TECNOLOGIA E O ENSINO; TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS

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Este trabalho é sobre as Novas Tecnologias Atuais, o foco do estudo é sobre como essas tecnologias atuais podem ser utilizadas em sala de aula. Aliás, no ensino em geral, o aprendizado tendo como suporte essas tecnologias novas.

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TECNOLOGIA E O ENSINO; TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS

Valdeir Ferreira Camargo1

Universidade Federal de Goiás (Graduado)

Faculdade Internacional Signorelli (Latu Sensu)

RESUMO

Este trabalho é sobre as Novas Tecnologias Atuais, o foco do estudo é sobre como essas

tecnologias atuais podem ser utilizadas em sala de aula. Aliás, no ensino em geral, o

aprendizado tendo como suporte essas tecnologias novas.

ABSTRACT

This work is about new technologies Current, the focus of the study is about how these

technologies can be used in today's classroom. Indeed, education in general, and learning how

to support these new technologies.

PALAVRAS-CHAVE: Artigo. Tecnologia. Aprendizagem. Educação.

1Historiador, graduado pela Universidade Federal de Goiás em 2011.Especialidade: História Visual, História Cultural.Latu sensu em andamento pela Faculdade Internacional Signorelli em 2012.E-mail: [email protected]

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INTRODUÇÃO

A análise sobre as novas tecnologias atuais é um tema rico porque o processo de aprendizagem

é de certo modo dinâmico, não aceitando a estagnação do ensino que pode ser causada pelo

desprezo pelas novas tecnologias.

Essas novas tecnologias possuem um papel fundamental na importância da democratização do

ensino e no acompanhamento das novas gerações. Os professores devem então se adaptar as

novidades tecnológicas a fim de entrar nas mesmas freqüências de entendimento do aluno para

que ocorra o conhecimento construído, já que há o entendimento que o estudante é o

protagonista de seu ensino e vida, sendo auxiliado e guiado por seu professor.

Há muito que se estudar sobre esse novo sistema de ensino-aprendizagem, sendo assim o artigo

deverá não só manter a porta aberta sobre o tema como também abrir novas portas para os que

irão lidar com a área de educação.

A busca incessante pelo conhecimento não pode apenas permanecer na teoria, deve ir para a

sala de aula. Ocorre então no artigo uma análise de discursos e uma dialética entre as fontes a

fim de chegar a uma conclusão mesmo que ainda prematura. Enfim, a criação do estudo servirá

para que o senso crítico seja criado e fortalecido nos estudantes.

As TICs (Tecnologias de Informações e Comunicações) podem ser usadas na educação formal

– presencial quanto na educação à distância. A nova modalidade educacional (Educação a

Distância) valoriza o agente ativo criador de conhecimento, ao mesmo tempo que gera

oportunidades a população de baixa renda que encontra barreiras para entrar na educação

formal. O conhecimento é a única maneira de criar um país “mais” igualitário no sentido

cultural e econômico. A educação a distância serve para todas as classes sociais, mas vale

lembrar que o custo de uma formação acadêmica a distância é menor, quando visto que o

aprendiz não necessitará locomover-se até o centro de ensino, gastar alimentação durante a

graduação e os custos adicionais que toda formação acadêmica tem. Esse novo modelo de

educação vem crescendo ao longo da história do Brasil, praticamente obrigando aos

professores a entenderem os novos mecanismos do ensino e enfim se adaptarem a essa nova

realidade.

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O HOMEM E A TECNOLOGIA

A humanidade sempre passou por diversos desafios, de sua origem até o atual século XXI. Para

o Homem sobreviver no período “pré-histórico” o mesmo teve que criar ferramentas que

facilitassem a sua condição atual – no caso: a caça. A caça era importante porque o homem

dependia dela para se alimentar e ter condições para sobreviver e procriar, mantendo assim a

espécie “viva”. De certo modo, o homem não só dependeu daquele conhecimento para vencer

os obstáculos daquela época, como ainda depende de novas criações vindas do seu pensar, a

mesma que cria a tecnologia. Ou seja, dependeram das “tecnologias da inteligência” como diria

Pierre Levy. (Pierre Levy, 1993).2

A tecnologia e o homem(comunicação-conhecimento) no entender do autor Julio Wohlgelmuth:

“Foi como o homo sapiens, há milhares de anos, que aconteceu a primeira etapa da história da comunicação. O ser humano era frágil e desprotegido contra as forças da natureza: calor e frio, sol e tempestade. Caçador menos veloz que sua presas, estava condenado ao desaparecimento. Mas a história foi singular, uma vez que a fraqueza física foi compensada pela astúcia e pela habilidade manual.” (JULIO WOHLGEMUTH, 2005, pg 14)

Com a inteligência, ferramentas foram criadas, tais criações facilitaram a vida do homem

mantendo assim a sua existência e criando um domínio unilateral do homem perante as outras

espécies biológicas. O progresso tecnológico do homem não tem de fato a ver com a moral do

mesmo, prova disso são os conflitos civis e as guerras mundiais, mas se a tecnologia já foi

usada para causar danos à inocentes, então há de se acreditar que a grande parcela altruísta

deva orientar a tecnologia para o progresso moral da existência humana, uma dessas

orientações é agregar a educação tendo como suporte o aparato tecnológico, ou seja, a

tecnologia.

A TECNOLOGIA E O ENSINO

2LÉVY, Pierre. As tecnologias da Inteligência – O futuro do pensamento na era da informática. São Paulo. Editora 34. Tradução de Carlos Irineu da Costa. 2004

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A tecnologia vem sendo adaptada para serem usadas nas escolas do Brasil. Existem variados

aparatos tecnológicos na escola como; rádio, internet, retroprojetor, data show, televisão e afins. O

uso desses aparelhos é de extrema importância para a democratização do ensino e a acessibilidade

das informações em tempo atual.

Uma tecnologia educacional que cresceu bastante no caminho do ensino é o uso do sistema

audiovisual. A imagem é democrática e direta. ”A visão é uma experiência direta, e o uso de dados

visuais para armazenar informação constitui a máxima aproximação que podemos prosseguir com a

essência da realidade.” (JULIO WOHLGEMUTH, 2005, pg 13). A imagem é tão importante para o

ensino quanto os livros, por isso o ensino padrão com aulas presenciais possuem um aspecto de

confiabilidade, pelo fato de toda a interação audiovisual que professor tem para com a turma. O

vídeo usado de forma como tecnologia educacional funciona da mesma forma, o documentário, por

exemplo, tem o mesmo poder, pelo menos no aspecto de tentar assimilar essa interatividade. É

válido ressaltar que o uso do vídeo por si só não o faz ser uma tecnologia educacional, para isso

precisa de uma ideia que dê suporte para que o vídeo seja inserido na educação e assim transforme-

se em tecnologia educacional. “O vídeo não é mais do que uma ferramenta nas mãos de alguém e a

serviço de uma proposta, de uma ideia” (JULIO WOHLGEMUTH, 2005, pg 12) .

A cidadania é formada através da sociabilização que esses aparelhos tecnológicos geram, e

criam então uma igualdade na construção desse conhecimento. Há de ocorrer uma adaptação

dos professores com essas novas mídias3 e com o modo de usá-las, pois, o aluno é o

protagonista da escola, todo o conhecimento deve ser construído, não deve haver no ensino a

ultrapassada forma de aula conteudista. Aulas em que o discente não constrói conceito, mas

apenas recebe de forma “bancária” - como Freire disse que o ensino assim tenta deixar de ser

desde 1970. Apesar de que infelizmente ainda existam professores que insistem nos erros de

transformar o estudante em um “banco de dados – receptivo” como faz os cursinhos pré-

vestibulares.

Há então de se lutar contra a ideia de que a informação só pode advir de livros e do

conhecimento escrito. O conhecimento se dá através das novas tecnologias e elas podem se

relacionar com a educação. Além da educação formal que já está estabilizada na sociedade no

3 Acredita-se que o computador associado às tecnologias deComunicação pode ser um recurso educacional muito mais efetivo seUtilizado como mediação de aprendizagem num processo interacionalAH Catapan, FAP Fialho-Educação, Porto Alegre: PUC/RS

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quesito cultural, deve ser mostrado essa nova tendência no processo de aprendizagem. Para

tanto, nota-se em observação tanto o ensino presencial quanto a o da distância. Enfim, a

tecnologia é tudo que é criado pelo Homem a fim de facilitar a sua vida, e alcançar o resultado

de forma mais precisa ou rápida. Assim ferramentas que facilitam a solução, é tecnologia.

TECNOLOGIA NO ENSINO; ESTUDANDO A EAD

As novas tecnologias educacionais que foram, e estão sendo utilizadas para gerar e

compartilhar conhecimento se dão através do rádio, televisão, internet, vídeos e outros.

Silvane Guimarães mostra a evolução do Ensino a Distância e a importância que as tecnologias

tiveram para o crescimento do conhecimento. O rádio teve a sua primeira aparição em meados

de 1923. EDGARD ROQUETTE PINTO4, da Academia Brasileira de Ciências, que criou a

pioneira Rádio Sociedade do Rio de Janeiro. Edgard sabia que não seria fácil o uso do rádio

para tais objetivos, no entanto manteve o foco e prosseguiu. Em 1939 veio a fundação do

Instituto Rádio-Monitor, e só teve sequência positiva, pois em 1941 várias experiências com o

rádio surgiram. Isso demonstra o tão importante foi e é o rádio no processo de aprendizado. É

uma tecnologia que abriu portas para os outros aparatos tecnológicos, como por exemplo, a

televisão que surgiu a primeiro EaD em 1961 pela TV RIO. O sucesso de adaptar as

tecnologias para a educação foi de forma tão grande que em 1996 a rede globo lançou o

“telecurso 2000”: era um programa de ensino a distância tendo como foco disciplinas para

Ensino Fundamental e Médio.

A grande dificuldade é transformar a tecnologia em suporte educacional, adaptando assim em

tecnologia educacional. As novas tecnologias educacionais pareciam cada vez mais fortes

dentro do ensino, e o sucesso se estabilizou, observe que a partir de 2005, as universidades, e

os centros tecnológicos puderam oferecer até 20% da carga horária total de qualquer um de

4O amadorismo da rádio era tão flagrante quanto a boa vontade dos que a faziam. A programação também não era de cunho exatamente popular, mas ninguém se importava: os aparelhos eram caros naqueles primeiros tempos, poucos podiam possuí-lo e esses poucos gostavam do que a rádio punha no ar. O que os desagradava era o som terrível das transmissões. Os jornais viviam cheios de cartas protestando contra os ruídos e chiados da PRA-A e temendo pelo futuro do rádio no Brasil, caso aquilo não melhorasse. Roquette, com sua larga visão histórica, não se assustava com a ameaça:

“Nós, que assistimos à aurora do rádio, sentimos o que deveriam ter sentido alguns dos que conseguiram possuir e ler os primeiros livros”, ele disse ao microfone. R Castro - Revista espe, 2002 - locutor. info

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seus cursos presenciais na modalidade à distância, desde que o referido curso seja reconhecido

pelo MEC.

A tecnologia caminha a passos largos, observa-se que o processo de aprendizado da EaD passou do

rádio, para a televisão e foi fácil chegar no computador. O sistema audiovisual é de extrema

importância para a educação à distância, vídeos que tem a possibilidade de serem acessados através

da internet. O computador é um mecanismo de auto-avaliação e inclusão social para os alunos.

O ensino deve ser construído, participativo e descentralizado na questão de gerar diversas formas de

acesso ao conhecimento. “Com mecanismos de participação e descentralização flexíveis, com

regras de controle discutidas pela comunidade e decisões tomadas por grupos interdisciplinares”

(Moraes, 1997, p. 68). A EaD – prisma, é uma plataforma nova de ensino flexível que utiliza as

redes de conhecimento para a construção da mesma. Totalmente flexível e com base interdisciplinar,

ela conhece os limites da educação tradicional e da nova tendência no ensino de aprendizagem, a

compreensão desses limites não servem para enfraquecê-la, mas como incentivo para vencer os

desafios que envolvem a educação e processo da construção do conhecimento.

TECNOLOGIA NA ESCOLA; NO ENSINO

A tecnologia de informação e comunicação (TICs) deve ser inserida na escola a fim de proporcionar

melhoras na formação dos alunos para que ocorra a democratização do conhecimento. Existe um

desafio muito grande na inserção da TIC porque há de se ter o conhecimento técnico e pedagógico

para a inclusão das tecnologias. Há o entendimento de que um técnico de informática não é

suficiente para a utilização desses equipamentos na escola, e tampouco um professor sem preparo

técnico dos equipamentos. A tecnologia e a educação devem caminhar juntas e o domínio deve ser

mediado pelo professor de forma equivalente, sendo assim o docente saberá como construir

conhecimento utilizando-se de um material tecnológico. Não só importante é o domínio pedagógico

e técnico do professor, quanto o entendimento de se criar métodos de ensino personalizado para

cada tipo de turma. Um modelo de tecnologia educacional pode funcionar para um grupo de alunos,

mas para outros poderá não obter o mesmo sucesso. O planejamento das aulas deverá enfim andar

junto com o técnico a fim de encontrar um caminho de ensino para cada tipo de turma, dependendo

da avaliação do professor perante a necessidade de se criar caminhos alternativos de ensino.

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O professor deve levar para o seu local de ensino: materiais didáticos diversos. Na busca de

causar no estudante a curiosidade de compreender o objetivo do seu professor. Auxiliar o

discente a buscar na internet informações para complementar suas pesquisas, e evitar o famoso

“copia e cola”, divulgando os sites informativos, bibliotecas virtuais e vídeos online para que

os alunos possam apreender aquele conhecimento. A escola deve incentivar o professor a fazer

a utilização de filmes, documentários, retroprojetor, datashow, utilização de bibliotecas

virtuais, programas de rádios e qualquer aparato tecnológico que tenha sido adaptado à área de

educação.

EDUCAÇÃO BANCÁRIA VS EDUCAÇÃO CONCEITUAL

O ensino formal no Brasil ocorreu durante muito tempo de forma conteudista, ou seja, o

professor detinha o conhecimento e o docente passava adiante o que achava ser importante.

Negando ao aluno o conhecimento em forma aberta, um horizonte limitado pelos limites do

que foi recebido. O discente era podado mentalmente e isso criava obstáculos para o

pensamento livre do aluno, que não conseguia criar o seu próprio entendimento sobre

determinado tema. Seus sentidos sensoriais eram por parte menosprezados, pois, o professor

não usava o conhecimento para potencializar a percepção e a evolução cognitiva do aluno, mas

sim a capacidade de guardar na mente um conhecimento já pronto. Isso durou por muito

tempo. Paulo Freire chamou esse método de ensino de “Educação Bancária” – dado o nome

por o aluno apenas receber o conhecimento, sendo um copo vazio que ali o professor

depositária o conhecimento formal. Ou seja, nesse modelo de ensino o discente estaria pronto

se ele simplesmente conseguisse memorizar e transmitir a mesma mensagem. Embora a

educação no Brasil estivesse se transformando aos poucos, desconstruindo e construindo

simultaneamente, ainda há muitos professores que lidam com o aluno e lecionam de forma a

podar o livre pensar do aluno.

Na década de 1970, Paulo Freire, não só criticou a vigente forma de ensino, como analisou como o

aluno poderia lidar com um novo modelo de ensino que iria se chocar com a que tínhamos no

Brasil. Jean Piaget e Lev Vygotsky teve de fato uma grande importância na análise desse novo

modelo de ensino que Freire estava a analisar. O conhecimento então não deveria ser dado como

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pronto, mas construído pelo aluno. Essa construção se efetivaria pela interatividade com o

conhecimento que o discente já possuía relacionando com o que estaria ao seu redor.

As interações do homem com o mundo e as tecnologias criam então uma rede de educação,

“Ninguém educa ninguém, como tampouco ninguém se educa a si mesmo: os homens se educam

em comunhão, mediatizados pelo mundo” (Freire, 1993, p. 9). O ambiente – concreto e teórico,

daria ao estudante a capacidade e a interação necessária de chegar a um objetivo em junção do que

já sabia, e a utilizar seu processo cognitivo para assimilar o velho com o novo conhecimento.

Embora essa produção textual não tenha o objetivo de discutir os grandes gênios da Psicologia da

Educação, é necessário citá-los porque eles abriram um portão, que atrás da mesma, existia tanta luz

e conhecimento que chocou a educação e a renovou. Com a renovação da educação tradicional,

passou o ensino a entender que memorizar não é de fato aprender, mas reproduzir conhecimento de

outro, sem questionar a veracidade daquela construção lógica. Ressaltando que a verdade não é

única, depende do conhecimento hermenêutico do leitor e das representações inseridas no objeto e

em sua forma de comunicação. “Donde, a dupla tendência para analisar a realidade através das suas

representações e para considerar as representações como realidade de múltiplos sentidos” (ROGER

CHARTIER, 1988, p. 11)

O conhecimento agora é criado pelo aluno e orientado pelo professor, definindo assim um

trabalho em conjunto que coloca o discente como protagonista do seu processo de

aprendizagem. A orientação é necessária para introduzir o tema a ser estudado, e permitir que o

processo cognitivo do estudante seja posto a prova e então não colocar limites na evolução

cultural, social e sensorial do aluno.

CONCLUSÃO

Nota-se que a Educação necessita de pessoas ativas e focadas para que os resultados sejam

fecundos e seguros. O professor deve estar sempre apto a buscar novos métodos de ensino e

aceitar que a dinâmica do conhecimento não só pode mudar de geração para geração, como

também é dever do orientador analisar e compreender, contextualizando as mudanças culturais,

sociais e políticas do planeta relacionadas à educação.

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O fluxo de informação cresceu de forma gigantesca, e há de se entender as vantagens dessas

informações jogadas principalmente nas redes de conhecimento, como também o perigo das

informações que ali se encontram. Por esse lado, é o motivo principal do professor buscar evolução

e compreensão do funcionamento das TICs (Tecnologias de Comunicação e Informação), pois, se o

aluno recebesse a educação bancária que tanto Paulo Freire critica, ele iria acostumar com uma

forma de aprendizagem que estaria vulnerável a essas informações jogadas em tais redes, correndo

o risco de levar as informações aleatórias como verdades únicas.

A evolução da compreensão deve ser mútua e colaborativa, para que ao ajudar o outro na criação

do conhecimento, fazendo parte da construção e aprendendo de forma em que o orientador também

aprenda e se desenvolva no objeto de estudo. A construção do conhecimento, o ensino conceitual,

serve para criar no aluno senso crítico, para que o mesmo possa filtrar tais informações que chegam

em seu ambiente de forma desenfreada. O professor tem o dever de orientar o aluno não só na

educação formal – presencial, como a ensinar o aluno a construir seu conhecimento e entender os

mecanismos das TICs no seu processo de aprendiz. Entender como funciona as tecnologias

educacionais e fazer melhor uso das mesmas, filtrando, e criando conhecimento com argumentação

lógica baseada em um método científico de estudo. A dialética e o processo hermenêutico são de

extrema importância para que o aprendiz consiga verificar a veracidade dos dados, e pôr em prova o

que de fato pode auxiliar no seu amadurecimento intelectual.

A importância desse novo modelo de ensino já vem sendo expostas e validadas pelo governo, mas a

população ainda não tem conhecimento de como fazer uso dessa oportunidade de se obter estudo

através da EaD. A educação a distância é importantíssima para a democratização do conhecimento,

para as pessoas que por qualquer motivo, esteja impossibilitada de participar de um curso com aulas

presenciais. Além de valorizar a individualidade de cada aluno e dar a opção do estudante escolher

que tipo de ensino se encaixa melhor a ele. Embora a EaD tenha desafios como o estágio, que

precisa de pesquisa de campo, o MEC encontrou uma forma de criar segurança nos cursos a

distância, regularizando os cursos que não serão prejudiciais por não terem suporte físico durante o

caminho do aprendiz em busca do conhecimento.

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