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TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO

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FACULDADE PITGORAS SO LUSENGENHARIA CIVIL

Dayanne Cristina Pereira FariasEmilly Freitas nunes AlmeidaNatalia LimaRaiany Bizzari de SousaTainah Monte Palma Fonseca

TECNOLOGIA DA CONSTRUESMtodos Construtivos

So Lus20151

Dayanne Cristina Pereira FariasEmilly Freitas nunes AlmeidaMaria Raiany Bizarri de SousaNatalia LimaTainah Monte Palma Fonseca

TECNOLOGIA DA CONSTRUESMtodos Construtivos

Trabalho apresentado como requisito parcial para obteno de aprovao na disciplina Tecnologia Da Construes, do curso de Arquitetura e Urbanismo da Faculdade Fama.Professor: Marinaldo Junior

So Lus2015Sumrio1.FUNDAES DIRETAS OU RASAS:41.1Sapatas corridas ou contnuas:41.2Sapata Isolada:51.3Radier61.3.1Radier protendido71.3.1Radier armado82FUNDAES INDIRETAS OU PROFUNDAS:92.1Estacas Concreto:102.2Estacas De Madeira:112.3Tubules Cu Aberto:122.4Pneumtico (ar comprimido):13CONCLUSO15REFERNCIAS16

1. FUNDAES DIRETAS OU RASAS:

So aquelas onde a carga estrutural transmitida ao solo diretamente pela fundao. Para dimensionar a rea da fundao, e assim garantir segurana para a estrutura, deve-se estabelecer para a mesma o centro de gravidade igual ao do elemento transmissor da carga, alm disso, a rea necessria deve ser dada pela diviso da carga a transmitir pela presso admissvel do terreno. Por fim, importante a busca pela soluo mais econmica; SAPATA CORRIDA OU CONTNUA

DIRETAS OU RASAS

SAPATA ISOLADA

RADIER

Diagrama representando os tipos de fundaes diretas

1.1 Sapatas corridas ou contnuas:

A sapata corrida fundao contnua que recebe a carga das paredes e apoia-se diretamente sobre o terreno. Tm formato de viga e pode ser feita de concreto simples ou armado, solocimento e canaletas.Construda sobre uma camada de concreto magro, a sapata corrida com blocos de concreto tem dimenses que dependem do porte da obra. Primeiro passo para sua execuo abrir uma vala de 20 cm de largura alm da espessura das paredes que sero construdas. A largura total da vala no deve ser inferior a 40 cm, nem deve ultrapassar um metro.Se o terreno for inclinado, a vala dever ser cortada em degraus, considerando uma linha imaginria de 10% de inclinao.Depois, preciso amassar o fundo da vala, para que sua superfcie fique compactada e uniformizada. Em seguida, piquetes so cravados ao longo de sua extenso - eles serviro de referncia para que o lastro de concreto fique nivelado e uniforme.Na sequncia, jogada uma camada de 10 cm de brita no fundo da vala, que ser bastante socada, at que penetre na terra. Paralelamente, montada a armadura, posicionando os estribos, que ficam amarrados em barras horizontais com arame recozido, no espaamento determinado pelo projetista. As frmas da sapata tambm so preparadas, com tbuas, sarrafos e desmoldante.Depois de posicionar a armadura na vala, comea a concretagem, adensando bem o concreto com barra de ao aps o lanamento de cada lata. Para eliminar bolhas de ar, utilize um vibrador e alise a superfcie com uma colher de pedreiro.O procedimento de cura mida do concreto segue por trs dias. Para manter a umidade constante, preciso molhar com gua, sem encharcar, duas vezes ao dia, em mdia. Se o clima estiver muito quente e muito seco, pode ser necessrio adicionar gua outras vezes. Aps 24 horas de realizada a concretagem, j possvel iniciar a execuo da alvenaria de embasamento, assentando sobre a sapata os blocos de concreto, com argamassa de assentamento. Um nvel ou mangueira transparente faro a checagem nos cantos. Aps os trs dias, as frmas so retiradas e executa-se uma cinta de amarrao, na ltima fiada da alvenaria de embasamento, antes da parede da casa.

FIG. 01 - Representao de sapata corrida

1.2 Sapata Isolada:

Sapata isolada quando a mesma no tem associao com nenhuma outra sapata e dimensionada em funo dos esforos de um s pilar. So usadas em terrenos que apresentam uma boa taxa de trabalho e quando a carga a ser distribuda relativamente pequena. Em geral so feitas em forma de tronco de pirmide e amarradas umas s outras atravs de cintas ou vigas baldrame.Embaixo de toda sapata dever, sempre, ser colocada uma camada de concreto magro (farofa). um concreto bem seco, sem funo estrutural, que tem a finalidade de isolar o fundo da sapata para que o solo no absorva a gua do concreto da fundao.Tendo como principais passos:1. Escavao, compactaodosolo, colocaodafrmaparaorodap, com folgade5cmeexecuodoconcretomagro;2. Posicionamento das frmas, de acordocom a marcao executada no gabarito de locao;3. Limpeza da superfcie de apoio;4. Colocao da armadura;5. Posicionamentodoarranque do pilar em relao caixa com as armaes;6. Colocaodasguiasdearame, paraacompanhamento da declividadedassuperfcies do concretose afundaofor tronco piramidal;7. Concretagem: a base poder ser vibradanormalmente, porm para o concreto inclinado dever ser feita uma compactao manual, isto , sem o uso do vibrador

FIG. 02 - Representao de sapata isolada

1.3 Radier:

Utilizado principalmente na construo de casas trreas e sobrados, o radier um tipo de fundao superficial ou direta que distribui toda a carga da edificao de maneira uniforme no terreno. uma laje contnua e macia de concreto que se apresenta como alternativa vantajosa, em muitos casos, s fundaes profundas.De acordo com o engenheiro Nelson Gerab, da Civic Engenharia e Construes, uma soluo aplicvel maioria dos tipos de solo. "Como h distribuio uniforme da carga, o radier admite um solo com menor resistncia do que aquela necessria para fundao em estaca", compara.Dependendo das caractersticas e da escala do projeto, os radiers podem ser executados em concreto armado, em concreto reforado com fibras ou em concreto protendido.

1.3.1 Radier protendido

Radier de concreto protendido pode ser definido como um tipo de fundao rasa que funciona como uma laje contnua, que est em contato direto com o solo que ir receber as cargas oriundas de pilares e paredes. Este elemento estrutural utilizado quando as sapatas se aproximam umas das outras ou se sobrepem e quando se deseja uniformizar os recalques. A utilizao do radier protendido reduz o tempo de execuo da obra, a mo de obra e o custo em at 30% comparado com outros sistemas de fundaes. Radiers protendidos tm sido empregados tambm em edificaes mais altas, s vezes com at 14 pavimentos.Para executar os radiers protendidos, so usadas cordoalhas plastificadas e engraxadas, dispostas em feixes com largura de 80 cm a 1 m - quanto maior a carga, mais estreita a malha. Nos encontros das cordoalhas, deve-se posicionar espaadores para garantir sua elevao e fixao.Na concretagem do radier que ser protendido, a equipe deve evitar pisar nas cordoalhas de protenso ou encostar nelas a ponta do vibrador, para no desloc-la.Para realizar a protenso, a resistncia mnima compresso do concreto deve ser de 21 MPa. O macaco, encostado na lateral do radier, prende o cabo e o estica. Depois do tensionamento, realizado o corte da cordoalha, que fica ancorada na placa.

1.3.1 Radier armado

Radiers de concreto armado, ou reforado com fibras, geralmente so utilizados para a construo de casas ou edifcios baixos, com no mximo quatro ou cinco pavimentos.No caso do radier de concreto armado, pode ser empregada tela metlica - simples ou dupla, com ou sem reforo sob as paredes, de acordo com a necessidade verificada pelo engenheiro projetista. Na amarrao, deve-se atentar para o cobrimento mnimo das telas e o posicionamento das armaduras de arranque e dos ferros de para-raios, o cobrimento deve ser garantido com espaadores plsticos,trelias metlicas e caranguejos metlicos.O lanamento do concreto pode ser feito com bomba ou jerica. O nivelamento garantido por meio de mestras metlicas. O acabamento superficial obtido por sarrafeamento, desempenamento e acabadora mecnica de superfcie. O acabamento no pode ser liso demais, porque a textura deve permitir a aderncia de argamassa.Nos radiers protendidos, a cura feita com aplicao contnua de gua durante o intervalo de mais ou menos sete dias entre a concretagem e a protenso. Nesse perodo, pode-se subir parte da alvenaria, sem prejuzo para a fundao. A cura dos radiers de concreto armado pode durar mais de 72 horas.

2 FUNDAES INDIRETAS OU PROFUNDAS:

So aquelas que transferem a carga por efeito de atrito lateral do elemento com o solo e por meio de fuste. Estar estruturas de transmisso podem ser estacas ou tubules. So aquelas cujas bases esto implantadas a mais de duas vezes a sua menor dimenso, e a mais de 3 m de profundidade.CONCRETO

ESTACASINDIRETAS E PROFUNDAS

MADEIRA

CU ABERTO

TUBULES

PNEUMTICO (AR COMPRIMIDO)

2.1 Estacas Concreto:

As estacas pr-moldadas de concreto podem ser constitudas de concreto armado macio ou vazado e se caracterizam por serem cravadas no terreno por percusso, prensagem ou vibrao e fazem parte do grupo denominado Estacas de Deslocamento. A escolha do equipamento deve ser feita de acordo com o tipo e dimenso da estaca, caractersticas do solo, condies de vizinhana, caractersticas de projeto e peculiaridades do local.Dependendo do tipo de terreno, as estacas pr-moldadas podem ser constitudas por um nico tipo de elemento estrutural ou associao de dois elementos (concreto e madeira; concreto e metlica; concreto e estaca tipo raiz).O sistema de cravao deve estar sempre bem ajustado e com todas as suas partes constituintes, tanto estruturais quanto acessrias, em perfeito estado, a fim de evitar quaisquer danos s estacas durante a cravao, e deve ser dimensionado de modo a levar estaca at a profundidade prevista sem danific-la. Para essa finalidade, o uso de martelos mais pesados e com menor altura de queda mais eficiente do que o uso de martelos mais leves e com grande altura de queda. A folga do martelo e do capacete no deve ser superior a 3,0cm em relao s guias do equipamento. O formato do capacete deve ser adequado seo da estaca e possuir superfcie de contato plana, com encaixes com folga inferior a 3,0 cm, sendo periodicamente verificadas e corrigidas eventuais irregularidades. Suas dimenses externas devem ser compatveis com as do martelo, de forma que a carga transmitida seja centrada.Os procedimentos executivos devem ser de acordo com a NBR 6122/2010.No caso de estacas com concreto danificado abaixo da cota de arrasamento, deve-se fazer a demolio do trecho comprometido e recomp-lo at esta cota. Estacas cujo topo resulte abaixo da cota de arrasamento prevista devem ser emendadas fazendo-se o transpasse da armadura. O material a ser utilizado na recomposio deve apresentar resistncia no inferior do concreto da estaca.O topo da estaca, acima da cota de arrasamento, deve ser demolido. A seo resultante deve ser plana e perpendicular ao eixo da estaca e a operao de demolio deve ser executada de modo a no causar danos.

2.2 Estacas De Madeira:

As estacas de madeira so leves, de fcil transporte e, em alguns pases, baratas. Podem ser agrupadas e reforadas com pontas de cravao. As estacas de madeira esto sujeitas s decomposies e ao ataque por micro-organismos marinho e geralmente so usadas somente abaixo do nvel fretico, mas podemSer impregnadas sob presso, para proteg-las quando acima do lenol fretico. Usualmente, so utilizadas como estacas funcionando por atrito lateral, mas, s vezes, trabalham por resistncia de ponta. Neste ltimo caso, deve-se tomar cuidado para evitar os danos devidos ao excesso de cravao. O perigo de estragar a estaca durante a cravao pode ser reduzido, limitando-se a queda e o nmero de golpes do pilo do bate-estaca. O peso do pilo do bate-estaca deveria ser, pelo menos, igual ao peso da estaca para condies difceis de cravao e de at 20 m e cargas at 600KN so usuais.As estacas de madeira devem atender s seguintes condies: a) a ponta e o topo devem ter dimetros maiores que 15 e 25 centmetros respectivamente; b) a reta que une os centros das sees de ponta e topo deve estar integralmente dentro da estaca; c) os topos das estacas devem ser convenientemente protegidos para no sofrerem danos durante a cravao; quando, entretanto, durante a cravao ocorrer algum dano na cabea da estaca, essa exigncia pode ser dispensada; Geotecnia de Fundaes Prof. M. Marangon 30 d)as estacas de madeira devem ter seus topos (cota de arrasamento) abaixo dgua permanente; em obras provisrias ou quando as estacas recebem tratamento de eficcia comprovada, essa exigncia pode ser dispensada; e)em terrenos com mataces, devem ser evitadas as estacas de madeira; f)quando se tiver que penetrar ou atravessar camadas resistentes, as pontas devem ser protegidas por ponteira de ao; g)em guas livres, as estacas de madeira devem ser protegidas contra o ataque de organismos.

2.3 Tubules Cu Aberto:

So fundaes constitudas por fustes escavados mecanicamente atravs de trados acionados por perfuratrizes. As mais comuns so hidrulicas, montadas sobre caminhes. Esses tubules caracterizam-se pela facilidade e simplicidade de execuo.Essa opo aplicvel em solos que permitem a escavao sem necessidade de revestimento (apresentando alguma coeso) e situados acima do lenol fretico.O dimetro mnimo exigido para o fuste de 60cm, devido ao alargamento manual da base, que dever ter altura limitada a 2m.A concretagem do tubulo deve ser processada imediatamente aps a concluso da abertura da base (no mximo 24h, conforme NBR 6122) e o concreto deve ser autoadensvel (abatimento em torno e 15cm), propiciando adequado preenchimento sem a necessidade de adensamento.Recomenda-se ainda o lanamento atravs de funil para evitar desagregao e contaminao com o solo, normalmente ocorrentes quando lanado diretamente no interior da escavao.O controle de execuo compreende:Inspeo do material escavado que deve estar de acordo com o mostrado pelas sondagens; Conferncia da cota de assentamento obtida, que dever ser compatvel com a prevista; Conferncia da geometria do tubulo (fuste e base), bem como sua locao e desaprumo; Conferncia da concretagem, incluindo caractersticas do concreto, lanamento e adequado preenchimento da base

2.4 Pneumtico (ar comprimido):

So fundaes profundas, normalmente verticais, empregadas para transmitir cargas de mdio e grande valor ao solo. Geralmente possuem sees transversais circulares, porm as mesmas podem ter outras formas, como por exemplo, ovais.O processo consiste na utilizao de uma campnula para atingir o lenol fretico, a partir desse ponto injeta-se ar comprimido com presso suficiente para equilibrar as subpresses da gua, propiciando assim condies de escavao a seco.Essas fundaes podem ser de concreto simples ou armado, variando conforme a necessidade de esforo. J as bases dos tubules podem ser alongadas para distriburem a carga em presses compatveis com as tenses admissveis dos solos na cota de assentamento.Ao executar tubules onde o solo esteja abaixo do nvel dgua, torna-se invivel o processo de esgotamento (bombeamento), pois existe o risco de desmoronamento das paredes do fuste e/ou base. Nesse caso so utilizados tubules pneumticos, tambm conhecidos como a ar comprimido.O dimensionamento do tubulo anlogo ao tubulo a cu aberto, com exceo do fuste que deve prever um dimetro mnimo de 70cm no interior da sua camisa de concreto, esta com espessura mnima de 15cm. O resultado o fuste com dimetro mnimo de 100cm.A camisa de concreto sempre armada e a NBR 6122 recomenda que toda a armadura longitudinal seja colocada, preferencialmente, nela.A concretagem do tubulo deve ser processada imediatamente aps a concluso (no mximo 24h, conforme NBR 6122) e o concreto deve ser autoadensvel (abatimento em torno de 15cm) para propiciar o preenchimento adequado sem a necessidade de adensamento. O lanamento deve ser feito atravs do cachimbo de concretagem.O controle de execuo compreende:Inspeo do material escavado, que dever estar de acordo com o mostrado pelas sondagens; Conferncia da cota de assentamento obtida, que dever ser compatvel com a prevista; Conferncia da geometria do tubulo (fuste e base), bem como sua locao e desaprumo; Conferncia da concretagem, incluindo caractersticas do concreto, lanamento e preenchimento da base

CONCLUSO

Com o desenvolvimento deste trabalho podemos verificar a importncia de um correto dimensionamento das fundaes, pois a falta de um critrio razovel neste sentido pode provocar acidentes. Sendo assim, solues conservadoras so aconselhadas enquanto maior experincia no tiver sido acumulada. O melhor tipo de fundao aquela que suporta as cargas da estrutura com segurana e se adqua aos fatores topogrficos, macio de solos, aspectos tcnicos e econmicos, sem afetar a integridade das construes vizinhas. importante a unio entre os projetos estrutural e o projeto de fundaes num grande e nico projeto, uma vez que mudanas em um provocam reaes imediatas no outro, resultando obras mais seguras e otimizadas.

REFERNCIAS

NORMAS TCNICAS DE REFERNCIA:ABNT NBR 6112 Projeto e execuo de fundaes;ABNT NBR 6118 Projeto de estruturas de concreto;ABNT NBR 6484 Solo Sondagens de simples reconhecimentocom SPT;OUTRAS REFERNCIAS:BARROS, Mrcia.Apostila de Fundaes, Escola Politcnica daUniversidade de So Paulo Departamento de Engenharia de Construo Civil. 2003. (Documento no publicado)Bases concretas. Revista Tchne, edio n 83. Editora Pini, SoPaulo, Fevereiro de 2004.LIBRELOTTO, Lisiane Ilha.Apostila de Tecnologia das EdificaesII, Universidade Federal de Santa Catarina Departamento deArquitetura e Urbanismo. 2010. (Documento no publicado).