Tecnologias Multimédia 11º - Manual do Aluno

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Autores: António Moreira, Carlos Santos, Luís Pedro, Pedro Almeida. / Conceção e elaboração: Universidade de Aveiro. / Coordenação geral do Projeto: Isabel P. Martins e Ângelo Ferreira. / Cooperação entre o Ministério da Educação de Timor-Leste, o Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento, a Fundação Calouste Gulbenkian e a Universidade de Aveiro. / Financiamento do Fundo da Língua Portuguesa.

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  • Repblica Democrtica de Timor-LesteMinistrio da Educao

    Manual do AlunoTECNOLOGIASMULTIMDIA11.o ano de escolaridade

  • Projeto - Reestruturao Curricular do Ensino Secundrio Geral em Timor-Leste

    Cooperao entre o Ministrio da Educao de Timor-Leste, o Instituto Portugus de Apoio ao Desenvolvimento, a Fundao Calouste Gulbenkian e a Universidade de AveiroFinanciamento do Fundo da Lngua Portuguesa

    Manual do AlunoTECNOLOGIASMULTIMDIA11.o ano de escolaridade

  • Este manual do aluno propriedade do Ministrio da Educao da Repblica Democrtica de Timor-Leste, estando proibida a sua utilizao para fins comerciais.

    Os stios da Internet referidos ao longo deste livro encontram-se ativos data de publicao. Considerando a existncia de alguma volatilidade na Internet, o seu contedo e acessibilidade podero sofrer eventuais alteraes.

    TtuloTecnologias Multimdia - Manual do Aluno

    Ano de escolaridade11.o Ano

    AutoresAntnio MoreiraCarlos SantosLus PedroPedro Almeida

    Coordenador de disciplinaAntnio Moreira

    Colaborao das equipas tcnicas timorenses da disciplina Este manual foi elaborado com a colaborao de equipas tcnicas timorenses da disciplina, sob a superviso do Ministrio da Educao de Timor-Leste.

    Design e PaginaoEsfera Crtica Unipessoal, Lda. Leandro Costa

    ISBN978 - 989 - 8547 - 43 - 9

    1 Edio

    Conceo e elaboraoUniversidade de Aveiro

    Coordenao geral do Projeto Isabel P. Martinsngelo Ferreira

    Ministrio da Educao de Timor-Leste

    2013

    Impresso e Acabamento Sakura Unipessoal, Lda.

    Tiragem9000 exemplares

  • 3

    ndiceUnidade Temtica

    1 Fundamentos bsicos da Internet1.1. Funcionamento da Internet1.1.1. Introduo ao funcionamento da Internet1.1.2. Servios da Internet

    1.2. Servios fundamentais1.2.1. Correio eletrnico 1.2.2. Introduo a uma aplicao de correio eletrnico 1.2.3. World Wide Web 1.2.4. Introduo a uma aplicao de navegao na WWW 1.2.5. Procedimentos de pesquisa na WWW

    1.3. Comunicao sncrona e assncrona na Internet1.3.1. Servios de comunicao sncrona1.3.2. Servios de comunicao assncrona1.3.3. Comportamentos de comunicao na Internet

    88

    21

    292934465056

    63636870

  • 4

    Imagem, udio e vdeo digital

    2.1. Imagem digital2.1.1. Formatos, caratersticas e aplicaes de manipulao de imagem2.1.2. Processos de aquisio e digitalizao de imagem2.1.3. Introduo a um editor de imagem bitmap2.1.4. Exportao de imagem

    2.2. udio digital2.2.1. Formatos, caratersticas e aplicaes de manipulao de udio2.2.2. Processos de aquisio de udio2.2.3. Edio2.2.4. Filtros de udio2.2.5. Exportao

    2.3. Vdeo digital2.3.1. Formatos, caratersticas e aplicaes de manipulao de vdeo2.3.2. Processos de aquisio de vdeo2.3.3. Edio2.3.4. Transies e efeitos2.3.5. Banda sonora2.3.6. Exportao

    7474798093

    9595

    101107111113

    115115121126130130132

    Unidade Temtica

    2

  • 5Integrao de contedos multimdia

    3.1. Aplicaes de apresentao3.1.1. Aplicaes de apresentao3.1.2. Introduo a uma aplicao de apresentaes3.1.3. Utilizao e edio de modelos (templates)3.1.4. Insero e formatao de textos3.1.5. Animao de elementos e transio de diapositivos3.1.6. Insero e formatao de imagens3.1.7. Insero de udio e vdeo3.1.8. Finalizao e exportao

    3.2. Projeto final3.2.1. Definio de guio e preparao de contedos

    138138140145151155161162164

    167167

    Unidade Temtica

    3

  • Unidade Temtica 1 | Fundamentos bsicos da Internet1.1. Funcionamento da Internet1.2. Servios fundamentais1.3. Comunicao sncrona e assncrona na Internet

  • Fundamentos bsicos da Internet

    8

    1.1. Funcionamento da Internet

    Hoje, a internet est disponvel em praticamente qualquer lado, em

    muitos tipos de dispositivos e utilizada para os mais diversos fins. No

    decorrer desta seco temtica vamos ficar a conhecer o funcionamento

    bsico da Internet e apresentar os seus principais servios.

    Mesmo para quem j utiliza a Internet importante conhecer o modo

    como ela funciona e perceber como os diferentes servios se integram e

    complementam!

    1.1.1. Introduo ao funcionamento da Internet

    Evoluo da Internet

    As redes informticas permitem ligar dois ou mais computadores entre

    si. Com uma rede informtica torna-se possvel trocar informao entre

    computadores sem que seja necessrio recorrer a um dispositivo de

    armazenamento, como, por exemplo, um CD, um DVD ou uma pen-

    -drive. Estes dispositivos de armazenamento so muito teis quando, por

  • Funcionamento da Internet | 9

    exemplo, necessrio levar para um outro computador um documento

    criado nos computadores da escola. Na realidade, esta forma de

    transportar informao sobretudo muito til quando estamos perante

    grandes quantidades de dados a transportar. No entanto, j no

    adequada quando, por exemplo, queremos partilhar um documento com

    muitas pessoas ou pretendemos partilhar uma fotografia com um amigo

    que vive numa outra cidade.

    Os primeiros computadores a surgir eram muito caros e utilizados

    essencialmente por cientistas, militares e grandes empresas. Para estes

    utilizadores era fundamental conseguir trocar informao com outros

    computadores que, em muitos casos, se encontravam num local distante.

    Para solucionar esta dificuldade, desde muito cedo que se procuraram criar

    sistemas que permitissem a transferncia de informao entre computadores.

    As primeira redes de computadores eram muito simples. Consistiam

    numa ligao direta entre dois computadores, permitindo a comunicao

    entre si. Mais tarde, essas ligaes evoluram para redes de computadores

    mais complexas que permitiam partilhar informao entre computadores

    que se encontravam, por exemplo, na mesma sala ou no mesmo edifcio,

    as redes locais (LAN - Local Area Network).

    No entanto, estas redes locais no permitiam a ligao com outras redes

    locais. A troca de informao ficava limitada aos computadores que

    partilhavam a mesma rede local.

    No decorrer da dcada de 1970, o Departamento de Defesa dos EUA

    decidiu lanar um projeto com o objetivo de criar uma rede de

    computadores capaz de ligar centros de investigao geograficamente

    distantes. Numa fase inicial o objetivo era ligar apenas quatro centros de

    investigao. Esse trabalho foi atribudo agncia ARPA (Advanced

    Research Projects Agency) e foi assim que nasceu a ARPANet, a primeira

    rede a permitir a ligao de redes de computadores distantes entre si.

    Diagrama inicial da ARPANet para ligar 4 centros de investigao: University of California em Los Angeles, Stanford Research Institute, University of California em Santa Barbara e University of Utah, todos nos EUA.

    Nota

    No manual do 10 ano foram apresentadas algumas das solues tecnolgicas para a ligao de computadores em rede.

  • 10 | Fundamentos bsicos da Internet

    No entanto, o sucesso deste projeto levou a que as tecnologias

    desenvolvidas no mbito da ARPANet comeassem a ser utilizadas para

    outros fins e noutros meios. Nesta evoluo, as universidades tiveram um

    papel muito importante. As tecnologias da ARPANet foram utilizadas para

    interligar as redes informticas universitrias. Foi deste modo que, no

    decorrer dos anos 80, comeou a crescer o nmero de redes de

    computadores interligadas e capazes de comunicar entre si, que hoje

    designamos por Internet.

    O termo Internet surge de Interconnected Network, ou seja, rede

    interligada. A Internet um sistema global de redes de computadores

    interligadas entre si, utilizando um conjunto de tecnologias padro

    normalmente designadas por TCP/IP. uma gigantesca rede de redes,

    utilizada por bilies de pessoas, que liga redes privadas, pblicas,

    acadmicas, comerciais e governamentais. Nesta rede so armazenados e

    transmitidas quantidades enormes de recursos e disponibilizados diversos

    servios como, por exemplo, a World Wide Web (WWW ou simplesmente

    Web) e o correio eletrnico (email).

    Os protocolos base da Internet: TCP/IP

    Para que a comunicao seja possvel necessrio existir um conjunto

    de regras conhecidas por todos os intervenientes na comunicao.

    Por exemplo, quando tentamos conversar com algum, em termos

    Mapa parcial da Internet em Janeiro de 2005.

  • Funcionamento da Internet | 11

    gerais podemos afirmar que a comunicao s possvel se os vrios

    intervenientes se souberem expressar na mesma lngua. Esses conjuntos

    de regras so designados por protocolos. Os protocolos so conjuntos

    de regras de especificao que permitem definir um processo de

    comunicao. Como vamos ver, foram essenciais para ajudar a regular o

    funcionamento da Internet.

    Os protocolos TCP/IP (Transport Control Protocol / Internet Protocol) so

    a base tecnolgica da arquitetura e do funcionamento da Internet. Foi

    atravs destes protocolos que, pela primeira vez, se criou uma rede de

    comunicao que funciona baseada no envio de pacotes de informao.

    Resumidamente, as redes de comunicao baseadas no modelo de

    pacotes de informao (TCP/IP) funcionam do seguinte modo:

    1. o emissor identifica a informao que quer enviar;

    2. no emissor a informao dividida em pequenos pacotes de dados

    (datagramas) e cada um sinalizado de acordo com a sua posio na

    sequncia de dados e identificado com o endereo do recetor;

    3. os pacotes so enviados para a rede de computadores, neste caso a

    Internet;

    4. na Internet o endereo do recetor identificado e os pacotes de dados

    so conduzidos para que cheguem ao seu destino;

    5. no recetor os pacotes de dados so recebidos;

    6. so reordenados para voltarem ordem correta;

    7. quando todos os pacotes so recebidos, a informao inicial

    reconstruda e disponibilizada ao receptor.

    Transmisso de informao na Internet - datagramas.

    EMISSOR(A)

    RECETOR(B)

    1 7

    3 5

    4

    2 6B1B2B3B4B5B6B7

    B7 B2 B1B3B1B2

    1234567

    INTERNET

    ... ...

    Nota

    Emissor: aquele que emite informao.

    Recetor: aquele que recebe informao.

  • 12 | Fundamentos bsicos da Internet

    Os protocolos TCP/IP so os principais responsveis pelo funcionamento

    da Internet, sendo por isso importante perceber para que servem e como

    funcionam.

    Com o aparecimento destes protocolos foi criado pela primeira vez um

    modelo de arquitetura de redes baseado em camadas. Neste tipo de

    modelo, cada camada responsvel por assegurar um determinado

    nvel da transmisso e comunicao de informao. Como resultado

    deste trabalho, surgiu o modelo OSI (Open System Interconnection). Este

    modelo conhecido pelas suas 7 camadas, que permitem especificar

    desde o nvel fsico (por exemplo, como que um sinal eltrico deve ser

    transmitido num cabo coaxial) at ao nvel da aplicao.

    No entanto, a arquitetura TCP/IP tem apenas trs camadas:

    nvel de rede: a este nvel que funciona o IP (Internet Protocol).

    nvel de transporte: assegurado pelo TCP (Transport Control Protocol).

    nvel de aplicao: implementado por diferentes protocolos de

    aplicao que variam entre os diferentes servios da Internet.

    Neste diagrama interessante verificar que, ao contrrio do modelo OSI, na

    arquitetura TCP/IP no definida uma camada de ligao rede. Este facto

    uma consequncia de um dos principais objetivos da Internet - garantir

    o seu funcionamento em qualquer computador, independentemente do

    tipo de rede a que se encontra ligado.

    Seguidamente, vamos abordar em detalhe cada um destes trs nveis ou

    camadas.

    TCP / IP Modelo OSI

    AplicaoProtocolos de

    aplicao:

    (SMTP; Telnet;FTP; etc.)

    TCP

    IP

    Ligao redeno denido

    Apresentao

    Sesso

    Transporte

    Rede

    Ligao

    Fsica

    A arquitetura TCP/IP e o modelo OSI.

  • Funcionamento da Internet | 13

    O protocolo IP - nvel de rede

    O protocolo IP o grande responsvel por assegurar que os datagramas

    so enviados para o recetor, assegurando os servios de endereamento e

    encaminhamento dos pacotes nas diferentes redes que formam a Internet.

    O endereamento uma tarefa realizada no computador do emissor (ver

    ponto 2 do diagrama anterior). o protocolo IP que garante que cada

    datagrama contm, entre outras informaes, o endereo do respetivo

    recetor.

    Se um datagrama tem como destino um computador que se encontra

    na mesma rede local ento ele pode ser enviado diretamente entre

    computadores. No entanto, se o recetor se encontra numa outra rede

    interligada atravs da Internet, os datagramas tero que percorrer um

    caminho mais longo. Nesse percurso sero atravessados vrios ns

    responsveis por ligar as diferentes redes que constituem a Internet.

    Em cada um desses ns, designados por routers, cada datagrama tem que

    ser analisado, verificado o seu endereo de destino e encaminhado ou

    redirecionado para um outro router, ou rede local, que possa aproximar o

    datagrama do seu destino final (encaminhamento).

    Os routers so sistemas informticos intermdios e so os grandes

    responsveis pelo funcionamento da Internet! Uma das principais

    caratersticas dos routers a sua capacidade de se adaptarem

    automaticamente s condies da rede. Por exemplo, se um router

    Routers: os ns da Internet.

    MANWAN

    LAN

    LAN INTERNET

    Routers

    Routers

    Routers

  • 14 | Fundamentos bsicos da Internet

    deteta que h um problema no envio de informao para um outro

    router, rapidamente comea a tentar o envio por um caminho alternativo,

    mesmo que mais demorado. por este motivo que a Internet um

    meio de comunicao to robusto. Mesmo quando as condies no

    so as melhores, na maioria das situaes, a comunicao continua a ser

    possvel, apesar de se tornar mais lenta.

    Uma outra funo do protocolo IP definir como so formados os

    endereos de cada elemento da rede. Conseguir identificar o recetor

    fundamental para que a comunicao possa ser realizada. Por exemplo,

    quando queremos enviar uma carta para um amigo temos que escrever

    no envelope o nome e a morada do destinatrio. Outro exemplo, para

    telefonar a algum temos que introduzir o nmero de telefone do

    destinatrio da chamada. Do mesmo modo, quando pretendemos

    estabelecer uma comunicao na Internet necessrio introduzir o

    endereo do destinatrio.

    Na Internet os endereos so identificados como endereos IP. Cada

    dispositivo ligado diretamente Internet tem um endereo IP nico, ou

    seja, um endereo que no pode ser utilizado por mais nenhum dispositivo

    naquele momento. Os endereos IP tm o seguinte formato:

    193.136.173.25

    213.13.146.140

    Cada nmero corresponde a 1 byte, ou seja, um endereo IP formado

    por 4 bytes. Cada um desses nmeros pode variar entre 0 e 255. Ou seja,

    qualquer combinao de nmeros entre 0.0.0.0 e 255.255.255.255 pode

    ser um endereo IP vlido.

    Na Internet, os computadores e os routers comunicam utilizando os

    endereos IP. No entanto, para as pessoas no muito fcil decorar conjuntos

    de nmeros. Imagina que para acederes ao YouTube ou ao Google terias de

    saber de cor um conjunto de 4 nmeros em vez de www.youtube.com ou

    www.google.com. Para facilitar a utilizao da Internet foi criado um servio

    de endereamento por nomes, o DNS (Domain Name Server). Na prtica,

    cada conjunto de nmeros pode ser referenciado por texto, recorrendo,

    assim, a formatos mais simples de memorizar e interpretar.

    Dica

    O trabalho de um router pode ser comparado ao de um polcia que

    sabendo que uma estrada est cortada, reencaminha os veculos por

    estradas alternativas.

    Desafio

    Com a ajuda do teu professor procura identificar o(s) router(s) existentes na tua escola e qual a funo que esto a desempenhar.

    !

    Mais informao

    Apesar do nmero de combinaes possvel ser de muitos milhes, com a

    enorme expanso da Internet, j no h endereos IP disponveis para todos os

    dispositivos existentes. Por esse motivo, est a ser implementada uma nova

    verso do IP, o IPv6, que altera o formato destes endereos de modo a suportar

    mais combinaes de nmeros.

    i

  • Funcionamento da Internet | 15

    Os endereos por nome tm um formato do tipo:

    A primeira parte do endereo no tem um formato obrigatrio e pode

    variar. No entanto, na maioria dos casos, utilizada para identificar o

    tipo de servio a que pretendemos aceder no respetivo domnio. A parte

    seguinte do endereo identifica um domnio intermdio registado na

    Internet e possvel de ser conhecido por todos os computadores e routers.

    Na prtica, o que identifica o nome do stio Web ou da instituio. A ltima

    parte do endereo identifica o domnio de topo, que pode ser um pas ou

    um determinado tipo de entidade/instituio/atividade (ver tabelas).

    Domnios Pasesau Austrlia

    br Brasil

    cn China

    id Indonsia

    jp Japo

    pt Portugal

    tl Timor Leste

    us Estados Unidos da Amrica

    Domnios Entidadescom comerciais

    edu educativas

    gov governamentais

    net da Internet

    org organizaes sem fins lucrativos

    Com base nestas informaes, os exemplos apresentados anteriormente

    podem ser interpretados da seguinte forma:

    www.ua.pt - o servio WWW da Universidade de Aveiro (ua) em Portugal (pt)

    mail.google.com - o servio de correio eletrnico (mail) do Google, uma

    entidade comercial

    noticias.sapo.tl - o servio de notcias do SAPO em Timor Leste (tl)

    www.ua.pt

    mail.google.com

    noticias.sapo.tl

    domnio de topo

    intermdio

    tipo de servio

    Domnios de topo para alguns pases.

    Domnios de topo para alguns tipos de entidades.

    Nota

    A lista completa dos domnios de topo pode ser consultada em http://en.wikipedia.org/wiki/List_of_Internet_top-level_domains

  • 16 | Fundamentos bsicos da Internet

    Por motivos histricos, a maioria dos endereos dos Estados Unidos da

    Amrica no utiliza o domnio do pas, preferindo utilizar a identificao

    do tipo de entidade associada. Por exemplo, por este motivo que

    uma empresa como a Microsoft utiliza o domnio microsoft.com e no

    microsoft.us.

    Para que esta comunicao com endereos por nome funcione necessrio

    existirem servidores de DNS que contm tabelas de correspondncia entre

    os nomes e os respectivos endereos IP. Sempre que um utilizador recorre

    a um endereo por nome, o computador consulta o servidor de DNS mais

    prximo para obter o respetivo endereo IP. A partir desse momento, toda

    a comunicao realizada com base no endereo IP.

    Endereo por nome (DNS) Endereo IPwww.ua.pt 193.136.173.25

    mail.google.com 173.194.32.22

    noticias.sapo.tl 213.13.145.150

    O protocolo TCP - nvel de transporte

    O protocolo IP permite criar a rede atravs da qual possvel enviar

    informao para um destinatrio. O protocolo TCP funciona numa camada

    superior ao protocolo IP e tem como objetivo assegurar que o transporte

    da informao nessa rede efetuado de um modo correto.

    o protocolo TCP que tem como responsabilidade assegurar que todos os

    datagramas de uma comunicao so recebidos pelo seu destinatrio, sem

    falhas ou erros e so reagrupados pela ordem correta. Por exemplo, se um

    datagrama perdido algures no meio da comunicao, o protocolo TCP

    que informa o emissor que tem que enviar novamente aquele datagrama.

    O conjunto de protocolos TCP/IP o responsvel pela maioria da informao

    que transmitida na Internet. No entanto, existem algumas aplicaes

    e servios para a Internet onde o TCP no utilizado. Por exemplo, em

    algumas das aplicaes de comunicao sncrona (chat) que veremos mais

    frente.

    Nvel de aplicao

    As camadas do TCP/IP especificam o modo como a informao

    transmitida na Internet. No entanto, as aplicaes ou servios da Internet

    necessitam ainda dos protocolos de aplicao que detalham como que

    aplicaes de um determinado tipo devem comunicar entre si. Consoante

    Exemplo de tabela de DNS.

  • Funcionamento da Internet | 17

    o tipo de servio e aplicaes, poderemos ter protocolos acima do TCP/IP

    que regulamentam esse tipo de comunicao.

    Alguns dos protocolos de aplicao mais conhecidos so os seguintes:

    SMTP (Simple Mail Transfer Protocol) - utilizado pelo servio de correio

    eletrnico, tambm conhecido por email.

    FTP (File Transfer Protocol) - utilizado pelo servio de transferncia de

    ficheiros entre computadores.

    HTTP (HyperText Transfer Protocol) - utilizado pelo servio da World

    Wide Web que to popular que muitas vezes confundido com a

    prpria Internet.

    Tecnologias e servios de acesso Internet

    Para que uma empresa, instituio ou pessoa em nome individual possa

    estar ligada Internet necessrio ter um acesso Internet. Esses acessos

    so disponibilizados por empresas de telecomunicaes e os preos variam

    consoante as suas caratersticas e os aspetos comerciais da empresa

    fornecedora do servio.

    As principais tecnologias que permitem ter acesso Internet so as

    seguintes:

    Linha telefnica fixa (DSL - Digital Subscriber Line) - atravs de

    um modem ligado linha telefnica fixa possvel ligar a um

    fornecedor de servio de Internet. As ligaes de modem podem

    ser de tipo simples (dial up) ou do tipo ADSL (Asymmetric digital

    subscriber line) que permitem um acesso mais rpido e permanente

    Internet.

    Cabo (na rede de TV) - em muitos pases existe um servio de televiso

    por cabo que permite disponibilizar num dado local vrias centenas de

    canais de televiso. Utilizando essa infraestrutura possvel fornecer

    um acesso Internet com acesso muito rpido.

    Fibra ptica - em alguns pases j possvel ter um servio de fibra

    ptica em casa (FTTH - Fiber To The Home). Este tipo de tecnologia

    permite um acesso Internet em timas condies.

    Rede digital mvel - as redes digitais mveis foram construdas para

    permitir as comunicaes por telemvel. No entanto, tambm

    possvel utilizar essas redes para aceder Internet. A velocidade de

    acesso depende da tecnologia disponibilizada pelo operador de

    telecomunicaes. Nas redes mais antigas, designadas por 2G (segunda

    gerao), a velocidade bastante lenta. No entanto, nas redes mais

    Mais informao

    Relembra o que um modem no manual do 10 ano.

    i

  • 18 | Fundamentos bsicos da Internet

    atuais de terceira gerao (3G) a velocidade muito melhor. Na nova

    gerao de redes, que j comea a estar disponvel em alguns pases,

    as redes 4G, a velocidade mxima muito elevada.

    Na tabela seguinte apresentado um exemplo das velocidades mximas

    para cada uma das tecnologias, tendo por base a oferta comercial

    disponvel em Portugal, no incio do ano de 2012.

    Tecnologia Velocidade mximaLinha telefnica fixa (dial up) at 56kbps (depende das condies da linha

    telefnica e do modem do cliente)

    Linha telefnica fixa (ADSL) 24 Mbps (a velocidade mxima s

    possvel para clientes que residam em locais

    prximos das estaes telefnicas)

    Televiso por cabo 120 Mbps

    Fibra ptica 400 Mbps

    Rede digital mvel de 56 kbps a 14.4 Mbps (a velocidade

    depende do tipo de tecnologia da rede

    mvel. Para a verso 4G so anunciadas

    velocidades de 100 Mbps)

    Estas velocidades mximas so apenas referentes velocidade com que

    conseguimos trazer informao da Internet (download). Tipicamente, as

    velocidades para enviar informao para a Internet (upload) so muito

    inferiores. Por exemplo, um acesso ADSL com velocidade mxima de download

    de 24 Mbps poder ter apenas 1Mbps de velocidade mxima de upload.

    Exemplo de oferta de servios em Portugal (http://net.sapo.pt).

    Nota

    Na anlise da tabela tem em ateno que so usadas diferentes unidades

    de medida, Kilobits por segundo e Megabits por segundo.

    Velocidades mximas de download disponveis em Portugal (Abril 2012).

  • Funcionamento da Internet | 19

    Um acesso Internet normalmente disponibilizado com dois tipos de

    subscrio:

    acesso permanente: o cliente paga um valor mensal que lhe permite

    aceder Internet em qualquer momento sem que tenha que pagar

    mais por isso. No entanto, muitas vezes o acesso limitado a uma

    quantidade mxima de informao que possvel transferir por ms.

    acesso por pedido (dial up): o cliente paga pelo tempo que est ligado

    Internet e/ou pela quantidade de informao que transfere.

    Para uma utilizao mais regular da Internet, um acesso do tipo

    permanente normalmente mais vantajoso para o utilizador. No entanto,

    antes de subscrever um servio importante analisar as diferentes

    condies disponibilizadas no mercado e saber escolher a oferta mais

    adequada para cada caso.

    Analisar uma oferta comercial de acesso Internet

    As ofertas comerciais de acesso Internet so ricas em detalhes que

    tornam a informao demasiado confusa para a maioria dos utilizadores.

    Algumas dessas informaes variam tambm de acordo com a tecnologia

    de acesso e por isso, neste manual, no possvel abordar todas as

    combinaes possveis.

    No entanto, para exemplificar alguns dos detalhes a ter em ateno

    na anlise de uma oferta comercial, vamos utilizar como exemplo os

    Tarifrios Netboot TT - BANDA LARGA da Timor Telecom (tendo por

    referncia a oferta de Abril de 2012).

    Exemplo de oferta comercial da Timor Telecom em Abril de 2012 (retirado de http://www.telecom.tl/index.php?option=com_content&view=article&id=82%3Ainternet-banda-larga-netboot&catid=46&Itemid=49&lang=pt).

  • 20 | Fundamentos bsicos da Internet

    O que significa cada um destes valores?

    Velocidade de download - a velocidade mxima de acesso. Uma velocidade superior implica um servio mais caro.

    Velocidade de upload - como mencionado anteriormente, inferior velocidade de download e, neste caso,

    no varia entre os diferentes tarifrios.

    Trfego includo em GBytes - com este tarifrio o utilizador tem a possibilidade de consumir mensalmente

    informao at ao limite indicado. Aps esse limite, o trfego adicional cobrado parte. A empresa deve

    fornecer mecanismos que permitam ao cliente saber, em qualquer momento, qual o trfego mensal j

    consumido para evitar surpresas na conta a pagar.

    Preo modem normal ou wireless - para aderir ao tarifrio necessrio comprar o equipamento de acesso

    para ligar ao computador (um modem). O valor aqui indicado o custo do equipamento. Nesta oferta

    permitido optar por um modem normal ou por um modem que permite criar uma rede sem fios (Wireless ou

    Wi-Fi). Normalmente, no permitido utilizar um outro equipamento, mesmo que o cliente j possua um.

    Instalao/Ativao - para que o servio seja disponibilizado necessrio pagar um valor relativo aos custos de

    instalao e ativao do servio. A empresa tem que enviar tcnicos especializados ao local de instalao do servio.

    Preo por Mbyte adicional de trfego - apresenta os valores a pagar por cada MByte adicional de trfego. O

    valor a pagar depende da hora do dia em que a Internet utilizada, sendo mais barato no horrio noturno,

    depois das 22h.

    Mensalidade - valor que o cliente paga mensalmente pelo servio.

    Unidade de taxao - quando o cliente efetua uma ligao Internet, mesmo que seja apenas para ver algo

    muito rpido e desligar de seguida, o valor mnimo de trfego taxado de 1MByte.

    Custos de instalao/ativao e mensalidade da linha fixa - os valores apresentados anteriormente no

    incluem as despesas com a linha telefnica fixa. Este um servio de ADSL que s pode funcionar se o cliente

    tiver uma linha telefnica fixa. A mensalidade dessa linha fixa ter que continuar a ser paga e, caso o cliente

    ainda no tenha uma ligao deste tipo, ter que pagar tambm a sua instalao/ativao.

    EXERCCIO

    Qual ser a melhor oferta de servios de Internet para quem vive na rea da tua escola?

    Em grupo, comecem por especificar um perfil de utilizao de Internet, por exemplo, um utilizador que precisa estar

    ligado uma hora Internet todos os dias para consultar o correio eletrnico (cada grupo deve procurar um perfil

    diferente). Elaborem um estudo comparativo dos vrios servios de Internet que esto disponveis na rea e procurem

    identificar a soluo mais adequada para cada perfil.

  • Funcionamento da Internet | 21

    1.1.2. Servios da Internet

    A Internet uma rede de comunicao onde podemos encontrar um

    conjunto alargado de servios. Esses servios tm evoludo naturalmente

    ao longo do tempo. Enquanto novos servios vo surgindo e ganhando

    popularidade outros deixaram de ser utilizados.

    Os servios da Internet so os servios ou aplicaes que utilizam a Internet

    como rede de comunicao, atravs da utilizao base dos protocolos

    TCP/IP. Para que esses servios possam funcionar, cada um deles define o

    seu prprio protocolo que corre ao nvel da camada de aplicao.

    Ao longo deste manual iremos mencionar aqueles que so mais relevantes

    neste momento, nomeadamente:

    correio eletrnico (email);

    transferncia de ficheiros (FTP);

    World Wide Web (WWW ou Web);

    servios de comunicao sncrona.

    Correio eletrnico

    O correio eletrnico, tambm conhecido por email (acrnimo para

    electronic mail), foi um dos primeiros servios da Internet. Apesar da sua

    longa idade, ainda hoje um dos servios mais utilizados na Internet.

    O correio eletrnico um servio que permite enviar mensagens

    eletrnicas para um ou mais destinatrios. Independentemente da

    distncia a que se encontra o destinatrio, uma mensagem de correio

    eletrnico pode ser entregue em poucos segundos. Esta uma grande

    vantagem quando comparado com o correio postal tradicional.

    Cada mensagem constituda por um ttulo e o respetivo contedo.

    Tambm possvel anexar documentos (ficheiros de texto, fotografias,...)

    ao contedo de uma mensagem de correio eletrnico.

    Para enviar uma carta para uma pessoa necessrio conhecer a sua morada.

    Para enviar uma mensagem de correio eletrnico necessrio conhecer o

    endereo eletrnico do destinatrio. Estes endereos tm o formato:

    nome_utilizador@domnio

    O caracter @ (l-se arroba ou at) e serve para separar o nome

    do utilizador do domnio onde o seu endereo de correio eletrnico se

    encontra disponvel.

  • 22 | Fundamentos bsicos da Internet

    Eis exemplos de endereos de correio eletrnico e como devem ser lidos:

    1. [email protected] (l-se, Ramos at SAPO em Timor-Leste)

    2. [email protected] (l-se, Manuel Santos at Universidade de Aveiro

    em Portugal)

    No mesmo domnio no podem existir dois endereos de correio eletrnico

    com o mesmo nome de utilizador. Para alm das letras e nmeros, o nome

    de utilizador num endereo de correio eletrnico pode tambm conter os

    caracteres: _,- e ..

    As mensagens de correio eletrnico so enviadas e recebidas para

    computadores com software especfico para alojar este tipo de servio,

    que so designados por servidores de correio eletrnico. As mensagens

    recebidas ficam guardadas no servidor de correio eletrnico utilizado pelo

    destinatrio. Para enviar ou receber mensagens os utilizadores recorrem a

    aplicaes que podem instalar nos seus computadores e que se designam

    por programas/clientes de correio eletrnico.

    O envio de correio eletrnico processa-se, genericamente, do seguinte modo:

    1. O emissor escreve a mensagem num programa de correio eletrnico

    identificando o seu recetor;

    2. Quando o utilizador termina a mensagem, o programa de correio

    eletrnico envia um pedido para o servidor de correio electrnico do

    domnio do emissor;

    EMISSOR(A)

    RECETOR(B)

    1

    2

    3

    4

    5

    INTERNET

    Servidor de correio eletrnico onde A tem o seu endereo

    Servidor de correio eletrnico onde B tem o seu endereo

    Exemplo do funcionamento do envio de correio eletrnico.

  • Funcionamento da Internet | 23

    3. Esse servidor envia ento a mensagem para o servidor do domnio do

    recetor. A mensagem recebida e guardada para que o recetor a possa

    consultar;

    4. O recetor notificado no seu programa de correio electrnico que tem

    uma nova mensagem e essa mensagem passa a estar disponvel para ler

    no seu computador;

    5. O recetor l a mensagem e, se assim o desejar, pode responder ao

    emissor, iniciando o mesmo processo em sentido contrrio.

    Todos os endereos de correio eletrnico tm associada uma palavra-

    -passe que garante a privacidade das mensagens. Sem essa palavra-passe

    no possvel aceder s mensagens de um utilizador.

    Transferncia de ficheiros

    O servio de transferncia de ficheiros (FTP de File Transfer Protocol)

    foi criado para permitir aos utilizadores transferir ficheiros diretamente

    entre computadores. Tal como o correio eletrnico, foi um dos primeiros

    servios a ser disponibilizado na Internet.

    Embora seja possvel transferir ficheiros entre dois computadores

    pessoais, na maioria dos casos, a transferncia de ficheiros realizada

    atravs de um servidor capaz de responder a pedidos do protocolo FTP,

    designado por servidor de FTP.

    Um servidor de FTP tem normalmente um endereo do tipo ftp.domnio.

    Por exemplo, o servidor de FTP da Universidade de Aveiro tem o endereo:

    ftp.ua.pt

    Para enviar (upload) ou descarregar (download) ficheiros os utilizadores

    recorrerem a um tipo de software designado por cliente de FTP.

    As transferncias de ficheiros atravs de FTP realizam-se do seguinte modo:

    1. Num computador ligado Internet, atravs de um cliente de FTP, o

    utilizador envia (realiza o upload) os ficheiros do seu computador

    para o servidor de FTP. Esses ficheiros so guardados no disco duro do

    servidor de FTP e passam a estar disponveis para serem descarregados

    (download);

    2. Num qualquer computador (pode inclusivamente ser o mesmo) com

    um cliente de FTP, um utilizador pode aceder ao servidor de FTP e

    descarregar os ficheiros para guardar no seu computador.

  • 24 | Fundamentos bsicos da Internet

    O acesso a uma pasta do servidor de FTP pode ser protegido com uma

    palavra-passe. Desse modo, s utilizadores que a conheam que podem

    aceder aos ficheiros a partilhados.

    Atualmente existem outros tipos de servios de partilha de ficheiros que

    so mais fceis de utilizar e com funcionalidades mais avanadas do que

    aquelas suportadas pelo FTP. Normalmente esses servios tm aplicaes

    especficas que podemos instalar no nosso computador tornando muito

    simples o envio de ficheiros e a partilha com outros utilizadores.

    So exemplos desses servios:

    Dropbox (http://dropbox.com)

    Microsoft SkyDrive (http://skydrive.live.com/)

    Google Drive (http://drive.google.com/)

    Estes servios fornecem contas gratuitas a todos os utilizadores,

    permitindo a sua livre utilizao at um determinado limite de espao

    de armazenamento. Existem tambm outros servios que permitem

    transferir ficheiros exclusivamente atravs da Web como, por exemplo: o

    RapidShare (http://www.rapidshare.com) e o HotFile (http://hotfile.com).

    World Wide Web (WWW ou Web)

    No incio dos anos 90, Tim Berners-Lee, um investigador do CERN - The

    European Organization for Nuclear Research, apresentou a primeira

    verso funcional de um novo servio para a Internet, a World Wide Web

    (Web). Este novo servio tornou-se muito popular porque, em comparao

    com os anteriores, muito simples de utilizar e por isso mais acessvel

    para qualquer utilizador da Internet. A Web acabou por ser o servio que

    facilitou a enorme expanso e vulgarizao da Internet. Muitas vezes

    mesmo confundida como sendo a prpria Internet.

    1 2INTERNET

    Servidor de FTP

    Exemplo da partilha de ficheiros utilizando FTP.

  • Funcionamento da Internet | 25

    A web constituda, essencialmente, por um conjunto de pginas escritas

    ou baseadas numa linguagem prpria, o HTML - HyperText Markup

    Language. As pginas HTML encontram-se alojadas em servidores Web

    ligados Internet. Cada pgina escrita em HTML pode conter texto,

    imagens e outros recursos multimdia.

    Mas o mais revolucionrio nesta linguagem, e na Web em si, foi ter

    apresentado, pela primeira vez, um sistema de hipertexto ou hipermdia.

    Num sistema deste tipo, qualquer elemento da pgina (uma palavra no

    texto ou uma imagem, por exemplo) pode ligar para uma outra pgina

    Web. Essas ligaes so designadas por hyperlinks ou simplesmente

    links. Seguindo os diferentes links, o utilizador pode navegar muito

    facilmente entre pginas e procurar mais informao de acordo com as

    suas necessidades.

    Para aceder Web necessrio um software especfico designado por

    navegador da Web ou browser. Os navegadores so aplicaes que sabem

    comunicar utilizando o protocolo da web, o HTTP - HyperText Transfer

    Protocol. Quando o navegador recebe uma pgina na linguagem HTML,

    o cdigo em que foi escrita interpretado e apresentado utilizando

    uma interface grfica muito simples e intuitiva. Para navegar na Web o

    utilizador no tem que saber comandos complicados. Normalmente s

    precisa utilizar o rato e clicar nos links apresentados.

    Existem muitos navegadores Web e todos utilizam o protocolo HTTP. So

    aplicaes gratuitas e as mais utilizadas so o Internet Explorer, o Firefox

    e o Chrome.

    Para localizar uma pgina Web foi criado um novo tipo de endereo,

    designado por URL - Uniform Resource Locator. Um URL construdo do

    seguinte modo:

    protocolo://servidor/localizao

    Exemplo de um sistema de hipertexto baseado em pginas Web.

    Exemplos de navegadores Web: o Firefox e o Chrome.

  • 26 | Fundamentos bsicos da Internet

    O protocolo a parte do URL onde identificado o protocolo que deve

    ser utilizado para realizar o pedido. Normalmente o protocolo utilizado

    http porque esse o protocolo da Web. No entanto, um browser tambm

    pode ser utilizado para aceder a outros servios da Internet.

    O servidor e a localizao servem para identificar o domnio e a localizao

    do ficheiro pretendido dentro do respetivo servidor Web. Se no for

    indicada uma localizao e/ou o nome do ficheiro HTML, o servidor Web

    decide qual a pgina que deve devolver por defeito (automaticamente).

    Alguns exemplos de URL:

    http://timor-leste.gov.tl/

    http://www.nba.com/photos/index.html

    http://www.ionline.pt/artigos/iciencia

    De um modo resumido, podemos afirmar que a Web funciona do seguinte

    modo:

    1. O utilizador introduz um URL no navegador;

    2. O navegador analisa o URL e faz o pedido da pgina Web ao servidor

    Web onde se encontra alojada;

    3. O servidor Web recebe o pedido, procura a pgina no seu disco duro e

    envia-a na resposta ao pedido;

    4. O navegador recebe a pgina, interpreta o cdigo e mostra o resultado

    ao utilizador. Nessa pgina podem existir links que o utilizador pode

    clicar e, desse modo, efetuar um novo pedido para uma nova pgina.

    1

    23

    4

    Servidor de web

    INTERNET

    a.html

    info.html

    mapa.html

    O funcionamento da Web.

  • Funcionamento da Internet | 27

    Como vimos, a principal funo de um navegador web permitir

    a navegao na Web utilizando o protocolo HTTP. No entanto, os

    navegadores permitem tambm aceder a outros servios que utilizam

    outros protocolos. Por exemplo, aceder a um recurso disponvel num

    servidor de FTP. Nesse caso, o URL deve comear por ftp://...

    Servios de comunicao sncrona

    Os servios inicialmente disponibilizados para a Internet no possibilitavam

    a comunicao sncrona, ou seja, uma comunicao em direto entre emissor

    e recetor como, por exemplo, fazemos quando falamos ao telefone.

    No entanto, ao longo da evoluo da Internet fomos assistindo ao

    aparecimento de servios que permitem a comunicao sncrona

    utilizando texto, udio e vdeo.

    Os servios de comunicao sncrona por texto (tambm designados

    por chat ou IM - Instant Messaging) foram os primeiros a serem

    disponibilizados porque so mais simples de implementar, exigem menos

    recursos computacionais e podem funcionar mesmo com velocidades

    lentas de acesso Internet. So aplicaes que permitem a dois ou mais

    utilizadores partilharem uma conversa onde todos tm a possibilidade

    de escrever pequenas mensagens de texto. As mensagens escritas ficam

    visveis para todos os utilizadores ligados a essa conversa. Exemplos deste

    tipo de aplicaes so o MSN da Microsoft, o Google Talk e o Skype.

    Com o avanar da tecnologia foi possvel adicionar aos servios anteriores

    a possibilidade de comunicao sncrona por udio. Com estes servios

    Exemplo de acesso FTP atravs de um navegador Web.

  • 28 | Fundamentos bsicos da Internet

    possvel conversar atravs da Internet como fazemos com um telefone.

    Mais recentemente vulgarizou-se a utilizao de comunicao sncrona

    por vdeo. Estas aplicaes so mais exigentes do ponto de vista de

    requisitos computacionais, muito embora qualquer computador

    atual tenha a capacidade de as executar. No entanto, as exigncias

    de velocidade de Internet so tambm elevadas e, dependendo das

    condies de ligao Internet, pode no ser simples conseguir efetuar

    uma ligao nas melhores condies. Com as aplicaes de comunicao

    sncrona por vdeo possvel conversar com um ou mais utilizadores em

    simultneo onde, para alm do udio, possvel ver em tempo-real os

    outros participantes. Dadas as exigncias deste tipo de aplicaes, muitas

    optam por apenas mostrar a imagem do utilizador que est a falar num

    determinado momento.

    Na parte 1.3 deste manual vamos mostrar algumas das aplicaes mais

    conhecidas e como que podem ser utilizadas. O Google Talk ser uma das

    aplicaes a explorar, permitindo a comunicao por texto, udio e vdeo.

    Este tipo de aplicao tem normalmente protocolos especficos que

    correm ao nvel da camada de aplicao. Mesmo para uma comunicao

    sncrona por texto existem diferentes protocolos que so utilizados por

    diferentes aplicaes.

    Exemplo de uma comunicao com vdeo utilizando a aplicao Skype.

  • Servios fundamentais | 29

    1.2. Servios fundamentais

    Na seco anterior foi explicado o funcionamento da Internet e foram

    apresentados alguns dos servios fundamentais que necessrio

    conhecer para usufruir das potencialidades que a Internet tem para

    nos oferecer. As restantes seces desta Unidade Temtica 1 tm como

    objetivo aprofundar alguns conceitos sobre os servios fundamentais da

    Internet e demonstrar as aplicaes e os passos necessrios para que

    possam ser utilizados.

    No final desta seco j sers capaz de utilizar a tua conta de correio

    eletrnico e navegar e pesquisar na Web!

    1.2.1. Correio eletrnico

    Caratersticas e funcionalidades

    Como vimos anteriormente, o servio de correio eletrnico foi um dos

    primeiros servios da Internet e ainda hoje um dos mais utilizados. um

    servio que permite enviar e receber mensagens eletrnicas entre

    utilizadores.

    O @, introduzido pelo correio eletrnico, tornou-se num dos principais smbolos da Internet .

  • 30 | Fundamentos bsicos da Internet

    Para ter acesso ao servio de correio eletrnico necessrio ter uma conta

    ou caixa de correio associada a um endereo de correio eletrnico (email).

    Estas contas tm que ser criadas num fornecedor de servio de correio

    eletrnico. Estes fornecedores possuem servidores permanentemente

    ligados Internet, com capacidades de disponibilizar o servio a muitos

    utilizadores. Um grande fornecedor pode alojar dezenas ou centenas de

    milhes de contas de correio eletrnico.

    Existem dois tipos distintos de fornecedores de servio de correio

    eletrnico.

    institucionais: que gerem os seus prprios servidores e fornecem o

    servio aos seus colaboradores. Por exemplo, o Governo de Timor

    Leste tem um servio prprio de correio eletrnico. Os membros

    do governo, e dos vrios ministrios, podem, desse modo, usufruir

    gratuitamente de uma conta do tipo [email protected]

    (exemplo de conta do ministrio da justia). A disponibilizao de

    um servio de correio eletrnico implica alguns custos de instalao

    e manuteno. No entanto, tem algumas vantagens ao nvel da

    privacidade da informao, segurana e ausncia de publicidade;

    empresariais: que oferecem servios gratuitos que permitem, a

    qualquer utilizador, criar livremente um ou mais endereos. Estes

    servios so hoje muito utilizados e permitem usufruir de um servio

    de muito boa qualidade. Nestes casos, para que as empresas possam

    ganhar dinheiro para manter o servio gratuito, so adicionados

    mecanismos de publicidade, que o utilizador recebe quando navega

    nas pginas Web do servio ou junto com as suas mensagens de

    correio eletrnico.

    Uma das principais caratersticas de um servio de correio eletrnico

    o espao de armazenamento que disponibilizado a cada utilizador.

    Este espao necessrio para guardar as mensagens recebidas. Outra

    caraterstica, embora menos importante, a dimenso mxima das

    mensagens que um utilizador pode enviar e receber. Como iremos ver

    de seguida, uma mensagem de correio eletrnico pode incluir (anexar

    o termo utilizado nestas situaes) ficheiros de larga dimenso e por isso

    necessrio ter em ateno o limite mximo por mensagem. A tabela

    seguinte permite comparar as caratersticas de alguns fornecedores de

    correio eletrnico comerciais.

  • Servios fundamentais | 31

    Servio de correio eletrnico Domnio Caratersticas Localizao

    Google Mail (gmail) @gmail.com+ de 10GB de espao

    25MB por mensagemhttp://mail.google.com

    Windows Live [email protected]

    @live.com

    Sem limite de espao

    100MB por mensagemhttps://login.live.com

    Yahoo! Mail @yahoo.comSem limite de espao

    25MB por mensagemhttp://mail.yahoo.com

    SAPO Timor Mail @sapo.tl10GB de espao

    20MB por mensagemhttp://mail.sapo.tl

    Tipos de acesso: Webmail e aplicaes cliente

    O servio de correio eletrnico utiliza um protocolo especfico designado

    por SMTP - Simple Mail Transfer Protocol. Para que seja possvel enviar

    mensagens necessrio ter uma aplicao que compreenda essa

    linguagem. Existem dois tipos de aplicaes distintas que iremos analisar:

    aplicaes cliente e webmail.

    Uma aplicao cliente de correio eletrnico um programa para instalar

    Principais caratersticas de alguns servios gratuitos de correio eletrnico (Abril 2012).

    Nota

    O servio SAPO Timor Mail disponibiliza uma interface em Portugus e Tetum e permite criar endereos num domnio terminado em .tl.

    Pginas iniciais de alguns servios gratuitos de correio eletrnico.

  • 32 | Fundamentos bsicos da Internet

    no computador. Aps uma fase inicial de configurao da aplicao a sua

    utilizao torna-se muito simples e permite gerir, num nico local, uma

    ou vrias contas de correio eletrnico. As aplicaes disponveis variam,

    dependendo do sistema operativo que o utilizador tem. Por exemplo, a

    maioria dos utilizadores do Microsoft Windows utiliza, normalmente, o

    Microsoft Office Outlook ou o Microsoft Outlook Express. Os utilizadores

    de Mac OS X normalmente utilizam a aplicao nativa de Mail. Os

    utilizadores de Linux utilizam aplicaes mais variadas, nomeadamente:

    o Evolution (instalado por defeito no Edubuntu), o KMail e o Mozilla

    Thunderbird. O Mozilla Thunderbird uma aplicao gratuita que se

    encontra disponvel para qualquer um dos trs sistemas operativos

    mencionados anteriormente.

    Estas aplicaes tm como principal vantagem permitirem que as

    mensagens fiquem tambm guardadas no computador pessoal.

    Mesmo sem acesso Internet possvel ver as mensagens recebidas

    anteriormente. Outra caraterstica relevante o facto de permitirem enviar e

    receber mensagens de diferentes contas a partir de uma nica aplicao. Esta

    uma funcionalidade importante quando, por exemplo, um utilizador tem

    uma conta de correio eletrnico pessoal e outra profissional, i.e., relacionada

    com o seu trabalho. No entanto, estas aplicaes tm a desvantagem de

    estarem apenas disponveis e configuradas no computador que utilizamos

    habitualmente, no permitindo, de forma fcil, aceder s mensagens noutros

    computadores. Por exemplo, num computador de um Internet Caf pode

    existir uma aplicao de correio eletrnico mas ela no est configurada com

    os dados da nossa conta. No muito prtico e seguro estar a configurar uma

    aplicao sempre que acedemos a um novo computador.

    Exemplo de uma aplicao cliente de correio eletrnico, o Mozilla Thunderbird a correr em Mac OS X.

  • Servios fundamentais | 33

    Com o crescimento da Web surgiu um novo tipo de aplicao de correio

    eletrnico, designado por webmail. Neste tipo de servio, a partir de uma

    simples pgina Web, possvel realizar as mesmas operaes de consulta

    e envio de correio eletrnico disponibilizadas por uma aplicao cliente.

    Atravs de webmail possvel utilizar o servio de correio eletrnico a

    partir de qualquer computador ligado Internet. O utilizador s precisa

    de um navegador Web, introduzir o URL do seu servio e preencher um

    pequeno formulrio com o seu endereo de correio eletrnico e respetiva

    palavra-passe. Estas aplicaes so muito interessantes para quem no

    acede Internet sempre a partir do mesmo computador. No entanto, tm

    a desvantagem de necessitarem sempre de acesso Internet, mesmo que

    seja apenas para ver mensagens antigas.

    Atualmente, as aplicaes de correio eletrnico disponibilizam tambm

    algumas funcionalidades adicionais. Por exemplo, normal terem um gestor

    de contatos que permite guardar os nossos contatos, incluindo o nome,

    endereo de correio eletrnico e telefone. Esta funcionalidade muito

    interessante porque a informao necessria para enviar uma mensagem a

    algum fica armazenada e facilmente acessvel a partir da aplicao. Deste

    modo, no temos que memorizar os endereos dos nosso contatos. Tambm

    normal as aplicaes disponibilizarem um calendrio onde podemos

    marcar as diferentes atividades que iremos ter ao longo dos prximos dias,

    por exemplo, marcar as datas das provas de avaliao na escola.

    Um servio adicional muito importante a possibilidade de ativar filtros

    de anti-SPAM. As mensagens eletrnicas de SPAM so mensagens que

    recebemos no nosso correio eletrnico sem as termos solicitado.

    Exemplo de aplicao de webmail, o Yahoo! Mail.

  • 34 | Fundamentos bsicos da Internet

    So exemplo de SPAM mensagens com publicidade, mensagens que

    procuram obter dados pessoais para uma possvel utilizao maliciosa

    ou mesmo mensagens com vrus. Com um filtro de anti-SPAM, o servio

    de correio eletrnico analisa todas as mensagens que recebemos e caso

    considere que uma mensagem SPAM coloca-a numa caixa especial com

    o nome SPAM, JUNK, LIXO ou Correio recebido no solicitado.

    1.2.2. Introduo a uma aplicao de correio eletrnico

    Para criar a conta de correio eletrnico vamos utilizar o servio Google

    Mail (gmail). Por parte dos autores deste manual no h uma preferncia

    especial por qualquer um dos servios apresentados anteriormente. No

    entanto, em alguns exerccios posteriores deste manual e do 12 ano,

    sero introduzidos servios que sero mais simples de utilizar tendo uma

    conta do gmail. Por esse motivo, a escolha recaiu pelo gmail. No entanto,

    podes experimentar aceder aos vrios servios apresentados, criar uma

    conta e descobrir aquele que mais do teu agrado.

    Criao de contas

    Para criar uma conta no gmail vamos utilizar um navegador Web (na

    prxima seco iremos explicar melhor a utilizao deste tipo de

    aplicaes). Se ests a utilizar o Edubuntu ento o navegador que vem por

    defeito no sistema operativo o Mozilla Firefox.

    Mais informao

    Apesar de se poder consultar as mensagens dessa caixa, na maioria

    dos casos o melhor deixar apenas as mensagens por l e no as abrir.

    i

    EXERCCIO PRTICO

    Para criares a tua conta de correio eletrnico executa os seguintes passos:

    1. Abre o navegador Web e introduz o URL http://mail.google.com. Vai at ao final da pgina e altera a interface

    para a lngua Portuguesa. S tens que abrir o menu e escolher a opo Portugus (Portugal).

    Pgina de entrada do servio de mail do Google.

  • Servios fundamentais | 35

    2. Para avanar com a criao da tua primeira conta clica no boto CRIAR UMA CONTA;

    Para criar uma conta no google vais ter que seguir 3 passos. O primeiro passo o formulrio para

    introduzires os teus dados pessoais e escolheres o teu endereo de correio eletrnico. Preenche os dados

    de acordo com as seguintes indicaes:

    Nome: o teu nome e apelido;

    Escolha o seu nome de utilizador: escrever o endereo de correio

    eletrnico que desejares, do tipo [email protected].

    Pode ser necessrio fazer algumas tentativas at encontrares o

    nome de utilizador que pretendes disponvel, ou seja, que ainda

    no tenha sido utilizado por outra pessoa;

    Criar uma palavra-passe: introduzir um conjunto de letras e

    nmeros que s tu deves conhecer. Esta palavra vai ser o teu

    segredo para garantir que s tu consegues entrar na tua conta

    de correio eletrnico. Evita criar uma palavra-passe que possa

    ser descoberta facilmente por outros utilizadores, por exemplo,

    no utilizes o teu nome ou sequncias de teclas do tipo 12345;

    Confirmar palavra-passe: introduzir a mesma palavra do campo

    anterior. Nesta fase muito importante garantires que no vais

    esquecer esta palavra. Talvez seja melhor escreveres a palavra

    num caderno pessoal;

    Data de nascimento e Sexo: preencher com os teus dados pessoais;

    Telemvel: no obrigatrio preencher e por isso podes deixar

    em branco;

    Outro endereo de e-mail: se tiveres outro endereo de correio

    eletrnico podes coloc-lo neste campo. Este endereo ser

    utilizado para te ajudar a recuperar a palavra-passe, caso venha

    a ser necessrio. Mas no obrigatrio preencher;

    Prove que no um rob: esta uma proteo utilizada pelos

    servios online para garantir que so pessoas que esto a criar

    uma nova conta e no um programa informtico. Tens que

    identificar as letras e nmeros que aparecem na imagem e escrev-los no campo indicado. Se estiveres

    com dificuldades em interpretar a imagem podes utilizar os elementos de ajuda que so disponibilizados

    nessa caixa;

    Localizao: procura e escolhe Timor-Leste.

    Clica no quadrado junto ao texto que diz que concordas com os termos de utilizao e com a poltica de

    privacidade da Google. Sem concordares com esses termos no possvel criar a conta;

    Avana para o passo seguinte!

    Formulrio para criao de conta.

  • 36 | Fundamentos bsicos da Internet

    3. O segundo passo a construo de um perfil que ficar associado a todos os servios que venhas a utilizar do

    Google. Se quiseres, podes escolher uma fotografia tua para associar a esse perfil. Mas podes avanar para o

    passo seguinte sem preencher esta parte;

    4. O terceiro passo s para informar que a conta foi criada e j pode ser utilizada. Segue o link Continuar para gmail;

    5. Parabns! Agora j tens uma conta de correio eletrnico do gmail!

    Ao entrares na tua pgina do gmail ests na interface webmail do servio. A partir desta pgina podes realizar

    todas as operaes de envio e recepo de mensagens de correio eletrnico. A seguir vamos abordar as principais

    operaes e aprender a realizar essas operaes.

    A interface de webmail do Google Mail.

    Configurao de contas numa aplicao cliente

    Embora as interfaces webmail sejam normalmente muito interessantes,

    um utilizador pode desejar aceder sua conta atravs de uma aplicao

    cliente de correio eletrnico, nomeadamente se tiver um computador que,

    normalmente, apenas ele utiliza. No caso do Edubuntu, a aplicao por

    defeito o Evolution e, por esse motivo, ser a utilizada para demonstrar

    esta funcionalidade.

    No Edubuntu, para abrir o Evolution necessrio aceder ao menu

    Aplicaes -> Escritrio -> Email e calendrio Evolution.

  • Servios fundamentais | 37

    O primeiro e fundamental passo ao configurar uma aplicao cliente de

    correio eletrnico associar-lhe uma conta.

    Para adicionar uma nova conta ao Evolution (por exemplo uma conta de

    gmail, como a que criaste no exerccio da seco anterior) os passos so:

    1. Aceder ao menu da aplicao Editar -> Preferncias e na janela de

    Preferncias escolher Adicionar. O assistente de contas do Evolution

    ativado e ir assistir no processo de criao de uma conta;

    A janela de preferncia do Evolution.

    A interface do Evolution sem contas de correio associadas.

  • 38 | Fundamentos bsicos da Internet

    2. O primeiro passo do Assistente refere-se s opes

    de Identidade. neste ponto que se indicam os

    dados pessoais como o nome e o endereo de

    correio eletrnico (como o do gmail);

    3. No passo seguinte A receber mensagens so

    introduzidas as definies do servidor de correio

    eletrnico associadas conta. Este quadro apresenta

    algumas questes mais tcnicas que no relevante

    explorar porque a maioria das aplicaes cliente

    conseguem preencher estes dados automaticamente

    a partir do endereo introduzido no passo anterior. O protocolo IMAP surge automaticamente selecionado para

    uma conta do gmail e a opo mais adequada para este tipo de contas. Com este protocolo, tudo o que fazemos

    na aplicao cliente e na interface webmail automaticamente sincronizado e todas as nossas mensagens so

    mantidas no servidor para que possam ser consultadas a partir de qualquer lado.

    Configurao de protocolo de acesso conta de correio eletrnico.

    4. Nas Opes de receo, definir o modo como a

    aplicao cliente dialoga com o servidor de correio

    eletrnico. A nica sugesto de alterao que deves

    ter em ateno a opo para verificar

    automaticamente se existem novas mensagens no

    servidor. Esta opo muito til mas tambm pode

    implicar um maior consumo de trfego de dados da

    Internet porque a aplicao estar a verificar

    periodicamente se h novas mensagens para

    descarregar. Se essa opo no for selecionada, o

    Evolution tem um boto Enviar / Receber que

    permite fazer essa verificao manualmente;

    Opes de recepo de mensagens no Evolution.

    Identidade de conta no Evolution.

  • Servios fundamentais | 39

    5. As opes de enviar mensagem do quadro seguinte

    tambm aparecem preenchidas por defeito.

    Nesta configurao (ver figura) indica-se que so

    utilizados os servidores do gmail sempre que

    que se enviar uma nova mensagem. necessrio

    efetuar uma alterao na rea de configurao de

    servidor. A opo Servidor requer autenticao

    tem que ser selecionada para que o gmail permita

    que as nossas mensagens sejam enviadas;

    6. Como passo final na configurao, surge o quadro

    Gesto de contas. Este quadro serve apenas para

    decidir como que esta conta vai ser identificada

    na interface do Evolution. Normalmente utilizado

    o valor que aparece j preenchido. Avana esses passos e clica no

    boto final Aplicar.

    Depois deste passo final a conta de correio eletrnico j est associada ao

    Evolution! Para que a aplicao possa ter acesso conta de correio

    eletrnico ser necessrio fornecer a palavra-passe.

    No final o Evolution apresenta na barra lateral esquerda a conta de correio

    eletrnico que foi configurada.

    Introduo de palavra-senha no Evolution.

    Opes para envio de mensagens no Evolution.

    Dica

    Se o computador que se estiver a utilizar for pessoal e s o prprio utilizador aceder ao Evolution ento deve ser escolhida a opo Recordar esta senha. Se o computador for utilizado por mais pessoas no deve ser escolhida essa opo porque, desse modo, qualquer pessoa que utilize esse computador vai passar a ter acesso a essa conta de correio eletrnico.

  • 40 | Fundamentos bsicos da Internet

    Para consultar as mensagens que foram enviadas para essa conta bastar

    abrir a Caixa de Entrada. Para uma nova conta, normal encontrar algumas

    mensagens de boas vindas enviadas pelo servio de correio eletrnico.

    Para ver o contedo de uma mensagem muito simples. Basta clicar numa

    mensagem na rea do lado direito em que aparecem as vrias mensagens listadas.

    Repara que na listagem de mensagens, uma mensagem que j foi lida deixa de

    aparecer a negrito. Este um comportamento que vais encontrar na maioria

    das aplicaes de correio eletrnico e serve para nos ajudar a identificar quais as

    mensagens que j foram lidas.

    A caixa de entrada no Evolution.

    Visualizar uma mensagem no Evolution.

    EXERCCIOConfigura no teu computador a tua conta de gmail que criaste no exerccio anterior de acordo com os passos que

    acabmos de apresentar.

  • Servios fundamentais | 41

    Envio de correio eletrnico

    Uma mensagem eletrnica

    constituda por alguns campos que

    so iguais em todas as aplicaes de

    correio. Esses campos so definidos

    pelo prprio protocolo do SMTP.

    Por este motivo, todas as aplicaes

    de correio eletrnico so bastante

    semelhantes (aplicaes clientes

    ou baseadas na Web) e, sabendo

    utilizar uma aplicao, no ser

    difcil utilizar uma outra qualquer.

    Uma mensagem de correio

    eletrnico constituda pelos

    seguintes elementos:

    1. Para (To em ingls): campo

    utilizado para identificar o

    destinatrio da mensagem. Deve

    ser preenchido com o endereo

    de correio eletrnico do respetivo destinatrio. A mensagem pode tambm ser enviada para vrios destinatrios.

    Nesse caso, os endereos de correio eletrnico devem ser separados por vrgula ,;

    2. Cc (do ingls Carbon Copy, que significa cpia do original): funciona do mesmo modo do campo Para mas

    tem um significado diferente. Ao colocar um destinatrio em Cc estamos a enviar-lhe a mensagem para lhe dar

    conhecimento. Normalmente no esperamos uma reao nossa mensagem por parte dos destinatrios em Cc;

    3. Bcc (do ingls Blind Carbon Copy): campo utilizado para dar conhecimento em segredo de uma mensagem. Os

    destinatrios em Bcc recebem a mensagem mas os outros destinatrios no tm qualquer indicao que essa

    cpia foi enviada para essas pessoas;

    4. Assunto (Subject em ingls): funciona como o ttulo da mensagem e nele devemos indicar o assunto da nossa

    mensagem. Nas aplicaes de email as mensagens recebidas so identificadas pelo seu autor e assunto. por

    isso importante que todas as mensagens tenham um assunto que ajude o destinatrio a rapidamente perceber

    o assunto tratado na mensagem;

    5. Corpo (Body em ingls): o campo de maiores dimenses e onde deve ser inserido o texto da nossa mensagem;

    6. Anexos (Attachments em ingls): o corpo de uma mensagem constitudo apenas por texto. No entanto,

    possvel anexar documentos a uma mensagem, por exemplo, um documento pdf ou um conjunto de fotografias.

    necessrio ter em ateno o limite mximo da mensagem de acordo com o servio de correio eletrnico que

    est a ser utilizado. Por exemplo, no possvel enviar em anexo um vdeo com 200MB de tamanho.

    Partes fundamentais de uma mensagem de correio eletrnico.

  • 42 | Fundamentos bsicos da Internet

    No Evolution, para escrever uma nova mensagem podes

    utilizar um dos seguintes modos:

    menu Ficheiro -> Novo -> Mensagem de email

    boto na barra de topo Novo -> Mensagem de

    email

    Na janela de envio de uma mensagem encontram-

    -se disponveis todos os campos mencionados

    anteriormente. Depois de devidamente preenchidos

    os campos obrigatrios (Para, Assunto e Corpo)

    a mensagem pode ser enviada para os destinatrios

    clicando no boto Enviar.

    Para ajudar a escrever o texto da mensagem esto disponveis vrias

    ferramentas j analisadas nas aplicaes de produtividade abordadas no

    manual do 10 ano. Por exemplo, possvel copiar e colar texto, alterar o

    alinhamento do pargrafo e alterar o estilo do texto.

    Ao enviar uma mensagem a partir da interface de webmail do gmail vais

    encontrar um conjunto de opes muito semelhantes. A diferena mais

    visvel na designao utilizada para escrever uma nova mensagem que,

    neste caso, se chama Compor.

    Interface para envio de nova mensagem no gmail.

    Desafio

    Explora a interface do gmail e verifica se consegues identificar todos os

    elementos de uma mensagem de correio eletrnico. Alguns campos podem aparecer, por defeito, escondidos.

    !

    Janela para envio de nova mensagem no Evolution.

  • Servios fundamentais | 43

    Receo de correio eletrnico

    Quando uma mensagem recebida, depois de devidamente lida, podemos

    realizar as seguintes tarefas:

    responder mensagem;

    reencaminhar a mensagem para outros destinatrios;

    apagar a mensagem;

    guardar a mensagem numa caixa.

    Responder a uma mensagem

    O correio eletrnico um servio de comunicao. , por isso, muito natural

    que os utilizadores tenham necessidade de responder s mensagens

    recebidas. Os servios de correio eletrnico disponibilizam funcionalidades

    que permitem responder a uma mensagem de um modo muitos simples:

    Responder (Reply em ingls) - permite responder diretamente ao

    remetente da mensagem. A aplicao cria automaticamente uma nova

    mensagem em que o destinatrio a pessoa que enviou a mensagem

    inicial. Para facilitar a comunicao uma cpia do texto da mensagem

    anterior inserida, por defeito, no corpo da nova mensagem;

    Responder a todos (Reply to all em ingls) - funciona do mesmo modo

    que o responder mas a nova mensagem ser enviada para todos os

    destinatrios da mensagem original.

    Reencaminhar a mensagem para outros destinatrios

    Quando recebemos uma mensagem, por vezes pretendemos dar

    conhecimento desse assunto a outras pessoas e, por isso, temos a

    necessidade de a reencaminhar para outros destinatrios. As aplicaes de

    correio eletrnico tm, por defeito, uma funcionalidade de reencaminhar

    (Forward em ingls) uma mensagem. Quando essa opo selecionada

    a aplicao cria uma nova mensagem copiando o assunto e o corpo. O

    campo Para fica vazio para que seja indicado o novo destinatrio.

    Mais informao

    As mensagens, tal como qualquer outro documento de texto, podem ser imprimidas. Mas deves ponderar sempre se vale realmente a pena imprimir uma mensagem de correio eletrnico. As mensagens ficam guardadas na tua conta e por isso, na maioria das situaes, no deves precisar de uma cpia em papel. Para imprimir acede ao menu Ficheiro -> Imprimir...

    i

    Nota

    Antes de reencaminhares uma mensagem deves ponderar se o seu autor no poder ficar incomodado com essa partilha. Se tens dvidas, no reencaminhes uma mensagem sem o consentimento do autor.

    Dica

    Ao receberes uma mensagem, se tens dvida sobre o seu contedo e no conheces quem a enviou poder ser mais seguro apag-la.

    ------------------------------------------------------

    No Evolution, clicando com o boto direito em cima do nome ou endereo de algum que te enviou uma mensagem podes facilmente adicionar essa pessoa tua lista de endereos ou contactos. Desse modo, no futuro ser muito mais simples enviar uma nova mensagem para esse contacto.

  • 44 | Fundamentos bsicos da Internet

    Apagar uma mensagem

    As mensagens podem ser apagadas atravs dos elementos de interface

    da aplicao ou atravs das teclas de apagar do teclado. No entanto,

    muitas das vezes as mensagens no so apagadas. Manter as mensagens

    recebidas e enviadas na nossa conta permite que noutra altura qualquer

    elas possam ser recuperadas. Hoje em dia existem servios de correio

    eletrnico que disponibilizam imenso espao para armazenamento de

    mensagens no sendo, por isso, necessrio estar com a preocupao de

    apagar as menos relevantes.

    Guardar uma mensagem

    Como vimos, por defeito, as mensagens de correio eletrnico so recebidas

    numa pasta designada por Caixa de Entrada (Inbox em ingls).

    No entanto, uma conta de correio eletrnico permite criar pastas e

    subpastas para organizar as mensagens recebidas. Em alguns sistemas

    as pastas so designadas por caixas. Essas pastas funcionam como as

    pastas criadas no disco duro de um computador local. Depois de criadas

    as pastas, as mensagens podem ser movidas para a pasta mais indicada e,

    desse modo, serem mais facilmente encontradas no futuro. As pastas

    necessrias dependem muito da organizao de cada utilizador mas no

    aconselhvel deixar todas as mensagens recebidas na Caixa de Entrada.

    Uma Caixa de entrada com centenas ou milhares de mensagens pode

    tornar o acesso ao correio eletrnico bastante mais lento e difcil de gerir.

    No Evolution, para criar uma nova pasta necessrio clicar com o boto

    direito do rato em cima do nome da conta. Para criar uma subpasta dentro

    de uma pasta j existente necessrio clicar com o boto direito do rato

    em cima do nome dessa pasta.

    No Evolution, as mensagens podem ser movidas para uma pasta atravs

    dos modos ilustrados nas imagens seguintes.

    Pastas criadas por defeito com uma conta de gmail no Evolution.

    Interface para criar uma nova pasta atravs do Evolution.

  • Servios fundamentais | 45

    Mover mensagem atravs do menu de opes da mensagem.

    Mover mensagem arrastando para dentro de uma pasta.

    Mais informao

    As mensagens enviadas so automaticamente guardadas numa pasta especial normalmente designada por Correio enviado ou Mensagens enviadas (Sent em ingls). Essa caixa acessvel como qualquer outra caixa de correio.

    i

  • 46 | Fundamentos bsicos da Internet

    EXERCCIO

    Seguindo as instrues do teu professor relativamente aos servios e aplicaes a utilizar, executa as seguintes

    tarefas:

    1. Envia uma mensagem para o teu professor escrevendo no assunto Dados de: seguido do teu primeiro

    e ltimo nome, por exemplo, Dados de: Manuel Costa. No corpo da mensagem escreve a tua data de

    nascimento e morada;

    2. Quando receberes a resposta do teu professor deves responder novamente agradecendo a resposta;

    3. Envia uma nova mensagem para dois ou trs colegas da turma. Nessa mensagem deves incluir alguma

    informao sobre a tua localidade e colocar como anexo uma fotografia desse local;

    4. Se receberes uma mensagem de um colega, responde;

    5. Cria uma pasta com o nome Turma e move para l todas as mensagens recebidas do teu professor ou de

    outros alunos da turma;

    6. Conheces algum que viva noutra cidade ou fora de Timor e que tenha uma conta de correio eletrnico? Se

    sim, surpreende essa pessoa enviando-lhe uma mensagem a informar que agora j podem conversar mais

    vezes porque j tens e sabes utilizar o correio eletrnico!

    1.2.3. World Wide Web

    Como vimos anteriormente, a World Wide Web o servio mais conhecido

    da Internet e pode mesmo ser considerado o grande responsvel pela sua

    massificao. Antes da Web, a Internet era essencialmente um espao

    para investigadores e outras pessoas com bons conhecimentos na rea

    da informtica. A interao com os servios era essencialmente atravs

    da insero de comandos em consolas de texto. Este tipo de interface

    representava uma grande barreira para o utilizador comum.

    A Web introduziu duas grandes novidades:

    uma forma de interagir muito simples a partir de um novo tipo de

    aplicao designada por navegador Web;

    a navegao na informao atravs de um novo modelo de organizao

    de informao designado por hipertexto.

    O hipertexto

    A principal caraterstica de um documento escrito em hipertexto o facto

    de permitir que o texto possa conter ligaes (hyperlinks ou links) para

    outros documentos a que os utilizadores podem facilmente aceder atravs

    de um simples clique do rato ou do pressionar de uma tecla. Na realidade,

    o hipertexto pode conter mais do que texto. Tambm possvel incluir no

    Nota

    Os tipos de interface foram estudados no manual do 10 ano.

  • Servios fundamentais | 47

    documento tabelas, imagens e vdeos. Cada um desses elementos pode

    tambm conter ligaes para outros documentos ou elementos. Quando

    os documentos e links incluem mais do que texto, ser mais correto falar

    de hipermdia, embora, hoje em dia, o termo hipertexto seja entendido

    como podendo envolver todos esses tipos de elementos.

    Os documentos de hipertexto so fceis de utilizar e permitem partilhar e

    organizar a informao de um modo muito simples.

    Antes da Web j existia o conceito de hipertexto. Por exemplo, foram

    realizadas experincias na escrita de livros que continham ligaes

    entre pginas e permitiam realizar uma leitura no-linear de uma histria.

    Tambm foram desenvolvidas aplicaes informticas que permitiam

    organizar contedos existentes no computador navegando entre eles

    atravs de hipertexto. No entanto, a Web foi a primeira tecnologia a

    vulgarizar este conceito, usufruindo da grande vantagem de funcionar

    sobre a Internet. Com a Web, as ligaes existentes nos nossos documentos

    de hipertexto podem apontar para qualquer outro documento, seja ele

    nosso, ou de uma outra pessoa qualquer. Desde que um documento

    esteja publicado na Web ele pode ser ligado a partir de qualquer outro

    documento da Web. Neste cenrio de ligao sem limites a outros

    documentos, o conceito de hipertexto torna-se muito mais poderoso do

    que a simples organizao local de contedos. Se uma informao precisa

    de ser explorada em mais detalhe no obrigatrio escrever sobre ela.

    Podemos encontrar um bom recurso j existente na Web e colocar uma

    ligao para esse contedo.

    Aplicaes de navegao na WWW

    Como vimos anteriormente, para navegar na Web necessrio dispor

    de uma aplicao informtica designada por Navegador Web. O primeiro

    navegador Web foi inventado em 1990 por Tim Berners-Lee, tambm

    criador da Web. Era chamado WorldWideWeb (sem espaos) e mais tarde

    foi designado por Nexus.

    Curiosidade

    O HyperCard da Apple Computer, Inc. foi lanado em 1987 e foi das primeiras aplicaes a apresentar comercialmente o conceito de hipermdia.

    ?

    Representao visual de documentos ligados por hipertexto.

  • 48 | Fundamentos bsicos da Internet

    Em 1993 foi lanado o navegador NCSA Mosaic. Este foi, na realidade, o

    primeiro navegador com uma interface visual fcil de utilizar, sendo o

    grande responsvel pela exploso inicial da Web.

    WorldWideWeb, o primeiro navegador Web.

    NSCA Mosaic, o primeiro navegador com uma interface visual.

  • Servios fundamentais | 49

    Inspirado no Mosaic, em 1994 foi lanado o Netscape Navigator que foi

    o navegador mais utilizado at ao Internet Explorer (lanado em 1995),

    alguns anos mais tarde, ter ocupado esse lugar. Durante muito tempo o

    Internet Explorer foi a aplicao dominante no acesso Web.

    Atualmente existem dezenas de navegadores para os diferentes sistemas

    operativos. Os mais relevantes so os seguintes:

    Nome Empresa Observaes URLInternet

    ExplorerMicrosoft

    Navegador por defeito dos sistemas operativos

    Windows.

    http://windows.microsoft.com/en-us/

    internet-explorer/products/ie/home

    Firefox Mozilla

    Nasceu a partir do Netscape Navigator.

    Navegador por defeito de muitos sistemas Linux

    e um dos navegadores mais utilizados.

    http://www.mozilla.org/en-US/firefox/new/

    Chrome Google

    O navegador mais recente desta lista mas com

    um grande crescimento ao nvel do nmero de

    utilizadores.

    https://www.google.com/chrome

    Safari Apple O navegador por defeito dos sistemas Mac OS X. http://www.apple.com/safari/

    OperaOpera

    Software

    No o navegador por defeito de qualquer

    sistema operativo. Tem uma utilizao mais

    significativa nos smartphones.

    http://www.opera.com/

    A utilizao dos navegadores tem variado muito ao longo do tempo. A

    empresa StartCounter (http://gs.statcounter.com) permite fazer uma

    comparao ao nvel da evoluo da utilizao dos navegadores mais

    relevantes. interessante ter uma ideia de como a utilizao dos

    navegadores tem variado ao longo dos anos.

    No Edubuntu, o navegador por defeito o Firefox. Por esse motivo, esse

    ser o navegador escolhido para ilustrar as funcionalidades tpicas de uma

    aplicao deste tipo.

    Dica

    No Edubuntu podes instalar outros navegadores Web atravs do menu Aplicaes -> Centro de Software Ubuntu. De seguida escolhe a categoria Internet e a subcategoria Navegadores Web.

  • 50 | Fundamentos bsicos da Internet

    1.2.4. Introduo a uma aplicao de navegao na WWW

    Caratersticas

    Os navegadores Web so aplicaes informticas que, embora variando

    de aspeto visual, mantm caratersticas comuns entre si, nomeadamente:

    1. Menu da aplicao: tal como nas outras aplicaes informticas um

    navegador tem um menu da aplicao onde possvel encontrar todas

    as funcionalidades da aplicao;

    2. rea de separadores (Tabs em ingls): um navegador Web permite navegar em vrias pginas ao mesmo

    tempo. Os separadores podem ser adicionados livremente e, cada um, permite carregar uma pgina Web;

    3. Barra de navegao: a barra de navegao contm os elementos fundamentais para navegar na web:

    Setas de navegao: permitem navegar entre as pginas visitadas num separador. Por exemplo, aps

    seguir uma ligao de hipertexto possvel voltar pgina anterior atravs da seta Retroceder ou

    Recuar (Back em ingls);

    Caixa de endereo (URL): permite especificar (introduzindo o URL) para onde se pretende navegar. Quando

    navegamos entre pginas, o campo automaticamente atualizado de modo a mostrar o URL da pgina

    que est a ser visualizada no momento;

    Caixa de pesquisa: mais frente iremos ver a importncia que a pesquisa tem na Web. Esta caixa de

    pesquisa est presente em todos os navegadores e serve de atalho para os principais motores de pesquisa

    existentes;

    Boto de pgina inicial: todos os navegadores tm uma pgina inicial que apresentada quando a aplicao

    aberta. Este boto leva o navegador para a sua pgina inicial, que pode ser definida pelo utilizador.

    4. rea da pgina: esta a rea no navegador onde as pginas Web so mostradas e onde o utilizador pode

    interagir com o seu contedo.

    Nota

    Os conceitos introduzidos nesta seco so comuns a todos os

    navegadores Web. Os contedos apresentados podero facilmente ser

    aplicados a qualquer um dos outros navegadores mais comuns.

    Dica

    No Firefox, em Edubuntu, podes

    alterar a pgina inicial acedendo ao menu

    Editar -> Preferncias. No separador Geral

    encontras um campo onde podes introduzir

    o URL que o navegador vai abrir por defeito.

    reas principais do navegador Firefox 10 em Edubuntu.

  • Servios fundamentais | 51

    Navegao na WWW

    Navegar na Web muito simples e, normalmente, comea-se por visitar

    um URL conhecido. Vamos ver um exemplo prtico.

    Um utilizador deseja saber as ltimas notcias do Governo de Timor-Leste

    e sabe que o URL para o respetivo stio Web http://timor-leste.gov.tl.

    Para dar incio navegao necessrio:

    abrir o navegador Web. No Edubuntu, por defeito, tens o Firefox

    disponvel. Pode ser chamado a partir do cone do Firefox ( ) que

    est disponvel na barra de topo do sistema operativo ou atravs do

    menu Aplicaes -> Internet -> Firefox Navegador Web;

    introduzir na caixa de endereo o URL pretendido (http://timor-leste.

    gov.tl) e carregar na tecla Enter;

    dependendo da velocidade de acesso Internet, a pgina inicial do Governo

    de Timor-Leste poder demorar poucos segundos at alguns minutos a

    aparecer no navegador Web. Aguarda que a pgina esteja carregada para

    comear a ver as ltimas notcias do Governo de Timor-Leste.

    Muitas vezes, os contedos de uma pgina ocupam mais espao do que aquele

    disponvel na rea de visualizao da aplicao. Os navegadores Web tm barras

    de scroll (deslocamento) que, tal como noutras aplicaes que j conheces,

    permitem deslocar os contedos da pgina na vertical e na horizontal.

    Pgina inicial do stio Web do Governo de Timor-Leste (em Abril 2012).

  • 52 | Fundamentos bsicos da Internet

    Na pgina da imagem anterior possvel identificar uma rea de notcias

    que contm pequenos excertos da notcia. Quando se passa o cursor pelo

    ttulo de uma notcia (ou pelo texto ver mais) o formato do cursor

    alterado. Este comportamento indica que estamos perante uma ligao

    de hipertexto! Clicando nessa ligao podemos verificar que:

    o URL da pgina muda automaticamente;

    a nova pgina comea a ser carregada pelo navegador Web.

    Para regressar pgina anterior s necessrio clicar no boto

    Retroceder ( ) da barra de navegao.

    Os contedos de uma pgina podem conter vrios elementos multimdia

    e tambm vrios elementos de interao. Por exemplo, neste stio do

    Governo de Timor-Leste podemos encontrar:

    Navegao para a pgina de uma notcia.

    Nota

    O ttulo do navegador tambm muda de acordo com a pgina visitada.

    Repara na mudana entre as duas imagens anteriores.

    Mais informao

    Tradicionalmente as ligaes de uma pgina Web eram assinaladas atravs de palavras sublinhadas. Hoje em dia h muitos stios Web que j no seguem essa

    estratgia. Mas ainda h muitos locais onde a existncia de um elemento de texto sublinhado uma pista para encontrar uma ligao.

    i

  • Servios fundamentais | 53

    menus de seleo semelhantes aos de uma aplicao, cujas opes s

    so visveis quando o cursor se encontra sobre eles;

    formulrios que permitem introduzir dados para realizar uma qualquer

    operao na pgina. Neste exemplo, temos um formulrio de pesquisa

    no stio Web;

    ligaes de configurao que permitem alterar o aspeto ou

    configuraes da pgina. Neste caso, permitem alterar a lngua utilizada

    no stio Web.

    Estes so apenas alguns exemplos de elementos de interao que podem

    existir numa pgina Web. Com a prtica vais encontrar outros elementos

    e perceber como funcionam.

    Favoritos e histrico

    Quando navegamos na Web normal encontrar

    algumas pginas que gostaramos de guardar para

    mais tarde visitar. Embora seja possvel anotar os URL

    num documento qualquer, todos os navegadores

    disponibilizam uma funcionalidade para guardar os URL

    favoritos de um utilizador.

    No Firefox, os URL favoritos so designados por

    Marcadores. Noutros navegadores podero chamar-

    -se Favoritos ou, em ingls, Bookmarks.

    No Firefox, um marcador para uma pgina Web pode

    ser adicionado atravs do menu Marcadores -> Adicionar marcador...

    (esta opo tambm pode ser ativada atravs das teclas Crtl + D).

    Adicionar um marcador no Firefox.

  • 54 | Fundamentos bsicos da Internet

    Um marcador tambm pode ser adicionado

    rapidamente atravs da estrela que se encontra na

    barra de navegao. Neste caso, o utilizador no tem a

    possibilidade de definir o nome com que fica guardado

    o marcador.

    Os marcadores guardados ficam armazenados e podem ser consultados

    de diversos modos. Por exemplo:

    no menu Marcadores -> Marcadores recentes;

    na Biblioteca do Firefox acessvel a partir do menu Marcadores ->

    Mostrar todos os marcadores;

    na Barra de marcadores que possvel ativar no menu Ver -> Barras de

    ferramentas -> Barra de marcadores. Esta barra pode ser muito til

    para guardar os marcadores para as pginas frequentemente mais

    visitadas. Os marcadores podem ser arrastados diretamente para esta

    barra.

    Os marcadores podem ser organizados em pastas para facilitar a sua gesto.

    Os navegadores atuais tambm tm funcionalidades adicionais como, por

    exemplo, uma lista de marcadores gerida automaticamente que apresenta

    ao utilizador os marcadores das pginas mais visitadas por si.

    O menu de marcadores mais recentes no Firefox.

    Adicionar um marcador no Firefox utilizando a barra de navegao.

  • Servios fundamentais | 55

    Histrico

    Uma outra funcionalidade interessante de todos os navegadores a

    existncia de um histrico da nossa navegao na Web. Deste modo,

    possvel encontrar um URL de uma pgina visitada recentemente ou,

    visitada h alguns meses.

    No Firefox o histrico das pginas visitadas mais recentes pode ser visto

    diretamente no menu Histrico.

    O histrico completo pode ser visitado atravs da Biblioteca do Firefox,

    disponvel atravs do menu Histrico -> Mostrar todo o histrico.

    Plugins e add-ons

    Os navegadores atuais so construdos de modo a que as suas capacidades

    base possam ser melhoradas e aumentadas, atravs de pequenos

    programas adicionais.

    Estes programas extra podem adicionar funcionalidades muito teis aos

    navegadores Web. Por exemplo:

    ferramentas para bloquear publicidade indesejada;

    utilitrios para descarregar vdeos de stios como o Youtube;

    integrao de algumas ferramentas de comunicao externas;

    ferramentas para auxiliar os programadores de pginas Web.

    Mas h muito mais! Para veres os extras disponveis para o Firefox deves

    aceder ao menu Ferramentas -> Extras.

    Histrico de pginas visitadas mais recentes.

    Mais informao

    Os marcadores e as pginas visitadas podem ser apagados do navegador.