Técnicas Construtivas - Construção - Contenções

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CONSTRUÇÕES Contenções Técnicas Construtivas Prof. Luís Alves 1

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Conteçoes e construção

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Estaca-hlice contnua

CONSTRUESContenesTcnicas ConstrutivasProf. Lus Alves11

A engenharia oferece solues de conteno variadas, adequadas para as situaes mais diversas. Geologia do terreno, estudo de riscos, custo e cronograma da obra influenciam a escolha da tcnica de execuo.Tcnicas ConstrutivasProf. Lus Alves22Escavaes profundas, cortes verticais e aterros de grandes dimenses so cada vez mais importantes para a implantao de empreendimentos, especialmente em reas urbanas, onde h escassez de reas para construir. Isso torna a etapa de conteno, uma das mais crticas durante a execuo de uma obra, ainda mais importante. Vale lembrar que, em funo dos riscos que a movimentao de terra envolve, erros de dimensionamento, de projeto e de execuo podem ser fatais. Prof. Lus Alves33Prof. Lus Alves4

4Entre a diversidade de mtodos existentes, a opo deve recair pelo mais seguro, com custo compatvel. Chegar melhor opo passa pela anlise de algumas variveis. O engenheiro Luiz Antnio Naresi Jnior, especialista em geotecnia e em fundaes da Progeo Engenharia, lista as principais: Prof. Lus Alves551) Local e acesso obra;2) Resultados de ensaios de laboratrios de solos e rochas e interpretao do perfil geolgico e geotcnico do terreno por meio de sondagens rotativas;3) Tipo e tamanho dos escorregamentos;4) Estudo do fator de segurana e da estabilidade global do talude ou encosta;5) Fator de risco da segurana contra o colapso ou deslizamento sobre outras estruturas, com risco ao usurio final, seja em edificaes, rodovias ou ferrovias;6) Fator tcnico-financeiro, estudo de viabilidade da conteno;7) Impactos ambientais e de segurana do trabalho.Prof. Lus Alves66Nos ltimos anos, em resposta ao surgimento de projetos mais complexos e cronogramas mais enxutos, o segmento de conteno evoluiu. De modo geral, as tcnicas vm sendo aprimoradas, a exemplo das paredes-diafragma. Essa metodologia deu um salto com o avano de maquinrios como as hidrofresas, aposentando gradativamente o clam shell mecnico, convencionalmente utilizado no Brasil desde os anos 1970-80. Assim, sem comprometer a segurana e a velocidade e com relativa reduo de rudo, aumentou- se a capacidade e a profundidade das escavaes, incluindo a adoo de paredes mais espessas. Prof. Lus Alves77A substituio da lama bentontica por polmeros biodegradveis como fluido estabilizante tem se firmado como tendncia. Diferentemente da lama, os polmeros, por serem biodegradveis, podem ser descartados em qualquer bota-fora ou at em galerias de guas pluviais desde que no contenham slidos em suspenso. As empresas tambm vm investindo em tecnologias para diminuio do volume de bentonita e de resduos gerados nas obras. A prpria bentonita j pode ser tratada com uso de centrifugao, de sistema filtro prensa, ou ainda de tratamento qumico.Prof. Lus Alves88H, ainda, o uso mais intensivo dos geossintticos em tcnicas como a de solo reforado, para estabilizao de cortes em terrenos ou de taludes de aterros. Quando devidamente utilizados, esses materiais podem melhorar a resistncia trao ao solo, compondo sistemas de fcil execuo e custo reduzido, em comparao s tcnicas mais tradicionais de reforo.Prof. Lus Alves99GabiesDescrio: gabies so compostos por gaiolas de ao zincado de malha hexagonal e preenchidas com pedras com peso entre 2 kg e 5 kg. uma das tcnicas de conteno mais utilizadas, por ser de fcil execuo, ter baixo custo e se integrar bem ao meio ambiente. Monolticos, com elevada permeabilidade e boas condies de acomodao em deslocamentos, so usados em muros de conteno, proteo de margens e canalizao de crregos. Prof. Lus Alves10

10GabiesH trs tipologias principais. O gabio caixa, em formato de paraleleppedo, mais usado como muro. Utilizado para o revestimento das margens e de leitos de cursos d'gua, o gabio colcho tambm tem formato de paraleleppedo, mas pequena espessura. J o gabio cilndrico (ou saco) constitudo de um nico pano de tela de forma retangular que enrolado, assumindo a forma cilndrica. utilizado em obras emergenciais. Prof. Lus Alves11

11GabiesAspectos crticos: seu desempenho relaciona-se diretamente ao cuidado dos operrios em organizar as pedras no interior da gaiola. Caso contrrio, a quantidade de vazios entre elas pode ser muito grande e tornar o muro mais leve do que previa o projeto. essencial assegurar que as caractersticas de resistncia do terreno sejam as consideradas no projeto. Resistncia menor que a prevista pode colocar em risco a estabilidade da conteno. Prof. Lus Alves12

12Parede-diafragmaDescrio: paredes-diafragma so painis de concreto, geralmente armado, prfabricados ou moldados in loco. Aplicada principalmente em subsolos enterrados, essa tcnica recorrente em centros urbanos, onde a falta de rea livre dificulta a execuo de outros processos. Prof. Lus Alves13

13Parede-diafragmaConstrudos a partir de lamelas de at 7 m de comprimento e espessura variando entre 0,45 m e 1,50 m (com profundidades de at 100 m), os painis so executados por meio do preenchimento de trincheiras escavadas com o uso contnuo de lama bentontica, cujo papel estabilizar as paredes de escavao e contrabalanar o empuxo causado pelo lenol fretico no terreno. Pode-se, tambm, utilizar polmeros no lugar da lama. Prof. Lus Alves14

14Parede-diafragmaAspectos crticos: durante a execuo, um dos principais riscos o vazamento entre as juntas de concretagem. "Por mais perfeita que seja feita a parede, ao final da obra podem ocorrer vazamentos que demandam tratamento secundrio", comenta o consultor em geotecnia Luiz Antnio Naresi Jnior. Prof. Lus Alves15

15Parede-diafragmaA responsvel pela execuo deve manter registro completo da cravao de cada painel, em duas vias, sendo uma destinada fiscalizao. Alm disso, a concretagem de cada painel deve ser acompanhada para verificao dos volumes efetivos do concreto, em comparao aos volumes previstos. Desta forma, possvel estimar as espessuras efetivas da parede, bem como avaliar a presena de locas ou eroso, devido a eventuais desbarrancamentos. Prof. Lus Alves16

16Parede-diafragmaCom o uso de equipamentos de grande porte e tanques de lama, acomodar toda estrutura necessria para execuo da parede-diafragma pode ser um problema em terrenos confinados.Prof. Lus Alves17

17Parede atirantadaDescrio: estruturas de concreto armado que trabalham em conjunto com tirantes constitudos por cordoalhas ou por monobarra. A tcnica utilizada principalmente para conteno de encostas e construo de subsolos. Sua aplicao recomendada para cortes em terrenos com grande carga a ser contida ou em solo que apresenta pouca resistncia. Prof. Lus Alves18

18Parede atirantadaConsiderada uma soluo bastante cara, normalmente executada em taludes de 4 m a 20 m de altura. Para vencer a topografia, so feitos cortes nos terrenos, e os taludes resultantes so contidos pelas cortinas atirantadas. bastante adotada, tambm, em reas de deslizamentos e, ainda, em casos de aproveitamento do topo de terrenos acidentados para construo de edificaes.Prof. Lus Alves19

19Parede atirantadaAspectos crticos: a execuo deve seguir risca as orientaes do projeto (elaborado com base em sondagens). Um ponto crtico dessas estruturas a barra de ao, que deve ser protegida com argamassa ou nata de cimento para evitar corroso e consequente rompimento do tirante ou chumbador. Prof. Lus Alves20

20Parede atirantadaA corroso das cabeas dos tirantes uma das grandes preocupaes em relao vida til e desempenho, principalmente em regies litorneas. A incorporao do tirante estrutura s pode ser procedida de forma definitiva aps a constatao do bom desempenho da barra por meio de ensaio.Prof. Lus Alves21

21Solo armadoDescrio: tambm conhecida como terra armada, utiliza placas de concreto - tambm chamadas de escamas -, armaduras e a prpria terra como materiais estruturais. As escamas so montadas medida que a terraplanagem avana. Com isso, ao trmino do espalhamento e da compactao, tem-se o solo armado finalizado.Prof. Lus Alves22

22Solo armadoA utilizao dessa tcnica mais comum em encontros de pontes e viadutos de estradas e ferrovias, ou nos permetros urbanos, onde os espaos so muito restritos e os prazos de execuo das obras bastante curtos. A NBR 9.286 - Terra Armada - Especificao, de 1986, fixa as condies para o projeto e a execuo para terrenos reforados por essa soluo.Prof. Lus Alves23

23Solo armadoAspectos crticos: as escamas pr-fabricadas so iadas com auxlio de caminhes tipo "munck", tratores ou guindastes. A primeira linha de placas , normalmente, montada sobre uma base de concreto (soleira) que cumpre a funo de elemento de fundao para o paramento externo. Prof. Lus Alves24

24Geogrelhas e geossintticosDescrio: geossintticos podem ser aproveitados de vrias formas em obras de conteno, contribuindo para adicionar resistncia trao ao solo que, dessa forma, tem mais sustentao para evitar deslizamentos. O solo envelopado uma das tcnicas mais utilizadas de execuo de muros de conteno com geossintticos. Prof. Lus Alves25

25Geogrelhas e geossintticosConsiste na insero de elementos planos de reforo (geogrelhas ou geotxteis) entre camadas de solo compactado e no envelopamento da face com o prprio material de reforo. Ao permitir utilizar o solo local compactado como elemento estrutural, essa tcnica apresenta boa relao custo-benefcio em situaes de aterro.Prof. Lus Alves26

26Geogrelhas e geossintticosAspectos crticos: A exposio a intempries e ao vandalismo pode prejudicar o desempenho do geossinttico. Por isso, importante assegurar boa proteo ao material. Outro cuidado com o nvel de agressividade do ambiente: em indstrias, aterros ou outros locais com agressividade qumica acentuada, alguns polmeros podem ter suas propriedades alteradas e o projeto deve considerar isso. O cuidado se aplica tambm etapa de armazenamento.Prof. Lus Alves27

27Geogrelhas e geossintticosSe o geotxtil for estocado ao ar livre, deve-se cobri-lo com lona preta de polietileno para proteg-lo da ao dos raios UV e de eventual absoro de gua. As bobinas devem ser apoiadas em local seco, livre de terra, leo, solventes e enxurradas.Prof. Lus Alves28

28Geogrelhas e geossintticosO controle sobre a execuo consiste basicamente na verificao de nivelamento, grau de expanso, presena de elementos pontiagudos ou agentes agressivos integridade da manta, sobreposio transversal mnima, emendas e costuras, alm da espessura especificada.Prof. Lus Alves29

29REFERNCIA

Fontes consultadas: Progeo Engenharia, Costa Fortuna, Terratest, livro "Fundaes: Teoria e Prtica", ABMS/Abef (Editora Pini)

http://construcaomercado.pini.com.br/negocios-incorporacao-construcao/154/artigo311023-2.aspx

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