Surdez

39
SURDEZ SURDEZ

Transcript of Surdez

Page 1: Surdez

SURDEZSURDEZSURDEZSURDEZ

Page 2: Surdez

O som e o ouvido humano

O som é um fenômeno resultante da movimentação das partículas do ar. Qualquer evento capaz de causar ondas de pressão no ar é considerado uma fonte sonora.

Page 3: Surdez

O som e o ouvido humano Perceber, reconhecer, interpretar e, finalmente, compreenderos diferentes sons do ambiente só é possível graças à existência de estruturas que funcionam de forma ajustada e harmoniosa, constituindo o sistema auditivo humano.

Page 4: Surdez

O som e o ouvido humano O ouvido humano é composto por três partes: uma, é externa; as outras duas (internas) estão localizadas dentro da caixa craniana.

Page 5: Surdez

O som e o ouvido humano Qualquer alteração ou distúrbio no processamento normal da audição, seja qual for a causa, tipo ou grau de severidade, constitui uma alteração auditiva, determinando, para o indivíduo, uma diminuição da sua capacidade de ouvir e perceber os sons.

Page 6: Surdez

Surdez e Deficiência Auditiva

Denomina-se DEFICIÊNCIA AUDITIVA a diminuição da capacidade de percepção normal dos sons; sendo considerado SURDO o indivíduo cuja audição não é funcional na vida comum, PARCIALMENTE SURDO, aquele cuja audição, ainda que deficiente, é funcional com ou sem prótese auditiva.

Page 7: Surdez

Caracterizando a Surdez

Page 8: Surdez

Período de Aquisição CONGÊNITAS, quando o indivíduo já nasceu surdo. Nesse caso a surdez é pré-lingual, ou seja, ocorreu antes da aquisição da linguagem;

ADQUIRIDAS, quando o indivíduo perde a audição no decorrer da sua vida. Nesse caso a surdez poderá ser pré ou pós-lingual, dependendo da sua ocorrência ter se dado antes ou depois da aquisição da linguagem.

Page 9: Surdez

Causas da Surdez (Etiologia)

PRÉ-NATAIS – surdez provocada por fatores genéticos e hereditários, doenças adquiridas pela mãe na época da gestação (rubéola, toxoplasmose, citomegalovírus), e exposição da mãe a drogas ototóxicas (medicamentos que podem afetar a audição).

Page 10: Surdez

Causas da Surdez (Etiologia)

PERI-NATAIS: Surdez provocadamais frequentemente por partoprematuro, falta de oxigenação no

cérebro logo após o nascimento e trauma de parto (uso inadequado de fórceps, parto excessivamente rápido, parto demorado).

Page 11: Surdez

Causas da Surdez (Etiologia)

PÓS-NATAIS: Surdez provocada por doenças adquiridas pelo indivíduo ao longo da vida, como: meningite, caxumba, sarampo. Além do uso de medicamentos ototóxicos, outros fatores também têm relação com a surdez, como avanço da idade e acidentes.

Page 12: Surdez

Tipo de Surdez(Localização da Lesão)

CONDUTIVA: quando está localizada no ouvido externo e/ou ouvido médio; o que impede ou dificulta a transmissão das ondas sonoras até o ouvido interno. O distúrbio no ouvido externo costuma decorrer de otite, malformação ou da ausência do pavilhão auditivo. Já o distúrbio no ouvido médio costuma ser produzido por traumatismos que provocam perfuração do tímpano ou por alterações na cadeia de ossinhos. Normalmente não são graves nem duradouras e há possibilidade de tratamento médico ou cirúrgico.

Page 13: Surdez

Tipo de Surdez(Localização da Lesão)

NEUROSSENSORIAL: Quando a alteração está localizada no ouvido interno (cóclea). Sua origem pode ser genética, produzida por intoxicação (medicamentos), por infecção (meningite) ou por alterações vasculares do ouvido interno. Esse tipo de surdez não afeta apenas a quantidade da audição, mas também sua qualidade. Não apenas se ouve menos, mas o que se ouve é distorcido. As surdezes neurossensoriais costumam ser permanentes, e até pouco tempo. Não era possível intervenção cirúrgica, contudo, há estudos recentes de um implante coclear.

Page 14: Surdez

Tipo de Surdez(Localização da Lesão)

MISTA: quando a alteração está localizada no ouvido externo e/ou médio e ouvido interno. Sua origem pode ser uma das causas próprias da surdez neurossensorial ou uma confluência das causas próprias de cada tipo de surdez. Podendo também ocorrer devido a fatores genéticos, determinantes de má formação. O tratamento das surdezes mistas decorrer de cada um dos dois tipos que engloba.

Page 15: Surdez

Grau de perda Auditiva A perda auditiva é avaliada por sua intensidade em cada um dos ouvidos em função de diversas frequências. A intensidade do som é medida em decibéis (dB).

O grau de perda auditiva é classificado em: Perda Leve de 20 a 40 dB

Perda Média/Moderada

de 40 a 70 dB

Perda Séria/ Severa de 70 a 90 dB

Perda Profunda superior a 90 dB

Page 16: Surdez

Grau de perda Auditiva Podem-se destacar algumas correspondências aproximadas na intensidade do som:

A surdez podeser classificada também, como unilateral, quando se apresenta em apenas um ouvido e bilateral, quando acomete ambos ouvidos.

20 dB Fala em cochicho

40 dB Fala suave

60 dB Conversa normal

80 dB Trânsito ruidoso

100 dB Escavadeira

Page 17: Surdez

A medição da Audição A audiometria (tonal/ vocal) é um exame que avalia a audição e deve ser realizado pelo profissional especializado: fonoaudiólogo. O paciente, no interior de uma cabine, é testado para sua audição. O resultado é expresso em um audiograma, que é um gráfico que revela as capacidades auditivas do paciente.

Page 18: Surdez

A medição da AudiçãoA prova de POTENCIAIS EVOCADOS

AUDITIVOS, é a mais utilizada e confiável com crianças menores de 3 anos. Baseia-se no envio de estímulos sonoros às várias estruturas da via auditiva. Os sinais bioelétricos provocados por tais estímulos são captados por eletrodos e posteriormente registrados e analisados por um computador.

Page 19: Surdez

Grau da Surdez e Desenvolvimento

Infantil

Page 20: Surdez

Sendo a surdez uma privação sensorial que interfere diretamente na comunicação, alterando a qualidade da relação que o indivíduo estabelece com o meio, ela pode ter sérias implicações para o desenvolvimento de uma criança, conforme o grau da perda auditiva que as mesmas apresentem.

Grau da Surdez e Desenvolvimento Infantil

Page 21: Surdez

A criança é capaz de perceber os sons da fala; adquire e desenvolve a linguagem oral espontaneamente; o problema geralmente é tardiamente descoberto;

dificilmente se coloca o aparelhode amplificação porque a audição é

muito próxima do normal.

Surdez Leve

Page 22: Surdez

A criança pode demorar um pouco para desenvolver a fala e linguagem; apresenta alterações articulatórias (trocas na fala) por não perceber todos os sonscom clareza; tem dificuldade em perceber a fala em ambientesruidosos; são crianças desatentas ecom dificuldade no aprendizado da leitura e escrita.

Surdez Moderada

Page 23: Surdez

A criança terá dificuldades em adquirir a fala e linguagem espontaneamente; poderá adquirir vocabulário do contexto familiar; existe a necessidade do uso de aparelho de amplificação e acompanhamento especializado.

Surdez Severa

Page 24: Surdez

A criança dificilmentedesenvolverá a linguagem oral espontaneamente; só responde auditivamente a sons muito intensos como: bombas, trovão, motor de carro

e avião; Frequentementeutiliza a leitura orofacial; necessita

fazer uso de aparelho de amplificaçãoe/ou implante coclear, bem como de

acompanhamento especializado.

Surdez Profunda

Page 25: Surdez

Sinais de Deficiência Auditiva Defeitos de linguagem; Expressão oral pobre; Pedidos para que se repitam palavras e instruções; Uso demasiado de (O que? Como?); Andar arrastando os pés; Ausência de reações a sons pouco intensos, fora de seu campo visual; Dores no ouvido; Cabeça virada para ouvir melhor, em posições pouco comuns; Escolaridade deficiente;

Page 26: Surdez

Sinais de Deficiência Auditiva Ditados com muitos erros; Olhar dirigido mais para os lábios do interlocutor do que para os olhos; Dificuldades de contatos afetivos; Irritabilidade; Falta de interesse principalmente por jogos e atividades em grupo; Insegurança em brincadeiras ao ar livre; Dificuldade para a leitura e a escrita; Nem sempre atende a chamados; É retraída e desconfiada; Fala muito alto ou muito baixo.

Page 27: Surdez

O papel do professor frente aos problemas auditivos

Pelo fato das deficiências auditivas, muitas vezes, virem a ser detectadas somente na escola o professor deve tomar determinados cuidados:

Falar claramente em tom natural;

Sentar a criança mais perto de sua mesa;

Permanecer em posição tal que o aluno possa ver seu rosto com facilidade;

Oferecer-lhe oportunidades de participar de atividade de grupo;

Page 28: Surdez

O papel do professor frente aos problemas auditivos

Evitar falar enquanto escreve na lousa; Utilizar material visual variado; É importante que as crianças surdas convivam com as pessoas que ouvem, que sejam estimuladas a falar, evitando que constituam um grupo à parte; Conversas com os pais também serão de grande auxilio, pois eles também devem contribuir para o ajustamento do filho e fornecer informações importantes que poderão ajudar no desenvolvimento global da criança.

Page 29: Surdez

Língua Brasileira de Sinais LIBRAS

São sistemas de sinais independentes das línguas faladas;

Contrariamente a uma ideia preconcebida não existe uma língua de sinais utilizada e compreendida universalmente;

A língua de sinais tem uma estrutura própria. Um sinal gestual remete a um conceito, não existindo uma correspondência termo a termo como a língua oral;

Page 30: Surdez

Alfabeto

Page 31: Surdez

Em se tratando da educação dos surdos existem alguns profissionais, com funções distintas, que se encarregam do processo: o Professor Regente, o Intérprete de Libras, o Instrutor de Libras e o Professor de Atendimento Educacional Especializado (AEE).

Page 32: Surdez

O instrutor é aquele que tem o papel de ensinar a Libras. (No DECRETO Nº 5.626, DE 22 DE DEZEMBRO DE 2005.)

O intérprete é aquele que tem o papel de intermediar a comunicação entre o idioma do emissor ao idioma do receptor. Obs. É importante ressaltar que em todos os casos previstos nos incisos do Decreto , as pessoas surdas terão prioridade em cursos de formação e para ministrar a disciplina de Libras.

Page 33: Surdez

Diretrizes da Secretaria de

Estado da Educação

A atuação do intérprete e do instrutor de Libras é de extrema importância para junto com o professor propiciar a construção do conhecimento que leve o aluno ao pleno exercício de sua cidadania.

Page 34: Surdez
Page 35: Surdez
Page 36: Surdez

Prevenção de Problemas Auditivos

Orientar as crianças na higiene do ouvido, bem como em relação a imprudências praticadas em brincadeiras que podem levar à perdas auditivas e até mesmo à surdez. Tais Como:

O conceito errôneo de que cera é sujeira e precisa ser removida;

Combater o hábito de limpar o ouvido com a unha, grampos, palitos ou outros objetos pontiagudos;

Ao limpar o ouvido evitar o uso de objetos que empurram a cera em direção à membrana timpânica, pois pode ocorrer trauma no canal e até no tímpano;

Page 37: Surdez

Prevenção de Problemas Auditivos

Não introduzir objetos estranhos no ouvido;

Evitar o uso indiscriminado de gotas otológicas;

Não descuidar de gripes, rinofagites, amigdalites e principalmente das dores no ouvido;

Usar antibióticos somente com prescrição médica;

Tomar cuidado com os tampões de algodão que não devem ser muito pequenos nem afundados no conduto auditivo.

Page 38: Surdez

O Papel da Família A atitude dos pais diante da surdez de seu filho terá uma influência considerável;

As reações podem ser muito diversas. Há pais que tentam negar sua existência e consequentemente, tratam seus filhos como se fossem ouvinte;

Outros, ao contrário, desenvolvem atitudes de superproteção;

Em uma posição intermediária, mais positiva, estão os pais que aceitam as consequências da surdez, criam um ambiente descontraído de comunicação e se dispõem a aprender e a utilizar com seu filho o tipo de comunicação mais enriquecedor.

Page 39: Surdez

O Papel da Família Um fator diferencial importante é se os pais também são surdos ou se são ouvintes;

Se forem surdos, os pais aceitam com mais facilidade a surdez de seu filho, compreendem melhor sua situação e oferecem à criança, um sistema de comunicação, que adquirirá com grande facilidade;

No caso dos pais ouvintes, que são 90% do total, embora tenham maior competência na língua oral, experimentam maiores dificuldades para encontrar um modelo de comunicação adequado.