Taxi Cultura - Edição 02

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A cidade se prepara para receber mais de três milhões de pessoas no maior evento de arte e cultura da América Latina O arquipélago guarda uma perfeita combinação entre praias, cachoeiras e excelente infraestrutura para o turista Não se culpe: os Maias e Astecas já curtiam uma verdadeira paixão pelo cacau www.taxicultura.com.br REVISTA Virada 2011 Ilhabela As maravilhas do litoral norte Chocolate sempre é uma festa! Cultural Leitura de Bordo Edição 02

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Taxi Cultura - Edição 02

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A cidade se prepara para receber mais de três milhões de pessoas no maior evento

de arte e cultura da América Latina

O arquipélago guarda uma perfeita combinação entre praias, cachoeiras e excelente infraestrutura para o turista

Não se culpe: os Maias e Astecas já curtiam uma

verdadeira paixão pelo cacau

www.taxicultura.com.brR

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Virada2011IlhabelaAs maravilhas do litoral norte

Chocolate sempre é uma festa!

Cultural

Leitura de Bordo

Edição 02

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DiretoriaAdilson Souza de AraújoDavi Francisco da SilvaFábio Martucci FornerónIsabella Basto Poernbacher([email protected])

Redação

EdiçãoWaldir MartinsMTB 19.069

Edição de ArteFlávio Francisco Rodrigues

Assistente de ArteCarolina Samora da Graça

Projeto Editorial Editora Porto das Letras

Reportagem Fernanda Grandino, Carolina Mendes, Miro Gonçalves e Valéria Calixto

Colaboradores Fernanda Monteforte, Fernando Lemos, Solange Tinelli e Daniel Ferreira

FotografiaDavi Francisco da Silva

Fotografia de CapaMilton Jung - Flickr

RevisãoNaira Uehara

Publicidade

DiretorFábio Martucci Fornerón

Assessoria jurídicaPaulo Henrique Ribeiro Floriano

ComercialSuporte AdministrativoAna Maria S. Araújo SilvaMayara da Silva Dias

Assinaturas e mailling([email protected])

ImpressãoWgráfica

Tiragem20.000 exemplaresDistribuição Gratuita

EXPEDIENTE

TÁXI CULTURA é uma publicação da Editora Porto das Letras Ltda.

Redação, publicidade, administração e correspondência: Rua do

Bosque, 896, casa 24, CEP 01136-000. Barra Funda, São Paulo (SP).

Telefone (11) 3392-1524, Fax (11) 3392-5208. E-mail revistataxi@

portodasletras.com.br. Proibida a reprodução parcial ou total dos textos

e das imagens desta publicação, exceto as imagens sob a licença do

Creative Commons. As opiniões dos entrevistados publicadas nesta edi-

ção não expressam a opinião da revista. Os anúncios veiculados nessa

revista são de inteira responsabilidade dos anunciantes.

No final de semana dos dias 15 e 16 de abril a cidade de São Paulo mais uma vez irá se colocar como o principal polo

irradiador de arte e cultura do Brasil – quiçá do mundo – com a realização da sua 7ª Virada Cultural.

Serão mais de mil eventos e atrações gratuitas, distribuídos em treze palcos, além de sete pistas de danças e diversos espaços com apresentações itinerantes de artistas de rua. Presentes desde a primeira edição como co-organizadores, a Se-cretaria de Estado da Cultura e o SESC vão abrir diversos de seus equipamentos para a realização de shows, espetáculos, exposições, workshops e muito mais, para os mais de 3 milhões de pes-soas que são esperadas para o principal evento da cidade.

Não por acaso, durante o lançamento da pro-gramação da virada 2011, realizado na Galeria Olido, o prefeito Gilberto Kassab declarou ser a Virada Cultural da cidade o maior evento de arte e cultura da América Latina. Depois de enfrentar

EditorialVirada Cultural 2011 O maior evento de arte e cultura da América Latina

problemas em edições anteriores, com cenas de violência e vandalismos, além de falhas na se-gurança e infraestrutura, a edição de 2011 pro-mete ser a maior e mais bem organizada dentre todas as edições já realizadas.

Seguindo a proposta de trabalhar pelo forta-lecimento da cultura e da arte na cidade, a Táxi Cultura traz para os seus leitores uma agenda com as principais atrações da Virada e deseja que os paulistanos e os visitantes possam des-frutar do melhor que a cidade oferece.

Contudo, mais do que uma festa de arte e cultura a Virada 2011 deve primar por ser um evento da cidadania, onde cada cidadão possa assumir o seu papel para garantir a construção de uma cidade melhor para todos.

Para além da Virada, o leitor poderá curtir as delícias de Ilhabela, o prazer dos chocolates na sobremesa da Páscoa, como montar uma cozinha com arte e engenho e ainda dar um mergulho no verde - bem no centro da cidade – ao conhecer o Parque da Luz, entre outras novidades.

Boa viagem e boa leitura!Os Editores

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4 REVISTA TÁXI CULTURA|Abril

Para nós sua participação é fundamental. Para enviar suas críticas, elogios, sugestões ou comentários basta enviar um email para: [email protected] Assim que recebermos sua mensagem entraremos em contato para atender a sua solicitação.

ESPAÇO LEITOR

Qualidade de Vida

16

Mundo&Cia36

Morar Bem32

Tecnologia30

48

Capa38

Bandeira LIvre

18

44

Agenda22

Charme e Beleza

28

SUMÁRIO | TÁXI CULTURA

Tecnologia14

Beleza34

São Paulo tem13

Qualidade de vida

32Bandeira Livre28

Fique ligado12

Morar bem36

Capa1606

Onde fica?

Mundo cão

38

Agenda20

Paulistanos08

40 42

São Paulo: um mundo todo

26

Trilha urbana Horizonte vertical

Ana Queiroz Luto pelo Cine Belas Artes

Quando entrei no táxi e encontrei a Revista Táxi Cultura o Cine Belas Artes já tinha dado o último sus-piro. Tive o prazer de assistir “A Doce Vida”, de Federico Fellini em suas cadeiras vermelhas por uma última vez no dia 17. Me despedi com pesar de um dos lugares mais queridos de São Paulo, e ainda torço para que o processo de tom-bamento saia logo. São Paulo tinha algo muito valioso, então sugiro que em próxima edição, a sessão “São Paulo Tem” venha em branco, pelo vazio deixado pelo já saudoso Belas Artes.

RedaçãoNós aqui da Táxi Cultura também lamentamos muito o fechamento do Belas Artes. Justamente por nos dedicarmos a promover as oportunidades de enriquecimen-to cultural disponíveis em São Paulo, sentimos a perda de forma particular, como você disse, fica um vazio. Continuamos na torcida pelo tombamento e quem sabe pelo surgimento de um novo Belas Artes.

Atenciosamente,A redação

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Ilhabela:As maravilhas do litoral norte

Único município-arquipélago do Brasil, Ilhabela combina uma excelente infra-

estrutura turística com 39 praias e mais de 300 cachoeiras para quem deseja realizar

um verdadeiro mergulho na natureza.

Virada CulturalMais de três milhões de pessoas devem par-ticipar da 7ª Virada Cultural, transformando o evento num dos maiores do mundo, com a realização de mil eventos e atrações gratui-tas, distribuídos em treze palcos, sete pistas de danças e diversos espaços para apresen-tações itinerantes de artistas de rua. Acom-panhe a agenda.

08O prazer do palco:

A trajetória e a arte de Ricardo Blat e Cristina Pereira

Os dois atores retornam à cidade para come-morar 40 anos de carreira e brindam os pau-

listanos com um espetáculo inteligente e pro-vocativo atualmente em cartaz no Tucarena.

Valéria Rister Pouco mais de uma semana de-pois de ter fechado um pacote de viagem para Maragogi tive a sorte de ver a matéria sobre o lugar na Revista Táxi Cultura. Fiquei ain-da mais encantada, as fotos são deslumbrantes e anotei todas as dicas de passeios que apareceram no texto. Fiquei ainda mais ani-mada para a viagem, que será em julho, apesar da sugestão de visi-tar durante o verão. Tomara que eu tenha sorte e não chova muito, pois não vejo a hora de mergulhar nas galés e esquecer um pouco da correria da cidade.

Cristina Célia Presa dentro de um táxi com um trânsito péssimo conheci a Revista Táxi Cultura e, graças a ela, pude resolver o que fazer com meus filhos e sobrinhos no final de se-mana. Fomos conhecer o Espaço Catavento e depois saborear um lanche de mortadela no Mercado Municipal. Inacreditável o suces-so que o programa fez! Até hoje, quase 15 dias depois, os pequenos ainda comentam a visita ao museu e ao mercado.

Redação:Maragogi é realmente um paraíso na terra, os roteiros são incríveis e as paisagens estonteantes. Haja retina para capturar todas as belas imagens. Estamos torcendo para que você tenha uma ótima viagem e divirta-se muito. Quanto à chuva, uma simpatia para Santa Clara não faz mal a ninguém, não é mesmo? Quando voltar, compar-tilhe seus registros conosco e boa viagem!

Atenciosamente,A redação

Redação:Deve ter sido um final de sema-na delicioso, não é a toa que os meninos continuam comentando. O espaço Catavento é ideal para abrir o apetite tanto intelectual quanto alimentar. E o lanche de mortadela do Mercadão é ideal para combater a fome, o encontro perfeito. Foi um prazer conhecê-la, tomara que possamos lhe dar mais ajudas como essas.

Atenciosamente,A redação

26Chocolate é sempre

uma festa Na hora do chocolate não se culpe:

por volta dos anos 1440 a.C. as civili-zações Maia e Asteca já curtiam uma verdadeira paixão pelo cacau e seus

deliciosos derivados.

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6 REVISTA TÁXI CULTURA|Abril

GANHADORESDaniela Braojos

Elaine Minuci

Ivone M. Barboza

Vilma Telles

Vinícius Lorenzoni

Valéria Rister

Márcia Martins

André Guilherme

Iris Jacomino

Fernanda Scagliusi

América Latina livre

A escultura em bronze de Francisco Antonio Gabriel de Miranda presta uma homenagem ao ideal de libertação de toda América Latina.

Pinacoteca do Estado de São PauloLocalizada na Praça da Luz, nº 2, a Pinacoteca do Estado de São Paulo, com um acervo de quase oito mil peças é o mais antigo museu de arte da cidade de São Paulo e um dos mais repre-sentativos de arte brasileira. Entre suas obras se destacam pintores nacionais dos séculos XIX e XX e um expressivo conjunto de obras do mo-dernismo brasileiro.

Produzida no ano de 1975 pelo escultor e fundidor italiano Carmelo Tabacco, esta escultura é uma cópia em bronze da obra original instalada na ci-

dade de Valmy na França e criada pelo artista venezu-elano Lorenzo Gonzales.

Feita em homenagem a Francisco Antonio Gabriel de Miranda (1750 - 1816), um dos primeiros idealizadores da independência venezuelana, a obra foi oferecida à cidade de São Paulo pelo governo da Venezuela no ano de 1978. Restaurada em 1988 pela prefeitura paulistana, através de uma parceria com o Banco Unión, a obra passou a fazer parte da paisagem de uma importante avenida da cidade.

Sebastián Francisco Antônio Gabriel de Miranda, (Caracas, 28 de março de 1750 — San Fernando, Cádiz, 14 de julho de 1816) executou um malogrado plano de independên-cia das colônias espanholas na América Latina, mas é re-conhecido como um precursor dos ideais de Simón Bolívar e Bernardo O’Higgins, assim como de outros combatentes americanos que conseguiram a independência de grande parte da América Latina.

ONDEFICA?

Por Fernanda Grandino

Os primeiros 10 leitores que identificarem a localização da foto acima ganharão um par de ingressos para o teatro.

Sua resposta deverá ser enviada para o e-mail: [email protected] resultado sairá na próxima edição junto com os nomes dos ganhadores.

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Dois ilustres paulistanos - Ricardo Blat e Cristina Pereira - retornam à cidade para comemorar 40 anos de carreira artística e brindam os paulistanos com um espetáculo inteligente e provocativo – Pamonha e Panaca – atualmente em cartaz no Tucarena

PAULISTANOS

Por Waldir Martins

Sentados no despojado e muito criativo cenário mon-tado no palco do Tucarena, um pouco antes de iniciar os trabalhos para o início do espetáculo, a dupla falou com a Revista Táxi Cultura sobre suas origens, a descoberta do teatro e a paixão pela dramaturgia, o trabalho de ator, principais influências, a antiga amizade, e o significado desse retorno aos palcos de São Paulo.

Com texto de Rogério Blat e direção de Ernesto Piccolo, o espetáculo é uma comédia inspira-da nos antigos atores de circo, e serve como

pretexto para que Ricardo e Cristina possam exercer o pleno prazer da interpretação, ao mesmo tempo em que tecem uma bem humorada crítica ao atual modo de vida, baseado na competição e no extremo individualismo.

O prazer do palco

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Táxi Cultura: Uma satisfação poder realizar essa entrevista com

vocês. Gostaria que contassem um pouco da trajetória e da paixão pela dramaturgia.

Ricardo Blat: Eu morava em Ferraz de Vasconcelos quando ainda

era um bosque de eucaliptos; foi lá que descobri o que era riacho, carrinho de rolimã, pipa, entre tantas outras coisas. Estudei em Mogi das Cruzes, terminei o ginásio e fui fazer o clássico porque queria ser professor de Letras; e no clássico tinha um clube de história e o professor fazia vários projetos, reunia o pessoal pra montar peças de teatro, o que me interessava bastante.

Chegando a hora de prestar o vestibular, simultanea-mente fiz um teste com o Antunes Filho, no SESC Anchi-eta, e passei. Então cheguei para os meus pais e disse o seguinte: “Acho que não vou mais prestar o vestibular, vou fazer só teatro, tô entrando em uma companhia muito forte em São Paulo, e eu queria a permissão de vocês”. Eles foram unânimes em dizer: “Meu filho, o mundo precisa de tudo, de porteiro, lixeiro, motorista de ônibus, médico, bombeiro, piloto, dentista, enfim, tudo, e também precisa de ator. Se você quer entrar nessa carreira, entre com dignidade e faça dela uma beleza, um caminho lindo na tua vida”. Foi aí que comecei meu trabalho de ator com o Antunes Filho.

Depois trabalhei com Madalena Nicol, Celso Nunes, na TV Tupi. Na primeira versão da Ivani Ribeiro, fui para o Rio fazer “Estúpido Cúpido”, depois outras novelas da TV Globo, entre elas “Te contei?”, ”Sem lenço, sem do-cumento”. Viajei pelo Brasil com Glória Menezes fazen-do “Navalha da carne” e muitas outras coisas.

Cristina Pereira: Eu queria estudar teatro por ser muito tímida, tinha

certeza que não conseguiria começar em um grupo ou coisa assim. Então fiz a EAD (Escola de Artes Dramáticas da USP) e me formei na turma de 70. A turma que eu me formei foi a mesma do Carlos Alberto Sofredini, Valter Franco, Walter Cruz, Acaiabe, Maria Eugênia Domêni-co, Helena Rocha, João Luiz Oliveira, uma turma bem grande mesmo.

Depois que saí da escola comecei a fazer teatro profis-sionalmente, a primeira peça que eu ensaiei foi “O casa-mento do pequeno burguês”, com Luiz Antônio Marti-nez Correia e direção dos atores era da Miriam Muniz, mas acabou não dando certo. Sou uma aluna e cria da Miriam porque fui sua aluna na escola e fiz os cursos dela. Ela foi minha professora de interpretação junto com o Ademar Guerra em “A Missa leiga”. Em seguida fui para o Teatro Arena e, a partir daí, fiz um espetáculo no Teatro Popular do Sesi chamado “Maroquinhas Fru Fru” e muitos outros espetáculos.

Táxi Cultura:

Tem algum espetáculo que tenha marcado de forma definitiva a carreira de vocês?

Ricardo Blat : Eu acho que todos os trabalhos são pontuados de

uma significância muito forte cada um, mas trabalhar com Antunes foi uma grande lição. Fiz meu primeiro espetáculo profissional, foi muito bom e com ele real-mente entendi o que era o teatro. Nós ensaiávamos de 10 a 12 horas, começando às duas da tarde e ia até a meia noite, e ainda levávamos tarefas pra fazer em casa. Era preciso assumir uma atitude, um comportamento, uma postura artística de opinião. Trabalhar com a Cleide Yáconis também foi um sonho, porque eu sempre ad-mirei o trabalho dela; com a Cacilda foi uma lição de dis-ciplina, do que é o teatro.

Trabalhar com Celso Antunes no espetáculo “Equus” foi importantíssimo porque me alavancou devido ao seu grande sucesso em São Paulo. Eu substituí o Everton de Castro e tive a honra de atuar com Paulo Autran em São Paulo, e com Rogério Fróes no Rio. Era um espetáculo realmente muito bonito.

Dando uma pulada legal, no início dos anos 90 eu fiz um texto do Caio Fernando Abreu, um conto, uma história de borboletas, mas que era uma peça adulta. Foi um evento lindo, um espetáculo com dinheiro para fazer somente um mês e com a possibilidade de dar con-tinuidade caso fizesse sucesso. Realmente fez sucesso e eu acabei ganhando o prêmio Shell de melhor ator.

PAULISTANOS

O ofício do atorSer ator é ter opinião sobre o que está

acontecendo à sua volta; é contar através

da lente do teu olhar o teu ponto de vista,

assim é possível fazer várias leituras de

uma só obra.

Eu faço teatro pra me curar, pra melhorar,

pra me lapidar, e é um instrumento

muito importante na minha vida, e não só

no teatro.

O prazer do palco

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O nosso trabalho subentende

o envolvimento, o empenho de

dormir e acordarcom aquilo

Cristina Pereira:

Eu também parto dessa opinião do Ricardo de que todos os trabalhos têm uma importância muito grande, muito bacana. Gostei muito de ter podido fazer “A Mis-sa Leiga”, que foi fundamental pra mim como uma ex-periência grande de teatro, do teatro posicionado, que traz alguma coisa para o público no sentido de defender uma ideia; eu gosto muito desse teatro que é quase um teatro político. Eu vim com essa formação quando pas-sei pelo Teatro de Arena, então esse teatro mais enga-jado sempre me interessou bastante.

Gostei também de um trabalho que eu fiz sozinha chamado “Tam Tam”, dirigida pelo Elias Andreato e tex-to do Rafael Camargo. Era uma história de exclusão, que várias mulheres eram tidas como loucas pela sociedade, mas que na realidade não eram nada loucas. Também gosto dos trabalhos que eu fiz na Casa da Gávea; “A Tartaruga de Darwin”, que encenei no ano passado, foi muito importante e desafiador pra mim como atriz.

Táxi Cultura: Qual a diferença de fazer teatro, cinema e TV?

Cristina Pereira:

Os projetos são mais importantes que os veículos, mas o que mais me encanta no teatro é a autonomia

que o ator não tem na televisão, e menos ainda no ci-nema. Isso é difícil pra nós, atores. O mais importante para um ator é trabalhar envolvido, acho que você tem que estar envolvido em tudo que você faz, então por menor que seja o papel na televisão eu preciso me en-volver bastante. O nosso trabalho de ator subentende o envolvimento, o empenho de você dormir e acordar com aquilo, se comprometer e dormir com a bola, como se diz aos jogadores de futebol.

No teatro você tem autonomia de interpretar, você chega ao camarim, o camarim é teu, na frente do espe-lho a maquiagem é tua, é você quem se concentra e se prepara junto do outro, junto depois com o público. A relação que o ator tem com o teatro, em minha opinião, é muito mais encantadora porque é livre e autônoma. Eu não gosto de trabalhar subjugada por nada, eu não gosto de me submeter, apesar de ser complicado e, às vezes, ser preciso. Mas é complicado, porque a natureza do ator não é submissa.

Ricardo Blat:

Eu concordo com a Cristina que dentro da televisão você é mais uma peça, dentro de um grande meca- nismo, mas, sem dúvida nenhuma, se você tem um bom texto, uma boa dramaturgia e uma boa oportunidade, você consegue um espaço muito bom. A televisão é

PAULISTANOS

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o veiculo que atinge populações longínquas, lugares onde não poderíamos chegar por ofício da gente; por isso devo meu respeito à televisão em possibilitar que eu faça o meu trabalho e o ofereça a pessoas que não teriam oportunidade de me ver de outro modo.

Acho que ser ator é ter opinião sobre o que está acontecendo à sua volta; é contar através da lente do teu olhar o teu ponto de vista, assim é possível fazer várias leituras de uma só obra. Eu faço teatro pra me curar, pra melhorar, pra me lapidar, e é um instrumento muito importante na minha vida, e não só no teatro.

Uma coisa que sempre digo é que eu gosto de fazer teatro como se faz comida na hora; não dá pra fazer teatro como se fosse comida requentada, congelada, rapidinho, como se pegasse do freezer e colocasse no forno e apre-sentasse ao público, seria um desrespeito ao público que sai de casa e vem, estaciona o carro, pega um ônibus ou metrô para te assistir. Você tem que ter o maior respeito.

Táxi Cultura:

Qual a importância de voltar a São Paulo?

Ricardo Blat: Vendo agora e ouvindo a Cristina falar, posso en-

tender porque sou amigo dela a tanto tempo. A Cristina sempre foi uma pessoa que contribuiu na minha vida, para o meu conhecimento e eu nem nunca havia dito

PAULISTANOS

isso a ela. Faço isso agora. Ela sempre veio por um lado muito inteligente e real da vida e muito lúdico também, de uma criatividade incrível, e é por isso que tenho um prazer enorme de estar dividindo o palco com ela no “Pamonha e Panaca” que é um espetáculo que você só pode fazer com um tipo de ator que, como a Cristina Pereira, é uma pessoa disponível, consciente e que se entrega ao trabalho.

Desde que a conheço, ela sempre mostrou esse lado, me encantou e me ensinou muito com seu comporta-mento e atitudes. Ela sempre completou tudo aquilo que eu precisava compreender melhor da vida, como um apoio, uma luz, ao mostrar uma conduta com res-peito, integridade e honestidade. Então, a vinda pra São Paulo depois de tanto tempo, poder estar juntos, dar esta entrevista e falar sobre tudo isso é algo muito forte.

Cristina Pereira:

Esse encontro depois de tanto tempo, por mais que a gente já tenha trabalhado junto, nunca trabalhamos assim só nós dois, é uma coisa muito especial, porque a gente tem toda essa história, uma vivência de 40 anos. E, de repente, poder se encontrar no palco é algo in-crível. Eu via sempre os trabalhos do Ricardo e admiro muito; vi todo a processo dele no “Equus”: foi uma coisa absolutamente fantástica o modo como ele se transfor-mou naquele personagem e como fez aquele trabalho. Hoje, é uma coisa extraordinária estarmos juntos nova-mente, partilhando desse jogo bem intimamente; esse é o grande lance do trabalho.

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“12 Homens e uma Sentença”Teatro ImprensaRua Jaceguai, 400 – Bela Vista Tel.: (11) 3241-4203

Quinta, sexta e sábado, 21h; domingo, 19h R$ 30 (quinta), R$ 40 (sexta e domingo) e R$ 50 (sábado)

Mundialmente conhecido através da adaptação para o cinema de Sidney Lumet, de 1957, o texto de Reginald Rose, em car-taz no Teatro Imprensa, recria com primor o dilema do filme, quando 12 jurados de-vem decidir o destino de um jovem de 16 anos, acusado de assassinar o próprio pai.

Com um elenco de primeira linha, o espe-táculo marca a volta aos palcos – depois de

fique LIGADO!

Cultura Oficinas Culturais abrem as inscrições para cursos e workshops

Teatro12 homens e uma sentença

No dia 5 de abril, o Governo de São Paulo abriu as inscrições para a programação das Oficinas Culturais do estado, que acontecerão entre os meses de abril e junho. Ao todo serão oferecidas 21.522 vagas di-vididas em 628 atividades em todo o estado de São Paulo.

Para o Secretário de Estado da Cul-tura, Andrea Matarazzo, as oficinas integram um dos principais progra-mas de formação cultural do Gover-no de São Paulo. “Por meio de aulas e cursos gratuitos, o programa oferece conhecimento de qualidade a artis-tas e agentes culturais”.

Um dos destaques da programação é o workshop Paisagem Diagonal: Vídeos e Autorias On e Offline, que acontece na Oficina Cultural Oswald

de Andrade, no Bom Retiro. Minis-trada pelo artista multimídia Edu-ardo Salvino, a atividade abordará a construção de vídeos e sua postagem na rede, atentando para a dimensão crítica e estética desses trabalhos.

Criadas em 1986, as Oficinas Cul-turais oferecem atividades diversi-ficadas com o objetivo de capacitar agentes culturais e formar novos públicos. São 21 Oficinas Culturais em todo o estado, seis delas na capital - Bom Retiro, Brás, Barra Funda, Ita-quera, Vila Brasilândia e São Miguel Paulista - e 15 no interior do estado.

Para saber mais sobre a progra-mação e as datas e inscrições, a-cesse o site www.oficinasculturais.org.br e clique em Programação abril a junho.

55 anos – de José Renato, um dos fundadores do Teatro de Arena, que revolucionou a dra-maturgia brasileira a partir dos anos 50 e 60.

Com uma direção que prioriza o valor do texto, Eduardo Tolentino prende a atenção do espectador, que mergulha nos dilemas e revelações, acerca da justiça e relações humanas, que envolvem todos os personagens.

Localizada no bairro do Bom Retiro a Oficina Cultural Oswald de Andrade está com inscrições abertas

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Amorte, esta indesejada das gentes, como di-zia o médico Guimarães Rosa, contribui para a significação dos valores humanos. E ao re-

fletirmos sobre o fim (ou sobre a transformação), poderemos perceber, mais claramente, aquilo que realmente importa.

“A vida é breve, a arte é longa...” contou-nos, certo dia, à sombra dos plátanos da ilha do Kós, na Grécia, aquele considerado o pai da medicina, Hipócrates. Temos pouco tempo para saber quem somos, de onde viemos e para onde vamos. So-mos atrapalhados por distrações, compulsões, fu-tilidades e, por vezes, não descobrimos o que que- remos fazer, qual a nossa tarefa, no sentido cunhado por Paulo Freire. A busca por estas respostas pode levar a vida toda e, mesmo ao seu cabo, permanece. Afinal, somos inacabados.

“Saúde não é ausência de doenças, mas um com-pleto bem estar físico, psíquico, social, econômico e espiritual.” (Organização Mundial de Saúde).

As pessoas oscilam, todas, durante suas biogra-fias, pelo espectro formado pelo gradiente saúde/doença. Algumas vezes mais saudáveis; noutras, mais doentes. Acredito que o completo bem es-tar possa surgir quando o indivíduo consegue auscultar sua Verdade, Seus Valores e colocá-los a serviço de si mesmo e da humanidade com Inte- gridade, Coerência e AMOR. Assim, quanto menor a distância entre o discurso e as atitudes, maior será o bem estar.

“Arte é preciso, porque a vida não basta”, sinteti-zou Ferreira Gullar, singelamente, a importância da arte para nossas existências ao receber o Prêmio Camões de Literatura. As pessoas são capazes de contemplar e produzir trabalhos únicos, sem obri-

gatoriedade de possuírem alguma utilidade. Qual a função de um quadro? Para que serve a dança? E, no entanto, quanta poesia, quanta satisfação, quanto enlevo na sua geração e em sua fruição.

“Todo homem é um artista.” Joseph Beuys exor-tou a todos e a todas a inserirem a arte na vida co-tidiana. Uma insuspeita dona de casa, um simples cozinheiro, um advogado podem, se quiserem, plasmarem atuações apaixonadas, interessadas, entusiasmadas, repletas de fé e de esperança, ali-nhadas com suas crenças mais íntimas, a serviço do “respeitável público”.

Certamente, sentir-se-ão bem, de forma integral. Seus corpos físicos (terra), etéreos (água), anímicos (ar) e espirituais (fogo) estarão mais equilibrados. Pensar, sentir e querer. Ritmo.

Pensamento, sentimento e vontade. Quantos têm dificuldade em parar de fumar, em emagre-cer? Quantos pensaram em alterar seus relaciona-mentos? Quem quer mudar de emprego ou de car-reira? Somos felizes, aqui e agora? O que nos falta? O que nos escapa?

“Nós devemos ser a mudança que queremos ver no mundo.” Gandhi provou que todos nós temos um poder. Para este poder agir, precisamos acredi-tar, confiar e nos entregar, sem medos, sem receios, sem pudores. Assumindo todos os riscos. Pagando todos os preços. Resistindo a todas as provações e dores. Precisamos construir nossa blindagem para viver e sobreviver neste Holocausto-mundo.

“Nossa mais elevada tarefa é a de ajudar as pes-soas a caminharem cada vez mais, por si mesmas.” Rudolf Steiner

Caminhemos, todos, com engenho e arte para que tenhamos saúde e vida plena e com abundância!

Arte é saúde, saúde é arte!

Daniel FerreiraEducador e médico, coordena o

Grupo do Bem Estar e da Felicidade, que reúne todas as sextas,

às 13:30 hs na Galeria [email protected]

www.twitter.com/grupodobemestar

A única certeza que todos nós temos é de que, um dia, morreremos

SPTEMPor Daniel Ferreira

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EVOMOUSE 152 /408

Recarregador para pilhas alcalinas comuns

FLOOLA

Muitas pessoas aderiram às pilhas recarregáveis. São pilhas es-peciais, custam mais caro mas trazem uma economia razoável ao longo do tempo pois permitem a recarga várias vezes.

Para melhorar este segmento, já está patenteado um projeto europeu que é uma novidade muito útil: um recarregador para pilhas alcalinas co-muns. É o WATTS CLEVER. Tem a aparência de carregador comum com uma tecnologia elétrica interessante e diferente. Internamente, traz um micro-processador que controla a carga da pilha e evita que ela sobreaqueça.

Com ele, é possível recarregar pilhas alcalinas - que já são mais duradou-ras que as comuns - por até 20 vezes. Mesmo considerando que cada carga dura menos que a anterior, a economia com pilhas será imensa. Mas so-mente podem ser recarregadas as pilhas alcalinas e não as pilhas comuns.

TECNOLGOGIA

Fernando Lemos é estrategista nas áreas de educação e informática e co-ordena o projeto Tecnologia para Todos www.tecnologiaparatodos.com.br/

O EvoMouse transforma o

mouse em algo totalmente

virtual

Por Fernando Lemos

Uma novidade interessante e que está mu-dando o conceito do mouse que nós con-hecíamos até hoje. É o EvoMouse, um novo

gadget que está sendo lançado na Europa, e que transforma o mouse em algo totalmente virtual. Ele fica sobre a mesa e tem o formato de um cachorro, cujos olhos são um par de sensores que captam os co-mandos dados pelos movimentos da mão do usuário,

transmitindo-os para o PC; permite, assim, todas as funções de um mouse comun como zoom, du-

plo clic e outros.

Existem duas versões do EvoMouse: a versão PET, que é apenas o mouse e a CUBE, que traz também um teclado seguindo o mes-mo princípio. O usuário movimenta os dedos na direção da tecla virtual projetada na super-

fície. Compatíveis também com Black Berry, Symbian e Windows Mobile, em ambos os casos

a conexão é feita com o PC via tecnologia Blu-eTooth. Com uma bateria de até duas horas que

você carrega por USB, ele é prático, bonito e diferente.

Uma novidade para quem gosta de música, mas se sente preso ao iTunes. Um software novo chama-

do FLOOLA pode substituí-lo, e muito bem. Menor, nem sequer precisa ser instalado no seu sistema. Pode ser carregado em um pendrive e assim ser acessado de qualquer computador. Ainda não é compatível com iPhone ou iPod Touch mas roda em ambi-entes MAC, Linux e Windows. E permite transferir músicas para o iPod ou extrair qualquer música, do seu player. Basta abrir o software e conectar o iPod no seu PC. E ainda permite importar arquivos direta-mente da internet. O FLOOLA é gratuito e pode ser baixado em www.floola.com

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16 REVISTA TÁXI CULTURA|Abril16 REVISTA TÁXI CULTURA|Abril

Por Waldir Martins

As mais variadas expressões de arte e cultura desfilam pela cidade

Incorporada pela cidade a Virada Cultural atrai milhões de participantes

Virada Cultural

Apresentada no último dia 25 de março pelo prefeito Gilberto Kassab, em coletiva de im-prensa realizada na Galeria Olido, a progra-

mação da 7ª Virada Cultural mostra a enorme im-portância que o evento adquiriu na agenda cultural da cidade. Marcada para acontecer nos dias 16 e 17 de abril, com suas tradicionais 24 horas ininterrup-tas de atrações culturais, a Virada Cultural 2011 pro-mete ser a maior e mais bem organizada de todas as edições já realizadas.

Ao todo serão mais de mil atrações gratuitas, dis-tribuídas em treze palcos, sete pistas, além de diver-sos espaços para apresentações itinerantes, com a participação de artistas de rua.

Para o prefeito Gilberto Kassab, o evento já se consolidou no calendário da cidade e extrapolou as fronteiras, atraindo visitantes de diversas regiões do país e também do exterior. “A Virada Cultural se tornou o grande evento cultural da América Latina com a participação de, aproximadamente, três mi-lhões de pessoas. Ela está cada vez mais organizada e estamos muito motivados em mais uma vez ob-ter um recorde, não só de público, mas também de qualidade. Tenho certeza que, assim como nas ou-tras edições, iremos oferecer um excelente evento ao público”, afirmou Kassab.

A maior festa da cidade chega à sua sétima edição

com fôlego redobrado. Serão mais de mil atrações

distribuídas em treze palcos, sete pistas, além de várias apresentações itinerantes

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Abril | REVISTA TÁXI CULTURA 17

Incorporada pela cidade a Virada Cultural atrai milhões de participantes

CAPA

Book por ter se apresentado por mais de 16 horas seguidas, promete ser uma atração à parte para os fãs da famosa banda inglesa: tocará absolutamente todas as canções, de todos os discos dos Beatles, respeitando a ordem cronológica de lançamento.

Pistas espalhadas entre o Largo São Francisco, Pra-ça da Sé e Praça Princesa Isabel estarão abertas para quem curte música eletrônica. Com presença confir-mada de dezenas de DJs, o público poderá apreciar a discotecagem de Roberto Cohen, ou poderá dan-çar ao som de DJs israelenses (Lish e Sub6), alemães (Protonica e Kaempfer), ou ainda sul-africanos (Rex e Maden on Earth), entre vários outros.

Outra atração que irá atestar o espírito de vanguar-da e interatividade presentes na Virada 2011 será o

grande encontro de bateristas pro-gramado para o início da noite de sábado no Vale do Anhangabaú. Sob a coordenação do professor Dino Verdade, centenas de kits de bateria serão montados em pleno Vale, para receberem músicos que irão tocar simultaneamente como

uma orquestra. Os interessados em participar devem fazer sua inscrição pelo site da Virada, no endereço http://www.viradacultural.org/.

Uma festa da diversidade

Para a mais tradicional esquina de São Paulo – aquela das avenidas Ipiranga e São João – está pro-gramado um desafio do tamanho da cidade: tentar quebrar o recorde mundial de casais de dança de salão. “A Virada é o encontro da população com o centro da cidade, além de encontros inusitados. Ela é uma festa inclusiva onde temos todas as classes soci-ais e faixas etárias representadas”, considerou Carlos Augusto Calil, secretário municipal de Cultura.

O sambista Leandro Lehart será responsável por outra atração que estará em busca de quebrar um recorde de participação popular. Durante a apresen-tação do seu show de sambas-enredo, o músico pro-mete reunir na plateia, a maior bateria de escola de samba jamais vista, com mais de mil ritmistas.

Atrações que estiverem presentes na edição de 2010 e foram muito bem recebidas pelo público, como o espaço dedicado aos cosplayers, aos joga-dores de RPG, à parada dos trackers, vikings e sus-pensão corporal, novamente estarão presentes.

Uma programação inovadora e internacional

Uma das grandes novidades para este ano será a inclusão do stand-up comedy na programação, demonstrando a força que o chamado humor de cara limpa tem conquistado na cena cultural paulistana. O Viaduto do Chá será o palco que irá receber os 28 comediantes, que apresentarão diferentes esquetes. Entre os convidados estão nomes consagrados como Marcelo Médice, Danilo Gentili, Rafinha Bastos e Robson Nunes.

Outra novidade será a inserção de três antigas salas de cinema do Centro para a exibição de clás-sicos do cinema nacional e internacional e grandes produções do cinema atual. No cine Windsor será realizada uma retrospectiva do cineasta José Mojica Marins – o Zé do Caixão. No cine São José serão exibi-dos filmes do cinema de catástrofe, como A Guerra dos Mundos (1953), Aeroporto (1970) e Inferno na Torre (1974). No cine Olido a programa-ção privilegiará os grandes musi-cais, em produções como Cabaret (1972), Hair (1979) e Jesus Cristo Superstar (2000).

Música, música e música

Tendo nos shows musicais as atrações que con-quistam um maior número de espectadores, a

Virada 2011, em busca de consolidar-se como um evento de ressonância mundial, contará com um número recorde de músicos e bandas internacionais. Subirão nos palcos da cidade bandas como a Skatalites, a cantora e composi-

tora cubana Yusa, a banda do trombonista Fred Wesley, que tocou com James Brown, nos anos 60 e 70, e ainda a banda Steel Pulse, criada em 1975 por jovens descendentes de jamaicanos moradores da Inglaterra, e o bluesman albino Edgar Winter.

Entre os nacionais, destaque para Rita Lee - que será responsável pelo show de abertura da Virada no palco da Júlio Prestes às 18h do sábado - Pau-linho da Viola, Erasmo Carlos, Marina Lima, Domin-guinhos, Renato Teixeira, Genival Lacerda e muitos outros. Novos talentos, como Duani e Thais Gullin também subirão aos palcos para levar ao público os mais diferentes estilos e batidas musicais.

E ainda mais música

Formada por músicos brasileiros, a banda Beatles 4Ever, que já teve seu nome incluído no Guiness

A Virada é o encontro do ci-

dadão com a cultura

O stand-up será uma atração especial no

Viaduto do Chá

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18 REVISTA TÁXI CULTURA|Abril

A programação de 2011 apostou em atrações para adultose crianças

A combinação entre cultura e turismo

Outra novidade para este ano será o ringue de luta livre. Vindos do México especialmente para o evento, atletas da popular Lucha Libre se apresen-tarão no Anhangabaú. Entre os nomes confirma-dos, teremos a participação de Héctor Garza, Hijo del Fantasma, Terrible, Texano, Stuka e Ángel de Oro. Os lutadores brasileiros também participam: Black Star, Sonrisal, Mister Rock, Marcio Boto, Clau-dia e Pucca são alguns deles.

Para o presidente da SPTuris, Caio de Carvalho, a Virada representa ainda aumento do turismo na cidade. “A Virada é sem dúvida um evento que atrai turistas para São Paulo e a cada edição temos superado recordes de público. A Prefeitura tem tra-balhado com competência e técnica a questão do negócio e a agenda cultural. A cidade vive atual-mente seu melhor momento econômico na área do turismo. A nossa população, inclusive, já percebeu a importância da economia criativa e do incentivo à cultura para fomentar toda a rede econômica lo-cal”, ressaltou Caio de Carvalho.

Um evento de inclusão

Andrea Matarazzo, secretário estadual da Cultura, que já participou de diversas outras edições como subprefeito da Sé e secretário de Coordenação das Subprefeituras, destacou a inclusão como uma das principais características do evento. “É incrível como a população de São Paulo incorporou a Vira-da Cultural como evento permanente e crescente. O tom principal desta iniciativa é a diversidade de eventos e todos com muita qualidade. É democra-tizar a cultura oferecendo qualidade para aqueles que não têm acesso”.

Diretamente subordinados à Secretaria de Estado da Cultura, os museus do Futebol e da Língua Por-tuguesa também participarão da Virada Cultural e terão seus horários de funcionamento estendidos.

Outro ator fundamental em todas as edições da Vi-rada Cultural, como co-realizador do evento, ao lado da Secretaria Estadual da Cultura, o SESC São Paulo mais uma vez estará presente, disponibilizando seus equipamentos para um grande número de atrações durante todas as 24 horas da Virada. Segundo Da-nilo Santos Miranda, Diretor do SESC/SP, a Virada Cultural “é o único evento no qual as atividades

CAPA

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Abril | REVISTA TÁXI CULTURA 19

realizadas nas dependências do SESC são inteira-mente grátis”. Nesta edição, as unidades do SESC que estarão abertas ao público serão Pompéia, Con-solação, Itaquera, Belenzinho e ainda o Cine Sesc.

Suporte aos participantes

Depois de enfrentar alguns problemas em edições anteriores, o trabalho de organização e segurança da virada recebeu um cuidado especial. Este ano, dois mil homens da Polícia Militar, 500 da Guarda Civil Municipal, 700 seguranças particulares e 200 briga-distas ficarão responsáveis para garantir que tudo transcorra dentro da maior tranquilidade. Além dis-so, três postos médicos fixos, 57 ambulâncias e 20 Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) móveis estarão disponíveis para eventuais emergências.

Para dar o suporte necessário para mais de três milhões de pessoas, serão montadas praças de ali-mentação no Vale do Anhangabaú e na Praça Prin-cesa Isabel, e barracas de pastel, tapioca, caldo de cana e porções de salada de fruta estarão dis-tribuídos em outros pontos do evento. Cerca de mil banheiros químicos estarão espalhados e localiza-dos em dez bolsões de serviços sanitários.

Para quem vai participar e precisar de informa-ções, 80 totens de sinalização - com dados sobre artistas, locais e horários de cada apresentação - estarão colocados em pontos estratégicos, como as saídas do Metrô e locais com alta circulação de pessoas.

Segundo o secretário municipal de Serviços, Dráusio Barreto, equipes de plantão com mais de mil funcionários estarão trabalhando para manter a cidade limpa.

Na hora da festa, desfrute e curta tudo o que a nossa cidade oferece, mas não se esqueça que praticar ci-dadania é um elemento fundamental para que a fes-ta seja completa. Contribua e cuide do que é seu!

Com mais de mil atrações que irão acontecer pelos nos palcos, pistas e ruas da cidade, a Virada 2011

promete ser a maior e melhor organizada

CAPA

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20 REVISTA TÁXI CULTURA|Abril

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AGENDAVirada

Cultural

Orquestra Experimental de Repertório e Sepul-tura tocam juntos pela defesa do pau-brasilPela primeira vez, a Virada Cultural recebe um

encontro inusitado para a defesa da causa da

preservação do meio ambiente. O encontro entre

a música erudita e o rock ‘n roll, que será protago-

nizado pela banda Sepultura e a Orquestra

Experimental de Repertório, corpo artístico do

Teatro Municipal de São Paulo, dia 16, no Palco

Estação da Luz, à 0h, tem como principal bandeira

a preservação do pau-brasil

Contemplando a magia secular do circoNessa edição a Virada Cultural apresenta circos para

todos os gostos e idades e procura contemplar todas

as regiões da cidade.

Na Júlio Prestes, a “Cia. Base”, que em 2010 foi

agraciada com o prêmio Funarte de Circo, tendo se

apresentado em diversas cidades do interior paulista

com grande sucesso de crítica e público, apresenta o

espetáculo “As Mulheres do Sol e o Balão Mágico”

que integra circo, dança, teatro e esportes,

mostrando bailarinas superando os limites da gravi-

dade em um balão a 20 metros de altura.

Multi-programação infantil A programação desse ano privilegiou uma sé-

rie de atrações para o público infantil. Diversa e

abrangente, ela conta com circo, teatro, passeios,

ilusionismo, contação de histórias, música, dança,

oficinas em geral e passeio noturno na Pinacoteca.

Um dos pontos altos será o “Viradinha Cultural”,

atração que acontecerá no Centro Cultural São

Paulo, a partir das 20h do sábado. Lá, os pequenos

poderão acampar em barracas. E, espalhados pela

cidade, haverá uma série de outras atrações pensa-

das especialmente para a a criançada.

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Abril | REVISTA TÁXI CULTURA 21

Cultural

18h00 - Anastácia20h00 - Eliezer Setton22h00 - Flavio José00h00 - Dominguinhos02h00 - Genival Lacerda04h00 - Sandro Becker06h00 - Gaby Amarantos08h00 - Dona Onete10h00 - Banda de Pau e Corda14h00 - Renato Teixeira16h00 - Falamansa18h00 - Forroçacana

18h00 - Rita Lee20h00 - Edgar Winter (EUA)22h00 - Irmandade do Blues & Larry Mccray (EUA)00h00 - Voodoo Zombies (Chile)01h30 - Conjuração Satânica – Zé do Caixão02h00 - The Misfits (EUA)04h00 - Minikiss (EUA)06h00 - Texas Hippie Coalition (EUA)08h00 - P.O.D. (EUA)10h00 - Tihuana12h00 - Charlie Brown Jr14h00 - Plebe Rude16h00 - Blitz18h00 - RPM

18h00 - Tiê20h00 - Thaís Gulin22h00 - Lucinha Turnbull00h00 - Cibelle e Cidadão Instigado02h00 - Denise Assunção04h00 - Martin e Eduardo06h00 - Sabonetes08h00 - Lu Horta10h00 - Brasileirinhos – Paulo Bira14h00 - Maria Alcina e Edy Star16h00 - Daniel Gonzaga18h00 - Jorge Mautner

19h00 - Armando Manzanero (México)21h00 - Chicha Libre (EUA)23h00 - Skatalites (Jamaica)01h00 - Love Trio + U-Roy (EUA - Jamaica)03h00 - Macaco (Espanha)05h00 - Marcelo Yuka07h00 - Dj Dolores y Orquestra Santa Massa09h00 - Yusa (Cuba)11h00 - Sossega Leão13h00 - Ska Cubano (Cuba)15h00 - Mad Professor (Jamaica) + Marty Dread17h00 - Steel Pulse (Inglaterra)

As Mulheres do Sol e o Balão Mágico – Cia Base | às 17h30, 19h30 e 13h30

Maratona: a banda Beatles 4ever toca todos os discos dos Beatles na sequência das 18h00 às 16h30

19h00 - Chico Pinheiro21h00 - Ronnie Cuber (EUA) e Hammond Grooves23h00 - Brian Auger’s Oblivion Express (Inglaterra)01h00 - Eumir Deodato03h00 - Freegideira e Benjamin Taubkin05h00 - Brown Bird (EUA)07h00 - Coolbrazz09h00 - Boris Savoldelli Voice Orchestra (Itália)11h00 - Jashgawronsky Brothers (Armênia-Itália)13h00 - Rumpilezz15h00 - Tohpati Ethnomission (Indonésia)17h00 - Soft Machine Legacy (Inglaterra)

18h00 Festa 011 – KL Jay, Edi Rock e Don Pixote20h00 Taylor McFerrin (EUA) e BNegão22h00 Fred Wesley and the New JBs (EUA)00h00 Toni Tornado e Dom Salvador + Abolição02h00 Dumpstaphunk (EUA)04h00 Di Melo06h00 Instrumental Explosion – Incendiary Funk and R&B Instrumentals 1966–197308h00 Monarco10h00 Riachão12h00 Paulo Miklos e Quinteto em Branco e Preto: Noel14h00 Leandro Lehart (Maior Bateria do Mundo)16h00 Mart’nália18h00 Paulinho da Viola e Orquestra de Cordas de Curitiba

Comédia Stand-Up28 comediantes se apresentarão durante toda virada

Palco Barão de Limeira

Palco Júlio Prestes

Palco XV de Novembro

Palco São João

Balão da Julio Prestes

Bulevar São João

Palco Líbero Badaró

Palco República

Viaduto do Chá Anhangabaú

AGENDAvirada cultural

19h00 Fernando Mendes21h00 Elymar Santos23h00 Ritchie01h00 Marina Lima03h00 Bamdamel05h00 Vinny07h00 Big Time Orchestra09h00 Zéu Brito11h00 A Cor do Som13h00 Os Incríveis15h00 Los Straitjackets (EUA)17h00 Erasmo Carlos

Palco Arouche

Cultura periférica

18h00 - Encontro de Bateristas / Orquestra de Baterias Dino VerdadeNovos talentos

Exposições HQ / Oráculos Fãs Clubes / Desfiles

Palco Santa Ifigênia e Palco Cásper Líbero

Vale do Anhangabaú / Palco Dimensional

Vale do Anhangabaú / Corredor Dimensional

Luta Livre / World Cosplay Summit: All Stars / Dimensão Nerd / Conjuração Satânica Zé do Caixão / Meditação Teatro Cosplay / Jogando no Quintal

Pagliacci – ópera ao ar livre: Orquestra Sinfônica Munici-pal, Coral Lírico, Acrobático Fratelli, Pia Fraus e Visual-farm / Pagliacci / Circo Zanni / Projeção Monumental – Visualfarm / Gigantes de Ar – Pia Fraus/ Paraladibom – Cia Paralado-sanjos

Arena Anhangabaú

Pateo do Collegio

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22 REVISTA TÁXI CULTURA|Abril

AGENDA EVENTOSvirada cultural...

Rua Pelotas, 141Apresentações de Teatro Música / Infantil

Avenida Adolfo Pinheiro, 940Artes Plásticas e Visuais

Sesc Vila Mariana Sesc Santo Amaro Avenida Luiz Dumont Villares, 579Apresentações de Música / Multimídia e Internet / Grafiti / Infantil

Sesc Santana

Dubversão

Maratona de narração de estórias

Avenida Ipiranga, 974 por toda a virada – Mostra Zé do Caixão

Feira de livros – Karaokê e Sarau literário

Dança no trem - 01h00 Jam Session no Trem: para ver, sentir e dançar

Matinê Zona de Riso das 21h00 às 23h00, das 12h00 às 15h00 e das 16h00 às 18h00

Discotecagem / Vídeos e Fotos / Suspensão corporal / debate com o público

Black Box – Cia de Theatro Fase 3 | das 09h00 às 18h00

Rua Dom José de Barros, 306

Av. Ipiranga X Av. Rio Branco desafio dança de salão: reunir o maior número de casais.

Rua Vergueiro, 1000 - Paraíso, ao Lado do Metrô Vergueirodas 20h00 às 11h00 Viradinha Cultural - Clã-Estúdio das Artes Cômicas11h30 Concerto Especial na Virada - Antonio Lauro Del Claro (Violoncelo) e Ricardo Ballestero (Piano)

Avenida Manuel Alves Soares, 1100Tema: Fora do Eixo: Sagrado ou Profano?Apresentações de Teatro Música Circo - Dança Artes Plásticas e Visuais Literatura

Rua Padre Adelino, 1.000 BelenzinhoTema: Bem [Além] das ImagensApresentações de Teatro / Música / Circo / Dança / Multimídia e InternetArtes Plásticas e Visuais / Literatura / Cinema e Vídeo / Infantil

19h00 O Grande Grito – Grupo Luz e Ribalta21h00 Luis Antonio – Gabriela Grupo Cia Mungunzá de Teatrodas 23h00 à 00h00 Especial Cabaré Zona de Riso

Black Box – Cia de Theatro Fase 3 | das 09h00 às 18h00

Av. São João, 473 – Galeria Olido

Maracatú 24hs

das 21h00 às 22h40 Gafieira Paulista e Tereza Gamadas 23h00 à 01h40 Orquestra Lira Latina01h00 Opalas – Gerson King Combo e Lady Zu18h00 Fred Wesley and the New JBs

Circo e teatro de rua / artistas de rua / mágicos 24h

19h15 Balé da Cidade21h00 Orquestra de Câmara da USP: Stravinsky – Zappa – Ginastera – Scrutinizer00h00 Orquestra Experimental de Repertório Convida Sepultura04h00 Pop Orquestra & Dança FILAFRO07h40 Jazz Big Band de Santos Homenageia Zé Rodrix09h30 Orquestra Fervorosa Convida Inezita Barroso11h30 Banda Sinfônica do Estado de São Paulo14h00 Balé Stagium15h20 Cisne Negro Cia de Dança17h15 Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo18h00 São Paulo Companhia de Dança e Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo

Rua General Rondon—Dubversão

Galeria Prestes Maia

Cine Windsor - Mojica 24 Horas

Vitrine da Galeria Olido

Trem da CPTM

Áreas de Convivência

Lgo. do Paissandú

Viaduto Santa Ifigênia

Cine Dom José - Cine Catástrofe

Onibus da Dança

Centro Cultural São Paulo

Sesc São Paulo Espaço Cênico Ademar Guerra Unidades Interlagos Sesc Belenzinho

Praça Darcy Penteado e ruas do centro

Cine Olido—Cinema para Cantar e Dançar

Circular do Maracatú

Sala Adoniram Barbosa

Rua Marconi / Praça Ramos / Praça do Patriarca/ Ed. Matarazzo

Palco Estação da Luz

Big Bands de São Paulo – (projeto Elefantes)

Caminho Articulado (Espanha) | das 19h00 às 06h00Piano na Praça –virtuoses tocam os mais diversos estilos ao piano durante toda virada

Largo São Francisco / Praça da Sé / Praça Princesa Isabel Ladeira da Memória / Praça Alfredo Issa / Rua Major Sertório

Coreto – Parque da Luz

Parque da Luz

Pistas de Música eletrônica e apresentação de DJs

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Avenida Fernando Espírito Santo Alves de Mattos, 1000Apresentações de Teatro / Música / Circo / Dança / Multimídia e Internet / Cinema e Vídeo / Infantil

Rua do Carmo, 147Apresentações de Música / Literatura

Av. Ipiranga, 344 Edificio Itália – SubsoloFestim – Cia Soma/sp + Castanho Sua Cor – Grupo Grial/pe – Cia Soma/sp + Grupo Grial/pe | das 23h30 à 00h40 e das 16h00 às 17h10

Av. Cruzeiro do Sul, 2630 – Parque da Juventude Contação de Histórias

Praça Charles Miller, S/nº, Estádio do PacaembuVisitação e Transporte Gra-tuitos | das 18h00 às 21h00

Rua Síria, 180 – TatuapéFórum “estresse e An-siedade em Bailarinos Amadores e Profissionais” T.f.style Cia de Dança às 20h00

Av. Tiradentes, 676 - Bom RetiroEntrada Gratuita e Oficina Especial para Crianças | das 10h00 às 18h00

Rua Bom Pastor, 822Apresentações de Teatro / Música / CircoDança / Multimídia e Internet / Literatura / Infantil

Rua Paes Leme, 195Apresentações de Teatro / Música / Circo / Dança / Multimídia e Internet / Artes Plásticas e Visuais / Literatura / Cinema e Vídeo

Av. Faria Lima, 2705 - Jardim PaulistanoTango de rua Ensina a Dançar Tango | às 18h00Música no Museu - Saraus Paulistanos, Saraus Modernistas Curadoria Anna Maria Kiefier | às 11h00Swiss College Dixie Band e Paulistana Jazz Band (Encerramento da Virada) | às 18h00Apresentação de Grupos de Tango do Movimento El Arrastre20h00 Jogando Tango – Vínicius Pereira, Juan Pablo e Ricardo Pesce20h00 Café Tango – Pedro Assad, Diego Beirão, Alfredo Resende, Gustavo Mazon, Edu Guimarães20h00 De Puro Guapos

Praça da Luz, Nº 218h30 Concertando a História – Quarteto 4 Estações19h30 Serge Gainsburg Les Serges20h30 Performance – Grupo Dançaberta21h00 Visita Noturna com Lanterna – Equipe Educativo21h30 Viagem Pela MPB – Analia e o Grupo da Cozinha22h00 Visita Noturna com Lanterna – Equipe Educativo22h30 Samba e Gafieira – Gafieira Camisa Amareladas 11h00 às 16h00 Feirão de Livros16h00 Coral da Osesp

Rua dos Ingleses, 209, Bela Vista, Sao PauloNeny Hotel Inn – Cia de Teatro Criando Condições

Rua Rego Freitas 4542º Festival N.ex.t de Te-atro Grotesco – N.ex.t às 21h30

Rua Maria Antonia, 294

Rua Maria Antonia, 294

Rua Dep. Lacerda Franco, 333A Revolução dos Bichos – Cia Fractal | às 16h00

Sesc Itaquera

Sesc Carmo

Teatro de Dança

Biblioteca de São Paulo

Museu do Futebol

Academia Tania Ferreira

Museu de Arte Sacra de São Paulo

Sesc Ipiranga

Sesc Pinheiros

Museu da Casa Brasileira

Pinacoteca do Estado

Teatro Ruth Escobar

Teatro Next

Centro Universitário Maria Antonia

Centro Universitário Maria Antonia

Teatro Cultura Inglesa—Pinheiros

Rua Dr. Vila Nova, 245por toda a virada Vira NordesteApresentações de Teatro / Música / Dança / Artes Plásticas e Visuais / Cinema e Vídeo / Corpo e Ex-pressão / Saúde e Alimentação /

Rua Augusta, 2075Clássicos do cinema mundial

Rua Clélia, 93Tema: Virada de Reis e RainhasApresentações de Teatro / Música / Circo / Dança / Artes Plásticas e Visuais

Rua Clélia, 93Tema: Virada de Reis e RainhasApresentações de Teatro / Música / Circo / Dança / Artes Plásticas e Visuais

Av. Paulista, 37 – Bela VistaBico do Corvo | das 17h00 às 18h00Nuno Mindelis & Banda | das 19h00 às 21h00Sarau da Casa | das 22h00 à 00h00Mallarmídia: Recital Multimídia | à 00h30André Parisi & Grupo Língua Brasileira | às 02h00Uma Palavra Puxa Outra – Grupo Balaio de Dois | às 13h00Furunfunfum no Carnaval | às 14h00The Invisible Opera Company of Tibet | às 16h00Antúlio Madureira: Surpreenda os Seus Sentidos! | às 18h00

Avenida Europa, 158 Jd. EuropaExposições / Oficinas em Estúdio/ Música / Workshops

Praça da Luz, s/nºEntrada Gratuita | das 17h00 à 00h00 e das 10h00 às 18h00

Rua Oscar Freire, 2500, SumaréApresentações de Teatro / Gastronomia / Música / Dança

Rua Oscar Freire, 2500, SumaréApresentações de Teatro / Gastronomia / Música / Dança

Mais detalhes sobre horários e locais da programação no blog da virada: http://noticiasdavirada.wordpress.com/

Sesc Consolação

Cinesesc

Sesc Pompeia

Sesc Pompeia

Casa das Rosas

MIS

Museu da Língua Portuguesa

Centro da Cultura Judaica

Centro da Cultura Judaica

AGENDA

virada culturalSesc São Paulo

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Na hora do chocolate não se culpe: por volta dos anos 1440 a.C. as civilizações Maia e Asteca já curtiam uma verdadeira paixão pelo cacau e seus deliciosos derivados

Chocolate é sempre uma festa!

Não resta a menor dúvida que o chocolate já era

tudo de bom. Para se ter uma ideia de como essa

paixão era intensa, as sementes de cacau - fruto

que dá origem ao produto que chamamos de cho-

colate - eram utilizadas como moeda de troca nos

dois grandes impérios pré-colombianos. Nas terras

dominadas pelos astecas, o cultivo do cacaueiro era

obrigatório e havia inclusive um imposto a ser pago,

justamente com as sementes do fruto.

Entre os maias era comum o consumo de bebidas

produzidas à base de cacau, tanto no dia a dia como

em rituais e cerimônias especiais. Com a polpa, pro-

duziam uma bebida alcoólica fermentada e com as

sementes produziam uma bebida amarga (tempera-

da com baunilha e pimenta) que, segundo a lenda,

possuía propriedades incríveis e restaurava o vigor e

a vitalidade.

Foi com a Revolução Industrial que o chocolate pas-

sou a ser produzido da forma que o conhecemos hoje.

Com o avanço das máquinas, a extração da manteiga

do cacau se tornou mais eficaz e com isso o chocolate

ganhou mais consistência e durabilidade.

Graças a essas mudanças na produção do choco-

late, o produto ganhou incontáveis variações. Surgiu

o chocolate ao leite, o chocolate amargo, chocolate

branco, crocante, com recheio, com nozes, avelãs e

muitas outras opções. Cada um mais gostoso do que o

outro e capaz de conquistar pessoas do mundo inteiro.

Afinal, quem resiste aos encantos do chocolate?

Coelho, ovos e chocolate

Antigamente, durante a celebração da Páscoa, ovos

ocos de galinha eram decorados e distribuídos para

crianças e amigos como forma de relembrar a passa-

gem bíblica da ressurreição de Cristo. O ovo represen-

ta o renascimento, o surgimento de uma nova vida, a

fertilidade e também já era utilizado em rituais pagãos

do início da primavera no hemisfério norte. A popula-

ridade do chocolate já era tamanha, que acabou sen-

do incorporado às comemorações da Páscoa. Foram

os franceses que tiveram a ideia de colocar chocolate

no interior dos ovos, depois de terem sido removidas

a clara e a gema.

Novas delícias

Seja como for, foi o chocolate quem fez do ovo

de Páscoa uma delícia e um ótimo presente para a

comemoração dessa data. E quando se trata de choco-

late, não faltam alternativas para quem deseja encan-

tar os paladares mais exigentes na hora da sobremesa

no almoço do domingo.

Um bom exemplo disso é a delícia criada pela con-

feitaria O Melhor Bolo de Chocolate do Mundo. Guar-

dada a sete chaves, a receita do bolo – que fez tanto

sucesso que terminou por emprestar seu nome à con-

feitaria que a criou – é de origem portuguesa e não

leva farinha nem fermento e lembra algo como uma

mistura de merengue com mousse e calda de choco-

late Premium. Uma verdadeira perdição.

SÃO PAULOUM MUNDO TODO Por Fernanda Grandino

Page 27: Taxi Cultura - Edição 02

Abril | REVISTA TÁXI CULTURA 27

Criatividade é o que não falta na hora de preparar pratos com chocolate

de produzir sua sobremesa do feriado. Para isso criou um bolinho de chocolate, cuja massa é feita de chocolate meio amargo e a cobertura de chocolate ao leite. Segundo Elaine, a mistura desses dois tipos de chocolate resulta em um doce que não é enjoativo e proporciona ao paladar um sabor mais exótico e diferenciado.

Na hora de decorar, meio ovinho de páscoa sobre o bolinho simula um ninho, onde são colocadas algumas amêndoas carameladas. Elaine conta que a ideia da mon-tagem do doce apareceu em um sonho: “Para toda data comemorativa eu sempre crio alguma receita e um menu legal voltado para aquele tema. Entro de cabeça nessa criação e, ás vezes, até sonho com isso. É o caso dessa so-bremesa da Páscoa: estava dormindo e tive a ideia, quan-do acordei, coloquei-a em prática e ao experimentar fiquei feliz com o resultado.”

Com tanta seretonina no sangue depois desse mundo de chocolate, curta sua felicidade e celebre o novo, a pros-peridade e a vida. Ah, bom apetite!

Pode ser degustado em três versões: meio amargo (com

70% de cacau), tradicional doce (com 53%), e Zero Açúcar.

Chocolate também é diversão

Outra dica criativa foi desenvolvida pelo chef Sinval

Pereira dos Santos, do Restaurante Chácara Santa Cecília.

Pensando no público infantil, o Santos teve a ideia de criar

a “Casquinha de Chocolate com sorvete”, que fica com a

aparência de um ovo cheio de sorvete. Para fazer essa cas-

quinha, são utilizadas algumas bexigas cheias de ar, que são

mergulhadas no chocolate ainda morno, e depois colocadas

para endurecer no refrigerador.

Quando o chocolate fica firme, ele estoura as bexigas,

e a casquinha está pronta. Basta colocar o sorvete de sua

preferência e decorar como quiser. Essa etapa é conside-

rada fundamental pelo chef, que ressalta a importância da

boa apresentação de qualquer prato: “Nosso primeiro con-

tato com o alimento é através do olhar, por isso é preciso

ter sempre o cuidado em transmitir o sabor, de modo que

os olhos também possam se deliciar”.

Para garantir o equilíbrio dos sabores, o chef Sinval suge-

re que sejam evitadas misturas muito inusitadas: “O risco

de errar é menor. Prefira sempre misturas onde os sabores

não se sobreponham, por exemplo, calda de frutas cítricas

com chocolate”, ensina.

Sabor na medida certa

Responsável pela cozinha do Brie Restô, a chef Eliane Car-valho não abre mão do chocolate na Páscoa. “Na Páscoa tem que ter chocolate, não tem como fugir disso” senten-cia. Porém, não basta ser chocolate, para garantir o sucesso na mesa, ela aposta na sofisticação e na inovação na hora

SÃO PAULOUM MUNDO TODO

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Dona de um receptivo turístico de excelência,Ilhabela permite ao visitante um contato direto com a história da cidade, com suas construções em estilo colonial

Ilhabela é muito procurada por

quem deseja um contato direto com

a natureza

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Jurema Oliveira

Uma das mais belas paisagens da costa brasileira, onde se multiplicam pequenas praias, baías e enseadas, cobertas pela Mata Atlântica, o litoral norte de São Pau-lo já foi apontado pelo antigo navegador italiano Américo Vespúcio, como o local do mundo que mais se assemelhava à sua ideia de paraíso na terra

Ilha Bela As maravilhas do Litoral Norte

Era o ano de 1502 e Vespúcio comandava a primei-ra frota de navios que chegava à região. Mais de 500 anos depois, a expressão do ilustre navega-

dor continua carregada de verdade e para quem quiser comprovar essa afirmação, basta passar um final de se-mana no município de Ilhabela: um encantador arqui-pélago formado por diversas ilhas e ilhotas, localizado a 135 quilômetros da capital paulista e a 300 quilômetros da cidade do Rio de Janeiro.

Uma das quinze cidades paulistas classificadas como estâncias balneárias, Ilhabela é o único município - ar-quipélago do Brasil, cuja principal ilha é São Sebastião - a segunda maior ilha marítima da costa brasileira, su-perada apenas pela Ilha de Santa Catarina, que abriga a cidade Florianópolis.

Além de São Sebastião, fazem parte do arquipélago as ilhas de Búzios, Vitória, dos Pescadores e a ilhota das Cabras - que são habitadas – e ainda as ilhotas Sumítica, Castelhanos, Lagoa, Galhetas, Figueira, Codó, Prainha, Serraria e Enchovas.

Uma geografia favorávelCom um relevo jovem, a Ilha de São Sebastião se carac-

teriza como um dos acidentes geográficos mais elevados

e salientes da costa brasileira, tendo no Pico de São Se-

bastião, com 1.379 metros o seu ponto mais alto. O Morro

do Papagaio, com 1.307 metros e o Morro da Serraria, com

1.285 metros, completam a paisagem.

Em contraste com esses maciços elevados, a ilha possui 150

km de costa, onde os visitantes podem desfrutar de 39 praias,

distribuídas em dois lados bem distintos: a face voltada para o

continente tem praias calmas e, além de ser mais urbanizado

e populoso, recebe o maior número de visitantes.

Muito mais isolada, a face da ilha que fica voltada para

o oceano é pouco habitada, com a maioria de seus mora-

dores instalados na Praia de Castelhanos, a única do lado

oceânico acessível de carro (embora apenas veículos com

tração possam fazer o trajeto até o local).

BANDEIRA

LIVREPor Waldir Martins

Page 30: Taxi Cultura - Edição 02

30 REVISTA TÁXI CULTURA|Abril

Praias limpas e águas cristalinas são outros características do arquipélago

Principais atraçõesComo não poderia deixar de ser, as praias são

as principais atrações para os turistas que vão a Ilhabela. São opções bem diferentes de praias dis-tribuídas por toda a ilha. As mais famosas são: Cur-ral, Jabaquara, Bonete, Fome, Castelhanos, Arma-ção, Pinto e Feiticeira.

Castelhanos e Bonete são as mais procuradas por quem está em busca de aventuras. Por esta-rem voltadas para o oceano, essas praias têm on-das mais fortes e são os destinos preferidos dos surfistas embora seja de difícil acesso. Nas praias do Bonete e da Fome, por exemplo, só é pos-sível chegar de barco. Importante destacar que o Bonete abriga uma comunidade caiçara que ofer-ece pousadas simples para os turistas que preten-dem passar mais de um dia no local.

Além das praias, a região conta ainda com mais de trezentas cachoeiras. Em muitas delas, os visi-tantes podem desfrutar de um belo banho nos bolsões de água e lagos que se formam em suas quedas. As mais conhecidas e procuradas são a ca-choeira da Toca, Lage, Três Tombos e Gato.

Trilhas e roteiros

Devido ao cuidadoso trabalho de preservação de sua área florestal, que combateu e evitou o cresci-mento desordenado da cidade, Ilhabela é muito procurada por turistas que buscam um contato mais direto com a natureza, ou têm na prática do turismo de aventura e esportes radicais seus inter-esses principais. Os apaixonados por essas ativi-dades podem desbravar as trilhas na mata preser-vada, que levam a mirantes, cachoeiras e piscinas naturais dentro do Parque Estadual de Ilhabela.

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LIVRE

Alguns exemplos de trilha são a do Pico do Baepi, Água Branca, Cachoeira da Lage, Pancada D’água e Bonete (veja box).

Roteiro HistóricoDona de um receptivo turístico de excelência,

Ilhabela permite ao visitante um contato direto com a história da cidade, com suas construções em estilo colonial, ao mesmo tempo em que oferece uma ótima infraestrutura de serviços com hotéis, restaurantes e bares rústicos ou requintados.

Entre os principais pontos históricos da cidade merecem destaque a Igreja Matriz de N. Sra. D`Ajuda, construída 1806, com piso de mármore espanhol e o forro da nave pintado a óleo; a antiga Cadeia e Fórum da cidade, construídos em 1911; além dos canhões da artilharia real portuguesa de 1520, 1526 e 1540, expostos próximo ao píer da Vila, e o prédio colonial da Fundação Arte e Cultura, onde são expostos trabalhos de artistas da região.

Mergulho em Ilhabela Aqueles que gostam de mergulhar podem optar

por mais de quinze pontos entre ilhas, costões e lajes. O mar claro possibilita boa visibilidade, e uma grande variedade de peixes, tartarugas e, com um pouco de sorte, até golfinhos e baleias podem ser vistos. A região abriga ainda restos de mais de vinte naufrágios que hoje servem de moradia para uma vasta flora e fauna marinha.

O náufrago mais famoso é o transatlântico es-panhol Príncipe de Astúrias, que deixou o porto de Cadiz, na Espanha, com 500 passageiros a bordo, rumo a Buenos Aires, mas naufragou na Ponta de Piratuba em 3 de março de 1916.

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Abril | REVISTA TÁXI CULTURA 31

Praia do Jabaquara

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Outros naufrágios entraram para a história de Ilhabela: o navio vela-vapor Dart do Cor-reio Real Inglês (1884) na Ponta da Sepi-tuba; o vapor inglês Velasques (1908) que bateu contra a Ponta da Sela; o cargueiro Theresina (1919) que afundou a nordeste de Borrifos, onde sua hélice é a principal atração dos mergulhadores; e o cargueiro brasileiro Aymoré (1920), perto da Praia do Curral.

Vale lembrar que equipamentos de mer-gulho, transporte e cursos são oferecidos por operadoras locais.

GastronomiaVerdadeiro paraíso para os apreciadores

da boa mesa, a cozinha do arquipélago faz dos peixes e frutos do mar uma excelente alternativa. Além disso, outras opções gas-tronômicas que incluem a culinária casei-ra, a japonesa, massas e, claro, os frutos do mar e os quiosquer na areia que ofe- recem diversos petiscos.

Durante os meses de inverno, período de baixa temporada na cidade, a Prefeitura Municipal desenvolve festivais gastronômi-cos anuais, como o Festival de Música e Gastronomia e o Festival do Camarão, em que restaurantes participantes preparam pratos especiais para o evento por um preço bastante acessível.

Onde ficar

Na hora de escolher onde ficar ou onde comer, o visitante pode consultar um serviço disponível no site da prefeitura, com a rela-ção de diferentes opções de hotéis, pousa-das, chalés, campings, bares e restaurantes da cidade. Para isso basta entrar no seguinte endereço: http://www.ilhabela.sp.gov.br/

Como Chegar

Pela Via Dutra, Rodovia dos Trabalhadores (SP 170) e Rodovia Carvalho Pinto até São José dos Campos, Rodovia dos Tamoios (SP 99) até Caraguatatuba. Seguir rumo a São Sebastião pela Rodovia Rio-Santos (BR 101). Pegar a balsa para atravessar o canal com destino a Ilhabela. Vindo de São Paulo ou Rio de Janeiro pela Rio-Santos, o visitante chega direto a São Sebastião.

Mais informaçõeshttp://www.ilhabela.sp.gov.brhttp://www.ilhabela.com.br/

Com uma excelente estrutura a Ilha oferece ao visitante excelentes opções de hospedagem e uma gastronomia rica e variada

Trilhas em IlhabelaPico do Baepi - Com uma duração de quatro horas, a trilha é de difícil acesso e sobe até 1.058 metros. Em dias claros e sem nuvens permite uma visão panorâmica da cadeia de montanhas da Ilha, do Ca-nal de São Sebastião e de boa parte da Serra do Mar.

Água Branca – Levam o visitante a cachoeiras e piscinas naturais como o Poço da Pedra, o Poço da Escada e o Poço do Jabuti.

Cachoeira da Laje – Partindo da Ponta da Sepituba, em direção a Praia do Bonete, chega-se à Cachoeira

BANDEIRA

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da Laje, onde o curso do rio forma algumas quedas, tobogãs e belíssimas piscinas naturais.

Pancada D` Agua – Começa no morro atrás da Praia da Feiticeira e leva à Cachoeira dos Três Tombos, formada por várias quedas que resultam em piscinas naturais e cercada pela mata verde.

Bonete – Uma trilha de 13 km a partir da Ponta de Sepituba, com diversos regatos e ca-choeiras, subidas e terreno acidentado leva à Praia do Bonete.

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32 REVISTA TÁXI CULTURA|Abril

Por Fernanda Monteforte

QUALIDADEDE VIDA

É hora de mudar?Toda mudança gera transformação, seja ela superficial ou profunda, plane-jada ou inesperada

Quando escolhemos mudar, aceitamos o de-safio de sair de uma área de conforto que será proporcional à extensão da renovação preten-

dida e a dimensão dada às ideias e conceitos que nos paralisam. Essa experiência pode ser desafiante e pra-zerosa, ou então, dolorosa e agressiva, dependendo do nosso preparo interno e grau de lucidez.

Para ampliar a compreensão daquilo que nos motiva a dar os primeiros passos, o autoconhecimento é um elemento essencial para minimizar os riscos de atitudes impulsivas, emocionais ou irracionais e, por outro lado, atenuar o medo que tolhe a ação e prestigia a inércia.

Investir no desenvolvimento interno é a mais valorosa ferramenta para assumirmos o timão da nossa vida, ao invés de deixarmos nossa embarcação à deriva, à von-tade dos acontecimentos externos e das outras pessoas que seguem seus sonhos e aspirações.

Já a oportunidade é um tanto impiedosa. Expressa por Kairos na mitologia grega – um dos filhos de Chronos representado com uma trança na testa e careca na nuca - essa figura nos adverte que a oportunidade só pode ser agarrada quando está vindo, pois, depois que pas-sou, não temos mais como detê-la.

Assim, é preciso que estejamos atentos para uma melhor percepção das oportunidades e confiantes para agir quando impelidos por uma certeza interna. É fun-damental confiar naquilo que plantamos para termos a oportunidade de colher os respectivos frutos e, para tanto, o comportamento ético traz à tona uma liberta-dora confiança.

A ética é o alicerce para qualquer mudança sustentá-vel. Não há de se pensar em uma vida proveitosa sem a construção do caráter, requisito essencial para a estabili-dade, sucesso e satisfação duradouras.

Tenha a ética como o alicerce da mudança

O novo que nos desafia

Investir no desenvolvimento interno é um

elemento prioritário para quem busca

autonomia e tranquilidade para enfrentar as

turbulências do cotidiano.

Trabalhe suas oportunidades e tenha confiança na hora de agir

1) Interiorizar princípios e instituir hábitos são maneiras de construir o caráter;

2) A ética é a base para uma mudança pro- funda no indivíduo;

3) O processo de aprimoramento deve ser constante, diário, metabolizável como a própria natureza;

4) Não há como enganar a lei natural e univer- sal de causa e efeito, não há atalhos, nem artifícios; a mudança só é consistente se for de dentro para fora;

Fernanda Monteforte é consultora de qualidade de vida e ministra

aulas do Método DeRose. [email protected]

Prepare a hora de mudar

5) Aprenda a reconhecer seus erros e acertos e também a valorizar as qualidades e virtude das outras pessoas;

6) A integridade do indivíduo, a autoconfiança e a força do caráter são provenientes da ética;

7) Evite confundir ética com moral; a primeira é mais interna, profunda e atemporal;

8) Criados os alicerces, ouse, arrisque, agarre as oportunidades e invista em seus sonhos pois a vida é transitória.

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34 REVISTA TÁXI CULTURA|Abril

A exposição ao sol pode ser boa, mas sem os cuidados necessários, pode causar danos irreparáveis para sua pele

A exposição excessiva ao sol

pode transformar uma simples mancha em

um câncer de pele

Cuidados com a pele não é só coisa para mulheres

Conhecendo o inimigo

As manchas de pele representam um grande tor-mento para homens e mulheres que, cada vez mais, buscam tratamentos estéticos em busca de uma pele perfeita. De maneira geral, o maior incômodo é estético, mas é importante ficar atento, pois proble-mas muito mais graves podem ocorrer.

O principal inimigo das manchas continua sendo o sol, que pode transformar uma mancha de pequeno grau em um câncer de pele, depen-dendo do grau de exposição. Para as mulheres um problema adicional é o uso de pílula anticoncep-cional que, por causa da ação dos hormônios, pode marcar a maçã do rosto, testa ou buço, pro-vocando os chamados melasmas.

Pintas ou manchas?

Um ponto importante é saber diferenciar pintas de manchas, uma vez que a única coisa que elas têm em comum é o foto de serem indesejadas! Os nevos, como também são chamadas as pintas, são malformações benignas de células da pele, portan-to, apenas uma alteração da cor da pele.

As manchas podem se formar por diferentes causas: alterações da melanina - manchas acas-tanhadas ou brancas; alterações de bilirrubinas -manchas amareladas ou esverdeadas; alterações da hemoglobina e hemossiderina - manchas aver-melhadas, arroxeadas ou acastanhadas; pelo uso de medicamentos como clofazimina - cinza escura; e amiodarona - acinzentadas e azuladas -, ou ainda por corantes utilizados em tatuagens.

Toda atenção e cuidado

Deve-se ficar atento a sinais como o crescimento rápido da lesão, observar se a mancha possui forma irregular ou assimétrica, duas ou mais cores numa mesma lesão, elevação ou espessamento, sangra-mento ou alteração da sensibilidade local. Identifi-cado alguns desses sintomas, deve-se rapidamente procurar um dermatologista, pois podem provocar o surgimento do câncer de pele.

Existem diversos tratamentos para os diferentes ti-pos de manchas, sendo os peelings químicos (ácidos) e físicos (lasers) os procedimentos mais usados. O peeling é um tratamento estético, feito por dermato-logistas, por meio de ácidos e outros cremes manipu-lados. Durante o processo ocorre uma destruição da camada superficial, média ou profunda da pele, que sofre uma descamação de suas camadas, eliminando células mortas e dando lugar a uma pele nova, livre de rugas, manchas, acne e outras imperfeições.

A formulação do creme dependerá do tipo de pele, profundidade da mancha e outros fatores individuais que são analisados em cada caso. Em algumas oca-siões, recebem corticóides para aumentar a eficiência das fórmulas. Os efeitos colaterais são descamação e pele levemente rosada. Eles devem ser aplicados de preferência à noite.

Um modo muito eficaz de evitar o aparecimento das manchas e, assim, os tratamentos caríssimos, é utilizar sempre o filtrro solar e evitar a exposição ao sol entre 10 e 15 horas. São os cuidados que todos devem ter, sejam homens ou mulheres, indepen-dentemente da tonalidade da pele. E, nunca tome remédios sem orientação médica, pois isto pode prejudicar ainda mais a sua pele.

O uso de filtro solar é uma das re-comendações para evitar o apareci-

mento de manchas

BELEZA Por Carol Mendes

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36 REVISTA TÁXI CULTURA|Abril

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MORAR

Solange Tinelli é designer de interiores e desenvolve projetos

focados em sustentabilidade - [email protected]

Por Solange Tinelli

Porque é na cozinha onde tudo acontece, desde a elabora-ção de um prato simples ou exótico, até resgatar o sentido mais tradicional de uma região ou de uma família

Tradicionalmente um local de compartilha-

mento e reuniões informais entre a família

e amigos, o projeto de uma cozinha deve

considerar itens que levem em conta a praticidade,

funcionalidade, beleza, elegância e também sofisti-

cação, sempre tendo em vista duas palavras-chave:

segurança e personalidade.

No caso de desejar estabelecer um clima ainda

mais intimista, o projeto pode fazer surgir uma pro-

posta de ambientes integrados, onde cozinha, salas,

varandas e espaço gourmet, se completam em es-

trutura funcional, ainda capaz de remeter à tradicio-

nal cozinha, aquela que ficou lá dentro da casa.

No mercado encontramos várias opções como

cozinhas moduladas, que trabalham com materiais

ecologicamente corretos, ferragens de boa quali-

dade, cubas com triturador de resíduos, torneira

com sensor e temporizador, com uma gama enorme

de cores e materiais, e capazes de atender bem a

necessidade do cliente, porém sempre seguindo

um modelo já pré - estabelecido de fabricação.

A hora e a vez da cozinha!

BEM

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çãoProjeto Personalizado

Quando o projeto é exe-

cutado sob medida, ele é

capaz de mostrar as carac-

terísticas de quem mora

e utiliza aquele espaço. A

dimensão dos armários,

gavetas, nichos e aramados

internos são exatamente de

acordo com os utensílios que

serão utilizados e guardados.

Além disso, uma boa co-

zinha deve ter um espaço

entre geladeira, pia e

fogão em forma triangular, que facilita natu-

ralmente a circulação, sem interferir no

desempenho de cada um dos equipamen-

tos, independente de suas diferentes fun-

ções e temperaturas.

Em qualquer uma dessas situações - co-

zinhas moduladas ou sob medida - é de

extrema importância e responsabilidade

observar a origem do material aplicado, exi-

gindo sempre a utilização de madeiras de ori-

gem certificada.

Cozinhas estreitas não significam ambientes atravancados

Uma boa composição de nichos para os eletrodo-

mésticos, uma coifa ou exaustor estrategicamente

colocados e ainda a utilização de mesas e cadeiras

dobráveis podem ampliar em muito a sensação do

espaço disponível. A escolha de cores claras - no

piso e revestimento das paredes - e uma decora-

ção sem exageros são outros pontos que também

contribuem para que o resultado seja um ambiente

prático e agradável.

As cores mais vibrantes e materiais diferenciados

devem ser destinados para cozinhas mais espaçosas,

onde podemos utilizar um balcão integrando a área de

trabalho (fogão/pia/bancada) ou uma ilha para realizar

as refeições e também o preparo dos pratos.

Critério e observar os detalhes na hora de escolher

A escolha dos materiais exige cuidados e deve ser

criteriosa: procure optar por materiais que atendam

suas necessidades e preservem o meio ambiente,

como os materiais ecossustentáveis. O piso deve ser

de fácil manutenção e que não seja escorregadio.

Para bancada, pia e área de trabalho, os granitos

são muito bem aceitos por ser um material resistente,

durável e de bom preço. Já o silestone, marmoglass,

limestone e corian, oferecem um primoroso aca-

bamento, resistente e versátil para a modelagem de

peças com design mais arrojado e personalizado. O

custo é mais elevado, mas o resultado final pode com-

pensar tendo em vista a composição do ambiente e a

utilização do espaço.

MORAR

BEM

O projeto pode fazer surgir uma pro-posta de ambientes integrados, onde co-zinha, salas, varandas e espaço gourmet,

se completam em estrutura funcional

Cozinhas mais espaçosas pedem

cores mais vibrantes

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38 REVISTA TÁXI CULTURA|Abril

MUNDOCÃO&CIA

Não compre um animal: adote!Campanhas de adoção de animais têm ganhado força, pois contribuem para a qualidade de vida dos bichinhos e dos cidadãos

Maiores abandonadosEncontrar cães e gatos vagando pelas ruas não é algo

incomum em nenhuma cidade do país. Eles vivem em situações precárias, geralmente sem ter comida, água e abrigo. Vivem expostos aos riscos de serem atropelados, vítimas de maus tratos e ainda de contraírem e transmitirem doenças que podem ser bastante graves. Mas como eles chegaram lá?

Segundo Gabriela Toledo, fundado-ra da Organização da Sociedade Civil de Interesse Público - OSCIP Projeto Esperança Animal - PEA, o grande número de animais abandonado se deve à facilidade encontrada na hora de adquirir um. Expos-tos como mercadorias em vitrines, são adquiridos por impulso, igual à compra de uma blusa ou um item de decoração. Esquecem que o animal tem vida, com ne-cessidades que precisam ser atendidas e cuidados espe-cíficos. “A impunidade também é um fator preocupante, pois, as leis qualificam como crime o ato de abandonar um animal, mas dificilmente alguém paga um preço alto se for flagrado”, lamenta Gabriela.

Estabelecer políticas públicasContudo, o órgão público responsável pelo controle

de animais, o Centro de Controle de Zoonose - CCZ, tem suas ações pautadas por uma lei municipal que define a responsabilidade da manutenção de cães e gatos, em condições adequadas de alojamento, alimentação, saúde, higiene e bem-estar, bem como a destinação adequada dos dejetos, como sendo de responsabilidade do proprietário.

Para Mônica Ciomo, da Associação Casa da Passagem São Lázaro, isso é um problema grave, uma vez que o poder público se exime da responsabilidade de realizar campanhas de castração e vacinação, o que aumenta o problema. “Só o trabalho desenvolvido pela sociedade civil, em grupos organizados, não resolve a questão”, reclama Mônica.

Ter animais rondando pelas cidades acarreta em graves riscos à saúde pública e a eles próprios. Tornam-se focos de doença, podem ser agredidos, se tornar violentos e

acabar protagonizando episódios de mordeduras para escapar de maus tratos; então viram os malvados na história.

Adoção e educaçãoComo resposta a estas questões,

diversas entidades de proteção aos animais têm criado programas de doação. A cada dia se torna mais comum encontrar sites de doação como o www.queroumbicho.com.br - e mensagens em redes sociais, como o Orkut e o Facebook, divulgando fotos de animais que foram encontrados e precisam de um lar.

Muitas clínicas veterinárias recebem animais que são encontrados e também os colocam para a adoção, e o próprio CCZ tem programas de incentivo a adoção, como o Programa de Proteção e Bem-Estar Animal (Probem), e o “Adote um amigo”, em que os animais são vacinados, vermifugados, esterilizados, microchipados, tratados contra pulga e carrapato.

Para adotar um animal por lá, o processo é bastante simples. Basta levar uma guia para os cães e caixa de transporte para os gatos, além dos seguintes documentos: CPF, RG e comprovante de residência. No ato da adoção, os “responsáveis de primeira viagem” recebem instruções sobre como exercer a posse de forma responsável.

Ao adotar um animal, mais do que um ato de consu-mo, você estará colocando em prática o seu senso de cidadania. Mas lembre-se que é preciso refletir sobre a sua real capacidade para cuidar desse seu novo par-ceiro. Assim você evitará que ele, mais uma vez, seja abandonado. “O animal de rua precisa de tratamento, carinho e paciência”, finaliza Mônica. Faça sua parte. Não é tão difícil.

O animal tem vida

e necessidades

Maiores informações:

Projeto Esperança Animal www.pea.org.br/sobre.htm Associação Casa da Passagem São Lázaro www.adoteumfocinho.com.br Centro de Zoonoseswww.prefeitura.sp.gov.br

Por Fernanda Grandino

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40 REVISTA TÁXI CULTURA|Abril

Parque Jardim da LuzInaugurado há quase 216 anos, o Parque Jardim da Luz abre um espaço de vida em uma região que luta para superar um histórico de abandono e degradação

Inaugurado em 1795 como primeiro Horto Botânico da cidade, o Parque da Luz já passou por inúmeras reformas e reconstruções, sempre com o objetivo

de oferecer um espaço de lazer e recreação para os paulistanos. No início do século XX, chegou a ser o ponto de encontro da alta sociedade paulistana, que procurava o espaço para realizar seus piqueniques.

Contudo, mais recentemente, o espaço conhe-ceu um longo período de abandono e degradação. Tombado pelo CONDEPHAAT (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico), no ano de 1981, como um monumento histórico e paisagístico, o Parque da Luz ainda teve que esperar um longo tempo para que pudesse ter parte do seu vigor original restaurado.Um respiro verde no meio do concreto

Um dos maiores atrativos do parque é um aquário subterrâneo descoberto no ano 2000, durante as obras de restauro do parque. Com um projeto incrí-vel, o aquário possui uma passagem subterrânea que permite que os visitantes possam observar os peixes tanto de cima como debaixo d’água. Para povoar o aquário, foram escolhidos treze tipos de peixes que representam a fauna aquática sul americana como lambari, pacu, piau e a-cará, entre outros. Além de ser um dos aquários mais antigos do país é o único com entrada gratuita.

Outra descoberta recente, fruto do manejo da vegetação no Parque, foi um pequeno sítio arqueológico, onde anteriormente existia um prédio de aproximadamente vinte metros de altura e que foi removido no ano de 1901 para dar mais

destaque para a torre da Estação da Luz. No local foram encontrados vestígios dos primeiros encana-mentos de água da cidade e ainda fragmentos de louças, vidros e moedas. Vizinhança ilustre

Localizado na Avenida Tiradentes, ao lado da Estação da Luz, o parque conta com uma vi-zinhança culturalmente muito rica, próximo ao Museu da Língua Portuguesa, da Sala São Paulo, do Museu de Arte Sacra, do Arquivo Histórico Municipal e ainda, no próprio Jardim da Luz, da Pinacoteca do Estado.

Com uma área atual de 113.400 metros quadra-dos, o Parque reserva ainda para o visitante uma estrutura com pista de cooper, mirante, ponto de bonde, diversos lagos, um deles em formato de cruz de malta e rodeado por oito belas esculturas que representam as quatro estações do ano, chafariz, casa de chá e casa do administrador (recentemente restauradas), coretos, comedouros para pássaros, playground, espelhos d’água, gruta com cascata,

equipamentos de ginástica, além das esculturas permanentes.

Um dos pontos turísticos mais visitados na cidade de São Paulo, o Parque recebe em média mil e qui-nhentas pessoas de segunda e sexta, e três mil aos sábados e domingos. Quer tiver interesse pode agendar trilhas monitoradas e participar de diversas outras como o Bosque de Leitura, Exposição de Sementes e Construtores do Verde.

Na pressa de quem passa pelas ruas e avenidas do seu entorno, não é possível imaginar a existência desse espaço tão adorável e surpreen-dente, quase como se fosse um universo paralelo.

“Um dos pontos turísticos mais visi-tados no centro de São Paulo, o Parque da Luz é um oásis no meio do concreto”

TRILHAURBANA

Maiores informações:Rua Ribeiro de Lima, 99 Bom Retiro - (11) 3227-3545

O Parque conta com uma estrutura com pista de cooper,

mirante, lagos, coretos, e muitos outros espaços

destinados ao lazer

Por Waldir Martins

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42 REVISTA TÁXI CULTURA|Abril

O silêncio é uma espécie de desdobra-

mento de uma linguagem especial: a

da intimidade

SOBRE A NATUREZA DO SILÊNCIO

Crônicas de uma São Paulo que ninguém vê

São muitas as razões do silêncio, ou ain-da, os motivos pelos

quais o silêncio se instaura. Seja qual for sua razão, você já deve ter se deparado com o lugar indefinível por onde o silêncio se move, um lugar em que habita-mos momentânea ou lon-gamente, feito espiral que se vai formando de acordo com as tintas do seu tempo, erguendo e desmontando sua geometria ilimitada. O silêncio é uma espécie de desdobramento de uma linguagem especial, a da intimidade; e a in-timidade é o terreno das coisas profundas e in-confessas, como os grandes pesares e as grandes alegrias. Por isso o silêncio pode ser tímido, enver- gonhado, terno, condescen-dente, e também corrosivo, desdenhoso e preprarador de fúrias. Mestre em alimentar expectativas e pródigo em criar situações desconfortáveis, o silêncio também é necessário, tem lugares e protocolos. Entre estranhos, por exemplo, é parte da nossa conduta social; já o silêncio que educa a atenção é uma necessidade. Há o silêncio do medo, o silêncio da vergonha, o silêncio da raiva, o silêncio da dúvida etc., e cada um deles constrói uma imagem, afinal o silêncio engendra toda imaginação. De todo modo, há tantos tipos de silêncio quantas forem as suas razões. É por esse motivo que quero me deter brevemente em apenas um tipo especí-fico de silêncio: o silêncio entre aqueles que se conhecem bem. Nesse caso é um silêncio de es-pelho e de mistério, reflete esconderijos e devas-sa intimidades. Pessoas muito próximas tendem a silenciar com mais frequência, visto que a sua linguagem alcançou um lugar religioso, quase santificado. Infelizmente essa intimidade silen-

ciada não traz a promessa de calmaria e segu-rança, dado que o silêncio é o mais fértil terreno para as paranoias, esse tormento calado, espe-cialista em envenenar o silêncio. Quem o toma segue fantasmas, fazendo do silêncio uma cria-

tura teratológica: uma divindade de enormes patas felinas com o mistério de um andar mudo, bra-ços e dedos longos para cavar e enterrar os ruídos, olhos imen-sos pra intimidar o som, sensores finíssimos no lugar dos cabelos e

orelhas enormes em forma de cornucópia pra auscultar qualquer ameaça contra a quietude. Uma divindade com um colar de voltas e mais voltas, repleto de línguas, à guisa de pingentes. Para criar tal monstro, basta que o seu silêncio pingue umas gotas de insegurança e medo, pron-to! As ventosas da paranoia já começam a grudar, enroscar até o enforcamento, e só sossega quan-do você acaba sucumbindo como o mais silen-cioso dos suicidas.

O silêncio entre os íntimos é bebida rara e deleitosa, mas quando é maculado pela para-noia tem o sabor amargo das angústias. Numa socie-dade cada vez mais barulhenta o silêncio é o privilégio que as grandes reflexões exigem. É algo raro, e como coisa rara deve ser cuidado.Deleitoso silêncio a todos!

Deleitoso silêncio a

todos!

HORIZONTEVERTICAL

Por Ivan Forneron

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