TCC-Transportador de Correias (1)

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UNIVERSIDADE PAULISTA Antônio Carlos Cavalcante Antônio Carlos Rodrigues Cláudio de Camargo Edmilson de Mello Lúcio Isac Martins de Jesus TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO ETAPAS DE IMPLANTAÇÃO DE UMA EMPRESA E CÁLCULOS DOS CUSTOS INDUSTRIAIS QUE INCIDEM SOBRE A PRODUÇÃO DE UM EQUIPAMENTO SÃO PAULO 2012

Transcript of TCC-Transportador de Correias (1)

  • UNIVERSIDADE PAULISTA

    Antnio Carlos Cavalcante

    Antnio Carlos Rodrigues

    Cludio de Camargo

    Edmilson de Mello Lcio

    Isac Martins de Jesus

    TRABALHO DE CONCLUSO DE CURSO

    ETAPAS DE IMPLANTAO DE UMA EMPRESA E CLCULOS DOS CUSTOS

    INDUSTRIAIS QUE INCIDEM SOBRE A PRODUO DE UM EQUIPAMENTO

    SO PAULO

    2012

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    Antnio Carlos Cavalcante

    Antnio Carlos Rodrigues

    Cludio de Camargo

    Edmilson de Mello Lcio

    Isac Martins de Jesus

    Trabalho de concluso de curso

    para obteno do ttulo de graduao

    em (Engenharia de Produo)

    apresentado Universidade Paulista

    UNIP.

    Orientador: Prof. Esp. Gilberto Joaquim da Silva

    SO PAULO

    2012

  • 3

    Antnio Carlos Cavalcante

    Antnio Carlos Rodrigues

    Cludio de Camargo

    Edmilson de Mello Lcio

    Isac Martins de Jesus

    TRABALHO DE CONCLUSO DE CURSO

    ETAPAS DE IMPLANTAO DE UMA EMPRESA E CLCULOS DOS CUSTOS

    INDUSTRIAIS QUE INCIDEM SOBRE A PRODUO DE UM EQUIPAMENTO

    Trabalho de concluso de curso

    para obteno do ttulo de graduao

    em (Engenharia de Produo)

    apresentado Universidade Paulista

    UNIP.

    Aprovado em:

    Universidade Paulista UNIP

    -----------------------------------/----/-----

    Prof. Esp. Gilberto Joaquim da Silva

  • 4

    Dedicamos este trabalho a todos aqueles que de maneira direta ou indireta

    nos auxiliaram para que fosse possvel sua concluso.

  • 5

    AGRADECIMENTOS

    Agradecemos s nossas famlias pelo apoio dado a ns para que

    pudssemos chegar a este momento, de estarmos prximos de concretizar mais

    esta jornada.

    No decorrer desses quase cinco anos, houve momentos em que tnhamos a

    impresso de que no iramos conseguir finalizar o que havamos comeado, mas

    felizmente, sempre surgia uma voz de abrandamento e encorajamento que nos fazia

    perceber que estvamos no caminho certo, e assim, prosseguimos, e agora

    notamos que faltam muito poucos dias para comemorarmos a vitria.

  • 6

    Quanto mais conhecimentos conseguimos acumular,

    mais compreendemos que ainda falta muito aprender

    (Autor Desconhecido)

  • 7

    RESUMO

    O presente trabalho de concluso de curso tem como objetivo, demonstrar as

    principais etapas para implantao de uma empresa, que se inicia com a escolha

    estratgica do local e prossegue at a concepo do Arranjo Geral (Layout), que

    deve ter uma coerente diviso de reas e uma boa logstica interna, tanto para a

    movimentao da matria prima que alimenta o processo produtivo, como para o

    escoamento do produto acabado.

    Tambm so apresentados neste trabalho, as avaliaes tcnicas e clculos

    necessrios para obteno do custo de comercializao de um transportador de

    correia, desde a compra da matria-prima para sua confeco, at a entrega do

    produto para pleno uso ao cliente. Como premissa foram considerados, o Layout da

    Fbrica, no qual foi definido,utilizarmos uma linha de mquinas que hoje no esto

    mais passveis de amortizao, pelo fato de j estarem quitadas em funo do

    tempo de ativo fixo, e com isso, no custo final do produto, no est sendo imposto

    mais este valor que consequentemente encareceria o mesmo, o que vem a ser o

    ideal, por no ser este equipamento, normalmente integrado a nossa linha de

    fabricao, e sim um produto customizado, feito como cortesia para um Cliente em

    potencial para nossa Empresa.

    Palavras-chave: Custo de Comercializao, Layout da Fbrica

  • 8

    ABSTRACT

    This course conclusion work aims to demonstrate the key steps for deploying an

    enterprise, which begins with the strategic choice of location, and continues to design

    the General Arrangement (Layout), which should have a coherent division of areas

    and good logistics, both for moving the raw material that fuels the production

    process, as for the flow of the finished product.

    Also presented in this course conclusion work, technical assessments and

    calculations necessary to obtain the cost of marketing a product, from the purchase

    of raw materials for its production, to delivery of the product for full use to the

    customer. How premise were considered, the layout of the factory, where it was set,

    we use a line of machines that today are no longer subject to amortization, because

    they are already paid off according to the time of fixed assets, and with that, the final

    cost the product is not being imposed this additional value that consequently it can

    become expensive, which happens to be ideal for this equipment not usually

    integrated our manufacturing line, but a customized product, done as a courtesy to a

    client potential for our company.

    Keywords: Cost of Marketing, Layout of the Factory.

  • 9

    LISTA DE ILUSTRAES

    Figura 1 - Localizao da Empresa ................................................................ 19

    Figura 2 - Arranjo Geral (Layout) .................................................................... 20

    Figura 3 - Unidades de Processo Produtivo e Montagem ............................... 21

    Figura 4 - Unidade de Mecnica ..................................................................... 21

    Figura 5 - Unidade de Corte e Solda de Perfis Metlicos ............................... 22

    Figura 6 - Unidade de Montagem ................................................................... 22

    Figura 7 - Logstica Interna ............................................................................. 23

    Figura 8 - Estrutura Organizacional da Empresa ............................................ 25

    Figura 9 - Vista Longitudinal ........................................................................... 31

    Figura 10 - Perspectiva ................................................................................... 31

    Figura 11 - Tambores de Acionamento........................................................... 31

    Figura 12 - Roletes de Impacto ....................................................................... 32

    Figura 13 - Roletes de Carga .......................................................................... 32

    Figura 14 - Desenho de Conjunto - Transportador de Correia 20" ................. 33

    Figura 15 - Vistas A-A e C-C .......................................................................... 33

    Figura 16 - Lista de Material ........................................................................... 34

    Figura 17 - PCP - Mapa da Situao Atual ..................................................... 93

    Figura 18 - PCP - Mapa da Situao Futura ................................................... 93

    Figura 19 - Percurso de Informaes do Processo Produtivo ......................... 95

    Figura 20 - Ferramenta em operao de Torneamento .................................. 97

    Figura 21 Processo de usinagem Porta Rolamento TM 01 .................. 100

    Figura 22 Pontos de Controle de Medio TM 01 .................................. 100

  • 10

    Figura 23 Processos de Usinagem Eixo Motor TM 02 ........................... 101

    Figura 24 Processo de Usinagem Eixo Movido TM 03 ........................... 101

    Figura 25 Processo de Torneamento Eixo Motor TM 04A ...................... 102

    Figura 26 Pontos de Controle de Medio TM 04A ................................ 102

    Figura 27 Processo de Torneamento Eixo Motor TM 04B ...................... 103

    Figura 28 Pontos de Controle de Medio TM 04B ................................ 103

    Figura 29 Processo de Torneamento Eixo Movido TM 05A .................... 104

    Figura 30 Pontos de Controle de Medio TM 05A ................................ 104

    Figura 31 Processo de Torneamento FLG. Soldado TM 06A ................. 105

    Figura 32 Processo de Torneamento FLG. Soldado TM 06A ................. 105

    Figura 33 Processo de Usinagem Porta Rolamento TM 07A ................. 106

    Figura 34 Pontos de Controle de Medio TM 07A ................................ 106

    Figura 35 Processo de Usinagem Porta Rolamento TM 07B ................. 107

    Figura 36 Pontos de Controle de Medio TM 07B ................................ 107

    Figura 37 Processo de usinagem Ext do Tambor TM 08 ........................ 108

    Figura 38 Pontos de Controle de Medio TM 08 .................................. 108

    Figura 39 Processo de Usinagem Int. do Tambor TM 09 ....................... 109

    Figura 40 Pontos de Controle de Medio TM 09 .................................. 109

    Figura 41 Processo de Usinagem Chaveta Eixo Motor TM 10 ............... 110

    Figura 42 Pontos de Controle de Medio TM 10 .................................. 110

    Figura 43 Processo de Retfica do Eixo Motor TM 11 ............................. 111

    Figura 44 Pontos de Controle de Medio TM 11 .................................. 111

    Figura 45 Processo de Retfica Eixo Motor TM 12 ................................. 112

  • 11

    Figura 46 Pontos de Controle de Medio TM 12 .................................. 112

    Figura 47 - Ficha de Apontamento do Setup ................................................ 115

    Figura 48 - Fluxograma do Programa de Produo ...................................... 116

    Figura 49 - Etiqueta para identificao de problemas ................................... 124

    Figura 50- Etiqueta de identificao de manuteno. ................................... 125

    Figura 51 - Arranjo Geral das Mquinas ....................................................... 125

    Figura 52 - Arranjo do Setor de Manuteno ............................................... 126

    Figura 53 - Torno CNC ROMI Galaxy ........................................................... 127

    Figura 54 - Centro de usinagem ROMI Discovery 1250 ............................... 127

    Figura 55 - Compressor para equipamentos providos de linha de ar. .......... 127

    Figura 56- Plano de Soldagem para Tambor do TR-1160-01 ....................... 131

    Figura 57- Plano de Soldagem para Longarina do TR-1160-01 ................... 131

    Figura 58 - Especificao de procedimentos de soldagem,(EPS). ............... 132

    Figura 59- Registro de qualificao de procedimento de solda (RQPS). ...... 133

    Figura 60- Registro de qualificao do soldador (RQS). .............................. 134

  • 12

    LISTA DE TABELAS

    Tabela 1 - Clculo do Custo de Matria Prima ............................................... 77

    Tabela 2 - Base para Clculo dos Salrios ..................................................... 79

    Tabela 3 - Clculo do Custo de Soldador ....................................................... 80

    Tabela 4 Clculo do Custo de Auxiliar de Produo .................................... 81

    Tabela 5 Clculo do Custo de Operador de Mquinas ................................ 81

    Tabela 6 Clculo do Custo Operador Mquinas Automticas ..................... 82

    Tabela 7 Clculo do Custo de Montador II ................................................... 82

    Tabela 8 Clculo do Custo de Montador...................................................... 83

    Tabela 9- Clculo do Custo Hora Mquina ..................................................... 85

    Tabela 10 Clculo Hora de Torno ................................................................ 85

    Tabela 11 Clculo Hora de Centro de Usinagem ........................................ 85

    Tabela 12 Clculo Hora de Furadeira .......................................................... 85

    Tabela 13 Clculo Hora de Retfica ............................................................. 86

    Tabela 14 Clculo Hora de Mquina de Solda ............................................ 86

    Tabela 15- Custo industrial Lquido ................................................................ 87

    Tabela 16 Preo Final do Produto ............................................................... 87

    Tabela 17 - DRE - Demonstrativo de Resultado do Exerccio ........................ 90

    Tabela 18 - Balano Patrimonial ..................................................................... 91

    Tabela 19- Relao Tempo de Usinagem por Quantidade de Pea/Hora ... 119

    Tabela 20 Relao de Mquinas Utilizadas ............................................... 119

  • 13

    LISTA DE QUADROS

    Quadro 1- Anlise da Capacidade Produtiva .................................................. 88

    Quadro 2 - Grfico de Operaes X Horas (dia) ............................................. 89

    Quadro 3 - Lista de Verificao TPM - (acompanhamento mensal) ............. 123

    Quadro 4 - Perodos de manuteno 1 Semestre. ................................... 128

    Quadro 5 - Perodos de Manuteno 2 Semestre. ................................... 128

    Quadro 6 - Resumo do Planejamento da Manuteno Anual ....................... 129

    Quadro 7 - Carto de lubrificao ................................................................. 129

  • 14

    NDICE

    1. INTRODUO ................................................................................................... 16

    2. LOCALIZAO .................................................................................................. 18

    3. ARRANJO GERAL (LAYOUT) .......................................................................... 19

    4. UNIDADES DE PROCESSOS PRODUTIVOS E MONTAGEM ......................... 20

    5. LOGSTICA INTERNA ....................................................................................... 23

    6. MISSO, VISO, POLTICA E OBJETIVOS DA QUALIDADE ......................... 24

    7. ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DA EMPRESA ........................................... 24

    8. PRODUTO EM FOCO ........................................................................................ 26

    9. BREVE RELATO SOBRE O PRODUTO ........................................................... 26

    10. PRINCIPAIS COMPONENTES DE UM TRANSPORTADOR DE CORREIA ..... 27

    11. VISUALIZAO DO PROJETO ........................................................................ 33

    12. DOCUMENTOS NECESSRIOS PARA A FORMALIZAO DO PEDIDO ..... 34

    13. CUSTOS QUE INCIDEM NO VALOR FINAL DO PRODUTO ........................... 76

    13.1. CLCULO DO CUSTO DE MATRIA PRIMA ....................................... 77

    13.2. CLCULO DO CUSTO DE HOMEM / HORA H/H .............................. 79

    13.3. CLCULO DO CUSTO DE MO DE OBRA DIRETA MOD ............... 80

    13.4. CLCULO DO CUSTO DE HORA MQUINA H/M ............................ 84

    13.5. CLCULO DO CUSTO INDUSTRIAL LQUIDO - CIL ........................... 86

    14. CAPACIDADE PRODUTIVA DA EMPRESA ..................................................... 88

    15. DRE - DEMONSTRATIVO DE RESULTADOS DO EXERCCIO ....................... 89

    16. BALANO PATRIMONIAL ................................................................................ 90

  • 15

    17. PLANEJAMENTO E CONTROLE DE PRODUO PCP ............................... 92

    18. LAYOUT DAS MQUINAS QUE INCIDEM NA PRODUO FBRICA ....... 94

    19. PROCESSOS OPERACIONAIS ........................................................................ 97

    20. PROCESSOS DE USINAGEM E SEUS PONTOS DE CONTROLE ................ 100

    21. ESTUDO DO TEMPO PADRO DE PRODUO .......................................... 113

    22. TEMPOS DE USINAGEM ................................................................................ 119

    23. IMPLANTAO DO PROGRAMA 5S NA TECMAQ ....................................... 120

    24. TIPO DE MANUTENO INTERNA ADOTADO PELA TECMAQ .................. 122

    25. LAYOUT DO SETOR DE MANUTENO ....................................................... 126

    26. PLANO DE SOLDA .......................................................................................... 130

    27. ANEXO A PLANO DE NEGCIOS ............................................................... 135

    28. CONCLUSO ................................................................................................... 136

    29. REFERNCIAS ................................................................................................ 139

  • 16

    1. INTRODUO

    A finalidade deste trabalho, demonstrar as vrias etapas necessrias para a

    elaborao de um projeto Greenfield de uma empresa que venha a ser bem

    estruturada, e com um propsito bem definido de atuao.

    Sabe-se que, para se atingir objetivos sempre existe a necessidade de

    investimentos, em qualquer tipo de negcio, por isso de suma importncia se ter

    uma viso holstica do caminho que se quer trilhar, para que no ocorra

    penalizaes pela falta de planejamento no decorrer da implantao do

    Empreendimento.

    Por este motivo que aps vrios estudos, um grupo de colegas universitrios,

    que possuam objetivos em comum, e elevado conhecimento tcnico intelectual na

    rea de equipamentos para a indstria de extrao mineral, aliado a conhecimentos

    tcnicos na rea de processos produtivos, vislumbraram um grande nicho naquele

    momento para o fornecimento de equipamentos para a indstria de minerao.

    Foi inaugurado com a unio desse grupo, que se constituiu em Empresa, aps

    dois anos e meio, entre projeto, construo e montagem, a TEQMAQ Tecnologia

    em Mquinas e Equipamentos Ltda., que tem o propsito de atender o mercado com

    equipamentos voltado rea de Minerao, que pode ser citado entre eles: Roscas

    Transportadoras, Elevadores de Canecas, Vlvulas de Mltiplas Vias, Pipe-

    conveyors, Transportadores de Correia, etc...

    Para a redao deste trabalho foi determinado uma diviso lgica entre o

    Arranjo Geral (Layout) da empresa, e todas as etapas pertinentes ao processo

    produtivo do equipamento, que foi escolhido, e deve ser tido como foco, um

    Transportador de Correia, por ter sido pedido de um Cliente com o qual a TECMAQ

    possui uma ampla carteira de fornecimento.

    Existe a necessidade desta diviso pelo fato de serem fases distintas, mas que

    se fundem naturalmente no decorrer dos trabalhos.

    Primeiramente, sero descritas etapas referentes ao Layout da Empresa.

    Para o projeto do Layout, apesar de ser a TECMAQ uma empresa em fase de

    implantao, foi realizado um Plano Diretor, que possibilita ser verificado todas as

  • 17

    medidas a serem tomadas para esta fase inicial, e ainda prever a longo prazo os

    fatores de crescimento que toda empresa deve ter em relao a viso de futuro,

    independente dos fatores econmicos que sempre interferem nas tomadas de

    decises quando a inteno de se expandir.

    Com a execuo deste Plano Diretor, extrai-se com uma margem de 10% para

    mais ou para menos o valor do Capex (capital para implantao) necessrio para a

    realizao do Empreendimento.

    Num segundo momento, sero descritas as etapas referentes a todo processo

    produtivo do equipamento.

  • 18

    2. LOCALIZAO

    Para se realizar a implantao de uma empresa, uma das primeiras tarefas

    que se destaca como sendo de fundamental importncia, a escolha estratgica do

    local.

    No caso da TECMAQ, o local escolhido foi prximo a Via Anhanguera, a

    500 metros do trevo de Cajamar.

    O local estratgico pelo fato de que favorece o acesso todas as Rodovias

    do estado de So Paulo, em primeiro lugar pela prpria Rodovia Anhanguera, e em

    segundo lugar pela SP 354, rodovia escolhida como endereo da empresa, que faz

    ligao com a Rodovia Dom Pedro e permite todas as interligaes necessrias ao

    escoamento dos produtos, via trfego Rodovirio.

    Hoje, de fundamental importncia atentar para a questo de localizao de uma

    nova empresa, pois existem vrios casos de empresas que fecharam suas portas e

    se deslocaram para uma cidade, ou local mais favorvel em funo do trnsito que

    impedia sua movimentao logstica com bons resultados.

    Vrios fatores levam um Empresrio que queira implantar uma nova empresa, a

    fugir dos grandes centros, um dos mais relevantes, so as medidas impostas pelas

    autoridades que coordenam e gerenciam as grandes cidades.

    No obstante, existem vrios incentivos fiscais oferecidos por cidades vizinhas

    dos grandes centros que fazem com que as j existentes migrem elas, e as novas,

    se instalem nelas.

    No caso especfico da TECMAQ, o local escolhido veio acrescentar tanto

    em relao a tamanho da rea disponvel, como pelo fator logstico.

    A seguir, pode ser visualizado a rea escolhida para locao da Planta da

    empresa que perfazem um total de 45.000 m, e notar que logisticamente ela est

    posicionada em um ponto que favorece tanto para recebimento de matria-prima,

    como tambm para escoamento dos equipamentos fabricados pela TEQMAC.

  • 19

    Figura 1 - Localizao da Empresa

    3. ARRANJO GERAL (LAYOUT)

    As reas de maior destaque neste trabalho so as de processo produtivo, que

    podem ser consideradas como o corao da empresa, seus respectivos pontos de

    controle e logstica interna, porm no foi deixado para segundo plano as reas

    auxiliares, como por exemplo; administrativa, utilidades, apoio logstico, controle

    ambiental, lazer, etc...

    Como temos uma rea que nos favorece bastante em relao a espao, e j

    est contemplado no Plano Diretor da Empresa, o fator crescimento, procuramos

    deixar, no ato de concepo do projeto, rea disponvel para uma eventual

    ampliao das unidades fabris, sendo que hoje, as unidades auxiliares j contam

    com dimensional suficiente para atender a esta futura ampliao, conforme

    demonstrado a seguir.

  • 20

    Figura 2 - Arranjo Geral (Layout)

    4. UNIDADES DE PROCESSOS PRODUTIVOS E MONTAGEM

    As unidades de processos produtivos esto divididas de forma a dar o melhor

    caminho possvel fabricao dos itens que compem nossos equipamentos.

    Foi adotado uma diviso de fbrica, que consiste em uma unidade de

    equipamentos mecnicos e seu respectivo almoxarifado de acessrios, e outra

    unidade de sistemas estruturais metlicos que engloba as sees de corte e solda

    de perfis metlicos que tambm possui seus respectivos almoxarifados de matria-

    prima, um coberto e outro a descoberto.

    Os componentes de todas as unidades so enviados ao Galpo de Montagem,

    onde aps montagem e pr-testes, so encaminhados expedio.

    A seguir, desenhos que ilustram este tpico.

  • 21

    Figura 3 - Unidades de Processo Produtivo e Montagem

    Figura 4 - Unidade de Mecnica

  • 22

    Figura 5 - Unidade de Corte e Solda de Perfis Metlicos

    Figura 6 - Unidade de Montagem

  • 23

    5. LOGSTICA INTERNA

    A circulao dos diversos itens que compem os equipamentos, foi definido

    de modo que houvesse o mnimo de cruzamentos possveis entre as reas de

    manufatura. Se possvel, nenhum.

    O desenho a seguir, alm de ilustrar este caminho, demonstra tambm a

    circulao de veculos pesados que se movimentam no interior da empresa para

    descarga de matria-prima, carregamento de equipamentos nos quais os de maior

    volume so as trelias que formam o conjunto dos transportadores de longa

    distancia.

    Figura 7 - Logstica Interna

  • 24

    6. MISSO, VISO, POLTICA E OBJETIVOS DA QUALIDADE

    Misso: A TECMAQ - Tecnologia em Mquinas e Equipamentos LTDA., tem

    como objetivo desenvolver e fabricar equipamentos para transportes de grnulos

    slidos destinados industria de Minerao.

    Viso: Tecnologia e excelncia no nvel de prestao de servios ao cliente.

    Poltica: A TECMAQ - Tecnologia em Mquinas e Equipamentos LTDA. segue

    os seguintes princpios.

    - Satisfao do cliente;

    - Qualidade;

    - Segurana;

    - Competncia Profissional;

    Objetivos da Qualidade: Nosso objetivo no se limita em sermos competentes

    em nveis de qualidade e segurana, mas em atingirmos alto grau de excelncia

    para a conquista de novos clientes e a busca permanente da melhoria contnua e da

    inovao.

    7. ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DA EMPRESA

    As organizaes tm sido estruturadas de acordo com as funes exercidas

    pelos seus respectivos rgos e do relacionamento hierrquico e funcional entre

    eles. E no de acordo com sua estratgia adotadas, o que seria mais correto. No

    existe um modelo ideal de estrutura organizacional; o importante que ela funcione

    de maneira eficaz, atingindo os objetivos e cumprindo a misso da organizao.

    A estruturao dos servios de uma organizao no implica adotar os

    mesmos critrios de agrupamento de funes para todas as unidades.

    A organizao mais recomendvel para cada organizao vai depender de sua

    realidade (interior e exterior).

    A tendncia atual so organizaes horizontalizadas compostas por rgos

    temporrios. Ex.: fora tarefa.

    Existem vrios tipos de estrutura Organizacional e entre eles se destacam:

  • 25

    - Estrutura Linear;

    -Estrutura Linear Staff;

    -Estrutura Funcional;

    -Estrutura por Projetos;

    -Estrutura Funcional;

    -Estrutura com Colegiados;

    -Estrutura Matricial;

    -Estrutura Holding;

    O modelo adotado pela TECMAQ o LINEAR.

    A Estrutura Linear comum em empresas de pequeno porte e tem como

    base mtodos antigos que d total autoridade aos chefes.

    Todos os setores so estruturados numa nica linha de subordinao, onde

    se centralizam as decises e so distribudas aos demais.

    Sua indicao para pequenas empresas, se d pelo fato de ser econmica e

    por no exigir grandes nmeros de cargos com altos salrios,o que vem facilitar o

    comando. Sua rigidez, transmite a clareza na delimitao das autoridades conforme

    ilustrado.

    Figura 8 - Estrutura Organizacional da Empresa

  • 26

    8. PRODUTO EM FOCO

    Por que escolhemos um Transportador de Correia?

    A sua escolha foi devido ao fato de que, para sua confeco necessrio a

    mobilizao de vrios equipamentos e processos das unidades produtivas, e com

    isso nos possibilita uma abordagem mais aprofundada deste tema.

    9. BREVE RELATO SOBRE O PRODUTO

    A histria de correias transportadoras comea na segunda metade

    do sculo XVII. Desde ento, as esteiras tm sido uma parte

    inevitvel para o transporte de materiais. Mas foi em 1795 que as

    correias transportadoras se tornaram um meio popular para

    transporte de materiais a granel. No incio, correias transportadoras

    s eram utilizadas para mover sacos de gros a distncias curtas.

    O sistema de correia transportadora e de trabalho eram muito

    simples nos primeiros dias. O sistema de correia transportadora

    tinha uma cama de madeira lisa e um cinto que viajava sobre a cama

    de madeira. Mais cedo, correias transportadoras foram feitas de lona,

    couro ou borracha. Este sistema de correias transportadoras primitivo

    era muito popular para transportar artigos volumosos de um lugar

    para outro. No incio do sculo 20, as aplicaes de correias

    transportadoras se tornou mais amplo.

    Goddard da Empresa Logan foi o primeiro a receber a patente para o

    transporte de rolo, em 1908. O negcio de transporte de rolo no

    prosperou. Alguns anos mais tarde, em 1919, alimentadores e

    transportadores livres foram usados na produo de automveis.

    Assim, correias transportadoras se tornaram ferramentas populares

    para transportar mercadorias pesadas e grandes dentro das fbricas.

    Durante a dcada de 1920, correias transportadoras eram comuns, e

    tambm passou por grandes mudanas. Correias transportadoras

    foram utilizadas nas minas de carvo para lidar com roda de carvo

    para mais de 8 km, e foram feitas usando camadas de algodo e

    coberturas de borracha.

    Um dos pontos de viragem na histria de correias transportadoras,

    foi a introduo de correias transportadoras de material sinttico. Ela

    foi introduzida durante a Segunda Guerra Mundial, principalmente

  • 27

    devido escassez de materiais naturais como a borracha, algodo e

    lona. Desde ento, correias transportadoras sintticas tornaram-se

    populares em vrios campos.

    Com a demanda crescente no mercado, muitos polmeros sintticos

    e tecidos passaram a ser usado na fabricao de correias

    transportadoras. Hoje, o algodo, lona, EPDM, couro, neoprene,

    nylon, polister, poliuretano, PVC, borracha de silicone e ao so

    comumente utilizados em correias transportadoras. Atualmente, o

    material usado para fazer uma correia transportadora determinado

    pela sua aplicao. (FIGURAS E HISTRIA DA INVENO DOS

    TRANSPORTADORES. Disponvel em: www.tratoraco.com.br.

    Acesso 05 abril 2012).

    10. PRINCIPAIS COMPONENTES DE UM TRANSPORTADOR DE CORREIA

    Um transportador de correia possui vrios componentes que devem ser

    analisados, pois no conjunto, todos tm fundamental importncia para o correto

    funcionamento deste equipamento.

    Os principais componentes de um Transportador de Correia so:

    Drive;

    Correia;

    Tambores;

    Acessrios;

    Guias laterais;

    Roletes;

    Freios;

    Chute;

    Estrutura;

    Drive (conjunto de acionamento) - Composto por um motor eltrico e um

    sistema de transmisso (redutor de velocidade para as correias, que geralmente

    operam em baixas velocidades, na faixa de 1,0 e 4,0 m/s). Acoplado ao tambor

  • 28

    motriz, tem a funo de promover a movimentao do transportador e o controle de

    sua velocidade de trabalho. So projetados em funo da necessidade de vazo

    estipulada pelo processo mineral, e leva em conta tambm o tipo de transporte e a

    potncia transmitida, potncia esta que calculada em funo das caractersticas

    tcnicas necessrias para se chegar a um perfeito atendimento das necessidades

    requeridas pelo projeto. Podem ser instalados em trs posies: na cabeceira do

    transportador, no centro ou no retorno. Para o seu dimensionamento deve ser

    analisados o perfil do transportador, o espao disponvel para sua instalao e

    operao, potncia transmitida, sentido da correia e as tenses que nela atuam.

    Correia

    Tida como a parte principal do transportador, por ser o componente que

    estar em contato direto com o material transportado, e que corresponde a um valor

    de 30 a 40% do transportador. A correia tem a sua seleo baseada nos seguintes

    aspectos:

    - Caractersticas do material transportado;

    - Condies de servio;

    - Tipos de roletes;

    - Largura (determinada por clculo);

    - Tenso mxima (determinada por clculo);

    Uma correia transportadora constituda basicamente de dois elementos;

    carcaa e cobertura, sendo que cada parte especificada para o tipo de transporte

    solicitado.

    A carcaa o elemento de forma da correia, pois dela depende a resistncia

    para suportar a carga, a resistncia para suportar as tenses e flexes e toda a

    severidade a que submetida correia na movimentao da carga. As fibras txteis

    so os elementos mais comumente usados na fabricao dos tecidos integrantes

    das carcaas, porm elas tambm podem ser construdas por cabos de ao.

  • 29

    Tambores

    Construdos normalmente em ao, tem como funo principal, tracionar a

    correia para o funcionamento do transportador, sendo neste caso, papel exercido

    pelo tambor motriz, onde est acoplada a motorizao.

    Com a movimentao da correia movem-se tambm os demais componentes

    e o tambor movido, que promove o seu apoio. Os tambores possuem tambm outras

    funes no transportador, tais como a de efetuar desvios e dobras na correia. Sendo

    assim, podemos ter a seguinte classificao para os tambores:

    O acionamento utilizado na transmisso de torque, pode estar localizado na

    cabeceira, no centro ou no retorno.

    Roletes

    So conjuntos de rolos, geralmente cilndricos, e seus respectivos suportes.

    Estes rolos efetuam livre rotao em torno de seus prprios eixos e so instalados

    com o objetivo de dar suporte movimentao da correia e gui-la na direo de

    trabalho. Podem ser encontrados montados com um nico rolo, com rolos mltiplos,

    e so encontrados nos seguintes tipos.

    Roletes de impacto

    Localizam-se no ponto de descarga do material sobre o transportador,

    destinando-se a suportar o impacto deste material sobre a correia. So constitudos

    de vrios anis de borracha montados sobre um tubo de ao e so montados com

    pequenos afastamentos entre os rolos.

    Roletes de retorno

    So os roletes no qual se apoia o trecho de retorno da correia. Possui a

    montagem com maior espaamento entre si. So constitudos de anis de borracha

    separados por distanciadores e montados sobre tubo de ao.

  • 30

    Roletes de transio

    Estes roletes tm por finalidade acompanhar gradativamente a mudana de

    concavidade da correia ao se aproximar dos tambores de descarga ou na sada de

    tambor de retorno. Em geral, estes roletes so providos de rolos laterais regulveis

    que proporcionam correia uma mudana de planos suave e sem desequilbrio de

    tenses.

    Roletes guias

    So dispostos verticalmente em relao s bordas da correia, so fixos e sua

    funo guiar a correia, principalmente na entrada dos tambores, evitando que a

    mesma seja jogada contra a estrutura. Este tipo de rolo s deve ser usado em ultima

    instncia, pois provoca uma autodestruio das bordas da correia e

    consequentemente, cisalhamento das lonas da carcaa.

    Freios

    So utilizados para evitar a continuidade de descarga do transportador aps o

    seu desligamento, em situaes de emergncia ou em caso de controle de

    acelerao para a partida.

    Esticador de correia

    Tem como principal funo garantir a tenso conveniente para o acionamento

    da correia, e alm disso, absorver as variaes no comprimento da correia causadas

    pelas mudanas de temperatura,oscilaes de carga,tempo de trabalho, etc...

    Contrapeso por gravidade

    Atua atravs de um tambor que recebe uma fora continua aplicada por um

    contrapeso. Pode ser instalado em qualquer ponto do ramo frouxo da correia,

    prximo a um dos tambores principais.

    Esticador tipo Parafuso

    Atua atravs da montagem de duas roscas ligadas ao eixo do tambor do

    esticador, nas quais deve ser aplicado um torque para promover o deslocamento do

  • 31

    eixo, e consequentemente promover o esticamento da correia. Deve ser montado

    exclusivamente no tambor traseiro do equipamento.

    DESENHOS QUE EXEMPLIFICAM UM TRANSPORTADOR DE CORREIA

    Figura 9 - Vista Longitudinal

    Figura 10 - Perspectiva

    Figura 11 - Tambores de Acionamento

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    Figura 12 - Roletes de Impacto

    Figura 13 - Roletes de Carga

  • 33

    11.VISUALIZAO DO PROJETO

    Abaixo vemos o Arranjo Geral do Projeto, objeto deste TCC, onde podemos

    notar o posicionamento do Transportador de Correia TR-1160-01, que recebe do

    Transportador de Correia TC-1160-05 e alimenta o Elevador de Canecas EL-1160-

    01.

    Figura 14 - Desenho de Conjunto - Transportador de Correia 20"

    Figura 15 - Vistas A-A e C-C

  • 34

    Figura 16 - Lista de Material

    12.DOCUMENTOS NECESSRIOS PARA A FORMALIZAO DO PEDIDO

    Para dar incio a execuo do Equipamento nas unidades fabris necessrio

    se ter em mos todos os documentos de Engenharia que formam o histrico do

    pedido, entre eles:

    12.1. Memorial Descritivo;

    12.2. Especificao Tcnica;

    12.3. Folha de Dados;

    12.4. Memorial de Clculo;

    Na sequencia sero explanados os 4 itens mencionados acima, so

    documentos utilizados pela TECMAQ que acompanham todo projeto de um novo

    Equipamento, e so de suma importncia para podermos definir todas as

    caractersticas necessrias para a confeco do produto.

  • 35

    12.1. MEMORIAL DESCRITIVO TR-1160-01

    Este um documento padro adotado pela TECMAQ onde se registrado

    toda a necessidade do Cliente e a resposta tcnica que ele espera em relao ao

    equipamento, alm de mencionar o real posicionamento do transportador TR-1160-

    01 no fluxo do sistema de cominuio da Planta Piloto da PARAGOMINAS

    MINERALS LTDA.

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    12.2. ESPECIFICAO TCNICA TR-1160-01

    Documento padro TEQMAQ que define todos os pormenores tcnicos

    referentes as normas construtivas, de procedimentos e de comercializao do

    produto.

    De maneira geral, um documento genrico que se encaixa em sua maioria

    com todos os equipamentos do tipo transportadores de correia, somente diverge em

    alguns itens que devem ser apontados em funo das caractersticas efetivas do

    referido projeto.

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    12.3. FOLHA DE DADOS TR-1160-01

    Documento que define todos os parmetros construtivos tcnicos que sero

    utilizados para a montagem do TR-1160-01 com as caractersticas de projeto

    necessrios para permitir o perfeito fluxo do sistema de processo mineral do cliente.

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    12.4. MEMORIAL DE CLCULO TR-1160-01

    Documento que registra os resultados dos clculos obtidos para se projetar

    um equipamento em funo das necessidades requeridas em projeto.

    No caso do TR-1160-01, os dados de entrada para que fossem efetuados os

    clculos do referido memorial foram oriundos dos fluxogramas de processo mineral,

    mais precisamente da vazo requerida de projeto e das propriedades fsicas do

    material que foram estabelecidas por esta disciplina.

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  • 76

    13. CUSTOS QUE INCIDEM NO VALOR FINAL DO PRODUTO

    O projeto como um todo contm custos de produo e eles so o ponto de

    partida para iniciar sua execuo, ainda mais no nosso caso que estamos tratando

    de um produto que customizado. Esta etapa a principal fase do projeto, daqui

    para frente ser a sua construo baseada no oramento geral de custos includos,

    que so os custos diretos e indiretos.

    Custos diretos: Aqueles diretamente relacionados com o servio a serem

    feitos no projeto.

    Custos indiretos: Aqueles que no esto diretamente relacionados com os

    servios, mas fazem parte da estrutura organizacional da empresa executora do

    projeto.

    Fazem parte dos custos diretos, a mo de obra produtiva, salrio e encargos

    sociais, os materiais, os equipamentos, as despesas da obra com abastecimento,

    segurana e outros. Em relao aos custos indireto,so as despesas relativas s

    instalaes do escritrio, aluguel, condomnio, luz, telefone,despesas com pessoal

    administrativo (diretor, gerente,contador,secretaria e outros), com comercializao

    (montagem de propostas, visitas a clientes,marketing,brindes, etc...), despesas com

    apoio tcnico de escritrio com obras e horas ociosas (pessoal parado por falta de

    servio).

    Para execuo do Clculo do Valor Final de Comercializao do Produto,

    foram utilizados os procedimentos listados abaixo, que sero detalhados a seguir.

    13.1- CLCULO DO CUSTO DE MATRIA PRIMA

    13.2 - CLCULO DO CUSTO DE HOMEM / HORA H/H

    13.3 - CLCULO DO CUSTO DE MO DE OBRA DIRETA MOD

    13.4 - CLCULO DO CUSTO DE HORA / MQUINA H/M

    13.5- CLCULO DO CUSTO INDUSTRIAL LQUIDO - CIL

  • 77

    13.1. CLCULO DO CUSTO DE MATRIA PRIMA

    Para execuo do Clculo do Custo de Matria Prima dos componentes do

    equipamento confeccionados em ao carbono, foi utilizado o valor atual de mercado

    para o peso/kg do Ao Carbono ASTM A-1020 de R$ 18,00.

    Para os componentes que so encontrados como produtos de linha nos

    mercados revendedores, aps serem feitas as cotaes dos produtos sempre em 03

    (trs) fornecedores, optamos pela melhor oferta entre as 03, dando preferncia

    quele que trouxesse vantagens comerciais, mas nunca deixando a qualidade em

    segundo plano, ou seja, tentando captar o mximo de benefcios possveis para se

    confeccionar um produto de boa qualidade por um preo justo.

    Abaixo, est sendo demonstrado em uma Tabela os principais componentes

    do Transportador de Correia com seus respectivos preos que compem o Valor

    Total da Matria Prima.

    Tabela 1 - Clculo do Custo de Matria Prima

    No processo produtivo utilizamos vrios materiais, uns como material de

    apoio, outros como material de base. A diversificao da construo se remete aos

    materiais de apoio. Os materiais utilizados na fabricao podem ser classificados

    em:

  • 78

    Material base - so os materiais principais e essenciais que entram em maior

    quantidade na fabricao do produto. A matria prima do projeto o ao carbono em

    forma de vigas e acessrios.

    Materiais de apoio- so os materiais que entram em menor quantidade na

    fabricao do produto. Esses materiais so aplicados juntamente com a matria

    prima, complementando-a ou at mesmo dando o acabamento necessrio ao

    produto. Os materiais que se enquadram nestas caractersticas para nossa indstria

    so: motor, correia,parafusos,rolamentos, etc...

    Mtodos para valorizao de material

    No utilizamos nada fora do padro no controle do material, mas

    mencionaremos dois tipos de controle bem aplicados na indstria, onde o primeiro

    o mais indicado ao nosso negcio por se tratar de produtos dedicados.

    O primeiro mtodo, denominado custo especfico, consiste na

    utilizao do valor unitrio real da aquisio de cada unidade

    especfica do material a ser utilizado na produo.

    O segundo mtodo PEPS significa que o primeiro valor a entrar

    primeiro valor a sair; s vezes at se confunde com o primeiro

    material entrado no Almoxarifado como sendo o que deve ser

    utilizado nas primeiras sadas at que a quantidade adquirida aquele

    valor esgote. Neste momento, passa-se para o valor unitrio da

    segunda entrada do material, e assim sucessivamente, podendo ou

    no coincidir a sada fsica do material nesta ordem.Escrituralmente,

    considera-se que o primeiro material entrando no estoque o

    primeiro a sair, embora fisicamente possa ocorrer a sada at na

    ordem inversa da entrada ou, at mesmo, desordenadamente.

    (Contabilidade e Custos, Editora Scipione, 1992).

    Mtodos de custeio

    Para nosso produto, como se trata de ser muito particular o mtodo de custeio

    de custo por ordem, pois o produto contabilizado por projeto, este mtodo

    utilizado quando a quantidade de produo pequena, isto , criando ordens de

    produo para cada etapa de construo e montagem.

  • 79

    Custos por ordem: o mtodo pelo qual os custos so acumulados para cada

    ordem, representado um lote de um ou mais itens produzidos. Sua caracterstica

    bsica identificar e agrupar especificamente os custos para cada ordem, os quais

    no so relativos a determinado perodo de tempo e nem foram obtidos pela mdia

    entre uma srie de unidades produzidas, como nos custos por processos contnuos.

    13.2. CLCULO DO CUSTO DE HOMEM / HORA H/H

    Para execuo do Clculo do Custo de Homem / Hora H/H, foi utilizado o

    valor em R$, base atual de mercado, para cada Cargo de Operador que prestaram

    seus servios para a confeco do Produto. Com o intuito de se chegar a um Valor

    Hora - Empresa, foram considerados os encargos que incidem, sobre o valor H/H, e

    com isso chegou-se ao Valor Hora-Empresa.

    Vale lembrar que, todos os Custos do Valor Hora-Empresa de todos os

    cargos somados constituem a Valor Total de Mo de Obra Direta, mo de obra esta

    que realmente agrega valor ao Produto.

    Abaixo, segue demonstrado na Tabela 2, os Dados Base para Clculo dos

    Salrios.

    Tabela 2 - Base para Clculo dos Salrios

    Dados Base para Clculo dos Salrios

    Horas trabalhadas mensais 220

    Meses trabalhados / ano 11

    13 Salrio / horas 220

    Encargos 25,20%

    FGTS 8%

    Seguro Acidentes 2%

  • 80

    Foram utilizados para a confeco do Produto:

    01 Soldador;

    01 Auxiliar de produo;

    01 Operador de mquinas;

    01 Operador de mquinas automticas;

    02 Montadores.

    13.3. CLCULO DO CUSTO DE MO DE OBRA DIRETA MOD

    Abaixo, pode ser visualizado na Tabela 3 e nas Tabelas posteriores, os

    clculos definidos para cada Cargo e o Valor final da MOD.

    Tabela 3 - Clculo do Custo de Soldador

    Soldador

    Valor pago ao soldador R$ R$ 9,50

    Salrio R$ 2.090,00

    13 salrio R$ 2.090,00

    Frias R$ 2.717,00

    Remunerao Anual R$ 27.797,00

    Encargos R$ 7.004.84

    FGTS R$ 2.223,76

    S.A.T R$ 555,94

    Custo do soldador mensal R$ 3.416,50

    Valor hora-empresa R$ 15,53

  • 81

    Tabela 4 Clculo do Custo de Auxiliar de Produo

    Tabela 5 Clculo do Custo de Operador de Mquinas

    Operador de mquinas

    Valor pago ao operador R$ R$ 7,00

    Salrio R$ 1.540,00

    13 salrio R$ 1.540,00

    Frias R$ 2.002,00

    Remunerao Anual R$ 20.482,00

    Encargos R$ 5.161,46

    FGTS R$ 1.638,56

    S.A.T R$ 409,64

    Custo do operador mensal R$ 2.517,42

    Valor hora-empresa R$ 11,44

    Auxiliar de produo

    Valor pago ao auxiliar R$ R$ 4,85

    Salrio R$ 1.067,00

    13 salrio R$ 1.067,00

    Frias R$ 1.387,10

    Remunerao Anual R$ 14.191,10

    Encargos R$ 3.576,16

    FGTS R$ 1.135,29

    S.A.T R$ 283,82

    Custo do auxiliar mensal R$ 1.744,22

    Valor hora-empresa R$ 7,93

  • 82

    Tabela 6 Clculo do Custo Operador Mquinas Automticas

    Tabela 7 Clculo do Custo de Montador II

    Operador de mquinas automaticas

    Valor pago ao operadorII R$ R$ 8,14

    Salrio R$ 1.790,80

    13 salrio R$ 1.790,80

    Frias R$ 2.328,04

    Remunerao Anual R$ 23.817,64

    Encargos R$ 6.002,05

    FGTS R$ 1.905,41

    S.A.T R$ 476,35

    Custo do operador mensal R$ 2.927,40

    Valor hora-empresa R$ 13,31

    Montador II

    Valor pago ao montador II R$ 11,00

    Salrio R$ 2.420,00

    13 salrio R$ 2.420,00

    Frias R$ 3.146,00

    Remunerao Anual R$ 32.186,00

    Encargos R$ 8.110,87

    FGTS R$ 2.574,88

    S.A.T R$ 643,72

    Custo do montador II R$ 3.955,95

    Valor hora-empresa R$ 17,98

  • 83

    Tabela 8 Clculo do Custo de Montador

    Valor do total da MDO R$ 76,81

    Montador

    Valor pago ao montador R$ R$ 6,50

    Salrio R$ 1.430,00

    13 salrio R$ 1.430,00

    Frias R$ 1.859,00

    Remunerao Anual R$ 19.019,00

    Encargos R$ 4.792,79

    FGTS R$ 1.521,52

    S.A.T R$ 380,38

    Custo do montador mensal R$ 2.337,61

    Valor hora-empresa R$ 10,63

  • 84

    13.4. CLCULO DO CUSTO DE HORA MQUINA H/M

    Para execuo do Clculo do Custo de Hora / Mquina H/M, foi utilizado o

    valor de R$ 0,06995, dado este retirado do Site da Agncia Reguladora ANEEL na

    data de 02/04/2012, este valor corresponde ao kW/h de energia fornecido ao

    mercado Industrial. Para execuo dos clculos foi levantado o nmero de horas

    trabalhadas por cada mquina.

    Para se chegar ao valor em R$ da Energia Eltrica utilizada pelas mquinas

    no perodo em que as mesmas estiveram em atividade, primeiramente, calculou-se o

    produto da potncia em HP de cada mquina por 0,735 para a obteno da

    potncia em kW, o valor obtido multiplicou-se pelas horas que cada mquina esteve

    em operao, e posteriormente calculou-se o produto deste valor por R$ 0,06995

    (valor da energia/kW), assim obtendo o gasto de energia eltrica de cada mquina.

    Aps a obteno desses valores, foi somado a cada um deles 40% a mais

    que refere-se ao computo do gasto com manuteno de cada mquina.

    Para obtermos a H/M, foi somado o valor da energia eltrica calculada com o

    valor que obtido com o gasto de manuteno e dividido pelo perodo trabalhado do

    equipamento. Com o valor resultante, basta multiplica-lo pelo perodo de operao

    do equipamento.

    Abaixo, podem ser visualizados na Tabela 4, os clculos do gasto com

    Energia Eltrica, definidos para cada Mquina e tambm o Valor Total de Hora

    Mquina.

  • 85

    Tabela 9- Clculo do Custo Hora Mquina

    Tabela 10 Clculo Hora de Torno

    Mquinas

    Tornos

    Potncia (HP) 47

    Energia eltrica 36

    Manuteno 15

    HM R$ 3,39

    Total R$ 50,8 trabalha 15 h/ms

    Tabela 11 Clculo Hora de Centro de Usinagem

    Centro de Usinagem

    Potncia (HP) 30

    Energia eltrica R$ 23

    Manuteno R$ 9

    HM R$ 2,16

    Total R$ 21,61 trabalha 10h/ms

    Tabela 12 Clculo Hora de Furadeira

    Furadeira

    Potncia (HP) 12

    Energia eltrica 9

    Manuteno 4

    HM R$ 0,86

    Total R$ 32,84 trabalha 38h/ms

    Tabela de custo mquina

    Sistema de trabalho em 15h/dia

    Preo do Kw/h em R$ convertido de Mw 0,06995

  • 86

    Tabela 13 Clculo Hora de Retfica

    Retfica

    Potncia (HP) 14

    Energia eltrica 11

    Manuteno 4

    HM R$ 1,01

    Total R$ 25,21 trabalha 25h/ms

    Tabela 14 Clculo Hora de Mquina de Solda

    Mquina de Solda

    Potncia (HP) 10

    Energia eltrica 8

    Manuteno 3

    HM 0,72

    Total R$ 95,00 trabalha 132h/ms-montagem

    Valor total da HM

    R$ 226,00

    13.5. CLCULO DO CUSTO INDUSTRIAL LQUIDO - CIL

    Para o clculo do Custo Industrial Lquido, obtem-se o produto do Total H/H

    pelas horas/ms= (220), e soma-se com o Total de H/M. Com o resultado desta

    operao, soma-se com o Total de MP, vindo assim a chegar ao CIL. Aps

    calculado o valor do CIL, utiliza-se a Frmula descrita abaixo para clculo do Preo

    Final que ser praticado para Venda do Equipamento:

    A partir do Valor do Preo Final, faz-se o Markup, que nada mais do que o

    Clculo dos Custos Indiretos onde feita a retirada de um total de 30% de Impostos,

    25% direcionado ao Administrativo e 20% restantes o Lucro sobre o Produto

    Comercializado.

  • 87

    Tabela 15- Custo industrial Lquido

    CUSTO INDUSTRIAL LQUIDO

    Total de HH R$ 16.898,20

    Total de HM R$226,00

    R$17.124,20

    Total da MP R$18.070,00

    Total do C.I.L R$ 35.194,42

    Tabela 16 Preo Final do Produto

    Preo final do produto

    R$140.777,68

    Impostos 30% R$42.233,31

    Administrao 25% R$35.194,42

    Lucro 20% R$28.155,54

    Preo Final= CIL

    (100-75)/100

  • 88

    14. CAPACIDADE PRODUTIVA DA EMPRESA

    A Capacidade Produtiva o valor mximo que define as sadas do processo

    produtivo por unidade de tempo. Para as pequenas empresas, esse tempo

    geralmente o dia. Logo, a capacidade de produo de uma empresa seria as

    peas que ela consegue produzir por dia, utilizando os recursos disponveis

    (mquinas, homens, terceiros, etc.).

    Quadro 1- Anlise da Capacidade Produtiva

    O planejamento da capacidade produtiva deve ser feito, observando-se as

    previses de demanda. Isto se faz necessrio, pois o nvel de utilizao da

  • 89

    capacidade efetiva de produo ir refletir nos custos unitrios e, portanto, nos

    nveis de produtividade do sistema.

    Quadro 2 - Grfico de Operaes X Horas (dia)

    15. DRE - DEMONSTRATIVO DE RESULTADOS DO EXERCCIO

    A demonstrao do resultado do exerccio fornece um resumo financeiro dos

    resultados das operaes financeiras da empresa durante um perodo especfico, e

    normalmente, a demonstrao do resultado (DRE) cobre o perodo de um ano

    encerrado em uma data especfica, em geral 31 de dezembro do ano calendrio.

    Algumas grandes empresas, no entanto, operam em um ciclo financeiro de 12

    meses, ou ano fiscal, que se encerra em outra data, diferente de 31 de dezembro.

    0 8 16 24

    OP-1

    OP-2

    OP-3

    OP-4

    OP-5

  • 90

    O objetivo da DRE fornecer aos usurios das demonstraes financeiras da

    empresa os dados bsicos e essenciais de formao do resultado do exerccio (lucro

    ou prejuzo).

    Tabela 17 - DRE - Demonstrativo de Resultado do Exerccio

    16. BALANO PATRIMONIAL

    Uma das principais atividades realizadas dentro da Gesto Patrimonial, com

    certeza o fechamento do Balano Patrimonial. A principal funo do balano

    patrimonial fornecer um quadro preciso da contabilidade e situao financeira da

    empresa em um determinado perodo (geralmente o balano feito sobre o perodo

    de 1 ano). O balano patrimonial considerado uma das principais declaraes

    financeiras de uma empresa e deve ser produzido de maneira precisa e rigorosa, a

    fim de auxiliar um Controle do Patrimnio eficiente.

    Ativos: consistem nos bens, direitos e as demais aplicaes de recursos

    controlados pela empresa. Tambm constituem os ativos, os investimentos

    financeiros ou de qualquer espcie que a empresa fez e ttulos pblicos ou privados

    que a empresa tem por receber.

    Passivos: Compreendem as obrigaes financeiras da empresa com o

    Estado, seus funcionrios e com outras empresas.

    Quando j temos realizado o clculo dos ativos e dos passivos, podemos

    obter por fim o Patrimnio Lquido. Este que consiste na diferena dos Ativos

    D.R.E - TEQMAQ

    Perodo 2009 2010 2011 Vendas 3.689.604,00 4.111.560,00 4.568.400,00 (-) CPV 0,00 0,00 0,00

    = Lucro Bruto 3.689.604,00 4.111.560,00 4.568.400,00

    Custo com materiais diretos

    256.689,41 285.210,46 316.900,51

    Imposto sobre venda 1.496.813,42 1.663.126,02 1.847.917,80 Gasto com vendas 555.060,60 616.734,00 685.260,00 Custo Fixo totais

    605.673,82 672.970,91 747.745,45

    = Lucro Lquido do Exerccio

    775.366,75 873.518,61 970.576,24

  • 91

    (positivos, relativos aos lucros e investimentos) e dos Passivos ( negativos, relativos

    a pagamentos e dividas ), sendo assim o Patrimnio Liquido considerado o capital

    que a empresa efetivamente tem disponvel em caixa.

    Este tambm pode ser usado basicamente para reinvestir, investimento na

    prpria empresa, modernizao, expanso das atividades, pode ser transformado

    em reserva financeira ou ento, empregado para realizar novos investimentos

    financeiros e expandir os Ativos.

    Tabela 18 - Balano Patrimonial

  • 92

    17. PLANEJAMENTO E CONTROLE DE PRODUO PCP

    O planejamento e controle da produo PCP se inicia quando o projeto

    entregue produo, e j se tm acertado o preo final e a forma de montagem no

    Cliente.

    O produto em si no gera estoques, pois, se trata da ordem de produo

    como mencionado no gerenciamento de materiais. Analisando os tipos de controle

    encontrados no mercado, e em se tratando de um produto novo com toda a estrutura

    j montada, optamos pelo sistema de puxar.

    Em sistemas puxar de planejamento e controle da produo, a nfase

    est na reduo dos nveis de estoque em cada etapa de produo.

    Nos sistemas empurrar, olhamos para o programa para determinar o

    que produzir em seguida. Em sistemas puxar, olhamos somente para

    etapa de produo seguinte e determinamos o que necessrio, e

    ento produzimos somente o necessrio. Conforme Hall afirma: No

    possvel enviar algo para lugar nenhum. Algum ter de vir peg-

    lo. Os produtos caminham diretamente das etapas de produo, a

    montagem para etapas de produo jusante com pouco estoque

    entre etapas. Desta forma, matrias-primas e peas so puxadas do

    fundo da fbrica rumo a parte da frente da fbrica, onde se tornam

    produtos acabados. (Norman Gaither e Greg Fraizer, Administrao

    da Produo e Operaes, 2004. p. 259)

    O trabalho ter a programao da fbrica e com ele a disposio das

    mquinas a serem utilizadas para produo das peas do transportador. H tambm

    neste programa um resumo geral da produo da fbrica toda com os demais

    produtos em carteira e tempo estimado de produo baseado na experincia de

    execuo dos produtos.

  • 93

    17.1. MAPA DA SITUAO ATUAL

    Abaixo podemos verificar a atual configurao da Empresa em termos de

    Planejamento e Controle de Produo e a seguir aps estudos podemos visualizar a

    Situao Futura em relao ao PCP.

    Figura 17 - PCP - Mapa da Situao Atual

    17.2. MAPA DA SITUAO FUTURA

    Figura 18 - PCP - Mapa da Situao Futura

  • 94

    18. LAYOUT DAS MQUINAS QUE INCIDEM NA PRODUO FBRICA

    Existem vrios tipos de arranjos fsicos, nos quais se destacam os

    seguintes:

    1-Arranjo Posicional Fixo

    Consiste em fixar o material que sofre a transformao e quem se

    move so os equipamentos e operadores envolvidos nessa

    transformao o que acontece, por exemplo, na construo de uma

    rodovia ou na soldagem de uma estrutura de grandes dimenses.

    2-Arranjo por Processo

    Neste tipo de arranjo os processos so alocados uns prximos dos

    outros facilitando sua sequencia, pois alem de semelhantes devem

    seguir uma sequencia pr-estabelecida como, por exemplo, na

    usinagem de peas similares.

    3-Arranjo Celular

    o tipo de processo onde o material que sofre a transformao se

    move numa clula de mquinas pr-determinadas com a finalidade

    de que as peas saiam acabadas em suas diversas operaes tendo

    apenas um tipo de produto em processo como por exemplo a

    gerao de dentes em um tipo de coroa ou pinho.

    4-Arranjo por Produto

    No arranjo por produto aquele que a sequencia das operaes

    seguem a ordem em que os equipamentos foram disponibilizados

    podendo ter vrios tipos de produtos em processo. (Apostila Cho de

    Fbrica, 2004)

    A empresa TECMAQ adotou o tipo nmero 2 que o Arranjo por Processo.

    Este tipo de arranjo foi escolhido por facilitar o processo pelo tipo de

    operaes executadas. Sendo nossos produtos de dimenses que variam de acordo

    com o pedido, nosso setor produtivo trabalha em funo de cada etapa da

    construo variando de operaes em cada tipo de mquina.

  • 95

    Fluxograma

    O Fluxograma uma ilustrao do percurso da informao sobre os

    processos produtivos e seus respectivos responsveis mostrando a suas sequencias

    e localizaes facilitando a visualizao e padronizao dos mtodos e

    procedimentos administrativos conforme ilustrado na Figura 19.

    Figura 19 - Percurso de Informaes do Processo Produtivo

    No fluxograma demonstrado na figura 4, buscou-se ilustrar de forma sucinta o

    percurso das informaes de nosso processo produtivo onde cada setor interage

    com os demais conforme sua necessidade da seguinte forma:

    O Departamento de vendas recebe o pedido e imediatamente encaminha ao

    setor de PCP o qual analisa e confirma o prazo de entrega.

    O PCP aps analisado e determinado o prazo de entrega recebe a

    confirmao do pedido tudo isso muito rpido com isso as informaes da

    programao do que ser produzido segue simultaneamente aos seguintes setores:

    1- Setor de Engenharia: responsvel pelos processos de fabricao.

  • 96

    2- Setor de Presset: Cuida da distribuio de processos, ferramentas e

    dispositivos sendo subordinado a Engenharia.

    3- Setor de Controle da Qualidade: responsvel pela montagem aferio e

    distribuio dos instrumentos, equipamentos e dispositivos de medio e interage

    com os setores de Engenharia, Presset e Produo.

    4- Setor de produo: compreende todo o ambiente de conformao dos

    materiais.

    5- Setor de Almoxarifado: informa ao setor de compras o que necessrio

    comprar

    6- Setor de Compras: responsvel pelos oramentos e aquisio de

    materiais e insumos de qualquer natureza para todos os setores seja ele

    fabril ou escritrio.

    7- Setor de Recebimento: recebe e distribui o material recebido direto para o

    setor de produo e montagem ou almoxarifado.

    8- Setor de Montagem: executa a montagem dos equipamentos a serem

    entregues

    9- Setor de expedio onde est implcito o setor de embalagem, o

    responsvel por enviar ao cliente o produto solicitado em tempo e local previamente

    solicitado.

    No processo fabril o setor de Presset interage com a Produo, Engenharia e

    CQ no importante papel de informar previamente os possveis problemas

    encontrados antes do inicio de produo do item, pois esse setor o responsvel

    pelo Setup externo das mquinas.

  • 97

    19. PROCESSOS OPERACIONAIS

    A seguir podemos acompanhar detalhes dos Mtodos e Processos para os

    componentes do Equipamento que sofrero Trabalho de Usinagem.

    Processo de torneamento

    O processo de torneamento um dos principais processos de

    usinagem que utilizamos, pois atravs dele obtemos uma das

    principais peas do transportador, os tambores e eixos que juntos

    constituem a parte de trao da correia e do resistncia e segurana

    a operao. Para os roletes, outra pea que requer boa

    funcionalidade, terceirizamos.

    Na operao de corte, a pea bruta fixada na placa do torno e girada

    a certa rotao em torno do eixo principal da mquina (movimento de

    rotao). Simultaneamente, a ferramenta, rigidamente alojada em um

    dispositivo chamado porta-ferramentas, deslocada simultaneamente

    em um trajetria coplanar ao referido eixo (movimento de transio) a

    uma taxa de avano constante. Esta combinao de movimentos

    promove a remoo de uma camada de material da pea bruta para

    formar um cilindro, um cone, uma rosca ou ainda uma superfcie de

    perfil mais complexo. (UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE

    DO SUL. Processos de Usinagem, Porto Alegre 1993).

    Figura 20 - Ferramenta em operao de Torneamento

  • 98

    Os tornos que dispomos em nosso parque fabril, com a finalidade de se

    atingir a meta de produo e prazos de entrega, se trata de tornos automticos ou

    CNC, so equipamentos modernos e precisos que tm uma produtividade elevada e

    custo baixo de produo e de no conformidade.

    Tornos com comando numrico

    O torno de comando numrico CNC, um equipamento eletrnico

    capaz de receber informaes por meio de entrada prpria, compilar

    estas informaes e transmiti-las em forma de comando mquina-

    ferramenta, de modo que esta sem a interveno do operador realize

    as operaes na sequncia programada. Para consumar, segue

    abaixo, mais duas caractersticas deste equipamento.

    Interface eletroeletrnica: componente que distribui e comanda os

    diversos elementos da mquina (motores principais do eixo- rvore,

    motores de bombas hidrulicas) e tambm a abertura e fechamento de

    vlvulas solenides atuantes em sistemas hidrulicos e pneumticos.

    Comando eletrnico: equipamento (comando numrico) que recebe as

    informaes em seu painel e atua na interface homem-mquina que,

    por sua vez, transmite mquina-ferramenta as operaes requeridas.

    Atua nos motores de avano atravs de outra unidade de fora de

    comando, prpria para estes motores de, que so os responsveis

    pelo movimento dos carros. (UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO

    GRANDE DO SUL. Processos de Usinagem, Porto Alegre 1993).

    Processo de furao

    A furao no nosso tambm se enquadra logo abaixo ao torno como grau de

    prioridade, pois ser de importncia para montagem da estrutura fsica que suportara

    todo o equipamento. A furao deve estar casada com aplicao o terreno onde

    ser locado o equipamento, pois uma vez montado deve se manter posicionado.

    A furao um processo de usinagem e remoo de cavaco, onde o

    movimento de corte circular e o movimento de avano linear na

    direo do eixo de rotao da ferramenta de corte (broca). Este uns

    processos mais usados na indstria manufatureira j que a grande

    maioria das peas em qualquer tipo de indstria tem pelo menos um

  • 99

    furo, e somente uma parcela muito pequena destas peas j vem com

    um furo pronto do processo de obteno da pea bruta (fundio,

    forjamento etc.). Em geral, as peas tm que ser furadas em cheio ou

    ter seus furos aumentados, atravs deste processo. (UNIVERSIDADE

    FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL. Processos de Usinagem, Porto

    Alegre 1993).

    Os tipos de furadeiras que utilizaremos no ser nada fora do padro da

    indstria. Furadeira de bancada e de coluna.

    A furadeira de coluna caracteriza-se por apresentar uma coluna de unio

    entre a base e o cabeote. Esse arranjo possibilita a furao de elementos com

    formas mais diversidades, singularmente e em serie. o tipo furadeira mais

    encontrada em oficinas de manuteno e de produo sob encomenda, devido a

    sua versatilidade. A furadeira de bancada bastante similar a furadeira de coluna.

    Processo de fresamento

    A operao de fresamento na construo se enquadra apenas na furao de

    algumas chapas que constituem a base de apoio do motor, roletes e possvel chute

    de sada que ficar a cargo na montagem do cliente final como estipulado nas

    conversas iniciais. Na fbrica possumos centro de usinagem CNC que esto aptos

    a elaborao de peas nas mais formas e contornos complexos e que exigem

    agilidade e produtividade.

    A operao de fresamento uma das mais importantes no processo de

    usinagem mecnica. A operao consiste na retirada do excesso de metal ou

    sobremetal da superfcie de uma pea, (remover cavaco), com a finalidade de

    construir superfcies planas, retilneas ou com uma determinada forma e

    acabamento desejado.

  • 100

    20. PROCESSOS DE USINAGEM E SEUS PONTOS DE CONTROLE

    Figura 21 Processo de usinagem Porta Rolamento TM 01

    Figura 22 Pontos de Controle de Medio TM 01

  • 101

    Figura 23 Processos de Usinagem Eixo Motor TM 02

    Figura 24 Processo de Usinagem Eixo Movido TM 03

  • 102

    Figura 25 Processo de Torneamento Eixo Motor TM 04A

    Figura 26 Pontos de Controle de Medio TM 04A

  • 103

    Figura 27 Processo de Torneamento Eixo Motor TM 04B

    Figura 28 Pontos de Controle de Medio TM 04B

  • 104

    Figura 29 Processo de Torneamento Eixo Movido TM 05A

    Figura 30 Pontos de Controle de Medio TM 05A

  • 105

    Figura 31 Processo de Torneamento FLG. Soldado TM 06A

    Figura 32 Processo de Torneamento FLG. Soldado TM 06A

  • 106

    Figura 33 Processo de Usinagem Porta Rolamento TM 07A

    Figura 34 Pontos de Controle de Medio TM 07A

  • 107

    Figura 35 Processo de Usinagem Porta Rolamento TM 07B

    Figura 36 Pontos de Controle de Medio TM 07B

  • 108

    Figura 37 Processo de usinagem Ext do Tambor TM 08

    Figura 38 Pontos de Controle de Medio TM 08

  • 109

    Figura 39 Processo de Usinagem Int. do Tambor TM 09

    Figura 40 Pontos de Controle de Medio TM 09

  • 110

    Figura 41 Processo de Usinagem Chaveta Eixo Motor TM 10

    Figura 42 Pontos de Controle de Medio TM 10

  • 111

    Figura 43 Processo de Retfica do Eixo Motor TM 11

    Figura 44 Pontos de Controle de Medio TM 11

  • 112

    Figura 45 Processo de Retfica Eixo Motor TM 12

    Figura 46 Pontos de Controle de Medio TM 12

  • 113

    21. ESTUDO DO TEMPO PADRO DE PRODUO

    Na empresa TECMAQ o estudo do tempo padro visto como melhoria

    contnua a qual a cada dia so feitos levantamentos dos tempos a fim de evidenciar

    e estudar novas chances de melhoria dos tempos de setup e produo.

    Para isso, foi criada a equipe de setup que so preparadores experientes os

    quais se dedicam em efetuar o setup de mquinas identificando oportunidades de

    melhoria dos tempos e em seguida visando um a melhor produtividade balanceando

    os tempos das operaes que resultam na reduo dos tempos de setup e

    consequentemente em disponibilidade de tempo para a produo.

    O tempo padro de setup foi estabelecido atravs da implantao do sistema

    TRF troca rpida de ferramenta que consiste em um ciclo de estudos com metas

    pr-determinadas com reduo de 50% do tempo em cada ciclo.

    O sistema TRF divide o setup em duas etapas:

    1 - SETUP EXTERNO tudo que acontece concernente preparao antes

    da parada da mquina.

    2SETUP INTERNO - So as montagens e ajustes de ferramentas aps a

    produo da ultima pea do lote anterior.

    3 SETUP EXTERNO

    O setup externo consiste em providenciar e disponibilizar todo o material para

    que seja realizada a preparao da mquina sem que haja perda de tempo, ou seja,

    paradas do setup para solucionar problemas que podem ser identificados

    previamente.

    Nesta etapa os integrantes da equipe de setup juntamente com o pessoal do

    Presset atuam de forma que cada vez mais as tarefas sejam transformadas em

    setup externo, ou seja, quanto menos tarefas ficarem para serem efetuadas aps a

    ltima pea do lote anterior menos tempo ser necessrio para concluir o Setup

    interno.

    Algumas medidas iniciais foram tomadas para agilizar o Setup externo:

    -Criao da equipe setup.

  • 114

    -Informaes rpidas do PCP.

    -Criao de Check list com o roteiro do Setup externo e interno.

    -Trabalho sincronizado com CQU com relao a montagem e calibrao de

    instrumentos.

    -Padronizao de dispositivos de fixao e ferramentas (arruelas C chaves

    com catraca ou parafusadeiras).

    -Criao de painis de ferramentas com conceito 5S.

    -Conceito Cirurgio-Enfermeiro.

    -Avaliao dos tempos e implantao de melhorias junto a Engenharia.

    4CRIAO DA EQUIPE DE SETUP

    A equipe de setup foi criada a partir da seleo de Preparadores experientes

    os quais em cada setor constantemente identificam pontos de melhoria passando

    para setor de Presset e Engenharia.

    5INFORMAES RPIDAS AO PCP

    O setor de Programao e controle da Produo o responsvel em receber

    do setor de vendas a informao de qual produto, quantidade e prazo de entrega de

    cada item a ser produzido. Essas informaes devem chegar dentro de um tempo

    pr-estabelecido ao setor de Presset, Produo, Engenharia e CQU para que todo

    material seja disponibilizado em tempo hbil e o possvel problema seja identificado

    3 horas antes do principal evento que o setup interno.

    Prevendo que muitos problemas podem acontecer, citamos os principais

    encontrados no cotidiano do Setup:

    - Atraso na entrega da matria prima, neste caso pode ganhar tempo

    entrando com prximo item.

    - Falta de ferramenta

    - Problemas com matria prima tais como dureza, forjado, laminado maior

    entre outros.

  • 115

    - Instrumento de medio no disponvel

    - Problemas de dispositivos de fixao

    Todos os supracitados podem ser contornados ou resolvidos sem prejudicar o

    setup interno com perda de tempo.

    6-CRIAO DO CHECK LIST COM ROTEIRO DO SETUP INTERNO E

    EXTERNO

    A criao do Check list de setup nada mais do que a padronizao da

    ordem de execuo das tarefas do setup externo e interno o qual foi elaborado

    atravs do levantamento de informaes do pessoal de cho de fbrica envolvido no

    setup conforme ilustra a Figura 47.

    Figura 47 - Ficha de Apontamento do Setup

    Cada tarefa deve ser realizada e assinalada a fim de que todos tenham a real

    informao do que foi realizado prevendo a possibilidade da troca de preparador ou

    sada inesperada do mesmo.

  • 116

    Vemos que no rodap do check-list temos a informao do tempo padro de

    setup informado ao lado esquerdo e a meta do lado direito do setup externo e

    interno.

    Na execuo do setup quer seja interno ou externo importante que

    nenhuma etapa seja pulada ou suprimida a fim de eliminar a margem de erros.

    7TRABALHOS SINCRONIZADOS COM O CQU

    O setor de CQU uma engrenagem importante desse sistema e apesar de

    responder diretamente a Diretoria no sendo subordinada a nenhuma hierarquia da

    produo, interage com setor de Presset e com equipe de Setup no intuito de

    agilizar o setup externo tendo seu lugar no fluxograma das informaes. Isso

    tambm ocorre com os demais setores os quais agem atendendo o dinamismo das

    exigncias e pedidos dos clientes.

    Por sua vez desde que comunique antecipadamente o PCP fica mais

    vontade em modificar a qualquer momento sua programao divulgando a

    informao seguindo o fluxograma conforme mostra a Fig 48.

    FLUXOGRAMA DE INFORMAO DO PROGRAMA DE PRODUO

    Figura 48 - Fluxograma do Programa de Produo

    A padronizao de dispositivos de fixao e ferramentas foi fundamental para

    a reduo dos tempos de setup e dos tempos de produo, pois propiciam maior

    rapidez na troca de ferramentas e ou peas no processo de produo. A

    padronizao dos dispositivos consiste em efetuar pequenas modificaes

  • 117

    padronizando parafusos, chaves, altura de dispositivos, meios de fixao, tipos de

    ferramentas, programas CNC e at ordens de execuo dos roteiros de fabricao.

    Alguns conceitos bsicos de fixao j bem conhecidos na rea fabril, muitas

    vezes ignorado pode levar a ganhos considerveis de tempo e reduo da margem

    de erros tais como arruela C, fixao de troca rpida como pinas e outros.

    9 - Criao de painis de ferramentas com conceito 5S

    A criao de painis tambm considerada uma ao bsica, muito

    importante, pois qualquer pessoa enviada buscar uma ferramenta pode encontra-

    la facilmente mesmo sendo alheia ao setor.

    Os quadros so organizados de maneira simples com desenho das

    ferramentas de modo a exibir o formato da ferramenta procurada. A ausncia da

    mesma no impede sua identificao, pois o fundo do quadro pintado com seu

    formato real.

    Neste quadro so disponibilizadas somente as ferramentas usuais no setor e

    so providos de rodinhas para facilitar sua disponibilizao na mquina em setup

    levando em considerao a economia de movimentos e a disponibilizao rpida.

    10 - Conceito Cirurgio- Enfermeiro

    No mtodo TRF normalmente existe um funcionrio que pode ser um

    operador ou preparador o qual treinado a auxiliar o setup interno e chamado de

    enfermeiro.

    O enfermeiro quem auxilia o preparador assim que o setup interno se inicia

    e fica de prontido para que o preparador no tenha que parar o setup para efetuar

    tarefas secundrias tais como: Calibrar instrumentos, enviar peas para medio, e

    acionar setores de apoio (CQU, Eng., Presset).

    11 - Avaliaes dos tempos e implantao de melhorias junto a

    Engenharia.

    A equipe de setup trabalhando em conjunto com a equipe de Presset avalia

    constantemente os tempos registrando ideias de melhorias os quais so passados

  • 118

    imediatamente ao setor de Engenharia assim como tambm as correes dos erros

    e problemas, pois estes ltimos no devem reincidir.

    As informaes so passadas imediatamente para o setor de Engenharia a

    qual se encarrega de avaliar sua viabilidade com relao aos custos e tempo de

    implantao.

    Vale lembrar que o setor de Engenharia quem coordena os envolvidos com

    setup e tempos de produo e quem define o tempo padro da unidade fabril.

    Tempo padro da produo

    O tempo padro da produo calculado item a item e essas informaes

    so registradas num plano de trabalho.

    No ato da liberao da maquina logo que se termina o setup interno o

    preparador confere o tempo padro de produo cronometrando a execuo do ciclo

    de Start a Start isto abre-se a cronometragem assim que o operador aciona o

    Cycle start e fecha-se no start da prxima pea.

    Normalmente adiciona-se 10% de perda a esse tempo, acrscimo que

    absorve as paradas obrigatrias.

    O tempo padro estabelecido no ato do Try out que quando a pea ou

    produto concebido pela primeira vez sem interrupo.

    Tendo em mos os respectivos tempos de setup e produo de cada setor

    possvel se determinar o Lead time que o tempo em que determinado produto leva

    desde sua chegada at sua sada em uma fbrica.

  • 119

    22. TEMPOS DE USINAGEM

    Tabela 19- Relao Tempo de Usinagem por Quantidade de Pea/Hora

    Tabela 20 Relao de Mquinas Utilizadas

  • 120

    23. IMPLANTAO DO PROGRAMA 5S NA TECMAQ

    Com o intuito de alcanar melhor desempenho e segurana nos trabalhos

    executados, a Diretoria da TECMAQ resolveu implantar o PROGRAMA 5S em todos

    os seus departamentos iniciando pela Fbrica.

    Com isso, conseguiu melhorar em 90% alguns fatores que so essenciais

    para manter uma boa produo,motivao e segurana reduzindo as margens de

    erros e perda de tempo.

    A implantao do programa 5S partiu da diretoria e teve a adeso de todos no

    comprometimento em cumprir as tarefas fazendo do 5S um hbito.

    O programa 5S composto de etapas que no devem ser puladas

    ou extinguidas e se inicia com a nomeao e treinamento de pessoas

    de setores diferentes os quais so denominados multiplicadores.

    importante ressaltar que em algumas empresas nomeia-se um

    coordenador o qual se dedica somente ao programa orientando e

    tomando nota de novas ideias e sugestes dos funcionrios.

    Este programa o alicerce para se alcanar outros objetivos os quais

    hoje so de suma importncia para a sobrevivncia de uma empresa

    que busca melhoria nos seguintes assuntos:

    -Tempo de Setup

    -Tempo padro

    -Refugo

    -Produtividade

    -Melhoria continua

    O 5S tambm antecessor da implantao de outras ferramentas

    muito comentadas no mercado e que sem o 5S fica impossvel

    alcanar que so:

    -Just in Time

    -Kaisen

    -TPM

  • 121

    -Lean Manufacturing. ( SHINGO, Shigeo. Sistema de troca rpida de

    ferramenta: uma revoluo nos sistemas produtivos. Porto Alegre:

    Bookman, 2000).

    ETAPAS DA IMPLANTAO DO 5S

    Aps a adeso do programa e explicao do conceito a um grupo escolhido

    como multiplicadores, foi formado um grupo que levantou o que deveria ser feito e

    quanto custaria.

    Nesse levantamento foram considerados servios de pintura, construo,

    demolio e descarte de materiais.

    O trabalho foi dividido entre 4 pessoas cada um cuidou de um assunto

    O primeiro cuidou da pintura levantando junto ao pessoal da fbrica o que e

    como deveria ser pintado

    O segundo cuidou da parte de construo com o pessoal da manuteno

    predial, e o terceiro ficou com a tarefa de cuidar do material que iria ser descartado.

    Quanto ao ultimo item foi primordial que se fizesse um levantamento prvio

    para saber mais ou menos qual a dimenso da rea de descarte e que tipo de

    material iria ser descartado.

    Com tudo isso contabilizado o grupo se reuniu com os responsveis de cada

    rea

    que so os encarregados de cada setor para marcar o treinamento para os

    funcionrios da fabrica e escolha dos auditores.

    Os auditores tiveram treinamento especifico a fim de integra-los aos trabalhos

    da fbrica, j que cada auditor iria auditar uma rea alheia a sua rea de trabalho.

    Aps todo esse treinamento foi marcado o dia D que foi o dia em que toda a

    fabrica parou para descartar, limpar, organizar, pintar e identificar pontos de

    sujidades e dar ideias de melhorias as quais foram anotadas pelo responsvel da

    rea e em seguida encaminhada a comisso do programa 5S.

  • 122

    Cada setor teve sua rea de descarte e espantoso v-la, pois a quantidade

    de material sem utilidade impressionante.

    Tambm foi interessante ver que alguns materiais descartados em alguns

    setores eram exatamente o que faltava em outros e foram imediatamente

    realocados.

    Aps o dia D notou-se grande mudana no ambiente de trabalho e no

    semblante dos funcionrios pois praticar 5S traz prazer em estar num ambiente mais

    claro,limpo e seguro.

    AUDITORIA DO PROGRAMA 5S

    As auditorias so importantes para que se mantenha vivo o esprito do

    programa 5s como tambm serve para corrigir erros e incentivar quem esta correto.

    Com isso, foi elaborado um calendrio com as reas a serem auditadas e

    seus auditores.

    Os auditores foram divididos em duplas e efetuam suas auditorias sempre na

    presena do responsvel pela rea a ser auditada.

    Com um check-list em mos o auditor assinala as no conformidades

    encontradas gerando assim uma pontuao a qual apurada pela comisso e

    nomeia-se um vencedor a cada ms.

    So estipulados prazos para resolver as no conformidades encontradas.

    Essas no conformidades so auditadas novamente de acordo com o prazo

    estipulado.

    24. TIPO DE MANUTENO INTERNA ADOTADO PELA TECMAQ

    Para a manuteno, a TECMAQ adotou uma forma totalmente preventiva e

    participativa que se trata da TPM (Manuteno Preventiva Total) que teve inicio nos

    EUA e foi introduzido no Japo em 1960.

    O objetivo com a utilizao deste mtodo utilizar a co-participao dos

    funcionrios nesta estratgia de preveno e melhoria continua nos processos de

  • 123

    manuteno que sempre resultam em reduo de tempos de parada de hora

    mquina e por ser uma forma econmica.

    A principal ao para obter ndice de satisfao da TPM o treinamento dos

    colaboradores com conhecimentos tcnicos bsicos de mecnica e eltrica para

    indicar problemas no equipamento e acionar o departamento de manuteno a fim

    de realizar o trabalho evitando assim uma parada maior e comprometimento de todo

    sistema.

    As informaes no sero limitadas ao pessoal operacional mais sim toda a

    organizao como engenharia, qualidade e administrativo, que alm de noes

    bsicas de manuteno, mas tambm introduo a sistemas de organizao do

    trabalho e segurana, incentivam ao estudo e sugestes de melhoria.

    O TPM da empresa TECMAQ foi elaborado pelo pessoal organizacional, isto ,

    engenharia, produo e manuteno, indicando as mquinas e equipamentos

    crticos para o processo e a estratgia de trabalho de manuteno. Foi elaborado

    alm dos formulrios de manuteno preventiva um plano geral anual.

    Quadro 3 - Lista de Verificao TPM - (acompanhamento mensal)

    A Lista de Verificao TPM um formulrio utilizado para a manuteno

    preventiva dos equipamentos que compem o parque fabril da TEMAQ que so:

  • 124

    centros de usinagem, tornos CNC, fresas, retficas, alm de outras mquinas

    operatrizes.

    Este formulrio foi idealizado pelo pessoal tcnico em manuteno da

    empresa,e fica posicionado num local visvel em cada uma das mquinas e sua

    troca feita a cada virada de ms.

    Para o caso de quebra e solicitao de manuteno no programada, temos

    uma etiqueta de identificao dos problemas verificados. A mesma foi elaborada em

    trs cores, vermelha, amarela e azul.

    A etiqueta vermelha para o caso crtico de parada de mquina e deve ser

    solucionado o mais rpido possvel. A amarela sinaliza defeitos mecnicos, sendo

    de responsabilidade da respectiva rea. A azul denota problemas do setor eltrico

    ou eletrnicos.

    Segue abaixo, exemplo das etiquetas que adotamos na TECMAQ.

    Figura 49 - Etiqueta para identificao de problemas

  • 125

    Na sequencia temos as relaes entre as cores e as definies por elas

    impostas.

    Figura 50- Etiqueta de identificao de manuteno.

    No caso de manuteno, temos que sempre frisar, por ser o principal setor da

    empresa, o produtivo e a distribuio dos equipamentos com suas respectivas

    numeraes no layout para uma rpida identificao, para que em caso de pane,

    seja feita a execuo de reparos no mais curto espao de tempo.

    Os profissionais que esto designados atender o setor produtivo totalizam 5,

    sendo que 2 pertencem a rea mecnica, 2 das rea eltrica/eletrnica e 1 auxiliar

    para efetuar servios gerais e apoiar os mecnicos, alm de abastecer as mquinas

    com os fluidos necessrios para o seu funcionamento.

    Abaixo temos o layout do setor produtivo com a disposio das mquinas.

    Figura 51 - Arranjo Geral das Mquinas

  • 126

    25. LAYOUT DO SETOR DE MANUTENO

    O Layout do setor de manuteno foi desenvolvido para atender de forma

    mais rpido possvel a produo, onde esto dispostos as mquinas e os

    instrumentos de apoio para as atividades.

    Figura 52 - Arranjo do Setor de Manuteno

    Como fica claro, o setor de manuteno composto pelos seguintes materiais e equipamentos:

    Torno mecnico: Um torno mecnico que auxilia na fabricao e consertos de

    peas que os prprios colaboradores capacitados e habilitados, podem executar, por

    exemplo: parafusos, porcas, eixos e outras partes mveis ou que se desgastam

    normalmente e podem ser torneadas conseguindo assim uma sobrevida.

    Fresa: A fresa universal tem quase o mesmo papel do torno, isto , dar suporte

    ao setor produtivo no que tange a confeccionar itens que vem a suprir a necessidade

    de desgaste das mquinas por ele utilizado.

    Manuais: Contm as informaes dos fabricantes dos equipamentos utilizados

    no setor produtivo, de suma importncia para o desenvolvimento de um bom

    trabalho de manuteno e de conservao.

    Quadro de ferramentas: Uma ponta de organizao e racionalizao do trabalho

    que vem a manter o setor alinhado.

  • 127

    Solda: Idem ao torno e fresa, auxilia nos trabalhos de reparo.

    Bancada: rea reservada para trabalhos manuais e ajuste.

    Iremos mencio