TCC-Transportador de Correias (1)
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UNIVERSIDADE PAULISTA
Antnio Carlos Cavalcante
Antnio Carlos Rodrigues
Cludio de Camargo
Edmilson de Mello Lcio
Isac Martins de Jesus
TRABALHO DE CONCLUSO DE CURSO
ETAPAS DE IMPLANTAO DE UMA EMPRESA E CLCULOS DOS CUSTOS
INDUSTRIAIS QUE INCIDEM SOBRE A PRODUO DE UM EQUIPAMENTO
SO PAULO
2012
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2
Antnio Carlos Cavalcante
Antnio Carlos Rodrigues
Cludio de Camargo
Edmilson de Mello Lcio
Isac Martins de Jesus
Trabalho de concluso de curso
para obteno do ttulo de graduao
em (Engenharia de Produo)
apresentado Universidade Paulista
UNIP.
Orientador: Prof. Esp. Gilberto Joaquim da Silva
SO PAULO
2012
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3
Antnio Carlos Cavalcante
Antnio Carlos Rodrigues
Cludio de Camargo
Edmilson de Mello Lcio
Isac Martins de Jesus
TRABALHO DE CONCLUSO DE CURSO
ETAPAS DE IMPLANTAO DE UMA EMPRESA E CLCULOS DOS CUSTOS
INDUSTRIAIS QUE INCIDEM SOBRE A PRODUO DE UM EQUIPAMENTO
Trabalho de concluso de curso
para obteno do ttulo de graduao
em (Engenharia de Produo)
apresentado Universidade Paulista
UNIP.
Aprovado em:
Universidade Paulista UNIP
-----------------------------------/----/-----
Prof. Esp. Gilberto Joaquim da Silva
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4
Dedicamos este trabalho a todos aqueles que de maneira direta ou indireta
nos auxiliaram para que fosse possvel sua concluso.
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5
AGRADECIMENTOS
Agradecemos s nossas famlias pelo apoio dado a ns para que
pudssemos chegar a este momento, de estarmos prximos de concretizar mais
esta jornada.
No decorrer desses quase cinco anos, houve momentos em que tnhamos a
impresso de que no iramos conseguir finalizar o que havamos comeado, mas
felizmente, sempre surgia uma voz de abrandamento e encorajamento que nos fazia
perceber que estvamos no caminho certo, e assim, prosseguimos, e agora
notamos que faltam muito poucos dias para comemorarmos a vitria.
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6
Quanto mais conhecimentos conseguimos acumular,
mais compreendemos que ainda falta muito aprender
(Autor Desconhecido)
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7
RESUMO
O presente trabalho de concluso de curso tem como objetivo, demonstrar as
principais etapas para implantao de uma empresa, que se inicia com a escolha
estratgica do local e prossegue at a concepo do Arranjo Geral (Layout), que
deve ter uma coerente diviso de reas e uma boa logstica interna, tanto para a
movimentao da matria prima que alimenta o processo produtivo, como para o
escoamento do produto acabado.
Tambm so apresentados neste trabalho, as avaliaes tcnicas e clculos
necessrios para obteno do custo de comercializao de um transportador de
correia, desde a compra da matria-prima para sua confeco, at a entrega do
produto para pleno uso ao cliente. Como premissa foram considerados, o Layout da
Fbrica, no qual foi definido,utilizarmos uma linha de mquinas que hoje no esto
mais passveis de amortizao, pelo fato de j estarem quitadas em funo do
tempo de ativo fixo, e com isso, no custo final do produto, no est sendo imposto
mais este valor que consequentemente encareceria o mesmo, o que vem a ser o
ideal, por no ser este equipamento, normalmente integrado a nossa linha de
fabricao, e sim um produto customizado, feito como cortesia para um Cliente em
potencial para nossa Empresa.
Palavras-chave: Custo de Comercializao, Layout da Fbrica
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8
ABSTRACT
This course conclusion work aims to demonstrate the key steps for deploying an
enterprise, which begins with the strategic choice of location, and continues to design
the General Arrangement (Layout), which should have a coherent division of areas
and good logistics, both for moving the raw material that fuels the production
process, as for the flow of the finished product.
Also presented in this course conclusion work, technical assessments and
calculations necessary to obtain the cost of marketing a product, from the purchase
of raw materials for its production, to delivery of the product for full use to the
customer. How premise were considered, the layout of the factory, where it was set,
we use a line of machines that today are no longer subject to amortization, because
they are already paid off according to the time of fixed assets, and with that, the final
cost the product is not being imposed this additional value that consequently it can
become expensive, which happens to be ideal for this equipment not usually
integrated our manufacturing line, but a customized product, done as a courtesy to a
client potential for our company.
Keywords: Cost of Marketing, Layout of the Factory.
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9
LISTA DE ILUSTRAES
Figura 1 - Localizao da Empresa ................................................................ 19
Figura 2 - Arranjo Geral (Layout) .................................................................... 20
Figura 3 - Unidades de Processo Produtivo e Montagem ............................... 21
Figura 4 - Unidade de Mecnica ..................................................................... 21
Figura 5 - Unidade de Corte e Solda de Perfis Metlicos ............................... 22
Figura 6 - Unidade de Montagem ................................................................... 22
Figura 7 - Logstica Interna ............................................................................. 23
Figura 8 - Estrutura Organizacional da Empresa ............................................ 25
Figura 9 - Vista Longitudinal ........................................................................... 31
Figura 10 - Perspectiva ................................................................................... 31
Figura 11 - Tambores de Acionamento........................................................... 31
Figura 12 - Roletes de Impacto ....................................................................... 32
Figura 13 - Roletes de Carga .......................................................................... 32
Figura 14 - Desenho de Conjunto - Transportador de Correia 20" ................. 33
Figura 15 - Vistas A-A e C-C .......................................................................... 33
Figura 16 - Lista de Material ........................................................................... 34
Figura 17 - PCP - Mapa da Situao Atual ..................................................... 93
Figura 18 - PCP - Mapa da Situao Futura ................................................... 93
Figura 19 - Percurso de Informaes do Processo Produtivo ......................... 95
Figura 20 - Ferramenta em operao de Torneamento .................................. 97
Figura 21 Processo de usinagem Porta Rolamento TM 01 .................. 100
Figura 22 Pontos de Controle de Medio TM 01 .................................. 100
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Figura 23 Processos de Usinagem Eixo Motor TM 02 ........................... 101
Figura 24 Processo de Usinagem Eixo Movido TM 03 ........................... 101
Figura 25 Processo de Torneamento Eixo Motor TM 04A ...................... 102
Figura 26 Pontos de Controle de Medio TM 04A ................................ 102
Figura 27 Processo de Torneamento Eixo Motor TM 04B ...................... 103
Figura 28 Pontos de Controle de Medio TM 04B ................................ 103
Figura 29 Processo de Torneamento Eixo Movido TM 05A .................... 104
Figura 30 Pontos de Controle de Medio TM 05A ................................ 104
Figura 31 Processo de Torneamento FLG. Soldado TM 06A ................. 105
Figura 32 Processo de Torneamento FLG. Soldado TM 06A ................. 105
Figura 33 Processo de Usinagem Porta Rolamento TM 07A ................. 106
Figura 34 Pontos de Controle de Medio TM 07A ................................ 106
Figura 35 Processo de Usinagem Porta Rolamento TM 07B ................. 107
Figura 36 Pontos de Controle de Medio TM 07B ................................ 107
Figura 37 Processo de usinagem Ext do Tambor TM 08 ........................ 108
Figura 38 Pontos de Controle de Medio TM 08 .................................. 108
Figura 39 Processo de Usinagem Int. do Tambor TM 09 ....................... 109
Figura 40 Pontos de Controle de Medio TM 09 .................................. 109
Figura 41 Processo de Usinagem Chaveta Eixo Motor TM 10 ............... 110
Figura 42 Pontos de Controle de Medio TM 10 .................................. 110
Figura 43 Processo de Retfica do Eixo Motor TM 11 ............................. 111
Figura 44 Pontos de Controle de Medio TM 11 .................................. 111
Figura 45 Processo de Retfica Eixo Motor TM 12 ................................. 112
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11
Figura 46 Pontos de Controle de Medio TM 12 .................................. 112
Figura 47 - Ficha de Apontamento do Setup ................................................ 115
Figura 48 - Fluxograma do Programa de Produo ...................................... 116
Figura 49 - Etiqueta para identificao de problemas ................................... 124
Figura 50- Etiqueta de identificao de manuteno. ................................... 125
Figura 51 - Arranjo Geral das Mquinas ....................................................... 125
Figura 52 - Arranjo do Setor de Manuteno ............................................... 126
Figura 53 - Torno CNC ROMI Galaxy ........................................................... 127
Figura 54 - Centro de usinagem ROMI Discovery 1250 ............................... 127
Figura 55 - Compressor para equipamentos providos de linha de ar. .......... 127
Figura 56- Plano de Soldagem para Tambor do TR-1160-01 ....................... 131
Figura 57- Plano de Soldagem para Longarina do TR-1160-01 ................... 131
Figura 58 - Especificao de procedimentos de soldagem,(EPS). ............... 132
Figura 59- Registro de qualificao de procedimento de solda (RQPS). ...... 133
Figura 60- Registro de qualificao do soldador (RQS). .............................. 134
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12
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Clculo do Custo de Matria Prima ............................................... 77
Tabela 2 - Base para Clculo dos Salrios ..................................................... 79
Tabela 3 - Clculo do Custo de Soldador ....................................................... 80
Tabela 4 Clculo do Custo de Auxiliar de Produo .................................... 81
Tabela 5 Clculo do Custo de Operador de Mquinas ................................ 81
Tabela 6 Clculo do Custo Operador Mquinas Automticas ..................... 82
Tabela 7 Clculo do Custo de Montador II ................................................... 82
Tabela 8 Clculo do Custo de Montador...................................................... 83
Tabela 9- Clculo do Custo Hora Mquina ..................................................... 85
Tabela 10 Clculo Hora de Torno ................................................................ 85
Tabela 11 Clculo Hora de Centro de Usinagem ........................................ 85
Tabela 12 Clculo Hora de Furadeira .......................................................... 85
Tabela 13 Clculo Hora de Retfica ............................................................. 86
Tabela 14 Clculo Hora de Mquina de Solda ............................................ 86
Tabela 15- Custo industrial Lquido ................................................................ 87
Tabela 16 Preo Final do Produto ............................................................... 87
Tabela 17 - DRE - Demonstrativo de Resultado do Exerccio ........................ 90
Tabela 18 - Balano Patrimonial ..................................................................... 91
Tabela 19- Relao Tempo de Usinagem por Quantidade de Pea/Hora ... 119
Tabela 20 Relao de Mquinas Utilizadas ............................................... 119
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13
LISTA DE QUADROS
Quadro 1- Anlise da Capacidade Produtiva .................................................. 88
Quadro 2 - Grfico de Operaes X Horas (dia) ............................................. 89
Quadro 3 - Lista de Verificao TPM - (acompanhamento mensal) ............. 123
Quadro 4 - Perodos de manuteno 1 Semestre. ................................... 128
Quadro 5 - Perodos de Manuteno 2 Semestre. ................................... 128
Quadro 6 - Resumo do Planejamento da Manuteno Anual ....................... 129
Quadro 7 - Carto de lubrificao ................................................................. 129
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14
NDICE
1. INTRODUO ................................................................................................... 16
2. LOCALIZAO .................................................................................................. 18
3. ARRANJO GERAL (LAYOUT) .......................................................................... 19
4. UNIDADES DE PROCESSOS PRODUTIVOS E MONTAGEM ......................... 20
5. LOGSTICA INTERNA ....................................................................................... 23
6. MISSO, VISO, POLTICA E OBJETIVOS DA QUALIDADE ......................... 24
7. ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DA EMPRESA ........................................... 24
8. PRODUTO EM FOCO ........................................................................................ 26
9. BREVE RELATO SOBRE O PRODUTO ........................................................... 26
10. PRINCIPAIS COMPONENTES DE UM TRANSPORTADOR DE CORREIA ..... 27
11. VISUALIZAO DO PROJETO ........................................................................ 33
12. DOCUMENTOS NECESSRIOS PARA A FORMALIZAO DO PEDIDO ..... 34
13. CUSTOS QUE INCIDEM NO VALOR FINAL DO PRODUTO ........................... 76
13.1. CLCULO DO CUSTO DE MATRIA PRIMA ....................................... 77
13.2. CLCULO DO CUSTO DE HOMEM / HORA H/H .............................. 79
13.3. CLCULO DO CUSTO DE MO DE OBRA DIRETA MOD ............... 80
13.4. CLCULO DO CUSTO DE HORA MQUINA H/M ............................ 84
13.5. CLCULO DO CUSTO INDUSTRIAL LQUIDO - CIL ........................... 86
14. CAPACIDADE PRODUTIVA DA EMPRESA ..................................................... 88
15. DRE - DEMONSTRATIVO DE RESULTADOS DO EXERCCIO ....................... 89
16. BALANO PATRIMONIAL ................................................................................ 90
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15
17. PLANEJAMENTO E CONTROLE DE PRODUO PCP ............................... 92
18. LAYOUT DAS MQUINAS QUE INCIDEM NA PRODUO FBRICA ....... 94
19. PROCESSOS OPERACIONAIS ........................................................................ 97
20. PROCESSOS DE USINAGEM E SEUS PONTOS DE CONTROLE ................ 100
21. ESTUDO DO TEMPO PADRO DE PRODUO .......................................... 113
22. TEMPOS DE USINAGEM ................................................................................ 119
23. IMPLANTAO DO PROGRAMA 5S NA TECMAQ ....................................... 120
24. TIPO DE MANUTENO INTERNA ADOTADO PELA TECMAQ .................. 122
25. LAYOUT DO SETOR DE MANUTENO ....................................................... 126
26. PLANO DE SOLDA .......................................................................................... 130
27. ANEXO A PLANO DE NEGCIOS ............................................................... 135
28. CONCLUSO ................................................................................................... 136
29. REFERNCIAS ................................................................................................ 139
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16
1. INTRODUO
A finalidade deste trabalho, demonstrar as vrias etapas necessrias para a
elaborao de um projeto Greenfield de uma empresa que venha a ser bem
estruturada, e com um propsito bem definido de atuao.
Sabe-se que, para se atingir objetivos sempre existe a necessidade de
investimentos, em qualquer tipo de negcio, por isso de suma importncia se ter
uma viso holstica do caminho que se quer trilhar, para que no ocorra
penalizaes pela falta de planejamento no decorrer da implantao do
Empreendimento.
Por este motivo que aps vrios estudos, um grupo de colegas universitrios,
que possuam objetivos em comum, e elevado conhecimento tcnico intelectual na
rea de equipamentos para a indstria de extrao mineral, aliado a conhecimentos
tcnicos na rea de processos produtivos, vislumbraram um grande nicho naquele
momento para o fornecimento de equipamentos para a indstria de minerao.
Foi inaugurado com a unio desse grupo, que se constituiu em Empresa, aps
dois anos e meio, entre projeto, construo e montagem, a TEQMAQ Tecnologia
em Mquinas e Equipamentos Ltda., que tem o propsito de atender o mercado com
equipamentos voltado rea de Minerao, que pode ser citado entre eles: Roscas
Transportadoras, Elevadores de Canecas, Vlvulas de Mltiplas Vias, Pipe-
conveyors, Transportadores de Correia, etc...
Para a redao deste trabalho foi determinado uma diviso lgica entre o
Arranjo Geral (Layout) da empresa, e todas as etapas pertinentes ao processo
produtivo do equipamento, que foi escolhido, e deve ser tido como foco, um
Transportador de Correia, por ter sido pedido de um Cliente com o qual a TECMAQ
possui uma ampla carteira de fornecimento.
Existe a necessidade desta diviso pelo fato de serem fases distintas, mas que
se fundem naturalmente no decorrer dos trabalhos.
Primeiramente, sero descritas etapas referentes ao Layout da Empresa.
Para o projeto do Layout, apesar de ser a TECMAQ uma empresa em fase de
implantao, foi realizado um Plano Diretor, que possibilita ser verificado todas as
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17
medidas a serem tomadas para esta fase inicial, e ainda prever a longo prazo os
fatores de crescimento que toda empresa deve ter em relao a viso de futuro,
independente dos fatores econmicos que sempre interferem nas tomadas de
decises quando a inteno de se expandir.
Com a execuo deste Plano Diretor, extrai-se com uma margem de 10% para
mais ou para menos o valor do Capex (capital para implantao) necessrio para a
realizao do Empreendimento.
Num segundo momento, sero descritas as etapas referentes a todo processo
produtivo do equipamento.
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18
2. LOCALIZAO
Para se realizar a implantao de uma empresa, uma das primeiras tarefas
que se destaca como sendo de fundamental importncia, a escolha estratgica do
local.
No caso da TECMAQ, o local escolhido foi prximo a Via Anhanguera, a
500 metros do trevo de Cajamar.
O local estratgico pelo fato de que favorece o acesso todas as Rodovias
do estado de So Paulo, em primeiro lugar pela prpria Rodovia Anhanguera, e em
segundo lugar pela SP 354, rodovia escolhida como endereo da empresa, que faz
ligao com a Rodovia Dom Pedro e permite todas as interligaes necessrias ao
escoamento dos produtos, via trfego Rodovirio.
Hoje, de fundamental importncia atentar para a questo de localizao de uma
nova empresa, pois existem vrios casos de empresas que fecharam suas portas e
se deslocaram para uma cidade, ou local mais favorvel em funo do trnsito que
impedia sua movimentao logstica com bons resultados.
Vrios fatores levam um Empresrio que queira implantar uma nova empresa, a
fugir dos grandes centros, um dos mais relevantes, so as medidas impostas pelas
autoridades que coordenam e gerenciam as grandes cidades.
No obstante, existem vrios incentivos fiscais oferecidos por cidades vizinhas
dos grandes centros que fazem com que as j existentes migrem elas, e as novas,
se instalem nelas.
No caso especfico da TECMAQ, o local escolhido veio acrescentar tanto
em relao a tamanho da rea disponvel, como pelo fator logstico.
A seguir, pode ser visualizado a rea escolhida para locao da Planta da
empresa que perfazem um total de 45.000 m, e notar que logisticamente ela est
posicionada em um ponto que favorece tanto para recebimento de matria-prima,
como tambm para escoamento dos equipamentos fabricados pela TEQMAC.
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19
Figura 1 - Localizao da Empresa
3. ARRANJO GERAL (LAYOUT)
As reas de maior destaque neste trabalho so as de processo produtivo, que
podem ser consideradas como o corao da empresa, seus respectivos pontos de
controle e logstica interna, porm no foi deixado para segundo plano as reas
auxiliares, como por exemplo; administrativa, utilidades, apoio logstico, controle
ambiental, lazer, etc...
Como temos uma rea que nos favorece bastante em relao a espao, e j
est contemplado no Plano Diretor da Empresa, o fator crescimento, procuramos
deixar, no ato de concepo do projeto, rea disponvel para uma eventual
ampliao das unidades fabris, sendo que hoje, as unidades auxiliares j contam
com dimensional suficiente para atender a esta futura ampliao, conforme
demonstrado a seguir.
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20
Figura 2 - Arranjo Geral (Layout)
4. UNIDADES DE PROCESSOS PRODUTIVOS E MONTAGEM
As unidades de processos produtivos esto divididas de forma a dar o melhor
caminho possvel fabricao dos itens que compem nossos equipamentos.
Foi adotado uma diviso de fbrica, que consiste em uma unidade de
equipamentos mecnicos e seu respectivo almoxarifado de acessrios, e outra
unidade de sistemas estruturais metlicos que engloba as sees de corte e solda
de perfis metlicos que tambm possui seus respectivos almoxarifados de matria-
prima, um coberto e outro a descoberto.
Os componentes de todas as unidades so enviados ao Galpo de Montagem,
onde aps montagem e pr-testes, so encaminhados expedio.
A seguir, desenhos que ilustram este tpico.
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21
Figura 3 - Unidades de Processo Produtivo e Montagem
Figura 4 - Unidade de Mecnica
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22
Figura 5 - Unidade de Corte e Solda de Perfis Metlicos
Figura 6 - Unidade de Montagem
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23
5. LOGSTICA INTERNA
A circulao dos diversos itens que compem os equipamentos, foi definido
de modo que houvesse o mnimo de cruzamentos possveis entre as reas de
manufatura. Se possvel, nenhum.
O desenho a seguir, alm de ilustrar este caminho, demonstra tambm a
circulao de veculos pesados que se movimentam no interior da empresa para
descarga de matria-prima, carregamento de equipamentos nos quais os de maior
volume so as trelias que formam o conjunto dos transportadores de longa
distancia.
Figura 7 - Logstica Interna
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24
6. MISSO, VISO, POLTICA E OBJETIVOS DA QUALIDADE
Misso: A TECMAQ - Tecnologia em Mquinas e Equipamentos LTDA., tem
como objetivo desenvolver e fabricar equipamentos para transportes de grnulos
slidos destinados industria de Minerao.
Viso: Tecnologia e excelncia no nvel de prestao de servios ao cliente.
Poltica: A TECMAQ - Tecnologia em Mquinas e Equipamentos LTDA. segue
os seguintes princpios.
- Satisfao do cliente;
- Qualidade;
- Segurana;
- Competncia Profissional;
Objetivos da Qualidade: Nosso objetivo no se limita em sermos competentes
em nveis de qualidade e segurana, mas em atingirmos alto grau de excelncia
para a conquista de novos clientes e a busca permanente da melhoria contnua e da
inovao.
7. ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DA EMPRESA
As organizaes tm sido estruturadas de acordo com as funes exercidas
pelos seus respectivos rgos e do relacionamento hierrquico e funcional entre
eles. E no de acordo com sua estratgia adotadas, o que seria mais correto. No
existe um modelo ideal de estrutura organizacional; o importante que ela funcione
de maneira eficaz, atingindo os objetivos e cumprindo a misso da organizao.
A estruturao dos servios de uma organizao no implica adotar os
mesmos critrios de agrupamento de funes para todas as unidades.
A organizao mais recomendvel para cada organizao vai depender de sua
realidade (interior e exterior).
A tendncia atual so organizaes horizontalizadas compostas por rgos
temporrios. Ex.: fora tarefa.
Existem vrios tipos de estrutura Organizacional e entre eles se destacam:
-
25
- Estrutura Linear;
-Estrutura Linear Staff;
-Estrutura Funcional;
-Estrutura por Projetos;
-Estrutura Funcional;
-Estrutura com Colegiados;
-Estrutura Matricial;
-Estrutura Holding;
O modelo adotado pela TECMAQ o LINEAR.
A Estrutura Linear comum em empresas de pequeno porte e tem como
base mtodos antigos que d total autoridade aos chefes.
Todos os setores so estruturados numa nica linha de subordinao, onde
se centralizam as decises e so distribudas aos demais.
Sua indicao para pequenas empresas, se d pelo fato de ser econmica e
por no exigir grandes nmeros de cargos com altos salrios,o que vem facilitar o
comando. Sua rigidez, transmite a clareza na delimitao das autoridades conforme
ilustrado.
Figura 8 - Estrutura Organizacional da Empresa
-
26
8. PRODUTO EM FOCO
Por que escolhemos um Transportador de Correia?
A sua escolha foi devido ao fato de que, para sua confeco necessrio a
mobilizao de vrios equipamentos e processos das unidades produtivas, e com
isso nos possibilita uma abordagem mais aprofundada deste tema.
9. BREVE RELATO SOBRE O PRODUTO
A histria de correias transportadoras comea na segunda metade
do sculo XVII. Desde ento, as esteiras tm sido uma parte
inevitvel para o transporte de materiais. Mas foi em 1795 que as
correias transportadoras se tornaram um meio popular para
transporte de materiais a granel. No incio, correias transportadoras
s eram utilizadas para mover sacos de gros a distncias curtas.
O sistema de correia transportadora e de trabalho eram muito
simples nos primeiros dias. O sistema de correia transportadora
tinha uma cama de madeira lisa e um cinto que viajava sobre a cama
de madeira. Mais cedo, correias transportadoras foram feitas de lona,
couro ou borracha. Este sistema de correias transportadoras primitivo
era muito popular para transportar artigos volumosos de um lugar
para outro. No incio do sculo 20, as aplicaes de correias
transportadoras se tornou mais amplo.
Goddard da Empresa Logan foi o primeiro a receber a patente para o
transporte de rolo, em 1908. O negcio de transporte de rolo no
prosperou. Alguns anos mais tarde, em 1919, alimentadores e
transportadores livres foram usados na produo de automveis.
Assim, correias transportadoras se tornaram ferramentas populares
para transportar mercadorias pesadas e grandes dentro das fbricas.
Durante a dcada de 1920, correias transportadoras eram comuns, e
tambm passou por grandes mudanas. Correias transportadoras
foram utilizadas nas minas de carvo para lidar com roda de carvo
para mais de 8 km, e foram feitas usando camadas de algodo e
coberturas de borracha.
Um dos pontos de viragem na histria de correias transportadoras,
foi a introduo de correias transportadoras de material sinttico. Ela
foi introduzida durante a Segunda Guerra Mundial, principalmente
-
27
devido escassez de materiais naturais como a borracha, algodo e
lona. Desde ento, correias transportadoras sintticas tornaram-se
populares em vrios campos.
Com a demanda crescente no mercado, muitos polmeros sintticos
e tecidos passaram a ser usado na fabricao de correias
transportadoras. Hoje, o algodo, lona, EPDM, couro, neoprene,
nylon, polister, poliuretano, PVC, borracha de silicone e ao so
comumente utilizados em correias transportadoras. Atualmente, o
material usado para fazer uma correia transportadora determinado
pela sua aplicao. (FIGURAS E HISTRIA DA INVENO DOS
TRANSPORTADORES. Disponvel em: www.tratoraco.com.br.
Acesso 05 abril 2012).
10. PRINCIPAIS COMPONENTES DE UM TRANSPORTADOR DE CORREIA
Um transportador de correia possui vrios componentes que devem ser
analisados, pois no conjunto, todos tm fundamental importncia para o correto
funcionamento deste equipamento.
Os principais componentes de um Transportador de Correia so:
Drive;
Correia;
Tambores;
Acessrios;
Guias laterais;
Roletes;
Freios;
Chute;
Estrutura;
Drive (conjunto de acionamento) - Composto por um motor eltrico e um
sistema de transmisso (redutor de velocidade para as correias, que geralmente
operam em baixas velocidades, na faixa de 1,0 e 4,0 m/s). Acoplado ao tambor
-
28
motriz, tem a funo de promover a movimentao do transportador e o controle de
sua velocidade de trabalho. So projetados em funo da necessidade de vazo
estipulada pelo processo mineral, e leva em conta tambm o tipo de transporte e a
potncia transmitida, potncia esta que calculada em funo das caractersticas
tcnicas necessrias para se chegar a um perfeito atendimento das necessidades
requeridas pelo projeto. Podem ser instalados em trs posies: na cabeceira do
transportador, no centro ou no retorno. Para o seu dimensionamento deve ser
analisados o perfil do transportador, o espao disponvel para sua instalao e
operao, potncia transmitida, sentido da correia e as tenses que nela atuam.
Correia
Tida como a parte principal do transportador, por ser o componente que
estar em contato direto com o material transportado, e que corresponde a um valor
de 30 a 40% do transportador. A correia tem a sua seleo baseada nos seguintes
aspectos:
- Caractersticas do material transportado;
- Condies de servio;
- Tipos de roletes;
- Largura (determinada por clculo);
- Tenso mxima (determinada por clculo);
Uma correia transportadora constituda basicamente de dois elementos;
carcaa e cobertura, sendo que cada parte especificada para o tipo de transporte
solicitado.
A carcaa o elemento de forma da correia, pois dela depende a resistncia
para suportar a carga, a resistncia para suportar as tenses e flexes e toda a
severidade a que submetida correia na movimentao da carga. As fibras txteis
so os elementos mais comumente usados na fabricao dos tecidos integrantes
das carcaas, porm elas tambm podem ser construdas por cabos de ao.
-
29
Tambores
Construdos normalmente em ao, tem como funo principal, tracionar a
correia para o funcionamento do transportador, sendo neste caso, papel exercido
pelo tambor motriz, onde est acoplada a motorizao.
Com a movimentao da correia movem-se tambm os demais componentes
e o tambor movido, que promove o seu apoio. Os tambores possuem tambm outras
funes no transportador, tais como a de efetuar desvios e dobras na correia. Sendo
assim, podemos ter a seguinte classificao para os tambores:
O acionamento utilizado na transmisso de torque, pode estar localizado na
cabeceira, no centro ou no retorno.
Roletes
So conjuntos de rolos, geralmente cilndricos, e seus respectivos suportes.
Estes rolos efetuam livre rotao em torno de seus prprios eixos e so instalados
com o objetivo de dar suporte movimentao da correia e gui-la na direo de
trabalho. Podem ser encontrados montados com um nico rolo, com rolos mltiplos,
e so encontrados nos seguintes tipos.
Roletes de impacto
Localizam-se no ponto de descarga do material sobre o transportador,
destinando-se a suportar o impacto deste material sobre a correia. So constitudos
de vrios anis de borracha montados sobre um tubo de ao e so montados com
pequenos afastamentos entre os rolos.
Roletes de retorno
So os roletes no qual se apoia o trecho de retorno da correia. Possui a
montagem com maior espaamento entre si. So constitudos de anis de borracha
separados por distanciadores e montados sobre tubo de ao.
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Roletes de transio
Estes roletes tm por finalidade acompanhar gradativamente a mudana de
concavidade da correia ao se aproximar dos tambores de descarga ou na sada de
tambor de retorno. Em geral, estes roletes so providos de rolos laterais regulveis
que proporcionam correia uma mudana de planos suave e sem desequilbrio de
tenses.
Roletes guias
So dispostos verticalmente em relao s bordas da correia, so fixos e sua
funo guiar a correia, principalmente na entrada dos tambores, evitando que a
mesma seja jogada contra a estrutura. Este tipo de rolo s deve ser usado em ultima
instncia, pois provoca uma autodestruio das bordas da correia e
consequentemente, cisalhamento das lonas da carcaa.
Freios
So utilizados para evitar a continuidade de descarga do transportador aps o
seu desligamento, em situaes de emergncia ou em caso de controle de
acelerao para a partida.
Esticador de correia
Tem como principal funo garantir a tenso conveniente para o acionamento
da correia, e alm disso, absorver as variaes no comprimento da correia causadas
pelas mudanas de temperatura,oscilaes de carga,tempo de trabalho, etc...
Contrapeso por gravidade
Atua atravs de um tambor que recebe uma fora continua aplicada por um
contrapeso. Pode ser instalado em qualquer ponto do ramo frouxo da correia,
prximo a um dos tambores principais.
Esticador tipo Parafuso
Atua atravs da montagem de duas roscas ligadas ao eixo do tambor do
esticador, nas quais deve ser aplicado um torque para promover o deslocamento do
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31
eixo, e consequentemente promover o esticamento da correia. Deve ser montado
exclusivamente no tambor traseiro do equipamento.
DESENHOS QUE EXEMPLIFICAM UM TRANSPORTADOR DE CORREIA
Figura 9 - Vista Longitudinal
Figura 10 - Perspectiva
Figura 11 - Tambores de Acionamento
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Figura 12 - Roletes de Impacto
Figura 13 - Roletes de Carga
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11.VISUALIZAO DO PROJETO
Abaixo vemos o Arranjo Geral do Projeto, objeto deste TCC, onde podemos
notar o posicionamento do Transportador de Correia TR-1160-01, que recebe do
Transportador de Correia TC-1160-05 e alimenta o Elevador de Canecas EL-1160-
01.
Figura 14 - Desenho de Conjunto - Transportador de Correia 20"
Figura 15 - Vistas A-A e C-C
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Figura 16 - Lista de Material
12.DOCUMENTOS NECESSRIOS PARA A FORMALIZAO DO PEDIDO
Para dar incio a execuo do Equipamento nas unidades fabris necessrio
se ter em mos todos os documentos de Engenharia que formam o histrico do
pedido, entre eles:
12.1. Memorial Descritivo;
12.2. Especificao Tcnica;
12.3. Folha de Dados;
12.4. Memorial de Clculo;
Na sequencia sero explanados os 4 itens mencionados acima, so
documentos utilizados pela TECMAQ que acompanham todo projeto de um novo
Equipamento, e so de suma importncia para podermos definir todas as
caractersticas necessrias para a confeco do produto.
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35
12.1. MEMORIAL DESCRITIVO TR-1160-01
Este um documento padro adotado pela TECMAQ onde se registrado
toda a necessidade do Cliente e a resposta tcnica que ele espera em relao ao
equipamento, alm de mencionar o real posicionamento do transportador TR-1160-
01 no fluxo do sistema de cominuio da Planta Piloto da PARAGOMINAS
MINERALS LTDA.
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12.2. ESPECIFICAO TCNICA TR-1160-01
Documento padro TEQMAQ que define todos os pormenores tcnicos
referentes as normas construtivas, de procedimentos e de comercializao do
produto.
De maneira geral, um documento genrico que se encaixa em sua maioria
com todos os equipamentos do tipo transportadores de correia, somente diverge em
alguns itens que devem ser apontados em funo das caractersticas efetivas do
referido projeto.
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12.3. FOLHA DE DADOS TR-1160-01
Documento que define todos os parmetros construtivos tcnicos que sero
utilizados para a montagem do TR-1160-01 com as caractersticas de projeto
necessrios para permitir o perfeito fluxo do sistema de processo mineral do cliente.
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12.4. MEMORIAL DE CLCULO TR-1160-01
Documento que registra os resultados dos clculos obtidos para se projetar
um equipamento em funo das necessidades requeridas em projeto.
No caso do TR-1160-01, os dados de entrada para que fossem efetuados os
clculos do referido memorial foram oriundos dos fluxogramas de processo mineral,
mais precisamente da vazo requerida de projeto e das propriedades fsicas do
material que foram estabelecidas por esta disciplina.
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13. CUSTOS QUE INCIDEM NO VALOR FINAL DO PRODUTO
O projeto como um todo contm custos de produo e eles so o ponto de
partida para iniciar sua execuo, ainda mais no nosso caso que estamos tratando
de um produto que customizado. Esta etapa a principal fase do projeto, daqui
para frente ser a sua construo baseada no oramento geral de custos includos,
que so os custos diretos e indiretos.
Custos diretos: Aqueles diretamente relacionados com o servio a serem
feitos no projeto.
Custos indiretos: Aqueles que no esto diretamente relacionados com os
servios, mas fazem parte da estrutura organizacional da empresa executora do
projeto.
Fazem parte dos custos diretos, a mo de obra produtiva, salrio e encargos
sociais, os materiais, os equipamentos, as despesas da obra com abastecimento,
segurana e outros. Em relao aos custos indireto,so as despesas relativas s
instalaes do escritrio, aluguel, condomnio, luz, telefone,despesas com pessoal
administrativo (diretor, gerente,contador,secretaria e outros), com comercializao
(montagem de propostas, visitas a clientes,marketing,brindes, etc...), despesas com
apoio tcnico de escritrio com obras e horas ociosas (pessoal parado por falta de
servio).
Para execuo do Clculo do Valor Final de Comercializao do Produto,
foram utilizados os procedimentos listados abaixo, que sero detalhados a seguir.
13.1- CLCULO DO CUSTO DE MATRIA PRIMA
13.2 - CLCULO DO CUSTO DE HOMEM / HORA H/H
13.3 - CLCULO DO CUSTO DE MO DE OBRA DIRETA MOD
13.4 - CLCULO DO CUSTO DE HORA / MQUINA H/M
13.5- CLCULO DO CUSTO INDUSTRIAL LQUIDO - CIL
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77
13.1. CLCULO DO CUSTO DE MATRIA PRIMA
Para execuo do Clculo do Custo de Matria Prima dos componentes do
equipamento confeccionados em ao carbono, foi utilizado o valor atual de mercado
para o peso/kg do Ao Carbono ASTM A-1020 de R$ 18,00.
Para os componentes que so encontrados como produtos de linha nos
mercados revendedores, aps serem feitas as cotaes dos produtos sempre em 03
(trs) fornecedores, optamos pela melhor oferta entre as 03, dando preferncia
quele que trouxesse vantagens comerciais, mas nunca deixando a qualidade em
segundo plano, ou seja, tentando captar o mximo de benefcios possveis para se
confeccionar um produto de boa qualidade por um preo justo.
Abaixo, est sendo demonstrado em uma Tabela os principais componentes
do Transportador de Correia com seus respectivos preos que compem o Valor
Total da Matria Prima.
Tabela 1 - Clculo do Custo de Matria Prima
No processo produtivo utilizamos vrios materiais, uns como material de
apoio, outros como material de base. A diversificao da construo se remete aos
materiais de apoio. Os materiais utilizados na fabricao podem ser classificados
em:
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Material base - so os materiais principais e essenciais que entram em maior
quantidade na fabricao do produto. A matria prima do projeto o ao carbono em
forma de vigas e acessrios.
Materiais de apoio- so os materiais que entram em menor quantidade na
fabricao do produto. Esses materiais so aplicados juntamente com a matria
prima, complementando-a ou at mesmo dando o acabamento necessrio ao
produto. Os materiais que se enquadram nestas caractersticas para nossa indstria
so: motor, correia,parafusos,rolamentos, etc...
Mtodos para valorizao de material
No utilizamos nada fora do padro no controle do material, mas
mencionaremos dois tipos de controle bem aplicados na indstria, onde o primeiro
o mais indicado ao nosso negcio por se tratar de produtos dedicados.
O primeiro mtodo, denominado custo especfico, consiste na
utilizao do valor unitrio real da aquisio de cada unidade
especfica do material a ser utilizado na produo.
O segundo mtodo PEPS significa que o primeiro valor a entrar
primeiro valor a sair; s vezes at se confunde com o primeiro
material entrado no Almoxarifado como sendo o que deve ser
utilizado nas primeiras sadas at que a quantidade adquirida aquele
valor esgote. Neste momento, passa-se para o valor unitrio da
segunda entrada do material, e assim sucessivamente, podendo ou
no coincidir a sada fsica do material nesta ordem.Escrituralmente,
considera-se que o primeiro material entrando no estoque o
primeiro a sair, embora fisicamente possa ocorrer a sada at na
ordem inversa da entrada ou, at mesmo, desordenadamente.
(Contabilidade e Custos, Editora Scipione, 1992).
Mtodos de custeio
Para nosso produto, como se trata de ser muito particular o mtodo de custeio
de custo por ordem, pois o produto contabilizado por projeto, este mtodo
utilizado quando a quantidade de produo pequena, isto , criando ordens de
produo para cada etapa de construo e montagem.
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Custos por ordem: o mtodo pelo qual os custos so acumulados para cada
ordem, representado um lote de um ou mais itens produzidos. Sua caracterstica
bsica identificar e agrupar especificamente os custos para cada ordem, os quais
no so relativos a determinado perodo de tempo e nem foram obtidos pela mdia
entre uma srie de unidades produzidas, como nos custos por processos contnuos.
13.2. CLCULO DO CUSTO DE HOMEM / HORA H/H
Para execuo do Clculo do Custo de Homem / Hora H/H, foi utilizado o
valor em R$, base atual de mercado, para cada Cargo de Operador que prestaram
seus servios para a confeco do Produto. Com o intuito de se chegar a um Valor
Hora - Empresa, foram considerados os encargos que incidem, sobre o valor H/H, e
com isso chegou-se ao Valor Hora-Empresa.
Vale lembrar que, todos os Custos do Valor Hora-Empresa de todos os
cargos somados constituem a Valor Total de Mo de Obra Direta, mo de obra esta
que realmente agrega valor ao Produto.
Abaixo, segue demonstrado na Tabela 2, os Dados Base para Clculo dos
Salrios.
Tabela 2 - Base para Clculo dos Salrios
Dados Base para Clculo dos Salrios
Horas trabalhadas mensais 220
Meses trabalhados / ano 11
13 Salrio / horas 220
Encargos 25,20%
FGTS 8%
Seguro Acidentes 2%
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Foram utilizados para a confeco do Produto:
01 Soldador;
01 Auxiliar de produo;
01 Operador de mquinas;
01 Operador de mquinas automticas;
02 Montadores.
13.3. CLCULO DO CUSTO DE MO DE OBRA DIRETA MOD
Abaixo, pode ser visualizado na Tabela 3 e nas Tabelas posteriores, os
clculos definidos para cada Cargo e o Valor final da MOD.
Tabela 3 - Clculo do Custo de Soldador
Soldador
Valor pago ao soldador R$ R$ 9,50
Salrio R$ 2.090,00
13 salrio R$ 2.090,00
Frias R$ 2.717,00
Remunerao Anual R$ 27.797,00
Encargos R$ 7.004.84
FGTS R$ 2.223,76
S.A.T R$ 555,94
Custo do soldador mensal R$ 3.416,50
Valor hora-empresa R$ 15,53
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81
Tabela 4 Clculo do Custo de Auxiliar de Produo
Tabela 5 Clculo do Custo de Operador de Mquinas
Operador de mquinas
Valor pago ao operador R$ R$ 7,00
Salrio R$ 1.540,00
13 salrio R$ 1.540,00
Frias R$ 2.002,00
Remunerao Anual R$ 20.482,00
Encargos R$ 5.161,46
FGTS R$ 1.638,56
S.A.T R$ 409,64
Custo do operador mensal R$ 2.517,42
Valor hora-empresa R$ 11,44
Auxiliar de produo
Valor pago ao auxiliar R$ R$ 4,85
Salrio R$ 1.067,00
13 salrio R$ 1.067,00
Frias R$ 1.387,10
Remunerao Anual R$ 14.191,10
Encargos R$ 3.576,16
FGTS R$ 1.135,29
S.A.T R$ 283,82
Custo do auxiliar mensal R$ 1.744,22
Valor hora-empresa R$ 7,93
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Tabela 6 Clculo do Custo Operador Mquinas Automticas
Tabela 7 Clculo do Custo de Montador II
Operador de mquinas automaticas
Valor pago ao operadorII R$ R$ 8,14
Salrio R$ 1.790,80
13 salrio R$ 1.790,80
Frias R$ 2.328,04
Remunerao Anual R$ 23.817,64
Encargos R$ 6.002,05
FGTS R$ 1.905,41
S.A.T R$ 476,35
Custo do operador mensal R$ 2.927,40
Valor hora-empresa R$ 13,31
Montador II
Valor pago ao montador II R$ 11,00
Salrio R$ 2.420,00
13 salrio R$ 2.420,00
Frias R$ 3.146,00
Remunerao Anual R$ 32.186,00
Encargos R$ 8.110,87
FGTS R$ 2.574,88
S.A.T R$ 643,72
Custo do montador II R$ 3.955,95
Valor hora-empresa R$ 17,98
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83
Tabela 8 Clculo do Custo de Montador
Valor do total da MDO R$ 76,81
Montador
Valor pago ao montador R$ R$ 6,50
Salrio R$ 1.430,00
13 salrio R$ 1.430,00
Frias R$ 1.859,00
Remunerao Anual R$ 19.019,00
Encargos R$ 4.792,79
FGTS R$ 1.521,52
S.A.T R$ 380,38
Custo do montador mensal R$ 2.337,61
Valor hora-empresa R$ 10,63
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13.4. CLCULO DO CUSTO DE HORA MQUINA H/M
Para execuo do Clculo do Custo de Hora / Mquina H/M, foi utilizado o
valor de R$ 0,06995, dado este retirado do Site da Agncia Reguladora ANEEL na
data de 02/04/2012, este valor corresponde ao kW/h de energia fornecido ao
mercado Industrial. Para execuo dos clculos foi levantado o nmero de horas
trabalhadas por cada mquina.
Para se chegar ao valor em R$ da Energia Eltrica utilizada pelas mquinas
no perodo em que as mesmas estiveram em atividade, primeiramente, calculou-se o
produto da potncia em HP de cada mquina por 0,735 para a obteno da
potncia em kW, o valor obtido multiplicou-se pelas horas que cada mquina esteve
em operao, e posteriormente calculou-se o produto deste valor por R$ 0,06995
(valor da energia/kW), assim obtendo o gasto de energia eltrica de cada mquina.
Aps a obteno desses valores, foi somado a cada um deles 40% a mais
que refere-se ao computo do gasto com manuteno de cada mquina.
Para obtermos a H/M, foi somado o valor da energia eltrica calculada com o
valor que obtido com o gasto de manuteno e dividido pelo perodo trabalhado do
equipamento. Com o valor resultante, basta multiplica-lo pelo perodo de operao
do equipamento.
Abaixo, podem ser visualizados na Tabela 4, os clculos do gasto com
Energia Eltrica, definidos para cada Mquina e tambm o Valor Total de Hora
Mquina.
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85
Tabela 9- Clculo do Custo Hora Mquina
Tabela 10 Clculo Hora de Torno
Mquinas
Tornos
Potncia (HP) 47
Energia eltrica 36
Manuteno 15
HM R$ 3,39
Total R$ 50,8 trabalha 15 h/ms
Tabela 11 Clculo Hora de Centro de Usinagem
Centro de Usinagem
Potncia (HP) 30
Energia eltrica R$ 23
Manuteno R$ 9
HM R$ 2,16
Total R$ 21,61 trabalha 10h/ms
Tabela 12 Clculo Hora de Furadeira
Furadeira
Potncia (HP) 12
Energia eltrica 9
Manuteno 4
HM R$ 0,86
Total R$ 32,84 trabalha 38h/ms
Tabela de custo mquina
Sistema de trabalho em 15h/dia
Preo do Kw/h em R$ convertido de Mw 0,06995
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86
Tabela 13 Clculo Hora de Retfica
Retfica
Potncia (HP) 14
Energia eltrica 11
Manuteno 4
HM R$ 1,01
Total R$ 25,21 trabalha 25h/ms
Tabela 14 Clculo Hora de Mquina de Solda
Mquina de Solda
Potncia (HP) 10
Energia eltrica 8
Manuteno 3
HM 0,72
Total R$ 95,00 trabalha 132h/ms-montagem
Valor total da HM
R$ 226,00
13.5. CLCULO DO CUSTO INDUSTRIAL LQUIDO - CIL
Para o clculo do Custo Industrial Lquido, obtem-se o produto do Total H/H
pelas horas/ms= (220), e soma-se com o Total de H/M. Com o resultado desta
operao, soma-se com o Total de MP, vindo assim a chegar ao CIL. Aps
calculado o valor do CIL, utiliza-se a Frmula descrita abaixo para clculo do Preo
Final que ser praticado para Venda do Equipamento:
A partir do Valor do Preo Final, faz-se o Markup, que nada mais do que o
Clculo dos Custos Indiretos onde feita a retirada de um total de 30% de Impostos,
25% direcionado ao Administrativo e 20% restantes o Lucro sobre o Produto
Comercializado.
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87
Tabela 15- Custo industrial Lquido
CUSTO INDUSTRIAL LQUIDO
Total de HH R$ 16.898,20
Total de HM R$226,00
R$17.124,20
Total da MP R$18.070,00
Total do C.I.L R$ 35.194,42
Tabela 16 Preo Final do Produto
Preo final do produto
R$140.777,68
Impostos 30% R$42.233,31
Administrao 25% R$35.194,42
Lucro 20% R$28.155,54
Preo Final= CIL
(100-75)/100
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88
14. CAPACIDADE PRODUTIVA DA EMPRESA
A Capacidade Produtiva o valor mximo que define as sadas do processo
produtivo por unidade de tempo. Para as pequenas empresas, esse tempo
geralmente o dia. Logo, a capacidade de produo de uma empresa seria as
peas que ela consegue produzir por dia, utilizando os recursos disponveis
(mquinas, homens, terceiros, etc.).
Quadro 1- Anlise da Capacidade Produtiva
O planejamento da capacidade produtiva deve ser feito, observando-se as
previses de demanda. Isto se faz necessrio, pois o nvel de utilizao da
-
89
capacidade efetiva de produo ir refletir nos custos unitrios e, portanto, nos
nveis de produtividade do sistema.
Quadro 2 - Grfico de Operaes X Horas (dia)
15. DRE - DEMONSTRATIVO DE RESULTADOS DO EXERCCIO
A demonstrao do resultado do exerccio fornece um resumo financeiro dos
resultados das operaes financeiras da empresa durante um perodo especfico, e
normalmente, a demonstrao do resultado (DRE) cobre o perodo de um ano
encerrado em uma data especfica, em geral 31 de dezembro do ano calendrio.
Algumas grandes empresas, no entanto, operam em um ciclo financeiro de 12
meses, ou ano fiscal, que se encerra em outra data, diferente de 31 de dezembro.
0 8 16 24
OP-1
OP-2
OP-3
OP-4
OP-5
-
90
O objetivo da DRE fornecer aos usurios das demonstraes financeiras da
empresa os dados bsicos e essenciais de formao do resultado do exerccio (lucro
ou prejuzo).
Tabela 17 - DRE - Demonstrativo de Resultado do Exerccio
16. BALANO PATRIMONIAL
Uma das principais atividades realizadas dentro da Gesto Patrimonial, com
certeza o fechamento do Balano Patrimonial. A principal funo do balano
patrimonial fornecer um quadro preciso da contabilidade e situao financeira da
empresa em um determinado perodo (geralmente o balano feito sobre o perodo
de 1 ano). O balano patrimonial considerado uma das principais declaraes
financeiras de uma empresa e deve ser produzido de maneira precisa e rigorosa, a
fim de auxiliar um Controle do Patrimnio eficiente.
Ativos: consistem nos bens, direitos e as demais aplicaes de recursos
controlados pela empresa. Tambm constituem os ativos, os investimentos
financeiros ou de qualquer espcie que a empresa fez e ttulos pblicos ou privados
que a empresa tem por receber.
Passivos: Compreendem as obrigaes financeiras da empresa com o
Estado, seus funcionrios e com outras empresas.
Quando j temos realizado o clculo dos ativos e dos passivos, podemos
obter por fim o Patrimnio Lquido. Este que consiste na diferena dos Ativos
D.R.E - TEQMAQ
Perodo 2009 2010 2011 Vendas 3.689.604,00 4.111.560,00 4.568.400,00 (-) CPV 0,00 0,00 0,00
= Lucro Bruto 3.689.604,00 4.111.560,00 4.568.400,00
Custo com materiais diretos
256.689,41 285.210,46 316.900,51
Imposto sobre venda 1.496.813,42 1.663.126,02 1.847.917,80 Gasto com vendas 555.060,60 616.734,00 685.260,00 Custo Fixo totais
605.673,82 672.970,91 747.745,45
= Lucro Lquido do Exerccio
775.366,75 873.518,61 970.576,24
-
91
(positivos, relativos aos lucros e investimentos) e dos Passivos ( negativos, relativos
a pagamentos e dividas ), sendo assim o Patrimnio Liquido considerado o capital
que a empresa efetivamente tem disponvel em caixa.
Este tambm pode ser usado basicamente para reinvestir, investimento na
prpria empresa, modernizao, expanso das atividades, pode ser transformado
em reserva financeira ou ento, empregado para realizar novos investimentos
financeiros e expandir os Ativos.
Tabela 18 - Balano Patrimonial
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92
17. PLANEJAMENTO E CONTROLE DE PRODUO PCP
O planejamento e controle da produo PCP se inicia quando o projeto
entregue produo, e j se tm acertado o preo final e a forma de montagem no
Cliente.
O produto em si no gera estoques, pois, se trata da ordem de produo
como mencionado no gerenciamento de materiais. Analisando os tipos de controle
encontrados no mercado, e em se tratando de um produto novo com toda a estrutura
j montada, optamos pelo sistema de puxar.
Em sistemas puxar de planejamento e controle da produo, a nfase
est na reduo dos nveis de estoque em cada etapa de produo.
Nos sistemas empurrar, olhamos para o programa para determinar o
que produzir em seguida. Em sistemas puxar, olhamos somente para
etapa de produo seguinte e determinamos o que necessrio, e
ento produzimos somente o necessrio. Conforme Hall afirma: No
possvel enviar algo para lugar nenhum. Algum ter de vir peg-
lo. Os produtos caminham diretamente das etapas de produo, a
montagem para etapas de produo jusante com pouco estoque
entre etapas. Desta forma, matrias-primas e peas so puxadas do
fundo da fbrica rumo a parte da frente da fbrica, onde se tornam
produtos acabados. (Norman Gaither e Greg Fraizer, Administrao
da Produo e Operaes, 2004. p. 259)
O trabalho ter a programao da fbrica e com ele a disposio das
mquinas a serem utilizadas para produo das peas do transportador. H tambm
neste programa um resumo geral da produo da fbrica toda com os demais
produtos em carteira e tempo estimado de produo baseado na experincia de
execuo dos produtos.
-
93
17.1. MAPA DA SITUAO ATUAL
Abaixo podemos verificar a atual configurao da Empresa em termos de
Planejamento e Controle de Produo e a seguir aps estudos podemos visualizar a
Situao Futura em relao ao PCP.
Figura 17 - PCP - Mapa da Situao Atual
17.2. MAPA DA SITUAO FUTURA
Figura 18 - PCP - Mapa da Situao Futura
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94
18. LAYOUT DAS MQUINAS QUE INCIDEM NA PRODUO FBRICA
Existem vrios tipos de arranjos fsicos, nos quais se destacam os
seguintes:
1-Arranjo Posicional Fixo
Consiste em fixar o material que sofre a transformao e quem se
move so os equipamentos e operadores envolvidos nessa
transformao o que acontece, por exemplo, na construo de uma
rodovia ou na soldagem de uma estrutura de grandes dimenses.
2-Arranjo por Processo
Neste tipo de arranjo os processos so alocados uns prximos dos
outros facilitando sua sequencia, pois alem de semelhantes devem
seguir uma sequencia pr-estabelecida como, por exemplo, na
usinagem de peas similares.
3-Arranjo Celular
o tipo de processo onde o material que sofre a transformao se
move numa clula de mquinas pr-determinadas com a finalidade
de que as peas saiam acabadas em suas diversas operaes tendo
apenas um tipo de produto em processo como por exemplo a
gerao de dentes em um tipo de coroa ou pinho.
4-Arranjo por Produto
No arranjo por produto aquele que a sequencia das operaes
seguem a ordem em que os equipamentos foram disponibilizados
podendo ter vrios tipos de produtos em processo. (Apostila Cho de
Fbrica, 2004)
A empresa TECMAQ adotou o tipo nmero 2 que o Arranjo por Processo.
Este tipo de arranjo foi escolhido por facilitar o processo pelo tipo de
operaes executadas. Sendo nossos produtos de dimenses que variam de acordo
com o pedido, nosso setor produtivo trabalha em funo de cada etapa da
construo variando de operaes em cada tipo de mquina.
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95
Fluxograma
O Fluxograma uma ilustrao do percurso da informao sobre os
processos produtivos e seus respectivos responsveis mostrando a suas sequencias
e localizaes facilitando a visualizao e padronizao dos mtodos e
procedimentos administrativos conforme ilustrado na Figura 19.
Figura 19 - Percurso de Informaes do Processo Produtivo
No fluxograma demonstrado na figura 4, buscou-se ilustrar de forma sucinta o
percurso das informaes de nosso processo produtivo onde cada setor interage
com os demais conforme sua necessidade da seguinte forma:
O Departamento de vendas recebe o pedido e imediatamente encaminha ao
setor de PCP o qual analisa e confirma o prazo de entrega.
O PCP aps analisado e determinado o prazo de entrega recebe a
confirmao do pedido tudo isso muito rpido com isso as informaes da
programao do que ser produzido segue simultaneamente aos seguintes setores:
1- Setor de Engenharia: responsvel pelos processos de fabricao.
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96
2- Setor de Presset: Cuida da distribuio de processos, ferramentas e
dispositivos sendo subordinado a Engenharia.
3- Setor de Controle da Qualidade: responsvel pela montagem aferio e
distribuio dos instrumentos, equipamentos e dispositivos de medio e interage
com os setores de Engenharia, Presset e Produo.
4- Setor de produo: compreende todo o ambiente de conformao dos
materiais.
5- Setor de Almoxarifado: informa ao setor de compras o que necessrio
comprar
6- Setor de Compras: responsvel pelos oramentos e aquisio de
materiais e insumos de qualquer natureza para todos os setores seja ele
fabril ou escritrio.
7- Setor de Recebimento: recebe e distribui o material recebido direto para o
setor de produo e montagem ou almoxarifado.
8- Setor de Montagem: executa a montagem dos equipamentos a serem
entregues
9- Setor de expedio onde est implcito o setor de embalagem, o
responsvel por enviar ao cliente o produto solicitado em tempo e local previamente
solicitado.
No processo fabril o setor de Presset interage com a Produo, Engenharia e
CQ no importante papel de informar previamente os possveis problemas
encontrados antes do inicio de produo do item, pois esse setor o responsvel
pelo Setup externo das mquinas.
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97
19. PROCESSOS OPERACIONAIS
A seguir podemos acompanhar detalhes dos Mtodos e Processos para os
componentes do Equipamento que sofrero Trabalho de Usinagem.
Processo de torneamento
O processo de torneamento um dos principais processos de
usinagem que utilizamos, pois atravs dele obtemos uma das
principais peas do transportador, os tambores e eixos que juntos
constituem a parte de trao da correia e do resistncia e segurana
a operao. Para os roletes, outra pea que requer boa
funcionalidade, terceirizamos.
Na operao de corte, a pea bruta fixada na placa do torno e girada
a certa rotao em torno do eixo principal da mquina (movimento de
rotao). Simultaneamente, a ferramenta, rigidamente alojada em um
dispositivo chamado porta-ferramentas, deslocada simultaneamente
em um trajetria coplanar ao referido eixo (movimento de transio) a
uma taxa de avano constante. Esta combinao de movimentos
promove a remoo de uma camada de material da pea bruta para
formar um cilindro, um cone, uma rosca ou ainda uma superfcie de
perfil mais complexo. (UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE
DO SUL. Processos de Usinagem, Porto Alegre 1993).
Figura 20 - Ferramenta em operao de Torneamento
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Os tornos que dispomos em nosso parque fabril, com a finalidade de se
atingir a meta de produo e prazos de entrega, se trata de tornos automticos ou
CNC, so equipamentos modernos e precisos que tm uma produtividade elevada e
custo baixo de produo e de no conformidade.
Tornos com comando numrico
O torno de comando numrico CNC, um equipamento eletrnico
capaz de receber informaes por meio de entrada prpria, compilar
estas informaes e transmiti-las em forma de comando mquina-
ferramenta, de modo que esta sem a interveno do operador realize
as operaes na sequncia programada. Para consumar, segue
abaixo, mais duas caractersticas deste equipamento.
Interface eletroeletrnica: componente que distribui e comanda os
diversos elementos da mquina (motores principais do eixo- rvore,
motores de bombas hidrulicas) e tambm a abertura e fechamento de
vlvulas solenides atuantes em sistemas hidrulicos e pneumticos.
Comando eletrnico: equipamento (comando numrico) que recebe as
informaes em seu painel e atua na interface homem-mquina que,
por sua vez, transmite mquina-ferramenta as operaes requeridas.
Atua nos motores de avano atravs de outra unidade de fora de
comando, prpria para estes motores de, que so os responsveis
pelo movimento dos carros. (UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO
GRANDE DO SUL. Processos de Usinagem, Porto Alegre 1993).
Processo de furao
A furao no nosso tambm se enquadra logo abaixo ao torno como grau de
prioridade, pois ser de importncia para montagem da estrutura fsica que suportara
todo o equipamento. A furao deve estar casada com aplicao o terreno onde
ser locado o equipamento, pois uma vez montado deve se manter posicionado.
A furao um processo de usinagem e remoo de cavaco, onde o
movimento de corte circular e o movimento de avano linear na
direo do eixo de rotao da ferramenta de corte (broca). Este uns
processos mais usados na indstria manufatureira j que a grande
maioria das peas em qualquer tipo de indstria tem pelo menos um
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99
furo, e somente uma parcela muito pequena destas peas j vem com
um furo pronto do processo de obteno da pea bruta (fundio,
forjamento etc.). Em geral, as peas tm que ser furadas em cheio ou
ter seus furos aumentados, atravs deste processo. (UNIVERSIDADE
FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL. Processos de Usinagem, Porto
Alegre 1993).
Os tipos de furadeiras que utilizaremos no ser nada fora do padro da
indstria. Furadeira de bancada e de coluna.
A furadeira de coluna caracteriza-se por apresentar uma coluna de unio
entre a base e o cabeote. Esse arranjo possibilita a furao de elementos com
formas mais diversidades, singularmente e em serie. o tipo furadeira mais
encontrada em oficinas de manuteno e de produo sob encomenda, devido a
sua versatilidade. A furadeira de bancada bastante similar a furadeira de coluna.
Processo de fresamento
A operao de fresamento na construo se enquadra apenas na furao de
algumas chapas que constituem a base de apoio do motor, roletes e possvel chute
de sada que ficar a cargo na montagem do cliente final como estipulado nas
conversas iniciais. Na fbrica possumos centro de usinagem CNC que esto aptos
a elaborao de peas nas mais formas e contornos complexos e que exigem
agilidade e produtividade.
A operao de fresamento uma das mais importantes no processo de
usinagem mecnica. A operao consiste na retirada do excesso de metal ou
sobremetal da superfcie de uma pea, (remover cavaco), com a finalidade de
construir superfcies planas, retilneas ou com uma determinada forma e
acabamento desejado.
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100
20. PROCESSOS DE USINAGEM E SEUS PONTOS DE CONTROLE
Figura 21 Processo de usinagem Porta Rolamento TM 01
Figura 22 Pontos de Controle de Medio TM 01
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101
Figura 23 Processos de Usinagem Eixo Motor TM 02
Figura 24 Processo de Usinagem Eixo Movido TM 03
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102
Figura 25 Processo de Torneamento Eixo Motor TM 04A
Figura 26 Pontos de Controle de Medio TM 04A
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103
Figura 27 Processo de Torneamento Eixo Motor TM 04B
Figura 28 Pontos de Controle de Medio TM 04B
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104
Figura 29 Processo de Torneamento Eixo Movido TM 05A
Figura 30 Pontos de Controle de Medio TM 05A
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105
Figura 31 Processo de Torneamento FLG. Soldado TM 06A
Figura 32 Processo de Torneamento FLG. Soldado TM 06A
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106
Figura 33 Processo de Usinagem Porta Rolamento TM 07A
Figura 34 Pontos de Controle de Medio TM 07A
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107
Figura 35 Processo de Usinagem Porta Rolamento TM 07B
Figura 36 Pontos de Controle de Medio TM 07B
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108
Figura 37 Processo de usinagem Ext do Tambor TM 08
Figura 38 Pontos de Controle de Medio TM 08
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109
Figura 39 Processo de Usinagem Int. do Tambor TM 09
Figura 40 Pontos de Controle de Medio TM 09
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110
Figura 41 Processo de Usinagem Chaveta Eixo Motor TM 10
Figura 42 Pontos de Controle de Medio TM 10
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111
Figura 43 Processo de Retfica do Eixo Motor TM 11
Figura 44 Pontos de Controle de Medio TM 11
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112
Figura 45 Processo de Retfica Eixo Motor TM 12
Figura 46 Pontos de Controle de Medio TM 12
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113
21. ESTUDO DO TEMPO PADRO DE PRODUO
Na empresa TECMAQ o estudo do tempo padro visto como melhoria
contnua a qual a cada dia so feitos levantamentos dos tempos a fim de evidenciar
e estudar novas chances de melhoria dos tempos de setup e produo.
Para isso, foi criada a equipe de setup que so preparadores experientes os
quais se dedicam em efetuar o setup de mquinas identificando oportunidades de
melhoria dos tempos e em seguida visando um a melhor produtividade balanceando
os tempos das operaes que resultam na reduo dos tempos de setup e
consequentemente em disponibilidade de tempo para a produo.
O tempo padro de setup foi estabelecido atravs da implantao do sistema
TRF troca rpida de ferramenta que consiste em um ciclo de estudos com metas
pr-determinadas com reduo de 50% do tempo em cada ciclo.
O sistema TRF divide o setup em duas etapas:
1 - SETUP EXTERNO tudo que acontece concernente preparao antes
da parada da mquina.
2SETUP INTERNO - So as montagens e ajustes de ferramentas aps a
produo da ultima pea do lote anterior.
3 SETUP EXTERNO
O setup externo consiste em providenciar e disponibilizar todo o material para
que seja realizada a preparao da mquina sem que haja perda de tempo, ou seja,
paradas do setup para solucionar problemas que podem ser identificados
previamente.
Nesta etapa os integrantes da equipe de setup juntamente com o pessoal do
Presset atuam de forma que cada vez mais as tarefas sejam transformadas em
setup externo, ou seja, quanto menos tarefas ficarem para serem efetuadas aps a
ltima pea do lote anterior menos tempo ser necessrio para concluir o Setup
interno.
Algumas medidas iniciais foram tomadas para agilizar o Setup externo:
-Criao da equipe setup.
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114
-Informaes rpidas do PCP.
-Criao de Check list com o roteiro do Setup externo e interno.
-Trabalho sincronizado com CQU com relao a montagem e calibrao de
instrumentos.
-Padronizao de dispositivos de fixao e ferramentas (arruelas C chaves
com catraca ou parafusadeiras).
-Criao de painis de ferramentas com conceito 5S.
-Conceito Cirurgio-Enfermeiro.
-Avaliao dos tempos e implantao de melhorias junto a Engenharia.
4CRIAO DA EQUIPE DE SETUP
A equipe de setup foi criada a partir da seleo de Preparadores experientes
os quais em cada setor constantemente identificam pontos de melhoria passando
para setor de Presset e Engenharia.
5INFORMAES RPIDAS AO PCP
O setor de Programao e controle da Produo o responsvel em receber
do setor de vendas a informao de qual produto, quantidade e prazo de entrega de
cada item a ser produzido. Essas informaes devem chegar dentro de um tempo
pr-estabelecido ao setor de Presset, Produo, Engenharia e CQU para que todo
material seja disponibilizado em tempo hbil e o possvel problema seja identificado
3 horas antes do principal evento que o setup interno.
Prevendo que muitos problemas podem acontecer, citamos os principais
encontrados no cotidiano do Setup:
- Atraso na entrega da matria prima, neste caso pode ganhar tempo
entrando com prximo item.
- Falta de ferramenta
- Problemas com matria prima tais como dureza, forjado, laminado maior
entre outros.
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- Instrumento de medio no disponvel
- Problemas de dispositivos de fixao
Todos os supracitados podem ser contornados ou resolvidos sem prejudicar o
setup interno com perda de tempo.
6-CRIAO DO CHECK LIST COM ROTEIRO DO SETUP INTERNO E
EXTERNO
A criao do Check list de setup nada mais do que a padronizao da
ordem de execuo das tarefas do setup externo e interno o qual foi elaborado
atravs do levantamento de informaes do pessoal de cho de fbrica envolvido no
setup conforme ilustra a Figura 47.
Figura 47 - Ficha de Apontamento do Setup
Cada tarefa deve ser realizada e assinalada a fim de que todos tenham a real
informao do que foi realizado prevendo a possibilidade da troca de preparador ou
sada inesperada do mesmo.
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116
Vemos que no rodap do check-list temos a informao do tempo padro de
setup informado ao lado esquerdo e a meta do lado direito do setup externo e
interno.
Na execuo do setup quer seja interno ou externo importante que
nenhuma etapa seja pulada ou suprimida a fim de eliminar a margem de erros.
7TRABALHOS SINCRONIZADOS COM O CQU
O setor de CQU uma engrenagem importante desse sistema e apesar de
responder diretamente a Diretoria no sendo subordinada a nenhuma hierarquia da
produo, interage com setor de Presset e com equipe de Setup no intuito de
agilizar o setup externo tendo seu lugar no fluxograma das informaes. Isso
tambm ocorre com os demais setores os quais agem atendendo o dinamismo das
exigncias e pedidos dos clientes.
Por sua vez desde que comunique antecipadamente o PCP fica mais
vontade em modificar a qualquer momento sua programao divulgando a
informao seguindo o fluxograma conforme mostra a Fig 48.
FLUXOGRAMA DE INFORMAO DO PROGRAMA DE PRODUO
Figura 48 - Fluxograma do Programa de Produo
A padronizao de dispositivos de fixao e ferramentas foi fundamental para
a reduo dos tempos de setup e dos tempos de produo, pois propiciam maior
rapidez na troca de ferramentas e ou peas no processo de produo. A
padronizao dos dispositivos consiste em efetuar pequenas modificaes
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117
padronizando parafusos, chaves, altura de dispositivos, meios de fixao, tipos de
ferramentas, programas CNC e at ordens de execuo dos roteiros de fabricao.
Alguns conceitos bsicos de fixao j bem conhecidos na rea fabril, muitas
vezes ignorado pode levar a ganhos considerveis de tempo e reduo da margem
de erros tais como arruela C, fixao de troca rpida como pinas e outros.
9 - Criao de painis de ferramentas com conceito 5S
A criao de painis tambm considerada uma ao bsica, muito
importante, pois qualquer pessoa enviada buscar uma ferramenta pode encontra-
la facilmente mesmo sendo alheia ao setor.
Os quadros so organizados de maneira simples com desenho das
ferramentas de modo a exibir o formato da ferramenta procurada. A ausncia da
mesma no impede sua identificao, pois o fundo do quadro pintado com seu
formato real.
Neste quadro so disponibilizadas somente as ferramentas usuais no setor e
so providos de rodinhas para facilitar sua disponibilizao na mquina em setup
levando em considerao a economia de movimentos e a disponibilizao rpida.
10 - Conceito Cirurgio- Enfermeiro
No mtodo TRF normalmente existe um funcionrio que pode ser um
operador ou preparador o qual treinado a auxiliar o setup interno e chamado de
enfermeiro.
O enfermeiro quem auxilia o preparador assim que o setup interno se inicia
e fica de prontido para que o preparador no tenha que parar o setup para efetuar
tarefas secundrias tais como: Calibrar instrumentos, enviar peas para medio, e
acionar setores de apoio (CQU, Eng., Presset).
11 - Avaliaes dos tempos e implantao de melhorias junto a
Engenharia.
A equipe de setup trabalhando em conjunto com a equipe de Presset avalia
constantemente os tempos registrando ideias de melhorias os quais so passados
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118
imediatamente ao setor de Engenharia assim como tambm as correes dos erros
e problemas, pois estes ltimos no devem reincidir.
As informaes so passadas imediatamente para o setor de Engenharia a
qual se encarrega de avaliar sua viabilidade com relao aos custos e tempo de
implantao.
Vale lembrar que o setor de Engenharia quem coordena os envolvidos com
setup e tempos de produo e quem define o tempo padro da unidade fabril.
Tempo padro da produo
O tempo padro da produo calculado item a item e essas informaes
so registradas num plano de trabalho.
No ato da liberao da maquina logo que se termina o setup interno o
preparador confere o tempo padro de produo cronometrando a execuo do ciclo
de Start a Start isto abre-se a cronometragem assim que o operador aciona o
Cycle start e fecha-se no start da prxima pea.
Normalmente adiciona-se 10% de perda a esse tempo, acrscimo que
absorve as paradas obrigatrias.
O tempo padro estabelecido no ato do Try out que quando a pea ou
produto concebido pela primeira vez sem interrupo.
Tendo em mos os respectivos tempos de setup e produo de cada setor
possvel se determinar o Lead time que o tempo em que determinado produto leva
desde sua chegada at sua sada em uma fbrica.
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22. TEMPOS DE USINAGEM
Tabela 19- Relao Tempo de Usinagem por Quantidade de Pea/Hora
Tabela 20 Relao de Mquinas Utilizadas
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23. IMPLANTAO DO PROGRAMA 5S NA TECMAQ
Com o intuito de alcanar melhor desempenho e segurana nos trabalhos
executados, a Diretoria da TECMAQ resolveu implantar o PROGRAMA 5S em todos
os seus departamentos iniciando pela Fbrica.
Com isso, conseguiu melhorar em 90% alguns fatores que so essenciais
para manter uma boa produo,motivao e segurana reduzindo as margens de
erros e perda de tempo.
A implantao do programa 5S partiu da diretoria e teve a adeso de todos no
comprometimento em cumprir as tarefas fazendo do 5S um hbito.
O programa 5S composto de etapas que no devem ser puladas
ou extinguidas e se inicia com a nomeao e treinamento de pessoas
de setores diferentes os quais so denominados multiplicadores.
importante ressaltar que em algumas empresas nomeia-se um
coordenador o qual se dedica somente ao programa orientando e
tomando nota de novas ideias e sugestes dos funcionrios.
Este programa o alicerce para se alcanar outros objetivos os quais
hoje so de suma importncia para a sobrevivncia de uma empresa
que busca melhoria nos seguintes assuntos:
-Tempo de Setup
-Tempo padro
-Refugo
-Produtividade
-Melhoria continua
O 5S tambm antecessor da implantao de outras ferramentas
muito comentadas no mercado e que sem o 5S fica impossvel
alcanar que so:
-Just in Time
-Kaisen
-TPM
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-Lean Manufacturing. ( SHINGO, Shigeo. Sistema de troca rpida de
ferramenta: uma revoluo nos sistemas produtivos. Porto Alegre:
Bookman, 2000).
ETAPAS DA IMPLANTAO DO 5S
Aps a adeso do programa e explicao do conceito a um grupo escolhido
como multiplicadores, foi formado um grupo que levantou o que deveria ser feito e
quanto custaria.
Nesse levantamento foram considerados servios de pintura, construo,
demolio e descarte de materiais.
O trabalho foi dividido entre 4 pessoas cada um cuidou de um assunto
O primeiro cuidou da pintura levantando junto ao pessoal da fbrica o que e
como deveria ser pintado
O segundo cuidou da parte de construo com o pessoal da manuteno
predial, e o terceiro ficou com a tarefa de cuidar do material que iria ser descartado.
Quanto ao ultimo item foi primordial que se fizesse um levantamento prvio
para saber mais ou menos qual a dimenso da rea de descarte e que tipo de
material iria ser descartado.
Com tudo isso contabilizado o grupo se reuniu com os responsveis de cada
rea
que so os encarregados de cada setor para marcar o treinamento para os
funcionrios da fabrica e escolha dos auditores.
Os auditores tiveram treinamento especifico a fim de integra-los aos trabalhos
da fbrica, j que cada auditor iria auditar uma rea alheia a sua rea de trabalho.
Aps todo esse treinamento foi marcado o dia D que foi o dia em que toda a
fabrica parou para descartar, limpar, organizar, pintar e identificar pontos de
sujidades e dar ideias de melhorias as quais foram anotadas pelo responsvel da
rea e em seguida encaminhada a comisso do programa 5S.
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122
Cada setor teve sua rea de descarte e espantoso v-la, pois a quantidade
de material sem utilidade impressionante.
Tambm foi interessante ver que alguns materiais descartados em alguns
setores eram exatamente o que faltava em outros e foram imediatamente
realocados.
Aps o dia D notou-se grande mudana no ambiente de trabalho e no
semblante dos funcionrios pois praticar 5S traz prazer em estar num ambiente mais
claro,limpo e seguro.
AUDITORIA DO PROGRAMA 5S
As auditorias so importantes para que se mantenha vivo o esprito do
programa 5s como tambm serve para corrigir erros e incentivar quem esta correto.
Com isso, foi elaborado um calendrio com as reas a serem auditadas e
seus auditores.
Os auditores foram divididos em duplas e efetuam suas auditorias sempre na
presena do responsvel pela rea a ser auditada.
Com um check-list em mos o auditor assinala as no conformidades
encontradas gerando assim uma pontuao a qual apurada pela comisso e
nomeia-se um vencedor a cada ms.
So estipulados prazos para resolver as no conformidades encontradas.
Essas no conformidades so auditadas novamente de acordo com o prazo
estipulado.
24. TIPO DE MANUTENO INTERNA ADOTADO PELA TECMAQ
Para a manuteno, a TECMAQ adotou uma forma totalmente preventiva e
participativa que se trata da TPM (Manuteno Preventiva Total) que teve inicio nos
EUA e foi introduzido no Japo em 1960.
O objetivo com a utilizao deste mtodo utilizar a co-participao dos
funcionrios nesta estratgia de preveno e melhoria continua nos processos de
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123
manuteno que sempre resultam em reduo de tempos de parada de hora
mquina e por ser uma forma econmica.
A principal ao para obter ndice de satisfao da TPM o treinamento dos
colaboradores com conhecimentos tcnicos bsicos de mecnica e eltrica para
indicar problemas no equipamento e acionar o departamento de manuteno a fim
de realizar o trabalho evitando assim uma parada maior e comprometimento de todo
sistema.
As informaes no sero limitadas ao pessoal operacional mais sim toda a
organizao como engenharia, qualidade e administrativo, que alm de noes
bsicas de manuteno, mas tambm introduo a sistemas de organizao do
trabalho e segurana, incentivam ao estudo e sugestes de melhoria.
O TPM da empresa TECMAQ foi elaborado pelo pessoal organizacional, isto ,
engenharia, produo e manuteno, indicando as mquinas e equipamentos
crticos para o processo e a estratgia de trabalho de manuteno. Foi elaborado
alm dos formulrios de manuteno preventiva um plano geral anual.
Quadro 3 - Lista de Verificao TPM - (acompanhamento mensal)
A Lista de Verificao TPM um formulrio utilizado para a manuteno
preventiva dos equipamentos que compem o parque fabril da TEMAQ que so:
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124
centros de usinagem, tornos CNC, fresas, retficas, alm de outras mquinas
operatrizes.
Este formulrio foi idealizado pelo pessoal tcnico em manuteno da
empresa,e fica posicionado num local visvel em cada uma das mquinas e sua
troca feita a cada virada de ms.
Para o caso de quebra e solicitao de manuteno no programada, temos
uma etiqueta de identificao dos problemas verificados. A mesma foi elaborada em
trs cores, vermelha, amarela e azul.
A etiqueta vermelha para o caso crtico de parada de mquina e deve ser
solucionado o mais rpido possvel. A amarela sinaliza defeitos mecnicos, sendo
de responsabilidade da respectiva rea. A azul denota problemas do setor eltrico
ou eletrnicos.
Segue abaixo, exemplo das etiquetas que adotamos na TECMAQ.
Figura 49 - Etiqueta para identificao de problemas
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125
Na sequencia temos as relaes entre as cores e as definies por elas
impostas.
Figura 50- Etiqueta de identificao de manuteno.
No caso de manuteno, temos que sempre frisar, por ser o principal setor da
empresa, o produtivo e a distribuio dos equipamentos com suas respectivas
numeraes no layout para uma rpida identificao, para que em caso de pane,
seja feita a execuo de reparos no mais curto espao de tempo.
Os profissionais que esto designados atender o setor produtivo totalizam 5,
sendo que 2 pertencem a rea mecnica, 2 das rea eltrica/eletrnica e 1 auxiliar
para efetuar servios gerais e apoiar os mecnicos, alm de abastecer as mquinas
com os fluidos necessrios para o seu funcionamento.
Abaixo temos o layout do setor produtivo com a disposio das mquinas.
Figura 51 - Arranjo Geral das Mquinas
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126
25. LAYOUT DO SETOR DE MANUTENO
O Layout do setor de manuteno foi desenvolvido para atender de forma
mais rpido possvel a produo, onde esto dispostos as mquinas e os
instrumentos de apoio para as atividades.
Figura 52 - Arranjo do Setor de Manuteno
Como fica claro, o setor de manuteno composto pelos seguintes materiais e equipamentos:
Torno mecnico: Um torno mecnico que auxilia na fabricao e consertos de
peas que os prprios colaboradores capacitados e habilitados, podem executar, por
exemplo: parafusos, porcas, eixos e outras partes mveis ou que se desgastam
normalmente e podem ser torneadas conseguindo assim uma sobrevida.
Fresa: A fresa universal tem quase o mesmo papel do torno, isto , dar suporte
ao setor produtivo no que tange a confeccionar itens que vem a suprir a necessidade
de desgaste das mquinas por ele utilizado.
Manuais: Contm as informaes dos fabricantes dos equipamentos utilizados
no setor produtivo, de suma importncia para o desenvolvimento de um bom
trabalho de manuteno e de conservao.
Quadro de ferramentas: Uma ponta de organizao e racionalizao do trabalho
que vem a manter o setor alinhado.
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Solda: Idem ao torno e fresa, auxilia nos trabalhos de reparo.
Bancada: rea reservada para trabalhos manuais e ajuste.
Iremos mencio