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se sentem honradas em receber os Técnicos e Proprietários de Curtumes de Franca e outras importantes regiões &

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se sentem honradas em receber os

Técnicos e Proprietários de Curtumes de Franca e

outras importantes regiões

&

Pidilite

• A Pidilite pertence ao grupo multinacional Indiano “FEVICOL”, pioneiro em Adesivos, Polímeros Especiais, Pigmentos e Emulsões.

• Palestrante: Sr. “Sujay K. Sinha”, responsável pelo setor de exportações da linha Pidilite de Químicos para Couro para o mercado global.

D’Altomare

• Há mais de 35 anos na distribuição de especialidades químicas para diversos segmentos industriais, como Tintas, Têxtil, Couros, Plásticos e Lubrificantes.

• Distribuidora exclusiva no Brasil para a Pidilite em produtos químicos para couros, com o objetivo de oferecer itens diferenciados para o mercado brasileiro.

Adstringência de Compostos QuAdstringência de Compostos Quíímicos micos no Processamento do Courono Processamento do Couro

Ribeira, Recurtimento e AcabamentoRibeira, Recurtimento e Acabamento

Resumo dos Temas

• O que é Adstringência?

• Força e Resistência

• Adstringência na Ribeira

• Adstringência e Taninos Vegetais

• Adstringência na Neutralização

• Adstringência no Tingimento

• pH e Controle da Adstringência

• Emulsificação ou Engraxe no Controle da Adstringência

• Temperatura e Diluição de Ingredientes no Recurtimento

• Princípios para Mistura de Ingredientes no acabamento

• Princípios no Acabamento com Resinas para Controlar a Adstringência

Princípio da Penetração do Composto Químico no Couro

• Taxa de Penetração = Força / Resistência

• Quanto maior a força, melhor a penetração

& quanto menor a resistência, melhor a penetração.

• Quimicamente, a taxa de Penetração é proporcional àconcentração do composto químico no meio (Força), e inversamente proporcional à reatividade em relação ao Colágeno ou reatividade do Colágeno com os compostos químicos adicionados (Resistência)

• A resistência devida à reatividade dos compostos químicos em relação ao Colágeno chama-se

“ADSTRINGÊNCIA”

Fatores que Regem Força e Resistência

• Ação Mecânica

• pH

• Temperatura

• Concentração

• Viscosidade

• Natureza Química

• Processo envolvido antes da adição do composto químico

• Processo envolvido na inter-mixagem de vários compostos químicos

Adstringência no Processo de Ribeira

Encharcamento • Se houver muita ação mecânica no fulão / pás, pode ocorrer o

enrugamento na região da Barriga, porque essa área não tem boa matriz de fibras.

Recomendação:

• Menos ação mecânica.

• Deve-se dar preferência a emulsificantes de alto desempenho, que ajudam a abrir a textura, com um mínimo de ação mecânica.

• O uso destes materiais também ajuda a soltar as gorduras naturais, emulsificando-as.

• Usar soda cáustica para aumentar o pH da superfície, nas peles de molho por até 9 - 10 h, ajuda a reduzir a adstringência inicial da cal, quando adicionada à calagem.

Adstringência no Processo de Ribeira

Calagem• Se a adição de cal não for bem controlada, por sua natureza adstringente,

ele reage com as fibras, formando rugas e fechando os capilares para a penetração da cal, afetando todo o processo de ribeira.

Recomendação:

• Iniciar a calagem com Pintura de Cal mantendo Baume 26-32 (para ovinos Be° 32, bovinos Be° 28-30, caprinos / búfalo Be° 26-28)

• Uso de Calagem auxiliar, que reduz a adstringência da cal agindo como um tampão, controlando a ionização da cal no meio.

• Usar pequena quantidade de emulsificante de álcool graxo logo antes de adicionar a primeira quota de cal; isso controla a adstringência, lubrificando a fibra e agindo como veículo para a penetração da cal.

• Aumentar o pH do banho para 9 - 10, equilibra o pH da superfície do couro/ pele com o da cal, reduzindo sua adstringência.

Desengraxe• O desengraxe com solventes adstringentes resulta em perda de feixes

de fibras juntamente com a gordura natural extraída da pele.

Recomendação:

• Usar solvente sem agentes desengordurantes, que desengorduram o couro emulsificando as gorduras, sem afetar a matriz das fibras de colágeno.

Adstringência no Processo de Ribeira

Piquelagem• Se não forem tomados os devidos cuidados, antes de adicionar o

adstringente Ácido Sulfúrico, há chances do ácido inchar e separar a camada de fibras, o que não poderá ser corrigido na continuação do processo.

Recomendação:

• Controle do Baume no começo do processo de piquelagem. (6,5 - 8,0 dependendo da natureza do substrato)

• Usar ácido suave (Ácido Fórmico) antes de adicionar ácido sulfúrico.

• Usar um emulsificante adequado antes de adicionar Ácido Sulfúrico. O emulsificante controla a adstringência do ácido, lubrificando a fibra.

Adstringência no Processo de Ribeira

Curtimento ao Cromo• Trata-se de um processo muito sensível e importante, no qual, se a

adstringência não for devidamente cuidada, afetará adversamente todo o processo de curtimento.

Recomendação:

• Se Depilarmos depois da decapagem, isso reduzirá a adstringência através da abertura da matriz da fibra

• Depilar depois de decapar também ajuda a obter maior uniformidade no wet blue, pela penetração uniforme do cromo.

• Uso de engraxamento estável de Cromo.

• Uso de agente protetor.

• pH após a piquelagem 2,8 - 3,0.

• Basicidade do sulfato básico de cromo 40 - 42%.

Adstringência no Processo de Ribeira

Adstringência por Origem• Taninos de extratos vegetais tipo Catecol (Mimosa / Quebracho) type

são altamente adstringentes, enquanto os do tipo Pirogalol (Myrobolan / Nogueira) são menos adstringentes.

Recomendação:

• Recomenda-se misturar os dois tipos, pois os não-taninos tipo Pirogalol agem como um tampão, protegendo o couro / wet blue dosácidos liberados pelo tipo Catecol.

• pH no começo deve ser 4,0 - 4,5

• A adstringência dos taninos de extratos vegetais é proporcional àtemperatura, portanto a temperatura deve ser controlada em todo o processo do curtimento / recurtimento vegetal.

Adstringência no Uso de Tanino Vegetal

Adstringência pelo tamanho da partícula• Os taninos vegetais possuem propriedade numa determinada

faixa de tamanho da partícula. Nessa faixa, a adstringência aumenta com o aumento do tamanho da partícula.

Recomendação:

• Usar o dispersante syntan que reduz a força de coesão entre as partículas dos extratos vegetais, mantendo partículas menores no meio, reduzindo a adstringência e melhorando a penetração.

Adstringência no Uso de Tanino Vegetal

Adstringência pela alta reatividade do colágeno• Antes de curtir, as fibras do colágeno são absorventes, altamente

reativas, e fazem com que extratos tânicos ataquem a superfície da fibra, bloqueando os capilares e afetando a penetração do tanino vegetal.

Recomendação:

• Usar pequena quantidade de Cromo / alum antes da adição do tanino vegetal, para reduzir a adstringência da superfície do couro.

• Usar syntans que atuam como tampão e dão suporte à penetração, reduzindo a reatividade da superfície.

• Usar óleo lubrificante / syntans que lubrificam a fibra, não permitindo que taninos vegetais fiquem na superfície do couro e passem para dentro do couro.

Adstringência no Uso de Tanino Vegetal

Adstringência por maior viscosidade do óleo • Uma vez que se recomenda menos água no processo com

tanino vegetal, com uma maior concentração a viscosidade do óleo de curtimento aumenta, levando a uma maior adstringência e pior penetração.

Recomendação:

• Usar menor quantidade de dispersante polimérico / resinas syntans ajuda a manter viscosidade mais baixa nas maiores concentrações, ajudando uma boa penetração.

Adstringência no Uso de Tanino Vegetal

Adstringência pela má hidratação das fibras• Às vezes, devido à presença de oleosidade natural insolúvel na

superfície da pele/couro, fica difícil a penetração do óleo.

Recomendação

• Usar emulsificantes à base de álcool graxo ajuda a emulsificar a gordura da superfície, limpando a superfície e agindo como transportador que ajuda a penetração do tanino vegetal.

Adstringência no Uso de Tanino Vegetal

Bicarbonato de Sódio e Bicarbonato de Amônio

• NaHCOз forma partículas de menor tamanho do que NHчHCOз, mas a penetração de NaHCOз é pior do que a de NHчHCOз pois o bicarbonato de amônio é menos alcalino do que o bicarbonato de sódio e, portanto, o bicarbonato de amônio é menos adstringente em termos de reação ácido x base, propiciando melhor penetração.

• Da mesma forma, o bicarbonato de sódio dá uma choque de pH mais forte imediatamente após a adição, e esse choque de pH na neutralização da fibra do wet blue ovino ou bovino pode afrouxar as fibras.

Recomendação:

• Na produção de couros finos de ovinos e bovinos, aconselha-se usar bicarbonato de amônio por sua menor adstringência e, conseqüentemente, menor ataque às fibras.

Adstringência na Neutralização

Uso Comparativo de Bicarbonato de Sódio e Bicarbonato de Amônio

Adstringência na Neutralização

Variação do pH ao usar Bicarbonato de Sódio

na neutralização

0

2

4

6

8

10

12

0 5' 10' 15' 20' 25' 30'

pH

012345678

0 5' 10' 15' 20' 25' 30'

pH

Variação do pH ao usar Bicarbonato de Amônio

na neutralização

Escolha de Corantes para Melhor Penetração• Por ser um material altamente adstringente, muitas vezes o corante

enfrenta problemas de penetração no recurtimento.

Recomendação:

• Para obter boa penetração, devem ser usados corantes ácidos, por serem menos adstringentes, em comparação com corantes diretos e complexos metálicos.

• Para melhor penetração e uniformidade, aconselha-se usar corantes penetrantes em forma de pó, com resina syntans em pó e outros taninos vegetais, uma vez que todos esses produtos competem no mesmo ponto do colágeno, um reduzindo a adstringência do outro, proporcionando melhor penetração de cada ingrediente.

• Antes de adicionar os corantes no sistema, é melhor lubrificar a fibra com syntans acrílicos ou com algum engraxante adequado.

Adstringência no Tingimento

• Sabemos que cada produto tem um pH diferente, relacionado às características próprias do produto; portanto, quimicamente é sempre útil diluir cada produto individualmente para reduzir sua reatividade, melhorar a miscibilidade / menos formação de gel / menos problemas de separação quando são misturados 2-3 ingredientes

Produto A (pH 4.5) Água (pH 7.0) Produto B (pH 8-9)

A+ ÁguapH quase 7.0

B+ Água

Papel do pH no Controle da Adstringência

pH quase 7.0

Portanto, a diluição ajuda a reduzir a diferença de pH entre produtos, assim reduzindo a adstringência de cada um.

Papel da Emulsificação do Engraxante

Sabemos que os engraxantes são óleos processados, de origem natural / sintética, forçados a dispersar água por sulfonação / sulfitação / sulfação, que ajudam a manter os óleos suspensos numa emulsão como engraxante. Tendo em mente estas características de todos os engraxantes, é aconselhável fazer emulsão fina do engraxante para melhor penetração no couro.

Emulsão finaBoa Penetração

Emulsão Grossa Deposição na Superfície

Temperatura e Diluição de Ingredientes Diversos Usados no Recurtimento

• Para reduzir a adstringência dos compostos químicos em uso, seguir as diretrizes ajuda a otimizar o desempenho de qualquer produto.

Categoria de Produto Água em Processo Diluição

Agentes desengraxantes Mínimo de água Sem diluição

Emulsificantes 200% 35-40°C água 1:4 diluição com 35-40°C água

Ácido Fórmico 100% 35-40°C água 1:4 dilu~ção com 35-40°C água

Pó de Cromo 100% 35-40°C água Sem diluição

Formato de Sódio 100% 35-40°C água 1:4 diluição com 35-40°C água

Bicarbonato de Sódio 150% 35-40°C água 1:6 diluição com 35-40°C água

Bicarbonato de Amônio 100% 35-40°C água 1:4 diluição com 35-40°C água

Syntan Líquido 50% 35-40°C água 1:4 diluição com 35-40°C água

Resina em Pó de Syntan 50% 35-40°C água Sem diluição

Tanino Vegetal 50% 35-40°C água Sem diluição

Corante Ácido no recurtimento 50% 35-40°C água Misturar com resina em pó de syntan & e agentes vegetais para penetração mais rápida

Corante Ácido/Direto após o recurtimento

100%35-40°C água 1:9 diluição com 50-60°C água

Engraxante 100% 65-70°C água 1:9 diluição com 65-70°C água

Pigmento Cera emulsão Caseína/proteína Filler

+

20-30% da água total p/ formar uma massa uniforme

+

Resinas Acrílicas e de Poliuretano

+20-30% da água total

Solução corante (anilina)+Agente Penetrante + Restante da água

+

Seqüência da Adição de Produtos ao Formular um Sistema Aniônico de Acabamento

Adstringência em Acabamentos com Resinas

Muitas vezes, devido à variações indevidas dos ingredientes do acabamento, o aspecto final, características e performance doacabamento ficam alterados.

Recomendação:

• Na escolha da resina aniônica / acabamento PU, é muito importante calcular a proporção Pigmento : Resina Sólida, pois se a proporção estiver incorreta haverá problemas. É importante saber o conteúdo de sólidos de cada pigmento ou resina utilizados no acabamento.

• Para artigos acabados por spray, a aplicação de camadas graduais e leves resultam em sistemas com alta cobertura e menos carregados.

• A penetração excessiva do acabamento deve ser evitada, pois isto torna o couro acabado bastante duro.

• Para acabamento por spray de leve a médio, a utilização de micro emulsões é recomendada, pois elas mantêm o aspecto natural e a maciez interna do couro.

Adstringência em Acabamentos com Resinas

Recomendação:

• Durante a impregnação, a proporção de

Resina Impregnante : Agente Penetrante : Água

deve ser ajustada de tal forma que ocorra penetração até os espaços vazios entre a derme maior e a derme menor. A penetração em excesso ou escassa leva à impregnação imprópria.

• Para artigos com gravação, o uso de sistemas de acabamento menos termoplásticos deve ser utilizado, para que eles suportem o uso de altas temperaturas.

• A ordem natural de performance dos vários tipos de resinas é:

Poliuretano > Acrílico > Butadieno > Caseína

• Por isso, quando formular um base coat, diversos cuidados devem ser tomados para obtenção de resultados otimizados com boa relação custo-benefício de cada tipo de resina.

Muito Obrigado!