TecNews 27/11/13

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Informativo semanal com notícias sobre o mundo das pragas.

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BRASIL TEM 682 CIDADES EM RISCO OU ALERTA PARA SURTO DE DENGUEFonte: veja.abril.com.br

Um levantamento anual do Ministério da Saúde divulgado no último dia 19 mostrou que 157 municípios estão em situação de risco de surto de dengue, e 525 em estado de alerta. Os dados integram o Levantamento Rápido do Índice por Aedes aegypti (LIRAa), uma pesquisa que anali-sou a infestação do mosquito nos imóveis de 1 315 cidades de todo o país.

A pasta considera como cidade em situação de risco quando mais do que 3,9% dos imóveis pes-quisados apresentam larvas do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue. Se esse índice fica entre 1% e 3,8%, considera-se a cidade em estado de alerta. Incidência menor do que 1% indica que a região está em situação satisfatória.

O número de casos suspeitos de dengue no país neste ano mais que dobrou em relação a 2012. Segundo o estudo, entre janeiro e o início de novembro deste ano foram registrados mais de 1,4 milhão de casos suspeitos, enquanto no mesmo período em 2012 foram 565 510, representando um aumento de 161%.

O estudo também revelou uma elevação do número de mortes e casos graves da doença. Entre janeiro e novembro deste ano, foram registrados 573 óbitos (247 em 2012) e 6 566 casos graves (3 774 em 2012).

Áreas de risco — De acordo com a pesquisa, o Sudeste é a região brasileira que abrigou o maior número de casos da doença em 2013: mais de três em cada cinco (63,4%) foram registrados

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na região. Em seguida, a maior prevalência foi observada no Centro-Oeste (18,4%), seguida do Nordeste (10,1%); Sul (4,8%); e Norte (3,3%).

No Brasil, há três capitais que se encontram em situação de risco: Cuiabá, Rio Branco e Porto Velho. Outras onze estão em estado de alerta — Rio de Janeiro, Salvador, Fortaleza, Boa Vista, Manaus, Palmas, São Luís, Aracaju, Goiânia, Campo Grande e Vitória. Apenas sete apresentaram uma situação satisfatória: Teresina, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, São Paulo, Macapá e João Pessoa. O restante das capitais não havia fornecido dados sobre a dengue ao Ministério da Saúde até a divulgação do levantamento.

O LIRAa ainda mostrou que os principais focos de criação do mosquito da dengue variam de acordo com cada região do país. No Nordeste, por exemplo, cerca de dois terços das larvas de Aedes aegypti se concentram em reservatórios de água. No Sudeste, por outro lado, o principal foco são os depósitos domiciliares, como vasos de plantas (47,9%). Já no Sul e Centro-Oeste, o maior foco está nos lixos (81,2% e 49.7%, respectivamente).

Em dois bairros do município do Rio, quatro de Niterói e pelo menos três de São Gonçalo foram verificados índices de infestação pelo mosquito da dengue acima de 4%, situação considerada como surto da doença pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Outros oito municípios do Estado do Rio também têm alguns bairros com índices parecidos.

Segundo especialistas, estas 11 cidades não estão em epidemia — alguns pontos delas é que têm altos índices de infestação. Na capital, Oswaldo Cruz (área urbana e comunidades Rio Claro e Vila Nova) registrou a maior taxa, segundo o Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa): 4,5% (a cada mil casas vistoriadas, 45 tinham criadouros do mosquito). Em segundo lugar, com 4%, estão as comunidades Para Pedro e Pica-Pau, no bairro Colégio. A OMS considera seguro índice de até 1%. Em São Gonçalo, áreas do bairro Fazenda dos Mineiros registraram índice de infestação de 14,9%. Em Engenho do Roçado e Gradim, a taxa ficou em 5,8%. Já em Niterói, trechos de Cachoeira, São Francisco, Viradouro e Vital Brazil estão com índice de infestação de alto risco.

As outras oito cidades com bairros em maior risco são Angra, Itaguaí, Japeri, Magé, São João de Meriti, Itaboraí, Macaé e São João da Barra. Como O DIA antecipou domingo, 26 cidades estão em estágio de alerta (média entre 1% e 3,9%). Os dados são de outubro.

Imunidade ao vírus também é fator de risco

Para o superintendente de Vigilância Epidemiológica e Ambiental da Secretaria Estadual de Saú-de, Alexandre Chieppe, os dados do LIRAa servem para orientar gestores municipais em relação às áreas que merecem mais atenção. Segundo ele, o risco de epidemia depende também da quantidade de pessoas imunes ao vírus circulante. “A expectativa é que o próximo LIRAa registre números menores, devido à ação dos municípios”, disse.

Conforme O DIA noticiou há uma semana, a capital registrou média total de infestação de 1,1%. Em 81 bairros das Zonas Norte e Oeste a situação é de alerta, com índices variando de 1,1% a 1,8%.

ALGUNS BAIRROS DO RIO JÁ ESTÃO EM SURTO DE DENGUEFonte: odia.ig.com.br/

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SEMINÁRIO NO PR DISCUTE RISCO DO CARAMUJO-GIGANTE-AFRICANO PARA A SAÚDEFonte:bonde.com.br

No início desse mês, profissionais da área da saúde e do meio ambiente de todo o Estado do Paraná participaram nesta semana, em Curitiba, do seminário promovido pela Secretaria Esta-dual da Saúde para definir estratégias de minimizar os riscos causados pelos caramujo-gigante--africano. Participaram do evento representantes dos 49 municípios que mais têm ocorrência de caramujos desta espécie.

Espécie exótica na fauna brasileira, esses caramujos se tornaram pragas urbanas. Comuns principalmente no Litoral e nas regiões Norte, Noroeste e Oeste do Estado, o caramujo-gigante--africano pode transmitir doenças e causar sérios danos ao meio ambiente e ao setor agrícola.

O molusco é hospedeiro de um verme nocivo à saúde humana. Em contato com a secreção dei-xada nos rastros do caramujo, a pessoa pode desenvolver um tipo de meningite, que em alguns casos pode ser fatal.

A chefe da divisão de Zoonoses e Intoxicações da Secretaria da Saúde, Gisélia Burigo Rúbio, afir-ma que nenhum caso de meningite por contato com caramujo foi registrado no Paraná.

O primeiro caramujo-gigante-africano identificado em residências paranaenses foi encontrado em Paranaguá, no ano de 2000. De lá pra cá, nenhum caso de contaminação em humanos foi confirmado no Estado”, explica Gisélia. “Mesmo assim o risco existe e todos devem se manter alertas”, afirma. Isso ocorre porque no ano de 2007, no estado de Espírito Santo, dois casos de meningite foram atribuídos a este problema.

Caramujos desta espécie são hermafroditas e, por isso, o aparecimento de apenas um animal já representa risco de infestação nas residências. “Este caramujo pode produzir cerca de 300 ovos em cada ciclo reprodutivo. As pessoas devem tomar medidas corretas de eliminação do animal o mais rápido possível”, disse Gisélia.

A orientação é que a pessoa procure o serviço público municipal responsável por este tipo de trabalho, da saúde ou do meio ambiente. A principal forma de eliminar o caramujo é incinerá-lo com segurança, através de forno de olaria, por exemplo. Este procedimento deve ser realizado por adultos.

O manuseio e a retirada do animal também merecem cuidados. A pessoa deve utilizar luvas ou sacos plásticos para evitar o contato direto com as mãos. Ao contrário de outros animais, apenas quebrar seu casco não é eficaz, pois esta espécie tem alta capacidade de regeneração.

Outra forma de se proteger da transmissão de doenças é evitar que o caramujo se desenvolva no quintal. O acúmulo de entulho e lixo orgânico nos ambientes favorece o aparecimento. É importante que a população mantenha seus quintais sempre limpos.