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Revista destinada ao agronegócio
expointer31a edição da tradicional feira de esteio, no rio grande do sul, tem projeto piloto de internet para transmitir informações e dinamizar o comércio de produtos e animais
ANO II - No 18 - AgOstO DE 2008
novas técnicas dinamizam pequenas propriedades
tecnologia
Sistema free-stall: criado há 50 anos, ele agora é disseminado pela Embrapa Gado de Leite nas pequenas e médias propriedades
2 - Bradesco Rural
6 - EVENTO31a Expointer, em Esteio, terá projeto piloto de informação e comércio pela Internet
4 - ENTREVISTAFrancisco Maturro, da Abimaq, aponta
a recuperação dosetor de máquinas
conselho de administração
presidenteLázaro de Mello Brandão
Vice-presidenteAntônio Bornia
membrosMário da Silveira Teixeira JúniorMárcio Artur Laurelli CyprianoJoão Aguiar AlvarezDenise Aguiar Alvarez ValenteRicardo Espírito Santo Silva Salgado
diretoria executiva
diretor-presidenteMárcio Artur Laurelli Cypriano
diretores Vice-presidentesLaércio Albino CezarArnaldo Alves VieiraLuiz Carlos Trabuco CappiSérgio SochaJulio de Siqueira Carvalho de AraujoMilton Almicar Silva VargasJosé Luiz Acar PedroNorberto Pinto Barbedo
diretores gerentesArmando Trivelato FilhoCarlos Alberto Rodrigues GuilhermeJosé Alcides MunhozJosé Guilherme Lembi de FariaLuiz Pasteur Vasconcellos MachadoMilton MatsumotoOdair Afonso RebelatoAurélio Conrado BoniDomingos Figueiredo de AbreuPaulo Eduardo D’Avila IsolaAdemir CossielloSergio Alexandre Figueiredo Clemente
revista Bradesco ruralUma publicação do Banco Bradesco S.A.Editada pela Assessoria de ImprensaCidade de Deus, Osasco, SPTel.: (11) 3684-4594, fax: 3684-5096,e-mail: [email protected]
editor executivoNilton Horita - MTb 15.655
redaçãoAntenor Nascimento e Joel Santos Guimarães (Editores), Agência Meios
fotografiaDivulgação, Reuters, Egberto Nogueira/Ímã
projeto e direção de arteCamarinha Editora & Comunicação
tiragem: 5.000 exemplaresEdição Agosto/2008
impressão: Stilgraf
A Revista Bradesco Rural tem como objetivoprestar informações atualizadas sobre o setor do agronegócio. O Bradesco não pode ser responsabilizado por decisões de investimento baseadas no conteúdo deste informativo. A Organização Bradesco não assume nenhuma responsabilidade decorrente de opiniões ou pontos de vista manifestados por articulistas e entrevistados.
Banco Bradesco S.A.
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14 - NOVAS CULTURAS
Produção de amendoim bate recorde com safra 2007/2008
8 - CAPASoluções modernas da Embrapa beneficiam pequenos produtores
16 - PRODUTOS E SERVIçOS BRADESCO
Um guia completo de serviços, produtos e linhas de financiamento para o empreendedor agrícola
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Bradesco Rural - 3
18 - EM DESTAQUEAs principais novidades do Bradesco
4 - Bradesco Rural
Um bom momento
NTREVISTA: FRANcISco MATuRRo
Aindústria brasileira de
máquinas agrícolas,
que sofreu em safras
passadas em função da queda
de preços, voltou ao azul. Para
ter uma idéia, o faturamento do
setor chegou a R$ 3,4 bilhões nos
primeiros cinco meses deste ano,
um aumento de 48,5% em rela-
ção ao mesmo período de 2007.
A recuperação deve-se sobretudo
ao mercado interno, estimulado
pela perspectiva de uma boa safra
e preços excelentes no exterior.
Mesmo as exportações de máqui-
nas e implementos melhoraram,
apesar do aumento dos custos
de produção e da apreciação
do real frente ao dólar. A receita
dos embarques cresceu 62,3%
no período de janeiro a maio,
situando-se em US$ 398 milhões
de dólares. Nesta entrevista à
Bradesco Rural, Francisco Matur-
ro, presidente da Câmara Seto-
rial de Máquinas e Implementos
Agrícolas da Associação Brasi-
leira da Indústria de Máquinas e
Equipamentos (Abimaq), fala das
perspectivas para o futuro.
O presidente da Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas da Abimaq anuncia forte recuperação no primeiro semestre de 2008
E
para o setor de máquinas
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Qual é o quadro atual do setor de
máquinas e implementos agríco-
las no Brasil?
Para nós, o crescimento registrado
nos últimos meses expressa uma
recuperação do setor de máquinas
e implementos agrícolas. Para ter
uma idéia, em 2007, o setor fatu-
rou R$ 5,8 bilhões – resultado bem
próximo dos R$ 6 bilhões de 2003,
mas ainda um pouco distante do
melhor desempenho desde 2000,
que foi de R$ 7,2 bilhões em 2004.
Os preços dos alimentos estão em
alta, o que em tese representa mais
renda para os produtores. Isso tem
se refletido nas vendas do setor?
Em princípio, a análise e leitura do
mercado não nos remetem a essa
conclusão porque os preços dos
alimentos refletem a situação de
oferta e demanda e, paralelamen-
te, estamos vivendo uma inflação
de custos que anula os estimados
ganhos dos produtores. Na ponta
do lápis, os atuais preços das
commodities encostam nos custos
de produção da próxima safra, o que
tem causado extrema preocupação
aos produtores. As vendas respon-
dem moderadamente em nosso
setor, que produz máquinas e
implementos, diferentemente dos
tratores e colheitadeiras, que estão
se comportando de forma distinta
em função da demanda reprimida
de praticamente quatro anos.
Quais são as máquinas e os
equipamentos mais vendidos no
Brasil hoje? E no exterior?
No nosso setor, podemos citar as
plantadeiras e semeadeiras, que
estão diretamente ligadas ao resul-
tado da colheita tanto no mercado
interno como no externo.
Quais culturas têm demandado
mais bens de capital? Em quais
regiões?
Bradesco Rural - 5
algo que possa comprometer seu
desenvolvimento?
Os custos podem representar
entraves importantes. Estamos
vivendo um processo forte de
indexação de preços na cadeia
de fornecimento e o mercado
não tem condições de absorver a
avalanche de reajustes impostos
pelos fornecedores.
A indústria brasileira sofre con-
corrência de competidores exter-
nos? A baixa do dólar tem com-
prometido sua competitividade
frente aos importados?
Temos uma exposição permanen-
te aos competidores externos e o
comportamento cambial dá mais
fôlego aos importadores, obvia-
mente. Mas é importante salientar
que temos, também, mercados lá
fora que foram conquistados pela
nossa expertise, como é o caso da
Argentina e dos EUA.
Ainda há bastante espaço para
ampliar a mecanização das
lavouras no Brasil?
Sem dúvida, temos áreas para
serem mecanizadas, mas o mais
importante é fazê-lo em áreas aber-
tas, que permitem uma agricultu-
ra intensiva sem a necessidade
de avançar em áreas de proteção
ambiental e reservas estratégicas.
Qual seria o cenário ideal?
O mundo de forma geral tem seu
crescimento demográfico projeta-
do para os próximos anos de forma
desproporcional ao crescimento da
oferta de alimentos. O poder aqui-
sitivo de países como a China tende
a tornar ainda mais dramática a si-
tuação dos estoques de segurança
alimentar que estão muito abaixo
dos percentuais recomendáveis.
Essa preocupação e as conhecidas
dificuldades de abastecimento de
matérias-primas, como fertilizan-
tes e demais insumos necessários,
tendem a reduzir os ganhos dos
produtores. O cenário ideal é que
haja um equilíbrio entre os custos
de produção e a remuneração dos
produtores que permita a manuten-
ção de investimentos e ganhos de
produção e produtividade. Quan-
do há igualdade de ganhos, todos
se beneficiam, proporcionando
satisfação aos mercados consumi-
dores e incentivando a plantar e a
produzir cada vez mais.
O Brasil sempre teve forte demanda
no setor de grãos, dos quais pode-
mos citar soja e milho, que estão
concentrando maiores demandas.
As regiões Sul, Sudeste e Centro-
Oeste têm se mantido em posição
de destaque no tocante à deman-
da de investimentos
E no exterior, quais os mercados
principais da indústria brasileira
e os com maior potencial?
Na América Latina podemos citar
Paraguai, Bolívia, Argentina e Chile,
seguidos da Venezuela, e, nos outros
mercados, temos EUA, Europa e
África como parceiros expressivos.
A indústria brasileira do ramo
tem investido? Quanto? Existem
estimativas de investimentos
futuros?
Pelas características do nosso setor,
as indústrias mantêm seus investi-
mentos na reposição de máquinas,
evitando o sucateamento e bus-
cando eficiência para se manterem
competitivas nos mercados.
Em termos de faturamento,
tanto no mercado interno como
no externo, quais são as pers-
pectivas futuras?
Entendemos que o faturamento
poderá responder positivamente
em termos de mercado interno
e, com grande esforço, temos um
grande desafio em ampliar igual-
mente as exportações; aqui se tra-
duzem nossas expectativas.
Quais entraves existem atual-
mente para a indústria? Existe
“O crescimento registrado nos últimos meses expressa uma
recuperação do setor de máquinas
e implementos agrícolas“
Entrevistado na última edição,
Natal Antonio Vello é Vice-Diretor
da Escola Superior de Agricultura
Luiz de Queiróz (Esalq).
Correção
6 - Bradesco Rural
Ventoe
O campo A Feira de Esteio testa a transmissãode imagens e leilões para todo o mundo
na Internet
Atradicional feira agro-
pecuária Expointer, que
acontece em Esteio, no
Rio Grande do Sul, quer usufruir
dos benefícios da tecnologia da
Internet e chegar a qualquer parte
do mundo. Na edição deste ano,
que acontece de 30 de agosto a 7
de setembro, será realizado o pri-
meiro projeto piloto. Alguns estan-
des serão filmados e, em seguida,
as imagens serão disponibiliza-
das no site da feira. Os interessa-
dos poderão oferecer lances para
adquirir máquinas, equipamentos
agrícolas e animais.
“Neste ano, faremos apenas um
teste, mas no futuro isso trará uma
força e uma dinâmica incríveis
para a feira. Não será mais preciso
ir até o parque para conhecer as
novidades, acompanhar um julga-
mento ao vivo e comprar”, conta o
presidente da Comissão Executiva
da Expointer, Antônio Alves. “É um
trabalho que começou há cerca
de três anos, mas ainda tínha-
mos muitas dificuldades técnicas,
como banda larga discada. Agora
estamos concluindo a instalação
de fibra ótica, que vai envolver o
parque inteiro”, conta Alves.
Em sua 31a edição internacional,
a Expointer concentra as últimas
novidades da moderna tecnolo-
gia agropecuária e agroindustrial,
Cavaleiros abrem a Expointer: 31a edição vai misturar tradição e tecnologia
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sendo reconhecida como um dos
maiores eventos mundiais em seu
gênero, evidenciando o potencial
do agronegócio do Rio Grande do
Sul. “Indiscutivelmente, a feira é
um sucesso absoluto. Se no ano
passado ainda havia certa dúvida
em relação à recuperação do setor,
este ano a expectativa é a melhor
possível”, garante Alves.
Segundo ele, todos os mais de 3 mil
espaços da Secretaria da Agricultu-
ra, Pecuária, Pesca e Agronegócio
(Seappa), no Parque de Exposi-
ções Assis Brasil, estão reservados.
Em 2007, as vendas na Expointer
somaram R$ 131,5 milhões e o
número de visitantes foi superior
Bradesco Rural - 7
Expointer 2008De 30 de agosto a 7 de setembroParque Estadual de Exposições Assis Brasil BR-116 – km 13Esteio – RSInformações:www.expointer.rs.gov
a 400 mil pessoas. “Estamos con-
tando com crescimento tanto nas
vendas como no número de visi-
tantes”, afirma o dirigente.
A participação internacional
também será incrementada nesta
edição. Está confirmado o retor-
no ao evento do Canadá e dos
Estados Unidos, que terão estan-
des na feira. E ainda os já tradi-
cionais estandes de países como
Argentina, Uruguai, Chile, Peru e
Bolívia. Uma série de outros paí-
ses ainda virá à Expointer com
delegações comerciais. A meta é
superar as 18 comitivas interna-
cionais que estiveram presentes
no ano passado.
Uma das maiores atrações da
Expointer 2008 será a presença
do gado franqueiro, considerado
a primeira raça bovina a povoar
as Américas. No ano passado, o
Parque de Exposições Assis Brasil
Projeto piloto: Internet vai mostrar animais que poderão ser comprados pela rede
País é exclusiva nos estados do
Rio Grande do Sul e Santa Catari-
na, numa faixa que vai de Vacaria,
passa pelos municípios dos cam-
pos de cima da serra e segue até
Lages (SC).
AtraçõesO Parque Estadual de Exposições
Assis Brasil, em Esteio, no período
da Expointer, vira um verdadeiro
centro turístico. Diariamente, o
visitante tem inúmeras opções
de entretenimento. São mais de
400 eventos e atrações, entre
exposição de animais, julgamen-
tos e leilões, desfile dos campe-
ões, feira de artesanato, feira de
agricultura familiar, cursos de
culinária de agroindústrias arte-
sanais – como queijo, iogurtes,
lingüiças e conservas variadas –,
fóruns, seminários, cursos e
palestras com temas sempre vol-
tados para o aprimoramento da
agropecuária, concursos, shows
de música, dança, apresentações
folclóricas e de bandas marciais,
expressões teatrais, além de mui-
tas comidas típicas.
recebeu apenas dois animais. Este
ano, pelo menos dez exemplares
franqueiros estarão em Esteio.
“O franqueiro é o equivalente ao
cavalo crioulo no estado, ou seja,
uma raça rústica e genuinamen-
te campeira”, afirma José Arthur
Martins, chefe do Serviço de
Exposições e Feiras da Secretaria
da Agricultura.
Martins comenta que essa raça
estava quase extinta no estado.
Graças a um projeto de resgate e
fomento encampado pela Funda-
ção de Pesquisa Agropecuária do
Rio Grande do Sul, o gado fran-
queiro está sendo recuperado. “A
Fepagro desenvolve um trabalho
exemplar de resgate genético da
raça”, elogia. Em todo o Brasil,
existem menos de mil cabeças
de gado franqueiro, introduzido
pelos portugueses e jesuítas no
Estado. A presença da raça no
Serviço
8 - Bradesco Rural
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8 - Bradesco Rural
Pequenos, mas
ultramodernosTecnologia de ponta se democratiza e melhora a qualidade da produção
Granja em Santa Catarina com tecnologia da Embrapa: mais de 400 invenções para aves e suínos
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O uso de tecnologia deixou
de ser privilégio apenas
das grandes proprieda-
des rurais. Cada vez mais, peque-
nos produtores estão atentos às
novidades que garantem melho-
rias na produtividade, sustentabi-
lidade e lucro. O acesso às inova-
ções tecnológicas normalmente
é garantido por meio de coope-
rativas, associações, prefeituras,
participação em palestras, semi-
nários e dias de campo, muitas
vezes promovidos pelos próprios
institutos de pesquisa.
Um bom exemplo de uso de
tecnologia também encontrada
nas pequenas propriedades é a
produção de suínos e aves em
Santa Catarina. “Suínos e aves
hoje são atividades que, embora
no âmbito familiar, exigem uma
boa infra-estrutura com aviários
e chiqueiros grandes e equipa-
dos”, diz Élcio Figueiredo, chefe
geral da unidade da Embra-
pa Suínos e Aves, instalada em
Santa Catarina.
Segundo ele, normalmente o
investimento é todo do produ-
tor. “Alguns usam recursos pró-
prios, outros financiam. Quando
trabalham no sistema de integra-
ção com grandes indústrias, são
as empresas que dão o aval para
ele obter financiamento”, conta
Figueiredo.
No caso dos produtores que traba-
lham nesse sistema, a tecnologia
referente a segurança dos alimen-
tos, genética e raça é fornecida
pela integradora. Já os conheci-
mentos necessários para melho-
rar os cuidados sanitários e com
o meio ambiente podem ser bus-
cados nos institutos de pesquisa.
Ao longo dos 33 anos de existên-
cia da Embrapa Suínos e Aves,
mais de 400 soluções tecnológi-
cas foram disponibilizadas para
os produtores. Entre as tecnolo-
gias mais utilizadas nas pequenas
propriedades, Figueiredo destaca
a linhagem de aves para a linha
colonial com a poedeira 051 e o
frango de corte 041.
Já na parte de suínos, a Embra-
pa desenvolveu o MS 115, mais
conhecido como “suíno light”, raça
com qualidade de carne e pouca
gordura. “A raça é muito utilizada
por ser competitiva em relação às
de base genética importada. Nes-
ses casos, o contrato é feito com
um multiplicador, que é um pro-
dutor especializado na produção
de material genético, que compra
o plantel da Embrapa e seleciona
para revender”, explica.
“Hoje, nutrição, vacinas e equipa-
mentos estão na mão da indústria
privada. Meio ambiente, sanidade
e novas raças são desenvolvidas
pela Embrapa”, explica Figueire-
do. A entidade também desen-
volve soluções com cisternas que
permitem captação, filtragem e
armazenagem da água da chuva.
Na propriedade da família de Itacir
Weber, em Barra do Pinhal (SC),
muita coisa mudou desde que o
irmão caçula terminou o curso
10 - Bradesco Rural
apaC
vieram aqui para conhecer como
funcionava e em pouco tempo
seguiram nosso exemplo”, conta
Weber, orgulhoso.
As 2 mil galinhas poedeiras são
da linhagem 051, desenvolvida
pela Embrapa. Elas são criadas
no sistema semiconfinado. Quan-
do o tempo está seco, elas são
soltas nos piquetes construídos
embaixo do pomar. A produção
é de 1,8 mil ovos por dia. Hoje a
família recolhe e classifica tudo
manualmente. O próximo passo
será comprar uma máquina clas-
sificadora. “A máquina vai ajudar
muito porque classifica por tama-
nho e já limpa os ovos”, diz.
No galpão, o poleiro foi construí-
do com um sistema simples que
utiliza uma tela que evita o con-
tato com os dejetos, que depois
são usados para fazer a com-
postagem. Ao lado do chiqueiro,
recentemente foi construído um
depósito de ração.
Em outra localidade da região, o
produtor Camilo Marafom investe
na diversificação da propriedade.
Há cerca de um ano cria frango
verde ecológico e poedeiras, tam-
bém no sistema semiconfinado.
“Assim o frango não se alimenta
apenas de ração, fica mais livre
para se desenvolver naturalmen-
te”, conta Marafom. Na proprie-
dade de 50 hectares, ele também
produz leite, cria ovelhas, planta
milho e neste ano plantou 1,2 mil
pés de uva. “O frango verde é ven-
dido para a cooperativa a cada três
meses. Não é um investimento alto
e o retorno é garantido”, diz.
“Cada vez mais, pequenos produ-
tores têm acesso à utilização de
recursos técnicos”, afirma Wolmir
de Souza, produtor e presiden-
te da Associação Catarinense de
Criadores de Suínos (ACCS), que
representa todos os 12 mil suino-
cultores com produção em escala
comercial no estado.
técnico em agronomia e incenti-
vou os investimentos em tecno-
logia e melhorias na proprieda-
de. “Percebemos uma diferença
enorme no aproveitamento da
área. Tínhamos pouco conheci-
mento das novidades acessíveis
também para os pequenos pro-
dutores”, conta.
A primeira mudança foi a instala-
ção de uma cisterna para coletar
água da chuva. Os 328 mil litros
captados servem para matar
a sede das 2 mil poedeiras, de
algumas cabeças de gado e dos
220 suínos criados no sistema de
integração com uma granja local.
“Antes da cisterna a gente usava
água de uma fonte que sempre
seca em períodos de estiagem. Aí
o jeito era puxar água do rio com
o trator”, conta Weber.
“O investimento foi baixo e o retor-
no foi excelente. Como fomos os
primeiros a construir uma cister-
na no município, muitos vizinhos
Cisterna na propriedade da família Weber: água para as galinhas poedeiras durante todo o ano
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Biogestor, ao lado: proporciona energia em forma de
biogás. Abaixo, o “suíno light”: carne com menos gordura
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Tecnologia na pequena propriedade: auxílio para produtores de menor porte
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Do
De
leit
eSegundo ele, na produção de suí-
nos o destaque é para a tecnolo-
gia de comedouros automatiza-
dos e bebedouros que diminuem
o desperdício de água em até
80%, com redução do impacto
ambiental provocado pelo volu-
me dos dejetos.
Nas propriedades mais moder-
nas, e nem tão pequenas assim,
um dos destaques é o biodiges-
tor, que, segundo Souza, já existe
há um bom tempo e está sempre
evoluindo. A maioria tem capaci-
dade para alimentar um gerador
que toca a propriedade inteira
com biogás. Dessa forma o pro-
dutor consegue reduzir significa-
tivamente o consumo de energia.
Em vez de usar energia elétrica
e aquecedores movidos a lenha,
uma caldeira aquece a água que
circula num tapete térmico onde
ficam os leitões.
Leite A pesquisa agropecuária desen-
volveu produtos e processos tec-
nológicos capazes de aumentar
em quatro vezes a produção de
leite no Brasil. Os pesquisadores
elaboraram trabalhos voltados
para formação e recuperação de
pastagens; produção de forra-
geiras de inverno e silagens de
milho e sorgo; sistemas inten-
sivos e de produção em condi-
ções de pastejo e confinamento;
melhoramento animal e vegetal;
saúde animal; qualidade do leite,
entre outros. “Os trabalhos sem-
pre tiveram como foco a compe-
titividade da produção, aliada à
sustentabilidade e à preservação
ambiental”, conta o pesquisador
Rodolpho Torres, da Embrapa
Gado de Leite.
Torres ajudou a difundir a tecno-
logia de alimentação para gado de
leite em períodos de seca, a qual
utiliza cana-de-açúcar associada
a uréia. “O pequeno produtor não
tem recurso para fazer silagem e
muitos acabam tendo queda de
produção por falta de alimen-
to no período da seca (maio a
outubro).” Essa alimentação foi
12 - Bradesco Rural
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Kit de ordenha manual: tecnologia social para pequenos produtores
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Do
De
leit
e
desenvolvida pela Embrapa em
1979. É repassada ao produtor
por meio da Emater, de coopera-
tivas, em dias de campo e núcleos
de treinamento.
Sistema free-stallSurgido nos EUA na década de
1950, o sistema free-stall mantém
o gado mais limpo durante o pe-
ríodo de confinamento. Ele tem
sido disseminado para os peque-
nos e médios produtores por téc-
nicos da Embrapa, que prestam
apoio durante toda a fase de ins-
talação. No free-stall, os animais
podem entrar e sair livremente de
suas baias, mas só alcançam sua
ração se estiverem com a cabeça
no gradil. A parte traseira, assim,
fica alinhada e próxima a um pra-
ticado chamado de corredor de
limpeza ou serviço. Isso deixa o
gado mais limpo e poupa gastos
na estabulação.
Outra tecnologia, transferida com
sucesso para os produtores, é o
controle estratégico do carrapato
bovino. A recomendação é que a
reaplicação de carrapaticida seja
realizada a cada 21 dias e a aná-
lise dos parasitas seja feita a cada
seis meses, para avaliar se o carra-
paticida ainda está funcionando
ou se precisa ser substituído.
Ordenha manualO Brasil possui 1,3 milhão de
produtores de leite e 80% deles
utilizam ordenha manual. Atenta
às necessidades desses pequenos
e médios produtores, a Embrapa
Gado de Leite desenvolveu um
kit de ordenha manual. Definido
como tecnologia social ao alcan-
ce dos pequenos produtores, o
kit é composto de utensílios sim-
ples, associados a uma cartilha
contendo orientações técnicas
a respeito da ordenha manual.
A criação do kit contou com a
parceria do Ministério do Desen-
volvimento Agrário, da Emater-
MG, da Embrapa Semi-Árido e
da Funarbe.
Segundo Marne Moreira, chefe-
adjunto da Embrapa Gado de
Leite, o trabalho prova que se
pode obter, na ordenha manu-
al, leite com a mesma qualida-
de higiênica daquela obtida na
ordenha mecânica. A contagem
bacteriana, um dos fatores que
determinam a qualidade do pro-
duto, costuma ser bastante alta
nesse tipo de ordenha. Isso ocor-
re devido a procedimentos incor-
retos que levam a uma higiene
deficiente tanto das tetas da vaca
quanto das mãos dos ordenhado-
res e dos utensílios utilizados.
Para provar a viabilidade do kit,
pesquisadores da Embrapa Gado
de Leite realizaram testes, a par-
tir de outubro de 2006, em sete
estados de quase todas as regiões
brasileiras (Nordeste, Sudeste,
Centro-Oeste e Sul). Tais estudos
mostram que a sua utilização
adequada pode reduzir o índice
de contagem bacteriana em até
85%. Exemplo disso são os dados
apurados entre um grupo de pro-
dutores de Pernambuco: antes da
utilização do kit, a contagem bac-
teriana (coletada 15 minutos após
a ordenha) estava em torno de
820 mil Unidades Formadoras de
Bradesco Rural - 13
Gado no free-stall (acima) e produtor lavando o úbere com o kit de ordenha manual: facilidades que aumentam a produtividade
Colônias de bactérias (UFC) por
mililitro de leite. Com os utensílios
recomendados e os procedimen-
tos corretos de higiene, o índice de
UFC caiu para 133 mil/ml.
O produtor monta o seu kit de acor-
do com os utensílios que já possui
na propriedade. O kit completo
custa cerca de R$ 150. O sucesso da
iniciativa foi tão grande que a idéia
será exportada para países tropi-
cais, como Venezuela, Colômbia e
Equador. Também há possibilidade
de levar para Angola e Uganda, na
África, mais Índia e Paquistão.
“O kit agrega valor ao leite porque,
além de reduzir a contagem de
bactérias, proporciona mais segu-
rança para o produtor, a indústria
e o consumidor”, afirma Moreira.
O produtor Liberalino de Castro
Lopes utiliza o kit há um ano. Na
propriedade de 50 alqueires no
bairro Eldorado, em Juiz de Fora
(MG), ele mantém 35 vacas lei-
teiras. A produção diária de 250
litros de leite é vendida para uma
fábrica local de queijos.
“A gente sempre tirou leite
manualmente e já tomava cuida-
dos como lavar as tetas das vacas
com água clorada e enxugar.
O kit, além de ser mais higiênico,
é mais rápido e prático. Com a
redução da quantidade de bacté-
rias, consigo ganhar 20 centavos
a mais por litro de leite”, come-
mora o produtor.
Como é membro da diretoria do
Sindicato Rural de Juiz de Fora,
Lopes está sempre presente nas
reuniões, palestras e dias de
campo organizados no municí-
pio. Depois, coloca em prática o
que aprende com os técnicos.
14 - Bradesco Rural
A volta do
Antes desprezado, o amendoim torna-se uma alternativa importante e começa a ganhar espaço no mercado externo
Em apenas dez anos, o
amendoim deixou de ser
apenas cultura de rotação
da cana para se tornar produ-
to do tipo exportação. E a safra
2007/2008 é tida como a maior
de todos os tempos. Já era hora.
O amendoim é um produto com
compradores certos em todo o
mundo – com destaque para os
Estados Unidos, com um enorme
consumo – e, com um mínimo de
esforço e investimento, o Brasil
pode vender espécies de alta qua-
lidade a preço competitivo.
Amendoim, para brasileiro, é
aperitivo para ser saboreado com
uma boa cerveja. Mas, para mui-
tos agricultores do interior de São
Paulo, é mais que isso: é artigo de
martin Jacobs / Jupiter / reuters
oVas culturasN
luxo, matéria-prima dos biscoitos
mais finos da Europa e a prin-
cipal fonte de renda de muitos
deles. O amendoim descascado
passa por seu melhor momen-
to, com o preço internacional da
tonelada chegando a US$ 1,7 mil.
Segundo Renata Martins, do
Instituto de Economia Agrícola
(IEA), da Secretaria de Agricultu-
ra e Abastecimento do Estado de
São Paulo, esta safra deve ser 21%
maior que a anterior.
Isso somente no estado de São
Paulo, que responde por 80% da
produção do País, 70% da área
plantada e 98% das exportações do
produto. Segundo Renata, a produ-
ção, neste ano, deve chegar a 200
mil toneladas no estado. Somente
no primeiro trimestre de 2008,
foram 5,4 mil toneladas de amen-
doim descascado para exportação.
“A safra atual foi fabulosa”, vibra
José Arimatéa Calsaverini, supe-
rintendente da Coplana, maior
cooperativa de produtores de
amendoim do País, sediada em
Jaboticabal (SP). “Para ter uma
idéia, nós, da Coplana, vamos
exportar no mínimo 17 mil tone-
ladas neste ano. Para efeito de
comparação, em 2001 exportamos
144 toneladas”, diz. A cooperativa
responde por metade das expor-
tações do amendoim no País.
Hoje, 160 produtores da região
trabalham com a Coplana.
Mas nem sempre foi essa fartura.
Na verdade, o amendoim nunca
amendoim
Bradesco Rural - 15
foi um produto muito valorizado
na agricultura brasileira. Princi-
palmente porque sua colheita,
quando ainda era manual, tor-
nava-se extremamente custosa e
complicada. O amendoim servia
muito mais como uma cultura
de rotação, usada para a renova-
ção dos canaviais, do que como
um produto final. Além disso, o
tipo que era plantado, o “tatu ver-
melho”, era de baixa qualidade.
Não poderia concorrer com os
amendoins finos produzidos na
Argentina, o maior produtor do
mundo.
A trajetória da Coplana, coope-
rativa que antes só representava
os produtores de cana, conta um
pouco da história do amendoim
no País. Em 1984, eles começa-
ram a investir na semente. Dez
anos depois, a cooperativa já era
a maior beneficiadora. Mas ainda
faltava alguma coisa. “Come-
çamos a mandar técnicos para
Argentina e Estados Unidos para
aprender a parte da mecaniza-
ção”, conta Arimatéa. “Também
investimos em um novo tipo de
amendoim, o Runner, mais valo-
rizado no mercado internacional.
E tudo é aproveitado no processo.
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Estoques da Coplana: segurança
Amendoim do tipo exportação: maior safra de todos os tempos foi a de 2007/2008
O amendoim rejeitado na triagem
é usado para fazer óleo.”
Foi em 1998, com o processo total-
mente mecanizado, que a histó-
ria começou a mudar. Em 2002,
a cooperativa passou a exportar
para a União Européia. Hoje, os
produtores estão satisfeitos.
Walter Aparecido Luiz de Souza,
de 47 anos, é um desses produto-
res. Ele e os dois irmãos começa-
ram a apostar mais no amendoim
depois do processo de mecaniza-
ção. “Antes, era inviável”, conta.
Juntos, eles plantam 600 hectares
de amendoim. Parte da terra é
deles, outra parte é de usinas que
arrendam suas plantações de cana
no período de renovação do solo.
Walter e seus irmãos continuam
plantando cana, já que uma
cultura complementa a outra.
Mas hoje dizem com orgulho
que são “um pequeno produtor
de cana e um grande produtor
de amendoim”.
O produto de Walter, depois de
beneficiado na Coplana, segue
viagem até a União Européia, o
principal mercado consumidor.
“É quem consome mais, paga
melhor e tem mais afinidade com
o nosso produto”, diz Arimatéa.
“A conquista desse mercado é o
nosso maior patrimônio. Afinal,
foi uma luta acabar com a ima-
gem ruim que o amendoim bra-
sileiro tinha por lá”, afirma.
PROGRAMAS FINALIDADE BENEFICIÁRIOS ITENS APOIÁVEIS PRAZOS DE FINANCIAMENTO PARTICIPAÇÃO LIMITE DE
FINANCIAMENTO
FORMA DE
PAGAMENTO
COMPROVAÇÃO FÍSICA E
FINANCEIRA
CUSTEIO Financiar despesas de custeio agrícola e pecuário
Produtores Rurais (Pessoas Físicas ou Jurídicas) e Cooperativas de Produtores Rurais
- Despesas inerentes ao ciclo produtivo das lavouras temporárias ou permanentes em produção
- Despesas para manutenção da pecuária, tais como: limpeza de pastagens, aquisição de sal, ração, medicamentos etc.
Agrícola: de acordo com o ciclo de produçãoPecuário: até 1 ano
Até 80% do valor total do orçamento, respeitando o limite de financiamento
De acordo com os limites estabelecidos pelo Banco Central do Brasil, conforme a atividade agrícola ou pecuária
Custeio Agrícola: pagamento único final ou em 5 parcelas (custeios alongados) Custeio Pecuário: mensais, trimestrais, semestrais ou anuais, de acordo com a atividade
Fiscalização, notas fiscais e recibos
INVESTIMENTO(Obs. 1)
Financiar investimentos fixos e semifixos na agricultura e pecuária
Produtores Rurais (Pessoas Físicas ou Jurídicas) e Cooperativas de Produtores Rurais
Aplicações em bens e serviços cujo desfrute se estenda por vários períodos produtivos
2 anos
Até 100% do valor total do orçamento/projeto, respeitando o limite de financiamento
Até R$ 130 mil por ano/safra
Investimento Agrícola: pagamento anual ou único finalInvestimento Pecuário: mensais, trimestrais, semestrais ou anuais, de acordo com a atividade
Fiscalização, notas fiscais e recibos
EGF (Empréstimo do Governo Federal)
Financiar a estocagem de produtos agrícolas visando à época oportuna para comercialização
Produtores Rurais (Pessoas Físicas ou Jurídicas), Cooperativas de Produtores Rurais, Beneficiadores e Indústrias
Estocagem de produtos amparados pelo PGPM – Política de Garantia de Preço Mínimo da CONAB
90, 180 ou 240 dias, de acordo com o produto amparado
–
Produtores Rurais: de acordo com os limites do Banco Central do Brasil; Cooperativas de Produtores Rurais de produtores que comercializem, beneficiem ou industrializem o produto: até os sub-limites do produto amparado/produtor/safra; beneficiadores e indústrias: até 50% da capacidade anual, até R$ 10 milhões ou R$ 20 milhões para o segmento vinícola
Pagamento único ou conforme regras específicas definidas para cada produto agrícola
Comprovação do estoque, fiscalização e notas fiscais
LEC (Linha Especial de Crédito)Financiar a aquisição ou a estocagem de produtos agrícolas para incentivo à comercialização
Produtores Rurais (Pessoas Físicas ou Jurídicas), Cooperativas de Produtores Rurais, Beneficiadores e Indústrias
Aquisição ou estocagem de produtos agrícolas amparados pelo PGPM – Política de Garantia de Preço Mínimo da CONAB ou mercado, conforme regras específicas
180 dias ou conforme regras específicas – Conforme regra específica Pagamento único final Notas fiscais e
comprovação do estoque
DESCONTO DE NPR (Nota Promissória Rural)
Antecipar recursos ao produtor rural ou à sua cooperativa do valor da venda a prazo de sua produção por meio de descontos de Notas Promissórias Rurais
Produtores Rurais (Pessoas Físicas ou Jurídicas) e suas Cooperativas(Obs. 2)
NPR das vendas a prazo de bens de natureza agropecuária (produtos in natura)
90, 120, 180 ou 240 dias, de acordo com o produto amparado
–
Até R$ 10 milhões por emitente/beneficiário quando formalizadas com agroindústrias e unidades de beneficiamento ou industrialização não vinculadas a cooperativas de produtores rurais e de até R$ 20 milhões para o segmento vinícola
Pagamento único final Notas fiscais e NPRs endossadas
AQUISIÇÃO/ FORNECIMENTO A COOPERADOS
Suprir recursos às cooperativas para aquisição de insumos ou bens de capital que serão fornecidos aos cooperados
Cooperativas de Produtores Rurais
Aquisição de insumos ou bens de capital Até 1 ano – Conforme regras do
Banco Central do Brasil
De acordo com a forma de venda aos cooperados
Notas fiscais, NPRs e estoque
REPASSE A COOPERADOS
Suprir recursos às cooperativas para realização de subempréstimos de custeio ou investimento a seus cooperados
Cooperativas de Produtores Rurais
Despesas inerentes a custeio e investimento De acordo com a safra – Conforme regras do
Banco Central do Brasil
De acordo com as regras definidas para cada produto agrícola
Fiscalização e notas fiscais
AVAL EM CPRF (CéDULA DE PRODUTO RURAL FINANCEIRA)
Concessão de Aval em CPRF, com o compromisso do Bradesco em honrar financeiramente a obrigação do cliente (emitente da CPRF)
Produtores Rurais (Pessoas Físicas ou Jurídicas) e Cooperativas de Produtores Rurais
Aval em CPRF emitidas com base na produção de soja, milho, café arábica, cana-de-açúcar e boi gordo
De acordo com o ciclo da respectiva cultura, limitado a 1 ano Não se aplica Valor mínimo
de R$ 100 mil No ato da contratação Estudo de viabilidade técnica
RoduToS E SERVIçoS BRAdEScoP
RELAÇÃO DOS PROGRAMAS AGROPECUÁRIOS VIGENTES Conforme políticas operacionais do Bradesco Abrangência: todo o território nacional
16 - Bradesco Rural
MODERFROTAPrograma de Modernização da Frota de Tratores Agrícolas e Implementos Associados e Colheitadeiras
MODERINFRAPrograma de Incentivo à Irrigação e à Armazenagem
PRODECOOPPrograma de Desenvolvimento Cooperativo para Agregação de Valor à Produção Agropecuária
MODERAGRO Programa de Modernização da Agricultura e Conservação de Recursos Naturais
PROPFLORAPrograma de Plantio Comercial e Recuperação de Florestas
LINhAS DE REPASSES DO BNDES*(Consulte as condições nas Agências Bradesco)
Bradesco Rural - 17
PROGRAMAS FINALIDADE BENEFICIÁRIOS ITENS APOIÁVEIS PRAZOS DE FINANCIAMENTO PARTICIPAÇÃO LIMITE DE
FINANCIAMENTO
FORMA DE
PAGAMENTO
COMPROVAÇÃO FÍSICA E
FINANCEIRA
CUSTEIO Financiar despesas de custeio agrícola e pecuário
Produtores Rurais (Pessoas Físicas ou Jurídicas) e Cooperativas de Produtores Rurais
- Despesas inerentes ao ciclo produtivo das lavouras temporárias ou permanentes em produção
- Despesas para manutenção da pecuária, tais como: limpeza de pastagens, aquisição de sal, ração, medicamentos etc.
Agrícola: de acordo com o ciclo de produçãoPecuário: até 1 ano
Até 80% do valor total do orçamento, respeitando o limite de financiamento
De acordo com os limites estabelecidos pelo Banco Central do Brasil, conforme a atividade agrícola ou pecuária
Custeio Agrícola: pagamento único final ou em 5 parcelas (custeios alongados) Custeio Pecuário: mensais, trimestrais, semestrais ou anuais, de acordo com a atividade
Fiscalização, notas fiscais e recibos
INVESTIMENTO(Obs. 1)
Financiar investimentos fixos e semifixos na agricultura e pecuária
Produtores Rurais (Pessoas Físicas ou Jurídicas) e Cooperativas de Produtores Rurais
Aplicações em bens e serviços cujo desfrute se estenda por vários períodos produtivos
2 anos
Até 100% do valor total do orçamento/projeto, respeitando o limite de financiamento
Até R$ 130 mil por ano/safra
Investimento Agrícola: pagamento anual ou único finalInvestimento Pecuário: mensais, trimestrais, semestrais ou anuais, de acordo com a atividade
Fiscalização, notas fiscais e recibos
EGF (Empréstimo do Governo Federal)
Financiar a estocagem de produtos agrícolas visando à época oportuna para comercialização
Produtores Rurais (Pessoas Físicas ou Jurídicas), Cooperativas de Produtores Rurais, Beneficiadores e Indústrias
Estocagem de produtos amparados pelo PGPM – Política de Garantia de Preço Mínimo da CONAB
90, 180 ou 240 dias, de acordo com o produto amparado
–
Produtores Rurais: de acordo com os limites do Banco Central do Brasil; Cooperativas de Produtores Rurais de produtores que comercializem, beneficiem ou industrializem o produto: até os sub-limites do produto amparado/produtor/safra; beneficiadores e indústrias: até 50% da capacidade anual, até R$ 10 milhões ou R$ 20 milhões para o segmento vinícola
Pagamento único ou conforme regras específicas definidas para cada produto agrícola
Comprovação do estoque, fiscalização e notas fiscais
LEC (Linha Especial de Crédito)Financiar a aquisição ou a estocagem de produtos agrícolas para incentivo à comercialização
Produtores Rurais (Pessoas Físicas ou Jurídicas), Cooperativas de Produtores Rurais, Beneficiadores e Indústrias
Aquisição ou estocagem de produtos agrícolas amparados pelo PGPM – Política de Garantia de Preço Mínimo da CONAB ou mercado, conforme regras específicas
180 dias ou conforme regras específicas – Conforme regra específica Pagamento único final Notas fiscais e
comprovação do estoque
DESCONTO DE NPR (Nota Promissória Rural)
Antecipar recursos ao produtor rural ou à sua cooperativa do valor da venda a prazo de sua produção por meio de descontos de Notas Promissórias Rurais
Produtores Rurais (Pessoas Físicas ou Jurídicas) e suas Cooperativas(Obs. 2)
NPR das vendas a prazo de bens de natureza agropecuária (produtos in natura)
90, 120, 180 ou 240 dias, de acordo com o produto amparado
–
Até R$ 10 milhões por emitente/beneficiário quando formalizadas com agroindústrias e unidades de beneficiamento ou industrialização não vinculadas a cooperativas de produtores rurais e de até R$ 20 milhões para o segmento vinícola
Pagamento único final Notas fiscais e NPRs endossadas
AQUISIÇÃO/ FORNECIMENTO A COOPERADOS
Suprir recursos às cooperativas para aquisição de insumos ou bens de capital que serão fornecidos aos cooperados
Cooperativas de Produtores Rurais
Aquisição de insumos ou bens de capital Até 1 ano – Conforme regras do
Banco Central do Brasil
De acordo com a forma de venda aos cooperados
Notas fiscais, NPRs e estoque
REPASSE A COOPERADOS
Suprir recursos às cooperativas para realização de subempréstimos de custeio ou investimento a seus cooperados
Cooperativas de Produtores Rurais
Despesas inerentes a custeio e investimento De acordo com a safra – Conforme regras do
Banco Central do Brasil
De acordo com as regras definidas para cada produto agrícola
Fiscalização e notas fiscais
AVAL EM CPRF (CéDULA DE PRODUTO RURAL FINANCEIRA)
Concessão de Aval em CPRF, com o compromisso do Bradesco em honrar financeiramente a obrigação do cliente (emitente da CPRF)
Produtores Rurais (Pessoas Físicas ou Jurídicas) e Cooperativas de Produtores Rurais
Aval em CPRF emitidas com base na produção de soja, milho, café arábica, cana-de-açúcar e boi gordo
De acordo com o ciclo da respectiva cultura, limitado a 1 ano Não se aplica Valor mínimo
de R$ 100 mil No ato da contratação Estudo de viabilidade técnica
O Bradesco oferece linhas de
crédito rural que atendem à
necessidade de produtores
em toda a cadeia produtiva do agro-
negócio, além de modalidades com
recursos próprios do Banco e linhas
de repasses do BNDES.
As linhas de crédito rural do Bradesco
podem, inclusive, ser utilizadas na
complementação do orçamento de
custeio agrícola ou pecuário do pro-
dutor. Para isso, o Bradesco sugere
uma composição de recursos que
pode atender até 100% do volume que
o cliente necessita para o desenvolvi-
mento de suas atividades.
As linhas de crédito rural do Banco
atendem a diferentes finalidades,
entre elas custeio de lavouras, manu-
tenção de lavouras permanentes
em produção, pré-custeio de safras
(aquisição de insumos), antecipação
de recursos para produtos in natura
entregues à comercialização, investi-
mentos agropecuários, como aquisi-
ção de animais para engorda, matri-
zes e reprodutores, plantio de cana-
de-açúcar e aquisição de máquinas e
equipamentos.
Todas essas linhas podem ser contra-
tadas diretamente na Rede de Agên-
cias do Banco. Confira na tabela as
condições das modalidades de cré-
dito do Bradesco.
RELAÇÃO DOS PROGRAMAS AGROPECUÁRIOS VIGENTES Conforme políticas operacionais do Bradesco Abrangência: todo o território nacional
cRédITo RuRAl para toda a cadeia produtiva
ObsERvAçãO 1: condicionado a disponibilidade de recursos
ObsERvAçãO 2: o emitente da NPR deve enquadrar-se como indústria ou beneficiadora de produtos agropecuários
* As liberações ficarão condicionadas à disponibilidade de recursos do BNDES dentro do orçamento aprovado para cada modalidade.
18 - Bradesco Rural
em destaQue
Melhor do País
Arevista Euromoney elegeu o Bradesco o Melhor Banco do País no mais
importante prêmio de reconhecimento do setor financeiro mundial:
o Awards for Excellence 2008. Promovido por essa prestigiada publica-
ção inglesa, é considerado referência no setor e concedido às instituições
financeiras com atuação global e regional em mais de 100 países.
Referência em sustentabilidade
OBradesco foi o único banco brasileiro a integrar o relatório de sustentabilidade elaborado
pela Goldman Sachs, um dos maiores e mais tradicionais bancos de investimento do mundo.
O estudo, que analisou 50 bancos de 17 países, apontou as sete instituições financeiras mais
bem posicionadas em práticas de governança social e ambiental, gestão e rentabilidade para os
próximos cinco anos. A posição coloca o Banco como opção de investimento de longo prazo.
Líder do varejo
AOrganização Bradesco é o grande destaque do Prêmio Balanço
Financeiro, promovido pelo jornal Gazeta Mercantil com base em
levantamento da consultoria Austin Rating realizado com exclusividade
para essa publicação. Foi eleito o melhor banco de varejo, melhor em
vida e previdência e melhor em leasing.
É o quarto ano consecutivo que o Banco figura na liderança do varejo
bancário brasileiro.
De acordo com a tradicional Top 1000 publicada anualmente pela revista The Banker, o
Bradesco é o Banco com maior nível de capital e volume de ativos da América Latina.
Editada pela Financial Times, a publicação lista os maiores e mais sólidos bancos do mundo.
No ranking dos maiores do mundo por nível de capital, o Bradesco saltou 16 posições em
relação a 2006 e passou a ocupar o 48o lugar.
No topo, segundo The Banker
Bradesco Rural - 19
A Bradesco Auto/RE oferece
aos pecuaristas e produtores
agrícolas o Bradesco Seguro
Equipamentos, um produto criado
para segurar tratores e colheita-
deiras, entre outras máquinas.
Dados da Associação Brasileira
da Indústria de Máquinas e Equi-
pamentos (Abimaq) indicam
que, em 2008, as vendas men-
sais de maquinário registraram
alta superior a 30% em relação
ao ano passado. Com o aumen-
to dos pedidos para compra de
maquinário em todo o País, o
Bradesco Seguro Equipamentos
é uma opção para assegurar o
investimento realizado.
Ao contratar as coberturas ade-
quadas do Bradesco Seguro Equi-
pamentos, o produtor agrícola
estará protegendo não somente
seu maquinário, mas também
a continuidade da produção e
a produtividade daquele equi-
pamento no seu negócio. Além
disso, o Bradesco Seguro Equi-
pamentos garante ao Segurado
indenização por perdas ou danos
materiais causados aos bens
descritos na apólice por qualquer
bradesco seguro Equipamentos: segurança para o produtor
acidente de causa externa, inclu-
sive roubo ou furto qualificado.
As coberturas acessórias cobrem
danos elétricos, instalação e
montagem e perda ou pagamen-
to de aluguel.
O Bradesco Seguro Equipamen-
tos conta ainda com descontos
por ano do equipamento e por
quantidade de máquinas do
mesmo tipo, além de descontos
por renovação de apólices da
Bradesco Auto/RE.
Confira alguns equipamentos
seguráveis:
•Agricultura: tratores, colheita-
deiras e implementos agrícolas;
•Comércio e Prestação de
Ser viços: computadores,
impressoras, fotocopiadoras e
geradores;
•Construção Civil: escavadeiras,
máquinas de terraplanagem e
compressores;
• Indústria: tornos, prensas e
empilhadeiras.
Para mais informações sobre o Bradesco Seguro Equipamentos, acesse (www.bradescoautore.com.br) ou procure a Sucursal da Bradesco Auto/RE mais próxima.