TÉCNICA NATAÇÃO VIRADA DE CAMBALHOTA DE CRAWL

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TÉCNICA NATAÇÃO: VIRADA DE CAMBALHOTA DE CRAWL * Autor: Antonio Hernández A virada de cambalhota é o método mais usual para as provas de estilo livre. É uma virada que não é necessário tocar a parede com as mãos, o que permite uma maior continuidade entre a última braçada e o apoio dos pés na parede. Realizam-se dois giros, um sobre o eixo transversal e outro sobre o eixo longitudinal. O primeiro ao girar para realizar o apoio na parede e o segundo durante o impulso e o deslizamento. O domínio das viradas supõe que o nadador melhore notavelmente seu rendimento na totalidade da prova. Um nadador que consiga umas viradas ótimas melhorará mais ou menos 1 segundo em 100 metros, numa piscina de 25m. e 15 segundos em 1.500 m. As fases da viradas são: aproximação, giro ou virada, toque, despegue ou impulso, deslizamento e propulsão para a superfície. Vejamos agora estas fases e os movimentos da anterior animação passo a passo: 1 APROXIMAÇÃO Quando a cabeça do nadador se acha ao redor de 2 a 3 metros da parede da piscina, segundo sua estatura e a eficiência da tração dos braços, inicia a última tração, neste caso com a mão direita. A mão esquerda continua impulsionando atrás, enquanto ele olha adiante, à parede. O nadador mira à parede e tomada a decisão de virar agora ou esperar fazê-lo à próxima braçada. * Artigo disponível on line via: http://www.i-natacion.com/articulos/tecnica/crol/viraje.html

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TÉCNICA NATAÇÃO: VIRADA DE CAMBALHOTA DE CRAWL*

Autor: Antonio Hernández A virada de cambalhota é o método mais usual para as provas de estilo livre. É uma virada que não é necessário tocar a parede com as mãos, o que permite uma maior continuidade entre a última braçada e o apoio dos pés na parede. Realizam-se dois giros, um sobre o eixo transversal e outro sobre o eixo longitudinal. O primeiro ao girar para realizar o apoio na parede e o segundo durante o impulso e o deslizamento. O domínio das viradas supõe que o nadador melhore notavelmente seu rendimento na totalidade da prova. Um nadador que consiga umas viradas ótimas melhorará mais ou menos 1 segundo em 100 metros, numa piscina de 25m. e 15 segundos em 1.500 m. As fases da viradas são: aproximação, giro ou virada, toque, despegue ou impulso, deslizamento e propulsão para a superfície. Vejamos agora estas fases e os movimentos da anterior animação passo a passo:

1 APROXIMAÇÃO

Quando a cabeça do nadador se acha ao redor de 2 a 3 metros da parede da piscina, segundo sua estatura e a eficiência da tração dos braços, inicia a última tração, neste caso com a mão direita. A mão esquerda continua impulsionando atrás, enquanto ele olha adiante, à parede.

O nadador mira à parede e tomada a decisão de virar agora ou esperar fazê-lo à próxima braçada.

* Artigo disponível on line via: http://www.i-natacion.com/articulos/tecnica/crol/viraje.html

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Neste ponto toma a decisão de virar e, em vez de recuperar a mão esquerda a detém ao longo do corpo e continua a tração atrás com a mão direita. Os pés começam a subir juntos em preparação a executar um ligeiro batido de fila de peixe. Alguns nadadores preferem seguir subindo uma mão, neste caso a esquerda, e recuperá-la até médio caminho a frente, detendo-a então repentinamente no ar. Desta maneira a impulsão do braço se transfere ao corpo e lhe ajuda a voltear. O braço retorna em seguida à posição além da cabeça. Esta ação do braço no ar é similar ao movimento de ondear uma bandeira.

2 GIRO OU VIRADA

A cabeça é lançada para abaixo por flexão do pescoço. As palmas de ambas as mãos se girarão de forma que olhem para abaixo; as pernas e os pés se acham unidos com os joelhos dobrados.

O corpo perde seu alinhamento reto à medida que a cabeça continua para baixo e o tronco flexiona. Simultaneamente, ambas as mãos, com as palmas para abaixo, são impulsionadas a descer como se preparassem um mergulho desde a superfície. Os pés são batidos para abaixo numa percussão de fila de peixe a fim de ajudar a impulsionar os quadris para acima.

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A parte dianteira do corpo continua dobrando-se pelos quadris. A resistência criada neste ponto pela cabeça e o corpo tende a deter a inércia da parte superior do tronco. A inércia para adiante da parte inferior do tronco e das pernas não resulta tão afetada por esta resistência, continuando seu movimento para diante e acima da parte superior do tronco. Se o nadador ia suficientemente rápido, como em provas de velocidade, este impulso pode, virtualmente, ser tudo o que precise para virar. Nesta figura, a mão esquerda está começando a dobrar-se pelo cotovelo e a traccionar para a cabeça.

À medida que os quadris passam acima da cabeça, a mão esquerda continua impulsionando a água para a cabeça. Este movimento ajuda a consumar a cambalhota. A mão direita, com a palma olhando para dentro, atua de timão, com um movimento ligeiramente circular para fazer girar o corpo do nadador sobre seu eixo longitudinal. Os pés não passam diretamente em cima da cabeça, senão ligeiramente à direita da linha média do corpo.

Quando os pés estão completamente fora da água, as pernas se recolhem e são lançadas atrás, para a parede, enquanto as mãos terminam sua ação de direção. O nadador deve conscientemente girar sua cabeça e seus ombros e tentar, sem romper o ritmo do movimento, voltar-se sobre o custado.

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3 TOQUE

A virada do nadador fica completado e deve situar o corpo em posição para a impulsão desde a parede. As mãos, à medida que começam a ir adiante, quase se tocam. Continua girando o corpo a efeitos de situar-se sobre o custado. Os pés se "plantam" na parede a uma profundidade aproximada de 30 - 40 cm.

4 DESPEGUE OU IMPULSO

Enquanto as pernas começam a impulsionar adiante por meio da extensão dos joelhos, os braços seguem esticando-se. O impulso na parede deverá ser potente e explosiva no plano horizontal e nunca se inclinar para acima ou para abaixo.

5 DESLIZAMENTO

Os ombros se acham quase completamente a nível quando tem lugar a impulsão final das pernas. Quando os pés deixam a parede pela extensão dos tornozelos que completam dita impulsão final, os braços se

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tensionam para diante, com a cabeça entre eles, criando uma posição hidrodinámica. As costas estão retas e as pernas e pés estão juntos e estendidos.

6 PROPULSÃO PARA A SUPERFÍCIE

O nadador deve regular sua profundidade utilizando as mãos como timones. Também deve levantar a cabeça para contribuir a elevar-se à superfície. Se acha a demasiada profundidade, pode ver-se obrigado a bater uma ou duas vezes para ajudar-se a remontar à superfície. Se está a uma profundidade correta, pode começar em forma conjunta a bater e a traccionar.

Na atualidade o nadador realiza dois batidos de borboleta enquanto mantine seus braços esticados até que chega à superfície. (Na animação isto não sucede). O nadador reemprende suas braçadas e recobra a cadência das mesmas. Pode respirar no primeiro movimento de braços à saída de virada (esta técnica é especialmente conveniente nas carreiras de fundo) ou pode executar duas braçadas antes de respirar (como o faz em velocidade).

Muitos nadadores crêem, erroneamente, que podem aumentar sua rapidez nas viradas lançando suas pernas fora do água, mas são os

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movimentos da cabeça -não os dos pés- os que regulam a rapidez da virada. Projetando a cabeça para abaixo, para atrás e depois para acima tão rapidamente como seja possível, é como se consegue acercar os pés à parede com o tempo justo para o impulso contra ela. O lançar as pernas fora do água faz que estas cheguem à parede antes de que a cabeça e o tronco possam estar alinhados para a tomada de impulso.

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Índice 1 APROXIMAÇÃO ......................................................................................... 1 2 GIRO OU VIRADA ...................................................................................... 2 3 TOQUE ....................................................................................................... 4 4 DESPEGUE OU IMPULSO......................................................................... 4 5 DESLIZAMENTO ........................................................................................ 4 6 PROPULSÃO PARA A SUPERFÍCIE ......................................................... 5