TECNOLOGIA E INOVAÇÃO

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A Tecnologia da Informao (TI) uma parte cada vez mais importante do trabalho de um gerente de produo. De fato, muitos gerentes de produo agora so encarregados de gerenciar no somente os aspectos fsicos da produo como tambm as tecnologias necessárias para lidar com a torrente crescente de informaes imprescindveis para estas operaes. TI na produo Nos anos 60, a presena da TI nas empresas era caracterizada pelo uso de grandes computadores, terminais interligados, leitores de carto e programas customizados. Tais programas eram geralmente voltados para folhas de pagamento e cobrana de contas de empresas de pequeno e mdio porte. Assim, era natural para a TI se reportar ao diretor financeiro. Com a chegada dos anos 70, veio a habilidade de compartilhar os recursos de um mainframe ou microcomputador com os “sistemas operacionais virtuais”, que permitiam a um grupo distribudo de usuários interagir com a unidade de processamento como se eles fossem dedicados entre si. Isso desencadeou um uso muito mais ecltico da TI e permitiu que muito mais pessoas usassem suas capacitaes. Permitiu a criao de programas como MAPICS, um dos mais conhecidos pacotes para rodar o Planejamento das Necessidades de Material (MRP – Material Requirements Planning), um sistema utilizado para implantar e gerenciar a produo da fábrica. O MRP se baseia no contedo de um banco de dados para cada produto, com nvel atual de estoque, previso de demanda e lista de materiais (BOM – Bill Of Materials) que especifica o tipo e nmero de componentes necessários para cada produto, estimando seu lead time de fabricao/compra. Com essas informaes, o sistema MRP trabalha em uma lgica de regresso de datas de entrega especficas e determina quais, quantos e quando os componentes devem ser fabricados ou pedidos. O MRP se tornou muito mais sofisticado ao longo dos anos, mas os princpios fundamentais permanecem os mesmos: permitir aos fabricantes decidir quanto produzir/pedir e quando faz-lo. O advento de um software como o MRP trouxe a percepo que a TI se tornara uma ferramenta importante para o suporte da produo. Gerentes de produo foram estimulados (e algumas vezes resistiram!) a aproveitar as vantagens destas novas tecnologias de controle, que pareciam ter potencial para simplificar os fluxos de informao do cho de fábrica e assumir a entrega de produtos no prazo e de forma acurada. Os anos 80 trouxeram um aumento explosivo do poder dos microprocessadores, acelerando o advento do microcomputador. Isso, juntamente com as planilhas eletrnicas e os editores de texto, permitiu aos gerentes terem (fisicamente ao invs de virtualmente, como antes) suas máquinas pessoais, algumas vezes podendo trabalhar em rede com o resto da organizao, compartilhar arquivos e rodar programas compartilhados. Ao mesmo tempo, os avanos na robtica, nos sensores e na tecnologia de manejo de materiais (como veculos guiados de forma automatizada, ou AGVs – Automated Guided Vehicles) permitiram o desenvolvimento do primeiro sistema de manufatura flexvel (FMS – Flexible Manufacturing Systems), um exemplo mostrado na Figura 6-1. O objetivo de muitos fornecedores de FMS era o de progredir para uma fábrica “vazia”, na qual robs, máquinas e computadores conduziriam todos os fluxos de informao, de máquina e de manejo dos materiais. O termo vazio dá a idia de que os gerentes de produo seriam capazes de fechar as portas, apagar as luzes e simplesmente deixar os computadores e as máquinas fazerem seu trabalho. De fato, pelo menos uma fábrica desse tipo foi construda pela fabricante japonesa de máquinas-ferramentas Ya-mazaki-Mazak, cujo terceiro turno de produo era “rodado” sem ningum. Apesar de ser usada como uma instalao de produo para suas máquinas-ferramentas, tambm preenchia um papel de marketing importante: mostrar todo o potencial da tecnologia Mazak. Enquanto muitos FMSs eram instalados, a promessa da fábrica vazia se apagou com a exploso dos

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A Tecnologia da Informacao (TI) e uma parte cada vez mais importante do trabalho de um gerente de producao. De fato muitos gerentes de producao agora sao encarregados de gerenciar nao somente os aspectos f!sicos da producao como tambem as tecnologias necess"rias para lidar com a torrente crescente de informac#es imprescind!veis para estas operac#es. TI na producao$os anos %& a presenca da TI nas empresas era caracterizada pelo uso de grandes computadores terminais interligados leitores de cartao e programas customizados. Tais programas eram geralmente voltados para folhas de pagamento e cobranca de contas de empresas de pe'ueno e medio porte. Assim era natural para a TI se reportar ao diretor financeiro. (om a chegada dos anos )& veio a habilidade de compartilhar os recursos de um mainframe ou microcomputador com os *sistemas operacionais virtuais+ 'ue permitiam a um grupo distribu!do de usu"rios interagir com a unidade de processamento como se eles fossem dedicados entre si. Isso desencadeou um uso muito mais ecletico da TI e permitiu 'ue muito mais pessoas usassem suas capacitac#es.,ermitiu a criacao de programas como -A,I(. um dos mais conhecidos pacotes para rodar o ,lane/amento das $ecessidades de -aterial (-0, 1 -aterial 0e'uirements ,lanning) um sistema utilizado para implantar e gerenciar a producao da f"brica. 2 -0, se baseia no conte3do de um banco de dados para cada produto com n!vel atual de esto'ue previsao de demanda e lista de materiais (42- 1 4ill 2f -aterials) 'ue especifica o tipo e n3mero de componentes necess"rios para cada produto estimando seu lead time de fabricacao5compra. (om essas informac#es o sistema -0, trabalha em uma l6gica de regressao de datas de entrega espec!ficas e determina 'uais 'uantos e 'uando os componentes devem ser fabricados ou pedidos. 2 -0, se tornou muito mais sofisticado ao longo dos anos mas os princ!pios fundamentais permanecem os mesmos7 permitir aos fabricantes decidir 'uanto produzir5pedir e 'uando faz89lo. 2 advento de um soft:are como o -0, trou;e a percepcao 'ue a TI se tornara uma ferramenta importante para o suporte da producao. & muitas empresas comecaram a se dar conta do potencial da TI na criacao de uma fonte mais ampla de vantagem competitiva. Fm CL>% Oilliam