da

diversidade cultural.As diversas regionalizações do espaço geográfico.

7º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

- A DIMENSÃO ECONÔMICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO- DIMENSÃO POLÍTICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO - DIMENSÃO CULTURAL DEMOGRÁFICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO- DIMENSÃO SOCIOAMBIENTAL DO ESPAÇO GEOGRÁFICO

CONTEÚDOS BÁSICOS

A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração do território brasileiro.A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção.As diversas regionalizações do espaço brasileiro .

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As manifestações socioespaciais da diversidade cultural.A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da população.Movimentos migratórios e suas motivações.O espaço rural e a modernização da agricultura A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a urbanização.A distribuição espacial das atividades produtivas, o (re) organização do espaço geográfico.A circulação de mão-de-obra, das mercadorias e das informações.

8º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

- A DIMENSÃO ECONÔMICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO- DIMENSÃO POLÍTICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO - DIMENSÃO CULTURAL DEMOGRÁFICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO- DIMENSÃO SOCIOAMBIENTAL DO ESPAÇO GEOGRÁFICO

CONTEÚDOS BÁSICOS

As diversas regionalizações do espaço geográfico ; A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos

territórios do continente americano. A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do

Estado. O comércio em suas implicações sócio espaciais.

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371 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - 2011

A circulação de mão-de-obra, do capital, das mercadorias e informações.

A distribuição espacial das atividades produtivas, o (re) organização do espaço geográfico.

As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista. O espaço rural e a modernização da agricultura. A transformação demográfica, a distribuição espacial e os

indicadores estatísticos da população. Os movimentos migratórios e suas motivações. As manifestações socioespaciais da diversidade cultural; A formação e localização, exploração e utilização dos recursos

naturais.

9º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

- A DIMENSÃO ECONÔMICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO- DIMENSÃO POLÍTICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO - DIMENSÃO CULTURAL DEMOGRÁFICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO- DIMENSÃO SOCIOAMBIENTAL DO ESPAÇO GEOGRÁFICO

CONTEÚDOS BÁSICOS

As diversas regionalizações do espaço geográfico. A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do

Estado.

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A revolução técnico – científico - informacional e os novos arranjos no espaço da produção.

O comércio mundial e as implicações sócio espaciais. A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos

territórios. A transformação demográfica, a distribuição espacial e os

indicadores estatísticos da população; As manifestações socioespaciais da diversidade cultural Os movimentos migratórios mundiais e suas motivações. A distribuição das atividades produtivas, a transformação da

paisagem, e a (re)organização do espaço geográfico. A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de

tecnologias de exploração e produção. O espaço em rede: produção, transporte e comunicações na atual

configuração territorial.

4. METODOLOGIA

Os conteúdos de Geografia serão trabalhados de uma forma crítica e dinâmica, interligando teoria, prática e realidade, mantendo uma coerência dos fundamentos teóricos, utilizando a cartografia como ferramenta essencial, possibilitando transitar em diferentes escalas espaciais.

Ao iniciar os estudos no ensino fundamental, espera-se que o aluno amplie as suas noções espaciais, por isso o professor abordará os conhecimentos necessários para o entendimento das inter-relações entre as paisagens naturais e artificiais.

O professor precisa aprofundar os conceitos de lugar e de paisagem e introduzir os conceitos de região e território. O aluno desta série deve

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compreender que o espaço geográfico é resultado da integração entre dinâmica físico/natural e dinâmica humano/social. Ele deve promover uma abordagem da linguagem cartográfica, usando-a para mostrar como os fenômenos se distribuem e se relacionam nesse espaço.

Já após isso, o aluno pode com mais propriedade e profundidade, analisar os fenômenos citados na escala nacional, relacionando-os se possível, com a realidade mundial. Neste momento, o professor deve promover as reflexões em torno da aplicação de conceitos construídos desde as séries iniciais e descobrindo as especialidades naturais/sociais, as relações de poder político e econômico no processo de globalização das regiões e do território.

Quando às especialidades do território nacional já estão compreendidos, espera-se que o aluno amplie e aprofunde suas análises espaciais com relação aos continentes: América, Europa, África, Ásia, Oceania e Regiões Polares. Para isso, se faz necessário que o professor faça relação entre os continentes, retornando ao espaço local sempre que puder, permitindo assim, maior compreensão sobre o espaço no processo de globalização.

Os conteúdos de História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena (Lei nº 11.645/08), Geografia do Paraná, Educação Ambiental (Lei 9795/99) Dec. 4201/02; e Enfrentamento à violência contra a Criança e ao Adolescente (Lei Federal 11525/07), serão abordados de forma contextualizada e relacionados aos conteúdos de ensino de Geografia sempre que for possível a articulação entre os mesmos.

Os métodos de ensino a serem utilizados na disciplina de Geografia na Escola Estadual Getúlio Vargas devem dar preferência à participação ativa do aluno, utilizando as diferentes linguagens disponíveis para que se privilegie as dimensões subjetivas do mesmo. Por intermédio da valorização da experiência de vida e dos conhecimentos que os alunos possuam sobre a realidade, o professor vai

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iniciar o seu trabalho que é dando ao aluno fundamentação científica, que leve o aluno a observar a partir do nível perceptivo de seus conhecimentos à comparação com o saber cientifico introduzido pelo professor.

Ao professor cabe a tarefa de atuar como mediador, desafiador, questionador para conduzir o aluno através de uma participação orientada a perceber-se como elementos de um todo, a classe, o país, o mundo, etc. sendo também responsável pelo desenvolvimento de conceitos, atitudes e valores. Cabe ainda destacar que o ensino de geografia deve partir da observação e da caracterização dos elementos presentes na paisagem. Este é o ponto de partida para uma compreensão mais ampla das relações entre a sociedade e a natureza.

Observar, descrever, representar cartográficamente ou por imagens, os espaços, são procedimentos que poderão ser utilizados mesmo que o aluno o faça com pouca autonomia, requisitando a orientação do professor. Com o decorrer do tempo, irá adquirindo a autonomia necessária para aprofundar seus conhecimentos, elaborar questões, confrontar opiniões, ouvir os outros e se posicionar diante do grupo sobre suas experiências.

O trabalho com a construção da linguagem gráfica pode ser realizado considerando-se referenciais que os alunos já utilizam para se localizar e orientar no espaço.

É fundamental o estudo de diferentes tipos de mapas, atlas, globo terrestre, atualizados e em situações em que o aluno possa interagir com esses recursos.

O estudo do meio, o trabalho com imagens e a representação dos lugares próximos e distantes são recursos didáticos interessantes, por meio dos quais os alunos poderão construir e reconstruir as percepções da imagem local e global.

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A geografia ao trabalhar com recortes temporais e espaciais, interpreta as múltiplas relações entre a sociedade e a natureza de um determinado lugar.

Para o desenvolvimento metodológico serão utilizados os seguintes recursos didáticos: Mapas, TV pen drive, laboratório de informática, livro didático, livros da biblioteca, recursos áudio visuais (filmes, trechos de filmes, programas de reportagem e imagens em geral (fotografias, slides, charges, ilustrações), a cartografia, a literatura, rádio, aulas de campo, e a museus arqueológicos, observação de materiais e outros recursos que facilite a ampliação dos conhecimentos inerentes à disciplina.

5. AVALIAÇÃO

A avaliação é parte essencial de todo o processo de ensino-aprendizagem. A avaliação não é encontrar uma nota ou conceito que concretize o desempenho de um aluno. Sua função principal é contribuir para a otimização do processo ensino-aprendizagem, um meio para perceber se alunos e professores estão se aproximando dos objetivos traçados. A maior utilidade dos resultados da avaliação reunir-se-á na orientação da dinâmica do professor – avaliar o que o aluno aprendeu e não o que ele ainda não sabe. A avaliação não se restringirá à capacidade de memorização, mas sim na capacidade de refletir e aplicar os conceitos, conteúdos, procedimentos e atitudes aprendidos durante o período escolar.

Diante disso, deve-se evitar avaliações que contemplem apenas uma das formas de comunicação dos alunos, ou seja, apenas a escrita ou a interpretação de textos, porem não podemos abandonar totalmente esta prática, pois o nosso aluno encontrará esse tipo de situação na sociedade capitalista na qual ele está inserido.

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O processo de avaliação deve estar articulado com os conteúdos estruturantes, à inclusão, aos conceitos geográficos, o objeto de estudo, as categorias espaço-tempo, a relação sociedade-natureza e as relações de poder, contemplando a escala local e global e vice-versa.

Por tudo que foi exposto, destaca-se ainda, que a proposta avaliativa deve estar bem clara para os alunos, ou seja, que saibam como eles serão avaliados em cada atividade proposta. Além disso, assentado na interação e na relação dialógica que acontece entre os sujeitos do processo – professor e aluno Os resultados expressos pelos instrumentos de avaliação devem fornecer ao professor informações sobre a aprendizagem adquirida pelo aluno em utilizar a linguagem geográfica adequadamente comunicando suas ideias desenvolvendo raciocínios. Pensando no desenvolvimento intelectual, cultural e social dos alunos e indo além da simples aquisição de conceitos e habilidades da geografia, deve-se considerar a necessidade de uma avaliação contínua, realizada a cada momento da interação entre alunos e professores, acompanhando o aprendizado e, simultaneamente, colaborando com ele para permitir que elementos da aprendizagem sejam percebidos. Com respeito ao ensino de Geografia, a avaliação deve ser compreendida como um conjunto de ações organizadas com a finalidade de obter informações sobre o que o aluno aprendeu, de que forma e em quais as condições. Nesse sentido as avaliações ocorrerão de forma:

formal – acontece a cada instante da relação  com os estudantes por meio de diferentes instrumentos avaliativos;

contínua – permite avaliar o grau de aprendizagem do estudante ao longo do período, neste caso, bimestralmente, de modo contínuo e cumulativo do desempenho, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos;

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diagnóstica – verifica como está o processo de construção do conhecimento, se a metodologia está dando resultado efetivos e a partir destas constatações toma-se decisões e promove mudanças em relação à continuidade do trabalho,

formativa – após avaliar o processo como um todo, realimenta-se o processo para sanar falhas e atingir objetivos proposto sempre priorizando o repensar sobre as ações e não o resultado;

somativa – dá uma visão geral, de maneira concentrada, dos resultados obtidos no processo de ensino e aprendizagem. Sua aplicação informa quanto ao nível de aprendizagem alcançada; visa a atribuição de notas; fornece feedback ao aluno, de forma que os aspectos qualitativos prevaleçam sobre os quantitativos.Sob esse enfoque, adota-se como princípio fundamental que deve-se

avaliar o que se ensina, encadeando a avaliação no processo de ensino-aprendizagem, ou seja, parte-se da avaliação inicial, retomando sempre que necessário o processo de aprendizagem, até que se chegue à avaliação final.

5.1 Instrumentos e Critérios de Avaliação

Para que se efetive essa proposta avaliativa lançar-se-á mão de diferentes instrumentos e critérios de avaliação, conforme segue: 1. Atividade de leitura – a avaliação de leitura possibilita ao professor verificar a compreensão dos conteúdos abordados em aula e, nesse sentido, faz-se necessário a escolha criteriosa do texto, o roteiro de análise e os critérios de avaliação, de forma a permitir a reflexão e a discussão, bem como a ampliação de conhecimento.Critérios: O aluno:

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compreende as ideias presentes no texto e interage com o texto por meio de questionamentos, concordâncias ou discordâncias.

ao falar sobre o texto, expressa suas idéias com clareza e sistematiza o conhecimento de forma adequada.

estabelece relações entre o texto e o conteúdo abordado em sala de aula.

2- Projeto de Pesquisa Bibliográfica - a solicitação de uma pesquisa exige enunciado claro e recortes precisos do que se pretende.Critérios:o aluno, quanto:

a contextualização, identifica a situação e o contexto com clareza; Ao problema, apresenta de forma clara, objetiva o tema levantado,

delimitando o foco da pesquisa na busca de solução; a justificativa, aponta argumentos sobre a importância da pesquisa; O aluno, na escrita, remete-se aos textos lidos, por meio de citações

ou paráfrases, referenciando-os adequadamente.

3. Produção de Texto - a atividade de produção escrita deve considerar a característica dialógica e interativa da linguagem e o processo interlocutivo. Portanto, precisa ser relacionada ao que se escreve fora da escola, atendendo aos diferentes gêneros textuais. CritériosO aluno:produz textos atendendo às circunstâncias de produção (gênero, interlocutor, finalidade, etc.)

Adequa a linguagem às exigências do contexto de produção, dando-lhe diferentes graus de formalidade ou informalidade, atendendo especificidades da disciplina em termos de léxico, de estrutura;

Expressa as idéias com clareza (coerência e coesão);

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Elabora argumentos consistentes; Estabelece relações entre as partes do texto; Estabelece relação entre a tese e os argumentos elaborados para

sustentá-la.

4. Palestra/Apresentação Oral - a atividade de palestra/apresentação oral possibilita ao aluno demonstrar sua compreensão a respeito do conteúdo abordado, bem como argumentar, organizar e expor suas ideias.

CritériosO aluno:

demonstra conhecimento do conteúdo; apresenta argumentos selecionados; demonstra seqüência lógica e clareza na apresentação; faz uso de recursos para ajudar na sua produção.

5. Atividades Experimentais – estas atividades requerem clareza no enunciado e propiciam ao aluno criar hipóteses sobre o fenômeno que está ocorrendo, levando em consideração as dúvidas, o erro, o acaso, a intuição, de forma significativa Nessa atividade, o aluno pode expressar sua compreensão do fenômeno experimentado, do conceito a ser construído ou já construído, a qualidade da interação quando o trabalho se realiza em grupo, entre outras possibilidade. CritériosO aluno ao realizar seu experimento:

registra as hipóteses e os passos seguidos; demonstra compreender o fenômeno experimentado; sabe usar adequadamente e de forma conveniente os materiais ;

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consegue utilizar apropriadamente o ambiente e os instrumentos necessários.

6. Projeto de Pesquisa de Campo – essa atividade exige um planejamento prévio que demande a busca de informações nos lugares que se pretende trabalhar. Nesse sentido, colabora para a construção de conhecimentos e formação dos alunos como agentes sociais.Critérios O aluno ao proceder sua pesquisa de campo:

registra as informações, no local de pesquisa; organiza e examina os dados coletados, conforme orientações; apresenta sua compreensão a respeito do conhecimento construído,

sua capacidade de análise dos dados coletados, capacidade de síntese;

atende ao que foi solicitado como conclusão do projeto (relatório, elaboração de croquis, produção de texto, cartazes, avaliação escrita, entre outros).

7- O Relatório - é um conjunto de descrições e análise da atividade desenvolvida, auxiliando no aprimoramento da habilidade escrita, possibilitando ainda, a reflexão sobre o que foi realizado e a reconstrução de seu conhecimento. No relatório deve apresentar quais dados ou informações foram coletadas ou desenvolvidas e como esses dados foram analisados, bem como quais resultados podem-se extrair deles.São elementos do relatório: introdução, metodologia e materiais, análise e considerações finais.CritériosO aluno:

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faz a introdução com informações que esclareçam a origem de seu relatório, apontando quais os objetivos da atividade, bem como a relevância do conteúdo abordado e dos conceitos construídos;

descreve objetiva e claramente como se deu o trabalho ou atividade desenvolvida, possibilitando ao leitor a compreensão do que se está falando, ou para uma reflexão que permita que se aprimore a atividade.

faz a descrição dos dados coletados durante os procedimentos e dos resultados obtidos, estabelecendo uma relação entre eles e as discussões teóricas que deram origem à atividade. em questão.

8. Seminário - oportuniza a pesquisa, a leitura e a interpretação de textos. Trata-se de uma discussão rica de idéias, na qual cada um participa questionando, de modo fundamentado, os argumentos apresentados, colocando o estudante em contato direto com a atividade científica e engajando-o na pesquisa.

Critérios O aluno: demonstra consistência nos argumentos, tanto na apresentação

quanto nas réplicas; apresenta compreensão do conteúdo abordado (a leitura

compreensiva dos textos utilizados); faz adequação da linguagem; Demonstra pertinência quanto as fontes de pesquisa; Traz relatos para enriquecer a apresentação; Faz adequação e toma como relevante as intervenções dos

integrantes do grupo que assiste a apresentação.

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9. Debate – possibilita a exposição de idéias, avaliação dos argumentos, permitindo que haja turno de fala entre os ouvintes. Mas, para que isso ocorra, é preciso garantir a participação de todos.

CritériosO aluno:

aceita a lógica da confrontação de posições, ou seja, respeita os pensamentos divergentes;

ultrapassa os limites das suas posições pessoais; explicita racionalmente os conceitos e valores que fundamentam a

sua posição; faz uso adequado da língua portuguesa em situações formais; busca, por meio do debate, da persuasão e da superação de

posições particulares, uma posição de unidade, ou uma maior aproximação possível entre as posições dos participantes;

registra, por escrito, as idéias surgidas no debate; demonstra conhecimento sobre o conteúdo da disciplina envolvido

no debate; apresenta compreensão sobre o assunto específico debatido e sua

relação com o conteúdo da disciplina.

10. Atividades com textos literários - possibilita discussões acerca do conteúdo que está sendo discutido, no contexto de outra linguagem. Esse trabalho passa por três momentos necessários para sua efetivação: a escolha do texto, a elaboração da atividade em si (seja através de questões, seja por um roteiro de leitura), os critérios de avaliação.

CritériosO aluno:

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compreende e interpreta a linguagem utilizada no texto; faz a articulação do conceito/conteúdo/tema discutido nas aulas

com o texto literário lido; reconhece os recursos expressivos específicos do texto literário.

11- Atividades a partir de recursos Audiovisuais - o trabalho com filmes, documentários, músicas, teatro, entre outros. Qualquer que seja o recurso escolhido, é preciso considerar que o conteúdo abordado naquela mídia não está didatizado, vem apresentado em linguagem específica e com intencionalidade diferente daquela que existe na escola. A didatização do conteúdo cabe ao professor. CritériosO aluno:

compreende e interpreta a linguagem utilizada; articula o conceito/conteúdo/tema discutido nas aulas com o

conteúdo apresentado pelo audiovisual; reconhece os recursos expressivos específicos daquele recurso.

12.Trabalho em grupo - desenvolve dinâmicas com pequenos grupos, na tentativa de proporcionar, aos alunos, experiências que facilitem o processo de aprendizagem. Nesse sentido, possibilita a a interação social, conduzindo o aluno a compartilhar seu conhecimento. O trabalho em grupo pode ser proposto a partir de diferentes atividades, sejam elas, escritas, orais, gráficas, corporais, construção de maquetes, painéis, mural, jogos e outros, abrangendo os conhecimentos artísticos, filosóficos e científicos. CritériosO aluno:

interage com o grupo; compartilha o conhecimento;

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demonstra os conhecimentos formais da disciplina, estudados em sala de aula, na produção coletiva de trabalhos;

compreende a origem da construção histórica dos conteúdos trabalhados e sua relação com a contemporaneidade e o seu cotidiano.

13. Questões discursivas - Essas questões possibilitam verificar a qualidade da interação do aluno com o conteúdo abordado em sala de aula. Uma questão discursiva possibilita que o professor avalie o processo de investigação e reflexão realizado pelo aluno durante a exposição/discussão do conteúdo, dos conceitos. Além disso, a resposta a uma questão discursiva permite que o professor identifique com maior clareza o erro do aluno, para que possa dar a ele a importância pedagógica que tem no processo de construção do conhecimento. Critérios:O aluno:

Compreende o enunciado da questão. Planeja a solução, de forma adequada. Comunica-se por escrito, com clareza, utilizando-se da norma

padrão da língua portuguesa. Sistematiza o conhecimento de forma adequada

14- Questões objetivas - Este tipo de questão tem como principal objetivo a fixação do conteúdo.Uma questão objetiva deve apresentar um enunciado objetivo e esclarecedor, usando um vocabulário conceitual adequado, possibilitando ao aluno a compreensão do que foi solicitado. Para a construção desse tipo de questão o professor não deve desconsiderar um bom planejamento, ou seja, definir o grau de dificuldade

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de cada questão direcionada para cada série com vistas a não cometer injustiças.Critérios:O aluno:

Realiza leitura compreensiva do enunciado; Demonstra apropriação de alguns aspectos definidos do conteúdo; Utiliza de conhecimentos adquiridos.

Será oportunizada ao estudante a recuperação de estudos de forma permanente e concomitante ao processo de ensino e aprendizagem. Esta será organizada com atividades significativas, por meio de procedimentos didático-metodológicos diversificados e os resultados da recuperação serão incorporados às avaliações efetuadas durante o processo, constituindo-se em mais um componente do aproveitamento.

6. REFERÊNCIAS

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares da Educação Básica. Geografia. Curitiba, 2008.

http://www.seed.pr.gov.br/portals/bancoquestaoavaliativa/OrientacoesGeraisGE2008.pdf?PHPSESSID=2010080411160589 acesso em 04/08/2010.

PARANÁ, Diretrizes Curriculares para a Educação Inclusiva, 2006.

PROJETO, Politico Pedagógico. Escola Estadual Getúlio Vargas – Ensino Fundamental, 2011.

REGIMENTO, Escolar. Escola Estadual Getúlio Vargas – Ensino Fundamental, 2008. VESENTINI, J.William e VLACH, Vânia. Geografia Crítica: O espaço Natural e a Ação Humana. 2ª edição. São Paulo, ed. Ática, 2004.

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VESENTINI, J.William e VLACH, Vânia. Geografia Crítica: O espaço Social e o Espaço brasileiro. 2ª edição. São Paulo, ed. Ática, 2004.

VESENTINI, J.William e VLACH, Vânia. Geografia Crítica: A Geografia do Mundo Desenvolvido. 2ª edição. São Paulo, ed. Ática, 2004.

VESENTINI, J.William e VLACH, Vânia. Geografia Crítica: A Geografia do Mundo Industrializado. 2ª edição. São Paulo, ed. Ática, 2004.

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6.8 PROPOSTA CURRICULAR DE ENSINO RELIGIOSO

1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

Há muito tempo a disciplina de Ensino Religioso participa dos currículos escolares no Brasil e em cada período histórico, assumiu diferentes características pedagógicas e legais.

A primeira forma de inclusão dos temas religiosos na educação brasileira, que se perpetuou até a Constituição da República em 1891, pode ser identificada nas atividades de evangelização promovidas pela Companhia de Jesus e outras instituições religiosas de confissão católica. A meta da educação como um todo, e não só das aulas exclusivamente voltadas para o ensino das sagradas escrituras e da doutrina católica, era conduzir os indígenas ao abandono de suas crenças e costumes e a sua consequente submissão ao conjunto de preceitos e sacramentos da Igreja Católica Apostólica Romana. Com o advento da República, contudo, e do ideal positivista de separação entre Estado e Igreja, todas as instituições e assuntos de ordem pública e consequentemente a educação do povo foram incumbidos da tarefa de se re-estruturar de acordo com o critério de laicidade interpretada no sentido de neutralidade religiosa. Assim, surgiu, entre os defensores da República, o impulso de dissolver o modelo de educação baseado na catequese religiosa.

Por força, entretanto, de mais de 300 anos de educação relegada à responsabilidade da Igreja Católica e submetida aos objetivos de evangelização, iniciou-se um período de intensa disputa entre os defensores da manutenção do ensino confessional e os partidários do princípio republicano de educação laica.

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Em 1934, o Estado Novo procurou por fim a esta querela com a introdução da disciplina de Ensino Religioso nos currículos da educação pública, salvaguardando o direito individual de liberdade de credo. Para atender tanto as demandas republicanas quanto as demandas confessionais, ele apresentou, em forma de lei, uma proposta de ensino da temática religiosa que, por um lado, garantisse a existência de uma disciplina desse teor na educação pública e que, por outro lado, mantivesse um caráter facultativo para os estudantes não católicos. Essa orientação formal do Ensino Religioso, que se manteve nas legislações até meados da década de 60, enseja dois questionamentos sobre sua coerência interna. Em primeiro lugar, se o Estado brasileiro era explicitamente laico e se a escola pública estava preocupada, exclusivamente, com a formação do cidadão, por que a própria Constituição da República exigia um Ensino Religioso ministrado de acordo com a confissão religiosa do aluno? Não seria incoerente conceder a liberdade de credo e depois doutrinar os estudantes num conjunto específico de preceitos religiosos? A Constituição de 1934 e as que a seguiram pretendiam responder a essa questão com o acréscimo e manutenção do caráter facultativo da disciplina. Para elas, uma vez que estivesse, legalmente, garantido o direito de não participar do Ensino Religioso, a liberdade de credo do cidadão estaria igualmente garantida.

A concepção de religião desse período era, portanto, restritiva e, tal como nos períodos anteriores, abordava unicamente a doutrina cristã.

No item Disposições Gerais e Transitórias, constante na LDB 4.024/61, mantinha em seu artigo 97 o caráter facultativo da disciplina e afirmava que o Ensino Religioso não poderia acarretar ônus aos poderes públicos. Embora o Ensino Religioso fosse parte da formação pública, a responsabilidade pelos docentes não competia ao Estado.

A possibilidade de um Ensino Religioso aconfessional e público só se concretizou legalmente na redação da Lei de Diretrizes e Bases da

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Educação Nacional de 1996 e sua respectiva correção, em 1997, pela Lei 9.475.

Para viabilizar a proposta de Ensino Religioso no Paraná, a Associação Interconfessional de Curitiba (Assintec), formada por um grupo de caráter ecumênico, preocupou-se com a elaboração de material pedagógico e cursos de formação continuada. O resultado desse trabalho foi o Programa Nacional de Tele Educação (Prontel), elaborado em 1972, que propôs a instituição do Ensino Religioso radiofonizado nas escolas municipais. A Secretaria de Estado da Educação (SEED) e a Prefeitura Municipal de Curitiba aceitaram o Prontel, com parecer favorável do Conselho Estadual de Educação.

O conteúdo veiculado pelo sistema radiofônico teve como foco curricular as aulas de ensino moral-religioso nas escolas oficiais de primeiro grau. Em 1973, foi firmado um convênio entre a SEED e a Assintec, com a proposta de implementar um Ensino Religioso interconfessional nas escolas públicas de Curitiba. No mesmo ano, a SEED designou a entidade como intermediária entre a Secretaria e os Núcleos Regionais de Educação, nos quais foi instituído o Serviço de Ensino Religioso para orientar a proposta curricular da disciplina.

Em 1976, pela Resolução n. 754/76, foram autorizados cursos de atualização religiosa em quatorze municípios do Estado, com o apoio da Associação das Escolas Católicas (AEC). Os objetivos desses cursos eram aprofundar e atualizar os conhecimentos de fundamentação bíblica, e oferecer esclarecimentos sobre a pedagogia da Educação Religiosa. Os conteúdos se pautavam na visão do Antigo e Novo Testamento.

No ano de 1981, realizou-se o Primeiro Simpósio de Educação Religiosa, no Centro de Treinamento de Professores do Estado do Paraná (Cetepar). Nesse evento, levantou-se também a necessidade de contribuir com discussões realizadas na Constituinte, de modo a garantir um novo espaço para a Educação Religiosa na legislação brasileira. Buscou-se,

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assim, definir o papel do Ensino Religioso no processo de escolarização em consonância ao modelo de educação que se pretendia naquele contexto.

As discussões iniciadas durante a Constituinte foram intensificadas com a promulgação da Constituição Federal, em 1988, por meio da organização de um movimento nacional, que buscou garantir o Ensino Religioso como disciplina escolar. A emenda constitucional para o Ensino Religioso foi a segunda maior emenda popular que deu entrada na Assembleia Constituinte e contou com 78 mil assinaturas. Assim, na década de 1980, no processo de redemocratização do país, as tradições religiosas asseguraram o direito à liberdade de culto e de expressão religiosa.

Nessa conjuntura, o Estado do Paraná elaborou o Currículo Básico para a Escola Pública do Paraná, em 1990. Na primeira edição do documento, o Ensino Religioso não foi apresentado como as demais disciplinas. Dois anos depois, foi publicado um caderno para o Ensino Religioso, conforme os moldes do Currículo Básico. Sua elaboração, no entanto, ficou sob a responsabilidade da Assintec, com a colaboração da SEED.

No âmbito legal, o Ensino Religioso ofertado na Rede Pública Estadual atendia às orientações da Resolução SEED n. 6.856/93, que, além de reiterar o estabelecido anteriormente entre a SEED e a Assintec, definia orientações para oferta do Ensino Religioso nas escolas. No entanto, esse documento perdeu validade nas gestões que se sucederam, especialmente a partir da promulgação da nova LDBEN 9.394/96.

No período entre 1995 a 2002, houve um enfraquecimento da disciplina de Ensino Religioso na Rede Pública Estadual do Paraná, acentuado a partir de 1998. Nesse período, marcado pela otimização dos recursos para a educação, o Ensino Religioso ainda não havia sido regulamentado pelo Conselho Estadual de Educação, de modo que sua oferta ficou restrita às escolas onde havia professor efetivo na disciplina.

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Na reorganização das matrizes curriculares do Ensino Fundamental, realizada nesse período, o Ensino Religioso foi praticamente extinto, mesmo diante da exigência legal de sua oferta pela LDBEN 9.394/96.

No ano de 1996, o MEC elaborou os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), mas não incluiu, nesse documento, o Ensino Religioso. A seguir, o assunto tornou-se tema de discussão pelo Fonaper. Pela primeira vez, educadores de várias tradições religiosas conseguiram elaborar uma proposta educacional e, finalmente, em 1997, foi publicado o PCN de Ensino Religioso. Diferentemente das outras disciplinas, não foi elaborado pelo MEC, mas passou a ser uma das principais referências para a organização do currículo de Ensino Religioso em todo o país.

O Conselho Estadual de Educação do Paraná, em 2002, aprovou a Deliberação 03/02, que regulamentou o Ensino Religioso nas Escolas Públicas do Sistema Estadual de Ensino do Paraná. Com a aprovação dessa deliberação, a SEED elaborou a Instrução Conjunta n. 001/02 do DEF/SEED, que estabeleceu as normas para esta disciplina na Rede Pública Estadual. No inicio da gestão 2003-2006, o Estado retomou a responsabilidade sobre a oferta e organização curricular da disciplina no que se refere à composição do corpo docente dos conteúdos da metodologia, da avaliação e da formação continuada de professores.

No final de 2005, a SEED encaminhou os questionamentos oriundos desse processo de discussão com os Núcleos Regionais de Educação e com os professores ao Conselho Estadual de Educação (CEE). Em 10 de fevereiro de 2006, o mesmo Conselho aprovou a Deliberação n. 01/06, que instituiu novas normas para o Ensino Religioso no Sistema Estadual de Ensino do Paraná.

Em fevereiro de 2006, na primeira versão das Diretrizes Curriculares de Ensino Religioso para a Educação Básica. De acordo com o princípio de abertura constante a novas ideias, esse documento foi continuamente submetido a discussões e a apreciação por parte dos professores da Rede

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Pública Estadual de Ensino, dos representantes dos Núcleos Regionais de Educação para os assuntos pedagógicos e, também, dos professores do Ensino Superior interessados na questão do Ensino Religioso. O resultado final, mas não conclusivo, deste processo é a proposta de implementação de um Ensino Religioso laico e de forte caráter escolar .

2. OBJETIVO GERAL DA DISCIPLINA

Analisar e compreender o Sagrado como o cerne da experiência religiosa, proporcionar o conhecimento dos elementos básicos que compõem o fenômeno religioso no universo cultural e explicar a experiência religiosa que perpassa pelas diferentes culturas expressas tanto nas religiões mais sedimentares como em outras manifestações mais recentes.

3. PROPOSTA CURRICULAR DE ENSINO RELIGIOSO

6º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS

PAISAGEM RELIGIOSA

UNIVERSO SIMBÓLICO RELIGIOSO

TEXTO SAGRADO

- Organizações Religiosas

- Lugares Sagrados

-Textos sagrados orais ou específicos

-Símbolos Religiosos7º ANO

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CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS

PAISAGEM RELIGIOSA

UNIVERSO SIMBÓLICO RELIGIOSO

TEXTO SAGRADO

- Temporalidade sagrada

- Festas Religiosas

- Ritos

- Vida e morte

4. METODOLOGIA

Propor encaminhamento metodológico para a disciplina de Ensino Religioso, mais do que planejar formas, métodos, conteúdos ou materiais a serem adotados em sala de aula, pressupõe um constante repensar das ações que subsidiam esse trabalho, pois, uma abordagem nova de um conteúdo escolar leva, inevitavelmente, a novos métodos de investigação, análise e ensino.

Nas aulas baseadas na pedagogia tradicional os conteúdos eram trabalhados com ênfase no estudo confessional. A transmissão desse conhecimento era feita a partir da exposição de conteúdos sem oportunidade para análises ou questionamentos. A aprendizagem se dava de forma receptiva, passiva, sem um contexto reflexivo, de modo que ao aluno restava a memorização e a aceitação.

O trabalho pedagógico proposto nas diretrizes para a disciplina de Ensino Religioso ancora-se na perspectiva da superação dessas práticas tradicionais que marcaram o ensino.

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Propõe-se um encaminhamento metodológico baseado na aula dialogada, isto é, partir da experiência religiosa do aluno e de seus conhecimentos prévios para, em seguida, apresentar o conteúdo que será trabalhado.

Os conhecimentos prévios dos alunos são compostos por uma visão de senso comum, empírica, sincrética, na qual quase tudo, aparece como natural, portanto o professor, por sua vez, deve posicionar-se de forma clara, objetiva e crítica quanto ao conhecimento sobre o Sagrado e seu papel sócio-cultural. Assim, exercerá o papel de mediador entre os saberes que o aluno já possui e os conteúdos a serem trabalhados em sala de aula.

Inicialmente o professor anuncia aos alunos o conteúdo que será trabalhado e dialoga com eles para verificar o que conhecem sobre o assunto e que uso fazem desse conhecimento em sua prática social cotidiana.

Sugere-se que o professor faça um levantamento de questões ou problemas envolvendo essa temática para que os alunos identifiquem o quanto já conhecem a respeito do conteúdo, ainda que de forma caótica. Evidencia-se, assim, que qualquer assunto a ser desenvolvido em aula está, de alguma forma, presente na prática social dos alunos.

Num segundo momento didático propõe-se a problematização do conteúdo por meio da identificação dos principais problemas postos pela prática social. Esta etapa pressupõe a elaboração de questões que articulem o conteúdo em estudo à vida do educando. É o momento da mobilização do aluno para a construção do conhecimento.

A abordagem teórica do conteúdo, por sua vez, pressupõe sua contextualização, pois o conhecimento só faz sentido quando associado ao contexto histórico, político e social. Ou seja, estabelecem-se relações entre o que ocorre na sociedade, o objeto de estudo da disciplina, nesse caso, o Sagrado, e os conteúdos estruturantes. A interdisciplinariedade é

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fundamental para efetivar a contextualização do conteúdo, pois articulam-se os conhecimentos de diferentes disciplinas curriculares e, ao mesmo tempo, assegura-se a especificidade dos campos de estudo do Ensino Religioso.

Para efetivar esse processo de ensino-aprendizagem com êxito faz-se necessário abordar cada expressão do Sagrado do ponto de vista laico, não religioso. Assim, o professor estabelecerá uma relação pedagógica frente ao universo das manifestações religiosas, tomando-o como construção histórico-social e patrimônio cultural da humanidade.

Ao considerar a diversidade de referenciais teóricos para as aulas, torna-se recomendável que o professor dê prioridade às produções de pesquisadores da respectiva da manifestação do Sagrado em estudo para evitar fontes de informação comprometidas com interesses de uma ou outra tradição religiosa. Tal cuidado é importante porque, como estratégia de valorização da própria doutrina ou como meio de atrair novos adeptos, há produções de cunho confessional que buscam legitimar seus pressupostos e, por essa razão, desqualificam outras manifestações.

É preciso respeitar o direito à liberdade de consciência e a opção religiosa do educando, razão pela qual a reflexão e a análise dos conteúdos valorizarão aspectos reconhecidos como pertinentes ao universo do Sagrado e da diversidade sociocultural.

Portanto, para a efetividade do processo pedagógico na disciplina de Ensino Religioso, propõe-se que seja destacado o conhecimento das bases teóricas que compõem o universo das diferentes culturas, nas quais se firmam o Sagrado e suas expressões coletivas por meio pesquisas bibliográficas, leituras de textos diversos, como músicas, lendas e demais, montagem de painel/cartaz, entrevistas com roteiro de perguntas, trechos de filmes para evidenciar e aproximar os conceitos do Ensino Religioso, do meio contemporâneo, organização de danças e encenações de textos e músicas como peças de teatros.

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396 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - 2011

O professor em seu Plano de Trabalho Docente deverá especificar em cada conteúdo as metodologias de trabalho em sala de aula que favoreça a participação constante e ativa dos alunos.

Os conteúdos de História e Cultura afro-brasileira, africana e indígena (Lei nº11.645/08); Geografia e História do Paraná (Lei nº13381/01); Música (Lei 11.769/08); Prevenção ao uso indevido de drogas, sexualidade humana; Educação Ambiental ( Lei 9795/99) Dec.4201/02; Educação Fiscal; Enfretamento à violência contra a Criança e ao Adolescente ( Lei Federal nº 11525/07;Educação Tributária Dec. nº1143/99, portaria nº 413/02, serão abordados de forma contextualizada aos conceitos de ensino de Ensino Religioso sempre que for possível a articulação entre os mesmos.

5. AVALIAÇÃO

O Ensino Religioso utiliza-se da avaliação como elemento integrador entre a aprendizagem do educando e a atuação do educador na construção do conhecimento. Esta avaliação tem pressupostos e se desenvolve em etapas para cada tema desenvolvido, com base nos seguintes critérios:

inicial: reconhecimento no convívio social dos educandos dos grupos culturais/religiosos diferentes, crenças e expressões religiosas presentes na turma;formativa: ampliamento do conhecimento do fenômeno religioso do educando pela percepção, análise e reflexão do dado sócio-religioso da turma;final: aferimento dos resultados e dos objetivos alcançados.

Os instrumentos para acompanhar a aprendizagem são comuns do processo de ensino, desde que correspondam à forma de desenvolver o Ensino Religioso: observação, reflexão e informação no respeito à

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diversidade cultural, religiosa do Brasil, e vedadas quaisquer formas de proselitismo.

O educando será avaliado pela aquisição de conhecimento e capacidade de reflexão sobre experiências religiosas percebidas; compreensão e análise do significado do conteúdo apresentado para a vida e a apreensão das atitudes e valores diferenciadas como consequência do fenômeno religioso que o instigue para a busca respostas às suas perguntas existenciais: quem sou, de onde vim, para onde vou?

Espera-se que o aluno: Estabeleça discussões sobre o sagrado numa perspectiva laica; Desenvolva uma cultura de respeito à diversidade religiosa e

cultural; Reconheça que o fenômeno religioso é um dado de cultura e de

identidade de cada grupo social. Para a verificação da aprendizagem serão utilizados instrumentos e critérios diversificados tais como:

1. Atividade de leitura – a avaliação de leitura possibilita ao professor verificar a compreensão dos conteúdos abordados em aula e, nesse sentido, faz-se necessário a escolha criteriosa do texto, o roteiro de análise e os critérios de avaliação, de forma a permitir a reflexão e a discussão, bem como a ampliação de conhecimento.Critérios: O aluno:

Compreende as ideias presentes no texto e interage com o texto por meio de questionamentos, concordâncias ou discordâncias.

Ao falar sobre o texto, expressa suas ideias com clareza e sistematiza o conhecimento de forma adequada.

Estabelece relações entre o texto e o conteúdo abordado em sala de aula.

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2- Projeto de Pesquisa Bibliográfica - a solicitação de uma pesquisa exige enunciado claro e recortes precisos do que se pretende.Critérios:o aluno, quanto:

a contextualização, identifica a situação e o contexto com clareza; ao problema, apresenta de forma clara, objetiva o tema levantado,

delimitando o foco da pesquisa na busca de solução; a justificativa, aponta argumentos sobre a importância da pesquisa; O aluno, na escrita, remete-se aos textos lidos, por meio de citações

ou paráfrases, referenciando-os adequadamente.

3. Produção de Texto - a atividade de produção escrita deve considerar a característica dialógica e interativa da linguagem e o processo interlocutivo. Portanto, precisa ser relacionada ao que se escreve fora da escola, atendendo aos diferentes gêneros textuais. CritériosO aluno:

produz textos atendendo às circunstâncias de produção (gênero, interlocutor, finalidade, etc.)

Adequa a linguagem às exigências do contexto de produção, dando-lhe diferentes graus de formalidade ou informalidade, atendendo especificidades da disciplina em termos de léxico, de estrutura;

Expressa as ideias com clareza (coerência e coesão); Elabora argumentos consistentes; Estabelece relações entre as partes do texto; Estabelece relação entre a tese e os argumentos elaborados para

sustentá-la.

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4. Palestra/Apresentação Oral - a atividade de palestra/apresentação oral possibilita ao aluno demonstrar sua compreensão a respeito do conteúdo abordado, bem como argumentar, organizar e expor suas ideias.

CritériosO aluno:

demonstra conhecimento do conteúdo; apresenta argumentos selecionados; demonstra sequência lógica e clareza na apresentação; faz uso de recursos para ajudar na sua produção.

5. Atividades Experimentais – estas atividades requerem clareza no enunciado e propiciam ao aluno criar hipóteses sobre o fenômeno que está ocorrendo, levando em consideração as dúvidas, o erro, o acaso, a intuição, de forma significativa. Nessa atividade, o aluno pode expressar sua compreensão do fenômeno experimentado, do conceito a ser construído ou já construído, a qualidade da interação quando o trabalho se realiza em grupo, entre outras possibilidade.

CritériosO aluno ao realizar seu experimento:

registra as hipóteses e os passos seguidos; demonstra compreender o fenômeno experimentado; sabe usar adequadamente e de forma conveniente os materiais ; consegue utilizar apropriadamente o ambiente e os instrumentos

necessários.

6. Projeto de Pesquisa de Campo – essa atividade exige um planejamento prévio que demande a busca de informações nos lugares

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que se pretende trabalhar. Nesse sentido, colabora para a construção de conhecimentos e formação dos alunos como agentes sociais.

Critérios O aluno ao proceder sua pesquisa de campo:

registra as informações, no local de pesquisa; organiza e examina os dados coletados, conforme orientações; apresenta sua compreensão a respeito do conhecimento construído,

sua capacidade de análise dos dados coletados, capacidade de síntese;

atende ao que foi solicitado como conclusão do projeto (relatório, elaboração de croquis, produção de texto, cartazes, avaliação escrita, entre outros).

7- O Relatório - é um conjunto de descrições e análise da atividade desenvolvida, auxiliando no aprimoramento da habilidade escrita, possibilitando ainda, a reflexão sobre o que foi realizado e a reconstrução de seu conhecimento. No relatório deve apresentar quais dados ou informações foram coletadas ou desenvolvidas e como esses dados foram analisados, bem como quais resultados podem-se extrair deles.São elementos do relatório: introdução, metodologia e materiais, análise e considerações finais.

CritériosO aluno:

faz a introdução com informações que esclareçam a origem de seu relatório, apontando quais os objetivos da atividade, bem como a relevância do conteúdo abordado e dos conceitos construídos;

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descreve objetiva e claramente como se deu o trabalho ou atividade desenvolvida, possibilitando ao leitor a compreensão do que se está falando, ou para uma reflexão que permita que se aprimore a atividade.

faz a descrição dos dados coletados durante os procedimentos e dos resultados obtidos, estabelecendo uma relação entre eles e as discussões teóricas que deram origem à atividade. em questão.

8. Seminário - oportuniza a pesquisa, a leitura e a interpretação de textos. Trata-se de uma discussão rica de ideias, na qual cada um participa questionando, de modo fundamentado, os argumentos apresentados, colocando o estudante em contato direto com a atividade científica e engajando-o na pesquisa.

Critérios O aluno: demonstra consistência nos argumentos, tanto na apresentação

quanto nas réplicas; apresenta compreensão do conteúdo abordado (a leitura

compreensiva dos textos utilizados); faz adequação da linguagem; demonstra pertinência quanto as fontes de pesquisa; traz relatos para enriquecer a apresentação; faz adequação e toma como relevante as intervenções dos

integrantes do grupo que assiste a apresentação.

9. Debate – possibilita a exposição de ideias, avaliação dos argumentos, permitindo que haja turno de fala entre os ouvintes. Mas, para que isso ocorra, é preciso garantir a participação de todos.

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CritériosO aluno: aceita a lógica da confrontação de posições, ou seja, respeita os

pensamentos divergentes; ultrapassa os limites das suas posições pessoais; explicita racionalmente os conceitos e valores que fundamentam a

sua posição; faz uso adequado da língua portuguesa em situações formais; busca, por meio do debate, da persuasão e da superação de

posições particulares, uma posição de unidade, ou uma maior aproximação possível entre as posições dos participantes;

registra, por escrito, as ideias surgidas no debate; demonstra conhecimento sobre o conteúdo da disciplina envolvido

no debate; apresenta compreensão sobre o assunto específico debatido e sua

relação com o conteúdo da disciplina.

10. Atividades com textos literários - possibilita discussões acerca do conteúdo que está sendo discutido, no contexto de outra linguagem. Esse trabalho passa por três momentos necessários para sua efetivação: a escolha do texto, a elaboração da atividade em si (seja através de questões, seja por um roteiro de leitura), os critérios de avaliação.

CritériosO aluno:

compreende e interpreta a linguagem utilizada no texto; faz a articulação do conceito/conteúdo/tema discutido nas aulas

com o texto literário lido; reconhece os recursos expressivos específicos do texto literário.

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11- Atividades a partir de recursos Audiovisuais - o trabalho com filmes, documentários, músicas, teatro, entre outros. Qualquer que seja o recurso escolhido, é preciso considerar que o conteúdo abordado naquela mídia não está didatizado, vem apresentado em linguagem específica e com intencionalidade diferente daquela que existe na escola. A didatização do conteúdo cabe ao professor.

CritériosO aluno:

compreende e interpreta a linguagem utilizada; articula o conceito/conteúdo/tema discutido nas aulas com o

conteúdo apresentado pelo audiovisual; reconhece os recursos expressivos específicos daquele recurso.

12- Trabalho em grupo – desenvolve dinâmicas com pequenos grupos, na tentativa de proporcionar, aos alunos, experiências que facilitem o processo de aprendizagem. Nesse sentido, possibilita a interação social, conduzindo o aluno a compartilhar seu conhecimento. O trabalho em grupo pode ser proposto a partir de diferentes atividades, sejam elas, escritas, orais, gráficas, corporais, construção de maquetes, painéis, mural, jogos e outros, abrangendo os conhecimentos artísticos, filosóficos e científicos.

CritériosO aluno:

interage com o grupo; compartilha o conhecimento; demonstra os conhecimentos formais da disciplina, estudados em

sala de aula, na produção coletiva de trabalhos;

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compreende a origem da construção histórica dos conteúdos trabalhados e sua relação com a contemporaneidade e o seu cotidiano.

13. Questões discursivas - Essas questões possibilitam verificar a qualidade da interação do aluno com o conteúdo abordado em sala de aula. Uma questão discursiva possibilita que o professor avalie o processo de investigação e reflexão realizado pelo aluno durante a exposição/discussão do conteúdo, dos conceitos.

Além disso, a resposta a uma questão discursiva permite que o professor identifique com maior clareza o erro do aluno, para que possa dar a ele a importância pedagógica que tem no processo de construção do conhecimento.

CritériosO aluno:

Compreende o enunciado da questão. Planeja a solução, de forma adequada. Comunica-se por escrito, com clareza, utilizando-se da norma

padrão da língua portuguesa. Sistematiza o conhecimento de forma adequada

14- Questões objetivas

Este tipo de questão tem como principal objetivo a fixação do conteúdo.Uma questão objetiva deve apresentar um enunciado objetivo e esclarecedor, usando um vocabulário conceitual adequado, possibilitando ao aluno a compreensão do que foi solicitado. Para a construção desse tipo de questão o professor não deve desconsiderar um bom planejamento, ou seja, definir o grau de dificuldade

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de cada questão direcionada para cada série com vistas a não cometer injustiças.

CritériosO aluno:

Realiza leitura compreensiva do enunciado; Demonstra apropriação de alguns aspectos definidos do conteúdo; Utiliza de conhecimentos adquiridos.

No Plano de Trabalho Docente de acordo com o conteúdo trabalhado o professor apresentara de forma detalhada os instrumentos e critérios que serão adotados.

6. REFERÊNCIAS

BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996.

BRASIL, Lei 11.645, de 10 de março de 2008.

HOFFMANN, J. Avaliação mediadora: uma prática em construção da pré-escola à universidade. 20 ed. Porto Alegre: Mediação, 2003.

LUCKESI, C. C. Avaliação da aprendizagem escolar. 2 ed. São Paulo: Cortez, 1995.

PARANÁ.Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares – Ensino fundamental, Ensino Religioso , 2008

PARANÁ. Diretrizes Curriculares – Educação Inclusiva – Governo do Estado do Paraná – 2006

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PROJETO, Politico Pedagógico. Escola Estadual Getúlio Vargas – Ensino Fundamental, 2011.

REGIMENTO, Escolar. Escola Estadual Getúlio Vargas – Ensino Fundamental, 2008

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6.9 PROPOSTA CURRICULAR - LEM

LINGUA ESTRANGEIRA MODERNA - INGLÊS

1.0 APRESENTAÇAO GERAL DA DISCIPLINA DE LINGUA ESTRANGEIRA MODERNA- INGLÊS

Desde o início da colonização do Brasil e a implantação do Sistema Educacional Brasileiro o ensino de Línguas faz parte do Currículo.

Após a Segunda Guerra Mundial, a dependência econômica e cultural do Brasil em relação aos Estados Unidos intensificou-se. Com isso, a necessidade de aprender Inglês tornou-se cada vez maior, principalmente, pelo domínio dos Estados Unidos sobre a economia mundial, situação que fez do inglês a língua Universal, com predomínio em todo o Globo terrestre. Com o advento da Lei 9394/96, determinou-se a oferta obrigatória de pelo menos uma língua estrangeira moderna no ensino fundamental, a partir da 5ª série, do Ensino Fundamental conforme Artigo 26 parágrafo 5º:

§ 5º. Na parte diversificada do currículo será incluído, obrigatoriamente, a partir da quinta série, o ensino de pelo menos uma língua estrangeira moderna, cuja escolha ficará a cargo da comunidade escolar, dentro das possibilidades da instituição.

A aprendizagem de língua inglesa (LI) contribui para o processo educacional como um todo, indo muito além da aquisição de um conjunto de habilidades linguísticas, pois esta leva a uma nova percepção da natureza da linguagem, aumenta a compreensão de como a linguagem funciona e desenvolve maior consciência do funcionamento da própria língua materna. As aulas de LI devem servir como um espaço para que o aluno reconheça e compreenda a diversidade linguística cultural, oportunizando-o a

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engajar-se discursivamente e a perceber possibilidades de construção de significados em relação ao mundo que vive.

Essa compreensão inter-cultural promove, ainda, a aceitação das diferenças nas maneiras de expressão e de comportamento. Assim, colabora-se para a construção e para o cultivo, pelo aluno, de uma competência não só no uso de línguas estrangeiras, mas também na compreensão de outras culturas, pois para cada variante linguística e cada grupo cultural os valores sociais e culturais que lhes são atribuídos sofrem oscilações de valores, de acordo com os diferentes contextos sócio-culturais e históricos. Portanto, não adianta ensinar inglês dentro de uma perspectiva americana ou britânica se a realidade dos alunos brasileiros não é compatível com o que vem sendo trabalhado. Todo e qualquer discurso ou matéria deverá vir ao encontro do cotidiano dos alunos, para que desta forma, a assimilação seja espontânea.

A aprendizagem da língua inglesa é também uma possibilidade de aumentar a auto-percepção do aluno como ser humano e como cidadão. Daí centrar-se no engajamento discursivo do aluno, ou seja, em sua capacidade de se engajar e engajar outros no discurso de modo a agir no mundo social. Dessa maneira, o trabalho com as práticas discursivas pode ser justificado pela função social das línguas estrangeiras no país e também pelos objetivos realizáveis tendo em vista as condições existentes, tornando-se função primordial na escola.

O Inglês, língua hegemônica, oportuniza acesso à ciência e à tecnologia modernas, à comunicação inter-cultural e ao mundo dos negócios, sendo certamente um diferenciador sócio-cultural. Entretanto, a posição dominante do inglês nos campos de negócios, na cultura popular e nas relações acadêmicas internacionais coloca-o paradoxalmente como a língua do poder econômico e dos interesses sociais, constituindo-se em possível ameaça para as demais línguas. Nesse sentido, torna-se ainda mais necessária a sua aprendizagem, a fim de se criar condições para a

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negociação, a troca e a integração, desde que haja consciência crítica suficiente até para se formular contra-discursos culturais em relação às desigualdades entre países e grupos sociais para que os alunos passem de meros consumidores passivos de cultura e de conhecimento a criadores ativos, pois o uso de uma língua estrangeira é uma forma a mais de agir no mundo para transformá-lo e melhorá-lo.

A partir do ano de 2003, a Secretaria de Estado da Educação do Paraná, propõe a reestruturação do Currículo da Escola Pública, optando pela linha teórica bahtiniana, como eixo norteador para o Ensino de Língua Estrangeira Moderna – Inglês, cujos conhecimentos identificam e organizam os campos de estudos considerados fundamentais para a compreensão do objeto de estudo, estabelecendo o Discurso enquanto prática social como Conteúdo Estruturante, envolvendo as práticas discursivas da leitura, escrita e oralidade.

Os conteúdos específicos são desdobrados a partir do Conteúdo Estruturante, tendo como referência, o texto, contemplado em seus elementos linguístico discursivo.

2.0 - CONTEÚDO ESTRUTURANTE :

O DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL

2.1 - CONTEÚDOS BÁSICOS

Os conteúdos básicos a serem desenvolvidos em Língua Estrangeira em cada série do Ensino Fundamental devem ser pautados no desenvolvimento das três práticas discursivas. Para tanto, devem centrar-se como eixo gerador o texto significativo, trabalhado em sua diversidade. Para o trabalho com as práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística, serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de circulação. Caberá ao

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professor fazer a seleção de gêneros, nas diferentes esferas, de acordo com o Projeto Político Pedagógico, com a Proposta Pedagógica Curricular, com o Plano Trabalho Docente, ou seja, em conformidade com as características da escola e com o nível de complexidade adequado a cada uma das séries.

Ensino Fundamental: 6º Ano

1- Gêneros Textuais

- Marcas do Gênero- Conteúdo Temático- Estilo- Elementos Composicionais- Esfera social de circulação- Suporte

2- Práticas discursivas de:

LEITURA ORALIDADE ESCRITA

Tema do texto; Interlocutor; Finalidade; Aceitabilidade do texto; Informatividade; Léxico; Repetição proposital de

Tema do texto; Finalidade; Papel do locutor e interlocutor; Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...; Adequação do

Tema do texto; Interlocutor; Finalidade do texto; Informatividade; Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos

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palavras; Semântica: - operadores argumentativos; Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem.

discurso ao gênero; Turnos de fala; Variações linguísticas; Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos.

gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem; Ortografia; Concordância verbal/nominal.

Ensino Fundamental: 7º Ano

1- Gêneros Textuais - Marcas do Gênero

- Conteúdo Temático- Estilo- Elementos Composicionais

- Esfera social de circulação - Suporte

2- Práticas discursivas de:

LEITURA ORALIDADE ESCRITA

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412 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - 2011

Tema do texto; Interlocutor; Finalidade; Aceitabilidade do texto; Informatividade; Léxico; Repetição proposital de palavras; Situacionalidade; Informações explícitas; Discurso direto e indireto. Semântica: operadores argumentativos; ambiguidade; sentido conotativo e denotativo das palavras no texto; expressões que denotam ironia e humor no texto.

Tema do texto; Interlocutor; Finalidade do texto; Informatividade; Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem; Ortografia;Concordância verbal/nominal.

Tema do texto; Finalidade; Papel do locutor e interlocutor; Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...; Adequação do discurso ao gênero; Turnos de fala; Variações linguísticas; Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos.

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413 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - 2011

Ensino Fundamental: 8º Ano

1- Gêneros Textuais

- Marcas do Gênero- Conteúdo Temático- Estilo- Elementos Composicionais- Esfera social de circulação- Suporte

2- Práticas discursivas de:

LEITURA ORALIDADE ESCRITA

Tema do texto;Interlocutor;Finalidade;Aceitabilidade do texto;Informatividade;Léxico;Repetição proposital de palavras;Semântica: -operadores argumentativos;Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes

Intertextualidade;Vozes sociais presentes no texto;Semântica:- operadores argumentativos;- ambiguidade;- significado das palavras;- sentido conotativo e denotativo;- expressões que denotam ironia e humor no texto.

Tema do texto;Finalidade;Papel do locutor e interlocutor;Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...;Adequação do discurso ao gênero;Turnos de fala;Variações linguísticas;Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição,

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414 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - 2011

gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem.Intertextualidade;Vozes sociais presentes no texto;

recursos semânticos.Elementos semânticos;Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc);Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.

Ensino Fundamental: 9º Ano

1- Gêneros Textuais- Marcas do Gênero- Conteúdo Temático- Estilo- Elementos Composicionais- Esfera social de circulação- Suporte

2- Práticas discursivas de:

LEITURA ORALIDADE ESCRITA Tema do texto; Interlocutor; Finalidade; Aceitabilidade do texto;

Tema do texto; Interlocutor; Finalidade do texto; Informatividade; Marcas linguísticas:

Tema do texto; Finalidade; Papel do locutor e interlocutor; Elementos

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415 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - 2011

Informatividade; Léxico; Repetição proposital de palavras; Semântica operadores argumentativos; Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem. Temporalidade; Discurso direto e indireto; Polissemia.

coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem; Ortografia; Concordância verbal/nominal. Temporalidade; Discurso direto e indireto; Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; Polissemia; Processo de formação de palavras.

extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...; Adequação do discurso ao gênero; Turnos de fala; Variações linguísticas; Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos. Semântica.

3.0- ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

Para a realização do trabalho norteado pelo discurso e em atendimento ao que propõem as DCE (2008, p.63) ao apontar que,

o trabalho com a Língua Estrangeira em sala parte do entendimento do papel das línguas nas sociedades como mais que meros instrumentos de acesso à informação: as línguas estrangeiras são possibilidades de conhecer, expressar e transformar modos de entender o mundo e de construir significados, far-se-á um estudo que considere a funcionalidade da língua alvo, propiciando que o educando vivencie situações concretas de uso dessa língua.

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416 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - 2011

Para tanto, elaborar-se-á atividades que envolvam diferentes gêneros discursivos que permeiam as práticas sociais; a função social de cada texto, o conteúdo temático, o estilo, os elementos composicionais, bem como a problemática dos elementos da situação de comunicação que condicionam o funcionamento de todo ato de linguagem (quem fala, sobre o que fala, com quem fala, com qual finalidade, qual o suporte), perpassando pelas questões linguísticas, sócio-pragmáticas (análise da língua em seu contexto de uso, considerando os aspectos sociais), culturais e discursivas.Na realização das atividades de leitura com o texto haverá exploração do conhecimento prévio do aluno referente ao tema que será abordado por meio de exposição de idéias e questionamentos feitos pelo professor; pré- leitura e, em seguida, uma leitura mais aprofundada com o objetivo de extrair informações mais específicas e assim proporcionar uma maior compreensão dos mesmos; pós-leitura através de debates, projetos, filmes, etc., e tarefas realizadas em duplas ou grupos para favorecer a interação social na construção do conhecimento através da língua. No tocante a oralidade os estudantes terão acesso a textos orais, pertencentes aos diferentes discursos, os quais possibilitarão que se familiarizem com sons específicos da língua que está aprendendo. Serão incentivados a expressarem suas ideias na língua alvo, respeitando seu nível linguístico. Com relação à escrita serão propostas atividades sócio-interativas, significativas, com delimitação do gênero, da finalidade, da temática, do objetivo da produção, do suporte, da esfera social de circulação e do locutor e do interlocutor, para que o aluno perceba o uso real da língua. Possíveis atividades a serem realizadas com vistas ao desenvolvimento das práticas discursivas de leitura, oralidade e escrita:

Atividades de leitura nos níveis de compreensão, inferência e interpretação;

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417 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - 2011

Atividades para a construção de significados: estratégias de seleção, de antecipação, de verificação;

Atividades de leitura compartilhadas e individuais; Atividades de observação da gestão monológica do texto: locutor e

leitor ausentes nos textos produzidos pelos alunos; Planejamento, leitura e revisão do texto produzido pelos alunos; Atividades que propiciem o estudo do tipo discursivo predominante

(da ordem do expor ou do narrar) e das sequências narrativa, argumentativa, injuntiva, descritiva, dialogal;

Atividades que abordem os mecanismos de coesão por conexão, por coesão nominal e verbal, bem como tratem de unidades gramaticais, lexicais e sintáticas;

Atividades envolvendo a pontuação e paragrafação; Atividades relacionadas às dificuldades de escrita diagnosticadas.

A presente proposta também contempla a inclusão da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena” nos conteúdos a serem trabalhados, de acordo com o que for oportunizado pelo texto, dada a importância que essa temática traz para a construção de um Estado Democrático de Direito, de acordo com o que dispõe a Constituição da República Federativa do Brasil e a obrigatoriedade de seu ensino, segundo as Diretrizes Curriculares Nacionais, bem como a Deliberação Estadual 04/06.Os recursos didáticos e tecnológicos para a realização das atividades da prática da leitura, da oralidade, da escrita serão: livros e revistas, fitas de vídeo, DVDs, CDs, TV Multimídia, cartazes, desenhos, recortes, letras de músicas, e cópias de atividades diversas.

4.0 CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA

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A avaliação será conduzida tendo em vista o cumprimento dos objetivos da disciplina, tendo como pressuposto a capacidade dos alunos em desenvolver os conhecimentos planejados ao longo do processo escolar. A avaliação de LI objetiva subsidiar discussões acerca das dificuldades e avanços dos alunos a partir de suas produções, no processo de ensino aprendizagem e será:

formal – acontece a cada instante da relação com os estudantes por meio de diferentes instrumentos avaliativos;

contínua – permite avaliar o grau de aprendizagem do estudante ao longo do período, neste caso, bimestralmente, de modo contínuo e cumulativo do desempenho, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos;

diagnóstica – verifica como está o processo de construção do conhecimento, se a metodologia está dando resultado efetivos e a partir destas constatações toma-se decisões e promove mudanças em relação à continuidade do trabalho,

formativa – após avaliar o processo como um todo, realimenta-se o processo para sanar falhas e atingir objetivos proposto sempre priorizando o repensar sobre as ações e não o resultado;

somativa – dá uma visão geral, de maneira concentrada, dos resultados obtidos no processo de ensino e aprendizagem. Sua aplicação informa quanto ao nível de aprendizagem alcançada; visa a atribuição de notas; fornece feedback ao aluno, de forma que os aspectos qualitativos prevaleçam sobre os quantitativos.Ao se adotar a perspectiva do trabalho com o texto significativo,

seja ele verbal ou não verbal, o processo avaliativo será norteado, principalmente, pela avaliação formativa, a qual se fundamenta nos processos de aprendizagem, em seus aspectos cognitivos, afetivos e relacionais; partindo de aprendizagens significativas e funcionais que se

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aplicam em diversos contextos e se atualizam o quanto for preciso para que o estudante possa se apropriar do conhecimento.

Sob esse enfoque, adota-se como princípio fundamental que deve-se avaliar o que se ensina, encadeando a avaliação no processo de ensino-aprendizagem, ou seja, parte-se da avaliação inicial, retomando sempre que necessário o processo de aprendizagem, até que se chegue à avaliação final.

Ao longo do processo, as avaliações serão constantes e deverão abranger:

a aprendizagem escrita (produção de texto de gêneros variados, respostas discursivas, relatórios)

a aprendizagem oral (apresentação oral, seminário, debate) a aprendizagem de leitura (atividade de leitura compreensiva de

textos, questões discursivas e questões objetivas) atividades extra classe serão solicitadas como complementação dos

estudos de sala de aula e de acordo com o Plano de Trabalho Docente.

4.1 - INSTRUMENTOS E CRITÉRIOS AVALIATIVOS:

Atividades de leitura compreensiva de textos: Ao fazer uso deste instrumento, os professores deverão considerar se o aluno: compreende as ideias presentes no texto; interage com o texto por meio de questionamentos, concordância ou discordâncias; fala sobre o texto, expressa suas ideais com clareza e sistematiza o conhecimento de forma adequada; estabelece relações entre o texto e o conteúdo abordado em sala.

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Projeto de pesquisa Bibliográfica: Ao fazer uso deste instrumento, os professores deverão considerar se o aluno: apresenta em seu texto os seguintes passos:

Contextualização – introdução ao tema; Problema - questões levantadas sobre o tema; Justificativa argumentando sobre a importância da pesquisa; Consulta bibliográfica - texto produzido pelo aluno a partir das

leituras que fez, através de paráfrases, citações referenciando adequadamente;

Referência – cita as fontes pesquisadas.

Produção de textos: Ao fazer uso deste instrumento, os professores deverão considerar se o aluno: atende as três etapas articuladas da prática escrita como: planeja o que será produzido, faz a escrita da primeira versão sobre a proposta apresentada a partir daí, revisa, reestrutura e reescreve o texto na perspectiva da intencionalidade definida. A partir disso, o professor observará se o aluno: produz o texto atendendo as circunstâncias de produção (gênero, interlocutor, finalidades, etc.); expressa as idéias com clareza (coerência e coesão); adequa a linguagem às exigências do contexto de produção, dando diferentes graus de formalidade ou informalidade, atende os termos de léxico, de estrutura; elabora argumentos consistentes; respeita o tema; estabelece relações entre as partes do texto e estabelece relação entre a tese e os argumentos elaborados para sustentá-la.

Palestra/apresentação Oral: Ao fazer uso deste instrumento, os professores deverão considerar se o aluno: demonstra conhecimento do conteúdo; apresenta argumentos selecionados; adequa a linguagem; apresenta sequência lógica e clareza na exposição oral e se usa os recursos adequadamente.

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Relatório: Ao fazer uso deste instrumento, os professores deverão considerar se o aluno atende aos seguintes tópicos: 1. Introdução: fornece informações iniciais apresentando o trabalho (atividade) que deu origem ao relatório, apontando quais são (foram) os objetivos desta atividade, bem como a relevância do conteúdo abordado, dos conceitos construídos.2. Metodologia e materiais: descreve, objetiva e claramente, como realmente se deu o trabalho ou atividade desenvolvida. Embora seja uma descrição suscinta, não pode omitir informações que sejam relevantes para que o leitor compreenda a respeito do que se está falando, ou para que o leitor faça uma reflexão que permita o aprimoramento da atividade.3. Análise:. consta os elementos e situações interessantes que tenham acontecido. É importante, na análise, que se estabeleçam as relações entre a atividade, os procedimentos realizados e o objeto de estudo que deram origem à atividade em questão.4. Considerações Finais: apresenta os resultados obtidos de forma crítica, confrontando-os com os objetivos da atividade realizada. Este é um item importante, pois vai possibilitar que o aluno faça a apreciação sobre o trabalho(atividade) realizado, seus objetivos, a aprendizagem alcançada.

Seminário: Ao fazer uso deste instrumento, os professores deverão considerar se o aluno: apresenta os argumentos com consistência; compreende o conteúdo abordado, faz adequação da linguagem, faz uso e referencia as fontes de pesquisa com pertinência, traz relatos para o enriquecimento da apresentação, adequação e relevância das intervenções dos integrantes do grupo que assiste a apresentação.

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Debate: Ao fazer uso deste instrumento, os professores deverão considerar se o aluno: aceita a lógica da confrontação de posições; está disposto e aberto a ultrapassar os limites das suas posições pessoais; explicita racionalmente os conceitos e valores que fundamentam a posição e admite o caráter, por vezes contraditório, da sua argumentação; faz uso adequado da língua portuguesa em situações formais; apresenta o conhecimento sobre o conteúdo da disciplina envolvido no debate, demonstra compreensão do assunto específico debatido e sua relação com o conteúdo da disciplina.

Atividades com textos literários: Ao fazer uso deste instrumento, os professores deverão considerar se o aluno: compreende e interpreta a linguagem utilizada no texto; articula o conceito/conteúdo/tema discutido nas aulas com o texto literário lido; reconhece os recursos expressivos específicos do texto literário.

Atividades a partir de recursos Audiovisuais: Ao fazer uso deste instrumento, os professores deverão considerar se o aluno: compreende e interpreta a linguagem utilizada; articula o conceito/conteúdo/tema discutido nas aulas com o conteúdo apresentado pelo audiovisual; reconhece os recursos expressivos específicos daquele recurso.

Trabalho de grupo: Ao fazer uso deste instrumento, os professores deverão considerar se o aluno: demonstra conhecimentos formais da disciplina, estudados em sala de aula, na produção coletiva de trabalhos na sala de aula ou em espaços diferenciados; compreende a origem da construção histórica dos conteúdos trabalhados e sua relação com a contemporaneidade.

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Questões discursivas: Ao fazer uso deste instrumento, os professores deverão considerar se o aluno: demonstra compreensão do enunciado da questão; comunica por escrito, com clareza utilizando-se da norma padrão da Língua Portuguesa, sistematiza o conhecimento de forma adequada.

Questões objetivas: Ao fazer uso deste instrumento, os professores deverão considerar se o aluno: realiza leitura compreensiva do enunciado; demonstra apropriação de alguns aspectos definidos do conteúdo; é capaz de utilizar os conhecimentos adquiridos e principalmente a fixação do conteúdo. Será oportunizada ao estudante a recuperação de estudos de forma permanente e concomitante ao processo de ensino e aprendizagem. A recuperação será organizada com atividades significativas, por meio de procedimentos didático-metodológicos diversificados e os resultados da recuperação serão incorporados às avaliações efetuadas durante o processo, constituindo-se em mais um componente do aproveitamento.

Para o fechamento da nota bimestral serão somados os valores atribuídos em cada instrumento avaliativo, de forma a atender o que consta no Projeto Político Pedagógico do estabelecimento e também as orientações da LDB, conforme segue:

A avaliação da aprendizagem terá os registros de notas expressos em uma escala de 0,0 (zero vírgula zero) a 10,0 (dez vírgula zero).

Para a promoção e a certificação a média final mínima exigida é de 6,0 (seis vírgula zero).Quando não houver entendimento do conteúdo por parte de algum

aluno, se fará a recuperação de estudos que se dará concomitante a explicação e a recuperação de nota será feita mediante avaliação formal quando o aluno não alcançar a média.

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REFERÊNCIABAKHTIN, M. (Volochinov). “Os gêneros do discurso”. in: Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, p.279-326, 2000.

BRASIL. Lei Nº 11.645, de 10 Março de 2008 .

_______ . Lei n. 10.639, de 9 de janeiro de 2003.

_______ . Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. In: BRASIL/MEC. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília: MEC, 1996.

LUCKESI, C.C. Avaliação da aprendizagem escolar. São Paulo: Cortez, 1995.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares da Educação Básica. Língua Estrangeira Moderna. Curitiba, 2008.

________. Grupo de Estudo de 2008. Disponível em http://www.seed.pr.gov.br/portals/bancoquestaoavaliativa/OrientacoesGeraisGE 2008.pdf?PHPSESSID=2010080411160589 acesso em 04/08/2010.

PROJETO. Político Pedagógico da Escola Estadual Getúlio Vargas, 2006. Atualizado em Outubro de 2010.

REGIMENTO. Escolar da Escola Estadual Getúlio Vargas. 2008.

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