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Revista destinada ao agronegócio EXPOINTER 31 a EDIÇÃO DA TRADICIONAL FEIRA DE ESTEIO , NO RIO GRANDE DO SUL, TEM PROJETO PILOTO DE INTERNET PARA TRANSMITIR INFORMAÇÕES E DINAMIZAR O COMÉRCIO DE PRODUTOS E ANIMAIS ANO II - N o 18 - AGOSTO DE 2008 NOVAS TÉCNICAS DINAMIZAM PEQUENAS PROPRIEDADES TECNOLOGIA Sistema free-stall: criado há 50 anos, ele agora é disseminado pela Embrapa Gado de Leite nas pequenas e médias propriedades

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Revista destinada ao agronegócio

expointer31a edição da tradicional feira de esteio, no rio grande do sul, tem projeto piloto de internet para transmitir informações e dinamizar o comércio de produtos e animais

ANO II - No 18 - AgOstO DE 2008

novas técnicas dinamizam pequenas propriedades

tecnologia

Sistema free-stall: criado há 50 anos, ele agora é disseminado pela Embrapa Gado de Leite nas pequenas e médias propriedades

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2 - Bradesco Rural

6 - EVENTO31a Expointer, em Esteio, terá projeto piloto de informação e comércio pela Internet

4 - ENTREVISTAFrancisco Maturro, da Abimaq, aponta

a recuperação dosetor de máquinas

conselho de administração

presidenteLázaro de Mello Brandão

Vice-presidenteAntônio Bornia

membrosMário da Silveira Teixeira JúniorMárcio Artur Laurelli CyprianoJoão Aguiar AlvarezDenise Aguiar Alvarez ValenteRicardo Espírito Santo Silva Salgado

diretoria executiva

diretor-presidenteMárcio Artur Laurelli Cypriano

diretores Vice-presidentesLaércio Albino CezarArnaldo Alves VieiraLuiz Carlos Trabuco CappiSérgio SochaJulio de Siqueira Carvalho de AraujoMilton Almicar Silva VargasJosé Luiz Acar PedroNorberto Pinto Barbedo

diretores gerentesArmando Trivelato FilhoCarlos Alberto Rodrigues GuilhermeJosé Alcides MunhozJosé Guilherme Lembi de FariaLuiz Pasteur Vasconcellos MachadoMilton MatsumotoOdair Afonso RebelatoAurélio Conrado BoniDomingos Figueiredo de AbreuPaulo Eduardo D’Avila IsolaAdemir CossielloSergio Alexandre Figueiredo Clemente

revista Bradesco ruralUma publicação do Banco Bradesco S.A.Editada pela Assessoria de ImprensaCidade de Deus, Osasco, SPTel.: (11) 3684-4594, fax: 3684-5096,e-mail: [email protected]

editor executivoNilton Horita - MTb 15.655

redaçãoAntenor Nascimento e Joel Santos Guimarães (Editores), Agência Meios

fotografiaDivulgação, Reuters, Egberto Nogueira/Ímã

projeto e direção de arteCamarinha Editora & Comunicação

tiragem: 5.000 exemplaresEdição Agosto/2008

impressão: Stilgraf

A Revista Bradesco Rural tem como objetivoprestar informações atualizadas sobre o setor do agronegócio. O Bradesco não pode ser responsabilizado por decisões de investimento baseadas no conteúdo deste informativo. A Organização Bradesco não assume nenhuma responsabilidade decorrente de opiniões ou pontos de vista manifestados por articulistas e entrevistados.

Banco Bradesco S.A.

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14 - NOVAS CULTURAS

Produção de amendoim bate recorde com safra 2007/2008

8 - CAPASoluções modernas da Embrapa beneficiam pequenos produtores

16 - PRODUTOS E SERVIçOS BRADESCO

Um guia completo de serviços, produtos e linhas de financiamento para o empreendedor agrícola

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Bradesco Rural - 3

18 - EM DESTAQUEAs principais novidades do Bradesco

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4 - Bradesco Rural

Um bom momento

NTREVISTA: FRANcISco MATuRRo

Aindústria brasileira de

máquinas agrícolas,

que sofreu em safras

passadas em função da queda

de preços, voltou ao azul. Para

ter uma idéia, o faturamento do

setor chegou a R$ 3,4 bilhões nos

primeiros cinco meses deste ano,

um aumento de 48,5% em rela-

ção ao mesmo período de 2007.

A recuperação deve-se sobretudo

ao mercado interno, estimulado

pela perspectiva de uma boa safra

e preços excelentes no exterior.

Mesmo as exportações de máqui-

nas e implementos melhoraram,

apesar do aumento dos custos

de produção e da apreciação

do real frente ao dólar. A receita

dos embarques cresceu 62,3%

no período de janeiro a maio,

situando-se em US$ 398 milhões

de dólares. Nesta entrevista à

Bradesco Rural, Francisco Matur-

ro, presidente da Câmara Seto-

rial de Máquinas e Implementos

Agrícolas da Associação Brasi-

leira da Indústria de Máquinas e

Equipamentos (Abimaq), fala das

perspectivas para o futuro.

O presidente da Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas da Abimaq anuncia forte recuperação no primeiro semestre de 2008

E

para o setor de máquinas

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Qual é o quadro atual do setor de

máquinas e implementos agríco-

las no Brasil?

Para nós, o crescimento registrado

nos últimos meses expressa uma

recuperação do setor de máquinas

e implementos agrícolas. Para ter

uma idéia, em 2007, o setor fatu-

rou R$ 5,8 bilhões – resultado bem

próximo dos R$ 6 bilhões de 2003,

mas ainda um pouco distante do

melhor desempenho desde 2000,

que foi de R$ 7,2 bilhões em 2004.

Os preços dos alimentos estão em

alta, o que em tese representa mais

renda para os produtores. Isso tem

se refletido nas vendas do setor?

Em princípio, a análise e leitura do

mercado não nos remetem a essa

conclusão porque os preços dos

alimentos refletem a situação de

oferta e demanda e, paralelamen-

te, estamos vivendo uma inflação

de custos que anula os estimados

ganhos dos produtores. Na ponta

do lápis, os atuais preços das

commodities encostam nos custos

de produção da próxima safra, o que

tem causado extrema preocupação

aos produtores. As vendas respon-

dem moderadamente em nosso

setor, que produz máquinas e

implementos, diferentemente dos

tratores e colheitadeiras, que estão

se comportando de forma distinta

em função da demanda reprimida

de praticamente quatro anos.

Quais são as máquinas e os

equipamentos mais vendidos no

Brasil hoje? E no exterior?

No nosso setor, podemos citar as

plantadeiras e semeadeiras, que

estão diretamente ligadas ao resul-

tado da colheita tanto no mercado

interno como no externo.

Quais culturas têm demandado

mais bens de capital? Em quais

regiões?

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Bradesco Rural - 5

algo que possa comprometer seu

desenvolvimento?

Os custos podem representar

entraves importantes. Estamos

vivendo um processo forte de

indexação de preços na cadeia

de fornecimento e o mercado

não tem condições de absorver a

avalanche de reajustes impostos

pelos fornecedores.

A indústria brasileira sofre con-

corrência de competidores exter-

nos? A baixa do dólar tem com-

prometido sua competitividade

frente aos importados?

Temos uma exposição permanen-

te aos competidores externos e o

comportamento cambial dá mais

fôlego aos importadores, obvia-

mente. Mas é importante salientar

que temos, também, mercados lá

fora que foram conquistados pela

nossa expertise, como é o caso da

Argentina e dos EUA.

Ainda há bastante espaço para

ampliar a mecanização das

lavouras no Brasil?

Sem dúvida, temos áreas para

serem mecanizadas, mas o mais

importante é fazê-lo em áreas aber-

tas, que permitem uma agricultu-

ra intensiva sem a necessidade

de avançar em áreas de proteção

ambiental e reservas estratégicas.

Qual seria o cenário ideal?

O mundo de forma geral tem seu

crescimento demográfico projeta-

do para os próximos anos de forma

desproporcional ao crescimento da

oferta de alimentos. O poder aqui-

sitivo de países como a China tende

a tornar ainda mais dramática a si-

tuação dos estoques de segurança

alimentar que estão muito abaixo

dos percentuais recomendáveis.

Essa preocupação e as conhecidas

dificuldades de abastecimento de

matérias-primas, como fertilizan-

tes e demais insumos necessários,

tendem a reduzir os ganhos dos

produtores. O cenário ideal é que

haja um equilíbrio entre os custos

de produção e a remuneração dos

produtores que permita a manuten-

ção de investimentos e ganhos de

produção e produtividade. Quan-

do há igualdade de ganhos, todos

se beneficiam, proporcionando

satisfação aos mercados consumi-

dores e incentivando a plantar e a

produzir cada vez mais.

O Brasil sempre teve forte demanda

no setor de grãos, dos quais pode-

mos citar soja e milho, que estão

concentrando maiores demandas.

As regiões Sul, Sudeste e Centro-

Oeste têm se mantido em posição

de destaque no tocante à deman-

da de investimentos

E no exterior, quais os mercados

principais da indústria brasileira

e os com maior potencial?

Na América Latina podemos citar

Paraguai, Bolívia, Argentina e Chile,

seguidos da Venezuela, e, nos outros

mercados, temos EUA, Europa e

África como parceiros expressivos.

A indústria brasileira do ramo

tem investido? Quanto? Existem

estimativas de investimentos

futuros?

Pelas características do nosso setor,

as indústrias mantêm seus investi-

mentos na reposição de máquinas,

evitando o sucateamento e bus-

cando eficiência para se manterem

competitivas nos mercados.

Em termos de faturamento,

tanto no mercado interno como

no externo, quais são as pers-

pectivas futuras?

Entendemos que o faturamento

poderá responder positivamente

em termos de mercado interno

e, com grande esforço, temos um

grande desafio em ampliar igual-

mente as exportações; aqui se tra-

duzem nossas expectativas.

Quais entraves existem atual-

mente para a indústria? Existe

“O crescimento registrado nos últimos meses expressa uma

recuperação do setor de máquinas

e implementos agrícolas“

Entrevistado na última edição,

Natal Antonio Vello é Vice-Diretor

da Escola Superior de Agricultura

Luiz de Queiróz (Esalq).

Correção

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6 - Bradesco Rural

Ventoe

O campo A Feira de Esteio testa a transmissãode imagens e leilões para todo o mundo

na Internet

Atradicional feira agro-

pecuária Expointer, que

acontece em Esteio, no

Rio Grande do Sul, quer usufruir

dos benefícios da tecnologia da

Internet e chegar a qualquer parte

do mundo. Na edição deste ano,

que acontece de 30 de agosto a 7

de setembro, será realizado o pri-

meiro projeto piloto. Alguns estan-

des serão filmados e, em seguida,

as imagens serão disponibiliza-

das no site da feira. Os interessa-

dos poderão oferecer lances para

adquirir máquinas, equipamentos

agrícolas e animais.

“Neste ano, faremos apenas um

teste, mas no futuro isso trará uma

força e uma dinâmica incríveis

para a feira. Não será mais preciso

ir até o parque para conhecer as

novidades, acompanhar um julga-

mento ao vivo e comprar”, conta o

presidente da Comissão Executiva

da Expointer, Antônio Alves. “É um

trabalho que começou há cerca

de três anos, mas ainda tínha-

mos muitas dificuldades técnicas,

como banda larga discada. Agora

estamos concluindo a instalação

de fibra ótica, que vai envolver o

parque inteiro”, conta Alves.

Em sua 31a edição internacional,

a Expointer concentra as últimas

novidades da moderna tecnolo-

gia agropecuária e agroindustrial,

Cavaleiros abrem a Expointer: 31a edição vai misturar tradição e tecnologia

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sendo reconhecida como um dos

maiores eventos mundiais em seu

gênero, evidenciando o potencial

do agronegócio do Rio Grande do

Sul. “Indiscutivelmente, a feira é

um sucesso absoluto. Se no ano

passado ainda havia certa dúvida

em relação à recuperação do setor,

este ano a expectativa é a melhor

possível”, garante Alves.

Segundo ele, todos os mais de 3 mil

espaços da Secretaria da Agricultu-

ra, Pecuária, Pesca e Agronegócio

(Seappa), no Parque de Exposi-

ções Assis Brasil, estão reservados.

Em 2007, as vendas na Expointer

somaram R$ 131,5 milhões e o

número de visitantes foi superior

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Bradesco Rural - 7

Expointer 2008De 30 de agosto a 7 de setembroParque Estadual de Exposições Assis Brasil BR-116 – km 13Esteio – RSInformações:www.expointer.rs.gov

a 400 mil pessoas. “Estamos con-

tando com crescimento tanto nas

vendas como no número de visi-

tantes”, afirma o dirigente.

A participação internacional

também será incrementada nesta

edição. Está confirmado o retor-

no ao evento do Canadá e dos

Estados Unidos, que terão estan-

des na feira. E ainda os já tradi-

cionais estandes de países como

Argentina, Uruguai, Chile, Peru e

Bolívia. Uma série de outros paí-

ses ainda virá à Expointer com

delegações comerciais. A meta é

superar as 18 comitivas interna-

cionais que estiveram presentes

no ano passado.

Uma das maiores atrações da

Expointer 2008 será a presença

do gado franqueiro, considerado

a primeira raça bovina a povoar

as Américas. No ano passado, o

Parque de Exposições Assis Brasil

Projeto piloto: Internet vai mostrar animais que poderão ser comprados pela rede

País é exclusiva nos estados do

Rio Grande do Sul e Santa Catari-

na, numa faixa que vai de Vacaria,

passa pelos municípios dos cam-

pos de cima da serra e segue até

Lages (SC).

AtraçõesO Parque Estadual de Exposições

Assis Brasil, em Esteio, no período

da Expointer, vira um verdadeiro

centro turístico. Diariamente, o

visitante tem inúmeras opções

de entretenimento. São mais de

400 eventos e atrações, entre

exposição de animais, julgamen-

tos e leilões, desfile dos campe-

ões, feira de artesanato, feira de

agricultura familiar, cursos de

culinária de agroindústrias arte-

sanais – como queijo, iogurtes,

lingüiças e conservas variadas –,

fóruns, seminários, cursos e

palestras com temas sempre vol-

tados para o aprimoramento da

agropecuária, concursos, shows

de música, dança, apresentações

folclóricas e de bandas marciais,

expressões teatrais, além de mui-

tas comidas típicas.

recebeu apenas dois animais. Este

ano, pelo menos dez exemplares

franqueiros estarão em Esteio.

“O franqueiro é o equivalente ao

cavalo crioulo no estado, ou seja,

uma raça rústica e genuinamen-

te campeira”, afirma José Arthur

Martins, chefe do Serviço de

Exposições e Feiras da Secretaria

da Agricultura.

Martins comenta que essa raça

estava quase extinta no estado.

Graças a um projeto de resgate e

fomento encampado pela Funda-

ção de Pesquisa Agropecuária do

Rio Grande do Sul, o gado fran-

queiro está sendo recuperado. “A

Fepagro desenvolve um trabalho

exemplar de resgate genético da

raça”, elogia. Em todo o Brasil,

existem menos de mil cabeças

de gado franqueiro, introduzido

pelos portugueses e jesuítas no

Estado. A presença da raça no

Serviço

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8 - Bradesco Rural

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8 - Bradesco Rural

Pequenos, mas

ultramodernosTecnologia de ponta se democratiza e melhora a qualidade da produção

Granja em Santa Catarina com tecnologia da Embrapa: mais de 400 invenções para aves e suínos

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Bradesco Rural - 9

O uso de tecnologia deixou

de ser privilégio apenas

das grandes proprieda-

des rurais. Cada vez mais, peque-

nos produtores estão atentos às

novidades que garantem melho-

rias na produtividade, sustentabi-

lidade e lucro. O acesso às inova-

ções tecnológicas normalmente

é garantido por meio de coope-

rativas, associações, prefeituras,

participação em palestras, semi-

nários e dias de campo, muitas

vezes promovidos pelos próprios

institutos de pesquisa.

Um bom exemplo de uso de

tecnologia também encontrada

nas pequenas propriedades é a

produção de suínos e aves em

Santa Catarina. “Suínos e aves

hoje são atividades que, embora

no âmbito familiar, exigem uma

boa infra-estrutura com aviários

e chiqueiros grandes e equipa-

dos”, diz Élcio Figueiredo, chefe

geral da unidade da Embra-

pa Suínos e Aves, instalada em

Santa Catarina.

Segundo ele, normalmente o

investimento é todo do produ-

tor. “Alguns usam recursos pró-

prios, outros financiam. Quando

trabalham no sistema de integra-

ção com grandes indústrias, são

as empresas que dão o aval para

ele obter financiamento”, conta

Figueiredo.

No caso dos produtores que traba-

lham nesse sistema, a tecnologia

referente a segurança dos alimen-

tos, genética e raça é fornecida

pela integradora. Já os conheci-

mentos necessários para melho-

rar os cuidados sanitários e com

o meio ambiente podem ser bus-

cados nos institutos de pesquisa.

Ao longo dos 33 anos de existên-

cia da Embrapa Suínos e Aves,

mais de 400 soluções tecnológi-

cas foram disponibilizadas para

os produtores. Entre as tecnolo-

gias mais utilizadas nas pequenas

propriedades, Figueiredo destaca

a linhagem de aves para a linha

colonial com a poedeira 051 e o

frango de corte 041.

Já na parte de suínos, a Embra-

pa desenvolveu o MS 115, mais

conhecido como “suíno light”, raça

com qualidade de carne e pouca

gordura. “A raça é muito utilizada

por ser competitiva em relação às

de base genética importada. Nes-

ses casos, o contrato é feito com

um multiplicador, que é um pro-

dutor especializado na produção

de material genético, que compra

o plantel da Embrapa e seleciona

para revender”, explica.

“Hoje, nutrição, vacinas e equipa-

mentos estão na mão da indústria

privada. Meio ambiente, sanidade

e novas raças são desenvolvidas

pela Embrapa”, explica Figueire-

do. A entidade também desen-

volve soluções com cisternas que

permitem captação, filtragem e

armazenagem da água da chuva.

Na propriedade da família de Itacir

Weber, em Barra do Pinhal (SC),

muita coisa mudou desde que o

irmão caçula terminou o curso

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10 - Bradesco Rural

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vieram aqui para conhecer como

funcionava e em pouco tempo

seguiram nosso exemplo”, conta

Weber, orgulhoso.

As 2 mil galinhas poedeiras são

da linhagem 051, desenvolvida

pela Embrapa. Elas são criadas

no sistema semiconfinado. Quan-

do o tempo está seco, elas são

soltas nos piquetes construídos

embaixo do pomar. A produção

é de 1,8 mil ovos por dia. Hoje a

família recolhe e classifica tudo

manualmente. O próximo passo

será comprar uma máquina clas-

sificadora. “A máquina vai ajudar

muito porque classifica por tama-

nho e já limpa os ovos”, diz.

No galpão, o poleiro foi construí-

do com um sistema simples que

utiliza uma tela que evita o con-

tato com os dejetos, que depois

são usados para fazer a com-

postagem. Ao lado do chiqueiro,

recentemente foi construído um

depósito de ração.

Em outra localidade da região, o

produtor Camilo Marafom investe

na diversificação da propriedade.

Há cerca de um ano cria frango

verde ecológico e poedeiras, tam-

bém no sistema semiconfinado.

“Assim o frango não se alimenta

apenas de ração, fica mais livre

para se desenvolver naturalmen-

te”, conta Marafom. Na proprie-

dade de 50 hectares, ele também

produz leite, cria ovelhas, planta

milho e neste ano plantou 1,2 mil

pés de uva. “O frango verde é ven-

dido para a cooperativa a cada três

meses. Não é um investimento alto

e o retorno é garantido”, diz.

“Cada vez mais, pequenos produ-

tores têm acesso à utilização de

recursos técnicos”, afirma Wolmir

de Souza, produtor e presiden-

te da Associação Catarinense de

Criadores de Suínos (ACCS), que

representa todos os 12 mil suino-

cultores com produção em escala

comercial no estado.

técnico em agronomia e incenti-

vou os investimentos em tecno-

logia e melhorias na proprieda-

de. “Percebemos uma diferença

enorme no aproveitamento da

área. Tínhamos pouco conheci-

mento das novidades acessíveis

também para os pequenos pro-

dutores”, conta.

A primeira mudança foi a instala-

ção de uma cisterna para coletar

água da chuva. Os 328 mil litros

captados servem para matar

a sede das 2 mil poedeiras, de

algumas cabeças de gado e dos

220 suínos criados no sistema de

integração com uma granja local.

“Antes da cisterna a gente usava

água de uma fonte que sempre

seca em períodos de estiagem. Aí

o jeito era puxar água do rio com

o trator”, conta Weber.

“O investimento foi baixo e o retor-

no foi excelente. Como fomos os

primeiros a construir uma cister-

na no município, muitos vizinhos

Cisterna na propriedade da família Weber: água para as galinhas poedeiras durante todo o ano

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Bradesco Rural - 11

Biogestor, ao lado: proporciona energia em forma de

biogás. Abaixo, o “suíno light”: carne com menos gordura

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Tecnologia na pequena propriedade: auxílio para produtores de menor porte

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leit

eSegundo ele, na produção de suí-

nos o destaque é para a tecnolo-

gia de comedouros automatiza-

dos e bebedouros que diminuem

o desperdício de água em até

80%, com redução do impacto

ambiental provocado pelo volu-

me dos dejetos.

Nas propriedades mais moder-

nas, e nem tão pequenas assim,

um dos destaques é o biodiges-

tor, que, segundo Souza, já existe

há um bom tempo e está sempre

evoluindo. A maioria tem capaci-

dade para alimentar um gerador

que toca a propriedade inteira

com biogás. Dessa forma o pro-

dutor consegue reduzir significa-

tivamente o consumo de energia.

Em vez de usar energia elétrica

e aquecedores movidos a lenha,

uma caldeira aquece a água que

circula num tapete térmico onde

ficam os leitões.

Leite A pesquisa agropecuária desen-

volveu produtos e processos tec-

nológicos capazes de aumentar

em quatro vezes a produção de

leite no Brasil. Os pesquisadores

elaboraram trabalhos voltados

para formação e recuperação de

pastagens; produção de forra-

geiras de inverno e silagens de

milho e sorgo; sistemas inten-

sivos e de produção em condi-

ções de pastejo e confinamento;

melhoramento animal e vegetal;

saúde animal; qualidade do leite,

entre outros. “Os trabalhos sem-

pre tiveram como foco a compe-

titividade da produção, aliada à

sustentabilidade e à preservação

ambiental”, conta o pesquisador

Rodolpho Torres, da Embrapa

Gado de Leite.

Torres ajudou a difundir a tecno-

logia de alimentação para gado de

leite em períodos de seca, a qual

utiliza cana-de-açúcar associada

a uréia. “O pequeno produtor não

tem recurso para fazer silagem e

muitos acabam tendo queda de

produção por falta de alimen-

to no período da seca (maio a

outubro).” Essa alimentação foi

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12 - Bradesco Rural

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Kit de ordenha manual: tecnologia social para pequenos produtores

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e

desenvolvida pela Embrapa em

1979. É repassada ao produtor

por meio da Emater, de coopera-

tivas, em dias de campo e núcleos

de treinamento.

Sistema free-stallSurgido nos EUA na década de

1950, o sistema free-stall mantém

o gado mais limpo durante o pe-

ríodo de confinamento. Ele tem

sido disseminado para os peque-

nos e médios produtores por téc-

nicos da Embrapa, que prestam

apoio durante toda a fase de ins-

talação. No free-stall, os animais

podem entrar e sair livremente de

suas baias, mas só alcançam sua

ração se estiverem com a cabeça

no gradil. A parte traseira, assim,

fica alinhada e próxima a um pra-

ticado chamado de corredor de

limpeza ou serviço. Isso deixa o

gado mais limpo e poupa gastos

na estabulação.

Outra tecnologia, transferida com

sucesso para os produtores, é o

controle estratégico do carrapato

bovino. A recomendação é que a

reaplicação de carrapaticida seja

realizada a cada 21 dias e a aná-

lise dos parasitas seja feita a cada

seis meses, para avaliar se o carra-

paticida ainda está funcionando

ou se precisa ser substituído.

Ordenha manualO Brasil possui 1,3 milhão de

produtores de leite e 80% deles

utilizam ordenha manual. Atenta

às necessidades desses pequenos

e médios produtores, a Embrapa

Gado de Leite desenvolveu um

kit de ordenha manual. Definido

como tecnologia social ao alcan-

ce dos pequenos produtores, o

kit é composto de utensílios sim-

ples, associados a uma cartilha

contendo orientações técnicas

a respeito da ordenha manual.

A criação do kit contou com a

parceria do Ministério do Desen-

volvimento Agrário, da Emater-

MG, da Embrapa Semi-Árido e

da Funarbe.

Segundo Marne Moreira, chefe-

adjunto da Embrapa Gado de

Leite, o trabalho prova que se

pode obter, na ordenha manu-

al, leite com a mesma qualida-

de higiênica daquela obtida na

ordenha mecânica. A contagem

bacteriana, um dos fatores que

determinam a qualidade do pro-

duto, costuma ser bastante alta

nesse tipo de ordenha. Isso ocor-

re devido a procedimentos incor-

retos que levam a uma higiene

deficiente tanto das tetas da vaca

quanto das mãos dos ordenhado-

res e dos utensílios utilizados.

Para provar a viabilidade do kit,

pesquisadores da Embrapa Gado

de Leite realizaram testes, a par-

tir de outubro de 2006, em sete

estados de quase todas as regiões

brasileiras (Nordeste, Sudeste,

Centro-Oeste e Sul). Tais estudos

mostram que a sua utilização

adequada pode reduzir o índice

de contagem bacteriana em até

85%. Exemplo disso são os dados

apurados entre um grupo de pro-

dutores de Pernambuco: antes da

utilização do kit, a contagem bac-

teriana (coletada 15 minutos após

a ordenha) estava em torno de

820 mil Unidades Formadoras de

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Bradesco Rural - 13

Gado no free-stall (acima) e produtor lavando o úbere com o kit de ordenha manual: facilidades que aumentam a produtividade

Colônias de bactérias (UFC) por

mililitro de leite. Com os utensílios

recomendados e os procedimen-

tos corretos de higiene, o índice de

UFC caiu para 133 mil/ml.

O produtor monta o seu kit de acor-

do com os utensílios que já possui

na propriedade. O kit completo

custa cerca de R$ 150. O sucesso da

iniciativa foi tão grande que a idéia

será exportada para países tropi-

cais, como Venezuela, Colômbia e

Equador. Também há possibilidade

de levar para Angola e Uganda, na

África, mais Índia e Paquistão.

“O kit agrega valor ao leite porque,

além de reduzir a contagem de

bactérias, proporciona mais segu-

rança para o produtor, a indústria

e o consumidor”, afirma Moreira.

O produtor Liberalino de Castro

Lopes utiliza o kit há um ano. Na

propriedade de 50 alqueires no

bairro Eldorado, em Juiz de Fora

(MG), ele mantém 35 vacas lei-

teiras. A produção diária de 250

litros de leite é vendida para uma

fábrica local de queijos.

“A gente sempre tirou leite

manualmente e já tomava cuida-

dos como lavar as tetas das vacas

com água clorada e enxugar.

O kit, além de ser mais higiênico,

é mais rápido e prático. Com a

redução da quantidade de bacté-

rias, consigo ganhar 20 centavos

a mais por litro de leite”, come-

mora o produtor.

Como é membro da diretoria do

Sindicato Rural de Juiz de Fora,

Lopes está sempre presente nas

reuniões, palestras e dias de

campo organizados no municí-

pio. Depois, coloca em prática o

que aprende com os técnicos.

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14 - Bradesco Rural

A volta do

Antes desprezado, o amendoim torna-se uma alternativa importante e começa a ganhar espaço no mercado externo

Em apenas dez anos, o

amendoim deixou de ser

apenas cultura de rotação

da cana para se tornar produ-

to do tipo exportação. E a safra

2007/2008 é tida como a maior

de todos os tempos. Já era hora.

O amendoim é um produto com

compradores certos em todo o

mundo – com destaque para os

Estados Unidos, com um enorme

consumo – e, com um mínimo de

esforço e investimento, o Brasil

pode vender espécies de alta qua-

lidade a preço competitivo.

Amendoim, para brasileiro, é

aperitivo para ser saboreado com

uma boa cerveja. Mas, para mui-

tos agricultores do interior de São

Paulo, é mais que isso: é artigo de

martin Jacobs / Jupiter / reuters

oVas culturasN

luxo, matéria-prima dos biscoitos

mais finos da Europa e a prin-

cipal fonte de renda de muitos

deles. O amendoim descascado

passa por seu melhor momen-

to, com o preço internacional da

tonelada chegando a US$ 1,7 mil.

Segundo Renata Martins, do

Instituto de Economia Agrícola

(IEA), da Secretaria de Agricultu-

ra e Abastecimento do Estado de

São Paulo, esta safra deve ser 21%

maior que a anterior.

Isso somente no estado de São

Paulo, que responde por 80% da

produção do País, 70% da área

plantada e 98% das exportações do

produto. Segundo Renata, a produ-

ção, neste ano, deve chegar a 200

mil toneladas no estado. Somente

no primeiro trimestre de 2008,

foram 5,4 mil toneladas de amen-

doim descascado para exportação.

“A safra atual foi fabulosa”, vibra

José Arimatéa Calsaverini, supe-

rintendente da Coplana, maior

cooperativa de produtores de

amendoim do País, sediada em

Jaboticabal (SP). “Para ter uma

idéia, nós, da Coplana, vamos

exportar no mínimo 17 mil tone-

ladas neste ano. Para efeito de

comparação, em 2001 exportamos

144 toneladas”, diz. A cooperativa

responde por metade das expor-

tações do amendoim no País.

Hoje, 160 produtores da região

trabalham com a Coplana.

Mas nem sempre foi essa fartura.

Na verdade, o amendoim nunca

amendoim

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Bradesco Rural - 15

foi um produto muito valorizado

na agricultura brasileira. Princi-

palmente porque sua colheita,

quando ainda era manual, tor-

nava-se extremamente custosa e

complicada. O amendoim servia

muito mais como uma cultura

de rotação, usada para a renova-

ção dos canaviais, do que como

um produto final. Além disso, o

tipo que era plantado, o “tatu ver-

melho”, era de baixa qualidade.

Não poderia concorrer com os

amendoins finos produzidos na

Argentina, o maior produtor do

mundo.

A trajetória da Coplana, coope-

rativa que antes só representava

os produtores de cana, conta um

pouco da história do amendoim

no País. Em 1984, eles começa-

ram a investir na semente. Dez

anos depois, a cooperativa já era

a maior beneficiadora. Mas ainda

faltava alguma coisa. “Come-

çamos a mandar técnicos para

Argentina e Estados Unidos para

aprender a parte da mecaniza-

ção”, conta Arimatéa. “Também

investimos em um novo tipo de

amendoim, o Runner, mais valo-

rizado no mercado internacional.

E tudo é aproveitado no processo.

ewa

lves

/Div

ulg

ão

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Estoques da Coplana: segurança

Amendoim do tipo exportação: maior safra de todos os tempos foi a de 2007/2008

O amendoim rejeitado na triagem

é usado para fazer óleo.”

Foi em 1998, com o processo total-

mente mecanizado, que a histó-

ria começou a mudar. Em 2002,

a cooperativa passou a exportar

para a União Européia. Hoje, os

produtores estão satisfeitos.

Walter Aparecido Luiz de Souza,

de 47 anos, é um desses produto-

res. Ele e os dois irmãos começa-

ram a apostar mais no amendoim

depois do processo de mecaniza-

ção. “Antes, era inviável”, conta.

Juntos, eles plantam 600 hectares

de amendoim. Parte da terra é

deles, outra parte é de usinas que

arrendam suas plantações de cana

no período de renovação do solo.

Walter e seus irmãos continuam

plantando cana, já que uma

cultura complementa a outra.

Mas hoje dizem com orgulho

que são “um pequeno produtor

de cana e um grande produtor

de amendoim”.

O produto de Walter, depois de

beneficiado na Coplana, segue

viagem até a União Européia, o

principal mercado consumidor.

“É quem consome mais, paga

melhor e tem mais afinidade com

o nosso produto”, diz Arimatéa.

“A conquista desse mercado é o

nosso maior patrimônio. Afinal,

foi uma luta acabar com a ima-

gem ruim que o amendoim bra-

sileiro tinha por lá”, afirma.

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PROGRAMAS FINALIDADE BENEFICIÁRIOS ITENS APOIÁVEIS PRAZOS DE FINANCIAMENTO PARTICIPAÇÃO LIMITE DE

FINANCIAMENTO

FORMA DE

PAGAMENTO

COMPROVAÇÃO FÍSICA E

FINANCEIRA

CUSTEIO Financiar despesas de custeio agrícola e pecuário

Produtores Rurais (Pessoas Físicas ou Jurídicas) e Cooperativas de Produtores Rurais

- Despesas inerentes ao ciclo produtivo das lavouras temporárias ou permanentes em produção

- Despesas para manutenção da pecuária, tais como: limpeza de pastagens, aquisição de sal, ração, medicamentos etc.

Agrícola: de acordo com o ciclo de produçãoPecuário: até 1 ano

Até 80% do valor total do orçamento, respeitando o limite de financiamento

De acordo com os limites estabelecidos pelo Banco Central do Brasil, conforme a atividade agrícola ou pecuária

Custeio Agrícola: pagamento único final ou em 5 parcelas (custeios alongados) Custeio Pecuário: mensais, trimestrais, semestrais ou anuais, de acordo com a atividade

Fiscalização, notas fiscais e recibos

INVESTIMENTO(Obs. 1)

Financiar investimentos fixos e semifixos na agricultura e pecuária

Produtores Rurais (Pessoas Físicas ou Jurídicas) e Cooperativas de Produtores Rurais

Aplicações em bens e serviços cujo desfrute se estenda por vários períodos produtivos

2 anos

Até 100% do valor total do orçamento/projeto, respeitando o limite de financiamento

Até R$ 130 mil por ano/safra

Investimento Agrícola: pagamento anual ou único finalInvestimento Pecuário: mensais, trimestrais, semestrais ou anuais, de acordo com a atividade

Fiscalização, notas fiscais e recibos

EGF (Empréstimo do Governo Federal)

Financiar a estocagem de produtos agrícolas visando à época oportuna para comercialização

Produtores Rurais (Pessoas Físicas ou Jurídicas), Cooperativas de Produtores Rurais, Beneficiadores e Indústrias

Estocagem de produtos amparados pelo PGPM – Política de Garantia de Preço Mínimo da CONAB

90, 180 ou 240 dias, de acordo com o produto amparado

Produtores Rurais: de acordo com os limites do Banco Central do Brasil; Cooperativas de Produtores Rurais de produtores que comercializem, beneficiem ou industrializem o produto: até os sub-limites do produto amparado/produtor/safra; beneficiadores e indústrias: até 50% da capacidade anual, até R$ 10 milhões ou R$ 20 milhões para o segmento vinícola

Pagamento único ou conforme regras específicas definidas para cada produto agrícola

Comprovação do estoque, fiscalização e notas fiscais

LEC (Linha Especial de Crédito)Financiar a aquisição ou a estocagem de produtos agrícolas para incentivo à comercialização

Produtores Rurais (Pessoas Físicas ou Jurídicas), Cooperativas de Produtores Rurais, Beneficiadores e Indústrias

Aquisição ou estocagem de produtos agrícolas amparados pelo PGPM – Política de Garantia de Preço Mínimo da CONAB ou mercado, conforme regras específicas

180 dias ou conforme regras específicas – Conforme regra específica Pagamento único final Notas fiscais e

comprovação do estoque

DESCONTO DE NPR (Nota Promissória Rural)

Antecipar recursos ao produtor rural ou à sua cooperativa do valor da venda a prazo de sua produção por meio de descontos de Notas Promissórias Rurais

Produtores Rurais (Pessoas Físicas ou Jurídicas) e suas Cooperativas(Obs. 2)

NPR das vendas a prazo de bens de natureza agropecuária (produtos in natura)

90, 120, 180 ou 240 dias, de acordo com o produto amparado

Até R$ 10 milhões por emitente/beneficiário quando formalizadas com agroindústrias e unidades de beneficiamento ou industrialização não vinculadas a cooperativas de produtores rurais e de até R$ 20 milhões para o segmento vinícola

Pagamento único final Notas fiscais e NPRs endossadas

AQUISIÇÃO/ FORNECIMENTO A COOPERADOS

Suprir recursos às cooperativas para aquisição de insumos ou bens de capital que serão fornecidos aos cooperados

Cooperativas de Produtores Rurais

Aquisição de insumos ou bens de capital Até 1 ano – Conforme regras do

Banco Central do Brasil

De acordo com a forma de venda aos cooperados

Notas fiscais, NPRs e estoque

REPASSE A COOPERADOS

Suprir recursos às cooperativas para realização de subempréstimos de custeio ou investimento a seus cooperados

Cooperativas de Produtores Rurais

Despesas inerentes a custeio e investimento De acordo com a safra – Conforme regras do

Banco Central do Brasil

De acordo com as regras definidas para cada produto agrícola

Fiscalização e notas fiscais

AVAL EM CPRF (CéDULA DE PRODUTO RURAL FINANCEIRA)

Concessão de Aval em CPRF, com o compromisso do Bradesco em honrar financeiramente a obrigação do cliente (emitente da CPRF)

Produtores Rurais (Pessoas Físicas ou Jurídicas) e Cooperativas de Produtores Rurais

Aval em CPRF emitidas com base na produção de soja, milho, café arábica, cana-de-açúcar e boi gordo

De acordo com o ciclo da respectiva cultura, limitado a 1 ano Não se aplica Valor mínimo

de R$ 100 mil No ato da contratação Estudo de viabilidade técnica

RoduToS E SERVIçoS BRAdEScoP

RELAÇÃO DOS PROGRAMAS AGROPECUÁRIOS VIGENTES Conforme políticas operacionais do Bradesco Abrangência: todo o território nacional

16 - Bradesco Rural

MODERFROTAPrograma de Modernização da Frota de Tratores Agrícolas e Implementos Associados e Colheitadeiras

MODERINFRAPrograma de Incentivo à Irrigação e à Armazenagem

PRODECOOPPrograma de Desenvolvimento Cooperativo para Agregação de Valor à Produção Agropecuária

MODERAGRO Programa de Modernização da Agricultura e Conservação de Recursos Naturais

PROPFLORAPrograma de Plantio Comercial e Recuperação de Florestas

LINhAS DE REPASSES DO BNDES*(Consulte as condições nas Agências Bradesco)

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Bradesco Rural - 17

PROGRAMAS FINALIDADE BENEFICIÁRIOS ITENS APOIÁVEIS PRAZOS DE FINANCIAMENTO PARTICIPAÇÃO LIMITE DE

FINANCIAMENTO

FORMA DE

PAGAMENTO

COMPROVAÇÃO FÍSICA E

FINANCEIRA

CUSTEIO Financiar despesas de custeio agrícola e pecuário

Produtores Rurais (Pessoas Físicas ou Jurídicas) e Cooperativas de Produtores Rurais

- Despesas inerentes ao ciclo produtivo das lavouras temporárias ou permanentes em produção

- Despesas para manutenção da pecuária, tais como: limpeza de pastagens, aquisição de sal, ração, medicamentos etc.

Agrícola: de acordo com o ciclo de produçãoPecuário: até 1 ano

Até 80% do valor total do orçamento, respeitando o limite de financiamento

De acordo com os limites estabelecidos pelo Banco Central do Brasil, conforme a atividade agrícola ou pecuária

Custeio Agrícola: pagamento único final ou em 5 parcelas (custeios alongados) Custeio Pecuário: mensais, trimestrais, semestrais ou anuais, de acordo com a atividade

Fiscalização, notas fiscais e recibos

INVESTIMENTO(Obs. 1)

Financiar investimentos fixos e semifixos na agricultura e pecuária

Produtores Rurais (Pessoas Físicas ou Jurídicas) e Cooperativas de Produtores Rurais

Aplicações em bens e serviços cujo desfrute se estenda por vários períodos produtivos

2 anos

Até 100% do valor total do orçamento/projeto, respeitando o limite de financiamento

Até R$ 130 mil por ano/safra

Investimento Agrícola: pagamento anual ou único finalInvestimento Pecuário: mensais, trimestrais, semestrais ou anuais, de acordo com a atividade

Fiscalização, notas fiscais e recibos

EGF (Empréstimo do Governo Federal)

Financiar a estocagem de produtos agrícolas visando à época oportuna para comercialização

Produtores Rurais (Pessoas Físicas ou Jurídicas), Cooperativas de Produtores Rurais, Beneficiadores e Indústrias

Estocagem de produtos amparados pelo PGPM – Política de Garantia de Preço Mínimo da CONAB

90, 180 ou 240 dias, de acordo com o produto amparado

Produtores Rurais: de acordo com os limites do Banco Central do Brasil; Cooperativas de Produtores Rurais de produtores que comercializem, beneficiem ou industrializem o produto: até os sub-limites do produto amparado/produtor/safra; beneficiadores e indústrias: até 50% da capacidade anual, até R$ 10 milhões ou R$ 20 milhões para o segmento vinícola

Pagamento único ou conforme regras específicas definidas para cada produto agrícola

Comprovação do estoque, fiscalização e notas fiscais

LEC (Linha Especial de Crédito)Financiar a aquisição ou a estocagem de produtos agrícolas para incentivo à comercialização

Produtores Rurais (Pessoas Físicas ou Jurídicas), Cooperativas de Produtores Rurais, Beneficiadores e Indústrias

Aquisição ou estocagem de produtos agrícolas amparados pelo PGPM – Política de Garantia de Preço Mínimo da CONAB ou mercado, conforme regras específicas

180 dias ou conforme regras específicas – Conforme regra específica Pagamento único final Notas fiscais e

comprovação do estoque

DESCONTO DE NPR (Nota Promissória Rural)

Antecipar recursos ao produtor rural ou à sua cooperativa do valor da venda a prazo de sua produção por meio de descontos de Notas Promissórias Rurais

Produtores Rurais (Pessoas Físicas ou Jurídicas) e suas Cooperativas(Obs. 2)

NPR das vendas a prazo de bens de natureza agropecuária (produtos in natura)

90, 120, 180 ou 240 dias, de acordo com o produto amparado

Até R$ 10 milhões por emitente/beneficiário quando formalizadas com agroindústrias e unidades de beneficiamento ou industrialização não vinculadas a cooperativas de produtores rurais e de até R$ 20 milhões para o segmento vinícola

Pagamento único final Notas fiscais e NPRs endossadas

AQUISIÇÃO/ FORNECIMENTO A COOPERADOS

Suprir recursos às cooperativas para aquisição de insumos ou bens de capital que serão fornecidos aos cooperados

Cooperativas de Produtores Rurais

Aquisição de insumos ou bens de capital Até 1 ano – Conforme regras do

Banco Central do Brasil

De acordo com a forma de venda aos cooperados

Notas fiscais, NPRs e estoque

REPASSE A COOPERADOS

Suprir recursos às cooperativas para realização de subempréstimos de custeio ou investimento a seus cooperados

Cooperativas de Produtores Rurais

Despesas inerentes a custeio e investimento De acordo com a safra – Conforme regras do

Banco Central do Brasil

De acordo com as regras definidas para cada produto agrícola

Fiscalização e notas fiscais

AVAL EM CPRF (CéDULA DE PRODUTO RURAL FINANCEIRA)

Concessão de Aval em CPRF, com o compromisso do Bradesco em honrar financeiramente a obrigação do cliente (emitente da CPRF)

Produtores Rurais (Pessoas Físicas ou Jurídicas) e Cooperativas de Produtores Rurais

Aval em CPRF emitidas com base na produção de soja, milho, café arábica, cana-de-açúcar e boi gordo

De acordo com o ciclo da respectiva cultura, limitado a 1 ano Não se aplica Valor mínimo

de R$ 100 mil No ato da contratação Estudo de viabilidade técnica

O Bradesco oferece linhas de

crédito rural que atendem à

necessidade de produtores

em toda a cadeia produtiva do agro-

negócio, além de modalidades com

recursos próprios do Banco e linhas

de repasses do BNDES.

As linhas de crédito rural do Bradesco

podem, inclusive, ser utilizadas na

complementação do orçamento de

custeio agrícola ou pecuário do pro-

dutor. Para isso, o Bradesco sugere

uma composição de recursos que

pode atender até 100% do volume que

o cliente necessita para o desenvolvi-

mento de suas atividades.

As linhas de crédito rural do Banco

atendem a diferentes finalidades,

entre elas custeio de lavouras, manu-

tenção de lavouras permanentes

em produção, pré-custeio de safras

(aquisição de insumos), antecipação

de recursos para produtos in natura

entregues à comercialização, investi-

mentos agropecuários, como aquisi-

ção de animais para engorda, matri-

zes e reprodutores, plantio de cana-

de-açúcar e aquisição de máquinas e

equipamentos.

Todas essas linhas podem ser contra-

tadas diretamente na Rede de Agên-

cias do Banco. Confira na tabela as

condições das modalidades de cré-

dito do Bradesco.

RELAÇÃO DOS PROGRAMAS AGROPECUÁRIOS VIGENTES Conforme políticas operacionais do Bradesco Abrangência: todo o território nacional

cRédITo RuRAl para toda a cadeia produtiva

ObsERvAçãO 1: condicionado a disponibilidade de recursos

ObsERvAçãO 2: o emitente da NPR deve enquadrar-se como indústria ou beneficiadora de produtos agropecuários

* As liberações ficarão condicionadas à disponibilidade de recursos do BNDES dentro do orçamento aprovado para cada modalidade.

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18 - Bradesco Rural

em destaQue

Melhor do País

Arevista Euromoney elegeu o Bradesco o Melhor Banco do País no mais

importante prêmio de reconhecimento do setor financeiro mundial:

o Awards for Excellence 2008. Promovido por essa prestigiada publica-

ção inglesa, é considerado referência no setor e concedido às instituições

financeiras com atuação global e regional em mais de 100 países.

Referência em sustentabilidade

OBradesco foi o único banco brasileiro a integrar o relatório de sustentabilidade elaborado

pela Goldman Sachs, um dos maiores e mais tradicionais bancos de investimento do mundo.

O estudo, que analisou 50 bancos de 17 países, apontou as sete instituições financeiras mais

bem posicionadas em práticas de governança social e ambiental, gestão e rentabilidade para os

próximos cinco anos. A posição coloca o Banco como opção de investimento de longo prazo.

Líder do varejo

AOrganização Bradesco é o grande destaque do Prêmio Balanço

Financeiro, promovido pelo jornal Gazeta Mercantil com base em

levantamento da consultoria Austin Rating realizado com exclusividade

para essa publicação. Foi eleito o melhor banco de varejo, melhor em

vida e previdência e melhor em leasing.

É o quarto ano consecutivo que o Banco figura na liderança do varejo

bancário brasileiro.

De acordo com a tradicional Top 1000 publicada anualmente pela revista The Banker, o

Bradesco é o Banco com maior nível de capital e volume de ativos da América Latina.

Editada pela Financial Times, a publicação lista os maiores e mais sólidos bancos do mundo.

No ranking dos maiores do mundo por nível de capital, o Bradesco saltou 16 posições em

relação a 2006 e passou a ocupar o 48o lugar.

No topo, segundo The Banker

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Bradesco Rural - 19

A Bradesco Auto/RE oferece

aos pecuaristas e produtores

agrícolas o Bradesco Seguro

Equipamentos, um produto criado

para segurar tratores e colheita-

deiras, entre outras máquinas.

Dados da Associação Brasileira

da Indústria de Máquinas e Equi-

pamentos (Abimaq) indicam

que, em 2008, as vendas men-

sais de maquinário registraram

alta superior a 30% em relação

ao ano passado. Com o aumen-

to dos pedidos para compra de

maquinário em todo o País, o

Bradesco Seguro Equipamentos

é uma opção para assegurar o

investimento realizado.

Ao contratar as coberturas ade-

quadas do Bradesco Seguro Equi-

pamentos, o produtor agrícola

estará protegendo não somente

seu maquinário, mas também

a continuidade da produção e

a produtividade daquele equi-

pamento no seu negócio. Além

disso, o Bradesco Seguro Equi-

pamentos garante ao Segurado

indenização por perdas ou danos

materiais causados aos bens

descritos na apólice por qualquer

bradesco seguro Equipamentos: segurança para o produtor

acidente de causa externa, inclu-

sive roubo ou furto qualificado.

As coberturas acessórias cobrem

danos elétricos, instalação e

montagem e perda ou pagamen-

to de aluguel.

O Bradesco Seguro Equipamen-

tos conta ainda com descontos

por ano do equipamento e por

quantidade de máquinas do

mesmo tipo, além de descontos

por renovação de apólices da

Bradesco Auto/RE.

Confira alguns equipamentos

seguráveis:

•Agricultura: tratores, colheita-

deiras e implementos agrícolas;

•Comércio e Prestação de

Ser viços: computadores,

impressoras, fotocopiadoras e

geradores;

•Construção Civil: escavadeiras,

máquinas de terraplanagem e

compressores;

• Indústria: tornos, prensas e

empilhadeiras.

Para mais informações sobre o Bradesco Seguro Equipamentos, acesse (www.bradescoautore.com.br) ou procure a Sucursal da Bradesco Auto/RE mais próxima.

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