SUMÁRIO - static.recantodasletras.com.brstatic.recantodasletras.com.br/arquivos/4451496.pdfgírias...

29
SUMÁRIO CAPÍTULO I: A NECESSIDADE DA INOVAÇÃO NO ENSINO 5 1.1 INTRODUÇÃO 5 1.2 A APROXIMAÇÃO DA ALFABETIZAÇÃO ELETRÔNICA NO ENSINO DE IDIOMAS 6 CAPÍTULO II: CONHECENDO SUAS ORIGENS ATRAVÉS DOS TEMPOS 8 2.1 HISTÓRIA DA LÍNGUA INGLESA 8 2.2 OS CELTAS 8 2.3 A PRESENÇA ROMANA 8 2.4 OS ANGLO-SAXÕES 9 2.5 A INTRODUÇÃO DO CRISTIANISMO 9 2.6 OLD ENGLISH 10 2.7 MIDDLE ENGLISH 10 2.8 THE GREAT VOWEL SHIFT 12 2.9 MODERN ENGLISH 12 2.10 SHAKESPEARE 13 2.11 AMERICAN ENGLISH 14 2.12 RESUMO CRONOLÓGICO 14 CAPÍTULO III: A TECNOLOGIA NO AUTO-ENSINO DE LÍNGUAS 17 3.1 O INGLÊS COMO LÍNGUA DO MUNDO 17 3.2 O COMPUTADOR NO ENSINO 17 3.3 A INTERNET NO ENSINO 19 3.4 E O QUE TRAZ DE NOVO O COMPUTADOR 20 3.5 O PAPEL DO PROFESSOR E O PROCESSO DE INSERÇÃO DE TECNOLOGIA NA SALA DE AULA 23 3.6 AFINAL, O QUE BUSCAR NA INTERNET??? 27 3.7 ORGANOGRAMA DO APRENDIZADO ADQUIRIDO NA INTERNET 28 3.8 TABELA COMPARATIVA DA ALFABETIZAÇÃO ELETRÔNICA 29 3.9 COMUNICAÇÃO LIVRE E MAIS ACENTUADA 29 3.10 CONSIDERAÇÕES FINAIS 31 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 32

Transcript of SUMÁRIO - static.recantodasletras.com.brstatic.recantodasletras.com.br/arquivos/4451496.pdfgírias...

Page 1: SUMÁRIO - static.recantodasletras.com.brstatic.recantodasletras.com.br/arquivos/4451496.pdfgírias que nem sempre são ensinadas na sala de aula, e isso faz com que os alunos sintam

SUMÁRIO

CAPÍTULO I: A NECESSIDADE DA INOVAÇÃO NO ENSINO 5

1.1 INTRODUÇÃO 5

1.2 A APROXIMAÇÃO DA ALFABETIZAÇÃO ELETRÔNICA NO ENSINO DE IDIOMAS 6

CAPÍTULO II: CONHECENDO SUAS ORIGENS ATRAVÉS DOS TEMPOS 8

2.1 HISTÓRIA DA LÍNGUA INGLESA 8

2.2 OS CELTAS 8

2.3 A PRESENÇA ROMANA 8

2.4 OS ANGLO-SAXÕES 9

2.5 A INTRODUÇÃO DO CRISTIANISMO 9

2.6 OLD ENGLISH 10

2.7 MIDDLE ENGLISH 10

2.8 THE GREAT VOWEL SHIFT 12

2.9 MODERN ENGLISH 12

2.10 SHAKESPEARE 13

2.11 AMERICAN ENGLISH 14

2.12 RESUMO CRONOLÓGICO 14

CAPÍTULO III: A TECNOLOGIA NO AUTO-ENSINO DE LÍNGUAS 17

3.1 O INGLÊS COMO LÍNGUA DO MUNDO 17

3.2 O COMPUTADOR NO ENSINO 17

3.3 A INTERNET NO ENSINO 19

3.4 E O QUE TRAZ DE NOVO O COMPUTADOR 20

3.5 O PAPEL DO PROFESSOR E O PROCESSO DE INSERÇÃO DE TECNOLOGIA NA SALA DE AULA 23

3.6 AFINAL, O QUE BUSCAR NA INTERNET??? 27

3.7 ORGANOGRAMA DO APRENDIZADO ADQUIRIDO NA INTERNET 28

3.8 TABELA COMPARATIVA DA ALFABETIZAÇÃO ELETRÔNICA 29

3.9 COMUNICAÇÃO LIVRE E MAIS ACENTUADA 29

3.10 CONSIDERAÇÕES FINAIS 31

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 32

Page 2: SUMÁRIO - static.recantodasletras.com.brstatic.recantodasletras.com.br/arquivos/4451496.pdfgírias que nem sempre são ensinadas na sala de aula, e isso faz com que os alunos sintam

2

CAPÍTULO I

A NECESSIDADE DA INOVAÇÃO NO ENSINO

1.1 INTRODUÇÃO

O objetivo deste trabalho de cunho bibliográfico é reunir conteúdo de

pesquisa sobre a origem e evolução da língua inglesa, e traçar um paralelo de

comparação sobre o seu ensino através dos tempos, chegando até os dias de hoje,

onde a informática na educação tem tido grande evolução, especialmente no ensino

e aprendizagem da língua inglesa.

Sabe-se que nos dias de hoje, com o mundo informatizado e

globalizado, as fronteiras virtuais estão abertas a todos os que aderem à

modernidade. Não há mais limites no ensino e aprendizagem, e a distância já não é

um empecilho para quem está determinado a adquirir conhecimentos.

O papel do professor na sala de aula já não é o mesmo de antes,

independente do que ele ensine. A necessidade de aperfeiçoamento é cada vez

maior e constante, e o educador deixa de ser o detentor do conhecimento e passa a

ser o mediador dentro da sala de aula.

Especialmente no ensino de línguas, o educador se deparará com

situações adversas de conhecimentos de seus alunos adquiridos no dia a dia, e nem

sempre estando a altura de responder de imediato.

Em todas as línguas há os famosos jargões, as expressões locais e as

gírias que nem sempre são ensinadas na sala de aula, e isso faz com que os alunos

sintam a necessidade de buscar fora esse conhecimento, e com certeza, na maioria

das vezes, além do dicionário, a Internet será obra de consulta.

As novas tecnologias informacionais de comunicação, notadamente os

computadores e softwares têm transformado de forma radical a vida de nossa

sociedade nos últimos anos. No que se refere à educação, a discussão sobre o

papel das novas tecnologias educacionais no processo de ensino-aprendizagem é

de extremo interesse para se discutir os rumos que a educação vai tomar com sua

inserção. Esta pesquisa visa principalmente analisar que tipo de modificação está

acontecendo no processo de trabalho docente com a implantação de novas

Page 3: SUMÁRIO - static.recantodasletras.com.brstatic.recantodasletras.com.br/arquivos/4451496.pdfgírias que nem sempre são ensinadas na sala de aula, e isso faz com que os alunos sintam

3

tecnologias educacionais, bem como novas posturas do profissional perante tais

inovações.

1.2 A APROXIMAÇÃO DA ALFABETIZAÇÃO ELETRÔNICA NO ENSINO DE IDIOMAS

Durante a última década, profissionais de ensino da língua inglesa

tentaram uma variedade de métodos para fazer o uso da Internet promover o ensino

e a prática da língua. Porém, a Internet é muito mais que uma ferramenta

pedagógica. Está se tornando uma das mídias primárias de alfabetização e

comunicação prática na era atual. O número calculado de usuários mundiais da

Internet saltou para 130 milhões em agosto 1998, e continua a uma taxa de 40-50%

ao ano, com taxas de crescimento na China, Indonésia, e outros países em

desenvolvimento. O correio Eletrônico (e-mail) está ultrapassando a conversação via

telefone, e agora é usado como a ferramenta de comunicação freqüentemente mais

utilizada em certos setores empresariais. Enquanto isso, os estudantes de todas as

idades têm que aprender a achar, compartilhar, e tem que interpretar informações

on-line. " como parte de uma troca necessária" (Lemke, 1998). Até mesmo na esfera

pessoal, a Internet se tornou uma arena principal para entretenimento e socialização

no E.U.A. e outros países desenvolvidos e em desenvolvimento. Assim, não é

nenhum exagero dizer que o desenvolvimento de alfabetização e habilidades de

comunicação “on-line” é um sucesso em quase todos modos de vida.

Assim, no desenvolvimento e implementação da alfabetização

eletrônica, nós devemos questionar: Como os professores de ESL e EFL deveriam

fazer para obterem o melhor uso das oportunidades on-line no ensino de idioma,

ajudando os estudantes a desenvolverem a comunicação baseada em habilidades

de alfabetização? Que estratégias usar para se comunicarem com os estudantes on-

line? Que metas deveriam apontar os professores de idioma e que tipos de projetos

on-line poderiam usar para os estudantes cumprirem essas metas? Quais são os

recursos eletrônicos mais cruciais e as ferramentas que os professores deveriam

aprender, e assim poderem ensinar seus estudantes? Como os professores podem

encorajar os estudantes a se tornarem “autônomos”, e que podem continuar

aprendendo a se comunicar, administrar a pesquisa e apresentar as suas idéias,

Page 4: SUMÁRIO - static.recantodasletras.com.brstatic.recantodasletras.com.br/arquivos/4451496.pdfgírias que nem sempre são ensinadas na sala de aula, e isso faz com que os alunos sintam

4

usando a tecnologia de informação efetivamente além dos confins da classe ou do

semestre?

Para responder estas perguntas, nós começamos apresentando uma

armação conceitual para o desenvolvimento de alfabetização eletrônica. Nós

discutimos aplicações de sala de aula derivadas desta armação então. Finalmente,

nós examinamos as implicações de pesquisa de uma aproximação de alfabetização

eletrônica. Antes porém, seria interessante fazer uma análise comparativa da

evolução da língua inglesa, sua evolução através dos tempos, sua importância e seu

ensino, buscando visualizar a utilização de novas tecnologias na sala de aula. Esta

comparação é fundamental para análise das possíveis implicações na categoria

docente decorrente das novas tecnologias.

Page 5: SUMÁRIO - static.recantodasletras.com.brstatic.recantodasletras.com.br/arquivos/4451496.pdfgírias que nem sempre são ensinadas na sala de aula, e isso faz com que os alunos sintam

5

CAPÍTULO II

CONHECENDO SUAS ORIGENS ATRAVÉS DOS TEMPOS

2.1 HISTÓRIA DA LÍNGUA INGLESA

A língua inglesa é fruto de uma história complexa e enraizada num

passado muito distante.

Há indícios de presença humana nas ilhas britânicas já antes da última

era do gelo, quando as mesmas ainda não haviam se separado do continente

europeu e antes dos oceanos formarem o Canal da Mancha. Este recente fenômeno

geológico que separou as ilhas britânicas do continente, ocorrido há cerca de 7.000

anos, também isolou os povos que lá viviam dos conturbados movimentos e do

obscurantismo que caracterizaram os primórdios da Idade Média na Europa.

Sítios arqueológicos evidenciam que as terras úmidas que os romanos

vieram a denominar de Britannia já abrigavam uma próspera cultura há 8.000 anos,

embora pouco se saiba a respeito.

2.2 OS CELTAS

A história da Inglaterra inicia com os Celtas. Por volta de 1000 a.C.,

depois de muitas migrações, vários dialetos das línguas indo-européias tornam-se

grupos de línguas distintos, sendo um desses grupos o celta. O povo celta chegou a

habitar as regiões hoje conhecidas como Espanha, França, Alemanha e Inglaterra e

o celta era o principal grupo de línguas na Europa. Os celtas se originaram

presumivelmente de populações que já habitavam a Europa na Idade do Bronze.

2.3 A PRESENÇA ROMANA

Em 55 e 54 a.C. ocorrem as primeiras invasões romanas de

reconhecimento, sob o comando pessoal de Júlio César. Em 44 A.D., à época do

Imperador Claudius, ocorre a terceira invasão, quando então a principal ilha britânica

é anexada ao Império Romano até os limites com a Caledônia (atual Escócia) e o

latim passa a exercer influência na cultura celta-bretã.

Page 6: SUMÁRIO - static.recantodasletras.com.brstatic.recantodasletras.com.br/arquivos/4451496.pdfgírias que nem sempre são ensinadas na sala de aula, e isso faz com que os alunos sintam

6

2.4 OS ANGLO-SAXÕES

Devido às dificuldades em Roma enfrentadas pelo Império, as legiões

romanas, em 410 A.D., se retiram da Britannia, deixando seus habitantes celtas à

mercê de inimigos (Scots e Picts). Uma vez que Roma já não dispunha de forças

militares para defendê-los, os celtas, em 449 A.D., recorrem às tribos germânicas

(Jutes, Angles, Saxons e Frisians) para ajuda. Estes, entretanto, de forma

oportunista, acabam tornando-se invasores, estabelecendo-se nas áreas mais férteis

do sudeste da Grã-Bretanha, destruindo vilas e massacrando a população local. Os

celtas-bretões sobreviventes refugiam-se no oeste. Prova da violência dos invasores

é o fato de que quase não ficaram traços da língua celta no inglês.

São os dialetos germânicos falados pelos anglos e pelos saxões que

vão dar origem ao inglês. A palavra England, por exemplo, originou-se de Angle-land

(terra dos anglos). A partir daí, a história da língua inglesa é dividida em três

períodos: Old English, Middle English e Modern English. A primeira metade do

século I, quando ocorreram as invasões germânicas, marca o início do período

denominado Old English.

2.5 INTRODUÇÃO DO CRISTIANISMO

Em 597 A.D. a igreja manda missionários liderados por Santo

Agostinho para converter os anglo-saxões ao cristianismo. O processo de

cristianização ocorre gradual e pacificamente, marcando o início da influência do

latim sobre a língua germânica dos anglos-saxões, origem do inglês moderno. Esta

influência ocorre de duas formas: introdução de vocabulário novo referente à religião

e adaptação do vocabulário anglo-saxão para cobrir novas áreas de significado. A

necessidade de reprodução de textos bíblicos representa também o início da

literatura inglesa.

A introdução do cristianismo representou também a rejeição de

elementos da cultura celta e associação dos mesmos à bruxaria. A observação

ainda hoje de Halloween na noite de 31 de outubro é exemplo remanescente de

cultura celta na visão do cristianismo.

Page 7: SUMÁRIO - static.recantodasletras.com.brstatic.recantodasletras.com.br/arquivos/4451496.pdfgírias que nem sempre são ensinadas na sala de aula, e isso faz com que os alunos sintam

7

Àquele período, a Inglaterra encontra-se dividida em sete reinos anglo-

saxões e o Old English, então falado, na verdade não era uma única língua, mas sim

uma variedade de diferentes dialetos.

Os dialetos do inglês antigo de antes do cristianismo eram línguas

funcionais para descrever fatos concretos e atender necessidades de comunicação

diária. O vocabulário de origem greco-latina introduzido pela cristianização expandiu

a linguagem anglo-saxônica na direção de conceitos abstratos.

Ao final do Século 8, iniciam os ataques dos Vikings contra a

Inglaterra. Originários da Escandinávia, estes povos usavam de violência e seus

ataques causaram destruição em muitas regiões da Europa. Os vikings que se

estabeleceram na Inglaterra eram predominantemente provenientes da Dinamarca e

falavam dinamarquês. Estes mais de 200 anos de presença de dinamarqueses na

Inglaterra naturalmente exerceu influência sobre o Old English. Entretanto, devido à

semelhança entre as duas línguas, torna-se difícil determinar esta influência com

precisão.

2.6 OLD ENGLISH

Old English, também denominado Anglo-Saxon, comparado ao inglês

moderno, é uma língua quase irreconhecível, tanto na pronúncia, quanto no

vocabulário e na gramática. Para um falante nativo de inglês hoje, das 54 palavras

do Pai Nosso em Old English, menos de 15% são reconhecíveis na escrita, e

provavelmente nada seria reconhecido ao ser pronunciado. A correlação entre

pronúncia e ortografia, entretanto, era muito mais próxima do que no inglês

moderno. No plano gramatical, as diferenças também são substanciais. Em Old

English, os substantivos declinam e têm gênero (masculino, feminino e neutro), e os

verbos são conjugados.

2.7 MIDDLE ENGLISH

O elemento mais importante do período que corresponde ao Middle

English foi, sem dúvida, a forte presença e influência da língua francesa no inglês.

Page 8: SUMÁRIO - static.recantodasletras.com.brstatic.recantodasletras.com.br/arquivos/4451496.pdfgírias que nem sempre são ensinadas na sala de aula, e isso faz com que os alunos sintam

8

Essa verdadeira transfusão de cultura franco-normanda na nação anglo-saxônica,

que durou três séculos, resultou principalmente num aporte considerável de

vocabulário – nada mais. Isto demonstra que, por mais forte que possa ser a

influência de uma língua sobre outra, esta influência normalmente não vai além de

um enriquecimento de vocabulário, dificilmente afetando a pronúncia ou a estrutura

gramatical.

O passar dos séculos e as disputas que acabaram ocorrendo entre os

normandos das ilhas britânicas e os do continente, provocam o surgimento de um

sentimento nacionalista e, pelo final do Século 15, já se torna evidente que o inglês

havia prevalecido. Até mesmo como linguagem escrita, o inglês já havia substituído

o francês e o latim como língua oficial para documentos. Também começava a surgir

uma literatura nacional.

Muito vocabulário novo foi incorporado com a introdução de novos

conceitos administrativos, políticos e sociais, para os quais não havia equivalentes

em inglês. Em alguns casos, entretanto, já existiam palavras de origem germânica,

as quais, ou acabaram desaparecendo, ou passaram a coexistir com os

equivalentes de origem francesa, em princípio como sinônimos, mas, com o tempo,

adquirindo conotações diferentes.

Seguem abaixo alguns exemplos:

Anglo-Saxão

Kingly

help

begin

hide

hunt

bill

Francês

royal

aid

commence

conceal

chase

beak

Além da influência do francês sobre seu vocabulário, o Middle English

se caracterizou também pela gradual perda de declinações, pela neutralização e

perda de vogais atônicas em final de palavra e pelo início do Great Vowel Shift.

Page 9: SUMÁRIO - static.recantodasletras.com.brstatic.recantodasletras.com.br/arquivos/4451496.pdfgírias que nem sempre são ensinadas na sala de aula, e isso faz com que os alunos sintam

9

2.8 THE GREAT VOWEL SHIFT

Uma acentuada mudança na pronúncia das vogais do inglês ocorreu

principalmente durante os séculos 15 e 16. Praticamente todos os sons vogais,

inclusive ditongos, sofreram alterações e algumas consoantes deixaram de ser

pronunciadas. De uma forma geral, as mudanças das vogais corresponderam a um

movimento na direção dos extremos do espectro de vogais.

O sistema de sons vogais da língua inglesa antes do século 15 era

bastante semelhante ao das demais línguas da Europa ocidental, inclusive do

português de hoje. Portanto, a atual falta de correlação entre ortografia e pronúncia

do inglês moderno, que se observa principalmente nas vogais, é, em grande parte,

conseqüência desta mudança ocorrida no século 15.

2.9 MODERN ENGLISH

Enquanto que o Middle English se caracterizou por uma acentuada

diversidade de dialetos, o Modern English representou um período de padronização

e unificação da língua. O advento da imprensa em 1475 e a criação de um sistema

postal em 1516 possibilitaram a disseminação do dialeto de Londres - já então o

centro político, social e econômico da Inglaterra. A disponibilidade de materiais

impressos também deu impulso à educação, trazendo o alfabetismo ao alcance da

classe média.

A reprodução e disseminação de uma ortografia finalmente

padronizada, entretanto, coincidiu com o período em que ocorria ainda a Great

Vowel Shift. As mudanças ocorridas na pronúncia a partir de então, não foram

acompanhadas de reformas ortográficas, o que revela um caráter conservador da

cultura inglesa. Temos aí a origem da atual falta de correlação entre pronúncia e

ortografia no inglês moderno. D’Eugenio assim explica o que ocorreu:

O processo de padronização da língua inglesa iniciou em princípios do

século dezesseis com o advento da litografia, e acabou fixando-se nas presentes

formas ao longo do século dezoito, com a publicação dos dicionários de Samuel

Johnson (figura ao lado) em 1755, Thomas Sheridan em 1780 e John Walker em

1791. Desde então, a ortografia do inglês mudou em apenas pequenos detalhes,

Page 10: SUMÁRIO - static.recantodasletras.com.brstatic.recantodasletras.com.br/arquivos/4451496.pdfgírias que nem sempre são ensinadas na sala de aula, e isso faz com que os alunos sintam

10

enquanto que a sua pronúncia sofreu grandes transformações. O resultado disto é

que hoje em dia temos um sistema ortográfico baseado na língua como ela era

falada no século 18, sendo usado para representar a pronúncia da língua no século

20. (319, minha tradução)

Da mesma forma que os primeiros dicionários serviram para

padronizar a ortografia, os primeiros trabalhos descrevendo a estrutura gramatical

do inglês influenciaram o uso da língua e trouxeram alguma uniformidade gramatical.

Durante os séculos 16 e 17 ocorreu o surgimento e a incorporação definitiva do

verbo auxiliar do para frases interrogativas e negativas. A partir do Século 18 passou

a ser considerado incorreto o uso de dupla negação numa mesma frase como, por

exemplo: She didn't go neither.

2.10 SHAKESPEARE

William Shakespeare (1564-1616), representou uma forte influência no

desenvolvimento de uma linguagem literária. Sua imensa obra é caracterizada pelo

uso criativo do vocabulário então existente, bem como pela criação de palavras

novas. Substantivos transformados em verbos e verbos em adjetivos, bem como a

livre adição de prefixos e sufixos e o uso de linguagem figurada são freqüentes nos

trabalhos de Shakespeare.

Ao mesmo tempo em que a literatura se desenvolvia, o colonialismo

britânico do Século 19, levava a língua inglesa a áreas remotas do mundo,

proporcionando contato com culturas diferentes e trazendo novo enriquecimento ao

vocabulário do inglês.

Desde o início da era cristã até o Século 19, seis idiomas chegaram a

ser falados na Inglaterra: Celta, Latim, Old English, Norman French, Middle English e

Modern English. Essa diversidade de influências explica o fato de ser o inglês uma

língua menos sistemática e menos regular, quando comparado às línguas latinas e

mesmo ao alemão. Poderia nos levar a concluir também que o inglês de hoje pode

ser comparado a uma colcha feita de retalhos de tecidos de origem das mais

diversas.

Page 11: SUMÁRIO - static.recantodasletras.com.brstatic.recantodasletras.com.br/arquivos/4451496.pdfgírias que nem sempre são ensinadas na sala de aula, e isso faz com que os alunos sintam

11

2.11 AMERICAN ENGLISH

A esperança de alcançar prosperidade e os anseios por liberdade de

religião foram os fatores que determinaram a colonização da América do Norte. A

chegada dos primeiros imigrantes ingleses em 1620, marca o início da presença da

língua inglesa no Novo Mundo.

À época da independência dos Estados Unidos, em 1776, quando a

população do país chegava perto de 4 milhões, o dialeto norte-americano já

mostrava características distintas em relação aos dialetos das ilhas britânicas. O

contato com a realidade de um novo ambiente, com as culturas indígenas nativas e

com o espanhol das regiões adjacentes ao sul colonizadas pela Espanha, provocou

um desenvolvimento no vocabulário diverso do inglês britânico.

Hoje, entretanto, as diferenças entre os dialetos britânicos e norte-

americanos estão basicamente na pronúncia, além de pequenas diferenças no

vocabulário. Ao contrário do que aconteceu entre Brasil e Portugal, Estados Unidos

da América e Inglaterra mantiveram fortes laços culturais, comerciais e políticos.

Enquanto que o português ao longo de 4 séculos se desenvolveu em dois dialetos

substancialmente diferentes em Portugal e no Brasil, as diferenças entre os dialetos

britânico e norte-americano são menos significativas.

2.12 RESUMO CRONOLÓGICO

10.000 - 6.000 a.C. - Sítios arqueológicos evidenciam a presença do homem nas

terras que encontravam-se ainda unidas ao continente europeu e que os romanos

posteriormente viriam a denominar de Britannia.

1.200 - 500 a.C. - Celtas se estabelecem na Europa e ilhas britânicas.

55 e 54 a.C. - Primeiras incursões romanas de reconhecimento, sob o comando de

Júlio César.

44 A.D. - Legiões romanas, à época do Imperador Claudius, invadem e anexam a

principal ilha britânica.

50 A.D. - Os romanos fundam Londinium às margens do Tâmisa.

410 A.D. - Legiões Romanas se retiram das ilhas britânicas para defender Roma de

ataques dos bárbaros.

Page 12: SUMÁRIO - static.recantodasletras.com.brstatic.recantodasletras.com.br/arquivos/4451496.pdfgírias que nem sempre são ensinadas na sala de aula, e isso faz com que os alunos sintam

12

450 - 550 A.D. - Tribos germânicas (anglos e saxões) se estabelecem na Britannia

após a saída das legiões romanas. Início do período Old English.

500 - 1100 - Período que corresponde ao Old English.

465 A.D. - Suposta data de nascimento do lendário Rei Artur.

597 A.D. - Chegada de Santo Agostinho e seus missionários para converter os

Anglo-Saxões ao cristianismo. Inicia o primeiro período de influência do latim na

língua anglo-saxônica.

600 A.D. - A Inglaterra encontra-se dividida em 7 reinos anglo-saxões.

787 - 1000 A.D. - Ataques escandinavos (Vikings).

871 A.D. - Coroação do King Alfred, rei dos saxões do oeste, reconhecido como rei

da Inglaterra após ter expulsado os Vikings.

1066 - Batalha de Hastings, em que os franceses normandos, liderados por William,

derrotam Harold, conquistando a Inglaterra e dando início a um período de 350 anos

de forte influência do francês sobre o inglês.

1100 - 1500 - Período que corresponde ao Middle English.

1204 - King John, Rei da Inglaterra, entra em conflito com o Rei Philip da França,

marcando o início de um novo período de valorização do sentimento nacionalista

inglês.

1300 - Robert of Gloucester faz referência à língua inglesa como sendo ainda uma

língua falada na Inglaterra apenas por "low people".

1362 - Inglês é usado, pela primeira vez, na abertura do Parlamento Inglês.

1400 - 1600 - Período em que ocorrem com mais intensidade as mudança de vogais

(Great Vowel Shift).

1475 - Advento da imprensa, dando início a uma padronização da ortografia e

levando à disseminação da forma ortográfica do dialeto de Londres.

1500 até hoje - Período correspondente ao Modern English.

1516 - Henrique VIII cria o primeiro sistema postal da Inglaterra.

1564 - Nascimento de William Shakespeare.

1611 - A Igreja da Inglaterra publica a King James Bible, que exerceu grande

influência na linguagem de então.

1620 - Os Pilgrims chegam à America do Norte e estabelecem a Colônia de

Plymouth.

1755 - Samuel Johnson publica A Dictionary of the English Language, trazendo

estabilidade à língua inglesa.

Page 13: SUMÁRIO - static.recantodasletras.com.brstatic.recantodasletras.com.br/arquivos/4451496.pdfgírias que nem sempre são ensinadas na sala de aula, e isso faz com que os alunos sintam

13

1762 - Bishop Robert Lowth publica Short Introduction to English Grammar, a

primeira gramática influente da língua inglesa.

1776 - Declaração da independência dos Estados Unidos.

1700 - 1900 - Revolução Industrial, a qual alavancou o poderio econômico da

Inglaterra, permitindo a expansão do colonialismo britânico e conseqüentemente da

língua inglesa no século 19.

1945 - Fim da segunda guerra mundial, que marca o início de um período de

influência político-militar dos EUA e uma conseqüente influência econômica e

cultural decisiva nos dias de hoje. É a era do surgimento dos computadores de

grande porte, primeiramente utilizado pelo poderio militar dos EUA.

1980 - 1990 - Surgimento da Internet. À partir daí, dá-se início à popularização do

computador pessoal, como ferramenta útil de trabalho, aprendizado e diversão.

Page 14: SUMÁRIO - static.recantodasletras.com.brstatic.recantodasletras.com.br/arquivos/4451496.pdfgírias que nem sempre são ensinadas na sala de aula, e isso faz com que os alunos sintam

14

CAPÍTULO III

A TECNOLOGIA NO AUTO-ENSINO DE LÍNGUAS

3.1 O INGLÊS COMO LÍNGUA DO MUNDO

Fatos históricos recentes explicam o atual papel do inglês como língua

do mundo.

Em primeiro lugar, o grande poderio econômico da Inglaterra no

século 19, alavancado pela Revolução Industrial, e a conseqüente expansão do

colonialismo britânico, o qual chegou a alcançar uma vasta abrangência geográfica e

provocou uma igualmente vasta disseminação da língua inglesa.

Em segundo lugar, o poderio político-militar do EUA a partir da

segunda guerra mundial e a marcante influência econômica e cultural resultante,

acabaram por deslocar o francês como língua predominante nos meios diplomáticos

e solidificar o inglês na posição de padrão das comunicações internacionais.

Simultaneamente, ocorre um rápido desenvolvimento do transporte aéreo e das

tecnologias de telecomunicação. Surgem os conceitos de information superhighway

e global village para caracterizar um mundo no qual uma linguagem comum de

comunicação é imprescindível.

3.2 O COMPUTADOR NO ENSINO

O uso do computador no ensino, é um tema acerca do qual muito se

poderá dizer. Assim pode-se abordar este tema sob vários aspectos, como por

exemplo:

• Quais as vantagens do seu uso;

• De que forma deve ser utilizado;

• Quais os problemas inerentes à sua utilização;

• Qual o estado atual da sua implementação nas escolas.

Num mundo em que o computador invade o meio em que vivemos e

se afirma como uma ferramenta de grande valor, imprescindível na organização e

desenvolvimento de todas as sociedades minimamente desenvolvidas, é evidente

Page 15: SUMÁRIO - static.recantodasletras.com.brstatic.recantodasletras.com.br/arquivos/4451496.pdfgírias que nem sempre são ensinadas na sala de aula, e isso faz com que os alunos sintam

15

que este constitui também uma ferramenta de valor para o ensino e que a sua

utilização neste, não deve sequer ser posta em causa.

O não aproveitamento das potencialidades do computador no ensino,

seria o mesmo que continuarmos a andar a cavalo em vez de utilizarmos os meios

de transporte modernos, imprescindíveis para o ritmo da vida da sociedade atual;

continuarmos a comunicar com sinais de fumo, rejeitando os meios de comunicação

que a tecnologia moderna criou e dos quais a nossa civilização depende, para

sobreviver e evoluir.

Estando a sociedade moderna dependente do computador, já que

como se verifica este invade cada vez em maior escala os nossos lares e locais de

trabalho, é, por si só, uma razão válida para que em qualquer escola se recorra ao

uso dos computadores de modo que a formação decorra num ambiente que esteja

de acordo com o meio extra-escolar. Além disso, o computador permite um fácil

acesso a uma vastíssima fonte de informação e a ferramentas que vão desde uma

simples enciclopédia ou dicionário multimídia, até programas de treino de

habilidades ou de vocabulário em línguas estrangeiras etc., a linguagens de

programação, certos jogos (que apesar de desenvolvidos para o lazer, podem

permitir interessantes usos educacionais), os programas que possibilitam a

realização de simulações permitindo a vivência de situações difíceis ou até

perigosas de realizar e aquele que é sem dúvida um dos grandes eventos deste fim

de século em termos de comunicação: a Internet. Esta rede mundial de

computadores que será sem dúvida o meio de comunicação, de informação, de

pesquisa à escala mundial, sem comparação possível com qualquer outro existente

e que por isso mesmo será um dos meios que maior contribuição irá dar para o

desenvolvimento de todo o processo ensino/aprendizagem no futuro.

O uso do computador no ensino deverá definir uma mudança radical

no próprio processo ensino/aprendizagem. O simples fato de colocar um computador

nas salas de aula não é suficiente para o aproveitamento das suas potencialidades,

em relação ao ensino. Só haverá retornos positivos se os professores estiverem

muito bem preparados.

Hoje em dia, já é freqüente encontrarmos um bom número de

professores com conhecimentos mínimos de informática, o que até alguns anos

atrás não acontecia.

Page 16: SUMÁRIO - static.recantodasletras.com.brstatic.recantodasletras.com.br/arquivos/4451496.pdfgírias que nem sempre são ensinadas na sala de aula, e isso faz com que os alunos sintam

16

3.3 A INTERNET NO ENSINO

A Internet, embora possa ser considerada um fenômeno recente, está

em constante evolução. Os instrumentos disponíveis evoluíram, novas tecnologias

foram modeladas, os conteúdos presentes na rede multiplicaram-se de forma

exponencial e, o mais importante de tudo, os seus usuários também mudaram. A

Internet entrou no dia-a-dia das pessoas como uma forma globalmente acessível de

comunicar. Como anteriormente tinha acontecido com outras formas de

comunicação, como o telefone ou o telemóvel, hoje é possível a comunicação na

Internet em qualquer parte do mundo.

Mas são ainda muitos aqueles que não têm acesso à rede. Muitos são

apenas utilizadores ocasionais. A Internet não está difundida de modo homogêneo,

quer em Portugal, quer no resto do mundo. Existem ainda muitos alunos e

professores que não conhecem a Rede, por escolha ou por impossibilidade. Muitos

alunos, não possuem computador em casa, por isso, apenas podem acessar a rede

na escola. Este fato aumenta as responsabilidades da escola, nomeadamente dos

professores, na divulgação deste meio de comunicação.

A Internet é muitas vezes, apontada como um novo recurso educativo

à disposição dos professores e educadores em geral, mas poucos são ainda os que

apresentam propostas que a integrem no dia a dia da prática letiva. Os professores

têm um papel essencial a desempenhar no processo de banalização deste recurso

de enormes potencialidades que é a Internet. Pelo seu papel no sistema global de

ensino e pelo exemplo que podem constituir, é essencial que se mantenham atentos

às inovações. Qualquer um de nós é capaz de ver que a sociedade mudou. E a

escola ? Terá mudado assim tanto?

Se quisermos uma escola atrativa, que congregue os alunos, esta

deverá estar sempre na vanguarda. Se a escola não acompanhar as mudanças que

se operam na sociedade, isto é, se resistir à inovação, corre o risco, de se ir

tornando anacrônica, de veicular apenas conhecimentos livrescos, e de não

conseguir manter o prestígio que outrora granjeou.

Os professores não podem ficar à margem desta “novidade”. Eles

precisam conhecer a organização da Internet, o modo de aceder-lhe e os recursos

que pode disponibilizar, para dela poderem tirar partido, em benefício das suas

práticas letivas.

Page 17: SUMÁRIO - static.recantodasletras.com.brstatic.recantodasletras.com.br/arquivos/4451496.pdfgírias que nem sempre são ensinadas na sala de aula, e isso faz com que os alunos sintam

17

3.4 E O QUE TRAZ DE NOVO O COMPUTADOR?

Este tipo de pergunta, vulgar, poderá ser a formulada por certas visões

pessimistas e céticas, que serão provavelmente motivadas ou pela falta de

informação ou por uma perspectiva errada sobre o papel do computador no ensino.

Os céticos argumentam que haveria uma desumanização com o uso

da máquina, com a eliminação do contato entre o aluno e o professor.

Este é um argumento frágil contra o uso da informática. O aluno, de

fato, somente irá prescindir do contato com o professor se este se restringir (como

classicamente o faz) a transmitir informações e conhecimentos. Os céticos, por sinal,

estão presos a este modelo de instrução e temem, portanto, a perda do papel

tradicional do professor.

Não se pretende, tampouco, que um aluno permaneça 10 ou 12 horas

diante de um computador. Portanto, a desumanização na informática tem a mesma

probabilidade de ocorrer como em qualquer uso exagerado de aparelhos

tecnológicos, como televisão, música etc.

A introdução da informática no ensino, não pode ser apenas

considerada uma mudança tecnológica. Não se trata apenas de substituir o quadro

preto ou o livro didático, pelo computador. Trata-se sim da introdução de mudanças

no modo como se aprende, nas formas de interação entre quem aprende e quem

ensina, na reflexão sobre a natureza do conhecimento. No entanto, o uso de novas

tecnologias no ensino, não é sempre associada a esta perspectiva.

As novas tecnologias têm sido sistematicamente consideradas como

tecnologias de substituição, incluindo a substituição do professor. Só recentemente,

se começou a considerar que as novas tecnologias não são tecnologias de

substituição, podendo, pelo contrário, originar novos processos de abordar velhas

idéias e velhas práticas, pelos mesmos atores.

O computador não substituirá o professor, mas modificará algumas

das suas funções, transformando-o no estimulador da curiosidade do aluno em

querer pesquisar, conhecer e buscar informações mais relevantes. O professor

deverá ser o agente primordial da nova escola.

Na iminência século XXI, o uso do computador na educação, continua

a constituir polêmica entre os que acreditam que o seu uso não fará grande

Page 18: SUMÁRIO - static.recantodasletras.com.brstatic.recantodasletras.com.br/arquivos/4451496.pdfgírias que nem sempre são ensinadas na sala de aula, e isso faz com que os alunos sintam

18

diferença e aqueles que crêem nas potencialidades de tal instrumento para a

melhoria do processo ensino-aprendizagem.

Para os que não acreditam, a utilização do computador na educação,

poderá tornar alguns dos seus aspectos um pouco mais eficazes; outros talvez mais

atrativos, mas não atingirá profundamente o modo de aprender e pensar dos alunos.

Os mais céticos pensam que a única função pedagógica do computador se resumirá

no auxílio ao professor no ensino de conteúdos tradicionais do currículo. Para além

destas, ou de outras visões mais ou menos céticas, existem ainda aqueles que

como professores, não se vêem a si próprios como permanentemente a aprender

sobre os assuntos que ensinam.

Existem aqueles para quem o computador não passa de uma

ferramenta para usar em bancos, secretarias ou outros serviços de administração.

São estes para quem, também, o computador se resume a uma máquina de

escrever, de jogos etc. Quem estabelece uma opinião sob este ponto de vista,

estará subestimando o potencial do computador e, por outro lado, concebe a

educação de uma maneira muito estreita. O desconhecimento ou uma abordagem

muito superficial sobre o que é um computador e o que realmente pode fazer, dão

razões, para que por parte dos professores, formem-se opiniões negativas e

desinteresse sobre o seu uso, servindo de refúgio para a não formação nesta área,

das novas tecnologias. Existem muitos docentes, principalmente dos mais antigos,

que não fazem idéia, por exemplo, do que é a Internet ou até mesmo de como se

servirem de um processador de texto.

Segundo 1Roger Schank, um crítico do sistema educacional, obrigar

crianças tão diferentes umas das outras a estudarem a mesma coisa, ao mesmo

tempo, no mesmo livro, na mesma página é um absurdo completo. Segundo ele

estudar é um desperdício de tempo. Quem se lembra depois do que decorou a noite

na véspera da prova? A melhor maneira de aprender é aprender fazendo. Cada um

de acordo com os seus próprios interesses e no seu ritmo individual. Schank

preconiza assim um ensino individualizado e personalizado. É aqui que aparece o

computador numa missão redentora facultada pela utilização de software educativo

de alto nível. Os alunos poderiam aprender estimulados pelas suas próprias

experiências, através de simulações multimídia.

1 Roger Schank é um dos principais pesquisadores da Inteligência Artificial nos EUA e diretor do ILS

(Inteligence the Institute for the Learning Sciences da Northwestern University.

Page 19: SUMÁRIO - static.recantodasletras.com.brstatic.recantodasletras.com.br/arquivos/4451496.pdfgírias que nem sempre são ensinadas na sala de aula, e isso faz com que os alunos sintam

19

Uma outra razão que justifica a utilização do computador no ensino, é

o fato de que à medida que se quer educar mais e mais gente, surgem problemas no

funcionamento sistema educativo onde cai, motivada por diversos fatores a

qualidade da informação, a motivação e o interesse. O computador poderá, através

da "facilidade" no seu uso, num ensino individualizado, ser o meio para solucionar o

problema da educação de massas, pois o velho sistema de educação só funcionou

bem quando a educação era acessível apenas às elites.

Estas visões refletem a necessidade do uso do computador nas salas

de aula, como suporte de uma reformulação de todo o sistema educativo sendo um

meio de preencher as lacunas que existem e de vencer as exigências da sociedade

de hoje e do futuro.

Claro que será utópico vermos surgir em curto prazo, escolas onde

existam computadores com ligações à Internet em cada sala de aula. Do mesmo

modo o software que existe, apesar da evolução verificada nos últimos anos, não foi

desenvolvido com vista à utilização num ensino informatizado a este nível.

Estamos longe de um ensino como o preconizado por Roger Schank,

e por outros, mas não podemos ficar indiferentes às vantagens que o uso do

computador pode, desde já, desempenhar no ensino.

Por fim é bom verificar que este aspecto não está sendo descurado

pelos governantes do nosso país. Assistimos há bem pouco tempo à informatização

das escolas do 2º e 3º Ciclos e à sua ligação à Internet, perspectivando-se o mesmo

em relação ao 1º Ciclo. Como já foi referido, na formação contínua dos professores,

uma grande porcentagem das ações abordam este tema, o que também é bom. A

partir daqui é preciso continuar a caminhada no sentido da criação de um novo

sistema de ensino centrado na exploração das potencialidades do computador, pois

o papel deste pode e deve, apesar de tudo, ser mais do que um simples

processador de texto, uma folha de cálculo, um dicionário ou enciclopédia, e o seu

uso estar confinado ás bibliotecas escolares e a salas de informática.

Page 20: SUMÁRIO - static.recantodasletras.com.brstatic.recantodasletras.com.br/arquivos/4451496.pdfgírias que nem sempre são ensinadas na sala de aula, e isso faz com que os alunos sintam

20

3.5 O PAPEL DO PROFESSOR E O PROCESSO DE INSERÇÃO DE TECNOLOGIA NA SALA DE AULA

Nos últimos tempos, tem havido uma grande valorização do uso da

tecnologia em sala de aula e, no que diz respeito ao ensino de língua estrangeira,

principalmente, a Língua Inglesa, essa questão tem sido mais fortemente

evidenciada. Um exemplo disso é o artigo de Andréa Lara de Moura Fernandes, da

UNIVAP, de São José dos Campos (1998/1999), com o título de "O Papel do

Professor e o Processo de Inserção de Tecnologia na Sala de Aula", que mostra a

importância do uso de tecnologia nas aulas de língua inglesa, devendo-se

considerar o papel do professor e o processo de inserção desta tecnologia. Afinal,

quando se trata de ensino envolvendo tecnologia, de acordo com meus

conhecimentos já adquiridos, isto implica em muitos fatores aos quais o professor

deve estar atento para que possa desenvolver um trabalho realmente coerente com

o que e como deve ser ensinado. E Fernandes comenta alguns desses fatores como

uma contribuição ao processo de ensino-aprendizagem da Língua Inglesa via uso de

recursos tecnológicos inovadores.

Nesse sentido, primeiramente, a autora faz um questionamento acerca

do acompanhamento das escolas com relação à evolução tecnológica e à

capacidade da instituição e dos seus educadores de desenvolver um trabalho

realmente eficaz com recursos tecnologicamente avançados. Questões importantes

sobre o preparo do professor para desempenhar novas funções no ensino de Língua

Inglesa são comentadas, tais como:

"Os professores estão preparados para utilizar o computador como

ferramenta de ensino?

Eles percebem claramente seu potencial para o processo de

ensino/aprendizagem e sabem adequar a tecnologia a seus objetivos instrucionais?

O professor tem condição de avaliar pedagogicamente um software ou

se impressiona, apenas, com o efeito plástico do material?"

Na minha opinião, estas questões tratam de um assunto delicado, na

verdade, pois tratam da competência profissional do professor e isto não se refere

apenas ao domínio lingüístico que o professor possui, mas a sua visão de mundo, o

seu conhecimento com o que é exterior ao conteúdo de sua área de ensino

especificamente. Por isso, acredito que é necessário não somente que o professor

Page 21: SUMÁRIO - static.recantodasletras.com.brstatic.recantodasletras.com.br/arquivos/4451496.pdfgírias que nem sempre são ensinadas na sala de aula, e isso faz com que os alunos sintam

21

esteja sempre atualizado, principalmente, com o que ocorre em termos de avanços

tecnológicos, mas que também se prepare para acompanhar de perto e na prática o

processo dessa evolução, além de como agir para utilizar os recursos disponíveis

adequadamente a fim de que seu papel no ensino de Língua Inglesa tenha sucesso.

Isto, certamente, não é um trabalho fácil, pois como a autora afirma, trata-se de uma

realidade muito diferente daquela para qual os professores foram preparados. Por

esta razão, a escola, então, sofre grande pressão para se adequar aos novos

paradigmas, uma vez que estamos vivendo a era do conhecimento, momento em

que a sociedade e o mercado de trabalho buscam habilidades como a "a integração

de tarefas, a cooperação e trabalho em equipe a iniciativa, a comunicação

globalizada, além do raciocínio e a capacidade de resolver problemas,

acrescentando resultados".

No entanto, como a autora comenta, a pressão que a escola vive

acaba se transformando numa urgência de se inserir a tecnologia na escola sem

sequer se fazer uma reflexão sobre suas implicações e a questão da

"modernização". Geralmente, o que se pensa é que uma vez instaladas as máquinas

e após o contrato de uma assessoria especializada para conduzir os recursos, o

ensino torna-se moderno. Assim, o aluno pensa que trata-se apenas de diversão,

pensando que irá apenas "jogar" no computador enquanto que o professor acredita

que seu trabalho passou a ser facilitado. Isso tudo ocorre pelo simples fato de o

professor não participar do processo de compra dos recursos tecnológicos, afinal, é

importante que se saiba o que comprar, por que comprar e para que comprar, a fim

de que não se sinta à margem dos acontecimentos, utilizando o computador

somente como uma "atividade nova, extraordinária, desvinculada de seu programa

de ensino", tentando recompensar o aluno por um bom comportamento, o que pode

ser uma motivação extrínseca com algum sucesso por algum sucesso por algum

tempo, que não se sabe o quanto durará. Então, o que se conclui é que a mudança

de uma era industrial para a de um conhecimento "implica em muito mais do que a

simples inserção de computadores no ambiente de ensino". Pois, de acordo com a

autora, como uma forma de tecnologia educacional, os computadores são comuns a

uma abordagem de ensino que é aberta, centrada no aluno, englobando um

conjunto de crenças, além de técnicas e estratégias sobre o processo de ensino-

aprendizagem.

Page 22: SUMÁRIO - static.recantodasletras.com.brstatic.recantodasletras.com.br/arquivos/4451496.pdfgírias que nem sempre são ensinadas na sala de aula, e isso faz com que os alunos sintam

22

Portanto, a autora deste artigo visa mostrar que a aplicação do uso de

tecnologia no ensino só será realizada se houver uma sintonia entre os recursos

tecnológicos e os objetivos educacionais, se as atividades elaboradas forem

apropriadas e se as estratégias que forem aplicadas promoverem uma integração da

tecnologia com a pedagogia. Diante do que a autora expõe, concordo com esta

realidade e acredito que os profissionais da área de língua estrangeira deveriam se

preocupar mais com estas questões se direcionando realmente para a realização da

integração entre a tecnologia e a pedagogia a fim de que possam desenvolver um

trabalho realmente eficaz e coerente com os objetivos educacionais. Para reafirmar

esta idéia, de acordo com Galligan (Fernandes, 1998/1999), a "explosão

tecnológica" só acontece adequadamente se for acompanhada de uma "explosão

pedagógica". Mas, primeiramente, deve-se compreender o papel do desempenho do

professor porque, como ressalta a autora, citando Galligan (1995), "It is the teacher’s

choices about how, when, where, why and with whom computers are used that

determine whether or not the technological pull is educationally beneficial."

Para isto, a referida pesquisadora questiona o potencial do

computador na Educação, ou seja, se vale a pena inserir tecnologia no ambiente

educacional ou se é necessário apenas reciclar professores e, ainda, qual é a

diferença entre a aprendizagem mediada pelo computador e aquela que não tem

seu auxílio. Então, com a finalidade de enfatizar os pontos positivos da contribuição

que a integração do computador à sala de aula pode trazer, Fernandes aponta

alguns fatores como a) a apresentação multisensorial do conteúdo trabalhado, que

coloca à disposição uma multiplicidade de canais sensoriais, tanto na forma verbal

como na visual; b) o uso do computador permitindo um aumento da auto-expressão

e aprendizagem ativa, propiciando maior interatividade entre alunos, bem como

maior envolvimento destes no processo de aprendizagem, além de uma motivação

para levá-lo a discutir, refletir e editar seus trabalhos interativamente; c) um terceiro

ponto é a aprendizagem cooperativa que também é facilitada pelo uso da tecnologia,

promovendo oportunidades para alunos trabalharem em grupos, realizando tarefas

que encorajam a cooperação e a interdependência; d) o computador geralmente é

considerado um meio de aumentar a motivação dos alunos, pois oferece situações

de interesse e relevantes para a aprendizagem criando expectativas de se obter

sucesso, além de produzir satisfação intrínseca ou extrínseca, mas é claro que para

Page 23: SUMÁRIO - static.recantodasletras.com.brstatic.recantodasletras.com.br/arquivos/4451496.pdfgírias que nem sempre são ensinadas na sala de aula, e isso faz com que os alunos sintam

23

que haja bons resultados os objetivos pedagógicos devem estar bem claros e

definidos; e) enfim, um outro ponto é a possibilidade de se individualizar o processo

de instrução, propiciando o envolvimento de cada aluno na execução de seu plano

de trabalho. Além dos fatores apresentados, a autora ainda aponta outros a favor do

uso dos computadores, como a flexibilidade podendo repetir algo por muitas vezes,

"feedback" imediato, educação multicultural e, acesso à informação, que fica à

disposição de alunos e professores.

Por fim, a pesquisadora sugere de que maneira o potencial da

tecnologia pode se realizar no âmbito educacional, considerando algumas variáveis

que operam na sala de aula que podem tornar o computador um valioso instrumento

de ensino ou apenas um quadro negro eletrônico. Então, baseada em Galligan

(1995), a autora comenta quatro variáveis que seriam consideradas importantes

para que o processo de inserção de tecnologia na sala de aula pudesse ter sucesso:

1) objetivos instrucionais que determinam onde professor e aluno devem centrar

seus esforços, quais são os aspectos relevantes do que se busca conhecer

contribuindo, assim, para o aumento da aprendizagem pretendida e, até, à

incidental; 2) natureza das atividades e tarefas, pois estas devem ser apropriadas

para que se possa alcançar resultados positivos no processo de aprendizagem,

levando-se em conta a duração e a seqüência das mesmas além de como serão

utilizadas, até mesmo, individualizando o modo como os programas são utilizados

para aumentar as oportunidades de aprendizagem. Contudo, de acordo com a

autora, deve-se considerar o nível de controle do professor sobre o trabalho dos

alunos para que não seja excessivo, impedindo que o próprio aluno se

responsabilize pelo seu processo de aprendizagem. Esta é uma idéia com a qual

também concordo, uma vez que o professor deve desempenhar o papel apenas de

facilitador. Uma outra variável é 3) a integração das atividades ao currículo, ou seja,

que as atividades e sua relação com outros contextos sejam colocadas

explicitamente ao aprendiz, pois refletindo sobre seu progresso, suas experiências,

sucessos, problemas e estratégias o aluno pode se tornar mais consciente de suas

decisões aumentando sua capacidade de solucionar problemas. Assim, como já foi

dito anteriormente, o professor exerce o papel de um facilitador do processo,

contribuindo para que haja uma interação de cooperação entre professor e alunos,

questionando o processo de aprendizagem e o papel do computador nesse contexto

a fim de que o potencial da tecnologia educacional possa realmente se desenvolver.

Page 24: SUMÁRIO - static.recantodasletras.com.brstatic.recantodasletras.com.br/arquivos/4451496.pdfgírias que nem sempre são ensinadas na sala de aula, e isso faz com que os alunos sintam

24

Finalmente, a quarta variável quanto à utilização de computadores em sala de aula é

4) o gerenciamento da aula, que pode levar os alunos a interagir socialmente

negociando significados através do trabalho em pares ou pequenos grupos. E,

ainda, segundo a autora, a obtenção de resultados satisfatórios no processo de

aprendizagem dependerá, principalmente, das escolhas que os professores fazem a

respeito de como o acesso ao computador é organizado.

Portanto, é necessário que os professores possam utilizar o hardware

e o software com tranqüilidade, priorizando a experiência, a informação, a

informação e a habilidade necessárias para fazer as escolhas certas em termos do

que, como, quando e por que utilizar um determinado software. E, como Fernandes

conclui, para que haja sucesso na inserção dos computadores no ambiente de

ensino é importante que os professores saibam juntar a tecnologia às estratégias de

ensino apropriadas a fim de que os objetivos possam ser cumpridos. Para isto, de

acordo com meu ponto de vista, é necessário que os professores busquem e

primem por atualização e, principalmente, aperfeiçoamento para que possam não só

acompanhar a evolução tecnológica no âmbito educacional mas também como lidar

com os avanços tecnológicos dentro dos objetivos educacionais.

Em suma, com base nas considerações da pesquisadora, acredita-se

que a tecnologia e a informação não eliminarão as escolas, pelo contrário,

"qualidades essenciais como encorajar, individualizar, aconselhar, fornecer um

modelo para os alunos se apoiarem e outros aspectos da tarefa de ensinar,

continuarão a ser importantes". Se o computador for utilizado de modo apropriado,

poderá servir como ferramenta de motivação e instrução aos alunos, porém, isso

dependerá de que os professores acreditem numa nova fase do aprender/ensinar

para liderá-la adequadamente e, assim, buscando por cursos, instruções e

aperfeiçoamento na área.

3.6 AFINAL, O QUE BUSCAR NA INTERNET???

Paralelamente aos livros e apostilas, temos a internet como alvo acentuado de nossas pesquisas. Assim, o aprendizado dar-se-á por diversos métodos: Busca direta do assunto de interesse, jogos, músicas, chats ou pela própria leitura de artigos publicados, jornais, revistas, etc.

Page 25: SUMÁRIO - static.recantodasletras.com.brstatic.recantodasletras.com.br/arquivos/4451496.pdfgírias que nem sempre são ensinadas na sala de aula, e isso faz com que os alunos sintam

25

Enquanto os livros de língua inglesa trazem os textos, os diálogos e o

próprio vocabulário usado, levando em conta a parte culta da língua, há a disposição

dos internautas as expressões idiomáticas utilizadas no momento, trazendo a tona

os jargões e as gírias de uso corrente. Também há a disposição desses mesmos, os

dicionários on-line ou off-line, os programas tradutores, e diversas outras

ferramentas no auxílio à compreensão da língua inglesa.

Seria interessante e até indispensável dizer o quanto isso tudo tem

revolucionado o ensino e aprendizagem de línguas. A todo instante podemos estar

em contato com outras culturas falantes de outras línguas. Essa revolução toda

trouxe a necessidade de se aprofundar mais no aprendizado, num mundo

globalizado e quase sem fronteiras.

Podemos citar o número crescente de escolas de línguas,

especialmente de língua inglesa. Segundo o DataFolha de Janeiro de 2004, são

mais de 200 novas escolas abertas todos os anos no Brasil, sejam elas franqueadas

ou novas. Assim, são diversos os métodos utilizados por elas para cumprirem seu

objetivo de ensinar novas línguas, e dentre elas há um número significativo que

utilizam a internet no auxílio do aprendizado.

3.7 ORGANOGRAMA DO APRENDIZADO ADQUIRIDO NA

INTERNET

COMPUTADOR

INTERNE

T

PESQUISAS DICIONÁRIOS CHATS MÚSICAS JOGOS

CONHECIMENTO

ADQUIRIDO

SOFTWARES

EDUCATIVOS

DICIONÁRIOS

E

TRADUTORES

Page 26: SUMÁRIO - static.recantodasletras.com.brstatic.recantodasletras.com.br/arquivos/4451496.pdfgírias que nem sempre são ensinadas na sala de aula, e isso faz com que os alunos sintam

26

3.8 TABELA COMPARATIVA DA ALFABETIZAÇÃO ELETRÔNICA

Abordagem Direta Alfabetização Eletrônica

Comunicação Baseado em falar e ouvir Inclui o computador mediando a comunicação

Construção Baseado em textos lineares

Também inclui hyper-textos

Não inclui mídias impressas

Combina textos e outras mídias

Tende focar em textos individuais

Forte foco na colaboração externa

Leitura e Pesquisa

Restrita em fontes impressas

Inclui fontes online

Foca em textos lineares Também inclui hyper-textos

Exclui mídias não impressas

Combina textos e outras mídias

Tende em separar habilidades de escrita de avaliação de habilidades críticas

Visão de avaliação crítica como foco em leitura

Foco em habilidades de pesquisa

Inclui busca e navegação em fontes online

Aprendizado Geralmente baseada em aprendizado curricular

Baseado em aprendizado interativo, com ênfase em aprendizado autônomo

3.9 COMUNICAÇÃO LIVRE E MAIS ACENTUADA

Uma característica principal de aprendizagem on-line é a permissão

da livre comunicação; em outras palavras, qualquer participante de um grupo pode

iniciar interação com qualquer um, ou vários.

Na superfície de coisas, esta característica de comunicação é

semelhante ao que acontece em um grupo conversação oral. Ainda há duas

Page 27: SUMÁRIO - static.recantodasletras.com.brstatic.recantodasletras.com.br/arquivos/4451496.pdfgírias que nem sempre são ensinadas na sala de aula, e isso faz com que os alunos sintam

27

diferenças importantes. Em primeiro lugar, o que se escreve, no modo mediado pelo

computador, facilita uma relação especial entre interação e reflexão. Isto cria um

ambiente excelente para um grupo de pessoas adquirirem juntas muitos

conhecimentos, avaliando, comparando, e refletindo em suas próprias visões. Uma

segunda diferença relacionada é que a dinâmica social de discussão mediado pelo

computador, provou ser diferente da discussão cara-a-cara em relação a assuntos

diferenciados.

Especificamente, estudos administrados na dinâmica social, acharam

que tende a resultar em comunicação mais igualitária em participação que a

discussão de cara a cara.

Um aspecto de comunicação mediada pelo computador que poderia

impedir a aprendizagem cooperativa é o prevalência de idioma hostil conhecido

como “2flaming”, que acontece aparentemente devido à idéia de impunidade, que

encorajam expressões livres (Sproull & Kiesler, 1991) e podem ter muitos efeitos

negativos na interação em sala de aula (Janangelo, 1991). Finalmente, há o

problema de sobrecarga de informação. Debatedores podem ser subjugados com

mensagens que eles ignoram, e a conversação se torna " um jogo de monólogos " .

2 Expressão que indica assunto cheio de ira e discórdia

Page 28: SUMÁRIO - static.recantodasletras.com.brstatic.recantodasletras.com.br/arquivos/4451496.pdfgírias que nem sempre são ensinadas na sala de aula, e isso faz com que os alunos sintam

28

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A proposta desta monografia foi a de colher subsídios para levantar

indícios de forma adequada sobre a questão do uso do computador em sala de aula

no ensino de línguas, através de conteúdos bibliográficos de autores já conhecidos.

Foi mostrado que através de dúvidas, questionamentos e afirmações,

a possibilidade do uso do mesmo é uma questão quase que irreversível para os dias

de hoje, em que se faz necessário discutir sobre o assunto, levando em conta que

não podemos mais nos prender ao simples fato de estudar uma segunda língua,

mas sim, o de conhecê-la a fundo, de utilizá-la no cotidiano.

Assim, vivemos os tempos em que estudar pelo simples fato de fazê-lo

já não nos leva a nada. É imprescindível que aquilo em que nos dispomos a estudar,

a exemplo de uma segunda língua, seja feito pra valer.

Já não necessitamos estar apenas em sala de aula para progredirmos

em conhecimentos, pois hoje temos ao nosso alcance um mundo de variadas

informações. Podemos até nos classificar como autodidatas em muitos campos de

aprendizado. O que antes era árduo e consumia muito tempo, hoje se faz num curto

período de tempo, graças à tecnologia da informática.

Assim, como educadores no ensino de línguas, somos mais cobrados

do que antes, pois hoje os alunos têm ao seu alcance ferramentas que os permitem

estarem aprendendo a todo tempo, diferentemente do que acontecia no passado,

quando então o professor era quem levava as novidades para a sala de aula.

Agora, ao educador, é exigido que trabalhe com material didático

atualizado, e que possua vivência no ensino da língua, para que desperte o

interesse por parte de seus alunos.

Page 29: SUMÁRIO - static.recantodasletras.com.brstatic.recantodasletras.com.br/arquivos/4451496.pdfgírias que nem sempre são ensinadas na sala de aula, e isso faz com que os alunos sintam

29

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

MOURA FERNANDES, A. L. O papel do professor e o processo de inserção de

tecnologia em sala de aula. S. J. dos Campos, Univap, 1988/1989.

BRAGA NORTE, M. A informática e o ensino/aprendizagem de línguas

estrangeiras em um mesmo site. Assis, Unesp, 1988/1989.

CASTRO, ELIZABETH. HTML para a World-Wide-Web. São Paulo: Makron Books,

2000

MARCOS, KATHLEEN. Internet for Language Teachers. Washington, DC: ERIC

Clearinghouse on Languages and Linguistics, Center for Applied

Linguistics, 1994

MORÁN, JOSÉ MANUEL. “Como utilizar a Internet na educação.” 22 de novembro

de 2000 [http://www.eca.usp.br/prof/moran/internet.htm].

SOARES, ROSA MARIA. “A Internet no ensino-aprendizagem de inglês como

língua estrangeira/segunda língua.” 22 de novembro de 2000

[http://www.dei.isep.ipp.pt/~rosoares/rosa_um.htm].

WEININGER, MARKUS J. “Exemplos do uso criativo de recursos

informatizados para o ensino de línguas.” 22 de novembro de 2000

[http://www.cce.ufsc.br:80/lle/alemao/markus/exemplos.html].

ALMEIDA, ÂNGELA MONTEIRO, MERCADO, LUÍS PAULO "Aspectos Críticos do

Computador na Educação" in Educação: Revista do Centro de

Educação. Santa Maria: Universidade Federal de Santa Maria, 1990.

SOUZA, SÉRGIO AUGUSTO FREIRE DE. "A Internet e o ensino de línguas estrangeiras" in Linguagem & Ensino, vol. 2, No. 1. p. 139-172. Pelotas: Editora da Universidade Católica de Pelotas, 1999.