TCC - Marta Fidelis Ribeiro

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6 Instituto Nacional de colonização e Reforma Agrária. Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária. Universidade Federal de Santa Catarina. Instituto Federal de Santa Catarina – Campus de Videira. Curso Agropecuário Agroecológica. Escola de Educação Básica 25 de Maio. Marta Fidelis Ribeiro. ACOMPANHAMENTO DO BENEFICIAMENTO E COMERCIALIZAÇÃO DO FEIJÃO ( Phaseolus vulgaris). FRAIBURGO-SC 2011.

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Trabalho de Conclusão de Curso na Escola de Educa

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Instituto Nacional de colonização e Reforma Agrária.

Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária.

Universidade Federal de Santa Catarina.

Instituto Federal de Santa Catarina – Campus de Videira.

Curso Agropecuário Agroecológica.

Escola de Educação Básica 25 de Maio.

Marta Fidelis Ribeiro.

ACOMPANHAMENTO DO BENEFICIAMENTO E

COMERCIALIZAÇÃO DO FEIJÃO ( Phaseolus vulgaris).

FRAIBURGO-SC

2011.

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Marta Fidelis Ribeiro

ACOMPANHAMENTO DO BENEFICIAMENTO E

COMERCIALIZAÇÃO DO FEIJÃO (Phaseolus vulgaris).

Trabalho apresentado à Escola

de Educação Básica 25 de Maio

e ao Instituto Federal de Santa

Catarina - Campus de Videira,

como pré requisito para obtenção

de título de Técnico Agropecuária

Agroecológica.

Orientador: Ariel Stefaniak.

FRAIBURGO-SC

2011.

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Agradecimentos

Agradeço primeiramente a Deus por sempre estar comigo nos momentos difíceis

e nos bons. Também ao Engenheiro Agrônomo Ariel Stefaniak que me orientou na

realização do meu trabalho, a Coopercontestado e aos técnicos que contribuíram na

minha aprendizagem me ajudando e fornecendo materiais. Os meus pais que

sempre me ajudaram e contribuindo para que eu sempre seguisse em frente e nunca

desiste-se por encontrar pequenas barreiras no decorrer do curso.

A Escola agrícola 25 de maio como um todo, desde educadores que fizeram o

melhor para nosso desempenho, até meus colegas que devido a um grande diálogo

trocamos grandes experiências.

Agradeço também os coordenadores do curso, que sempre estiveram dispostos a

contribuir com o desenvolvimento de cada educando.

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Resumo

O presente trabalho teve como objetivo analisar como é feito o beneficiamento

do feijão, sua certificação e a comercialização, analisando todos os processos que o

feijão passa após entrar na sala de beneficiamento até seu destino. Sua certificação

através da Rede Ecovida de Agroecologia. Sendo usado como metodologia o pré-

projeto, que me auxiliou na hora do acompanhamento na sala de beneficiamento.

Como conclusão este trabalho tem uma visão ampla de como o feijão deve ficar

depois de secado, limpo, classificado e empacotado de como funciona cada

processo para depois seguir até as mãos do consumidor. A Coopercontestado é uma

cooperativa que tem por objetivo ajudar os produtores da região comprando seus

produtos. Através de convênios com o governo e CONAB (Companhia Nacional de

Abastecimento) ajudando comunidades carentes da região. E através do PNAE

(Programa Nacional de Alimentação Escolar) fornecer alimentos para escolas.

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SUMÁRIO

1 Introdução ........................................................................................................ 13 1.1 Caracterização ............................................................................................. 14

1.1.1 Coopercontestado ............................................................................... 14 1.1.2 CONAB................................................................................................ 14 1.1.3 PNAE................................................................................................... 15 1.1.4 Feijão................................................................................................... 15

1.2 OBJETIVOS................................................................................................. 17 1.2.1 Objetivos gerais ................................................................................... 17 1.2.2 Objetivos específico............................................................................. 17

1.3 Metodologia.................................................................................................. 17 1.3.1 Fluxograma.......................................................................................... 18

1.4 ........................................................................................................................ 18 1.5 ........................................................................................................................ 18 1.6 ........................................................................................................................ 18 1.7 ........................................................................................................................ 18 1.8 ........................................................................................................................ 18 1.9 ........................................................................................................................ 18 1.10 ...................................................................................................................... 18 1.11....................................................................................................................... 18 1.12 ...................................................................................................................... 18 1.13 ...................................................................................................................... 18

2 Análises e Resultados ...................................................................................... 19 2.1 Colheita ........................................................................................................ 19

2.1.1 Manualmente ....................................................................................... 19 2.1.2 Semi mecanizado ............................................................................... 19 2.1.3 Mecanizada ......................................................................................... 19

2.2 Comercialização........................................................................................... 20 2.3 Transporte.................................................................................................... 20 2.4 Secagem...................................................................................................... 20 2.5 pré-limpeza .................................................................................................. 21 2.6 Embalagem.................................................................................................. 22 2.7 Armazenamento........................................................................................... 23 2.8 Certificação pela Rede Ecovida ................................................................... 24

3 Conclusão ........................................................................................................ 26 Referencias Bibliográficas ....................................................................................... 27 ANEXO ..................................................................................................................... 29

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Lista de abreviaturas

CONAB: Companhia Nacional de Abastecimento.

PAA: Programa de Aquisição de Alimentos.

PNAE: Programa Nacional de Alimentação Escolar.

PDSI: Programa de Desenvolvimento Sustentável Integrado.

INCRA: Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária.

FNDE: Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação.

MAPA: Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento.

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Lista de figuras

Figura 01: Secador de feijão..............................................................................................21

Figura 02: Máquina pré-limpeza. .......................................................................................22

Figura 03: Balança e empacotamento de feijão................................................................23

Figura 04: Armazenamento de feijão. ................................................................................24

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1 INTRODUÇÃO

A cadeia produtiva de grãos é uma das linhas organizadas pela

Coopercontestado, além das cadeias de produção de leite e hortaliças, e é parte dos

objetivos do PDSI, projeto coordenado pela superintendência regional do INCRA de

Santa Catarina em parceria com diversas organizações públicas e não governamentais,

que visa garantir o desenvolvimento econômico e social das famílias assentadas.

O Brasil é o maior produtor e consumidor de feijão. A maior parte é produzida

em dez estados, PR, MG, BA, SP, GO, SC, RS, CE, PE e PA, responsável por 85%

atingindo anualmente cerca de 3,0 milhões de toneladas, em três safras, águas, secas e

inverno. Uma atividade que esta associada ao pequeno produtor e ao emprego de baixo

nível tecnológico (SEAGRI, 2009).

Segundo Jacqueline (2009), o feijão orgânico é voltado mais para pequenos

produtores pelo fato de que em pequena quantidade pode ser melhor cuidado com uma

adubação adequado, pois é um produto pouco produzido e muito procurado no mercado

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgaram em fevereiro

de 2011 que Santa Catarina esta em destaque na produção de feijão, que pode crescer

10,7% nessa safra atual. A expectativa é de colher 1,2 mil toneladas na região. A área

plantada foi de 2,5 milhões de hectare neste ano não chegou perto do Nordeste que tem

aumento previsto para 162,5%, já que a safra de 2009/2010 não obteve bons resultados

devido à seca.

Na região do contestado essa safra 2010/2011 teve um bom resultado pra quem

plantou e colheu mais tarde, pois quem planto cedo teve um prejuízo devido as chuvas

em excesso levando a perda de quase toda a produção.

A cooperativa não só tem uma procura para compra do feijão, mas também só

para a secagem, limpeza e classificação.

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1.1 CARACTERIZAÇÃO

1.1.1 Coopercontestado

A Cooperativa dos Assentados da Região do contestado surgiu em 30 de

outubro de 1997. Após a conquista da terra, os assentados identificaram a necessidade

de fornecer os produtos e dominar os processos de beneficiamento e comercialização.

Possuindo três objetivos:

� Construção de galpão e aquisição de maquinas para o empacotamento de

feijão em Fraiburgo;

� Construção de laticínio e aquisição de maquinas para a fabricação de

queijos, pasteurização e empacotamento de leite em Campus Novo;

� Construção de câmera fria para o armazenamento de frutas de caroço em

Fraiburgo;

Foram financiados em 1998, R$50.000,00 para a realização desses projetos.

A cooperativa, esta desde 2008 trabalhando com a produção de feijão orgânico,

certificada pela rede Ecovida. Uma produção não muito grande cerca de 30 toneladas

em média por ano. Produção agroecológica que traz diversos benefícios para a

sociedade em geral.

A Coopercontestado possui mais de 400 famílias sócias. Tendo em vista que

abrange toda a região do contestado. Fornece alimentos para a CONAB e PNAE.

1.1.2 CONAB

Uma empresa pública vinculada com Ministério da Agricultura, Pecuária e

Abastecimento (MAPA) criado por decreto nacional e autorizado pela lei 8.029, de 23 de

abril de 1990, iniciando em primeiro de janeiro de 1991. É uma agência oficial do

Governo Federal encarregada de gerir políticas agrícolas e de abastecimento,

atendendo as necessidades básicas da sociedade. O PAA tem por objetivo incentivar a

agricultura familiar na distribuição agropecuária para pessoas com insegurança

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alimentar. Ou com pouca verba para compra de alimentos.

Cabe a ela formar e administrar os estoques públicos de alimentos. Também,

como ela compra os produtos dos pequenos agricultores, ela tem um papel fundamental

nos momentos em que os preços caem e colocam em risco a renda do produtor rural.

Ela atua como órgão executor do PAA, que tem como principais características

a desburocratização das transações e as negociações diretas com o pequeno produtor

rural e sua cooperativa.

Segundo dados levantados pelo INCRA em dezembro de 2010 a

Coopercontestado entregou a CONAB cerca de 60 mil quilos de feijão, repassando para

três entidades do município de Fraiburgo, dois bairros carentes e as escolas da rede

municipal.

1.1.3 PNAE

De acordo com o ministério da educação em agosto de 2006 PNAE, garantiu a

transferência de recursos financeiros para a alimentação de estudantes de toda a

educação básica, garantindo a alimentação enquanto o aluno estiva em sala de aula. O

objetivo do PNAE é que os alunos tenham uma alimentação saudável, por meio de uma

ação nutricional satisfazendo a necessidade alimentar do aluno durante o ano letivo.

Segundo FNDE em 2010 o orçamento previsto para 2011 é de R$3,1 bilhões,

beneficiando 4,5 milhões estudantes na educação básica de jovens e adultos, com a lei

11.947, de 16/06/2009, 30% do orçamento da alimentação é previsto para a compra de

alimentos da agricultura familiar priorizando assentamentos da Reforma Agraria,

comunidades tradicionais, indígenas, quilombolas.

1.1.4 Feijão

A safra nacional de grãos 2010/2011 deve chegar a 153 milhões de toneladas. A

estimativa representa aumento de 2,6% sobre a safra passada, que foi de 149,2 milhões

de toneladas. Com relação ao último levantamento, realizado em janeiro, a produção

cresceu 2,4%, o equivalente a 3,6 milhões de toneladas. (CONAB, 2011).

O cultivo de feijão é de suma importância por ser um alimento de baixo custo e

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essencial para a alimentação de milhões de pessoas, contendo proteínas, vitaminas e

minerais, com elevado conteúdo energéticos.

Com a preocupação elevada dos recursos naturais, as práticas agrícolas

modernas são vistas como fatores que contribuem para a degradação do solo, poluição

das águas e alimentos. Para o sistema orgânico como um todo o principal necessidade

é a escolha correta da variedade e uma adubação equilibrada. No caso do feijão, as

variedades escolhidas apresentam ótimo desempenho e se mostram aptas ao manejo

orgânico.

O Brasil é um grande produtor de feijão. Essa leguminosa, quando de cultivo

orgânico ao contrario do convencional tem uma grande procura no mercado e um valor

de mercado mais alto que o convencional. A produção nacional de feijão, considerando

as três safras do produto, está avaliada em 3.693.909 toneladas, 0,3% superior que a

observada no mês anterior. Frente aos dados de março as variações da produção

dessas safras foram, respectivamente, -0,2%, 0,4% e 2,6%. A redução na produção do

feijão 1ª safra, neste levantamento de abril, teve origem, notadamente, no Nordeste do

País, onde as condições climáticas desfavoráveis provocaram reduções nas estimativas

de produção do Piauí (9,7%) e Pernambuco (5,0%). A segunda safra do produto

apresenta pequeno acréscimo na produção devida, principalmente, às reavaliações nos

dados de alguns estados produtores da região Nordeste, destacando-se, entretanto, que

na maioria deles se trate de dados de intenção de plantio (IBGE Maio 2011).

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1.2 OBJETIVOS

1.2.1 Objetivos gerais

Acompanhar o processo de beneficiamento, armazenamento e comercialização

do feijão pela Coopercontestado, visando melhorias no processo produtivo.

1.2.2 Objetivos específico

• Analisar como é realizada a certificação das lavouras de feijão;

• Acompanhar e descrever como é feito a secagem, pré-limpeza,

empacotamento e o armazenamento do feijão;

• Acompanhar as negociações da compra do feijão com o produtor;

• Propor três métodos para otimizar e melhorar o beneficiamento do feijão.

1.3 METODOLOGIA

O meu trabalho foi realizado através de um estudo de caso, na

COOPERCONESTADO localizado no munícipio de Fraiburgo-SC. Para realização do

meu trabalho primeiramente fiz um pré-projeto seguido do estágio de 30 dias, que se

deu através do acompanhamento na sala de beneficiamento, desde quando o feijão

chega a sala e passa pela secagem, pré-limpeza, empacotamento e o armazenamento.

Utilizando também, leituras, pesquisas e conversas informais com quem trabalha na

sala de beneficiamento e os técnicos da Cooperativa.

Devido alguns problemas que é o incomodo por alguns roedores devem-se encontrar

alguns métodos de controle.

Na sala de empacotamento há algumas dificuldades devido o tamanho da esteira

que a na maquina de fechamento dos pacotes, pois é preciso sair da balança até a

outra maquina, fazendo com que o empacotador canse e venha a diminuir a quantia de

feijão empacotado, também depois de fechado os pacotes caem ao chão dificultando na

hora de junta-los, se prejudicando e diminuindo a quantidade de feijão a ser enfardado.

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1.3.1 Fluxograma

COMERCIALIZAÇÃO

TRANSPORTE

RECECEPÇÃO

SECAGEM

MOEGA

PRÉ-LIMPEZA ELEVADOR

BOLSAS

SILO

BALANÇA E EMPACTAMENTO

ENFARDAMENTO

ARMAZENAMENTO

CLHEITA COMERCIALIZAÇÃO

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2 ANÁLISES E RESULTADOS

2.1 COLHEITA

Na região do Contestado o feijão é colhido manualmente e depois amontoado

na lavoura batido com batedor e trator depois o feijão cai direto nas bolsas, é

armazenado até a compra, porém há outros tipos de colheita, tais como:

2.1.1 Manualmente

As plantas são arrancadas com 2% das vargens maduras. Para evitar perdas

recomenda-se arrancá-lo pela manhã e após dois dias deve ser levada parra um terreiro

onde será submetido à bateção com varas flexíveis e passado por peneiras manuais

retirando restos vegetais, pedras e terra (EMBRAPA 2005).

2.1.2 Semi mecanizado

A colheita é feito manualmente, porém a bateção mecanizada. È juntado em

bandeiras, montes ou em leiras logo após de seco batido com o batedor de grãos, que

funciona junto a um trator, recolhido em bolsas (EMBRAPA 2005).

2.1.3 Mecanizada

Pode ser feito com dois tipos de maquinas diferente, ceifadora enleiradora ou com

uma única maquina automotriz. Para não haver perdas deve ser feito regulação

adequada na maquina, e levar em consideração o alto custo dessas maquinas

(EMBRAPA 2005).

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2.2 COMERCIALIZAÇÃO

A compra de feijão orgânico é feita através de contratos com os produtores, sendo

que a COOPERCONTESTADO fornece adubo, semente e um preço que valorize o

produto. Depois de colhido o feijão, o produtor deve entrega-lo para a

COOPERCONTESTADO, sendo descontado o que foi fornecido, e levado a sala de

beneficiamento.

Os produtores de feijão orgânico da Coopercontestado nessa safra de 2010/2011

estão recebendo R$100,00 a saca de 60 kg enquanto que os produtores convencionais

recebem em média R$60,00 a saca de 60 kg.

O feijão orgânico tem um custo de produção mais alto, devido ao custo para

manter a certificação do produto, mas vendo por outro lado sua procura é crescente

devido a ser um produto diferenciado e a demanda ser maior que a oferta, é

comercializada a preços acima dos produtos convencionais que gira em torna de 30% o

que gera um incentivo para os produtores.

2.3 TRANSPORTE Segundo a Embrapa 2005, depois de colhido o feijão deve ficar o menor tempo

possível no campo, evitando qualquer tipo de deterioração ou perdas por

desenvolvimento de insetos como o caruncho, ou ainda pelo excesso de umidade vir a

mofar. Na Coopercontestado o transporte do feijão é feito com caminhão em bolsas, é

pesado depois de chegar no barracão junto com produtor ou até mesmo na propriedade

antes de carregar o feijão.

2.4 SECAGEM A secagem é um dos papéis fundamentais na conservação do produto

reduzindo o seu teor de umidade. O teor elevado aumenta a temperatura da massa do

grão, favorecendo maior atividade do micro organismos (fungos e insetos) e

fermentação do produto. Quanto maior for à umidade do feijão maior deverá ser o tempo

de secagem, a média é de 50°C, até que os grãos fiquem com 13% de umidade. Na

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Coopercontestado é deixado com um pouco mais de umidade, 15% para facilitar o seu

cozimento. O secador da Coopercontestado funciona a gás, um bom método de

trabalho, por não ser tão caro e não prejudicar o feijão e nem o meio ambiente

(EMBRAPA 2005).

Figura 01: Secador de feijão.

2.5 PRÉ-LIMPEZA O feijão passa pelo seu primeiro passo de beneficiamento, a pré-limpeza

removendo os torrões, pedras, terra, talos e folhas. Esta operação não só elimina

impurezas como facilita a redução de umidade. É necessário que todos os

equipamentos estejam limpos evitando que o feijão convencional venha se misturar com

orgânico. Por isso cada vez que passa o convencional ou o feijão carioca é feito a

limpeza da maquina e dos elevadores. (EMBRAPA 2005)

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22

Figura 02: Máquina pré-limpeza.

2.6 EMBALAGEM O produto limpo e com umidade permitida, é embalado em pacote de 1 Kg e

armazenado em fardos com 30 pacotes, e comercializado pela Coopercontestado no

município e Fraiburgo.

Segundo a legislação (lei n°161 de 24 de julho de 1987) do feijão a embalagem

deve ter:

• Número do lote;

• Grupo;

• Classe;

• Tipo;

• Safra de produção;

• Peso líquido;

• Razão social e endereço do empacotador;

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Para a sala de empacotamento uma solução seria arrumar algo como uma mesa

para que os pacotes ficassem encima fazendo com que aumente o desempenho do

empacotador e da própria máquina.

Figura 03: Balança e empacotamento de feijão.

2.7 ARMAZENAMENTO O feijão com prazo mais alto de validade tem seu teor de umidade menor,

demorado mais para cozinhar. Assim devemos ter vários cuidados para manter o grão

em bom estado, evitando que o produto fique em local de altas temperaturas e alta

umidade, armazenando em local bem fechado, livre de umidade, bem ventilado e que

não contenha lugar para os insetos se alojarem. Na Coopercontestado o feijão tem seu

prazo de validade de apenas 6 meses, e é armazenado em fardos com trinta pacotes de

1 kg.

Para controle dos roedores no armazenamento devemos afastar as bolsas da

parede em 30 cm deixando corredores para circulação e ventilação evitando a umidade

da parede no feijão. Ergue-las em 20 cm do chão. Colocar armadilhas como ratoeiras,

com alimentos atrativos como: frutas, salame, queijo, etc., em locais como cantos em

baixo das bolsas na sala de armazenamento. Se tiver algum buraco tampar para não ter

lugar por onde os ratos entrem.

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Figura 04: Armazenamento de feijão.

2.8 CERTIFICAÇÃO PELA REDE ECOVIDA

A Rede se concretiza a partir de uma identidade e reconhecimento histórico entre

as iniciativas de Ong´s e organizações de agricultores. A certificação das lavouras é feito

através de análises e registros de como a propriedade do produtor está, e se ela pode

produzir colheitas agroecológicas para serem comercializadas. Recebendo visitas

durante produção e analisando como está sendo feito (ECOVIDA 2007).

Pessoas organizadas em grupo, entidades de assessorias, consumidores

envolvidos com a produção, processamento, comercialização e consumo de alimentos

ecológicos. Contando com a participação de agricultores familiares ecológicos,

consumidores, processadores e comerciantes (ECOVIDA 2007).

A certificação auditada é uma imposição do mercado, como uma garantia de

que o produto é ecológico. Deve ser feita por alguém que não conhece a propriedade e

o produtor e o mesmo acaba se tornando dependente da certificadora.

A certificação participativa tem uma ótima relação de ética e confiança com o

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consumidor. São os próprios agricultores e consumidores que fazem as certificações,

porém o mais importante é ter uma marca que os identifica, e que serve para mostrar

qual é a proposta. Tem previsto pelo menos duas visitas por ano com participação

mínima de dois representantes da rede em cada núcleo, sugerindo que as reuniões nos

sejam própria grupos, cooperativas, associações. Elaboração de normas do núcleo,

desde que se respeitem as normas da Rede Ecovida de Agroecologia. O selo Ecovida é

obtido através de uma série de discussões desenvolvidas em cadastro de núcleo

regional. Onde ocorre a verificação do Conselho de Ética e a troca de experiências.

A certificação das lavouras é eito através de análises e registros de como a

propriedade está, e se ela pode produzir agroecológico pra serem comercializados.

Recebendo visitas durante a produção e analisando como está sendo conduzidas as

atividades.

A certificação serve para garanti-la a compra de um produto de qualidade

agroecológica e para a valorização das culturas locais.

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3 CONCLUSÃO

O realizar esse trabalho posso concluir que o feijão percorre um longo trajeto de

mão-de-obra braçal e mecanizada até chegar ao mercado e nas mãos do consumidor.

Para obtermos um feijão de qualidade deve-se ter um grande cuidado a cada processo

para que ao empacotar ele esteja com o teor de umidade adequado no seu prazo de

validade que é a empresa que define o teor de umidade e garante o tempo adequado

que o feijão pode permanecer no mercado.

É feito a limpeza das máquinas cada vez que passa o feijão convencional, para

não haver nem um tipo de contaminação no feijão orgânico.

A COOPERCONTESTADO tem 60 famílias cadastradas para a entrega de feijão

orgânico, porém não são todos que plantam e vende para a cooperativa. No contrato é

oferecido um preço mais alto, como uma forma de incentivo e para poder manter a

certificação do produto.

Esse período de estágio adquiri grandes conhecimentos que poderão estar

presentes no meu futuro profissional e que posso utilizar na propriedade de meus pais,

vendo como é a rotina de um técnico no seu dia-a-dia.

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REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CONAB, Companhia Nacional de Abastecimento. Agricultura e Abastecimento alimentar: políticas públicas e mercado agrícola - Brasília, 2009.

EMBRAPA, Disponível em:< http:// WWW.eEmbrapa.com.br/cultivo-de-feijao-

pdf-a. 17869. html>.Acesso em 28 de abril de 2011.

ECOVIDA, REDE DE AGROECOLOGIA. Uma Identidade que se constrói em rede.

Caderno de Formação. Lapa/PR, Julho de 2007.

FNDE, Fundo Nacional de Desenvolvimento. Programa Nacional de Alimentação

Escolar. Disponível em: <http://WWW.fnde.gov.br/.../programas-alimentacao-escoolar>.

Acesso em 23 de março de 2011.

IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Disponível

em:http://www.agrolink.com.br/.../em-abril-ibge-preve-safra-de-gran....Aceso em 22 de

maio de 2011.

IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Disponível

em:<http://www.clicrbs.com.br/diariocatarinense/.../default. jsp ?.... Acesso em 20 de

maio de 2011.

INCRA, Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária. Ajuda-lista de feeds do

Governo. Disponível em: //HTTP//146.164.34.74/i3. Govnotícias /Noticias/Noticias.

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JAQUELINE, Feijão Orgânico: excelente desempenho em sistema sustentável.

Disponível em: http://www.sna.agr.br/atigos/674/ALAV674-art-feijãorg.pdf. Acesso em 20

de maio de 2011.

LAVOURA, A. Feijão orgânico: excelente desempenho em sistema sustentável. São

Page 23: TCC -  Marta Fidelis Ribeiro

Paulo/SP, outubro de 2009.

MERENDA ESCOLAR, Lei n°11.947\2009 e resolução número 38.

MINISTÉRIO, da AGRICULTURA

Legislação vigente pro feijão Disponível

em<http://WWW.engetcno.com.br/.../legislacao/cereais_feijao.htm>Acesso em 24 de

abril de 2011.

SEAGRI. Disponível em: http://www.seagri.ba.gov.br/feijão.htm. Acesso em 29 de abril

de 2011.

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ANEXOS

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Alguns dados da rede

Atualmente, a Rede Ecovida conta com 23 núcleos regionais, abrangendo em

torno de 170 municípios. Seu trabalho congrega, aproximadamente, 200 grupos de

agricultores, 20 Ongs10 cooperativas de consumidores. Em toda a área de atuação da

Ecovida, são mais de 100 feiras livres ecológicas e outras formas de comercialização.

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Figura. Silo orgânico e convencional.

Page 27: TCC -  Marta Fidelis Ribeiro

Figura: costuradeira de pacotes de feijão.

Figura: máquina automática de empacotar feijão.