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RESUMO O motor Stirling até hoje ainda é pouco conhecido, o mesmo foi desenvolvido pelo engenheiro escocês Robert Stirling no ano de 1816, esse motor possui o diferencial de ter combustão externa, podendo assim gerar trabalho a partir de varias fontes caloríficas como realizado um estudo sobre a situação energética mundial, mostrando assim a real necessidade de se buscar tecnologias que possam se valer de fontes de energia alternativa. Diante da temática do uso da energia vinda de fontes alternativas, é mostrado a aplicabilidade dos motores Stirling, seu funcionamento e ciclo de trabalho. Utilizando os conhecimentos pesquisados, foi projetado um novo motor, demonstrando assim seu funcionamento. Palavras-chave: Motor Stirling, Ciclo de Stirling, teoria de Schmidt, Motor de ar quente, motores de combustão externa. ABSTRACT The Stirling engine to date is still unknown, it has been developed by Scottish engineer Robert Stirling in 1816, this engine has the distinction of having external combustion, thus being able to generate work from various heat sources like gas, wood, biomass , solar energy, among others. In this work a detailed study about the world energy situation, thus showing a real need to seek technologies that can take

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termino de curso

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RESUMO

O motor Stirling até hoje ainda é pouco conhecido, o mesmo foi desenvolvido pelo

engenheiro escocês Robert Stirling no ano de 1816, esse motor possui o diferencial de ter

combustão externa, podendo assim gerar trabalho a partir de varias fontes caloríficas como

realizado um estudo sobre a situação energética mundial, mostrando assim a real necessidade

de se buscar tecnologias que possam se valer de fontes de energia alternativa. Diante da

temática do uso da energia vinda de fontes alternativas, é mostrado a aplicabilidade dos

motores Stirling, seu funcionamento e ciclo de trabalho. Utilizando os conhecimentos

pesquisados, foi projetado um novo motor, demonstrando assim seu funcionamento.

Palavras-chave: Motor Stirling, Ciclo de Stirling, teoria de Schmidt, Motor de ar quente,

motores de combustão externa.

ABSTRACT

The Stirling engine to date is still unknown, it has been developed by Scottish engineer

Robert Stirling in 1816, this engine has the distinction of having external combustion, thus

being able to generate work from various heat sources like gas, wood, biomass , solar energy,

among others. In this work a detailed study about the world energy situation, thus showing a

real need to seek technologies that can take advantage of alternative energy sources. Given the

theme of the use of energy from alternative sources, is shown the applicability of Stirling

engines, its operation cycle. Using knowledge surveyed, we designed a new engine, thus

demonstrating its operation.

Keywords: Stirling Engine, Stirling Cycle, theory Schmidt, Motor hot air, external

combustion engine.

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SUMARIO

INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 5

1 CONCEITOS GERAIS ...................................................................................................... 6

1.1 CONCEITOS DE ENERGIA.......................................................................................... 6

1.1.2 A Tecnologia na Geração de Energia Elétrica...............................................................6

1.1.3 Geração de Energia com o uso de Máquinas Stirling................................................... 8

1.3 Motores Stirling.......................................................................................................10

1.3.1Biografia de Robert Stirling.....................................................................................10

1.4 Parte Experimental.........................................................................................................11

1.5 Teoria......................................................................................................................17

1.6 Princípio de Funcionamento......................................................................................19

1.7 Funcionamento Do Motor Stirling............................................................................20

2.0 Dificuldades Encontradas..........................................................................................21

3.0 Conclusão...............................................................................................................22

Bibliografia

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1.0 INTRODUÇÃO

O planeta Terra é rico em energia, o principal desafio é conseguir transformar essas diversas

formas de energia em um trabalho mecânico, em energia elétrica, ou em qualquer outra forma

usável. Em 1816 foi desenvolvido pelo engenheiro escocês Robert Stirling o modelo de um

motor que ficou conhecido como motor Stirling. Sulzbach mostra que esse motor tem a

finalidade de transformar a energia calorífica oriunda de muitas fontes como biomassa, solar,

carvão, combustíveis fósseis, etc., em energia mecânica. Esse motor utiliza um volume de um

gás qualquer que é aquecido externamente, com o aquecimento o gás se expande realizando o

trabalho de deslocamento de um pistão, esse movimento por conseqüência é transformado em

movimento rotacional, podendo ser usado para o acionamento de qualquer equipamento que

necessite desse movimento.O interesse por essa tecnologia vem se despertando por utilizar

inúmeros materiais que atualmente são descartados e transformá-los em energia mecânica, e,

além disso, também pode ser alimentado pela energia solar. Trata-se de uma energiaisponível

e sem custo de produção, e que está disponível em grande parte do planeta. A tecnologia

citada acima não está sendo utilizada, até onde se tem conhecimento,mas está em estudo por

muitos, pois solucionaria uma parcela dos problemas energéticos da humanidade, ao utilizar a

energia solar para geração de energia elétrica. Por outro lado, as informações sobre o assunto

não estão ainda difundidas nas redes de comunicação, e pouco material didático é encontrado

sobre o assunto. É de interesse neste trabalho explicar o funcionamento do motor Stirling,

explanar o ciclo termodinâmico, construir uma maquete com o fim de elucidar o

funcionamento e, após essa fase, projetar um motor para a geração de trabalho mecânico a

partir da energia solar.

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1 CONCEITOS GERAIS

1.1 CONCEITOS DE ENERGIA

O conceito de energia é, na verdade, algo intuitivo, pois não existe uma definição específica

para esse fenômeno físico.Está relacionado com a capacidade de por em movimento ou

transformar algo, e fisicamente associado a geração de trabalho.No âmbito econômico e

tecnológico, a energia refere-se a um recurso natural e aos elementos associados que

permitem fazer um uso industrial do mesmoA energia sempre foi reconhecida como a base do

desenvolvimento das civilizações. No final do século XIX, por exemplo, o mundo se

modernizou após a Revolução Industrial, principalmente devido às novas fontes de energia.

Conforme relata Alves, as fontes de energia podem ser classificadas em renováveis,

conhecidas também como energia limpa, como por exemplo a energia solar, eólica, biomassa

e hídrica, que obtêm repostas da natureza em períodos relativamente curtos de tempo; e as não

renováveis, também chamadas de energia suja, cujas reservas esgotam sempre que utilizadas,

sendo que a reposição das mesmas na natureza pode levar milhões de anos, ou simplesmente

não mais ocorrer

1.1.2 A Tecnologia na Geração de Energia Elétrica

O desenvolvimento da malha de geração de energia vem se diversificando ano após ano.

Muitas formas de geração de energia estão sendo desenvolvidas e testadas, outras ainda

buscadas no tempo, voltam a ter o interesse despertado. a tecnologia tem sido aplicada de

diversas formas na geração de energia, uma forma muito conhecida é a energia eólica. No

País, embora o aproveitamento dos recursos eólicos tenha sido feito tradicionalmente com a

utilização de cata-ventos multipás para bombeamento de água, algumas medidas precisas de

direção, velocidade, constância do vento, realizadas recentemente em diversos pontos do

território nacional, indicam a existência de um imenso potencial de energia eólica, ainda não

explorada. A capacidade instalada no Brasil está acima de 20 MW, com turbinas eólicas de

médios e grandes portesconectadas à rede elétrica. Além disso, existem dezenas de turbinas

eólicas de pequeno porte funcionando em locais isolados da rede convencional para

aplicações diversas, tais como bombeamento, carregamento de baterias, telecomunicações e

eletrificação rural.Outra forma de energia que vem ganhando destaque é a aplicação do efeito

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fotoelétrico, ele tem sem dúvida, uma aplicação mais direta e que resolve o problema da

eletrificação pontual com grande eficiência, mas seu custo ainda é alto se comparado com

outras formas de geração. Esta tecnologia está pouco desenvolvida no Brasil. Historicamente,

pode-se considerar que em 1989 foi dado o primeiro impulso à produção nacional de painéis

fotovoltaicos.Através do programa PROSOLAR, pretendeu-se preparar o aparato tecnológico

do país ao mercado de energia solar. Com a instabilidade da empresa Helio dinâmico para

continuar no mercado iniciou-se, nesta época, articulações para a entrada no mercado

brasileiro de diversas empresas, já atuantes no mercado mundial, através de ações diretas ou

através de financiamento, como foi o caso do governo alemão através da firma Siemens.

Nessa fase também se deu incentivo a programas de eletrificação usando energia renovável,

as quais despertaram um interesse maior nos investidores.Outra fonte de geração de energia

que tem se destacado é a geração de energia elétrica a partir do biogás. A conversão

energética do biogás pode ser apresentada como uma solução para o grande volume de

resíduos produzidos por atividades agrícolas e pecuárias, destilarias, tratamento de esgotos

domésticos e aterros sanitários, visto que reduz o potencial tóxico das emissões de metano ao

mesmo tempo em que produz energia elétrica, agregando, desta forma, ganho ambiental e

redução de custos Outra forma de geração de energia que vem ganhando apoio nos países

desenvolvidos é a geração solar térmica. Essa tecnologia vem sendo desenvolvida nos Estados

Unidos da América desde o começo dos anos 80 usando diversas tecnologias, entre elas a de

concentradores parabólicos. Incentivada pela lei de apoio aos produtores independentes várias

unidades foram construídas,mas limitadas à potência de 80 MW.Depois de alguns altos e

baixos na política de incentivo às formas renováveis de energia, e a diminuição dos preços

internacionais de derivados do petróleo, a principal empresa empreendedora destes projetos,

Luz International, entrou em concordata.As nove usinas construídas são operadas por

empresas que foram adquirindo a massa falida. A geração solar térmica conta, porém, com

uma alternativa tecnológica que se adaptaria às condições de micro geração descentralizadas,

em regiões em desenvolvimento. O desenvolvimento de motores que podem ser alimentados a

partir de fontes de energia renováveis é de extrema importância para o aumento da utilização

desse tipo de energia.Os motores Stirling são alvo de vários estudos e pesquisas científicas

devido a sua capacidade de uso eficiente de energia proveniente de qualquer fonte de

calor.Assim o desenvolvimento e investigação de motores Stirling tornam-se aspectos

importantes para muitos institutos científicos e empresas comerciais

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1.1.3 Geração de Energia com o uso de Máquinas Stirling

Existem varias métodos de converter energia calorífica em energia mecânica, um desses

métodos teoricamente associado com a máxima eficiência é o motor Stirling, ou motor a ar

quente. Esse motor necessita apenas de uma fonte de calor externa para entrar em

funcionamento. Máquinas com ciclo termodinâmico de “Stirling” foram concebidas antes que

a termodinâmica científica tivesse sido criada pelos experimentos de Joule, entre 1840 e 1849,

de Von Helmholtz, em 1847, e outros. Ela foi criada com o nome de “Máquina de Ar

Quente”, em 1816 por Robert Stirling e conseguia transformar parte do calor gerado, pela

queima de um combustível, em trabalho e é mostrada na Figura 2.

Figura 2:

Motor original de Robert Stirling

Permaneceu em uso, e com bastante aceitação por muitos anos Esses motores oferecem alta

eficiência com baixa emissão de poluentes em comparação com os tradicionais motores a

combustão .A sua aplicação para a conversão de energia solar data de 1864. Com o

desenvolvimento das máquinas a vapor e das máquinas de combustão interna ficou finalmente

obsoleta, até que a partir de 1939, quando foram finalmente denominadas Máquinas de 8

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Stirling, voltaram a despertar interesse.Hoje são usadas especialmente para resfriamento

criogênico. Por ser um ciclo reversível ele

se aplica ao resfriamento, se a entrada do sistema for o trabalho, com a saída sendo o calor

retirado de um dos lados do sistema. Algumas empresas têm hoje alguns protótipos, para

demonstração, baseados na técnica de captação de energia solar por concentradores

parabólicos e em forma de disco, com uma máquina Stirling no foco. Estas unidades, com

cerca de 10 metros de diâmetro, têm potência nominal de 25 KW. Empresas conseguiriam

colocar no mercado uma destas unidades por US$ 1.800,00 o KW instalado, caso a taxa de

encomendas atinja as 2.000 unidades por ano. Este preço poderia ainda cair para US$ 600,00

se as encomendas chegassem a dez mil unidades por ano. A eficiência, da conversão do calor

para trabalho, prometida pelo fabricante, fica na faixa de 38 a 40%. Se um projeto for

desenvolvido para as condições nacionais e para fabricação no Brasil estes valores poderiam

ser ainda menores. As máquinas de Stirling, por serem de combustão externa, se prestariam a

trabalhar com mais de uma fonte de calor, se assim fossem projetadas, oferecendo a

possibilidade de trabalharem durante os períodos de insolação, recebendo calor do sol, e

durante a noite com calor produzido por qualquer outro combustível, inclusive biomassa.

Podem ser máquinas bastante simples com manutenção e operação fáceis. Permitem operação

silenciosa e com pouca vibração. seriam as máquinas ideais para regiões isoladas onde sejam

permitidas mudanças lentas na potência de saída e uma partida não instantânea. Há ainda

muito espaço para a pesquisa e o desenvolvimento de sistemas cada vez mais eficientes e

operacionais. Este sistema solar térmico poderia ser um fator coadjuvante na adaptação do

homem ao clima do semi-árido nordestino, fixando a mão de obra à terra e criando

possibilidades para o desenvolvimento regionalizado em face das necessidades por energia

não se restringirem somente ao uso doméstico.Quanto às técnicas para o aproveitamento

fotovoltaico, fica claro que para o Brasil de hoje muito terá que se investir para o total

domínio desta forma de geração, e o seu uso ser repensado, principalmente entre as camadas

de população com menos renda. O motor Stirling representa uma alternativa para a

eletrificação de comunidades remotas e que não são amparadas pela rede elétrica

convencional, pois podem operar alimentadas através de qualquer fonte de calor. Ainda

existem diversas limitações para o desenvolvimento desse tipo de motor, porém se as

restrições operacionais forem resolvidas, diferentes opções de projetos viáveis podem ser

desenvolvidos

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1.3 MOTORES STIRLING

1.3.1 Biografia de Robert Stirling

Robert Stirling nasceu em 25 Outubro de 1790 em Gloag, no condado de Perthshire, na

Escócia, e faleceu a 6 de Junho de 1878 em Galston, cidade localizada a cerca de 30 km ao sul

de Glasgow. Foi o terceiro filho de uma família de oito, e um brilhante aluno tanto na escola

como na universidade. Estudou na Universidade de Edimburgo de 1805-1808 onde teve latim,

grego, lógica, Matemática e Direito. Também estudou Teologia na Universidade de Glasgow.

Casou-se em 10 de Julho de 1819, com Jean Rankin. O casal teve sete filhos. Os seus quatro

rapazes tornaram-se engenheiros ferroviários (Patrick, William, Robert e James), outro, optou

por se tornar um clérigo (David). A Figura 3 é uma foto de Robert Stirling

Figura 3: Foto de Robert Stirling

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1.4 Parte Experimental

Para a construção do Motor Stirling foi feita uma pesquisa na internet, onde

encontrou-se diversos modelos interessantes e que utilizavam materiais de fácil acesso. Porém

escolheu-se apenas um modelo, mostrado a seguir:

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Figura 1: modelo do Motor Stirling

A maioria dos materiais utilizados, na construção do Motor Stirling, é de fácil acesso e

custo reduzido. O único material de difícil acesso foi a cola de silicone para alta temperatura,

já que nem todas as pessoas conhecem esse tipo de cola e acabavam não sabendo informar

onde poderia ser encontrada. No entanto, essa cola é facilmente encontrada em lojas de auto-

peças e não possui também um custo elevado. A lista dos materiais utilizados encontra-se no

Anexo 1. Após a obtenção dos materiais necessários, deu-se início a construção e montagem

do Motor, começando pela base que sustentará o Motor. Esta base foi feita a partir de uma lata

de refrigerante, onde se cortou o fundo e deixou-se 3 apoios. Estes apoios receberam um

reforço de metal colado com cola Epóxy, pois o alumínio é um material de fácil deformação,

fazendo com que estes talvez não suportassem o peso do Motor, conforme mostrado a seguir:

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Figura 2 – Base de sustentação do Motor Stirling

Em seguida foi feita a base e o topo do recipiente de pressão, e também a base e o topo do

displacer(pistão ou deslocador). A base e o topo também foram feitas com latas de doçe de

pessego. Na base foi feito um furo de ¼” por onde entrará o ar que resfriará o Motor.Já no

topo do recipiente de pressão foi feito um furo localizado bem no centro do fundo da lata, por

onde passará o pino preso ao deslocador.

Figura 3 – Topo do recipiente com a porca e o pedaço de aço e Base do recipiente

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1-Pegue uma lata que tenha um raio cerca de 2 milímetros menor que a lata utilizada na base.

O movimento do deslocador dentro da base deve ser suave em sem muito atrito.

2-Pegue uma lata de refrigerante e corte o fundo e o topo. Em seguida, façaum corte vertical

no cilindro resultante, e cole com a cola de silicone para altas temperaturas, de modo a obter

um novo cilindro com cerca de 95% do tamanho original.O topo do deslocador pode ser

construído a partir do fundo da lata recortada de modo que se ajuste perfeitamente ao novo

tamanho do cilindro feito. Faça um furo pequeno o suficiente para que a agulha ou pino

utilizado possa deslizar suavemente sem movimentar-se para os lados (verifique bemisso) e

que este esteja exatamente na posição vertical. Segue abaixo a foto do deslocador montagem

de acordo com a primeira forma:

Figura 4 – Displacer ou Deslocador

Em seguida foram feitas as hastes que serão coladas ao lado da base e que sustentaram o

eixo(virabrequim) que interligará o deslocador ao cilindro responsável pelo resfriamento.As

hastes são também de fácil construção podendo ser utilizado as laterais de latas de refrigerante

ou mesmo algum outro tipo de material que seja de fácil manuseio.Faz-se um furo em cada

haste, por onde passará o virabrequim, e uma das hastes faz-se um outro furo, na parte de

baixo, por onde entrará o ar que resfriará o Motor.Com o auxílio da cola de silicone, cola-se a

haste junto à base.

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Figura 5 – Hastes de suporte do virabrequim

O virabrequim foi feito utilizando um pedaço de fio. O ideal é que este fio seja de

fácil manuseio e que não deforme muito fácil, pois isso poderia prejudicar o funcionamento

do Motor. O modelo utilizado foi o seguinte:

Figura 6 – Modelo do virabrequim

É importante ressaltar que no local indicado pela seta deva ter um ângulo de 90º formado em

relação ao deslocador e ao cilindro de resfriamento.Para o cilindro de resfriamento foi

utilizado um pedaço de cano de PVC. Nele foi feito um furo de aproximadamente ¼”, por

onde passa um tubo de metal,obtido a partir de uma caneta. Este tubo foi colocado ao lado da

base do recipiente de pressão e colado com a cola de silicone para alta temperatura.No topo

desse cilindro foi colocado uma bexiga que atuará como diafragma.A bexiga será conectada

junto ao virabrequim da seguinte forma:

Figura 7 – Modo de como prender a bexiga ao virabrequim

A seguir segue a foto do resfriador montado, juntamente com o pedaço de fio preso a bexiga:

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Figura 8 – Resfriador

Para que o CD utilizado na montagem pudesse girar juntamente com o virabrequim, colou-se

um pedaço de borracha dura no furo central e nela fez-se um pequeno furo por onde passa o

fio do virabrequim, conforme mostrado abaixo:

Figura 9 – CD utilizado com o pequeno orifício por onde passará o virabrequim

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Com a construção das partes separadas do Motor, iniciou-se o processo de montagem do

Motor Stirling.O deslocador foi colocado dentro da base do recipiente de pressão e em

seguida tampou-se com o topo do recipiente, de modo que o pino preso aodeslocador passasse

suavemente pelo buraco feito no topo do recipiente.

Após isso, pegou-se a porca de ¼” de diâmetro interno e um pedaço de metal(com um furo no

centro) e com o auxílio da cola de silicone para alta temperatura colou-se a porca em cima do

topo, e o pedaço de metal em cima da porca.Sempre verificando se o pino do deslocador

desliza suavemente por entre os dois.A seguir, após colar o cilindro de resfriamento ao lado

da base do recipiente de pressão e conectá-lo ao virabrequim conforme mostrado na figura 7,

faz-se o mesmo para o deslocador, da seguinte forma:

Figura 10 – Modo de como prender o pino do deslocador ao virabrequim

A construção dessa parte do projeto requer um cuidado extra, pois a amplitude do U formado

no virabrequim não pode ser maior que a amplitude de altura do pino do deslocador. Pois caso

isso aconteça o virabrequim não dará uma volta completa e o motor não funcionará.

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1.5 Teoria

Os motores Stirling são conhecidos também como motores de combustão externa. Estes

dispositivos funcionam de acordo com o ciclo Stirling, utilizando geralmente como

fluidos de trabalho o hélio, hidrogênio ou nitrogênio. A figura a seguir representa o

funcionamento do ciclo Stirling, com suas diversas fases sem considerar as perdas (ciclo

ideal).

Figura 11 – Diagrama PxV do ciclo Stirling

Onde:

1-2 - Compressão isotérmica (na qual há também rejeição de calor).

2-3 - Calor é transferido ao fluido de trabalho a volume constante.

3-4 - Expansão isotérmica (há também transferência de calor ao fluido detrabalho).

4.1- Calor é rejeitado a volume constante

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Um exemplo desse processo é mostrado na figura abaixo:

Figura 12 – Esquema do funcionamento do Motor Stirling

O ciclo termodinâmico Stirling permite a construção de motores que podem funcionar a partir

de qualquer fonte de calor. As pesquisas são recentes em todas as partes do mundo, como os

protótipos desenvolvidos pela Phillips.A possibilidade de utilização de vários tipos de

combustíveis, (gás natural, óleo combustível, biomassa, diesel, gasolina, álcool, solar, entre

outros), é um grande atrativo para o seu desenvolvimento como fonte alternativa de energia.

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1.6 Princípio de Funcionamento

O princípio do Motor Stirling é completamente diferente dos motores de combustão interna

comuns.

Motor Stirling é um motor térmico, que trabalha a partir da energia proveniente da

expansão e contração de um gás.De acordo com a lei dos gases ideais, que relaciona as

propriedades do gás: temperatura (T), pressão (P) e volume (V) com número de moles (n).

PV = nRT Eq. 1onde R é a constante dos gases.

Ou seja, todo ciclo termodinâmico envolve transformações com a variação de uma destas três

grandezas fundamentais dos gases, que podem ser relacionadas de acordo com a equação.

A configuração “alfa” do Motor Stirling é de certa forma, a mais fácil de ser entendida e por

isto é a utilizada nesse projeto No projeto proposto, o ar aquecido empurra o deslocador para

cima, fazendo o virabrequim dar meia-volta. Com a defasagem no virabrequim, no

momento em que está na posição inicial a bexiga está um pouco esticada.

Ao subir e atingir o ponto mais alto de seu movimento, o virabrequim faz com que

a bexiga seja empurrada para baixo, fazendo ar frio entrar na base do recipiente de pressão.

Isto esfria o gás dentro do recipiente e com isso há a compressão isotérmica

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1.7 Funcionamento do Motor Stirling

Após a junção de todas as partes descritas acima, o Motor Stirling foi construído e ficou da

seguinte forma:

Figura 13 – Motor Stirling

Note que este modelo tem algumas partes diferentes das mostradas nas fotos. Isso deve-se ao

fato de algumas das partes terem se danificado durante o processo de montagem, .Mantive as

proporções com o modelo apresentado nesse relatório. Apesar de ter tomado vários cuidados

durante a junção das partes, e o protótipo motor apresentado acima ter um movimento suave

quando se gira o virabrequim com a mão, quando acesa a chama pela qual ele funciono , o

pistão desenvolve o movimento com sucesso . 21

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2.0 Dificuldades Encontradas

Durante a construção do Motor Stirling, aconteceram alguns imprevistos e grandes

dificuldades em relação à construção do mesmo. Tais dificuldades, foram superadas com

muita teimosia mas o sucesso do funcionamento do motor conforme foi o esperado. Uma das

primeiras dificuldades encontrada foi a de construir um deslocador,mas que pudesse deslizar

suavemente dentro da base do recipiente de pressão. Foram feitas várias tentativas para

solucionar o problema, desde o uso de outros tipos de latas, construção do modelo

apresentado no relatório, porém mesmo tomando todo o cuidado possível, o deslocador não

deslizava suavemente, causando assim um atrito entre ele e o recipiente de pressão. Pensei

então, em construir um recipiente de pressão maior do que algum deslocador já pronto. Dessa

forma, utilizei uma lata de energético para o deslocador onde consequi melhor resultado. Fiz

a junção do recipiente de pressão com a cola de motor diesel de alta temperatura contudo um

vazamento sugiu mas uma camada adicinonal de cola resovel o problema. Outra dificuldade

encontrada foi a ter a fixação do virabrequim.

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3.0 Conclusão

Após o término do experimento, a conclusão que podemos tirar é que todos os cuidados

tomados durante a construção do Motor, sutiram para o funcionamento do moto.

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Bibliografia

Referências

1.http://www.physics.sfasu.edu/astro/courses/egr112/StirlingEngine/stirling.html

Site que contém o modelo apresentado na figura 1 e instruções de montagem.

2. http://pt.wikipedia.org/wiki/Motor_Stirling

Descrição histórica de como surgiu o motor e sobre seu funcionamento.

3. http://carros.hsw.uol.com.br/motores-stirling2.htm

Site educativo que traz explicações sobre como funcionam aparelhos,

equipamentos, máquinas.

4. http://www.arena.com.pt/ntec.html

Site com algumas informações sobre o motor Stirling e alguns links para outras

pesquisas.

5. http://www.monsterguide.net/lang/pt/how-to-build-a-stirling-engine.shtml

Site que traz informações sobre como construir um motor Stirling.

6.http://www.bekkoame.ne.jp/~khirata/indexe.htm

Site japonês onde encontra-se outros modelos de motores Stirling

7.http://www.boydhouse.com/stirling/index.html

Site com fóruns sobre Motores Stirling e que contém fotos de modelos

construídos pelos membros do fórum.

8.http://members.aol.com/hstierhof/index.html

Site com alguns modelos exóticos de motores Stirling

9.http://130.94.182.150/stirling.htm

Site com instruções sobre como construir dois outros modelos de motores

Stirling

10.http://www.pureenergysystems.com/os/StirlingEngine/photologie/

Site com instruções e diferentes modelos possíveis de construção do motor

Stirling.

11.http://www.moteur-stirling.com/modeluk.htm

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15-19 Site com fotos e vídeos de motores Stirling de vários modelos

12.http://www.photologie.fr/

Versão francesa da referência 10.(Todos os sites foram acessados em 10/09/2013 a

30/11/2013)

Anexo 1

Lista de Materiais:

Para a realização do experimento será utilizado alguns materiais de fácil

acesso a grande maioria da população. Entre eles estão:

• Latas de alumínio (refrigerante)

• Cola do tipo resina Epóxy

• Cola de silicone para altas temperaturas

• Arames ou fios de cobre

• Tubos de PVC

• Bexiga

• Porcas, parafusos e arruelas.

• Suporte de metal

• Disco de CD ou DVD antigo

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