Sumário - UNICA...Cesp em bioeletricidade, durante evento realizado no Palácio dos Bandeirantes em...

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3 16 Reportagem A ERA DA BIOELETRICIDADE 22 Palestrantes e Moderadores PERSONALIDADES E ESPECIALISTAS QUE FAZEM O ETHANOL SUMMIT 10 Entrevista “O ETANOL É UMA SOLUÇÃO PARA O BRASIL” Elizabeth Farina PRESIDENTE DO CONSELHO DELIBERATIVO Luis Roberto Pogetti DIRETORA PRESIDENTE Elizabeth Farina ORGANIZAÇÃO – ETHANOL SUMMIT 2015 MediaLink Comunicação Diretor Executivo - Adhemar Altieri PRODUÇÃO – ETHANOL SUMMIT 2015 MCI Group - Brasil Diretor Geral - Juliano Lissoni Diretor de Eventos - Juarez Carvalho Coordenação - Rebeca Dias FOTOS Niels Andreas e Tadeu Fessel www.ethanolsummit.com.br www.unica.com.br REPORTAGEM Denise Dalla Colletta, Diogo Mesquita e Evelyn Nemer REVISÃO Anselmo Cheré e Valdinei Dias Batista CAPA Píndaro Camarinha e Hélio Siecola TRADUÇÃO PARA INGLÊS Brian Nicholson JORNALISTA RESPONSÁVEL Celso Masson (MTb. 68.904-SP) IMPRESSÃO E ACABAMENTO Stilgraf TIRAGEM 3.300 exemplares EDIÇÃO, PRODUÇÃO E ARTE 3CX Editorial & Comunicação www.3cxeditorial.com DIRETOR Píndaro Camarinha DIRETOR DE PRODUÇÃO Cesar Camarinha DIRETOR DE ARTE Caio Camarinha DIRETOR EDITORIAL Celso Masson EDITORA EXECUTIVA DE ARTE Erika Campos DESIGN Bruno Lodovichi, Hélio Siecola, José Maria Faustino (Editores assistentes) e Sylia Rehder (Designer) 4 Carta da Unica UMA AGENDA DE CONSENSO Luis Roberto Pogetti 6 Carta da MCI ENGAJAMENTO ESTRATÉGICO Juarez Carvalho e Juliano Lissoni 8 Frases PONTOS DE VISTA SOBRE O SETOR SUCROENERGÉTICO Sumário

Transcript of Sumário - UNICA...Cesp em bioeletricidade, durante evento realizado no Palácio dos Bandeirantes em...

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    16R e p o r t a g e m A ERA DA BIOELETRICIDADE

    22P a l e s t r a n t e se M o d e r a d o r e s PERSONALIDADES E ESPECIALISTASQUE FAZEM O ETHANOL SUMMIT

    10E n t r e v i s t a

    “O ETANOL É UMA SOLUÇÃO PARA O BRASIL”Elizabeth Farina

    PRESIDENTE DO CONSELHO DELIBERATIVOLuis Roberto Pogetti

    DIRETORA PRESIDENTEElizabeth Farina

    ORGANIZAÇÃO – ETHANOL SUMMIT 2015MediaLink Comunicação

    Diretor Executivo - Adhemar Altieri

    PRODUÇÃO – ETHANOL SUMMIT 2015MCI Group - Brasil

    Diretor Geral - Juliano LissoniDiretor de Eventos - Juarez Carvalho

    Coordenação - Rebeca Dias

    FOTOSNiels Andreas e Tadeu Fessel

    www.ethanolsummit.com.brwww.unica.com.br

    REPORTAGEMDenise Dalla Colletta,

    Diogo Mesquita e Evelyn Nemer

    REVISÃOAnselmo Cheré e

    Valdinei Dias Batista

    CAPAPíndaro Camarinha e Hélio Siecola

    TRADUÇÃO PARA INGLÊSBrian Nicholson

    JORNALISTA RESPONSÁVELCelso Masson

    (MTb. 68.904-SP)

    IMPRESSÃO E ACABAMENTOStilgraf

    TIRAGEM3.300 exemplares

    EDIÇÃO, PRODUÇÃO E ARTE3CX Editorial & Comunicação

    www.3cxeditorial.com

    DIRETORPíndaro Camarinha

    DIRETOR DE PRODUÇÃOCesar Camarinha

    DIRETOR DE ARTECaio Camarinha

    DIRETOR EDITORIALCelso Masson

    EDITORA EXECUTIVA DE ARTEErika Campos

    DESIGNBruno Lodovichi, Hélio Siecola,

    José Maria Faustino (Editores assistentes)e Sylia Rehder (Designer)

    ANR-BNDES-MAPA-208X275-ETHANOL SUMIMIT 2015.indd 2 6/24/15 6:34 PM

    4C a r t a d a U n i c a UMA AGENDADE CONSENSOLuis Roberto Pogetti

    6C a r t a d a M C I ENGAJAMENTO ESTRATÉGICOJuarez Carvalho e Juliano Lissoni

    8F r a s e s PONTOS DE VISTA SOBRE O SETOR SUCROENERGÉTICO

    Sumário

  • 4 5

    O setor sucroenergético no Bra-sil tem experimentado o desa-fio de gerenciar a maior crise de sua história. Ainda em um contexto adverso, com esforço redobrado,

    conseguiu, no último triênio, ampliar em

    cerca de 20% a oferta de etanol ao mer-

    cado consumidor. Este incremento de produção configu-

    ra-se como contribuição expressiva para o abastecimento

    do mercado brasileiro de combustíveis, para a balança

    de comércio do nosso País e para o meio ambiente, pois

    resultou, no período, em redução de cerca de 5 bilhões

    de litros de gasolina importada e mitigação de emissões

    da ordem de 10 milhões de toneladas de CO2 equivalente.

    Estes dados atestam o potencial da contribuição do

    etanol para a atividade econômica do nosso País e para

    o clima do planeta.

    A exploração desse potencial, contudo, exige a cons-

    trução de regras estáveis, de horizonte de longo prazo, de-

    terminadas por políticas públicas, para que investidores

    possam quantificar riscos e oportuni-

    dades do negócio. Assim, a discussão

    sobre um ambiente institucional mais

    previsível será seguramente uma das

    relevantes linhas condutoras dos deba-

    tes neste 5o Ethanol Summit.

    Outro importante prisma de discus-

    são vem da observação de uma dicotomia que afeta o

    mundo dos combustíveis. De um lado, há um consenso

    sobre a premente necessidade de redução de consumo

    de combustíveis fósseis, que, segundo o World Energy

    Council, já representam 63% de todas as emissões de

    CO2 no mundo. De outro lado, vivenciamos uma signi-

    ficativa redução de preços internacionais do petróleo

    e gás, o que tem criado motivação econômica para su-

    portar a manutenção da participação desses combus-

    tíveis poluidores na matriz mundial de energia. Esta

    situação cria uma significativa instabilidade nas regras

    das principais regiões produtoras e consumidoras de

    combustíveis renováveis, a exemplo do Brasil, Estados

    UMA AGENDA DE CONSENSO

    Luis Roberto Pogetti,Presidente do Conselho Deliberativo, UNICA

    Unidos e Europa. As três regiões,

    responsáveis por cerca de 90% do

    etanol combustível produzido e

    consumido no mundo, tem sinali-

    zado com temerárias mudanças nas

    suas políticas de biocombustíveis,

    gerando incerteza para os inves-

    tidores e colocando em risco boa

    parte dos esforços de ganhos am-

    bientais obtidos até aqui. Contudo,

    presenciamos a formação de movimentos que buscam

    organizar propostas de compromisso de redução de

    carbono a serem levadas para a COP 21, em Paris, no

    final do corrente ano.

    Neste contexto, o papel do etanol e da bioeletricidade

    para a redução do aquecimento global, um dos maiores

    desafios deste novo século, deverá ser, também, um im-

    portante foco dos debates neste seminário.

    Finalmente, entendemos que essas discussões não

    podem estar completas sem uma profunda avaliação

    das inovações tecnológicas que ga-

    rantam os ganhos de produtividade

    e de novos produtos e usos advin-

    dos da cana-de-açúcar. Referimo-nos

    aqui ao etanol de segunda geração

    e aos ganhos decorrentes das novas

    tecnologias do campo, como a cana

    transgênica, que poderão resultar

    em mais produtividade e melhor

    competitividade. Também aposta-

    mos no avanço de tecnologias voltadas ao consumo dos

    produtos da cana, como a aviação, que já inicia o uso

    do bioquerosene, e a uma nova geração de motores flex,

    mais eficientes no uso do etanol.

    Estamos seguros de que, assim como nas outras

    versões, este evento fornecerá um amplo espaço para

    profícuos debates desta e de outras naturezas, voltados

    para as energias renováveis, particularmente o etanol e

    os produtos derivados da cana-de-açúcar. Sejam todos

    bem-vindos ao Ethanol Summit 2015! ●

    A exploração de todo o

    potencial do setor sucroenergético

    exige a construção de regras estáveis,

    de horizonte de longo prazo, determinadas por políticas

    públicas, para que investidores possam

    quantificar riscos e oportunidades

    do negócio

    A BUSCA DE UM AMBIENTE INSTITUCIONAL MAIS PREVISÍVEL SERÁ SEGURAMENTE UMA DAS LINHAS CONDUTORAS DOS DEBATES

    DURANTE O ETHANOL SUMMIT 2015

    DIV

    ULG

    AÇÃO

    Carta da UNICA

  • 6

    Discutir o etanol é discutir o desenvolvimento sus-tentável. Ainda mais em fóruns em que se debate o etanol produzido a partir da cana-de-açúcar, que é sem dúvida a opção mais benéfica aos consumi-dores e ao meio ambiente, não só pela redução de poluentes

    de efeito local, mas também considerando

    que é um produto que se decompõe rapi-

    damente no ambiente.

    Para a MCI, fazer parte da organização

    do Ethanol Summit junto à UNICA é mais

    do que nosso trabalho. É também uma

    demonstração tangível de nossos valores

    organizacionais. A MCI Group, com sede

    em Genebra, na Suíça, foi a primeira em-

    presa de eventos no mundo a se tornar

    signatária do UN Global Compact. Somos,

    por definição, parceiros de iniciativas que

    fortaleçam a discussão nos níveis governa-

    mental, empresarial e associativo, de ações

    que promovam o desenvolvimento sustentável.

    Somos uma das maiores empresas de eventos no mundo,

    com mais de 4,5 mil projetos por ano, nas dezenas de países

    que atuamos. Com filiais na Europa, Américas, Ásia-Pací-

    fico, Índia, Oriente Médio e África, a MCI tem contribuído

    como desenvolvimento econômico e social, por meio da

    organização de congressos e eventos dos mais diversos

    setores da economia. Procuramos melhorar a performance

    de nossos clientes por meio de engajamento estratégico e

    ativação de audiências. Nossa metodologia é de trabalhar-

    mos todos de maneira próxima e construtiva, de forma

    a identificar e executar oportunidades que gerem valor

    a todos os envolvidos. Nossas equipes

    de operações e nossos líderes possuem

    grande experiência e histórico de sucesso

    com empresas de diversos segmentos e

    tamanhos. Nosso sucesso vem de uma

    combinação de estratégia, excelência

    operacional e alocação eficaz de recursos.

    Na MCI, acreditamos que, quando as

    pessoas se reúnem, a mágica acontece.

    Então juntar as pessoas por meio de

    eventos e congressos inovadores, sejam

    face-to-face, digitais ou híbridos, é nossa

    maneira de ajudar empresas e associa-

    ções a engajarem seus públicos de forma

    estratégica e construírem comunidades.

    Para nós, é um momento de muita satisfação estarmos

    junto à UNICA e a empresas que desenvolvem o etanol bra-

    sileiro, na realização do Ethanol Summit. Será, sem dúvida,

    um importante momento de discussão de um tema tão

    relevante para o desenvolvimento econômico sustentável

    no Brasil. ●

    ENGAJAMENTO ESTRATÉGICO

    Na MCI, acreditamos que, quando as pessoas se reúnem, a mágica acontece

    DISCUTIR O ETANOL É RELEVANTE PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DO BRASIL

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    MC I G RO U P – B R A S I L

    J u l i a n o L i s s o n i D I R E TO R A DM I N I S T R AT I VO

    MC I G RO U P – B R A S I L

    Carta da MCI

  • “O ETANOL TEM UMA IMPORTÂNCIA NA ECONOMIA BRASILEIRA PORQUE NÓS SOMOS

    UM PAÍS QUE NÃO SÓ TEVE O MAIOR AVANÇO NA ÁREA DE USO DESSE COMBUSTÍVEL, BASEADO NA CANA-DE-AÇÚCAR, COMO HÁ UM RECONHECIMENTO POR VÁRIOS PAÍSES DO MUNDO”DILMA ROUSSEFF, presidente da República, comentando o anúncio das medidas do governo de desoneração do etanol em Brasília, em 23/4/2013

    “UM PAÍS QUE TEM SOLO, ÁGUA E SOL COMO O BRASIL, NÃO TEM

    COMO NÃO CRIAR E APROVEITAR A BIOMASSA. SERIA UMA TOLICE DESPERDIÇAR ISSO”MAURICIO TOLMASQUIM, presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), durante o seminário 1o de Abril de 2014: O Dia da Verdade Sobre a Bioeletricidade, realizado na Câmara Federal, em Brasília

    “O etanol tem que ocupar espaço muito maior do que

    tem hoje. Podemos nos tornar o primeiro produtor do mundo”GUIDO MANTEGA, então ministro da Fazenda, durante entrevista coletiva em Brasília para anunciar medidas do governo para a desoneração do etanol, em 23/4/2013

    “Não dá para competir com o subsídio à gasolina.

    A longo prazo, essa política desestimula o plantio da cana e volta a fazer do Brasil um país dependente quase que exclusivamente do petróleo, aumentando o rombo da Petrobras, que já é grande”EDIVALDO DEL GRANDE, presidente da Organização das Cooperativas do Estado de São Paulo (Ocesp), em nota divulgada pela Agência Estado, em 13/5/2014

    “Tão grave quanto o desvio das políticas macroeconômicas saudáveis foi o desmazelo nas políticas setoriais,

    do petróleo ao etanol, passando pelo setor elétrico”FERNANDO HENRIQUE CARDOSO, do artigo intitulado O Ponto a que Chegamos, sobre a atual política econômica do Brasil, publicado no jornal O Estado de S. Paulo, em 8/6/2015

    “O FORMATO DO EDITAL TIRA A COMPETITIVIDADE DAS EMPRESAS DO SETOR”KÁTIA ABREU, ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, em entrevista à Agência Estado, em 21/1/2014, a respeito do atual formato dos leilões de energia, que não atende à biomassa

    “O caminho é a bioeletricidade. Se São Paulo é o maior produtor de cana do mundo, por que

    não aproveitar esse potencial?”GERALDO ALCKMIN, governador do estado de São Paulo, sobre investimentos da Cesp em bioeletricidade, durante evento realizado no Palácio dos Bandeirantes em 3/2/2015, em que foram anunciadas medidas de apoio ao setor de açúcar e etanol

    “O crescimento futuro dos transportes no Brasil deve ser baseado no etanol,

    mas quanto tempo levará para chegarmos lá, eu realmente não sei”SOREN SCHRODER, CEO da Bunge e participante da 18a Conferência Anual de Agribusiness da Goldman Sachs, em Nova York, em 12/3/2014 “O maior exemplo de que a

    agricultura paulista trabalha em sintonia fina com o meio ambiente são a atuação do setor sucroenergético

    e as políticas estabelecidas pelo governo paulista. Trata-se de um setor que representa 44% do valor bruto da agropecuária, sendo a maior atividade agrícola do estado”ARNALDO JARDIM, deputado federal licenciado e atual secretário de Agricultura e Abastecimento do estado de São Paulo, em 2/10/2014

    “Temos que dar capacidade de produção e geração às usinas que estão hoje desestimuladas pela ausência do preço. Temos que dar compromisso de médio e de longo prazo de preços mínimos, que resgate a capacidade de produção”

    AÉCIO NEVES, em entrevista concedida pelo senador e então candidato à Presidência pelo PSDB à agência de notícias Thomson Reuters, em 4/4/2014

    “CONTINUO ACREDITANDO QUE O MEDICAMENTO NA VEIA DO SETOR É O CONSUMO DE HIDRATADO SUBIR FORTEMENTE, COM

    REMUNERAÇÃO ADEQUADA ÀS USINAS E, COM ISSO, ALTERAR O MIX PARA UMA SAFRA ALCOOLEIRA, AFETANDO OS PREÇOS DO AÇÚCAR FAVORAVELMENTE”MARCOS FAVA NEVES, professor titular de Planejamento Estratégico e Cadeias Alimentares da FEA-RP/USP, na revista Opiniões, em 4/5/2015

    “O setor tem pedido uma política pública que envolva a bioeletricidade e o etanol na matriz energética brasileira. A

    bioeletricidade pode deixar um projeto de açúcar ou etanol 20% a 30% mais rentável”NEWTON DUARTE, presidente da Cogen, publicada no CanalEnergia em 17/10/2014

    FrasesFO

    TOS:

    DIV

    ULG

    AÇÃO

    8 9

  • 10 11

    “O ETANOL É UMA SOLUÇÃO PARA O BRASIL”

    ELIZABETH FARINA FALA DA IMPORTÂNCIA AMBIENTAL DOS BIOCOMBUSTÍVEIS E DE COMO RESGATAR A COMPETITIVIDADE DO

    SETOR SUCROENERGÉTICO

    demanda. O setor hoje está amar-

    gando uma crise que começou há

    cinco anos. Então estamos longe da

    nossa capacidade potencial de ofere-

    cer ao mundo apoio na área de ener-

    gia e alimentos em um ecossistema

    sustentável. O etanol é certamente

    uma solução para o Brasil. É a maior

    experiência mundial de substituição

    de combustível fóssil por renovável.

    Essa experiência pode ser exportada

    para outros países. Contudo, o eta-

    nol está longe de ser uma commodity

    internacional. Mas pode vir a ser. E

    o País pode contribuir com sua ex-

    periência produtiva para ajudar o

    mundo a vencer o desafio do abas-

    tecimento de alimentos e de energia.

    Ethanol Summit – É possível imaginar que uma nova onda de investimentos ocorra nos próximos anos a fim de ampliar a capacidade de produção do setor sucroenergético no Brasil?E.F. – O período de alto investi-

    mento no setor foi de 2003 até 2009,

    quando a capacidade produtiva pra-

    ticamente dobrou. Nos últimos anos

    foram fechadas 80 usinas em todo

    o Brasil. Outras dez devem fechar

    ainda este ano. As medidas adota-

    das pelo governo para melhorar as

    condições do setor, como a volta par-

    cial da cobrança da Contribuição de

    Intervenção no Domínio Econômico

    (Cide, incidente sobre a gasolina) e

    o aumento da proporção de etanol

    na gasolina (para 27,5%), foram

    importantes e muito bem-vindas,

    mas insuficientes para virar o jogo.

    O setor, na média, não está conse-

    guindo andar no azul. O resultado

    operacional continua vermelho. Na

    safra 2014/2015, a receita é menor,

    em termos nominais, que a receita

    da safra 2011/2012 – e certamente

    os custos não estão recuando. Há

    um problema de rentabilidade ope-

    racional, mesmo sem considerar o

    custo do endividamento. O empre-

    sário quer enxergar retorno. Nesse

    contexto, não há uma consolidação

    do setor que permita novos inves-

    timentos. Para quem já está enfor-

    cado, não é possível sequer pensar

    na renovação do canavial. O enve-

    lhecimento das plantações impacta

    negativamente na produtividade,

    além de deixá-las mais suscetíveis

    às condições climáticas. Tivemos

    quatro safras seguidas em que ou

    choveu demais ou choveu de menos,

    o que agravou ainda mais a situação.

    Ethanol Summit – Essa crise pode ser atribuída a uma política pública equi-vocada em relação a combustíveis e à energia elétrica?E.F. – A política de preços priorizou

    o combustível barato em vez de

    priorizar a rentabilidade da oferta

    com ganhos de produtividade que

    poderiam, no futuro, baratear esse

    combustível. Isso fragilizou brutal-

    mente a Petrobras e afetou negativa-

    mente o setor de etanol, que há cinco

    anos enfrenta uma enorme crise.

    Seja por um processo de estimular

    o consumo, alinhando a política de

    preços da gasolina a outras medidas

    macroeconômicas, seja para contro-

    lar a inflação, o fato é que houve um

    subsídio à gasolina – financiado com

    o próprio cofre da Petrobras. Isso

    está na raiz profunda da crise que

    o setor de etanol enfrenta.

    As medidas adotadas pelo governo para

    melhorar as condições do

    setor foram importantes

    e bem-vindas, mas

    insuficientes

    O Brasil tem a maior experiência mundial de

    substituição de combustível

    fóssil por renovável

    A política de preços priorizou o combustível barato em vez de priorizar a rentabilidade da oferta com ganhos de produtividade, que poderiam, no futuro, baratear esse combustível

    UN

    ICA

    Aequivocada política de preços dos combustíveis e da energia é a principal causa da crise que estran-gula o setor sucroenergético bra-

    sileiro há cinco anos. A avaliação

    é da economista Elizabeth Farina,

    diretora-presidente da União da In-

    dústria de Cana-de-Açúcar (UNICA).

    Para ela, tornou-se imperativo re-

    tomar a ideia de que o principal atributo do etanol e da

    bioeletricidade é ambiental. Só uma estratégia consis-

    tente de substituição de combustível fóssil por renová-

    vel possibilitaria garantir a competitividade do setor,

    ampliando sua capacidade produtiva, gerando emprego,

    revitalizando a economia das cidades e permitindo o

    desenvolvimento tecnológico capaz de tornar o etanol

    ainda mais eficiente e barato no futuro.

    Ethanol Summit – O tema da Expo-Milão 2015, o principal encontro de negócios do mundo, é “Alimentando o mundo, energia para a vida”. Poderia até servir de slogan para o setor su-croenergético. De que forma a produ-ção de açúcar, etanol e bioeletricidade responde aos desafios econômicos e ambientais do planeta e em especial do Brasil?

    ELIZABETH FARINA – O setor sucroenergético brasi-

    leiro tem recursos naturais, desenvolvimento tecnoló-

    gico e experiência suficientes para oferecer ao mundo

    a base de uma estratégia de produção de alimentos e de

    energia – tanto em combustíveis renováveis quanto em

    cogeração de eletricidade a partir de biomassa. Mas isso

    depende de incentivos ao setor privado que permitam

    fazer os investimentos necessários para atender a essa

    Entrevista

  • 12 13

    Ethanol Summit – Hoje o consumidor se beneficia muito do preço do etanol, que está custando na bomba menos de 70% da gasolina, seja pela volta da Cide seja, no caso de Minas Gerais, pela redução do ICMS. Esse aumento de demanda não favorece as usinas? E.F. – Na verdade, o resultado seria

    mais favorável se essa paridade fi-

    casse mais próxima dos 70%, que

    ainda beneficiam o consumidor e ge-

    ram um preço potencial maior para

    a usina. Esse é um setor competitivo,

    baseado na oferta e na demanda.

    A redução de preço na bomba gerou

    aumento de demanda, mas não se

    traduziu em um resultado positivo

    entre receita e custo. Teria sido pior

    sem esse aumento de demanda, mas

    ele é mais vantajoso para o consumi-

    dor que para quem produz.

    Ethanol Summit – O setor teria como estabelecer um preço financeira-mente rentável?E.F. – O preço é resultado de uma di-

    nâmica de mercado. Há uma estru-

    tura pulverizada de oferta do etanol

    hidratado, com mais de 300 unidades,

    e a formação de preço é distribuída

    por toda a cadeia produtiva: a usina

    vende para a distribuidora, onde o

    grau de concentração é muito maior,

    e a distribuidora vende para os pos-

    tos. Então, há concorrência entre usi-

    nas, entre distribuidoras e no varejo.

    É muito difícil para o setor mudar

    essa dinâmica e manter o preço no

    teto de 70% da gasolina na bomba.

    Ethanol Summit – O que o consumidor paga pelo etanol não reflete os bene-fícios desse combustível em termos

    ambientais. É possível criar uma remu-neração para essa vantagem social do etanol em relação à gasolina?E.F. – Os economistas chamam

    isso de externalidades: são bene-

    fícios externos ao bolso de quem

    paga e de quem recebe. A usina

    de cana-de-açúcar não é remune-

    rada pelo benefício que gera para

    a sociedade. Por isso, o retorno que

    ela recebe é mais baixo e faz um

    investimento menor do que seria

    socialmente desejável. Encontrar

    mecanismos que corrijam essas fa-

    lhas de funcionamento do sistema

    de preços é muito importante. Uma

    maneira é o diferencial tributário.

    A gasolina gera externalidades nega-

    tivas: poluição, problemas de saúde,

    emissão de gases de efeito estufa.

    E isso também não está sendo co-

    brado. Deveria haver um imposto

    para desestimular o consumo da

    gasolina, para que esse impacto ne-

    gativo fosse explícito. Taxar a gaso-

    lina é uma maneira de cobrar pelos

    danos causados com a utilização

    de combustíveis fósseis. Esse papel

    tem sido exercido no Brasil pela Cide,

    uma contribuição sobre a gasolina e

    o diesel que não é cobrado do etanol,

    o que gera um diferencial tributá-

    rio capaz de corrigir parcialmente

    essas externalidades e abre espaço

    para uma maior competitividade do

    etanol. Por isso a retomada da Cide,

    que havia sido zerada, foi tão bem

    recebida. O setor privado depende

    das condições de mercado e de po-

    líticas públicas que permitam recu-

    perar sua rentabilidade e acenem

    com uma perspectiva de retorno dos

    investimentos realizados.

    Ethanol Summit – Como o setor está se organizando para que os biocom-bustíveis cumpram um papel signifi-cativo na conferência COP 21, da ONU, marcada para Paris, no final deste ano, que irá definir um novo acordo global de combate às mudanças climáticas?E.F. – Nossa prioridade atual é reto-

    mar a ideia de que o principal atri-

    buto do etanol e da bioeletricidade é

    ambiental. Como trazer esse atributo

    para o mundo econômico? Precifi-

    cando o carbono, ou seja, explicitando

    o custo ambiental dos combustíveis

    fósseis por meio de diferenciação

    tributária ou de outros mecanismos

    de compensação. É importante que

    o Brasil leve para a COP 21 (a confe-

    rência do clima das Nações Unidas,

    em novembro e dezembro deste ano,

    em Paris) a sua experiência em eta-

    nol e a sua perspectiva de redução de

    emissões decorrentes de uma maior

    utilização de etanol e de bioeletrici-

    dade. Compor essa agenda da COP 21

    é fundamental para a valorização e

    remuneração de externalidades po-

    sitivas associadas ao meio ambiente.

    Fizemos uma avaliação da capacidade

    de redução de gases de efeito estufa

    para 2030, que é o ano foco da COP

    21. Se passarmos a participação do

    etanol na matriz de combustível para

    30% (algo que já tivemos em 2009, en-

    tão é absolutamente factível), a redu-

    ção de emissões será de 600 bilhões

    de toneladas de CO2. Isso equivale à

    compensação das emissões de toda a

    frota brasileira, incluindo caminhões,

    por três anos. Levar esse compro-

    misso brasileiro é importante – e isso

    pode ser decisivo para rentabilizar

    a atividade, tanto por precificação

    do carbono como por diferencial

    tributário. A Cide, que faz as vezes

    desse diferencial, foi recuperada

    parcialmente. Quando foi criada, re-

    presentava 13,4% do valor de bomba

    da gasolina, o que contribuiu para

    estimular o investimento na produ-

    ção de etanol e dobrar a oferta desse

    combustível no mercado. Hoje a Cide

    está em menos de um terço daquele

    percentual. Aumentá-la progressiva-

    mente faz parte da nossa agenda para

    que haja um estímulo à recuperação

    da rentabilidade do etanol.

    Ethanol Summit – Que outras de-mandas os produtores defendem junto ao governo federal e aos es-tados para tornar o biocombustível mais competitivo?E.F. – Faz parte da nossa agenda a

    perspectiva de trazer para a gasolina

    a racionalidade de preço. Por cinco

    anos a Petrobras vendeu gasolina por

    um preço abaixo do que pagava no

    mercado externo, ou seja, perdeu mar-

    gem e capacidade de financiamento

    dos investimentos que ela é, inclusive,

    obrigada a fazer na condição de única

    operadora do pré-sal. Outro ponto

    importante da nossa agenda é que o

    etanol hidratado será tão mais compe-

    titivo em relação à gasolina C quanto

    mais eficiente forem os motores flex

    no uso de etanol. Essa relação de preço

    em que o etanol precisa custar até 70%

    da gasolina para que o consumidor se

    beneficie poderia ser melhorada se os

    motores, em vez de uma perda de 30%

    de energia, perdessem 20% com o eta-

    nol. O desenvolvimento dos motores

    flex é muito importante para a compe-

    titividade do etanol. Como o Brasil tem

    Se passarmos a participação

    do etanol na matriz de

    combustível para 30%

    (algo que já tivemos em

    2009, então é absolutamente

    factível), a redução de

    emissões será de 600 bilhões

    de toneladas de CO2

    É importante que o Brasil leve para a

    COP-21 a sua perspectiva de redução

    de emissões decorrentes

    de uma maior utilização de

    etanol e de bioeletricidade

    O etanol hidratado será tão mais competitivo em relação à gasolina C quanto mais eficiente forem os motores flex

    A redução de preço gerou aumento de

    demanda, mas não se

    traduziu em um resultado

    positivo entre receita e custo

    A gasolina gera externalidades negativas: poluição, problemas de saúde, emissão de gases de efeito estufa. E isso também não está sendo cobrado. Deveria haver um imposto para desestimular o consumo

    O setor privado depende das condições de mercado e de políticas públicas que acenem com uma perspectiva de retorno dos investimentos realizados

    Entrevista

  • 14 15

    um programa de incentivo à pesquisa

    de tecnologia, que é o InovaAuto, é

    importante que haja um decreto que

    reconheça esse benefício. Também é

    importante que haja incentivo para

    que os carros híbridos sejam flex. Por

    último, eu diria que é importante o re-

    conhecimento e a valorização da bio-

    massa na produção de energia elétrica,

    com um redesenho dos leilões para o

    mercado regular. Isso está se configu-

    rando como um elemento da equação

    de rentabilidade do setor sucroener-

    gético, cada vez mais. O Brasil precisa

    de energia para crescer, precisa de

    energia renovável. E a energia de bio-

    massa é complementar à hidrelétrica,

    pois sua maior oferta se dá justamente

    no período de seca, quando o nível

    dos reservatórios está mais baixo.

    Além disso, estamos mais próximos

    dos centros de demanda de energia

    do que as usinas eólicas, que exigem

    novos investimentos em transmissão.

    Ethanol Summit – Por que as regras dos leilões ainda não são favoráveis à bioeletricidade?E.F. – Elas têm melhorado. Depois

    de muito conversar com o governo,

    eles criaram uma diferenciação

    entre o produto térmico – a diesel,

    gás ou biomassa – e já começou-se

    a fazer leilões por fonte, trazendo

    as externalidades positivas para a

    precificação. Então há um avanço,

    mas continua na nossa agenda para

    que possamos ampliar o número de

    usinas que participam da cogeração

    e exportação de energia para a rede.

    Hoje, apenas 40% das usinas produz

    bioletricidade. Outras 60% precisa-

    riam passar por reformas. O retrofit

    para que elas passem a exportar tem

    um custo maior, então é importante

    que os leilões valorizem essa diferen-

    ciação por fonte.

    Ethanol Summit – O que seria neces-sário para que o etanol faça o Brasil ser autossuficiente em combustíveis?E.F. – O ministro das Minas e Ener-

    gia, Eduardo Braga, fez uma apre-

    sentação no Congresso Nacional,

    afirmando que 2023 o Brasil terá

    um déficit de combustível para a

    frota leve de 26 bilhões de litros.

    Já existe no governo uma revisão

    para baixo dessa previsão, já que a

    economia não deverá crescer nada

    este ano. Ainda assim, o déficit po-

    derá ficar em 15 bilhões de litros.

    Dadas as condições de hoje, o etanol

    não tem condições de suprir essa

    demanda. Não há como responder

    aumentando a produtividade nem

    com a expansão, assim como a Pe-

    trobras não conseguirá aumentar

    a produção nas suas refinarias. Se

    for adotada uma política pública,

    que garanta rentabilidade, a gente

    pode suprir uma parcela maior. Foi a

    primeira vez que houve o reconheci-

    mento desse problema. Levar isso a

    público já é importante. Isso mostra

    a urgência da adoção de uma política

    que rentabilize o setor de etanol e

    faça com que a oferta aumente, ge-

    rando emprego e reavivando vários

    municípios na área em que é per-

    mitido produzir cana-de-açúcar, de

    acordo com o zoneamento agroe-

    cológico. A economia dos municí-

    pios seria revitalizada com a maior

    oferta de combustível – além da

    questão ambiental. ●

    A energia de biomassa é

    complementar à hidrelétrica, pois sua maior

    oferta se dá justamente

    no período de seca, quando

    o nível dos reservatórios

    está mais baixo

    O ministro das Minas e Energia, Eduardo Braga, fez uma apresentação no Congresso Nacional, afirmando que em 2023 o Brasil terá um déficit de combustível para a frota leve de 26 bilhões de litros

    Isso mostra a urgência da adoção de uma política que rentabilize o setor de etanol e faça com que a oferta aumente, gerando emprego e reavivando vários municípios

    /FmcAgricolaBrasil/fmcagricola /fmcagricola /fmcagricola

    /FmcAgricolaBrasil/fmcagricola /fmcagricola /fmcagricola

    Cana brasileira: orgulho em produzir diversidade.

    O setor sucroenergético brasileiro é motivo de orgulho para o país e exemplo em todo o mundo. É símbolo de tecnologia e desenvolvimento, que gera riqueza, dá empregos e coloca o Brasil em destaque entre as maiores potências. Com a cana, a cada dia estamos mais fortes.

    fmcagricola.com.brEntrevista

  • THIN

    KSTO

    CKPH

    OTO

    S

    16 17

    Desde o início de 2015, quando a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) ado-tou o sistema de bandeiras para a tarifação de energia elétrica no País, elas têm sido vermelhas, sinalizando o alto custo da geração da

    eletricidade para atender ao mercado consumidor

    de energia elétrica. Na bandeira vermelha, a conta

    de energia elétrica sofre um acréscimo de R$ 5,50

    para cada 100 kWh consumidos, indicando que o

    custo de geração de energia está elevado, por conta

    do acionamento de termelétricas para poupar água

    nos reservatórios. A boa notícia é que, nos canaviais

    existentes hoje, reside um potencial de oferta de

    energia elétrica pelo setor sucroenergético para o

    Sistema Interligado Nacional (SIN) seis vezes maior

    do que foi exportado em 2014, e que pode ser apro-

    veitado para mitigar situações adversas de oferta

    hídrica como a que temos vivenciado recentemente.

    “O preço da energia na bandeira vermelha mostra

    a importância de tentarmos inserir na matriz elé-

    trica cada vez mais fontes que possam dar garantias

    de suprimento, poupando água nos reservatórios e,

    ao mesmo tempo, não onerando tanto o consumidor

    final”, afirma Zilmar de Souza, gerente de Bioele-

    tricidade da União da Indústria de Cana-de-Açúcar

    (UNICA) e professor da Fundação Getulio Vargas

    (FGV/SP). Segundo o especialista, “a bioeletricidade

    da cana tem mostrado que pode ser uma das solu-

    ções rápidas do lado da oferta em cenário de crise

    hídrica, estimulando a geração na safra e na entres-

    safra, com o aproveitamento tanto do bagaço e da

    palha quanto de biomassas complementares, como

    o cavaco de madeira”. “Em 2014, o setor sucroener-

    gético ofertou para o SIN um total de 19,4 mil GWh.

    Mas podemos ir além. Com o pleno uso energético

    da biomassa da cana, o potencial técnico dessa fonte

    poderia chegar a 177 mil GWh até 2023, ofertados

    para a rede elétrica, o que corresponderia à energia

    produzida por duas usinas hidrelétricas do porte de

    Itaipu”, avalia Elizabeth Farina, presidente da UNICA.

    ENERGIA ELÉTRICA DE BIOMASSADE CANA-DE-AÇÚCAR EXPORTADA PARA O SISTEMA INTERLIGADO

    NACIONAL PODERIA SER SEIS VEZES MAIOR QUE A ATUAL

    A ERA DA BIOELETRICIDADE

    Reportagem

  • Reservatório abaixo do nível de segurança hídrica: a falta de chuvas compromete a capacidade de geração das usinas hidrelétricas

    18 19

    A bioeletricidade sucroenergética

    já tem ajudado a baratear o custo da

    energia elétrica no País. Em 2014, a

    geração do setor para a rede signifi-

    cou mais de 4% do consumo total de

    energia elétrica do Brasil, atendendo

    a 15% do consumo residencial. “Além

    disso, a energia da cana ofertada

    para a rede, predominantemente no

    período seco, foi equivalente a termos

    poupado 13% da água nos reservató-

    rios das hidrelétricas do submercado

    elétrico Sudeste/Centro-Oeste, princi-

    pal do País, responsável por 60% do

    consumo de eletricidade. Quando se

    inclui as demais biomassas, além da

    cana, poupamos 14% da água nesses

    reservatórios”, diz Zilmar de Souza.

    Energia renovável e sustentável, de

    reduzido impacto ambiental, a bioele-

    tricidade tem a vantagem adicional de

    contribuir para a redução de gases do

    efeito estufa. Estima-se que a oferta

    de bioeletricidade da cana para a rede,

    em 2014, evitou a emissão de 8,3 mi-

    lhões de toneladas de gás carbônico

    (CO2). Para se conseguir o equiva-

    lente por meio de árvores nativas, se-

    ria preciso plantar quase 60 milhões

    ao longo de 20 anos. Além do mais,

    sem essa oferta de energia em 2014

    para a rede, a matriz de emissões de

    gases do efeito estufa, do lado do se-

    tor elétrico, teria sido 18% superior.

    No fim deste ano, durante a Confe-

    rência das Partes (COP-21), em Paris,

    representantes das Nações Unidas,

    cientistas e líderes governamentais

    estarão discutindo como lidar com

    as mudanças climáticas. Diante desse

    desafio de reduzir emissões, “a bioele-

    tricidade sucroenergética mostra ao

    mundo, na prática, como contribuir

    para garantir o suprimento energé-

    tico com sustentabilidade a um país

    continental como é o Brasil”, sustenta

    Zilmar. A bioeletricidade da cana é

    a terceira fonte mais importante da

    OS IMPACTOS DA CRISE HÍDRICA

    “A bioeletricidade a partir da biomassa da cana pode, mediante políticas adequadas para

    a matriz elétrica brasileira, contribuir

    muito para a diminuição dos efeitos

    de uma crise hídrica, como a que

    estamos observando recentemente,

    sobretudo devido à sua produção

    ocorrer exatamente nos períodos de

    estiagem”, afirma André Elia Neto,

    consultor Ambiental e de Recurso

    Hídrico da UNICA.

    O setor sucroenergético já supre

    uma parte significativa da energia

    elétrica pela cogeração com o bagaço

    e a palha da cana. Além da oferta

    de eletricidade para o Sistema

    Nacional Integrado (SIN), a energia

    destinada ao autoconsumo das

    usinas de açúcar e etanol tem se

    mantido na casa dos 13 mil GWh nos

    últimos três anos. “Apenas em 2014,

    a energia de biomassa garantiu uma

    economia de 14% dos reservatórios

    hidrelétricos das regiões Sudeste

    e Centro-Oeste, responsável por

    60% do consumo brasileiro”, diz

    André Elia Neto. Também em 2014,

    foram produzidos 20,815 mil GWh

    de energia elétrica provenientes

    da bioeletricidade (incluindo todo

    tipo de biomassa), 21% acima do

    realizado em 2013. “Essa quantidade

    seria capaz de abastecer 11 milhões

    de residências ou equivalente a 52%

    da energia que será produzida por

    Belo Monte, a partir de 2019”, garante

    o consultor da UNICA. A elevação

    do custo da energia elétrica para os

    brasileiros, porém, é apenas um dos

    aspectos da atual crise hídrica que

    o Brasil enfrenta. A falta de chuvas

    afeta muito mais as atividades que

    dependem de água na estiagem e

    é agravada pela falta de reserva, ou

    seja, quando os reservatórios chegam

    ao nível abaixo da segurança hídrica.

    Nesse contexto, a população

    urbana em geral e as indústrias

    instaladas nas cidades com queda

    no abastecimento têm maior

    dependência do fornecimento de

    água. “Na agricultura, que depende

    da estiagem para a maturação e

    colheita dos produtos, como é o caso

    da produção canavieira, pode se dizer

    que bastam as chuvas médias para

    recompor a umidade do solo e se

    ter um balanço hídrico condizente”,

    afirma André Elia Neto.

    Plantação de cana-de-açúcar, de onde sai a matéria-prima para o etanol e os subprodutos usados na geração de bioeletricidade

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    ÃO

    “Em 2014, a energia de biomassa garantiu uma economia de 14% dos reservatórios hidrelétricos das regiões Sudeste e Centro-Oeste”, afirma André Elia Neto

    Reportagem

  • EVOLUÇÃO DA GERAÇÃO (TWH) DA BIOELETRICIDADE DA CANA

    2 0 0 5 2 0 0 6 2 0 0 7 2 0 0 8 2 0 0 9 2 0 1 0 2 0 1 1 2 0 1 2 2 0 1 3 2 0 1 4

    6,6 7,2 7,9 7,7 8,2 13,6 12,3 13,0 13,9 13,21,1 1,3 3,2 4,4 5,9 8,8 9,9 12,1 16,0 19,4

    0

    4

    8

    12

    16

    2

    6

    10

    14

    18

    20

    20 21

    forte e complementariedade com

    hídricas, baixo impacto ambiental

    etc.), mas reconhecemos que ocor-

    reram alguns avanços a partir de

    2013”, afirma Zilmar, para quem o

    momento atual exige uma definição

    do papel de longo prazo da bioeletri-

    cidade na matriz energética do Brasil.

    “É uma condição necessária para o

    maior aproveitamento do potencial

    do setor sucroenergético, evitando-se

    a descontinuidade que verificamos

    na contratação e ritmo de inserção

    da fonte de biomassa na matriz de

    energia elétrica.”

    Um fator para o avanço da oferta

    de bioeletricidade foi a criação do

    Selo Energia Verde. Lançado em 26

    de janeiro deste ano pela UNICA,

    em cooperação com a Câmara de

    Comercialização de Energia Elétrica

    (CCEE), a certificação é a primeira no

    Brasil focada estritamente na energia

    produzida a partir da cana-de-açú-

    car. Atualmente, o total de energia

    que será fornecida em 2015 para o

    SIN pelas usinas detentoras do Selo

    Energia Verde é equivalente a abaste-

    cer 3,5 milhões de residências o ano

    inteiro, evitando a emissão de quase

    três toneladas de CO2. Para atingir a

    mesma economia desse gás ao longo

    de 20 anos, seria preciso plantar 17

    milhões de árvores nativas.

    Para que todo esse potencial da

    bioeletricidade, tanto econômico

    quanto ambiental, saia do papel

    efetivamente, de forma contínua e

    consolidada, o marco institucional

    para o setor sucroenergético deve

    conter um ordenamento regulató-

    rio de longo prazo que reconheça os

    benefícios da bioeletricidade e que

    garanta um ambiente econômico

    estável, seguro e estimulante para

    os empreendedores. ●Fonte: UNICA, a partir de MME e CCEE (2015)

    Consumo próprio

    Venda ao mercado externo

    O PIONEIRO SELO ENERGIA VERDE

    Em 26 de janeiro de 2015, a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA) e a Câmara de

    Comercialização de Energia Elétrica

    (CCEE) lançaram o Programa de

    Certificação da Bioeletricidade. O

    Selo Energia Verde é concedido

    a consumidores de energia

    no Ambiente de Contratação

    Livre, quando pelo menos 20%

    da eletricidade consumida tem

    origem na produção sustentável

    da bioeletricidade sucroenergética

    por usinas também certificadas.

    Para obter a certificação, as usinas

    produtoras de bioeletricidade

    devem ser associadas à UNICA

    e participar do Protocolo

    Agroambiental do Estado de São

    Paulo ou o equivalente quando se

    tratar de usinas em outros estados.

    O Selo Energia Verde já

    foi entregue a 43 usinas de

    bioeletricidade e a cinco

    consumidores livres, que somam

    o equivalente ao abastecimento

    de 3,5 milhões de residências,

    reduzindo a emissão de CO2 em

    quase três milhões de toneladas.

    Para Zilmar de Souza, da UNICA,

    o Programa de Certificação da

    Bioeletricidade, primeiro do mundo

    focado em biomassa da cana,

    contribui para o desenvolvimento

    dessa fonte renovável e sustentável

    de eletricidade.

    matriz de energia elétrica do Brasil

    em termos de capacidade instalada,

    atingindo o marco de 10 mil MW em

    potência efetivamente.

    Fiscalizada pela Agência Nacio-

    nal de Energia Elétrica (Aneel), atrás

    apenas das fontes hídrica e de gás

    natural, quase 2,5 vezes superior à

    capacidade instalada pelas termelé-

    tricas à base de óleo combustível e

    diesel, a geração de bioeletricidade

    é aproximadamente três vezes a do

    parque gerador à base de carvão mi-

    neral. A oferta de bioeletricidade para

    a rede teve um impulso importante

    com o modelo de contratação instau-

    rado a partir de 2005, com a criação

    dos ambientes de contratação regu-

    lada e livre (veja a evolução da oferta

    no gráfico). No ambiente de contra-

    tação regulada passaram a ocorrer

    os leilões federais – ainda hoje essa

    é a principal porta de entrada para

    a bioeletricidade, por oferecer con-

    tratos de longo prazo, baixo risco de

    crédito e receita indexada.

    Em 2008, quando o cenário para

    o setor sucroenergético era mais

    promissor, a bioeletricidade chegou

    a comercializar mais de 30 projetos

    em um único leilão. Depois desse pe-

    ríodo, a falta de uma política clara

    do papel da bioeletricidade e do eta-

    nol na matriz de energia do Brasil,

    a bioeletricidade foi reduzindo sua

    participação nos leilões regulados.

    “Ainda permanecemos concorrendo

    com carvão e gás sem considerar a

    questão das emissões na formação

    do preço teto nos leilões, sem obser-

    var adequadamente também outras

    externalidades da bioeletricidade (ge-

    ração próxima à carga, evitando per-

    das e investimentos em transmissão

    Usina de bioenergia em atividade: redução nas emissões de gases geradores de efeito estufa

    “A bioeletricidade sucroenergética

    mostra ao mundo, na prática, como

    contribuir para garantir o suprimento

    energético com sustentabilidade”,

    afirma Zilmar de Souza

    Reportagem

  • Palestrantes

    22 23

    Alan Bojanic Representante no Brasil da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura - FAO (representando o Diretor-Geral da FAO, José Graziano)

    C E R I M Ô N I A D E A B E R T U R A0 6 / 0 7 – T A R D E

    Alan Hiltner Vice-Presidente Executivo, GranBio

    P A I N E L 40 7/ 0 7 – M A N H Ã

    Aldemir Bendine Presidente, Petrobras

    C E R I M Ô N I A D E A B E R T U R A0 6 / 0 7 – T A R D E

    P A L E S T R A0 6 / 0 7 – T A R D E

    P L E N Á R I A 10 6 / 0 7 – T A R D E

    André Nassar Secretário de Políticas Agrícolas, MAPA

    P A I N E L 90 7/ 0 7 – T A R D E

    André Rocha Presidente do Fórum Nacional Sucroenergético

    C E R I M Ô N I A D E E N C E R R A M E N T O0 7/ 0 7 – T A R D E

    Antonio Carlos Zem Presidente para a América Latina, FMC

    P L E N Á R I A 30 7/ 0 7 – M A N H Ã

    Realizado a cada dois anos desde 2007, quando foi lan-çado pela União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), o Ethanol Summit é um dos princi-

    pais eventos do mundo sobre ener-

    gias renováveis, com destaque para

    o papel do etanol e demais produtos

    derivados da cana-de-açúcar no âm-

    bito da sustentabilidade.

    O encontro reúne empresários,

    autoridades de diversos níveis gover-

    namentais, pesquisadores, investido-

    res, fornecedores e acadêmicos do

    Brasil e do exterior. A edição 2015 do

    Ethanol Summit é organizada para

    a UNICA pela MCI, uma das maiores

    empresas de congressos do mundo,

    com sede na Suíça e presente em 57

    cidades de 30 países.

    As páginas a seguir trazem a lista

    completa dos palestrantes e mode-

    radores. A organização do Ethanol

    Summit 2015 conta ainda com a par-

    ticipação da MediaLink Projetos em

    Comunicação, do jornalista Adhemar

    Altieri, organizador das edições de

    2009, 2011 e 2013 do evento. ●

    PALESTRANTES, MODERADORES E CONVIDADOS DO MAIOR ENCONTRO MUNDIAL DEDICADO AO ETANOL

    QUEMÉ QUEM

  • Palestrantes

    24 25

    Antônio Delfim Netto Ex-Ministro da Fazenda e do Planejamento

    P L E N Á R I A 30 7/ 0 7 – M A N H Ã

    Cristina Maria do Amaral Azevedo Secretária Adjunta do Meio Ambiente de São Paulo

    P A I N E L 80 7/ 0 7 – T A R D E

    Beto Richa Governador do Paraná

    P L E N Á R I A 40 7/ 0 7 – T A R D E

    Daniel Bachner Diretor Global para Cana-de-Açúcar, Syngenta

    P A I N E L 30 7/ 0 7 – M A N H Ã

    Carlos Alberto de Oliveira Roxo Membro do Comitede Sustentabilidade do Conselho, Fibria

    P L E N Á R I A 20 6 / 0 7 – T A R D E

    Eduardo Braga Ministro das Minas e Energia

    C E R I M Ô N I A D E A B E R T U R A0 6 / 0 7 – T A R D E

    P L E N Á R I A 20 6 / 0 7 – T A R D E

    Cézar Faiad Neto Superintendente de Negócios, Açúcar, Etanol e Energia, Dedini

    P A I N E L 20 7/ 0 7 – M A N H Ã

    Elizabeth Farina Diretora Presidente, UNICA

    C E R I M Ô N I A D E A B E R T U R A0 6 / 0 7 – T A R D E

    P L E N Á R I A 10 6 / 0 7 – T A R D E

    C E R I M Ô N I A D E E N C E R R A M E N T O0 7/ 0 7 – T A R D E

    Conrad Burke Diretor de Marketing Global para Biocombustíveis Avançados, DuPont

    P A I N E L 40 7/ 0 7 – M A N H Ã

    Arnaldo Jardim Secretário da Agricultura de São Paulo (representando o Governador de São Paulo, Geraldo Alckmin)

    C E R I M Ô N I A D E A B E R T U R A0 6 / 0 7 – T A R D E

    C E R I M Ô N I A D E E N C E R R A M E N T O0 7/ 0 7 – T A R D E

    Emerson George de Vasconcellos Presidente, Novozymes América Latina

    P A I N E L 20 7/ 0 7 – M A N H Ã

    Franck Turkovics Responsável, Inovação de Powertrain, Grupo PSA Brasil (Peugeot-Citroen)

    P A I N E L 60 7/ 0 7 – T A R D E

  • Palestrantes

    26 27

    Francisco Nigro Professor, Departamento de Engenharia Mecânica da POLI/USP

    P A I N E L 60 7/ 0 7 – T A R D E

    Giovana Araujo Analista, Agronegócio – Itaú BBA (Estudo Impactos Financeiros)

    P A I N E L 90 7/ 0 7 – T A R D E

    Guilherme Belardo Gerente de Desenvolvimento de Produto para Cana-de-Açúcar, CNH LatAm

    P A I N E L 1 00 7/ 0 7 – T A R D E

    Gustavo Leite Presidente, Centro de Tecnologia Canavieira

    P A I N E L 40 7/ 0 7 – M A N H Ã

    Helder Luiz Goslin Diretor, Grupo São Martinho

    P A I N E L 50 7/ 0 7 – M A N H Ã

    Geraldo Alckmin Governador de São Paulo

    P L E N Á R I A 40 7/ 0 7 – T A R D E

    Henry Joseph Jr Vice-Presidente, Anfavea

    P A I N E L 60 7/ 0 7 – T A R D E

    Ildo Sauer Diretor, Instituto de Energia e Ambiente - IEE/USP

    P L E N Á R I A 10 6 / 0 7 – T A R D E

    Isaías Macedo Pesquisador, UNICAMP

    P A I N E L 80 7/ 0 7 – T A R D E

    Ismael Perina Presidente, Câmara Setorial do Açúcar e do Álcool

    P L E N Á R I A 30 7/ 0 7 – M A N H Ã

    João Carlos de Souza Meirelles Secretário de Energia de São Paulo

    P A I N E L 10 7/ 0 7 – M A N H Ã

    John Melo CEO, Amyris

    P A I N E L 20 7/ 0 7 – M A N H Ã

  • Palestrantes

    28 29

    José Bressiani Diretor Agrícola, GranBio

    P A I N E L 1 00 7/ 0 7 – T A R D E

    Luis Roberto Pogetti Presidente do Conselho Deliberativo, UNICA

    C E R I M Ô N I A D E A B E R T U R A0 6 / 0 7 – T A R D E

    P L E N Á R I A 30 7/ 0 7 – M A N H ÃJosé Roberto Affonso

    Consultor e Pesquisador, FGV

    P A I N E L 90 7/ 0 7 – T A R D E

    Luiz Horta Nogueira Pesquisador, Unicamp

    P A I N E L 70 7/ 0 7 – T A R D E

    Julio César Maciel Raimundo Diretor, BNDES

    C E R I M Ô N I A D E A B E R T U R A0 6 / 0 7 – T A R D E

    Luiz Louzano Diretor de Biotecnologia para a América Latina, BASF

    P A I N E L 30 7/ 0 7 – M A N H Ã

    Kátia Abreu Ministra da Agricultura

    C E R I M Ô N I A D E A B E R T U R A0 6 / 0 7 – T A R D E

    Magda Chambriard Diretora-Geral, Agência Nacional de Petróleo - ANP

    P L E N Á R I A 10 6 / 0 7 – T A R D E

    Ladislau Martin Neto Diretor Executivo de Pesquisa e Desenvolvimento, Embrapa

    P A I N E L 30 7/ 0 7 – M A N H Ã

    José Carlos de Miranda Farias Diretor-Presidente, CHESF

    P A I N E L 10 7/ 0 7 – M A N H Ã

    Manoel Regis Lima Verde Leal Diretor de Sustentabilidade, Laboratório Nacional de Ciência e Tecnologia de Bioetanol - CTBE

    P A I N E L 80 7/ 0 7 – T A R D E

    Marcelo Moreira Pesquisador Senior, Agroícone

    P A I N E L 70 7/ 0 7 – T A R D E

  • Palestrantes

    30 31

    Marcelo Vieira Conselheiro, Adecoagro

    P L E N Á R I A 20 6 / 0 7 – T A R D E

    Marcos Landell Diretor, Instituto Agronômico de Campinas - IAC

    P A I N E L 30 7/ 0 7 – M A N H Ã

    Markus Rarbach Diretor de Biocombustíveis e Derivados, Clariant

    P A I N E L 40 7/ 0 7 – M A N H Ã

    Michel Santos Presidente do Conselho, Bonsucro

    P A I N E L 80 7/ 0 7 – T A R D E

    Onofre Andrade Coordenador de Pesquisa para Biocombustíveis de Aviação, Boeing

    P A I N E L 70 7/ 0 7 – T A R D E

    Otavio Okano Presidente, Cetesb

    P A I N E L 80 7/ 0 7 – T A R D E

    Pedro Mizutani Vice-Presidente Executivo, Raízen

    P L E N Á R I A 30 7/ 0 7 – M A N H Ã

    P A I N E L 40 7/ 0 7 – M A N H Ã

    Rachel Biderman Diretora para o Brasil, World Resources Institute - WRI/ Coalizão Brasil

    P L E N Á R I A 20 6 / 0 7 – T A R D E

    René de Assis Sordi Assessor de Tecnologia Agronômica, Grupo São Martinho

    P A I N E L 1 00 7/ 0 7 – T A R D E

    Ricardo Abreu Diretor, Mahle Brasil

    P A I N E L 60 7/ 0 7 – T A R D E

  • Palestrantes

    32

    Ricardo Baitelo Coordenador de Clima e Energia, Greenpeace Brasil

    P A I N E L 10 7/ 0 7 – M A N H Ã

    Ricardo Nery Gerente de Supply Chain de Químicos Renováveis, Braskem

    P A I N E L 20 7/ 0 7 – M A N H Ã

    Robert Wright Secretário Geral, ePure

    P L E N Á R I A 10 6 / 0 7 – T A R D E

    Rodrigo Lima Gerente Geral, Agroícone

    P L E N Á R I A 20 6 / 0 7 – T A R D E

    SEUS VALORESNOSSA MISSÃO

    ConteúdoEditorial Design Trade MKT Eventos

    A 3CX é uma agência de comunicação criada há 15 anos para desenvolver produtos editoriais e de design. São nossos clientes Atlas Schindler, Bradesco, Casa Cor, Centro Empresarial de São Paulo e Grupo Doria (revistas Arena, Caviar, Empresarial, Fórum & Negócios, Gabriel, LIDE, Sustentabilidade e Varejo, entre outras). Para a União da Indústria da Cana-de-Açúcar, UNICA, produzimos a revista Ethanol Summit desde 2009. www.3cxeditorial.com

    Rodrigo Rodrigues Vinchi Gerente Corporativo de Desenvolvimento Agrícola, Raízen

    P A I N E L 1 00 7/ 0 7 – T A R D E

  • Palestrantes

    34 35

    Rui Altieri Silva Presidente do Conselho de Administração, CCEE

    P A I N E L 10 7/ 0 7 – M A N H Ã

    Silvio Munhoz Diretor de Ônibus, Scania Brasil

    P A I N E L 60 7/ 0 7 – T A R D E

    Simon Usher CEO, Bonsucro

    P A I N E L 80 7/ 0 7 – T A R D E

    Walfredo Linhares CEO, Solazyme Brasil

    P A I N E L 20 7/ 0 7 – M A N H Ã

    William Burnquist Diretor de Negócios e Melhoramento Genético, CTC

    P A I N E L 30 7/ 0 7 – M A N H Ã

    Sérgio Souza Coordenador da Frente Parlamentar do Setor Sucroenergético

    C E R I M Ô N I A D E E N C E R R A M E N T O0 7/ 0 7 – T A R D E

    Alfred Szwarc Consultor, Tecnologia e Emissões, UNICA

    P A I N E L 60 7/ 0 7 – T A R D E

    Arthur Yabe Milanez Gerente de Biocombustíveis, BNDES

    P A I N E L 1 00 7/ 0 7 – T A R D E

    Carlos Eduardo Cavalcanti Chefe do Departamento de Biocombustíveis, BNDES

    P A I N E L 40 7/ 0 7 – M A N H Ã

    Duarte Nogueira Secretário dos Transportes de São Paulo

    P A I N E L 50 7/ 0 7 – M A N H Ã

    Eduardo Leão de Sousa Diretor Executivo, UNICA

    P A I N E L 90 7/ 0 7 – T A R D E

    Hermann Paulo Hoffmann Coordenador do Programa Melhoramento da Cana, UFSCar

    P A I N E L 30 7/ 0 7 – M A N H Ã

    Moderadores

  • 36

    Moderadores

    Leticia Philips Representante para a América do Norte, UNICA

    P A I N E L 20 7/ 0 7 – M A N H Ã

    Luiz Augusto Barbosa Cortez Pesquisador Unicamp/Fapesp

    P A I N E L 70 7/ 0 7 – T A R D E

    Newton Duarte Presidente Executivo, COGEN

    P A I N E L 10 7/ 0 7 – M A N H Ã

    Xico Graziano Ex-Secretário do Meio-Ambiente de São Paulo

    P A I N E L 80 7/ 0 7 – T A R D E

    William Waack Âncora

    P L E N Á R I A S E C E R I M Ô N I A S

  • 37

    Empresas Associadas

    DIRETORIA

    Elizabeth FarinaDiretora Presidente

    Antonio de Padua RodriguesDiretor Técnico

    Eduardo Leão de SousaDiretor Executivo

    CONSULTORES

    Alfred SzwarcConsultor de Emissões e Tecnologia

    André Elia NetoConsultor Ambiental e de Recursos Hídricos

    José Félix Silva JúniorConsultor de Qualidade e Especificação

    Zilmar de SouzaGerente de Bioeletricidade

    INTERNACIONAL

    Géraldine KutasAssessora Sênior da Presidência para Assuntos Internacionais

    Leticia PhillipsRepresentante para América do Norte

    JULHO DE 2015

    ADECOAGRO●● Angélica Agroenergia●● Monte Alegre●● Nova Ivinhema

    ÁGUA BONITA

    ALTA MOGIANA S.A.

    ALTO ALEGRE●● Unidade Floresta

    BAZAN●● Bazan ●● Bela Vista

    BIOSEV●● Continental ●● Cresciumal●● Jaboticabal●● Jardest●● Lagoa da Prata●● Maracaju●● Morro Agudo●● Passa Tempo●● Rio Brilhante●● Santa Elisa●● Vale do Rosário

    BUNGE●● Frutal●● Guariroba●● Itapagipe●● Moema●● Monteverde●● Ouroeste●● Pedro Afonso●● Santa Juliana

    CEAA - ADM

    CERRADINHO●● Porto das Águas COLOMBO●● Albertina●● Colombo●● Palestina

    COPERSUCAR Balbo

    ●● Santo Antônio●● São Francisco

    Batatais●● Batatais●● Lins

    Cocal●● Narandiba●● Paraguaçu Paulista

    Ferrari

    Furlan●● Avaré●● Furlan

    Ipiranga●● Descalvado●● Iacanga●● Mococa

    Pedra Agroindustrial●● Da Pedra – Buriti●● Da Pedra – Ibirá●● Da Pedra – Ipê●● Da Pedra – Serrana

    Pitangueiras Santa Adélia

    ●● Jaboticabal●● Pereira Barreto●● Pioneiros

    Santa Lúcia Santa Maria J.Pilon São José da Estiva São Luiz São Manoel Umoe Bioenergy

    ●● Umoe Bioenergy II Viralcool

    ●● Santa Inês●● Viralcool I●● Viralcool II

    Zilor●● Barra Grande●● Quatá●● São José

    DELLA COLETTA BIOENERGIA

    ESTER

    GUARANI●● Andrade●● Cruz Alta●● Mandu●● São José●● Severínia●● Tanabi●● Vertente

    NARDINI

    NG BIOENERGIA S/A●● Catanduva●● Meridiano●● Potirendaba●● Sebastianópolis

    ODEBRECHT AGROINDUSTRIAL●● Alcídia●● Alto Taquari●● Conquista do Pontal●● Costa Rica●● Eldorado●● Morro Vermelho●● Perolândia●● Rio Claro●● Santa Luzia

    RAÍZEN●● Araraquara ●● Benálcool●● Bom Retiro●● Bonfim●● Caarapó●● Centroeste●● Costa Pinto●● Destivale●● Diamante●● Dois Córregos●● Gasa●● Ibaté●● Ipaussu●● Junqueira●● Maracaí●● Matriz●● Mundial●● Paraguaçu●● Rafard●● Santa Helena●● São Francisco●● Tamoio●● Tarumã●● Univalem

    RENUKA●● Renuka●● Revati

    RIO PARDO

    RIO VERMELHO AÇÚCAR E ÁLCOOL S/A

    SANTA CRUZ

    SANTA ROSA

    SÃO FERNANDO AÇÚCAR E ÁLCOOL

    SÃO MARTINHO●● São Martinho●● Boa Vista●● Iracema

    USJ – SÃO JOÃO ARARAS