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IMPLEMENTAÇÃO DE TECNOLOGIAS DE GERENCIAMENTO FORA DE BANDA DMTF/DASH, COM FOCO EM SUSTENTABILIDADE: ESTUDO DE CASO INFRAERO BRASÍLIA MARCELO RICARDO CAMPOS LEDES ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA FACULDADE DE TECNOLOGIA UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA

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IMPLEMENTAÇÃO DE TECNOLOGIAS DE GERENCIAMENTO

FORA DE BANDA DMTF/DASH, COM FOCO EM SUSTENTABILIDADE: ESTUDO DE CASO INFRAERO BRASÍLIA

MARCELO RICARDO CAMPOS LEDES

ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA

FACULDADE DE TECNOLOGIA UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA

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UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA FACULDADE DE TECNOLOGIA

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA

IMPLEMENTAÇÃO DE TECNOLOGIAS DE GERENCIAMENTO FORA DE BANDA DMTF/DASH, COM FOCO EM

SUSTENTABILIDADE: ESTUDO DE CASO INFRAERO BRASÍLIA

MARCELO RICARDO CAMPOS LEDES

ORIENTADORA: ELIANE CARNEIRO SOARES

ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO

PUBLICAÇÃO: UnBLabRedes.MFE.041/2015

BRASÍLIA/DF: JULHO/2015.

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FICHA CATALOGRÁFICA

Ledes, Marcelo Ricardo Campos.

Implementação de tecnologias de gerenciamento fora de banda DMTF/DASH, com

foco em sustentabilidade: estudo de caso INFRAERO Brasília [Distrito Federal],

2015. Especialização – Universidade de Brasília, Faculdade de Tecnologia.

Departamento de Engenharia Elétrica.

1. Sustentabilidade 2. Ger. Fora de Banda

3. Retorno de Investimento 4. Computadores

I. ENE/FT/UnB II. Título (série)

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

CESSÃO DE DIREITOS AUTOR: Marcelo Ricardo Campos Ledes

TÍTULO: Implementação de tecnologias de gerenciamento fora de banda DMTF/DASH,

com foco em sustentabilidade: estudo de caso INFRAERO Brasília

GRAU/ANO: ESPECIALISTA/2015

É concedida à Universidade de Brasília permissão para reproduzir cópias de Trabalho de

Conclusão de Curso e para emprestar ou vender tais cópias somente para propósitos

acadêmicos e científicos. O autor reserva outros direitos de publicação, e nenhuma parte

desse Trabalho de Conclusão de Curso pode ser reproduzida sem autorização por escrito

do autor.

_______________________________________

Marcelo Ricardo Campos Ledes Endereço: CLN 411 Bloco B Apartamento 13 CEP: 70866-520 – Brasília/DF Telefone: 55 – 61 – 9922.1595 / E-mail: [email protected]

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UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA

FACULDADE DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA

IMPLEMENTAÇÃO DE TECNOLOGIAS DE GERENCIAMENTO

FORA DE BANDA DMTF/DASH, COM FOCO EM SUSTENTABILIDADE: ESTUDO DE CASO INFRAERO BRASÍLIA

MARCELO RICARDO CAMPOS LEDES

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO SUBMETIDO AO DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA DA FACULDADE DE TECNOLOGIA DA UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA, COMO PARTE DOS REQUISITOS NECESSÁRIOS PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE ESPECIALISTA EM GESTÃO DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO.

APROVADO POR: __________________________________________ ELIANE CARNEIRO SOARES MESTRE, GDF (ORIENTADORA) __________________________________________ EDNA DIAS CANEDO DOUTORA, UNB/FGA (EXAMINADORA INTERNA) __________________________________________ LAERTE PEOTTA DE MELO DOUTOR, UNB/ENE (EXAMINADOR INTERNO)

BRASÍLIA/DF, 14 DE JULHO DE 2015.

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AGRADECIMENTOS

Sobretudo, agradeço a Cristo, por tudo, aos meus amigos e a todos aqueles que,

de alguma forma, doaram um pouco de si para que este trabalho se tornasse possível.

Aos meus pais e esposa, que, com seu apoio e muito amor, não mediram esforços para que

eu chegasse até esta etapa de minha vida.

Agradeço à Eliane Carneiro Soares, orientadora dedicada, que, com sabedoria,

soube guiar-me os passos e os pensamentos para o alcance de meus objetivos.

Por fim, gostaria de agradecer aos alunos de minha classe neste curso,

com quem aprendi cada vez mais a buscar as respostas para satisfazer-lhes o interesse

e me aperfeiçoar na matéria, com a humildade dos que aspiram ao conhecimento.

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RESUMO

IMPLEMENTAÇÃO DE TECNOLOGIAS DE GERENCIAMENTO FORA DE BANDA DMTF/DASH, COM FOCO EM SUSTENTABILIDADE: ESTUDO DE CASO INFRAERO BRASÍLIA Autor: Marcelo Ricardo Campos Ledes Orientadora: Professora Eliane Carneiro Soares Programa de Pós-graduação em Engenharia Elétrica Brasília, 14 de julho de 2015. Este trabalho refere-se a estudo de caso realizado na INFRAERO Brasília, com foco em sustentabilidade, para a implementação de tecnologias de gerenciamento fora de banda DMTF/DASH, usando prova de conceito, com aferição de consumo de energia elétrica de diferentes modelos de computadores para efeitos comparativos e projeções estatísticas de consumo e retorno de investimento em longo prazo. Além do aspecto técnico, o estudo aborda a mudança de paradigma empresarial, governança empresarial e governança de TI. Por meio de prova de conceito, foi feita a medição do consumo de energia elétrica dos modelos de computadores corporativos mais utilizados pela INFRAERO, em Brasília, a fim de gerar dados estatísticos de consumo em longo prazo, visando à comprovação dos benefícios do uso das tecnologias e às especificações dentro do conceito de sustentabilidade. Palavras-chave: Sustentabilidade. Retorno de investimento. INFRAERO. Estudo de caso. Computadores corporativos. Gerenciamento fora de banda DMTF/DASH. Economia de energia elétrica. Mudança de paradigma corporativo. Governança corporativa. Governança de TI.

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ABSTRACT DMTF/DASH OUT-OF-BAND MANAGEMENT TECHNOLOGIES IMPLEMENTATION

WITH FOCUS ON SUSTAINABILITY, CASE STUDY AT INFRAERO BRASILIA

Author: Marcelo Ricardo Campos Ledes Supervisor: Professor Eliane Soares Carneiro Electric Engineering Specialization Program Brasília, July 14th 2015

Case study INFRAERO Brasilia focusing on sustainability management technologies out-of-band DMTF/DASH, using proof of concept with power consumption measurement of different computer models for comparative purposes and consumption statistics projections and long payback period. Besides the technical aspect, the study addresses the changing business paradigm, corporate governance and IT governance. Through proof of concept was done to measure the electricity consumption of corporate computer models most used by INFRAERO, in Brasília, in order to generate statistics of long-term consumption, aiming to prove the benefits of the use of technologies and specifications are within the concept of sustainability. Keywords: Sustainability. Return of investment. INFRAERO. Case study. Corporate computers. Out-of-band management. Power saving. Corporate paradigm shift. Corporate governance. IT governance.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1. Pilha de protocolos da DMTF/DASH................................................................... 18

Figura 2. Intel vProTM AMT (DMTF/DASH 1.0)................................................................ 23

Figura 3. Gerenciamento fora de Banda AMD – DMTF/DASH.......................................... 24

Figura 4. Fatores que influenciam na mudança de paradigma na empresa.......................... 28

Figura 5. INFRAERO e outros órgãos................................................................................. 30

Figura 6. Organograma geral da INFRAERO...................................................................... 30

Figura 7. Instrumento de medição de consumo de energia elétrica Watts Up PRO............. 32

Figura 8. Medição sendo realizada, em 2 modelos de desktops na INFRAERO Brasília......................................................................................... 34

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1. Superintendência de Tecnologia da Informação da INFRAERO Brasília.............. 32

Tabela 2. Descrição dos equipamentos do parque computacional da INFRAERO Brasília... 33

Tabela 3. Coleta de dados no computador HP Compaq DC 5750 – AMD Phenon X2 Dual Core..................................................................................................................... 35

Tabela 4. Coleta de dados no computador HP Compaq DC 5850 – Small Form Factor Business PC AMD Phenon X4 Quad Core............................................................. 36

Tabela 5. Coleta de dados no computador HP Compaq 8200 Elite Ultra Slim Desktop Business PC Core i5 (Intel)................................................................................. 37

Tabela 6. Intel (AMT™ – Active Management Tecnology) e AMD (OOB DMTF/DASH) de 15 Watts.............................................................................................................. 38

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LISTA DE SIGLAS

AMD – Advanced Micro Devices

AMT – Active Management Technology

BIOS – Basic Input/Output System

CIM – Common Information Model

COSO – Committee of Sponsoring Organizations

DASH – Desktop and Mobile Architecture for Systems Hardware

DMTF – Distributed Management Task Force

FMI – Fundo Monetário Internacional

HTTP – Hypertext Transfer Protocol

IFAC – International Federation of Accountants

KVM – Keyboard Video Monitor

OCDE – Organization for Economic Co-operation and Development

OOB – Out-of-Band

USD – US Dollars

USB – Universal Serial Bus

PDTI – Plano Diretor de Informática

PMCI – Platform Management Components Intercommunication

PoE – Power over Ethernet

RAID – Redundant Array of Inexpensive Disks

RAM – Random-Access Memory

ROI – Return of Investment

TI – Tecnologia da Informação

TLS – Transport Layer Security

UEFI – Unified Extensible Firmware Interface

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.......................................................................................................... 10

1.1 Objetivo geral....................................................................................................... 11

1.2 Objetivos específicos............................................................................................ 11

1.3 Justificativa.......................................................................................................... 12

1.4 Contribuição........................................................................................................ 12

1.5 Metodologia.......................................................................................................... 13

1.6 Organização do trabalho.................................................................................... 13

2 REFERENCIAL TEÓRICO..................................................................................... 14

2.1 DMTF – Distributed Management Task Force Inc............................................ 15

2.2 DASH – Desktop and Mobile Architecture for System Hardware..................... 16

2.3 Gerenciamento na banda e fora de banda........................................................ 20

2.3.1 Intel Corporation, vProTM............................................................................ 22

2.3.1.1 Plataforma AMT da Intel............................................................... 22

2.3.2 Advanced Micro Devices (AMD)................................................................ 23

2.4 Governança corporativa..................................................................................... 24

2.4.1 A importância da governança corporativa.................................................. 25

2.4.1.1 Governança de TI........................................................................... 26

2.4.2 Sustentabilidade........................................................................................... 26

3 ESTUDO DE CASO................................................................................................... 29

3.1 Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (INFRAERO)............ 29

3.2 Coleta de dados.................................................................................................... 32

3.3 Resultados obtidos............................................................................................... 35

4 CONCLUSÕES........................................................................................................... 39

5 TEMAS FUTUROS.................................................................................................... 41

6 REFERÊNCIAS......................................................................................................... 42

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1 INTRODUÇÃO

Existem tendência mundial e crescente necessidade de que os novos projetos

de tecnologia da informação possam agregar valores nas empresas, não somente pela

inovação e pela evolução tecnológica, mas também pelo aproveitamento dos recursos

computacionais atuais.

É preciso valorizar os investimentos financeiros que foram feitos no passado

e que representam, no momento presente, percentagem significativa do patrimônio ativo

computacional, tanto de hardware quanto de software, os quais estão disponíveis atualmente

nas empresas. Para efeitos contábeis, devem ser considerados como investimentos a força de

trabalho disponível bem como o tempo gasto nos projetos pelos profissionais da área de TI;

portanto, é fato que há expectativa de retorno no que foi investido, incluindo recursos

computacionais e humanos. O contexto da sustentabilidade em uma empresa visa, dentre

outros objetivos, ao estudo de métodos eficazes que permitam evitar desperdícios,

aproveitando, da melhor maneira possível, o parque computacional existente e priorizando

os projetos que visam à economia de energia elétrica.

Os executivos, líderes das grandes corporações, e principalmente os gestores de TI

buscam, de forma incessante, soluções adequadas para trabalhar com orçamento reduzido que,

contudo, possa maximizar e potencializar benefícios aos usuários de TI. As soluções devem,

acima de tudo, apresentar-se viáveis, sob o ponto de vista financeiro, e, ainda assim, trazer

benefícios práticos à vida das pessoas.

É essencial que haja, dentro das corporações, mudança de paradigmas a qual

poderá ser atingida de forma gradativa, por meio de campanhas que expressem claramente

a extrema necessidade e a importância da sustentabilidade, entre todos os níveis hierárquicos

das empresas, para que seja desenvolvida, ao longo do tempo, ampla consciência da gravidade

dos problemas econômicos globais, influenciados sobretudo pela recessão econômica

nos Estados Unidos e na Europa, que ficou ainda mais acentuada com a crise energética

que o Brasil tem atravessado nos últimos anos.

Gerar lucros de forma mais eficiente, com menor consumo de energia elétrica,

passou a ser preocupação não somente das empresas, mas da sociedade brasileira de forma

geral, pois trata-se de questão amplamente divulgada nos meios de comunicação e que,

portanto, tem reflexo direto nas discussões dos projetos nas indústrias, no setor de serviços

bem como na administração pública. Consequentemente, isso traz impacto direto nas ações

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dos gestores de TI e dos gestores corporativos que devem, obrigatoriamente, no contexto

atual, priorizar a sustentabilidade, buscando, por intermédio de estudos como este,

o conhecimento e o desenvolvimento de métodos que possam garantir maior durabilidade

dos equipamentos de TI, diminuir o consumo de energia elétrica e contribuir com a mudança

cultural das empresas, visando a aquisições de equipamentos que estejam alinhadas com

os requisitos de especificações técnicas, com foco no gerenciamento fora de banda

DMTF/DASH.

1.1 Objetivo geral

Avaliar o uso das tecnologias do gerenciamento fora de banda DMTF/DASH,

no contexto de economia de energia e suporte mais eficiente aos usuários de TI, inserido

no escopo de uma empresa de administração de aeroportos.

1.2 Objetivos específicos

Os objetivos específicos deste trabalho são:

x Estudar os conceitos da tecnologia de gerenciamento fora de banda

DMTF/DASH, com foco na otimização de recursos, tais como: economia

de energia elétrica, melhor retorno do investimento no parque de computadores

corporativos;

x Descrever os padrões das principais empresas no segmento de

microprocessadores do mercado, responsáveis pelo desenvolvimento

de tecnologias de gerenciamento fora de banda DMTF/DASH;

x Estudar o caso de empresa de administração de aeroportos, sediada

em Brasília, com 1.859 computadores, visando à implementação de projeto

de solução de gerenciamento fora de banda DMTF/DASH e a processos

de aquisição focados em sustentabilidade, para melhor retorno do investimento,

com foco no contexto do departamento de atendimento aos usuários de TI

da empresa;

x Analisar o conceito de governança corporativa e de governança de TI

e a mudança de paradigma na empresa.

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1.3 Justificativa

Diante da gestão de TI, alinhada aos preceitos de sustentabilidade, seguindo

as recomendações do Decreto no 7.746, de 5 de junho de 2012, artigo 16, incisos de I a IV,

da Subchefia para Assuntos Jurídicos, da Presidência da República, bem como as boas

práticas de otimização de recursos naturais escassos, tais como energia elétrica, faz-se

necessário, no cenário atual, realizar um estudo que avalie quais são as soluções capazes

de minimizar gastos excessivos e de auxiliar no processo de tomada de decisões gerenciais.

Assim, após analisar as opções tecnológicas, optou-se por fazer um estudo que vise

a implementar um projeto que habilite a tecnologia de gerenciamento fora de banda

DMTF/DASH, nos computadores do fabricante Compaq/HP, dotados de processadores AMD

e Intel, dos usuários finais de TI da INFRAERO Brasília. A implementação dessa tecnologia

tem como objetivo principal obter os benefícios de controlar o hardware do equipamento

que poderá ser programado para desligamento em horários de pouca utilização, para fins

específicos de economia de energia, bem como ser acessado remotamente, independentemente

do estado de funcionamento do sistema operacional, ampliando as possibilidades de acesso

remoto disponíveis no cenário atual e, consequentemente, diminuindo o tempo de resposta

no atendimento aos usuários de TI. Além disso, o projeto prevê o retorno do investimento

feito com os equipamentos existentes.

Faz-se necessário, também, aprimorar as especificações técnicas para aquisições

de novos equipamentos e previsão de ampliação futura do escopo do projeto, obtendo outras

vantagens da tecnologia de gerenciamento fora de banda, novas facilidades de administração

do parque computacional, com foco em sustentabilidade e em melhor retorno de investimento.

1.4 Contribuição

O estudo traz inúmeros benefícios para o departamento de tecnologia da

informação das empresas, principalmente em aspectos que visam à padronização dos

computadores corporativos que suportem tecnologias de gerenciamento fora de banda

DMTF/DASH; à disseminação do conhecimento das tecnologias relacionadas ao

gerenciamento fora de banda DMTF/DASH e suas aplicações, ferramentas, conceitos,

fabricantes e possibilidades de implementações; a melhor documentação técnica do parque

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computacional, caso o projeto seja implementado; à especificação técnica para

desenvolvimento de novos termos de referência; e ao aperfeiçoamento do processo de gestão

de ativo nas empresas.

1.5 Metodologia

A metodologia de pesquisa proposta foi dividida em 3 fases, conforme

apresentado a seguir:

Fase 1: Estudos sobre a força-tarefa DMTF, padrão DASH, e suas diversas

possibilidades de aplicações tecnológicas; sobre como ocorre a mudança de paradigma

na cultura das empresas, no que diz respeito à economia de energia elétrica no uso de

computadores; e sobre a tecnologia de gerenciamento fora de banda DMTF/DASH,

em processadores AMD que suportem essa tecnologia. Para esses estudos, foram escolhidos

modelos disponíveis no ambiente da empresa.

Fase 2: Prova de conceito para verificar o consumo de energia, de forma precisa,

de alguns modelos de computadores encontrados no escritório de Brasília da INFRAERO.

Fase 3: Análise dos resultados obtidos na prova de conceito e de projeções

de economia, a partir dos dados obtidos.

1.6 Organização do trabalho

O capítulo 2 oferece visão teórica do conceito de gerenciamento fora de banda

que trata de padrão aberto DASH, desenvolvido pela Desktop and Mobile Task Force.

Em seguida, apresenta breve histórico das maiores empresas fabricantes de processadores.

Ainda, nesse capítulo, faz-se abordagem teórica sobre governança corporativa, importância da

governança corporativa, governança de TI, mudança de paradigmas e roteiro das mudanças.

No capítulo 3, é apresentado o estudo de caso realizado na INFRAERO Brasília,

que trata da elaboração e da aplicação de testes de consumo de energia em alguns modelos

de computadores. Os resultados obtidos foram lançados em planilha, gerando estatísticas

que podem ser utilizadas como instrumento de pesquisa.

O capítulo 4 demonstra o método desenvolvido durante o estudo e os resultados

obtidos; e, por fim, no capítulo 5, apresentam-se as conclusões obtidas por meio do estudo

e as considerações relacionadas.

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2 REFERENCIAL TEÓRICO

Neste capítulo, será estudada, inicialmente, a Força-Tarefa de Gerenciamento

Distribuído (DMTF, na sigla em inglês) – organização norte-americana composta por

representantes de importantes indústrias de tecnologia que desenvolvem padrões utilizados

como referência –, que, no caso deste estudo, foram listadas outras iniciativas e esforços,

porém foi considerada como foco central deste capítulo, o gerenciamento fora de banda nos

computadores e dispositivos móveis. Essa força-tarefa tem outras iniciativas de padronização

em diversas áreas da computação, envolvendo tecnologias de redes, servidores, computação

em nuvem, virtualização, entre outras; porém, o foco deste estudo é particularmente voltado

para o gerenciamento fora de banda em computadores desktop, denominado DASH.

Em seguida, são apresentadas as características do DASH e suas especificações;

a pilha de protocolo do padrão para desktops e dispositivos móveis, com uma figura

das camadas e do relacionamento dos protocolos, bem como os métodos de autenticação.

São comparadas as diferenças entre o gerenciamento na banda e fora de banda e demonstradas

as vantagens técnicas e as funcionalidades do gerenciamento fora de banda.

Ainda neste capítulo, são citadas empresas que têm produtos com gerenciamento

fora de banda dentro do estudo de caso citado, e são exibidos diagramas com exemplos

de funcionamento da tecnologia de gerenciamento fora de banda proprietária e aberta.

Finalmente, sobre o aspecto gerencial, são abordados diferentes temas, iniciando

pelas definições de governança corporativa e a sua importância bem como de governança

de TI e seu alinhamento com o negócio da empresa. Existe um tópico específico para abordar

sustentabilidade, visto que o estudo de caso do gerenciamento fora de banda está focado

em economia de energia elétrica. Para complementar a parte técnica do referencial teórico,

foi destacada a importância de se ter mudança cultural e de paradigma dentro das corporações,

a fim de que projetos que visem à redução de custos de energia elétrica, por meio

de tecnologias, como a de gerenciamento fora de banda, tenham também o respaldo político,

administrativo e social dentro e fora das organizações, tornando-se parte de uma consciência

global e não apenas de uma questão meramente técnica.

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2.1 DMTF – Distributed Management Task Force Inc.

Fundada em 1992, com sede na cidade de Portland, no estado de Oregon,

nos Estados Unidos, a Distributed Management Task Force, Inc. (DMTF) – Força-Tarefa

de Gerenciamento Distribuído – é uma organização que desenvolve padrões colaborativos

de gerenciamento industriais de TI, em sistemas de gerenciamento, validação, promoção

e adoção. Esses padrões permitem abordagem integrada e eficaz do custo de gerenciamento

para soluções interoperáveis, como instrumentação, controle e comunicação, de forma neutra

e independente, de plataforma e tecnologia.

As empresas associadas DMTF e os representantes dos parceiros da aliança

abrangem a indústria, com participantes ativos de empresas e organizações de todos os

tamanhos, em mais de 40 países. O Conselho de Administração DMTF é liderado por 17

empresas inovadoras, líderes do setor, incluindo: Advanced Micro Devices (AMD); Broadcom

Corporation; CA Technologies, Inc. Cisco; Citrix Systems, Inc.; EMC; Fujitsu; HP; Huawei;

IBM; Intel Corporation; Corporação Microsoft; NetApp; Oracle; RedHat, SunGard;

e VMware, Inc.

A DMTF é liderada pelo Conselho de Administração, que é responsável

por estabelecer direção e estratégia para a organização e as normas que oferece; pelo Comitê

Técnico, que supervisiona os grupos de trabalho para desenvolver normas e documentos

de DMTF; pelo Comitê de Marketing, que dirige a área de marketing da indústria global

da DMTF e esforços de comunicação; e pelo Comitê Interoperabilidade, que complementa

os recursos DMTF para que as implementações de vários fornecedores de tecnologias DMTF

possam ser compatíveis na indústria. Os comitês têm a função de colaborar estreitamente com

todos os membros DMTF, particularmente com os membros ativos dos grupos de trabalho.

A DMTF, Distributed Management Task Force/Padrões, tem diversas iniciativas

e esforços, a lista abaixo refere-se a algumas de destaque:

x Cloud Auditing Data Federation (CADF);

x Cloud Infrastructure Management Interface (CIMI);

x Common Diagnostic Model (CDM);

x Common Information Model (CIM);

x Desktop and Mobile Architecture for System Hardware (DASH);

x Network Management (NETMAN);

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x Open Software Defined Data Center (OSDDC);

x Open Virtualization Format (OVF);

x Platform Management Components Intercommunication (PMCI);

x System Management Architecture for Server Hardware (SMASH);

x System Management BIOS (SMBIOS);

x Virtualization Management (VMAN);

x Web Services Management (WS-MAN).

2.2 DASH – Desktop and Mobile Architecture for System Hardware

A Desktop and Mobile Architecture for System Hardware (DASH), Arquitetura

Desktop e Móvel para Sistemas de Hardware, é um conjunto-padrão de especificações

que leva completa vantagem sobre a especificação Web Services for Management

(WS-MAN), entregando, dessa forma, padrões baseados em Web Services Management para

desktops e sistemas de clientes portáteis. Por intermédio da DMTF/DASH, é provida,

de forma segura, a próxima geração de padrões para gerenciamento fora de banda de desktops

PCs e de sistemas portáteis.

A DMTF/DASH provém suporte para redirecionamento de KVM (Keyboard,

Video and Mouse) – teclado, vídeo e mouse – e console de texto e, também, USB e mídia,

além de suportar gerenciamento de software, atualizações, BIOS (Basic Input Output System),

baterias, NIC (Network Interface Card), MAC e IP addresses – endereço IP –, suporte a DNS

(Domain Name Service) – Serviço de Nomes de Domínio – e DHCP (Dynamic Host Control

Protocol) – Protocolo de Controle de Host Dinâmico. As especificações DMTF/DASH

também fazem referência ao estado do sistema, entre outras funcionalidades.

O objetivo primordial da DMTF/DASH é permitir que as mesmas ferramentas,

sintaxe, semântica e interfaces possam trabalhar de maneira integrada, por meio de uma

gama de produtos, sistemas de desktop tradicionais, desktops PCs e dispositivos portáteis.

A DMTF/DASH oferece o gerenciamento Multi-Vendor para sistemas desktop PC e portáteis

de interfaces de gerenciamento, podendo ser utilizado, independentemente do estado

do sistema. A DMTF/DASH aborda esses objetivos, contendo os modelos, os mecanismos

e a semântica necessários para gerenciar inicialização e firmware, atualizações,

gerenciamento de inventário, descoberta de serviços bem como diversas outras características.

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Ênfase extra foi colocada no desenvolvimento da DMTF/DASH, a fim de permitir

implementações leves que são arquitetonicamente consistentes. Isso inclui que o software

não somente apresente soluções focadas em pequenos firmwares. A ênfase tem sido dada para

garantir que essas implementações sejam interoperáveis, independentemente das soluções

de implementação, arquitetura CPU, chipset, vendedor ou ambiente operacional, trabalhando

em conjunto com a DMTF, no padrão CIM. A DMTF/DASH possibilita diversas

implementações que podem ser facilmente incorporadas na gestão existente dos ambientes

corporativos. Além disso, usando o padrão da indústria existente, protocolos DMTF/DASH

facilitam a interoperabilidade por meio da rede. A DMTF/DASH permite abordagem mais

integrada, garantindo maior simplicidade às tarefas administrativas e funcionalidade

nas soluções de gestão para empresas heterogêneas. O transporte e os protocolos de

gerenciamento da DMTF/DASH admitem que os profissionais envolvidos com a

implementação possam determinar os requisitos para os sistemas compatíveis. Além disso,

descreve os requisitos de descoberta e de segurança, auxiliando os usuários a compreender

os seus aspectos em relação aos perfis e aos protocolos.

A DMTF/DASH utiliza-se do protocolo WS-MAN como meio de gestão.

Esse protocolo é utilizado para apoiar o transporte de mensagens para executar operações

CIM sobre os objetos CIM representados pela DMTF/DASH e pelos perfis CIM. O WS-MAN

é a especificação que promove a interoperabilidade entre as aplicações de gestão e os recursos

gerenciados por identificação de um conjunto de especificações de serviços web e de

requisitos de uso para expor um conjunto comum de operações que são centrais para todo

o gerenciamento de sistemas. Essa funcionalidade inclui as habilidades de descoberta

de recursos de gestão e de navegação do tipo GET, PUT, criação e deleção de indivíduos

e de recursos de gestão, como configurações e valores dinâmicos, enumeração de conteúdo

de contentores e coleções como tabelas grandes e logs, assinatura e entrega de eventos

emitidos por recursos gerenciados, execução de métodos específicos de gestão, como

parâmetros de entrada e saída, conforme exibido com detalhes, na Figura 1, na qual se tem

a representação, de forma gráfica, da pilha de protocolos da DMTF/DASH.

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Aplicações

Camadas WS

Transportes

SOAP

Camadas Físicas

de Rede

Serviço de Gerenciamento DASH

Perfil DASH CIM

Ligação CIM Gerenciamento-WS

Gerenciamento-WS

Transferência de Dados

(Eventos-WS, WS-Enum, WS-Transfer, WS-Addressing)

Perfis de Segurança

Simple Object Access Protocol

(Protocolo de Acesso de Objeto Simples) SOAP / XML

Hyper Text Transfer Protocol (HTTP) –

Protocolo de Transferência de Hiper Texto

Transport Layer Security Protocol (TLS)

Transmission Control Protocol (TCP) –

Protocolo de Controle de Transmissão

Internet Protocol (IP) – Protocolo Internet

MAC / PHY (Endereço MAC e Físico)

Figura 1. Pilha de protocolos da DMTF/DASH. Fonte: Site DMTF.

A DMTF/DASH oferece gerenciamento Multi-Vendor para sistemas em desktops PCs e dispositivos portáteis e, como exibido na Figura 1, as camadas física e de rede estão na parte inferior da pilha. As camadas de transporte que levam mensagens SOAP são as do tipo SOAP/XML para o processamento de mensagens. Acima da camada SOAP/XML, fica a camada de transferência de dados, que é a base em várias especificações de serviços da web, incluindo WS-Transfer, WS-Enumeration e WS-Eventing, para transferir a informação de gestão.

As três camadas superiores representam as aplicações WS-MAN. Os perfis DMTF/DASH são mapeados por intermédio da pilha de protocolo WS-MAN, utilizando as DMTF de WS-MAN e CIM Binding e DMTF/DASH Segurança. Um dos principais benefícios da iniciativa DMTF/DASH é proporcionar ambiente de trabalho mais seguro e gerenciamento móvel. A DMTF/DASH incorpora o padrão de rede da indústria e da camada de transporte, incluindo criptografia, autenticação e autorização, oferecendo mecanismos e estabelecendo os perfis-padrão para papéis de autorização e gestão de contas.

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Um aspecto importante do gerenciamento seguro do tipo DMTF/DASH é o seu

controle de acesso para os recursos gerenciados e as operações de gestão. A autorização de

acesso e de controle é feita com base nas funções que lhe foram atribuídas e nos privilégios

associados às contas de usuário. As funções operacionais incluem privilégios do tipo

“somente leitura do usuário” que permite que um usuário, única e exclusivamente, realize

consultas e operações de leitura na gestão elementos; o elemento “Operador” é o responsável

por permitir que um usuário execute a operação de leitura, escrita e execução de operação

na gestão de elementos, e o “Administrador” é o responsável pelo aumento da capacidade

da função do operador de execução, na conta do usuário de gestão.

A segurança de nível de transporte da DMTF/DASH oferece autenticação

e criptografia de cargas contidas nas mensagens de transporte. Os mecanismos

de autenticação fornecem o nível do usuário e a autorização para um segundo nível, a fim

de se obter privilégio para operações de funções específicas. Existem três diferentes tipos

de mecanismos de autenticação: 1) autenticação em nível de máquina, que é utilizada para

autenticar a máquina que está acessando o serviço, com o uso de credenciais, como chaves

e certificados. Essa autenticação não autentica um usuário em particular ou uma sessão

de usuário; 2) autenticação em nível de usuário, que é usada para autenticar um usuário

em particular, está tipicamente baseada em nomes de usuários e senhas, pode envolver

componentes externos os quais provêm uma identificação para o usuário, é realizada

por operação, todavia é tipicamente visível para o usuário somente na primeira operação.

As credenciais do usuário são armazenadas para utilizações futuras; 3) autenticação

de componentes externos, que é tipicamente um mecanismo fora de banda em que

o componente externo é utilizado para verificar as credenciais usadas para autenticação,

que são emitidas por um fabricante externo (como uma autoridade certificadora).

Os usuários provêm essas credenciais durante o processo de autenticação. O componente

externo está envolvido na autenticação do usuário (verificando as credenciais). Tipicamente,

a autenticação é realizada em um canal separado e não envolve sistema de gerenciamento.

O DASH utiliza um modelo baseado em autenticação por papel. O escopo da autorização

está dentro da sessão de autenticação. Para uma sessão TLS, a autenticação HTTP resumida

pode ocorrer várias vezes dentro da mesma sessão. Cada operação realizada por um usuário

é autorizada para priorizar a execução. Uma operação não autorizada (uma operação

que causa falha de autorização) não altera o estado ou os recursos gerenciados.

Page 22: TCCMLEDES

20

A DMTF/DASH permite, ainda, a utilização de perfis da DMTF que contêm

as classes das instâncias com as propriedades e os métodos necessários para gerenciar

sistemas desktop e portáteis. Os requisitos de implementação identificam como os perfis

deverão ser utilizados em uma solução DMTF/DASH.

Por meio da DMTF/DASH, é definido um conjunto de conteúdo de mensagens

de eventos normalizados na mensagem DMTF, com o registro de schema, promovendo maior

interoperabilidade entre as diferentes implementações de gerenciamento de instrumentação

e os aplicativos que subscrevem e recebem eventos.

Finalmente, a DMTF/DASH baseia-se no poder dos protocolos WS-MAN e CIM

para entregar para desktops PCs avançada gestão de dispositivos portáteis e recursos,

incluindo:

x Controle de energia;

x Controle de inicialização;

x WS-Eventing Indicações push;

x Sistemas correlacionáveis ID;

x Informações sobre a versão do firmware;

x Informação sobre o hardware (incluindo modelo do chassi, número de série,

CPU, memória, fan, fornecimento de energia e sensor);

x Acesso e UserID credenciais bem como funções e privilégios;

x Produtos e soluções que utilizam DMTF/DASH proporcionam níveis melhores

de interoperabilidade em sistemas desktops PCs e portáteis, simplificando

a gestão, que é um dos principais desafios, tratando-se de gerenciamento

distribuído.

2.3 Gerenciamento na banda e fora de banda

Existem dois tipos de soluções: na banda e fora de banda. Na banda, tipicamente,

significa que todos os dispositivos-clientes estão ligados ao sistema operacional que está

executando, e o dispositivo pode ser acessado pela rede. Fora de banda significa que

os dispositivos-clientes ainda devem ser acessados pela rede, mas podem ser gerenciados,

embora estejam em estado de energia, desligado ou em modo hibernação.

Page 23: TCCMLEDES

21

A função primordial do gerenciamento fora de banda (out-of-band – OOB) é a

garantia da conectividade, independentemente do estado da rede em banda, em outros canais de

acesso, sendo que haverá sempre um canal exclusivo dedicado para manutenção de dispositivos.

Já no caso do gerenciamento na banda (in-band), é essencial que, antes

da utilização do canal, o sistema operacional seja inicializado, o que reduz custos

de hardware, porém perde-se em eficiência.

No caso do gerenciamento fora de banda DMTF/DASH ou OOB DMTF/DASH,

uma das vantagens obtidas é o acesso remoto a programas, como BIOS, que é um acrônimo

para Basic Input/Output System – Sistema Básico de Entrada e Saída –, um tipo específico

de firmware utilizado durante o processo de inicialização. O gerenciamento do tipo OOB

DMTF/DASH amplia as possibilidades de configuração dos computadores, sem a necessidade

da presença do técnico em campo, até mesmo permitindo o acesso remoto a BIOS,

aumentando a gama de possibilidades de manutenção e reduzindo custos operacionais

de deslocamento. Existem adaptadores de rede específicos para trabalhar com as tecnologias

fora de banda bem como processadores e chipsets com essas tecnologias embutidas.

As funcionalidades de gerenciamento fora de banda DMTF/DASH, obtidas

com um projeto de implementação dessa tecnologia na empresa, irão atender às necessidades

de programação de automaticamente ligar/desligar computadores da rede corporativa

e permitir monitoramento e medição de níveis de utilização dos elementos da placa-mãe

do computador, como velocidades do ventilador (cooler), consumo de potência da fonte

de energia, sensores de presença instalados nos gabinetes dos computadores que podem

ser alarmados, transmissão de saída de vídeo para terminais remotos com recebimento

de entrada para teclado e mouse, acesso a recursos locais como unidades de DVD, Blu-Ray,

acessados a partir de um computador distante fisicamente, de forma remota, atualizações

remotas de sistema operacional, entre outras funcionalidades que poderão ser exploradas

de acordo com o escopo definido durante a implantação.

O desenvolvimento da indústria de computadores e, consequentemente, das

tecnologias de gerenciamento fora de banda DMTF/DASH está ligado diretamente à evolução

tecnológica e aos avanços nas pesquisas, no desenvolvimento e na fabricação dos

componentes dos processadores. Atualmente, duas empresas dominam esse segmento

do mercado de tecnologia no mundo ocidental, a AMD – Advanced Micro Devices – e a Intel

Corporation, ambas norte-americanas.

Page 24: TCCMLEDES

22

2.3.1 Intel Corporation, vProTM

Em 1968, dois cientistas, Robert Noyce e Gordon Moore, fundaram a empresa

norte-americana Intel, com foco na pesquisa e no desenvolvimento de produtos de memória,

utilizando materiais semicondutores. Em 1971, a Intel lançou o primeiro microprocessador

do mundo.

A sede principal da empresa fica localizada em Santa Clara, Califórnia,

nos Estados Unidos. A empresa possui 107.600 funcionários em todo o mundo, pelos dados

obtidos no final de 2013 (sendo que 55% dos empregados residem nos EUA); na bolsa

de valores NASDAQ, é identificada como INTC; tem como executivos principais Brian M.

Krzanich, CEO – Chief Executive Officer – e Renée James J., presidente; sua receita líquida,

em 2013, foi de 52,7 bilhões de dólares; e o lucro, por ação, em 2013, foi de USD 1,89.

A Intel Corporation tem, em toda a sua linha, processadores mais avançados, focados para

empresas, com a marca registrada vProTM, que provém as funcionalidades de acesso remoto

por meio de canal seguro, independentemente de alimentação elétrica ou do estado

do sistema operacional, abordando os problemas dos usuários, quando eles estão on-line e

automaticamente corrigindo, reparando e atualizando o sistema operacional e as aplicações.

Além disso, é possível obter, de forma automática, o inventariado do lado cliente

de hardware e de software; e, de forma remota, é possível gerenciar drives e desbloquear

unidades criptografadas.

2.3.1.1 Plataforma AMT da Intel

O gerenciamento dos computadores corporativos que possuam processadores do

fabricante Intel desenvolvidos especificamente com tecnologias com foco em gerenciamento

poderá ser feito pela ferramenta Intel vProTM Platform Solution Manager (Intel vProTM PSM),

que é uma framework application que permite a execução de plug-ins para gerenciar

remotamente os clientes baseados na tecnologia Intel vProTM. A ferramenta realiza tarefas

como gerenciamento de energia, controle remoto KVM, sistema de defesa, entre outras.

As funcionalidades de gerenciamento são denominadas Active Management Technology –

Tecnologia de Gerenciamento Ativo – da Intel, que é a plataforma equivalente

ao gerenciamento fora de banda DMTF/DASH 1.0.

A Figura 2 exibe um diagrama que descreve o funcionamento básico dessa

plataforma.

Page 25: TCCMLEDES

23

SistemaOperacional

SistemaOperacional

Intel AMT

InterfaceRede

Chipset

CLIENTE vProTM

Rede

DIAGRAMA DE FUNCIONAMENTO DA PLATAFORMA INTEL AMT

Fica entre a interface de rede e o sistema operacional

Gerenciamento de tráfico é manipulado diretamente pelo

AMT

Gerenciamento de tráfico nunca é visto pelo Sistema Operacional (exceto em em adaptadores de

rede sem fio)

Figura 2. Intel vProTM AMT (DMTF/DASH 1.0). Fonte: Site Intel.

2.3.2 Advanced Micro Devices (AMD)

Em 1969, a empresa norte-americana Advanced Micro Devices (AMD) apresenta

o seu primeiro dispositivo proprietário AM2501 Logic Counter; em 1970, a empresa torna-se

pública, e o cofundador Jerry Sanders a batiza, oficialmente, como AMD. A sua sede fica

localizada em Sunnyvale, Califórnia. A AMD conta com 9.700 empregados, em 47 escritórios

espalhados globalmente, atuando na bolsa de valores NASDAQ, onde é conhecida como

AMD. Na Revista Fortune, foi destaque entre as 500 maiores empresas mundiais e teve lucro

de 5,5 bilhões de dólares, em 2014.

O gerenciamento fora de banda em processadores AMD, baseado em

DMTF/DASH, é feito de forma independente do estado do sistema operacional, trazendo

vantagens aos usuários de TI, por ampliar as possibilidades de atendimentos remotos.

Page 26: TCCMLEDES

24

AGENTES NABANDA

SISTEMA OPERACIONAL BIOS

CONTROLADORA DE GERENCIAMENTO COM

CONTROLE AVANÇADO DE ACESSO REMOTO

SENSORES / CONTROLEENERGIA / ZERAR

COOLERS / TEMPERATURALED / LCD / BOTÕESCPUS / INTERNOS

PROGRAMA

PLATAFORMAREDE

CONTROLADORA DE GERENCIAMENTO COM

CONTROLE AVANÇADO DE ACESSO REMOTO

GERENCIAMENTO NA BANDA

GERENCIAMENTO FORA DA BANDA

Figura 3. Gerenciamento fora de Banda AMD – DMTF/DASH. Fonte: Site AMD.

2.4 Governança corporativa

Governança corporativa é um conjunto de responsabilidades e práticas exercidas

pelo conselho e pelo gerenciamento executivo, visando a fornecer direcionamento estratégico,

garantir o alcance dos objetivos, estabelecer o gerenciamento dos riscos e garantir a utilização

dos recursos da empresa com responsabilidade. Além disso, trata de performance e de

melhorar o lucro, a eficiência, a efetividade e o crescimento, em conformidade com

a legislação, as políticas internas e os requisitos de auditoria.

Tanto a governança corporativa como a governança de TI requerem equilíbrio

entre a conformidade e o desempenho da empresa. A governança corporativa direciona

a governança de TI. Como em muitos outros aspectos da vida empresarial, as práticas

de governança corporativa não devem seguir um princípio único. Ao contrário: a experiência

indica que as formas de implementar e obter melhor governança podem diferir

consideravelmente de país para país e de empresa para empresa, mesmo quando aplicadas

no mesmo setor de atividade empresarial.

Os motivos que levam uma companhia a buscar melhorias na governança

corporativa são tão numerosos e variados quanto as formas de implementá-las. Em muitos casos,

a decisão de adotar medidas específicas de governança acontece somente após um período

relativamente longo dedicado à compreensão sobre os custos e os benefícios de tal esforço.

Durante esse período, os atores-chave da companhia adquirem mais conhecimento

sobre o que uma melhor governança corporativa pode trazer para a empresa e para seus vários

Page 27: TCCMLEDES

25

grupos interessados, internos e externos. Em alguns casos, a sobrevivência da companhia

está por um fio. Nessa situação, os atores-chave devem tomar imediatamente decisões

relacionadas à governança, e a implementação deve ser acelerada.

2.4.1 A importância da governança corporativa

Governança corporativa é uma expressão surgida em 1991. Criada pela OCDE,

é vista por esta, pelo FMI, pelo Banco Mundial e pelo G7 como uma sólida base para

o crescimento econômico, a integração global dos mercados e o controle dos riscos

dos investimentos nas empresas. Segundo Andrade e Rossetti (2005), a governança

corporativa constitui um dos instrumentos determinantes do desenvolvimento sustentável,

em suas três dimensões – a econômica, a ambiental e a social.

Bergamini Junior (2005, p. 150) afirma que pesquisa desenvolvida pela IFAC

sobre o sucesso e o insucesso de empresas em dez países revelou que somente a boa

governança não garante o sucesso empresarial, mas que a fraca governança contribui para

a destruição das empresas. A pesquisa revelou quatro fatores determinantes do sucesso

empresarial, dos quais três referiam-se a práticas de governança corporativa e um,

de controles internos: 1) a atitude da alta administração na formação da cultura da empresa;

2) o papel de liderança do diretor-presidente; 3) o desempenho proativo do conselho de

administração; e 4) a existência de um bom sistema de controles internos.

Ainda segundo Bergamini Junior (2005, p. 150), é imperativo destacar que,

na atualidade, os preceitos de controle interno e de gerenciamento de riscos estão

integralmente inclusos nas boas práticas de governança corporativa. É impensável falar

em governança se não houver sistemas de controle interno e de gerenciamento de riscos

efetivamente implantados e em funcionamento, o que nos leva à conclusão de que

a contabilidade e a auditoria são partes integrantes desse contexto, pois, sem informações

contábeis corretas, de qualidade e asseguradas por uma auditoria adequada, tais sistemas

não seriam confiáveis.

Dessa forma, entende-se que a utilização de processos de governança em uma

organização visa a estabelecer benefícios, tais como: transparência, economicidade, melhor

retorno dos investimentos e controles.

Page 28: TCCMLEDES

26

2.4.1.1 Governança de TI

A governança de TI é definida como uma estrutura de relacionamento e processo

para dirigir e controlar uma organização, a fim de atingir os objetivos corporativos,

adicionando valor ao negócio e equilibrando os riscos em relação ao retorno do

investimento em TI e em seus processos. Tais estruturas e processos buscam garantir

que a TI contribua para os objetivos e as estratégias da organização serem alcançados

e assumirem seu valor máximo, de forma a controlar a execução e a qualidade dos serviços

de TI, em benefício da organização.

Basicamente, ter uma estrutura de relacionamento e processos é garantir que

as ações da governança de TI sejam compartilhadas com os dirigentes da organização

(pública ou privada), estabelecendo os processos necessários para suportar o uso da TI

nas atividades diárias de usuários e clientes, que formam os públicos interno e externo.

A governança de TI ganha força no atual cenário de competitividade do mundo

dos negócios, em que é cada vez maior a necessidade de adoção, pela área de TI,

de mecanismos que permitam estabelecer objetivos, avaliar resultados e examinar, de forma

concreta e detalhada, se as metas foram alcançadas. O ambiente de uma organização

apoia-se na tecnologia em constante mutação, exigindo modelos mais ágeis e flexíveis

de gerenciamento.

Os negócios das organizações estão sempre em transformação, e a TI,

igualmente, está em constante processo de mudança. Por isso, é necessário designar

poderes de decisão da melhor maneira possível, visando a manter o alinhamento entre

os negócios e a TI.

Uma governança de TI adequada é necessária para o conhecimento mais amplo

dos objetivos desse setor. As novas práticas de governança possibilitam que a área de TI

esteja adequada à estratégia de negócios das organizações.

2.4.2 Sustentabilidade

Mudar paradigmas é necessário para que as empresas se mantenham competitivas.

A decisão gerencial de implementar tecnologias de sustentabilidade, baseadas em tecnologias

como o gerenciamento fora de banda, por exemplo, até mesmo adotando medidas normativas

Page 29: TCCMLEDES

27

e de incentivos à mudança de valores culturais dentro da organização, pode trazer reais

benefícios aos usuários de TI e gerar o retorno dos investimentos na empresa; no entanto,

para que este ocorra, é necessário haver mudança substancial de paradigma com foco

na sustentabilidade.

Sobre o ponto de vista cultural da empresa, é preciso que o gestor de tecnologia

da informação faça uma alteração das prioridades dentro do rol de projetos gerenciados

na empresa. Quando a TI passa a ser uma área não somente executora de demandas de outras

áreas da empresa, mas passa a exercer um papel mais atuante nas grandes decisões

corporativas, fica evidenciado que cada vez mais toda a sociedade está dependente

de recursos tecnológicos mais avançados, tanto para exercer suas atividades profissionais

quanto para a vida cotidiana, fora do ambiente das empresas, já que, em momentos de lazer,

a tecnologia tem-se tornado mais presente na vida das pessoas.

Incorporar decisões que priorizem a sustentabilidade nos projetos da área

de tecnologia da informação faz parte de uma tendência global de mudança de paradigma

e de cultura empresarial que tem ocorrido nos últimos anos, tanto no exterior como no Brasil,

devido ao impacto das crises econômicas mundiais, principalmente nos Estados Unidos

e na Europa.

Toda organização deve estabelecer sua própria cultura e escolher uma estratégia

de governança de TI. A mudança cultural e a comunicação efetiva irão, portanto, ser únicas

para a situação específica. Assim, segundo Balogun et al (2003), o processo de mudança

na organização deve ocorrer, levando-se em conta técnicas que podem guiar o melhor

caminho a seguir. Tais técnicas podem ser usadas para avaliar como a cultura organizacional

e o estilo de gerenciamento atual adotados pela empresa lidam com a governança das

atividades de tecnologia da informação e qual estilo cultural é desejado.

Dessa forma, pensar em preceitos de sustentabilidade faz-se necessário,

inicialmente, para analisar o estado existente e definir o estado desejado. A Figura 4

demonstra que as mudanças de paradigma em uma organização são formadas por diversas

características as quais podem, genericamente, ser ilustradas.

Page 30: TCCMLEDES

28

Figura 4. Fatores que influenciam na mudança de paradigma na empresa. Fonte: A Best Practice guide for decision makers in IT. 2005.

Uma somatória de fatores forma a cultura da empresa, e os gestores de TI têm

um papel fundamental na formação de opinião. Eles devem dar o exemplo de boas práticas

quanto ao melhor aproveitamento dos recursos da empresa, para que, dessa forma, sejam

agentes transformadores na propagação de informações e formadores de opinião e exerçam

papel de influência, não apenas pelo nível hierárquico dentro da corporação, mas pelas

condutas éticas adotadas, contribuindo para mudanças de paradigma dentro das organizações

que, muitas vezes, não estão com foco em sustentabilidade.

Page 31: TCCMLEDES

29

3 ESTUDO DE CASO

O estudo de caso apresentado neste capítulo tem o objetivo de analisar como

a implementação e as tecnologias de gerenciamento fora de banda podem contribuir tanto para

a economia de energia elétrica como para a diminuição do tempo de resposta de atendimento

aos usuários de TI, além das possíveis contribuições no contexto da sustentabilidade

e no retorno do investimento.

3.1 Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (INFRAERO)

Fundada em 1973, a INFRAERO é uma empresa pública nacional habituada

à diversidade brasileira. Sua missão é oferecer soluções aeroportuárias inovadoras

e sustentáveis, aproximando pessoas e negócios, com foco permanente na excelência

da prestação de bons serviços a seus clientes. A empresa administra e investe em

infraestrutura aeroportuária, com obras e melhorias em todos os estados brasileiros.

Responsável por administrar 60 aeroportos, 70 estações prestadoras de serviços de

telecomunicações e de tráfego aéreo e 28 terminais de logística de carga.

A INFRAERO tem por finalidade implantar, administrar, operar e explorar industrial e comercialmente a infraestrutura aeroportuária e de apoio à navegação aérea, prestar consultoria e assessoramento em suas áreas de atuação e na construção de aeroportos, bem como realizar quaisquer atividades correlatas ou afins, que lhe forem atribuídas pelo Ministério da Defesa. (Site oficial da INFRAERO).

Em 2014, seus aeroportos registraram 131,6 milhões de embarques e

desembarques e movimentaram 430,7 mil toneladas de carga. Para tanto, a empresa estabelece

sua visão de futuro como uma empresa socialmente responsável, rentável, voltada para

o cliente, integrada à sociedade, moderna, ágil, tecnologicamente atualizada e comprometida

com o desenvolvimento sustentável do Brasil.

A área de atuação da INFRAERO bem como o seu relacionamento com outros

órgãos, conforme mostra a Figura 5, permitem o desenvolvimento de oportunidades

de trabalho: a) melhor aproveitamento da infraestrutura instalada; b) demanda do transporte

aéreo; c) diversificação do mercado de aéreas; d) prestação de serviços auxiliares;

e) treinamento operacional; e f) flexibilização de tarifas (tarifa diferenciada, leilão de slots,

entre outros) e serviços voltados para a aviação executiva e geral.

Page 32: TCCMLEDES

30

Figura 5. INFRAERO e outros órgãos. Fonte: Site da Anac.

Figura 6. Organograma geral da INFRAERO. Fonte: Intranet da INFRAERO.

Page 33: TCCMLEDES

31

No sentido de conter capacidades alinhadas à infraestrutura, estabelecendo

o primeiro contato com os conceitos de governança, a INFRAERO desenvolveu nova

modelagem de estrutura organizacional, apresentada na Figura 6, na qual houve redução

dos níveis hierárquicos. Buscou-se agrupar atividades afins sob a mesma supervisão,

reduzindo a distância entre as áreas e as instâncias na tomada de decisões.

Com tais modificações, a INFRAERO passou a ser mais descentralizada,

com maior autonomia das Superintendências Regionais, unidades responsáveis pela

coordenação, planejamento e execução dos serviços de infraestrutura aeroportuária e de

navegação aérea, de acordo com as metas estabelecidas no planejamento empresarial. Com

o estabelecimento dessa nova arquitetura organizacional, as Diretorias e Superintendências

Regionais tiveram ampla liberdade de estabelecer estruturas organizacionais mais adequadas,

dentro dos parâmetros oferecidos pela Diretoria-Executiva. Assim, foi possível criar cultura

de responsabilidade compartilhada que permitisse a máxima flexibilização de operação

e oportunidades para melhoria da rentabilidade e do desempenho da empresa.

No início, quando foi criada, a Superintendência de Serviços Corporativos

de Tecnologia da Informação da INFRAERO tinha três centros principais de Processamento

de Dados: um na sede, em Brasília, e os outros dois, no Aeroporto do Galeão, no Rio

de Janeiro, e em São Paulo, primeiramente, no aeroporto de Campo de Marte

e, posteriormente, no Aeroporto de Guarulhos, que eram mainframes IBM e Digital.

As informações eram impressas e trocadas entre a sede e os aeroportos por malote

(Correios). Para as comunicações urgentes, era utilizado o Telex. Os aeroportos não

possuíam redes locais e, portanto, não eram conectados às suas respectivas regionais,

e estas, por sua vez, também não se conectavam à sede.

Atualmente, a Superintendência de Tecnologia da Informação é conectada,

em nível nacional, por rede, com tecnologia MPLS, e está subordinada à Presidência

da INFRAERO, com sede em Brasília. A Superintendência de TI está estruturada

conforme descrito na Tabela 1.

Page 34: TCCMLEDES

32

Tabela 1. Superintendência de Tecnologia da Informação da INFRAERO Brasília

3.2 Coleta de dados

O presente estudo analisa o uso de energia elétrica, em especial nos modelos

de computadores corporativos que suportam as tecnologias vProTM – Processadores Intel

(com suporte na Plataforma AMT™ – Active Management Tecnology) e nos computadores

que usam processadores AMD que suportam a tecnologia de gerenciamento OOB padrão

DMTF/DASH. Nesse contexto, o instrumento de coleta de dados foi um equipamento

específico de medição de consumo de precisão, chamado Watts Up PRO, como mostra

a Figura 7.

Figura 7. Instrumento de medição de consumo de energia elétrica Watts Up PRO.

Page 35: TCCMLEDES

33

O estudo de caso restringiu-se à INFRAERO Brasília, cujo parque computacional

está descrito na Tabela 2, exceto os computadores do modelo #3 que não foram testados,

por representarem quantitativo menos expressivo.

Tabela 2. Descrição dos equipamentos do parque computacional da INFRAERO Brasília

#

DESCRIÇÃO DOS

COMPUTADORES PROCESSADOR QUANTIDADE

1 HP Compaq DC5750 Business PC AMD – Athlon 64 X2 Dual Core 499

2 HP Compaq DC5850 Small Form Factor Business PC AMD – Phenon Quad Core 768

*3 HP Compaq 6005 Pro Ultra Slim Desktop Business PC

AMD – Phenon II – Quad Core com Suporte a AMD-V 91

4 HP Compaq 8200 Elite Ultra Slim Desktop Business PC

Intel – i5 CPU @ 3.30GHZ 4 núcleos com suporte a vProTM

e AMT 501

TOTAL DE EQUIPAMENTOS 1.859

O equipamento utilizado para a coleta dos dados possibilita a medição,

em corrente alternada, com precisão do consumo de energia elétrica do equipamento.

O instrumento de coleta de dados foi um equipamento eletrônico de uso industrial

de medição de consumo de precisão, chamado Watts Up PRO, que foi conectado à fonte de

alimentação de energia de 3 diferentes modelos de computadores, conforme é apresentado

na Tabela 2, em que se mediu o consumo de energia elétrica de cada modelo, coletando-se

os dados por software (Watts Up USB – Power Monitoring System – Version 0.08.8.14 –

Copyright 2008 – Eletronic Educational Devices, Inc. – http://www.doubleed.com). Após

a finalização da coleta, os dados foram baixados e salvos em formato de texto

e, posteriormente, lançados manualmente em uma planilha do Excel, na qual foi possível

gerar dados estatísticos, para calcular o consumo de energia elétrico estimado em longo

prazo. Neste estudo, foi estipulado o período de 5 anos, por ser o tempo médio

de durabilidade de um computador em ambiente corporativo de escritório. Então,

baseando-se nos valores monetários atualizados em reais de quilowatts-hora, obtidos no site

da Aneel, em junho de 2015, quando foram feitos os cálculos matemáticos.

A medição realizada de forma contínua verifica as variações de tempo que

um equipamento tem no consumo de energia em horas, semanas e meses. Essa medição

Page 36: TCCMLEDES

34

foi feita durante cerca de 20 minutos de forma distinta, em cada modelo, e observou-se

a medição, durante o processo de inicialização do Sistema Operacional Windows; logo

depois, foi aberto o programa de correio eletrônico Outlook, o navegador Microsoft Internet

Explorer e alguns aplicativos do pacote Microsoft Office, com a finalidade de simular o uso

diário e estimar o consumo de energia aproximado. O teste permitiu o monitoramento

e a medição do consumo de energia e foi feito com o equipamento fisicamente conectado

e ligado à fonte de alimentação, conforme pode ser visto na Figura 8, que demonstra a foto

captada no instante da medição.

Figura 8. Medição sendo realizada, em 2 modelos de desktops na INFRAERO Brasília.

A medição de consumo de energia elétrica proposta neste estudo de caso foi

realizada por amostragem, com 3 diferentes modelos do fabricante HP Compaq, rodando

tanto em processadores AMD como em processadores Intel:

x HP Compaq DC 5750 – AMD Phenon X2 Dual Core (suporta

o gerenciamento OOB DMTF/DASH);

x HP Compaq DC 5850 Small Form Factor Business PC, AMD Phenom™

Quad Core Processor (suporta o gerenciamento OOB DMTF/DASH);

x HP Compaq 8200 Elite Ultra Slim Desktop Business PC, Core i5-2500

CPU @ 3.30GHZ 4 núcleos (suporta vProTM/AMT™ – Active

Management Technology –, por meio de ferramentas proprietárias da Intel

e/ou de integração com a plataforma Microsoft System Center).

Page 37: TCCMLEDES

35

3.3 Resultados obtidos

Nas tabelas a seguir apresentadas, é possível verificar a comparação do consumo

de energia entre os principais modelos de equipamentos utilizados atualmente

na INFRAERO Brasília, que foram foco deste estudo de caso, sendo possível comparar

os níveis de consumo de energia elétrica de cada modelo e, dessa forma, prever os gastos

baseados nos modelos estudados.

O valor estimado de consumo foi baseado no período de 5 anos, por ser o tempo

médio de vida estimado para um computador de uso corporativo no ambiente INFRAERO.

A Tabela 3 apresenta o resultado da coleta de dados realizada no computador HP Compaq

DC 5750 – AMD Phenon X2 Dual Core.

Tabela 3. Coleta de dados no computador HP Compaq DC 5750 – AMD Phenon X2 Dual Core

A Tabela 3 apresenta o consumo, por desktop, de 0,0998 kW/h (novecentos

e noventa e oito milésimos de quilowatts-hora). Considerando que o custo do quilowatt-hora,

no Brasil, é de R$ 0,42 (quarenta e dois centavos de real), obtém-se que o custo de energia,

por hora, de um equipamento do tipo desktop é de R$ 0,04 (quatro centavos de real).

Assim, conclui-se que o custo de energia diário, por desktop, é R$ 0,34 (trinta e quatro

centavos de real), baseado em 8 horas diárias de trabalho. A INFRAERO Brasília possui

499 (quatrocentos e noventa e nove) equipamentos com essa configuração. Dessa forma,

pode-se descrever um custo diário com energia de R$ 167,33 (cento e sessenta e sete reais

e trinta e três centavos), o que resulta no custo mensal de R$ 3.681,23 (três mil seiscentos

e oitenta e um reais e vinte e três centavos) e anual de R$ 44.174,77 (quarenta e quatro mil,

Page 38: TCCMLEDES

36

cento e setenta e quatro reais e setenta e sete centavos), tendo um tempo estimado

de durabilidade de 5 anos, totalizando R$ 220.873,85 (duzentos e vinte mil, oitocentos

e setenta e três reais e oitenta e cinco centavos).

A Tabela 4 apresenta o resultado da coleta de dados realizada no computador

HP Compaq DC 5850 – Small Form Factor Business PC AMD Phenon X4 Quad Core.

Tabela 4. Coleta de dados no computador HP Compaq DC 5850 – Small Form Factor

Business PC AMD Phenon X4 Quad Core

O consumo apresentado na Tabela 4 é representado, por desktop, de 0,0946 kWh (novecentos e quarenta e seis milésimos de quilowatts-hora). Considerando que o custo

do quilowatt-hora, no Brasil, é de R$ 0,42 (quarenta e dois centavos de real), obtém-se que

o custo de energia, por hora, de um equipamento do tipo desktop é de R$ 0,04 (quatro

centavos de real). Assim, conclui-se que o custo de energia diário, por desktop, é R$ 0,32

(trinta e dois centavos de real), baseado em 8 horas diárias de trabalho. A INFRAERO

Brasília possui 768 (setecentos e sessenta e oito) equipamentos com essa configuração.

Dessa forma, pode-se descrever um custo diário com energia de R$ 244,11 (duzentos

e quarenta e quatro reais e onze centavos), o que resulta no custo mensal de R$ 5.370,49

(cinco mil, trezentos e setenta reais e quarenta e nove centavos) e anual de R$ 64.445,94

(sessenta e quatro mil, quatrocentos e quarenta e cinco reais e noventa e quatro centavos),

tendo um tempo estimado de durabilidade de 5 anos, totalizando R$ 322.229,70 (trezentos

e vinte e dois mil, duzentos e vinte e nove reais e setenta centavos).

Page 39: TCCMLEDES

37

A Tabela 5 apresenta o resultado da coleta de dados realizada no computador

HP Compaq 8200 Elite Ultra Slim Desktop Business PC Core i5 (Intel).

Tabela 5. Coleta de dados no computador HP Compaq 8200 Elite Ultra Slim Desktop

Business PC Core i5 (Intel)

É apresentado na Tabela 5 o consumo, por desktop, de 0,0819 kWh (oitocentos

e dezenove milésimos de quilowatts-hora). Considerando que o custo do quilowatt-hora,

no Brasil, é de R$ 0,42 (quarenta e dois centavos), obtém-se que o custo de energia, por hora,

de um equipamento, do tipo desktop, é de R$ 0,04 (quatro centavos de real). Assim, conclui-

se que custo de energia diário, por desktop, é R$ 0,32 (trinta e dois centavos de real), baseado

em 8 horas diárias de trabalho. A INFRAERO Brasília possui 501 (quinhentos e um)

equipamentos com essa configuração. Dessa forma, pode-se descrever o custo diário

com energia de R$ 137,87 (cento e trinta e sete reais e oitenta e sete centavos), o que resulta

no custo mensal de R$ 3.033,08 (três mil e trinta e três reais e oito centavos) e anual

de R$ 36.396,94 (trinta e seis mil, trezentos e noventa e seis reais e noventa e quatro

centavos), tendo um tempo estimado de uso de 5 anos, totalizando R$ 181.984,68 (cento

e oitenta e um mil, novecentos e oitenta e quatro reais e sessenta e oito centavos). A Tabela 6 apresenta o resultado em comparação com computadores de baixo

consumo que utilizam processadores Intel, com tecnologia vProTM (AMT™ – Active

Management Tecnology), e AMD, com suporte a gerenciamento OOB DMTF/DASH, ambos

com desktop mini (15 Watts).

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Tabela 6. Intel (AMT™ – Active Management Tecnology) e AMD (OOB DMTF/DASH)

de 15 Watts

A estimativa de consumo em equipamentos apresentada na Tabela 6, refere-se

ao tipo desktop mini, que não foram submetidos a testes de medição, pois a INFRAERO

Brasília não os possui; no entanto, existem estudos de viabilidade para aquisições

de equipamentos dessa categoria. Para fins estatísticos de comparação, esses modelos

estão sendo objeto deste estudo de caso.

O consumo é de 0,015 kWh (quinze milésimos de quilowatts-hora). Considerando

que o custo do quilowatt-hora, no Brasil, é de R$ 0,42 (quarenta e dois centavos de real),

obtém-se que o custo de energia, por hora, de um equipamento do tipo desktop é de R$ 0,04

(quatro centavos de real). Assim, conclui-se que o custo de energia diário, por desktop,

é de R$ 0,32 (trinta e dois centavos de real), baseado em 8 horas diárias de trabalho.

Caso a INFRAERO Brasília invista em 1.859 (mil oitocentos e cinquenta e nove)

equipamentos com essa configuração, o custo diário com energia será de R$ 93,69 (noventa

e três reais e sessenta e nove centavos), o custo mensal de energia será de R$ 2.061,26 (dois mil e sessenta e um reais e vinte e seis centavos), o que resulta no custo anual

de R$ 24.735,11 (vinte e quatro mil, setecentos e trinta e cinco reais e onze centavos),

tendo um tempo estimado de uso de 5 anos, com uma visão geral de custo energético,

no tempo de vida, de R$ 123.675,55 (cento e vinte e três mil, seiscentos e setenta e cinco reais

e cinquenta e cinco centavos).

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4 CONCLUSÕES

Após a realização da PoC – Prova de Conceito, foi evidenciada a possibilidade

de redução de custos com a implementação dos recursos da tecnologia de gerenciamento

fora de banda, nos computadores com processadores AMD que suportam tecnologia OOB

DMTF/DASH bem como nos que têm Intel vProTM que suportam plataforma AMT™ –

Active Management Technology, nos computadores com processadores Intel da

INFRAERO Brasília.

Portanto, conclui-se, com a análise dos modelos, que todos os equipamentos

são gerenciáveis, necessitando de ferramentas de console para gerenciamento. A Intel

disponibiliza, no seu site, ferramentas sem custo para essa finalidade e, no caso de

processadores AMD, poderão ser pesquisados softwares livres que façam gerenciamento

OOB DMTF/DASH ou ser implementados no system center, visto que se encontram

em produção.

Os investimentos necessários para habilitar as funcionalidades de gerenciamento

foram de banda DMTF/DASH deverão ser feitos basicamente no tempo gasto pelos

profissionais na pesquisa e na implementação das soluções e irão trazer os benefícios

de menor tempo de atendimento aos usuários de TI e economia de consumo de energia

elétrica. O aumento da durabilidade dos equipamentos não representará altos custos para

a empresa, além disso, trará economia em longo prazo, conforme demonstrado nas tabelas

3, 4 e 5. Para as novas aquisições, recomenda-se incluir, nas especificações técnicas,

a característica de gerenciamento fora de banda DMTF/DASH, nos computadores de uso

corporativo, por tratar-se de tecnologia que demonstrou vantagens tecnológicas e retorno

de investimento.

Além das questões de ordem técnica, campanhas de conscientização para melhor

aproveitamento de energia elétrica e uso de computadores com desligamentos programados

devem ser feitas. A efetivação dessas campanhas irá depender única e exclusivamente

do planejamento e do incentivo, por parte dos gestores de TI, por intermédio da divulgação

de mensagens periódicas por e-mail e de folders, entre outros, em conjunto com a área

de comunicação organizacional e com o apoio da Diretoria e da Presidência, tudo isso

aprovado, regulamentado e publicado em forma de Norma Interna (NI), para ciência geral

e cumprimento por parte de todas as áreas da empresa.

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O sucesso dessas campanhas dependerá, também, da colaboração e do apoio dos

usuários de TI que sempre devem manter seus computadores desligados (porém conectados

a uma fonte de alimentação e/ou a um cabo de rede), quando não estiverem sendo usados,

mesmo em dias normais de expediente, ou quando não houver necessidade de utilização.

Além disso, podem ser desenvolvidas ações futuras específicas, visando à sustentabilidade,

criando, assim, mudanças culturais e de paradigmas corporativos quanto ao uso dos recursos

tecnológicos da empresa, objetivando maior durabilidade dos equipamentos, economia

de energia elétrica e de recursos financeiros e melhor retorno dos investimentos.

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5 TEMAS FUTUROS

O estudo do gerenciamento fora de banda DMTF/DASH abre diversas

possibilidades de projetos de implementação, e, portanto, novos estudos específicos

com temas relacionados podem tornar-se objeto de outras pesquisas.

Um estudo que tenha como foco a segurança da informação dos computadores

baseada em tecnologias de gerenciamento fora de banda DMTF/DASH, nas quais serão

analisadas as formas de proteção contra ataques de vírus, por exemplo, é uma linha

de pesquisa a ser seguida e tem várias possibilidades, como aprofundar o estudo neste tema,

porém verificando mais atentamente todos os requisitos de segurança, como autenticação,

criptografia, possíveis falhas, entre outros.

Outra linha de pesquisa com diferente enfoque que poderá ser explorada ainda

dentro da temática do gerenciamento fora de banda DMTF/DASH e da sustentabilidade

é o inventário e o controle dos bens da empresa, que representarão um estudo mais

aprofundado das informações que são armazenadas no firmware sobre o hardware

dos computadores do parque. Dessa forma, serão úteis ao gerenciamento de ativos, para

fins estatísticos, especificamente para o controle patrimonial, o que poderá trazer redução

de custos e maior controle por parte tanto das equipes de TI quanto das equipes de patrimônio

das empresas.

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6 REFERÊNCIAS

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