t Sangue

download t Sangue

of 10

description

anatomia

Transcript of t Sangue

UNIVERSIDADE SO MARCOS

PAGE 24

III Medula ssea

A cavidade de todos os ossos so preenchidos por um tecido conjuntivo especial. Por essa razo, este tecido chamado de medula ssea. Esse tecido pode ser dividido em dois grandes grupos:

1 MEDULA SSEA VERMELHA

conhecida como tecido hematopoitico, isto , a regio onde todas as clulas do sangue so formadas. Este um tecido conjuntivo, formado basicamente por fibras reticulares em ntima associao com clulas reticulares. Alm destas clulas, esto presentes as clulas precurssoras de todas as demais clulas sanguneas (dos eritrcitos, leuccitos e plaquetas), denominadas clulas-tronco hematopoiticas (Figura 3.1). Estas clulas-tronco multiplicam-se e uma parte das novas clulas transforma-se nas clulas sanguneas, que abandonam o interior dos ossos e entram na corrente sangunea.

Nos embries e at a idade infantil, todos os ossos so preenchidos por medula vermelha. Nos adultos, esta medula possui uma distribuio bem limitada: encontra-se nas vrtebras, costelas, ossos cranianos, ossos longos e no esterno.

Figura 3.1. Corte da medula ssea vermelha (hematgena) mostrando os grupos de clulas, em escuro, que so de sustentao (estroma) e clulas hematgenas. As reas mais claras (S) so capilares sinusides.

2 MEDULA SSEA AMARELA

A medula amarela substitui a medula vermelha dos demais ossos nos adultos. formada basicamente por clulas do tecido adiposo.

Bibliografia:

Junqueira, L. C.; Carneiro, J. Histologia Bsica. Nona Edio, Ed. Guanabara Koogan, RJ, 1999.

Starr, C. Biology: The Unity and Diversity of Life. Wadsworth Publishing Company Inc., Belmont, California.- ltima edio.IV - Tecido Sanguneo

O sangue uma massa lquida contida em um compartimento fechado, o sistema circulatrio. O volume total de sangue em um homem normal de 70 kg de aproximadamente 5,5 litros.

A observao microscpica mostra que o sangue formado de duas fases: os glbulos sanguneos e o plasma, a parte lquida que constitui cerca de 55% do volume total do sangue. O plasma formado por protenas, sais, glicose e vitaminas dissolvidos em gua. Este o principal meio de distribuio destes nutrientes para as clulas de todo o organismo. Quando o sangue retirado do organismo, coagula, isto , das clulas separa-se um lquido amarelo-claro, o soro sanguneo.

Alm da parte lquida, o sangue possui clulas especializadas em vrias funes. Os glbulos sanguneos so os eritrcitos ou hemcias, as plaquetas e diversos tipos de leuccitos. Estes ltimos so esfricos e classificados em dois grupos, os granulcitos e os agranulcitos.

1 ERITRCITOS (hemcias ou glbulos vermelhos)

So clulas bicncavas (Figura 4.1) e altamente especializadas em captar o oxignio dos pulmes e destribui-lo para as clulas do corpo. Tambm retiram o gs carbnico destas clulas e levam-no para o pulmo, para ser expelido.

Figura 4.1. Esquerda: Micrografia eletrnica de varredura de heritrcitos humanos. Notar a forma bicncova destas clulas. 6500x. Direita: Fotomicrografia de um esfregao de sangue humano corado. Notar as numerosas hemcias e, ao centro, um eusinfilo.

Para realizarem estas funes, as hemcias so repletas de uma molcula complexa, chamada hemoglobina. A hemoglobina formada por um grupo globina (protena), ligado a quatro grupos heme, cada um possuindo um radical de ferro (Fe2+). Portanto, cada hemoglobina possui quatro radicais de ferro (Figura 4.2).

Figura 4.2. Estrutura bsica de um dos quatro complexos heme ligado protena globina (polipeptdio) para formar a molcula de hemoglobina.

Tanto o O2 quanto o CO2 ligam-se molcula de ferro (oxi-hemoglobina e carbo-hemoglobina, respectivamente) para serem transportados. Eles formam uma ligao instvel e, portanto, estes gases so liberados facilmente. J com o monxido de carbono (CO), ocorre uma ligao extremamente estvel (carboxi-hemoglobina).

Nos mamferos, durante a maturao na medula ssea, o eritrcito perde o ncleo e as outras organelas, podendo assim conter mais hemoglobina para transportar o maior nmero possvel de molculas de oxignio e gs carbnico. Quando velhas (cerca de 120 dias), so destrudas principalmente no bao e tambm no fgado, formando a bile. Quando o bao removido, o nmero de hemcias velhas circulando no sangue aumenta consideravelmente.

ANEMIA

As anemias so caracterizadas pela baixa concentrao de hemoglobina no sangue. Muitas vezes, a anemia consequncia da alterao no nmero ou na forma das hemcias. No entanto, o nmero de eritrcitos pode ser normal, mas cada um deles pode conter pouca hemoglobina. Neste caso, as hemcias coram-se pouco e por isso a anemia denominada hipocrmica.

As anemias podem ser causadas por hemorragia, produo insuficiente de eritrcitos pela medula ssea, produo de eritrcitos com hemoglobina insuficiente ou por destruio acelerada das hemcias. Abaixo, seguem-se alguns tipos de anemia e suas causas:

1. Anemia por perda de sangue: aps hemorragia rpida, o corpo repe o plasma em 1 a 3 dias, mas isto acarreta baixa concentrao de hemcias. Caso no haja uma segunda hemorragia, as concentraes das hemcias volta ao normal em 3 a 4 semanas.

2. Anemia aplsica: o termo aplasia da medula ssea indica uma medula no funcionante. A pessoa exposta radiao por exploso de uma bomba atmica, por exemplo, pode sofrer destruio total da medula ssea, seguida, em algumas semanas, por anemia letal. Tratamento excessivo com raio-X, certos compostos qumicos industriais e at mesmo medicamentos aos quais a pessoa pode ser sensvel podem produzir o mesmo efeito.

3. Anemia perniciosa: os glbulos vermelhos so produzidos muito lentamente devido ausncia de alguns compostos essenciais (como, por exemplo, a vitamina B12). Eles tornam-se grandes demais (megalcitos) e com formas estranhas.

4. Deficincia de ferro: pouca hemoglobina produzida e as hemcias tornam-se pequenas (micrcitos)

2 LEUCCITOS (glbulos brancos)

Nosso corpo normalmente exposto a bactrias, vrus, fungos e parasitas, que existem especialmente na pele, boca, vias respiratrias, tubo intestinal, membranas de revestimento dos olhos e vias urinrias. Muitos destes agentes so capazes de causar graves doenas quando invadem os tecidos mais profundos. Alm disto, somos constantemente expostos a agentes infecciosos alm daqueles presentes no nosso organismo e que causam doenas letais como pneumonia, infeces, entre outros.

Para combater estes agentes infecciosos, nosso corpo tem um sistema especial de combat-los. Este sistema composto pelos leuccitos do sangue (Figura 4.3) e pelas clulas dos tecidos que derivam dos leuccitos.

Os leuccitos so as unidades mveis do sistema protetor do organismo. Parte deles so formados na medula ssea e, outra parte, no tecido linfide (linfcitos e plasmcitos). O valor real dos leuccitos que muitos deles so transportados no sangue at as reas com inflamao grave, proporcionando assim uma defesa rpida e potente contra qualquer agente infeccioso.

Figura 4.3. Desenhos dos cinco tipos de leuccitos do sangue.

CARACTERSTICAS GERAIS

Leucocitose e Leucopenia

Os leuccitos, ao contrrio dos eritrcitos, so clulas com ncleo. Quando h algum tipo de infeco, as clulas de defesa aumentam em nmero consideravelmente, podendo atingir at trs vezes mais o nmero normal. este processo chama-se leucocitose. Quando a medula ssea pra de produzir leuccitos, seu nmero cai rapidamente (leucopenia), podendo haver invaso imediata do organismo por bactrias j presentes no corpo (especialmente na pele e no tubo digestrio). Cerca de 2 dias aps a medula ssea parar de produzir as clulas de defesa, aparecem lceras na boca e no clon intestinal, ou a pessoa pode apresentar uma forma de infeco respiratria grave. As bactrias das lceras podem invadir os demais tecidos rapidamente e, sem tratamento, a morte sobrevm com frequncia aps 3 a 6 dias aps o incio da leucopenia total.

Leucemias

As leucemias so divididas em dois tipos gerais: as leucemias linfognicas e as leucemias mielognicas. As leucemias linfognicas so causadas pela produo cancerosa e descontrolada de clulas dos rgos linfides, iniciadas geralmente em um linfonodo e disseminando-se a outras reas do corpo. O segundo tipo de leucemia, a leucemia mielognica, inicia-se pela produo cancerosa de clulas jovens da medula ssea, e estas disseminam-se por todo o corpo, invadindo vrios rgos.

O primeiro efeito da leucemia geralmente o crescimento metastsico de clulas leucmicas em reas anormais do corpo. As clulas da medula ssea podem se reproduzir tanto, que invadem os ossos circunvizinhos, causando dor e, finalmente, tendncia a se fraturarem facilmente. Quase todas as leucemias disseminam-se, atravs do sangue, para o bao, fgado e outras regies muito vascularizadas, independentemente de sua origem estar na medula ssea ou nos linfonodos. Em cada uma destas reas de crescimento, as clulas utilizam o oxignio e o alimento do tecido saudvel, causando a sua destruio. Estas clulas cancerosas tambm produzem leuccitos. Porm, as clulas leucmicas no so funcionais, de modo que no podem proporcionar proteo habitual contra infeces.

So efeitos muito comuns na leucemia o desenvolvimento de infeces, anemia grave, e tendncia hemorrgica ocasionada pela falta de plaquetas. Esses efeitos decorrem principalmente da substituio da medula ssea normal pelas clulas leucmicas no funcionais.

Tipos de leuccitos

Existem seis tipos diferentes de leuccitos encontrados no sangue e so divididos em dois grupos de acordo com a aparncia do citoplasma: granulcitos (com vrios grnulos citoplasmticos) e agranulcitos (com citoplasma homogneo). Os agranulcitos so os linfcitos e os moncitos, e os granulcitos so os eosinfilos, neutrfilos e basfilos.

Os granulcitos e os moncitos protegem o corpo contra organismos invasores ingerindo-os, ou seja, pelo processo de fagocitose. Os linfcitos e plasmcitos funcionam principalmente em conexo com o sistema imune. Entretanto, a funo de certos linfcitos a de se fixarem a organismos invasores, destruindo-os.

AGRANULCITOS: LINFCITOS E MONCITOS

1 LINFCITOS

O linfcito tem ncleo grande, esfrico, podendo ocorrer uma reentrncia lateral. Seu ncleo aparece escuro, caracterstica que favorece sua identificao. Seu citoplasma muito escasso, aparecendo como um anel delgado em volta do ncleo. Embora os linfcitos tenham morfologia semelhante, podem ser separados em dois tipos principais, os linfcitos B e os linfcitos T, com diversos subtipos. Ao contrrio dos demais leuccitos que no retornam ao sangue aps migrarem para os tecidos, os linfcitos voltam dos tecidos para o sangue, recirculando continuamente.

Abaixo, encontra-se um sumrio dos tipos de linfcitos e suas funes:

Tipo de linfcitoFuno

Linfcito BPossui anticorpos na superfcie. Quando ativado pelo linfcito T auxiliar, prolifera e se diferencia, secretando grande quantidade de anticorpos. Algumas clulas originam os linfcitos B de memria imunolgica.

Linfcito TSua superfcie contm receptores T, que no so anticorpos; so especializados em reconhecer antgenos ligados superfcie dos macrfagos. H quatro tipos principais: T citotxico, T auxiliar, T supressor e T de memria imunolgica.

Linfcito T auxiliarSecreta fatores que estimulam os linfcitos B e T em suas respostas aos antgenos.

Linfcito T citotxicoMediante o estmulo do T auxiliar, destri clulas transplantadas, clulas cancerosas, bem como clulas invadidas por vrus, secretando protenas (perfurinas) que furam a membrana das clulas, matando-as.

Linfcito T supressorDiminui a resposta aos antgenos estranhos e desempenha papel fundamental na supresso da resposta s substncias do prprio indivduo.

Clulas De Memria

Parte dos linfcitos B e T citotxico, quando entram em contato com o antgeno, no desempenham suas funes (produo de anticorpos e de perfurinas, respectivamente). Estas clulas ficam circulando pelo corpo at um segundo contato com o mesmo antgeno. Quando isto ocorre, algumas passam a produzir anticorpos (linfcito B) ou perforinas (linfcito T citotxico) muito rapidamente.

No caso dos linfcitos B:

Primeiro contato com antgeno: leva de duas a trs semanas para produzir anticorpos suficientes para eliminar o corpo estranho.

Segundo contato com antgeno: leva de um a dois dias para produzir anticorpos suficientes para eliminar o corpo estranho.

2 MONCITOS

Possuem ncleo em forma de rim ou ferradura. Os moncitos do sangue representam uma fase na maturao da clula fagocitria originada na medula ssea. Esta clula passa para o sangue, onde permanece por alguns dias. Atravessando as paredes dos vasos sanguneos, atinge os tecidos e rgos, transformando-se em macrfagos, que constituem uma fase mais avanada na vida da clula fagocitria.

Os macrfagos atuam como elementos de defesa. Fagocitam restos de clulas, material extracelular alterado, clulas cancerosas, bactrias e partculas inertes que penetram no organismo. Eles tambm atuam como clulas apresentadoras de antgenos (que ser discutido adiante).

Quando estimulados (por exemplo, pela injeo de substncias estranhas ou infeces), os macrfagos passam por modificaes morfolgicas e metablicas, sendo chamados macrfagos ativados. Estas clulas tm maior atividade fagocitria, maior capacidade de matar microrganismos e digerir partculas estranhas e secretam diversas substncias que participam do processo defensivo, atraindo leuccitos e estimulando a atividade de outras clulas.

Os macrfagos tm papel importante na remoo de restos de clulas e de elementos extracelulares que se formam nos processos fisiolgicos. Por exemplo, durante a gravidez, o tero aumenta de tamanho e sua parede torna-se mais espessa. Imediatamente aps o parto, esse rgo sofre uma involuo, havendo destruio de parte de seus tecidos, processo do qual participam os macrfagos.

Quando encontram corpos de grandes dimenses, os macrfagos fundem-se uns com os outros, constituindo clulas muito grandes, com 100 ou mais ncleos.

GRANULCITOS: NEUTRFILOS, EOSINFILOS E BASFILOS

1 NEUTRFILOS

Possuem ncleo com dois a cinco lbulos, ligados por finas pontes de cromatina. No ncleo dos neutrfilos das mulheres, aparece um pequeno apndice, muito menor que o lbulo nuclear, com a forma de uma raquete. Esta raquete contm a cromatina sexual, constituda por um cromossomo X condensado.

Os neutrfilos constituem importante defesa contra agentes invasores, pois constituem cerca de 60 a 70% de leuccitos. Eles tornam-se fagocitrios assim que encontram um corpo estranho (uma bactria, por exemplo). Este corpo estranho rodeado pseudpodos, que se fundem em torno dele. Assim, a bactria ocupa um vacolo (fagossomo) delimitado por uma membrana, e logo a seguir, os lisossomos liberam suas enzimas no fagossomo para realizarem a digesto da bactria.

Os moncitos tambm so denominados segmentados. Quando ainda esto imaturos, possuem um ncleo em forma de basto, razo pela qual estas clulas que assim se apresentam so denominadas bastonetes.

Como nem todas as bactrias so digeridas e nem todos os neutrfilos sobrevivem ao bacteriana, pode aparecer um lquido viscoso, geralmente amarelado, contendo bactrias, neutrfilos mortos e material semi-digerido chamado pus.

2 EOSINFILOS

Os eosinfilos so menos numerosos que os neutrfilos, constituindo apenas 2-3% do total de leuccitos. Seu ncleo geralmente bilobado e a sua granulao cora-se com eosina, sendo maior que a contida nos neutrfilos. A principal caracterstica para a identificao dos eosinfilos a presena de granulaes ovides, maiores que as dos neutrfilos. Paralelamente ao eixo maior do grnulo, encontra-se um cristalide alongado e eltron-denso.. Estes grnulos so lisossomos, com vrias enzimas digestivas.

Estas clulas fagocitam e eliminam o antgeno ligado ao anticorpo, que aparecem em casos de alergia, como a asma brnquica, por exemplo. Observou-se que os eosinfilos no fagocitam o antgeno separado de seu anticorpo, mas apenas quando ambos esto unidos. Portanto, estas clulas no so especializadas na fagocitose de microrganismos, mas sim pela fagocitose de complexos antgeno-anticorpo. Ainda, h evidncias de que os eosinfilos produzem molculas que inativam a histamina, controlando assim a inflamao.

Tanto em casos de alergia como de parasitoses, como o Schistosoma mansoni e o Trypanosoma cruzi, aumenta consideravelmente o nmero de eosinfilos no sangue.

3 BASFILOS

Os basfilos possuem ncleo volumoso, retorcido e irregular. O citoplasma est repleto de grnulos muito grandes, que s vezes cobrem o ncleo. Eles constituem menos de 1% de leuccitos e por isso, so muito difceis de serem encontrados.

Nos grnulos dos basfilos, esto contidas a histamina, que causa o processo alrgico propriamente dito, e a heparina, uma anticoagulante que assegura a chegada dos demais glbulos brancos no local. Diante de substncias txicas ou corpos estranhos, os basfilos liberam seus grnulos para o meio extracelular, causando, portanto, o processo alrgico.

Neutrfilos e Moncitos

So principalmente os neutrfilos e os macrfagos (originados dos moncitos) que atacam e destrem as bactrias, vrus e outros agentes invasores. Os neutrfilos so clulas maduras que podem atacar e destruir bactrias e vrus at mesmo no sangue circulante. Por outro lado, os moncitos sanguneos so clulas imaturas que tm capacidade reduzida de combater os agentes infecciosos. Entretanto, aps passarem para os tecidos, eles comeam a ficar com maior volume, aumentando seu dimetro em at cinco vezes. Essas clulas passam a ser designadas como macrfagos, sendo extremamente capazes de fagocitarem corpos estranhos.

Tanto os neutrfilos quanto os macrfagos deslocam-se pelos tecidos por movimentos amebides, lanando pseudpodos na direo do movimento. Este movimento orientado por substncias qumicas liberadas no local da inflamao, atraindo os vrios tipos de leuccitos. este processo d-se o nome de quimiotaxia (movimento orientado por substncias qumicas).

A funo mais importante dos neutrfilos e dos macrfagos a fagocitose. Os neutrfilos que passam para os tecidos comeam imediatamente a fagocitose. Estes leuccitos podem fagocitar de 5 a 20 bactrias antes de ser inativado e morrer.

Os macrfagos so clulas muito potentes, capazes de fagocitar at 100 bactrias. Eles tambm tem a capacidade de englobar partculas maiores, at mesmo hemcias inteiras ou parasitas da malria, enquanto que os neutrfilos no conseguem fagocitar partculas muito maiores que bactrias. Ainda, os macrfagos, aps fagocitarem as partculas, podem expelir os resduos e sobreviverem por muitos meses.

PLAQUETAS

As plaquetas so corpsculos anucleados, com forma de disco, porm com prolongamentos que as tornam um pouco disformes (Figura 5.4). So pores de clulas gigantes da medula ssea formadoras de plaquetas (Megacaricitos). A funo das plaquetas ativar o mecanismo de coagulao do sangue, auxiliando a reparao dos vasos sanguneos e evitando hemorragias. Normalmente existem 200.000 a 400.000 plaquetas por milmetro cbico no sangue e vivem aproximadamente por 10 dias.

Figura 5.4. Ultra-estrutura da plaqueta, em corte transversal (acima) e longitudinal (abaixo). Da membrana plasmtica partem invaginaes que vo constituir o sistema de vacolos. Distribudos no citoplasma, existem grnulos de glicognio, mitocndrias e microtbulos.

Quando um vaso sanguneo sofre leso em sua parede, inicia-se um processo denominado hemostasia, que visa impedir a perda de sangue (hemorragia). Este um fenmeno complexo que envolve a musculatura lisa do vaso lesado, as plaquetas e diversos fatores do plasma sanguneo, que promovem a coagulao do sangue. A participao das plaquetas na coagulao do sangue pode ser aglutinando-se no vaso lesado ou formando a tromboplastina, que est relacionada formao de um cogulo mais fino e delicado.

ESQUEMA DA COAGULAO:

FIBRINOGNIO

fibrina

COGULOProtena sangunea

TROMBINA

(enzima)

Tromboplastina

Ca2+(enzima)

protrombina (enzima)

FGADO

VITAMINA K

Bibliografia:

JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, J. Histologia Bsica. Nona Edio, Ed. Guanabara Koogan, RJ, 1999.

GUYTON, A. C. Fisiologia Humana e Mecanismos das Doenas. Quinta Edio, Ed. Guanabara Koogan, RJ, 1993.

STARR, C. Biology: The Unity and Diversity of Life. Wadsworth Publishing Company Inc., Belmont, California.- ltima edio.

PLAQUETAS

Granulao fina