Taxicultura - Edição 17

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Edição 17 Faça sua ceia com sotaque português Delícias do Natal Sebos paulistanos: uma rede de arte e cultura Livros de mão cheia www.taxicultura.com.br Um mergulho na natureza ao lado da cidade São Francisco Xavier A arte da periferia ao centro Odamar Versolatto

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A revista do passageiro

Transcript of Taxicultura - Edição 17

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Edição 17

Faça sua ceia com sotaque português

Delícias do Natal

Sebos paulistanos: uma rede de arte e cultura

Livros de mão cheia

www.taxicultura.com.br

Um mergulho na natureza ao lado

da cidade

São Francisco Xavier

A arte da periferia ao centro

Odamar Versolatto

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2 TAXICULTURA|Dezembro2 TAXICULTURA|Novembro2 TAXICULTURA|Novembro

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2 TAXICULTURA|Novembro2 TAXICULTURA|Novembro

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Boa viagem e boa leitura!Os Editores

TAXICULTURA é uma publicação da Editora Porto das Letras Ltda.

Redação, publicidade, administração e correspondência: Rua do

Bosque, 896, casa 24, CEP 01136-000. Barra Funda, São Paulo (SP).

Telefone (11) 3392-1524, E-mail [email protected].

Proibida a reprodução parcial ou total dos textos e das imagens desta

publicação, exceto as imagens sob a licença do Creative Commons. As

opiniões dos entrevistados publicadas nesta edição não expressam a

opinião da revista. Os anúncios veiculados nessa revista são de inteira

responsabilidade dos anunciantes.

EXPEDIENTE

DiretoriaAdilson Souza de AraújoDavi Francisco da SilvaFábio Martucci FornerónIsabella Basto Poernbacher([email protected])

Redação

EditorWaldir MartinsMTB 19.069

Edição de ArteCarolina Samora da GraçaMauro Bufano

Projeto Editorial Editora Porto das Letras

Reportagem Arnaldo Rocha, Cida Nogueira, Daniela Gualassi e Miro Gonçalves

Colaboradores Adriana Scartaris , Fernanda Monteforte, Fernando Lemos, Ivan Fornerón, Mery Hellen Jacon Pelosi e Vinnícius Balogh

Fotografia de CapaAdilson Souza de Araújo

RevisãoNaira Uehara

Publicidade

DiretorFábio Martucci Fornerón

Assessoria jurídicaPaulo Henrique Ribeiro Floriano

ComercialSuporte AdministrativoAna Maria S. Araújo SilvaBruna Donaire Bissi

Assinaturas e mailling([email protected])

ImpressãoWgráfica

Tiragem25.000 exemplaresDistribuição Gratuita

Aproveitamos essa edição de dezembro para celebrar nossa vocação para cultura e trazer uma entrevista exclusiva com o artista plástico Odamar Versolatto, que revela um personagem com uma trajetória muito pecu-liar, sempre caminhando no sentido de levar para o miolo da cena artística, signos e sím-bolos de sua origem na cidade industrial de São Bernardo do Campo. Uma paixão que, no decorrer dos anos, sempre caminhou da peri-feria para o centro.

Nesse mesmo sentido trazemos também uma rede de cultura e arte que existe na ci-dade de São Paulo que é uma verdadeira pai-xão para milhões de paulistanos e visitantes oriundos de outras cidades: as livrarias sebo. Quase imperceptíveis na geografia urbana da metrópole, elas chegam a mais de mil estabe-lecimentos, que, além da prática de compra e venda de livros usados - por preços bastante acessíveis, diga-se de passagem - contribuem para o trabalho de preservação de importan-tes raridades.

Como já é tradição, na edição de dezembro aproveitamos para indicar aos leitores algu-mas opções de restaurantes que irão preparar um cardápio especial para quem deseja apro-veitar todos os sabores e aromas de uma ceia de Natal, sem ter que gastar horas e horas na cozinha. Por isso, entramos em contato com

EditorialDa Periferia para o Centro

a Chef Ilda Vinagre, que comanda a cozinha dos restaurantes Trindade e O bela Sintra, que preparou um menu genuinamente português.

Vale lembrar que dentro de alguns dias es-taremos em pleno verão, estação em que os cuidados com a pele devem ser redobrados. A Dra. Camila Haufbauer, médica derma-tologista, apresenta dicas para a escolha adequada do seu protetor solar e ainda cui-dados na hora de aplicá-lo para garantir o máximo de proteção.

Para quem pretende aproveitar a virada do ano para dar um mergulho na natureza com muita paz e sossego, vale conhecer os encan-tos de São Francisco Xavier. Vizinho de Cam-pos do Jordão, o distrito da cidade de São José dos Campos é uma alternativa perfeita para quem deseja romper por um tempo a correria da metrópole, mas sem ter que ir para muito longe.

Para quem for permanecer na metrópole, vale a pena ir conhecer o incrível Teatro do Centro da Terra. Localizado no bairro do Su-maré, o espaço administrado pela Kompanhia do Centro da Terra mantém uma programação ininterrupta e variada para quem curte um es-petáculo de teatro.

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4 TAXICULTURA|Dezembro

MorarBem

38São Paulo

Tem

36Bandeira

Livre

32Qualidade

de vida

30Beleza

28

Agenda24

Capa16

São Paulo: um mundo todo

14Tecnologia12

Paulistanos08

Qualidade de Vida

16

Mundo&Cia36

Morar Bem32

Tecnologia30

48

Capa38

Bandeira LIvre

18

44

Agenda22

Charme e Beleza

28

SUMÁRIO | TAXICULTURA

42Horizonte Vertical

Um amor lusco-fusco

38 Morar Bem

A Casa H

32Bandeira Livre

São Francisco Xavier

40Agenda Cultural

O melhor da cidade

30Qualidade de Vida

Motivação: força que impele à ação

12Tecnologia

Dicas e sugestões

08Capa

Odamar Versolatto A arte da periferia ao centro

13Big AppleNovidades da

capital do mundo

06Onde fica?Beleza natural e

tecnologia

26Um Mundo Todo

Ceia de Natal com sotaque português

18Especial

Livros de mão cheia

28Beleza

Cuide da sua pele no verão

16São Paulo Tem

Teatro do Centro da Terra

Para nós, sua participação é fundamental. Para enviar suas críticas, elogios, sugestões ou comentários basta enviar um email para: Assim que recebermos sua mensagem entraremos em contato para atender a sua solicitação.

ESPAÇO LEITOR

[email protected]

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Dezembro|TAXICULTURA 5

DuofelEmocionante a entrevista do Duofel pu-blicada na edição 16 da TAXICULTURA. Apenas acho lamentável que artistas tão talentosos da nossa MPB, com mais de 30 anos de carreira, não sejam reco-nhecidos pelo grande público.

Magda Carvalhal

Museu AfroNenhuma outra atividade pode ser mais importante para afirmar a plena cidada-nia da raça negra do que garantir o seu pleno acesso à cultura, arte e educação. Já visitei o Museu Afro algumas vezes e fi-quei muito feliz ao ler a matéria publicada na edição 16 da Taxicultura. Seria impor-tante que outros veículos de comunicação pudessem dar mais visibilidade ao traba-lho lá realizado.

José Maria do Nascimento

Cookin’ NantaFui ao espetáculo do Cookin’ Nanta e adorei. Muito engraça-do, dinâmico, diferente mesmo. Contudo, o atendimento dis-pensado ao público no estacionamento do Teatro Geo também mostrou digno de nota. Depois de pagar R$ 25 reais é preciso enfrentar um verdadeiro tumulto, com as pessoas amontoadas em frente ao teatro esperando a chegada dos carros. Ao ser indagado o que acontecia nos dias de chuva o responsável por receber os tickets de pagamento deu uma gargalhada e res-pondeu: “aí, todo mundo fica molhado”. Lamentável.

Vânia Montagner

Prezada Vânia,Sua reclamação foi encaminhada à administração do teatro.

A redação

08Odamar VersolattoA arte da periferia ao centro

18Livros de mão cheia

Livrarias sebo: uma rede de arte e cultura

32São Francisco Xavier

Um mergulho na natureza ao lado da cidade

Delícias do NatalFaça sua ceia com

sotaque português

26

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6 TAXICULTURA|Dezembro - Gostou da matéria? Você também a encontra em TAXICULTURA.com.br

Mistura de beleza natural e tecnologia

Aobra foi inaugurada no dia 3 de dezembro de 2010, em um grande parque paulista idealizado no final de 1980. O arquiteto responsável pelo projeto foi

Decio Tozzi, autor inclusive de obras que integram o acer-vo arquitetônico do Museu Nacional de Arte Moderna do Centro Pompidou, em Paris.

O desenho estabelece ligações com a antropologia e foi inspirado em povos africanos e pré-colombianos, que uti-lizavam esse tipo de construção para se abrigarem. Além de se protegerem de animais e da exposição ao tempo, fa-cilitava a entrada de luz e circulação de ar. Portanto, essa mistura entre tecnologia atual e primitiva foi definida pelo arquiteto como uma oca diáfana.

Recebeu o nome da antropóloga e professora universi-tária que pesquisou muito sobre movimentos sociais, a ex- primeira dama Ruth Cardoso, falecida em 2008. Segundo Decio, o motivo da homenagem não podia ser diferente: “ela que estudou como antropóloga e defendeu como ci-dadã” o respeito e a valorização da cultura primitiva.

Por Daniela Gualassi

Os primeiros 10 leitores que identificarem a localização da foto acima ganharão um par de ingressos para o teatro.

Sua resposta deverá ser enviada para o e-mail: [email protected] resultado sairá na próxima edição junto com os nomes dos ganhadores.

ONDEFICA?

Um desenho que remete às ligações entre arquitetura primitiva, tecnologia e antropologia num dos maiores parques de São Paulo

GANHADORESParque TrianonNa edição anterior mostramos a foto do parque Trianon, com abertura na avenida Paulista. Além de ser cartão postal da ci-dade de São Paulo, é um refúgio para quem trabalha nas proximidades. Inaugurado em 1892, símbolo da aristocracia cafeeira pau-listana, com ares de jardim inglês, o parque é um dos remanescentes da Mata Atlântica.

Débora Gelesson

Cátia Simas

Edmilson Xavier

Roberta Galuso

Alberto Lino

João Carlos Santos

Lucas Felipe Noronha

Maria Cristina Solano

Fátima Rocha

Gabriela Nunes

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Você sabia? A oca diáfana é um orquidário e

Ruth Cardoso tinha conhecida admiração por esse tipo de planta

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Visite e indique: facebook TAXICULTURA - Setembro|TAXICULTURA 7

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8 TAXICULTURA|Dezembro- Seja gentil: deixe a revista a bordo para o próximo passageiro

Por Waldir Martins

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Odamar VersolattoA arte que caminha da periferia para o centro

Nascido na cidade de São Bernardo do Campo, polo industrial localizado no

ABC Paulista, onde, durante a sua juventude, a arte tinha pouco ou quase nenhum espaço, Odamar Versolatto marchou contra a cor-rente e fez da sensibilidade em captar diferentes realidades e

transformá-las em formas e cores o seu passaporte para o mundo.

Depois de percorrer os quatro continentes e visitar nada menos que cinquenta e cinco diferentes pa-íses e expor em espaços como Ga-lerie Nesle, Carrousel Du Louvre e Chalete Victoria, o artista escolheu dividir-se entre duas das maiores

metrópoles do mundo para estabe-lecer seu diálogo com o futuro: Paris e São Paulo. Em sua última estada no território tupiniquim para viabili-zar a entrega de diversos trabalhos, Odamar Versolatto conversou com a TAXICULTURA sobre arte, cultura, urbanidade e cidadania. Acompanhe os melhores trechos dessa conversa.

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leitura de bordo dos taxis paulistanos - Dezembro|TAXICULTURA 9

TAXICULTURA

Como teve início a sua relação com a arte?

Odamar Versolatto

Com dois anos de idade eu já tinha tido essa identidade com as artes plásticas. Como eu sou de São Bernardo do Campo, uma cidade industrial, era muito difícil que as pessoas entendessem essa aptidão artís-tica. O máximo que era aceitável era tocar um instrumento na banda de música do bairro; fora isso, outras manifestações ar-tísticas não eram admitidas.

TAXICULTURA

E como você chegou às artes plásticas?

Odamar Versolatto

Eu fazia muito desenho estranho e nin-guém entendia aquilo como sendo um de-senho ou um processo de criação. E era en-graçado, porque eu tinha que explicar para as pessoas o que era; um dia, descobri que eu tinha que desenhar para que as pesso-as entendessem. Então, descobriram que eu desenhava. Com quatro anos de idade já tinha coisas do realismo no desenho. Já tinha uma estrutura de desenho, não era um desenho interrompido, com traço inter-rompido.

TAXICULTURA

E quando decidiu assumir esse caminho?

Odamar Versolatto

Eu sempre amei essa coisa de trabalhar a arte e quando, com treze anos de idade, eu comecei a viajar, pegar carona e conhecer o Brasil, eu já sabia, identificava que o meu negócio era andar, e a única forma no mun-do que permite que você possa caminhar e andar é fazendo arte.

Podem dizer que um executivo de vendas vai viajar, porque tem de cuidar da distri-buição, mas ele tem uma área para andar, e na arte não, se eu quiser ir para a Bolívia eu vou. Como resultado disso, aos 16 anos,

já conhecia a América do Sul e o Brasil inteiro. Já tinha ido para Rondônia, Macapá, Manaus, tinha visitado o Rio Negro e o Rio Amazonas, e tudo isso de uma forma muito simples, pegando ca-rona, o que na época era uma coisa muito aceitável. E algumas caronas muito engraçadas, uma delas foi com o Raul Seixas e o Paulo Coelho. Nem conhecia os caras e não fazia a menor ideia do que eles se tornariam (risos). Era um Passat antigo e fomos de Salvador a Arempebe, onde conheci a sociedade alternativa. Voltei lá tempos depois, acho que na década de 80 e conheci os Novos Baianos.

Nesse processo eu sabia que era a arte que iria me levar para o mundo. Também me envolvi com teatro, fui profissional de teatro por três anos, período que me fez entender como é que funciona a indústria da arte. O teatro é mais difícil ainda do que a música. A música é como se você vendesse roupa, o teatro é um pouco diferente; o teatro é como se você vendesse abajur, uma coisa que a pessoa tem que ter em casa, mas não é necessário. E não tem ninguém patrocinando, porque não é o salário que vai trazer o abajur, o abajur é a sobra do salário.

Naquela época era fácil pegar um ônibus e ir para o Rio curtir circos, que era uma outra realidade, que não era uma realida-de de teatro, era uma realidade mais de televisão e cinema. Era época em que tinha muita gente surgindo. No Rio havia o Circo Voador, o pessoal do Asdrubal [trouxe o trombone], com a Regina Casé, o Evandro Mesquita, a Patrícia Travassos, o Luiz Fernando Guimarães e em São Paulo, um grupo que fazia a “Aurora da mi-nha vida”, que tinha a Cristina Pereira, era o pessoal do Naum Alves de Souza.

Universo-M

aria-Blues-Music

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10 TAXICULTURA|Dezembro - Seja gentil: deixe a revista a bordo para o próximo passageiro

TAXICULTURA

Como você desenvolveu a sua técnica? Sempre foi uma coisa intuitiva?

Tudo é uma grande brincadeira. Como você aprende a fazer esse trabalho muito cedo, como você tem a coisa do desenho, que é a base de tudo, você desperta olha-res. Vai incorporando técnicas e arriscando. Por exemplo, quando vieram os italianos para cá, para reforçar os vitrais que eram perdidos no Brasil, você pega um pouco de técnica com eles. Aí você conhece outro ar-tista, como o Sacilotto, que foi muito impor-tante para as artes brasileiras, um cara que era de Santo André e desenhava vaquinhas, e Ligia Clark o influenciou para que come-çasse a fazer concretismo. Terminou por se tornar o pai do concretismo no Brasil.

Foi depois dele que vIeram o Volpi e o pes-soal do concretismo. Faço pichação desde o “Anistia Já”, desde o “Abaixo a Ditadura”; des-

de 72/73, desenhava portões de ferro e era tido como pichador e não eram apenas pala-vras de protesto, havia todo um contexto.

Eu comecei a viajar muito, conhecer ou-tros lugares, e tinha 16 anos quando fui para os Estados Unidos e tive a oportunida-de de sentar em lugares onde estavam Jean Michel Basquiat, Andy Wharol, Madonna, Ramones e descobri que eram gente igual às pessoas do meu bairro. Porque a dor e o sofrimento são iguais no mundo todo, as-sim como o prazer e a liberdade.

Hoje, depois de ter visitado cinquenta e cinco países em quatro continentes, olho o mundo e chego à conclusão de que alguém em Caculé do Norte, no sertão da Bahia, pode estar produzindo uma coisa muito le-gal. O europeu e o americano recebem mui-

ta informação e isso pode ser uma coisa muito bacana, mas também é uma coi-sa muito limitadora, porque é preciso ver o que vai fazer com tanta informação, como você opera com isso.

TAXICULTURA

No Brasil a arte não é acessível. Como o seu trabalho chega ao público?

Odamar Versolatto

O que a gente ainda não entende no Bra-sil é que a primeira fonte de receita das grandes cidades do mundo hoje é o turismo cultural. As pessoas não vão para Nova Ior-que porque a cidade tem prédios de 180 an-dares; as pessoas vão porque tem a Times Square com shows, as peças na Broadway. Quando falamos de Paris, estamos falando de oitenta milhões de turistas. Quando fa-lamos do Brasil, em 2010, foram cinco mi-lhões. Veja que disparate, estou falando de um país e uma cidade!

Quando promovemos cultura aqui, pro-movemos cultura popular de uma forma muito elitizado, a gente não quer que o popular vá. Fui a uma exposição em Nova Iorque e aluguei os fones de ouvido, em que uma narração falaria sobre as obras que iria ver na exposição. Comecei a achar que a voz era conhecida e ao final descobri que era o David Bowie falando. No final, ele se apre-senta e você se surpreende com o cuidado

A dor e o sofrimento são

iguais no mundo todo, assim

como o prazer e a liberdade

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Suely Ruiz, Marie-Kerckaert e Odamar Versolatto duranrte exposição Art Show no espaço Universo Maria em Santo André

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10 TAXICULTURA|Dezembro - Seja gentil: deixe a revista a bordo para o próximo passageiro leitura de bordo dos taxis paulistanos - Dezembro|TAXICULTURA 11

com que o trabalho é feito. Não tem essa coisa de acelerar o teu ritmo para poder ver alguma coisa. Porque a todo o momento tem exposições, apresentações, envolvimento.

E isso se reflete em muitos outros as-pectos da vida; por exemplo, o Brasil não sabe que é preciso ocupar as ruas, que se não ocupamos as ruas, a violência ocupa. Porque aqui cada um tem a sua carroça, porque se as pessoas tivessem transporte coletivo, elas estariam andando pelos quar-teirões, mas não, as pessoas chegam direto para suas garagens e deixam as ruas à mer-cê de quem quiser.

TAXICULTURA

Quais foram os momentos mais impor-tantes da sua carreira?

Odamar Versolatto

No processo de separação do terceiro casamento, no ano de 1993, descobri que gostava muito da minha própria companhia (risos) e resolvi que iria me dedicar a isso e comecei a produzir. Então, veio o quarto ca-samento que foi muito importante, porque a Sueli [Ruiz] comprou a ideia, ela se virou para mim e disse: ‘gosto disso e acho que você pode fazer isso’. Eu nunca pensei em fa-zer exposição, nunca pensei em me expor. E ela montou a primeira exposição e foi um su-cesso de venda. Hoje, fico pensando e acho que vendi muito barato as telas (risos).

Apresentei dezenove trabalhos e vendi trin-ta e três, mas a encomenda mais importante que tive ali foi a do Cônsul da França, Jean Levy, que tinha vindo até Santo André ver a exposição. Ele se virou para mim e disse que eu precisava ir para Paris apresentar o meu trabalho. E aí, minha segunda exposição já foi em Paris, em um espaço que ele arrumou. Quando fui procurar essa galeria, que fica na Saint German, o prédio estava desativado, mas a mostra mexeu tanto com a cidade que reativou o prédio, que agora abriga a Funda-ção Van Gogh, que funciona lá até hoje.

TAXICULTURA

Projetos em andamento?

Odamar Versolatto

Milhões de projetos. Muitas coisas an-dando, muitas coisas para serem concluí-das, mas, hoje em dia, meu grande projeto é conseguir produzir uma arte de qualida-de, não para receber elogios hoje, mas uma arte para receber elogios a quinze, vinte anos. Aconteceu comigo uma coisa muito bacana, que mudou meu modo de ver al-

gumas coisas. Na minha terceira ou quarta expo-sição em Paris, uma crí-tica de arte fez um artigo muito pejorativo sobre o meu trabalho e isso me deixou muito confuso se estava no caminho certo. Agora, em setembro, ela escreveu outra crítica di-zendo o quanto ela não conseguiu enxergar acer-ca do meu trabalho, de quantos anos eu estava produzindo à frente. Na-quela época, há uns de-

Divulgação

Divulgação

Odamar Versolatto com Érica Lorca durante o Polo Design Show 2012

zessete anos atrás, eu fazia figuras super-realistas, onde trazia a realidade para as obras e depois brincava com grafites e tudo o mais. Hoje, esses trabalhos são valorizados.

Taxicultura

Qual foi o principal aprendizado nessa trajetória?

Odamar Versolatto

O grande aprendizado disso tudo é a convicção de que se você viver como artista vai conseguir produzir alguma coisa e tirar seu sustento dis-so. Se você for uma pessoa que vive presa à riqueza e a ter tudo ao seu dispor, você vai produzir, mas aquilo, muito provavelmente, vai ser apenas um artesanato, para ser reproduzido em série. A arte não está na poesia que você se utiliza de palavras que o popular não vai entender. A arte está em articular signos que qualquer ser humano possa entender.

Eu não sou classe A nem classe E, nem B+, nem C ou D, a minha ca-tegoria é outra, eu sou artista. O desafio é conseguir articular todos es-ses mundos, isso que faz um artista, não importa se ele está no Champs d’Elyssées ou no Morro da Mangueira.

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Neste caderno você encontrará dicas e novidades sobre o mundo da tecnologia

Aplicativos e ferramentas

Fernando Lemos é especialista em Soluções de Tecnologia, palestrante, colunista em rádios e TV. Autor de artigos em jornais, revistas e sites na web, e idealizador do Projeto Tecnologia Para Todos® Web: www.fernandolemos.com.br | Palestras: [email protected]

Muito útil para aquelas situações em que o seu computador é compartilhado no escritó-rio ou em casa, e, por consequência, outras pessoas usam-no e acabam instalando novos softwares. E muitos podem ser indesejados. Muito útil porque a instalação de programas pode gerar vulnerabilidades no PC que vão de problemas no próprio funcionamento até a abertura para invasões digitais. Disponível nos sites de download na web, o installguard é fácil de operar e previne a instalação de aplicativos no seu computador.

Installguard

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ção PenDrives estão cada vez mais presentes no nosso dia a dia. Mas são

um meio de armazenamento muito inseguro. Por isso, sempre que pre-cisamos emprestá-los ou conectá-los em um computador desconhecido, fica a im-pressão da vulnerabilidade. Um aplicativo que ajuda nessas situações é o Kashu usb Flash Security. Ele previne que se copie ou mesmo se acesse o conteúdo do PenDri-ve, criptografando os dados e protegendo-o através de uma senha segura.

KASHU USB Flash Security

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Além do entretenimento, o Twitter é uma rede que pode ser muito útil também na busca de informações. Por isso, várias ferramentas são construídas ao redor do Twitter, usando os seus bancos de dados.

Uma muito interessante é o site www.WHOFOLLOWSWHOM.com, que permite identificar entre até cinco Twitters, aqueles que compartilham os mesmos seguidores ou têm os mesmos Twitters seguidos em comum. Assim, você pode identificar as características de certos perfis antes de co-meçar a segui-los.

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As senhas são cada vez mais impor-tantes no mundo digital. Redes sociais, fóruns, internet bank, webmails, perfis usuários em sites de serviços e tantas outras. Mas, com tantas senhas neces-

sárias, fica difícil decorar. Para isso o aplicativo Ultimate Password Saver pode ajudar bastante. Ele guarda suas senhas no seu próprio computador, e de maneira segura. Gratuito e disponível nos sites de downloads na web.

Ultimate Password Saver

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Está cada vez mais comum usarmos smartphones para nos conectar

às redes sociais. No Brasil, aproximadamente 30% dos acessos às redes

vêm de gadgets e não de PCs ou MACs. Como muitas dessas pessoas

gostam de postar fotos, uma dica para usuários de sistemas ANDROID

é o aplicativo PICSAY. Um editor de imagens ideal para e compartilhar

fotos no Twitter, Facebook ou mesmo para se enviar por email. As ima-

gens ficam mais bonitas e mais divertidas, com vários efeitos.

Picsay

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Em um encontro semanal na TV, Fernando Lemos traz as novidades do universo da Tecnologia®, entrevistas com muita gente bacana e muitas dicas interessantes!NET TV - CANAL 13 - NET CIDADE | 2as feiras - 09:30 3as feiras - 00:30 | 4as feiras - 13:30h | 5as feiras - 01:30h e 13:00h

Apoio:

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TECNOLOGIA

Fernando Lemos apresenta o que há de mais moderno e o que vem por aí no universo da tecnologia

Alguns sites interessantes na web. Vale a pena visitar...

Nós apoiamos:

www.ZOCIAL.TV

Um site que traz os campeões de audiência na web, mais vis-tos e compartilhados. Organizados por categoria como novida-des, músicas, games, esportes e filmes, por exemplo, para você ter acesso imediato ao que está mais em exposicão no momento com atualizações constantes.

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Um site que reúne os principais virais da web. E com botões de liga/desliga você assiste ou ouve as frases, sons, músicas e tudo de diferente que está chamando a atenção na web.

www.FUNSWITCHER.com

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Muito bom para quem gosta de shows, teatro, festivais e eventos em geral. Um site onde as pessoas que já compraram seus ingres-sos, mas por algum motivo não poderão comparecer, podem colo-car as suas entradas à venda. E bom também para quem estivar do outro lado, buscando ingressos que já estão esgotados nas bilhete-rias ou nas compras pela web. Funciona como um classificado de ingressos. O site traz imagens e várias informações obre os eventos, além de estar integrado ao Clube do Ingresso para garantir que não haja exploracão nos preços praticados.

www.COMPREIENAOVOU.com.br

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ção

Um site com uma proposta interessante. Permite que você arma-zene e manuseie na nuvem fotos em tamanho menor. Essa é uma alternativa excelente para trazer agilidade a quem gosta de postar fotos nas redes, blogs e sites em geral. Suporta arquivos de até 5mb de tamanho e após armazenar a sua foto, você recebe um link para endereçá-la sempre que precisar.

www.IMAGESHACK.com

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14 TAXICULTURA|Dezembro - É leitura de bordo dos taxis paulistanos

BIG APPLEPor Vinnicius Balogh

Vinnicius Balogh é administrador de empresas e atualmente mora em Nova York, onde está realizando um Executive MBA na Columbia UniversityTwitter: @vibalogh

Apaixonado por viagens e gastro-nomia, Vinnicius Balogh traz aos leitores da TAXICULTURA dicas e su- gestões para curtir na metrópole mais badalada do mundo

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Fósseis de dinossauros? As teorias da evolução? Mostra do espaço planetário em cinema IMAX? É mesmo difícil de acreditar que tudo isso realmente existe em um só lugar. No Museu Americano de Histó-ria Natural, mais de 32 milhões de espécies e artefatos culturais esperam sua exploração. Graças a seu desta-que no papel de protagonista no filme Uma noite no Museu, o espaço atrai entusiastas, jovens fãs ansio-sos para ver a baleia azul de 94 pés (28,6 metros), o

esqueleto fossilizado de um tiranossauro rex, e o chiclete da Ilha de Páscoa. Esse, sim, é o programa de NY para todas as idades.

200 Central Park West, New York, NY 10024

AmericAn museum of nAturAl History

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É muito comum os moradores de Nova Iorque chamarem a Grand Central Terminal de Grand Central Station. Esse é um templo vivo que ilustra bem o passado da cidade. Vale a pena olhar fixa-mente para o mural e seu teto celeste acima da vasta multidão no hall principal. No andar inferior é possível encontrar os tradicionais Slurp e o Ku-mamotos, além do lendário Oyster Bar (ja desta-cado nessa coluna). Quem visita a Grand Central não pode sair sem contar um segredo para o seu parceiro na Galeria Whispering: fique no final de qualquer rampa do Oyster Bar... sussurre na parede, você vai ser ouvido magicamente no lado oposto do pilar. Misture-se com os passageiros no mercado de culinária gourmet e não deixe de explorar as “secretas” passagens elevadas para uma vista espectacular sobre o concurso. Mesmo se você não tem para onde ir, pode passar horas neste terminal de mais de cem anos de idade e nunca se cansar.

87 E 42nd St, New York, NY 10017

GrAnd centrAl terminAl

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Inacreditável que um restaurante japonês em NY possa ter conquistado 2 estrelas no renomado guia Michelin de gastronomia. Nem no Japão um restau-rante de ramen havia conquistado essa façanha. Vale explicar que ramen nada mais é do que uma sopa de macarrão, derivando seu sabor da carne de porco bem quente, com pedaços de carne de porco, ceboli-nha, ovo e, seguramente, nessa caso específico, vários outros segredos que conseguiram garantir tamanho reconhecimento... e o melhor de tudo: é barato.

Um ramem não sai mais do que 15 dólares, suficiente para um bom jantar num restau-rante estrelado. Entretanto, essa novidade já foi descoberta pelos turistas e locais, ou seja, esteja preparado para esperar sua vez. Mas adianto: você não vai se arrepender!

171 First Ave., New York, NY 10003 nr. 11th St.

momofuku noodle BAr

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14 TAXICULTURA|Dezembro - É leitura de bordo dos taxis paulistanos

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16 TAXICULTURA|Dezembro - é leitura de bordo dos taxis paulistanos

Teatro do Centro da Terra

SPTEM

Por Arnaldo Rocha

Inaugurado no dia 3 de setembro de 2001, o teatro mais under-ground da cidade é fruto da obs-

tinação do arquiteto, empresário e diretor Ricardo Karman, que, durante dez anos, escavou e realizou obras no quarto e quinto subsolos do prédio, onde hoje atua a Kompanhia do Cen-tro da Terra, que responde pela admi-nistração do espaço.

A escolha do nome se deu por dois motivos principais: a própria caracte-rística subterrânea da sala de espetá-culos, com capacidade para 96 pes- soas, como também para prestar uma homenagem ao premiado espetáculo Viagem ao Centro da Terra, realizado, em 1992, pela então Kompanhia Tea-tro Multimidia de São Paulo, que veio a se transformar na atual Kompanhia.

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Descentralizar a cultura

Além dos subsolos, com sua inu-sitada sala de espetáculos, a trupe do Centro da Terra ocupa os quatro andares superiores do edifício, onde realiza seus ensaios e demais ativi-dades dos seus núcleos de pesquisa - interpretação, dramaturgia e mon-tagem - que garantem a programa-ção ininterrupta do espaço, desde sua inauguração.

De acordo com Ricardo Karman, a Kompanhia busca realizar um traba-lho de integração com a comunida-de da região, e para isso desenvolve, também, crescente atividade didáti-ca. “O Teatro do Centro da Terra é um teatro de bairro. Um bairro que sofreu, nos últimos anos, agressivo processo de adensamento urbano.

O nome não é uma referência aleatória, pois o teatro está mesmo incrustado a doze metros abaixo da superfície de um simpático edifício do bairro Sumaré

Serviço Teatro do Centro da TerraRua Piracuama, 19 - SumaréFone: 11 3675 1595http://www.centrodaterra.com.br

Suas características históricas foram mo-dificadas e a população da região aumen-tou violentamente. Porém, o mesmo não se deu em termos de investimento cultu-ral”, declara.

Seguindo uma proposta de descentrali-zação da cultura, a Kompanhia defende a importância de descentralizar a cidade e estabelecer nos diferentes bairros da cida-de uma adequada infraestrutura urbana, capaz de atender as diferentes necessida-des da população, de educação à saúde, de comércio à cultura. “Quanto mais equi-pado for o bairro, menos necessidade terá a população de deslocar-se e, consequen-temente, irá resultar em menos trânsito, menos poluição e menos estresse”, argu-menta Karman.

Formação dramáticaO Teatro do Centro da Terra se coloca

não apenas como sala de espetáculos des-centralizada, mas, também, como núcleo gerador de cultura local, com a realização de cursos e atividades de formação dramá-tica. Para animar a visita dos espectadores, o Centro da Terra fez uma parceria com o Bar Gourmet Caravançará, que garante um cardápio de lanches rápidos feitos artesa-nalmente e uma fantástica variedade de cervejas. Vale a pena conhecer.

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Clínica de Reabilitação São Francisco

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18 TAXICULTURA|Dezembro - Visite e indique: twitter@TAXICULTURA

ESPECIAL

Percorrer as ruas do centro ve lho de São Paulo e m b u s c a d e l i v r o s u s a d o s p o d e s e r u m a d i -v e r t i d a e m u i t o i n t e r e s s a n t e a v e n t u r a p a r a

o s a p a i xo n a d o s p o r c u l t u r a

Aideia que o brasileiro não é dado à leitura vai por terra quando se percorre a região central da ci-

dade de São Paulo em busca de lojas que comercializem livros usados. Se for considerado apenas o entorno das Praças da Sé e João Mendes, já é pos-sível localizar mais de vinte estabeleci-mentos especializados nessa atividade. Caso queiramos expandir essa busca para outras regiões, o número pode chegar a mais de mil unidades.

Entre as mais tradicionais livrarias sebo do Brasil está o Sebo do Mes-sias, considerado hoje como um patri-mônio da cidade. Localizado na Praça João Mendes, 140, a um quarteirão do Tribunal de Justiça, o espaço, que foi fundado pelo mineiro, ex-lavrador, ex- garçon Messias Antonio Coelho, trans-mite a sensação de uma verdadeira viagem no tempo. Além dos mais de 300 mil títulos que oferece aos seus clientes - entre livraria virtual e física - o sebo conta ainda com uma variada coleção de antiguidades, desde vídeos cassetes, gravadores de som e até vi-deogames fora de catálogo, com seus respectivos cartuchos.

Outra seção que atrai muitos cole-cionadores é a formada pelos antigos discos de vinil. Com um pouco de paci-ência é possível encontrar verdadeiras raridades. Para os mais românticos, há uma seção com títulos apenas do can-tor Roberto Carlos.

Uma praça cercada de livros

Também na região da Praça João

Livros de mão cheiaPorWaldir Martins

Mendes, praticamente ao lado do Sebo do Messias, podemos encontrar o Sebo Nova Floresta, cujo acervo inicial foi cria-do a partir da biblioteca particular do Dr. Ali Ayoub, um médico que sempre teve nos livros um motivo de atenção especial. Contudo, não é o próprio Ali Ayoub quem cuida da loja; a administração fica por con-ta de seu irmão Ibraim Ayoub.

Segundo José Amorim, antigo funcionário que há mais dez anos trabalha na livraria, os visitantes têm à sua disposição um acervo de cerca de 60 mil exemplares, que podem ser adquiridos em visitas realizadas na livra-ria, ou através do site na internet, hoje res-ponsável por grande parte das vendas. “O fluxo de pessoas que entram na loja ainda é grande, mas a quantidade de vendas pela internet tem aumentado a cada dia. Juntan-do as vendas na loja e as feitas online, con-seguimos até 300 vendas por dia”, afirma.

Contando entre os seus clientes com um expressivo número de colecionadores, aman-tes da história da religião e afins, o acervo do Nova Floresta contém diversas raridades. “Aqui a grande procura é por livros de religião. Entre as raridades, possuímos até obras data-das do século 17, como uma Bíblia e um Zohar (livro sobre Cabala, misticismo judaico) em 23 volumes”, destaca Amorim.

Paixão pelo romance

A paixão pelos livros é uma característica da família de Maria da Conceição Gomes de Freitas, proprietária da rede de livrarias Sebo Red Star, com quatro lojas instaladas em diferentes pontos da cidade. “A livraria começou em 1987 em uma banca de jor-nal, na rua Brigadeiro Luiz Antônio, e hoje

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Uma excelente leitura para você e para o próximo passageiro - Dezembro|TAXICULTURA 1918 TAXICULTURA|Dezembro - Visite e indique: twitter@TAXICULTURA

Os sebos de São Paulo formam uma rede de difusão cultural que tornam os livros, cds e dvd acessíveis a um número incrível de pessoas

possuímos em acervo de quase 200 mil exemplares”, conta.

Ao contrário de alguns sebos que tra-balham com foco em livros e publicações técnicas, voltado para estudantes das mais variadas áreas, como direito, odontologia e mesmo medicina, Conceição ressalta que nas livrarias da rede os romances estão sempre entre os mais vendidos. A livreira argumenta ainda que, como não poderia deixar de ser, a rede conta com diversas raridades em suas prateleiras. “Entre os li-vros raros, temos títulos da Lygia Fagundes Telles, do Gustavo Barroso e até uma pri-meira edição do romance Corpo de Baile, do Guimarães Rosa”, afiança.

Títulos leigos e técnicos

Instalado nas proximidades da Faculda-de de Direito do Largo São Francisco, na rua Quintino Bocaiúva, 285, a livraria José de Alencar é uma opção estratégica para quem procura livros de direito. O sebo, que nasceu no Bairro da Penha, na rua Benjamin Constant, há 15 anos, possui em seu acervo cerca de 100 mil exemplares.

Para granjear esses títulos, o funcionário Oséias Viana informa que, além da procu-ra habitual de interessados em vender ou trocar livros, realiza um trabalho de iden-tificar e classificar diversas bibliotecas per-tencentes a particulares, que por diferen-tes motivos pretendem se desfazer desse patrimônio. “Pessoas que são especialistas em suas áreas muitas vezes terminam por montar bibliotecas com um expressivo nú-mero de volume sobre os mais variados temas. Por vezes, quando essas pessoas vêm a falecer, seus familiares não querem ou não têm mais como ficar com os livros e nos procuram. Um exemplo que temos conosco é a biblioteca do grande proces-sualista e ex-ministro do Supremo Tribunal Federal Moacir Amaral dos Santos”, relata.

Além da área jurídica, Oséias declara que há muito procura por livros técnicos em geral, inclusive de literaturas recentes, uma vez que um grande número de pesso-as, particularmente estudantes, se utiliza

da troca ou venda de livros para minimizar os custos de seus cur-sos. “A pessoa comprou, leu e já quer ou precisa comprar outro livro, então acaba vendendo ou trocando”, explica.

Um amor de pai para filha

“Mais que uma livraria sebo, um antiquário”, é assim que a pro-prietária da livraria Calil Antiquária, Maristela Calil, define a loja de livros antigos que há 28 anos herdou do seu pai, o livreiro libanês Calil Attalah, que iniciou o negócio no ano de 1944. Mas não foi só a livraria que Maristela her-dou do seu pai; junto veio a paixão pelos livros, em especial livros antigos que tenham como tema o Brasil. “Literalmente cresci entre livros, tanto dentro como fora de casa”, afirma.

“Aqui é um espaço agradável onde as pes-soas entram e ficam à vontade, sem ninguém ficar perguntando que livro o cliente quer, ou se vai comprar alguma coisa. As pessoas vem e nós recebemos com muito carinho, o que faz com que a livraria Kalil seja um espaço diferenciado, que não é propriamente um sebo, prefiro ser qualificada com um antiquário” argumenta Maristela.

Além da compra e venda de livros usados, os sebos desenvolvem um

importante trabalho de preservação de

obras raras

Maristela Calil há 28 anos administra a Livraria e Antiquária Calil, um espaço dedicado à preservação de livros raros

Administada pela familia de Maria Conceição Gomes de Freitas, a rede de sebos Red Star começou em uma pequena banca de livros na Rua Brigadeiro Luiz Antônio

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ESPECIAL

20 TAXICULTURA|Dezembro - Seja gentil: deixe a revista a bordo para o próximo passageiro

Lojas/ LivrariaSebo Red Star

Rua José Bonifácio, 210 - SéFone: 11 3105-2987Rua Benjamim Constant, 48 - SéFone: 11 3101-3125

Sebo do MessiasPraça João Mendes, 140 - SéFone: 11 3104-7111

Sebo José de AlencarRua Quintino Bocaiúva, 285 - SéFones: 11 3112-1882 e 3104-3758

Sebo Nova FlorestaPraça João Mendes, 25 - SéFone: 11 3242-3300

Livraria Calil AntiquáriaRua Barão de Itapetininga, 88, 9º andar - RepúblicaFone: 11 3255-0716

Mania de CulturaRua Doutor Rodrigo Silva, 34 - SéFone: 11 3107-1731

O Museu do Livro Rua Vieira de Morais, 897 - Campo Belo Fone: 11 5092-3872

O Corsarium AlfarrabistaRua Augusta, 1.492, loja 8 - ConsolaçãoFone: 11 3284-1214

Livraria Sebo Cultural Rua Pedroso de Morais, 833 - PinheirosFone: 11 3031-6797

Sebo Dom QuixoteAv. Pedroso de Morais, 824 - PinheirosFone: 11 3032-3001

Sebo AlvoradaAv. Pedroso de Morais, 809 - PinheirosFone: 11 3815-7215

Sebo UniversoAv. Pedroso de Morais, 824 - PinheirosFone: 11 3031-4801

Sebo RiachueloRua Riachuelo, 108 - SéFone: 11 3101-9162

Sebo Aliança Av. Brigadeiro Luiz Antônio, 269 - Sé Fone: 11 3107-4809

Sebo Alternativa Av. Brigadeiro Luiz Antônio, 2389Jardim Paulista Fone: 11 3262-5228 e 3262-1117 Av. Brigadeiro Luiz Antônio, 3450Jardim PaulistaFone: 11 3887-5711 e 3052-3885 Av. Pedroso de Morais, 816 - Pinheiros Fone: 11 3031-0980

Sebo do Aurélio Av. Rio Branco, 325 - RepúblicaFone: 11 3224-8828

Flanarte Rua Sete de Abril, 264 - RepúblicaFone: 11 3129-5310

Sebo LiberdadeAv. Liberdade, 86 - Liberdade Fone: 11 3115-1579

Sebo Machado de Assis Rua Álvares Machado, 50 - Liberdade Fone: 11 3115-2516

Rika Comic ShopRua Augusta, 1371, sobreloja 10 e 11Consolação

Sebo Álvares MachadoRua Álvares Machado, 45 e 50 - SéFone: 11 3104-5093

Sebo BrandãoRua Cel. Xavier de Toledo, 234, sobreloja - RepúblicaFone: 11 3214-3646

Sebo Jurídico CentralRua Senador Paulo Egídio, 25 - SéFone: 11 3105-0520

SebopédiaRua Líbero Badaró, 100 - SéFones: 11 3107-0774 e 3107-1831

Maristela ressalta que, por possuir um acer-vo qualificado e com foco exclusivo em temas brasileiros, a Calil é objeto de consulta de um grande número de pesquisadores e coleciona-dores de livros antigos que, de algum modo, tenham foco no Brasil.

Paradoxalmente à paixão por livros antigos, a livraria Calil é uma pioneira quando se trata em oferecer aos seus clientes o atendimento online, comum à grande maioria das outras livrarias sebo da cidade. “Quando instalei o sistema em 1997, falar em computador e in-ternet era uma coisa do outro mundo. Os pró-prios livreiros reprovavam o que eu falava que era bom. Hoje, todo mundo está na internet”, relata Maristela.

Amantes da arte e HQ

Ainda para quem procura livros de arte e cul-tura, alguns estabelecimentos localizados na Rua Pedroso de Morais, como as livrarias Sebo Cultural, Dom Quixote, Alvorada e Universo, en-tre outros, podem ser excelentes alternativas. O sebo Flanarte, na Rua Sete de Abril, e o Cor-sário Alfarrabista, localizado na Rua Augusta, também são outras opções para o tema.

Para aqueles que têm paixão pelas histó-rias em quadrinhos, uma excelente opção é a Rika Comic Shop. Localizada dentro da galeria Ouro Velho, a loja reúne todo tipo de quadri-nhos. Além das HQs de super-heróis, os visi-tantes também podem encontrar material de terror e quadrinhos antigos que datam desde 1940, americanos e europeus.

A paixão de cuidar e preservar

Para a proprietária da Livraria Calil, o trabalho das livrarias sebo vai muito além do comércio de livros usados. “Uma das especialidades desse trabalho é a pre-servação de livros”, declara Maristela. “Vivemos oitenta, noventa anos, e o que a livraria faz é cuidar desses livros, res-taurando e encadernando, cuidando para deixar o exemplar em condições de leitu-ra para mais trezentos anos, para as pró-ximas gerações. Isso é importantíssimo, não é só ter o livro na estante”, finaliza.

Ex-lavrador, ex-garçon, Messias Antonio Coelho é o proprietário do Sebo do Messias, considerado hoje um patrimônio da cidade

Os visitantes têm à sua disposição centenas de milhares de títulos

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26 TAXICULTURA|Dezembro - Visite e indique: twitter@TAXICULTURA

Cardápio especial para quem deseja aproveitar o melhor espírito natalino português, sem ter que encarar horas na cozinha

Delícias do Natal

Conhecida como uma dos maiores espe-

cialistas em gastronomia portuguesa de

São Paulo, Ilda Vinagre, que comanda

dois dos mais requisitados restaurantes da cida-

de, o A bela Sintra e o Trindade, desenvolveu para

cada uma das casas, um cardápio exclusivo para

quem deseja nestas festas de final de ano aprovei-

tar o melhor de uma autêntica ceia portuguesa.

Uma mesa de muitos aromas e sabores

Tendo como referência o Ano de Portugal no

Brasil, que teve seu início no último dia 07 de

setembro, a ceia do A bela Sintra traz uma com-

binação especial de aromas e sabores, com uma

entrada de carpaccio de melão com presunto

Pata Negra, seguida por um bacalhau com miga

de pão de ervas finas e frutos secos.

Para aqueles que desejam uma alternativa ao

bacalhau, Ilda Vinagre faz questão de ressaltar

SÃO PAULOUM MUNDO TODO

Por Cida Nogueira

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rade

leitura de bordo dos taxis paulistanos - Dezembro|TAXICULTURA 27

Page 27: Taxicultura - Edição 17

26 TAXICULTURA|Dezembro - Visite e indique: twitter@TAXICULTURA

A entrada será uma salada de mo-

ela de pato confitado com vinagrete

de laranja e o prato principal, baca-

lhau assado com jardineira de legu-

mes e maionese de pimentões.

Outra opção que vai estar dispo-

nível é o menu à la carte, composto

por uma posta de bacalhau grelhado

com batatas ao murro e brócolis; ca-

marões à Trindade; arroz de polvo à

Caio; filé de cordeiro à moda, entre

outros. Para adoçar o final da noite

de festa, torta de queijo com frutas

secas, toucinho do céu, rocambole

de chocolate com baba de moça ou

canilhas de Santo Antônio.

Com um espaço idealizado para re-

ceber confortavelmente os seus visi-

tantes, o Trindade oferece um salão

clean com estofados roxos, madeira

rústica, luz natural através de clara-

boia, onde chama a atenção o pai-

nel de lona de caminhão do artista

Eduardo Kobra, que retrata a Ribeira,

bairro da cidade do Porto. Ao longo

do pé direito alto, há um mezanino

com espaço que comporta até 25

pessoas. Ao lado, se observa a bela

adega suspensa e envidraçada com

preferência para os vinhos com rótu-

los lusitanos.

SÃO PAULOUM MUNDO TODO

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auro Holanda

outros pratos da culinária lusitana, como,

por exemplo, o pato com molho de fram-

boesa; costeletas de cordeiro com arroz de

brócolis; e o arroz de pato à nossa moda.

Também fazem sucesso a cataplana de fru-

tos do mar e o polvo à lagareiro.

Para finalizar, a escolha fica entre uma

torta de amêndoas com sorvete de bauni-

lha; os tradicionais doces do convento como

o pudim de queijo fresco; encharcada de

fios de ovos ou a sericaia do Alentejo.

A casa, que flerta com ares portugueses

e modernidade, tem decoração assinada

pelos arquitetos Miguel Vigil e Toninho No-

ronha, que utilizaram elementos lusitanos

como o cobre, madeira e pedras nos deta-

lhes e também apostaram nos espelhos em

pontos estratégicos para imprimir charme e

permitir uma visão ampla do ambiente. No

salão há um espelho d’água composto por

um jardim com palmeiras, onde foram posi-

cionadas as mesas mais reservadas.

Arte que vai do prato ao ambiente

Para o restaurante Trindade, Ilda Vinagre

foi buscar nas tradições do Alentejo a ins-

piração para o cardápio especialmente de-

senvolvido para a ocasião e que será servi-

do na ceia do dia 24 e no almoço do dia 25

de dezembro.

A BELA SINTRA Rua Bela Cintra, 2325 - Cerqueira CésarFone: 11 3891-0740www.abelasintra.com.br

TRINDADE Rua Amauri, 328 - Itaim BibiFone: 11 3079-4819 | 3079-4861www.trindaderestaurante.com.br

Onde Comer:

Painel de Eduardo Kobra é destaque do res-taurante Trindade

Decoração moderna de A bela Sintra traz charme e requinte num ambiente amplo e confortável

Divulgação - Trindade 23

leitura de bordo dos taxis paulistanos - Dezembro|TAXICULTURA 27

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28 TAXICULTURA|Dezembro - é leitura de bordo dos taxis paulistanos

O verão está chegando e nada melhor do que aproveitar as delícias que a estação oferece. Mas lembre-se de proteger muito bem a sua pele!

Prepare-se: lá vem sol

Com a entrada em cena do verão, todo mundo não vê a hora de curtir a sua praia, piscina e passeios ao ar livre. Mas não se iluda, pois, alia-

dos às radiações solares, diversos agentes externos como poluição, ar condicionado e fumaça de cigarro podem danificar seria-mente a sua pele, além de provocar o seu envelhecimento precoce.

Nunca é demais lembrar que a cada ano os níveis de radiação solar UVA e UVB fi-cam mais intensos, aumentando a agressão à derme, camada mais profunda da pele, como também da epiderme, camada mais superficial, podendo resultar em queima-duras de diferentes graus e o surgimento de câncer de pele.

BELEZA Por Daniela Gualassi

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Os cânceres de pele correspondem a 25% dos tumores

malignos registrados no Brasil

Dra. Camila Haufbauer orienta o uso diário de protetor solar

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28 TAXICULTURA|Dezembro - é leitura de bordo dos taxis paulistanos

BELEZA

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Proteção é para todo dia

Para minimizar esses danos, a Dra. Cami-

la Haufbauer orienta o uso diário de pro-

tetor solar, mesmo para quem está dentro

de sua rotina de trabalho na cidade, tanto

no verão, como também no inverno.

”Quem pensa que deve usar o prote-

tor solar apenas quando vai para a praia

está completamente enganado. O fator

30, por exemplo, pode ser ideal pra quem

trabalha em escritório, quando as pesso-

as devem aplicar uma vez ao dia antes de

sair para almoçar. Quem tem uma ativi-

dade mais intensa ao ar livre, a aplicação

deve ser feita a cada duas ou três horas,

enquanto tiver luz solar”, recomenda

a especialista.

O protetor ideal para cada tipo de pele

A dermatologista alerta ainda que, em-

bora todas as áreas do corpo que ficam

expostas aos raios solares devam necessa-

riamente receber proteção, o rosto sem-

pre merece um cuidado especial. “Aler-

to sempre meus pacientes que a atenção

com o rosto deve ser maior. Por isso, é im-

portante verificar as informações do pro-

duto para escolher um protetor indicado

para cada tipo de pele”, explica. “Algumas

pessoas têm pele oleosa, os homens com

barba, por exemplo, não gostam de usar

um protetor muito gorduroso”, continua.

Portanto, é muito importante você co-

nhecer o seu tipo de pele para melhor se

proteger do sol. Peles secas exigem uma

loção mais cremosa, já as oleosas, o uso

de loções em gel e oil free. Quem possui

um tipo de pele normal, geralmente se

adapta às diferentes opções. Pessoas de

pele negra não estão isentas de prote-

ção e devem usar pelo menos um com

fator 15.

Não se esqueça de verificar se o prote-

tor solar é capaz de bloquear os raios UVA

e UVB. Essa escolha sempre deve ser cui-

dadosa, pois, mais do que a sua vaidade, o

que está em jogo é a sua saúde.

Cuidados na aplicação

De acordo com estudos realizados pelos

principais laboratórios, o fator de prote-

ção do protetor solar (FPS) fica garantido

desde que seja feita a aplicação de dois

miligramas do produto em cada centíme-

tro quadrado do corpo.

Portanto, no momento de utilizar o pro-

tetor, agite bem o produto para garantir

que os ingredientes estejam bem homogê-

neos e aplique em todas as áreas do corpo

que podem ser expostas ao sol. Certifique-

-se que seja formada uma película prote-

tora sobre a sua pele.

Vale lembrar que o Inca - Instituto Na-

cional de Câncer orienta o uso de proteto-

res solares com pelo menos 30 minutos de

antecedência à exposição ao sol. Redobre

o cuidado com as crianças e tanto nelas,

quanto nos adultos, aplique a loção antes

de sair de casa e reaplique todas as vezes

que entrar na água ou transpirar bastante.

O cuidado não é exagerado se conside-

rarmos que os cânceres de pele corres-

pondem a 25% dos tumores malignos re-

gistrados no Brasil. Aproveite para curtir

a melhor estação do ano, mas com pro-

teção total.

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Gostou da matéria? Você também a encontra em TAXICULTURA.com.br - Dezembro|TAXICULTURA 29

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30 TAXICULTURA|Dezembro - Seja gentil: deixe a revista a bordo para o próximo passageiro

A realidade nada mais é do que a leitura que se faz dela. E é impor-tante notar que, normalmente, o

que define essa ótica e as escolhas que fazemos a partir dela não são os resulta-dos externos, mas sim, o movimento in-terno que nos impele à ação: aquilo que nos motiva.

Como uma força intrínseca, seu com-bustível depende de sonhos e desejos individuais que devem ser respeitados de forma a preservar o que o ser humano tem de mais digno, íntegro e precioso, que é a sua liberdade de escolha. Ao mesmo tem-po, algo que motive visceralmente uma pessoa pode ser enfadonho para outra e, via de regra, os estímulos externos não são capazes de mudar esse panorama.

O entusiasmo não pode ser comprado

Quem já educou seus filhos deve lem-brar que uma criança se sente muito mais motivada quando percebe o valor huma-no naquilo que faz.

Quando despertamos em nossos filhos a satisfação de cumprir uma tarefa, como, por exemplo, contribuir na organização do lar como uma gostosa brincadeira, tendo

Por Fernanda Monteforte

QUALIDADEDE VIDA

Fernanda Monteforte é consultora de qualidade de vida e ministra aulas do Método DeRose Maiores informações: Tel.: 11 4125-6658fernanda.monteforte@ metododerose.org

Motivação: força que impele à açãoUma mesma situação pode ser interpretada como um grande problema ou uma grande oportunidade

prazer em fazer uma atividade bem feita, os resultados se tornam muito mais efetivos, do que quando simplesmente lhe ofertamos um presente. O presente pode até suprir uma expectativa imedia-ta, mas não gera uma mudança de comportamento perene.

Como eternas crianças, ao longo da vida, percebemos que o di-nheiro é extremamente importante, mas, como o presente, não é suficiente para lastrear a motivação. Nossa ambição em suprir os anseios internos é maior que uma simples recompensa e a relação com o dinheiro se torna muito mais prazerosa quando ele se torna consequência, fruto de um trabalho bem feito.

O prazer de assumir desafios

Motivados, sentimo-nos capazes de inovar, criar, realizar desejos, experimentar o novo, alcançar o que para muitos seria impossível.

Quando a ação encontra eco no coração, vivenciamos a vontade de mudar e produzimos a capacidade de empreender novas opor-tunidades sem medo de arriscar, nem tampouco, de errar.

E, quando erramos, aprendemos. Cada percalço amplia a expe- riência e nos fortalece para conquistarmos excelência para nos tor-narmos cada dia melhores naquilo que fazemos.

Quando buscamos a concretização dos nossos ideais e preser-vamos os nossos valores internos, assumimos as rédeas da nossa vida, uma experiência de grande valia e prazer.

Como certo dia filosofou um amigo, tornamo-nos capazes de ex-trair o “S” da palavra CRISE.

Motivados, nos imbuímos de poder interno para recriar a nos-sa realidade.

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32 TAXICULTURA|Dezembro - Gostou da matéria? Você também a encontra em TAXICULTURA.com.br

PorWaldir Martins

Mergulhado em um vale da Serra da Mantiqueira, com uma área de 322 km², São Francisco Xavier fica

a apenas duas horas e meia da cidade de São Paulo e mantém todas as características de um pequeno povoado do interior, onde tradições como o artesanato típico e as festas religiosas atraem um número expressivo de turistas.

Área de proteção ambiental, São Francisco é o destino de pessoas que buscam o turis-mo contemplativo e a prática de esportes radicais, oferecendo aos visitantes desde passeios leves, com cavalgadas, caminhadas e visitas às cachoeiras da região, bem como atividades mais radicais como pedaladas na montanha, tirolesa e trekking, onde a aven-tura é garantida.

O distrito possui também uma rampa de voo livre e vários pontos com altitudes apropriadas

Esse pequeno distrito de São José dos Campos, praticamente dentro do espaço urbano da cidade, oferece ao visitante contato com uma

natureza selvagem e exuberante

São Francisco Xavier

BANDEIRA

LIVRE

para praticar paraglider, além de diversos rios e córregos apropriados para a canoagem.

O circuito das artes

São Francisco Xavier possui quatro ateliês - Arte da Roça, Tânia Negrão, Manacá da Serra e o Ateliê de lãs Máscaras - onde os visitantes poderão ter acesso a trabalhos desenvolvidos com diferentes técnicas, como, por exemplo, reproduções de flores nativas e exóticas da Mata Atlântica em compensado e alto relevo em epóxi, com pinturas tão perfeitas que se confundem com as flores e folhas originais da natureza, ou ainda peças de cerâmica utilitá-rias e para decoração, feitas manualmente e queimadas em fornos de alta temperatura.

Único em seu gênero na América Latina, Estados Unidos e Canadá, o Ateliê de lãs Más-caras confecciona máscaras venezianas, mito-

lógicas greco-romanas e de teatro commedia dell’arte. Cada máscara é uma peça de arte exclusiva destinada à decoração residencial e uso pessoal, produzida por meio de antiga téc-nica veneziana de empapelamento, conhecida como Cartapesta.

Turismo em harmonia com a natureza

Para atender o aumento da procura por São Francisco, tanto pelas suas festas tradicionais como para o turismo ecológico, o distrito dis-põe de uma excelente infraestrutura, onde o visitante poderá encontrar uma variedade de pousadas e até áreas de camping. Um fenô-meno que vem marcando a cidade é o expres-sivo número de pessoas que, após conhecer a região, constroem casas de campo, devido ao delicioso clima de montanha.

“Quem ainda não conhece São Francisco

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São Francisco Xavier integra o Circuito Turístico da Mantiqueira e tem como atrativos a natureza exuberante, eventos e festas

Xavier precisa programar uma visita. Quem já conhece, sempre volta e indica aos amigos. É um lugar maravilhoso, calmo e encantador, onde a natureza e a receptividade do povo local deixam os frequentadores muito à von-tade”, relata Agnes Pereira Rogério, chefe da divisão de Turismo da Prefeitura de São José dos Campos.

Dentro de um processo de fortalecimen-to do turismo local, o distrito passou a in-tegrar o Circuito Turístico da Mantiqueira, investindo em diferentes eventos, como o Festival Literário Mantiqueira, que ocor-re entre os meses de maio e junho; a Se-mana do Meio Ambiente, também no mês de junho, além da festa de aniversário do distrito, que acontece no mês de agosto.

Principais atrações

Praça Cônego Antonio Manzi

Os moradores usam a praça para encon-tros, feiras de artesanato e atividades cultu-rais e de lazer.

Cachoeira pública Pedro David

Com 15 metros de altura, em várias quedas, tem estrutura com vestiários, banheiros, área para alimentação e playground.

Serra do Queixo D’Anta

Fica a 1.740 metros de altitude, na divisa com Sapucaí-Mirim (MG), e tem vista panorâ-mica para cidades do Vale do Paraíba.

Pico do Selado

É o ponto mais alto do município, com 2.082 metros de altitude. Localizado nos limites com Camanducaia (MG) e Joanó-polis, é ideal para a prática de alpinismo. No inverno, a temperatura fica entre 5 e 12 graus negativos, com eventual queda de neve.

Pedra Redonda

Excelente para o alpinismo sem equi-pamentos, a Pedra fica a 1.925 metros de altitude, no limite com Camanducaia e Serra do Selado.

Pedra Chapéu do Bispo

Está a 1.913 metros de altitude e é excelente local para alpinismo sem equi-pamentos, alcançando temperaturas de 12 graus negativos no inverno.

Pedra Pouso do Rochedo

Localizada a 1.300 metros de altitude, na Serra de Santa Bárbara, oferece pai-sagem de águas límpidas, ligeiras, por entre pedras, que formam piscinas na-turais e pequenas quedas.

Cachoeira do Roncador

Tem 45 metros de altura e fica na con-fluência do Ribeirão Roncador com o Rio do Peixe.

Pouso do Rochedo

Trilha com oito quedas de cachoeira.

Como chegar

Pela Via Dutra - Vindo de São Paulo Siga até São José dos Campos e pegue a

saída do Km152; siga pela marginal da ro-dovia, passe por baixo do viaduto e pegue a alça de acesso do mesmo. Basta seguir as placas para SFX.

Pela Ayrton Senna - Vindo de São Paulo Siga até o Km 96 da Carvalho Pinto, aces-

se a Rodovia dos Tamoios (SP 99) no senti-do São José dos Campos, e entre no anel viário. A partir daí é só seguir as placas.

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34 TAXICULTURA|Dezembro - leitura de bordo dos taxis paulistanos

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Informações e inscrições

O Parque Ecológico Guarapiranga é lugar de boas surpresas. Seu Museu do Lixo, com incríveis objetos retirados da represa - de carro a fotocopiadora... - contrasta com a Trilha da Vida que, realizada de olhos vendados, convida a refletir sobre nossa relação com nós mesmos e com o mundo. De lá, o belo percurso em barco pelas águas da Guarapiranga, mostrou-nos um espaço ainda a ser devidamente desfrutado pelos paulistanos: nem só de concreto vive o homem! Para fechar, na outra margem, enquanto em Interlagos as máquinas “voavam”, caminhávamos tranquilos pelo Solo Sagrado com seus jardins, lagos, carpas e cons-truções, contemplando e desfrutando da representa-ção do paraíso na terra, imaginado por Mokiti Okada, também conhecido como Meishu-Sama (“Senhor da Luz”, em português).

Parque do Guarapiranga e Solo Sagrado Realizada no dia 25 de novembro

Caminhar para se divertir, para conhecer ou ver, de forma diferente, outros lugares, outras caras, outras tribosD

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Informações e inscrições

Dia 16 de dezembroManhã de domingo. Ótimo dia e horário para caminhar-

mos pelas ruas de São Paulo, em grande estilo. E o Clube da Caminhada preparou um roteiro emoldurado pelas obras de Ramos de Azevedo, arquiteto que marcou a paisagem e a cul-tura paulistana com obras como Theatro Municipal, Pinaco-teca e Casa das Rosas, dentre tantas outras. Sobre as obras conhecidas, é uma oportunidade para revermos detalhes sob outros ângulos; para as que não conhecemos, vale pelas sur-presas que a cidade guarda ao alcance de todos. É para ver, curtir, fotografar e levar na memória afetiva que temos pela pauliceia desvairada. E, falando em memória afetiva, não por acaso a caminhada terminará no Mercado Municipal, ótimo lugar para celebrarmos os encontros de 2012 e bendizer ano novo que se avizinha.

Próxima Parada

Caminhar para se divertir, para conhecer ou ver, de forma diferente, outros lugares, outras caras, outras tribos

São Paulo através das obras de Ramos de Azevedo

www.clube da caminhada.com.brTel.: 11 3294-9373E-mail: [email protected] www.facebook.com/clubedacaminhada http://tinyurl.com/clubedacaminhada

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38 TAXICULTURA|Dezembro- Uma excelente leitura para você e para o próximo passageiro

MORAR

BEM

Projeto de casa aposta na integração de vidro e ma-deira para harmonizar jardins e interiores

Desenvolvido pelo arquiteto Erick Figueira de Mello, o projeto da Casa H, com sua área ex-

terna de 1.100 m², aposta na perfeita harmonia que o vidro e a madeira oferecem quando

se pretende buscar alternativas para integrar os mais diversos ambientes.

Sempre trabalhando com soluções práticas e funcionais, Figueira de Mello optou por uma

construção térrea com ambientes planos, voltados tanto para o convívio em família, quanto

para receber muitos amigos.

Integrar ambientes

Aproveitando-se do fato de estar dentro de uma fazendo no interior paulista, rodeado por verde

e integrando interiores e jardins, o projeto, personalíssimo, apresenta uma construção no formato

da letra H, que é a inicial do sobrenome do proprietário.

Mais do que uma simples vaidade, a estrutura, ousada e inovadora, limita em cada um de seus

“braços” os ambientes de uso social e íntimo, oferecendo a interligação dos espaços de lazer e

Madeira e vidro com todo estilo

Casa H, do arquiteto Figueira de Mello, no interior paulista, é um oásis para o convívio familiar e receber amigos

Por Cida Nogueira

Os ambientes combinam elementos naturais como pedra

e madeira, com sofisticadas peças

de decoração

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estar. Ao mesmo tempo, quando desejado, resguarda a privacidade

dos moradores.

A ligação do H é feita por um hall envidraçado até mesmo no teto, de

onde pendem cortes de linho para quebrar a luminosidade intensa. O

vidro da cobertura é conjugado a um pergolado de alumínio rodeado por

lindos jardins e um lago.

Transparência e visibilidade

O aspecto que predomina em todos os ambientes é rústico-chique,

com o uso abundante de vidro e uma singular combinação de elemen-

tos naturais como pedra e madeira com sofisticadas peças de decoração.

Além disso, a aplicação de transparências nas janelas e portas permi-

te um maior e melhor alinhamento da madeira, usada em abundância

por toda a casa. Com tons amenos, o material está no revestimento de

paredes, junto à lareira, em uma parcela do piso interno e externo, nas

esquadrias, no forro e em parte dos móveis.

“Sempre uso madeira, pedra e vidro; elementos naturais são as carac-

terísticas dos meus projetos. Madeira dá calor, é um material nobre e

nacional. Para compor o desenho desta casa, a variedade escolhida foi a

garapeira”, explicou Figueira de Mello.

O prazer de ser e o estar

A varanda da piscina é ligada ao home theater. Essa grande área ex-

terna possui um espaço gourmet e, em uma de suas extremidades, abri-

ga ainda uma sauna. Além do home theater, outras salas se voltam ao

ambiente de descanso que percorre toda a fachada principal, ao lado

da piscina.

A decoração da casa foi escolhida pelos próprios moradores. O des-

taque fica para a sala de estar, onde o duo de poltronas do modelo Diz,

de Sérgio Rodrigues, é combinado à tela Avenida São João, assinada por

Eduardo Kobra, e à luminária de piso Arco, da Wall Lamps.

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Junto à varanda e um extenso gramado, a piscina está no limite da área construída

A sala de estar é decorada com um duo de cadeiras do modelo Diz, de Sérgio Rodrigues, e lareira com acabamento em madeira ebanizada

De frente para jardins exuberantes, a ampla varanda acompanha toda a fachada da porção social da residênciaO hall tem amplas portas envidraçadas

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40 TAXICULTURA|Dezembro - Visite e indique: facebook TAXICULTURA

EVENTOSAGENDA Dezembro

EVENTOSGaleria L’Oleil “É tudo nosso”

A exposição de artes visuais está na galeria L’ Oleil, na Aliança Francesa, des-de 11 de novembro, trazendo fotos, gravuras, pinturas, utilizando materiais e técnicas diversificadas, e ainda vídeos e performances. A mostra conta com 70 artistas, entre eles, Jaime Prates, fundador do coletivo Tupinãodá, Carlos Mossman que, além de trabalhar na São Paulo Fashion Week, realizou o mo-vimento Hot Spot, Flávia Lemos, que usa como suporte para o seu trabalho a cerâmica, a consagrada fotógrafa de moda Bia Ferrer, os multiartistas Ida Feldman e Gilberto Garcia.

Juntamente com a exposição, o professor Luiz Bayón Torres reuniu mais de 30 artistas em uma instalação chamada Símbolos, projeto que visa explorar temas de livre interpretação, com peças produzidas em resina.

A curadoria é de Danilo Blanco e Fernando Zelman.

Galeria L´Oleil Av. Santo Amaro, 3921 - Brooklin Fone: 11 97251-0145Até 15 de dezembro de 2012De segunda a sexta, das 9h às 21hAos sábados, das 9h às 12hEntrada franca

Instituto Moreira Sales As origens do Fotojornalismo - O Cruzeiro

Não tem como falar em fotojornalismo no Brasil sem citar a revista O Cruzeiro. Pioneira em fotorreportagens, foi lançada em 1928 tornando-se um influente veículo de comunicação e for-madora da opinião pública. A exposição relata um pouco sobre a história da revista entre os períodos de 1940 a 1960, abordando a temática indígena, cultural e política.

A curadoria da mostra é da professora e curadora do Museu de Arte Contemporânea da USP, Heloise Costa, e de Sergio Burgi, coordenador de fotografia do Instituto Moreira Salles. A exposi-ção que ficou em cartaz no Rio de Janeiro e Poços de Caldas-MG está em São Paulo desde de 23 de novembro de 2012.

Instituto Moreira SallesRua Piauí, 844, 1º andar - HigienópolisFone: 11 3825-2560Até dia 31 de março de 2013De terça a sexta, das 13h às 19hSábado, domingo e feriado, das 13h às 18h

Teatro OficinaACORDES

A Associação Teat(r)o Oficina Uzyna Uzona do diretor José Celso Martinez Correa está em cartaz na cidade com o espetá-culo Acordes, uma versão livre da ópera de Bertold Brecht e Paul Hindemith “Das Badener Lehrstück Vom Einverständnis“, escrita no ano de 1929.

O novo musical dirigido por José Celso, e com codireção de Catherine Hirsh, Marcelo Drum-mond e Camila Mota, segue até 23 de dezembro, sempre às sex-tas e sábados, às 21h, e domin-gos, às 20h.

Teat(r)o Oficina Rua Jaceguai, 520 - Bixiga Fone: 11 3106-2818Até 23 de dezembroSextas e sábados, às 21h, e domingos, às 20hIngressos: R$ 20,00 (inteira), R$ 10,00 (meia) e R$ 10,00 (moradores do Bixiga, mediante comprovação de residência; clientes do cartão Petro-bras e acompanhante; e para quem for de bicicleta)

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aTeatro Sergio Cardoso Projeto Guri apresenta es-petáculo “Calungá”, com Naná Vasconcelos

O Projeto Guri, programa de formação musical do Governo do Estado de São Paulo e Secretaria da Cul-tura, apresentará no dia 16 de dezembro (domingo), às 17h, no Teatro Sergio Cardoso, o espetáculo “Ca-lungá - o mar que separa é o mar que une”, com a participação especial do percussionista Naná Vasconcelos.

O espetáculo aborda o universo afro-brasileiro e evoca a travessia dos es-cravos negros até o Brasil. O mesmo mar que os separou de seu continente, uniu povos e agregou influências, deixando como herança a contribuição para a formação da identidade cultural brasileira.

Com entrada gratuita, o show marca lançamento do DVD do espetáculo, que também será distribuído gratuitamente aos espectadores.

Teatro Sergio Cardoso Rua Rui Barbosa, 153 - Bela Vista 16 de dezembro (domingo), às 17h Entrada franca http://www.apaacultural.org.br/sergiocardoso

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EVENTOS

MuBEBGA - Brazil Golden Art

A mostra BGA - Brazil Golden Art traz 70 artistas brasileiros contemporâneos e será inau-gurado no dia 14 de dezembro no MuBE (Museu Brasileiro de Escultura e Exposição). A cole-ção da Golden Art é a primeira a receber fundo de investimento do Brasil, tendo como objetivo principal construir uma coleção que represente parcela significa-tiva da arte contemporânea bra-sileira, valorizando assim o seu trabalho. Participam deste pro-jeto artistas de destaque como Adriana Varejão, Ernesto Neto, Janaína Tschäpe, Luiz Zerbini, Waltercio Caldas, entre outros. A exposição vai até 03 de janeiro e segundo Heitor Reis, sócio-fun-dador da BGA Investimentos, o mercado internacional está ven-do com bons olhos o trabalho dos artistas brasileiros.

MuBE - São PauloAv. Europa, 218 - Jardim PaulistaFone: 11 2594-2601De 14 de dezembro a 3 de janeiroDe terça a domingo, das 10h às 19h

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Caixa Cultural Klumb: A Corte do Brasil

É conhecida a lenda que o Imperador D. Pedro II não era muito dado aos assuntos políticos de sua época e sim na descoberta de novas tecnologias e das transformações pelas quais a cidade sofria em seu desenvolvimento. Deste inte-resse surge a ideia de contratar o fotógrafo alemão Revert Henry Klumb, que passa a acompanhar a vida na Casa Im-perial, registrando o cenário e o cotidiano no final do século XIX. Os acervos da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro e do Museu Imperial de Petrópolis estão sendo expostos jun-tamente na Caixa Cultural São Paulo. Além das fotografias, a exposição será composta por imagens litografadas (técnica usada para baratear os custos do uso da fotografia) e uma série de estereoscópias (série que empregava um recurso ótico que simulava o 3D).

Caixa Cultural Praça da Sé, 111 - CentroFone: 11 3321-4400Até 06 de janeiro de 2013De terça-feira a domingo, das 9h às 21h

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Choque Cultural Portais Dimensionais Visíveis a Olho Nu

O artista paranaense Rafael Silveira expõe seu mais novo trabalho “Portais Dimensionais visíveis a olho nu” na galeria Choque Cultural. Rafael utiliza uma mistura de surrealismo e figuras dos comix dos anos 50 e 60 trazendo muita autenticidade para seu trabalho, que já é considerado um grande ex-poente da atualidade. Sobre a sua obra, o artista relata que “visualmente há uma mistura de parque de diversões e circo com gabinetes de curiosidades”. Outro diferencial é que o próprio artista entalha suas molduras, esculpindo e ornamentando-as. Também compilou um livro, em 2007, chamado “Mu-lheres, chapéus voadores e outras coisas legais”, pela editora Arte e Letra. A exposição teve início no dia 21 de novembro e ficará até 22 de dezembro. Choque CulturalRua João Moura, 997 - PinheirosFone: 11 3061-4051Até 22 de dezembroDe terça a sexta, das 11h às 18hSábado, das 15h às 18h

MAC USP Folhas de Viagem

Exposição da artista francesa Laura Martins, dos brasileiros Bartolo-meo Gelpi, Gustavo von Ha e do coletivo formado pelos artistas Guilherme Fogagnoli, Maíra Endo e Samantha Moreira, es-tará a partir de no MAC USP (Museu de Arte Con-temporânea na Universi-dade de São Paulo).

O olhar que a fotógrafa Laura tem sobre as diferenças estruturais da cidade resultaram em trabalhos intitulados como “Uma cidade para todos” e “Palavras que nós carre-gamos, palavras que nos carregam.” Para Bartolomeo Gelpi, a inspiração se baseia no autorretrato de Amadeo Modiglia-ni, do acervo do MAC USP, que está exposto nesta mostra. A influência das cores de Tarsila do Amaral, na fase Pau-Brasil, marca o trabalho de Gustavo von Ha.

MAC USP Rua da Praça do Relógio, 160 - Cidade UniversitáriaFone: 11 3091-3039/3328De 29 de novembro a julho de 2013Terça e quinta, das 10h às 20hQuarta, sexta, sábado, domingo e feriado, das 10h às 18h

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42 TAXICULTURA|Dezembro - Seja gentil: deixe a revista a bordo para o próximo passageiro

HORIZONTEVERTICAL

Crônicas de uma São Paulo que ninguém vêIlustração e texto: Ivan Fornerón

UM AMOR LUSCO-FUSCO

Ela ligou pra Eletropaulo a fim de recla-mar sobre um problema de luz na rua. Mesmo antes de ouvir a informação

já foi contando toda a história, que era uma escuridão tremenda e que ela tinha medo até pra colocar o lixo fora. É tão escuro que quando venta eu nunca sei se são passos de gente andando ou alguém sussurrando pra mim, dizia, você acha que eu posso viver as-sim? Faz mais de um mês que a luz do poste tá queimada, liguei várias vezes e ninguém toma uma providência!

Do outro lado da linha, um funcionário cal-mo e atencioso tentava orientá-la, mas só de-pois de algum tempo conseguiu falar. Minha senhora, a iluminação da rua é de responsa-bilidade da Prefeitura, mais precisamente do Ilume, o Departamento de Iluminação, é pra lá que a senhora deve ligar. Eu sei, ela disse, eu já fiz isso, mas não adiantou, inclusive piorou, você acredita? Piorou como, ele quis saber, eles não atenderam a sua solicitação? Atende-ram sim, ela respondeu, atenderam bem de-mais até, só que pra pior. Imagine você que a luz que eles colocaram era tão forte, mas tão forte que tava me cegando. Então eu tornei a ligar pra pedir que eles mudassem a lâmpada por uma mais fraca... Mas minha senhora... Não, peraí, me escuta: a luz entrava em casa de tal jeito que eu já não conseguia mais ficar à vontade, e me sentia invadida, completamen-te vigiada. Além do mais, você quer saber? Nem te conto da bruta insônia que tava me dando. Você tá me ouvindo? Tô, sim, senho-ra. Ah, você é tão gentil! Como é que você se chama mesmo? Luis Antônio, senhora. En-tão Luis Antônio, a luz entrava pelos vãos da minha janela, parecia raio de sol. Você ima-gina isso, Luis Antônio? Meia-noite eu levan-tava pensando que era meio-dia, meu filho!

Sabe, eu levantava numa perdição só, abria a janela e ficava me sentindo uma ma-riposa enfeitiçada com a luz. Já tenho idade,

meu filho, eu quero é paz nessa minha vida! Se eu sou-besse que ia ser isso, não tinha pedido nada! Senhora, a senhora quer o telefone do Ilume? Já tenho todos os te-lefones de lá, Luis Antônio, e pode me chamar de Marisa, viu? E eu já resolvi o problema com eles... eu tinha avisa-do, fazia mais de mês que eu tava reclamando e nada. Aí eu falei: se vocês não trocarem a lâmpada eu vou atirar pedra! Mas minha senhora, isso é vandalismo! Vandalis-mo? Vandalismo é invadir a vida de uma mulher recatada como eu! Além do mais, nem fui eu que quebrei. Pedi pros garotos da rua, dei uns trocados... Luis Antônio, que pontaria tem essa meninada, viu? Benza Deus! Minha senhora... Marisa, Luis Antônio, Marisa! Dona Marisa... Só Marisa, Luis Antônio! Tudo bem, Marisa, por que a se-nhora fez isso? Porque a vida é assim, Luis Antônio, acen-de, apaga, acende, apaga... Você sabia que antigamente era tudo lampião? Coisa mais linda! Dona Marisa... Você tem a voz tão bonita, Luis Antônio! Quer vir tomar um café? Quando você pode?

Sabe, eu levantava numa perdição só, abria

a janela e ficava me sentindo uma mariposa

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