Tecnologias Multimédia 11º - Manual do Aluno
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Repblica Democrtica de Timor-LesteMinistrio da Educao
Manual do AlunoTECNOLOGIASMULTIMDIA11.o ano de escolaridade
-
Projeto - Reestruturao Curricular do Ensino Secundrio Geral em Timor-Leste
Cooperao entre o Ministrio da Educao de Timor-Leste, o Instituto Portugus de Apoio ao Desenvolvimento, a Fundao Calouste Gulbenkian e a Universidade de AveiroFinanciamento do Fundo da Lngua Portuguesa
Manual do AlunoTECNOLOGIASMULTIMDIA11.o ano de escolaridade
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Este manual do aluno propriedade do Ministrio da Educao da Repblica Democrtica de Timor-Leste, estando proibida a sua utilizao para fins comerciais.
Os stios da Internet referidos ao longo deste livro encontram-se ativos data de publicao. Considerando a existncia de alguma volatilidade na Internet, o seu contedo e acessibilidade podero sofrer eventuais alteraes.
TtuloTecnologias Multimdia - Manual do Aluno
Ano de escolaridade11.o Ano
AutoresAntnio MoreiraCarlos SantosLus PedroPedro Almeida
Coordenador de disciplinaAntnio Moreira
Colaborao das equipas tcnicas timorenses da disciplina Este manual foi elaborado com a colaborao de equipas tcnicas timorenses da disciplina, sob a superviso do Ministrio da Educao de Timor-Leste.
Design e PaginaoEsfera Crtica Unipessoal, Lda. Leandro Costa
ISBN978 - 989 - 8547 - 43 - 9
1 Edio
Conceo e elaboraoUniversidade de Aveiro
Coordenao geral do Projeto Isabel P. Martinsngelo Ferreira
Ministrio da Educao de Timor-Leste
2013
Impresso e Acabamento Sakura Unipessoal, Lda.
Tiragem9000 exemplares
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3
ndiceUnidade Temtica
1 Fundamentos bsicos da Internet1.1. Funcionamento da Internet1.1.1. Introduo ao funcionamento da Internet1.1.2. Servios da Internet
1.2. Servios fundamentais1.2.1. Correio eletrnico 1.2.2. Introduo a uma aplicao de correio eletrnico 1.2.3. World Wide Web 1.2.4. Introduo a uma aplicao de navegao na WWW 1.2.5. Procedimentos de pesquisa na WWW
1.3. Comunicao sncrona e assncrona na Internet1.3.1. Servios de comunicao sncrona1.3.2. Servios de comunicao assncrona1.3.3. Comportamentos de comunicao na Internet
88
21
292934465056
63636870
-
4
Imagem, udio e vdeo digital
2.1. Imagem digital2.1.1. Formatos, caratersticas e aplicaes de manipulao de imagem2.1.2. Processos de aquisio e digitalizao de imagem2.1.3. Introduo a um editor de imagem bitmap2.1.4. Exportao de imagem
2.2. udio digital2.2.1. Formatos, caratersticas e aplicaes de manipulao de udio2.2.2. Processos de aquisio de udio2.2.3. Edio2.2.4. Filtros de udio2.2.5. Exportao
2.3. Vdeo digital2.3.1. Formatos, caratersticas e aplicaes de manipulao de vdeo2.3.2. Processos de aquisio de vdeo2.3.3. Edio2.3.4. Transies e efeitos2.3.5. Banda sonora2.3.6. Exportao
7474798093
9595
101107111113
115115121126130130132
Unidade Temtica
2
-
5Integrao de contedos multimdia
3.1. Aplicaes de apresentao3.1.1. Aplicaes de apresentao3.1.2. Introduo a uma aplicao de apresentaes3.1.3. Utilizao e edio de modelos (templates)3.1.4. Insero e formatao de textos3.1.5. Animao de elementos e transio de diapositivos3.1.6. Insero e formatao de imagens3.1.7. Insero de udio e vdeo3.1.8. Finalizao e exportao
3.2. Projeto final3.2.1. Definio de guio e preparao de contedos
138138140145151155161162164
167167
Unidade Temtica
3
-
Unidade Temtica 1 | Fundamentos bsicos da Internet1.1. Funcionamento da Internet1.2. Servios fundamentais1.3. Comunicao sncrona e assncrona na Internet
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Fundamentos bsicos da Internet
8
1.1. Funcionamento da Internet
Hoje, a internet est disponvel em praticamente qualquer lado, em
muitos tipos de dispositivos e utilizada para os mais diversos fins. No
decorrer desta seco temtica vamos ficar a conhecer o funcionamento
bsico da Internet e apresentar os seus principais servios.
Mesmo para quem j utiliza a Internet importante conhecer o modo
como ela funciona e perceber como os diferentes servios se integram e
complementam!
1.1.1. Introduo ao funcionamento da Internet
Evoluo da Internet
As redes informticas permitem ligar dois ou mais computadores entre
si. Com uma rede informtica torna-se possvel trocar informao entre
computadores sem que seja necessrio recorrer a um dispositivo de
armazenamento, como, por exemplo, um CD, um DVD ou uma pen-
-drive. Estes dispositivos de armazenamento so muito teis quando, por
-
Funcionamento da Internet | 9
exemplo, necessrio levar para um outro computador um documento
criado nos computadores da escola. Na realidade, esta forma de
transportar informao sobretudo muito til quando estamos perante
grandes quantidades de dados a transportar. No entanto, j no
adequada quando, por exemplo, queremos partilhar um documento com
muitas pessoas ou pretendemos partilhar uma fotografia com um amigo
que vive numa outra cidade.
Os primeiros computadores a surgir eram muito caros e utilizados
essencialmente por cientistas, militares e grandes empresas. Para estes
utilizadores era fundamental conseguir trocar informao com outros
computadores que, em muitos casos, se encontravam num local distante.
Para solucionar esta dificuldade, desde muito cedo que se procuraram criar
sistemas que permitissem a transferncia de informao entre computadores.
As primeira redes de computadores eram muito simples. Consistiam
numa ligao direta entre dois computadores, permitindo a comunicao
entre si. Mais tarde, essas ligaes evoluram para redes de computadores
mais complexas que permitiam partilhar informao entre computadores
que se encontravam, por exemplo, na mesma sala ou no mesmo edifcio,
as redes locais (LAN - Local Area Network).
No entanto, estas redes locais no permitiam a ligao com outras redes
locais. A troca de informao ficava limitada aos computadores que
partilhavam a mesma rede local.
No decorrer da dcada de 1970, o Departamento de Defesa dos EUA
decidiu lanar um projeto com o objetivo de criar uma rede de
computadores capaz de ligar centros de investigao geograficamente
distantes. Numa fase inicial o objetivo era ligar apenas quatro centros de
investigao. Esse trabalho foi atribudo agncia ARPA (Advanced
Research Projects Agency) e foi assim que nasceu a ARPANet, a primeira
rede a permitir a ligao de redes de computadores distantes entre si.
Diagrama inicial da ARPANet para ligar 4 centros de investigao: University of California em Los Angeles, Stanford Research Institute, University of California em Santa Barbara e University of Utah, todos nos EUA.
Nota
No manual do 10 ano foram apresentadas algumas das solues tecnolgicas para a ligao de computadores em rede.
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10 | Fundamentos bsicos da Internet
No entanto, o sucesso deste projeto levou a que as tecnologias
desenvolvidas no mbito da ARPANet comeassem a ser utilizadas para
outros fins e noutros meios. Nesta evoluo, as universidades tiveram um
papel muito importante. As tecnologias da ARPANet foram utilizadas para
interligar as redes informticas universitrias. Foi deste modo que, no
decorrer dos anos 80, comeou a crescer o nmero de redes de
computadores interligadas e capazes de comunicar entre si, que hoje
designamos por Internet.
O termo Internet surge de Interconnected Network, ou seja, rede
interligada. A Internet um sistema global de redes de computadores
interligadas entre si, utilizando um conjunto de tecnologias padro
normalmente designadas por TCP/IP. uma gigantesca rede de redes,
utilizada por bilies de pessoas, que liga redes privadas, pblicas,
acadmicas, comerciais e governamentais. Nesta rede so armazenados e
transmitidas quantidades enormes de recursos e disponibilizados diversos
servios como, por exemplo, a World Wide Web (WWW ou simplesmente
Web) e o correio eletrnico (email).
Os protocolos base da Internet: TCP/IP
Para que a comunicao seja possvel necessrio existir um conjunto
de regras conhecidas por todos os intervenientes na comunicao.
Por exemplo, quando tentamos conversar com algum, em termos
Mapa parcial da Internet em Janeiro de 2005.
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Funcionamento da Internet | 11
gerais podemos afirmar que a comunicao s possvel se os vrios
intervenientes se souberem expressar na mesma lngua. Esses conjuntos
de regras so designados por protocolos. Os protocolos so conjuntos
de regras de especificao que permitem definir um processo de
comunicao. Como vamos ver, foram essenciais para ajudar a regular o
funcionamento da Internet.
Os protocolos TCP/IP (Transport Control Protocol / Internet Protocol) so
a base tecnolgica da arquitetura e do funcionamento da Internet. Foi
atravs destes protocolos que, pela primeira vez, se criou uma rede de
comunicao que funciona baseada no envio de pacotes de informao.
Resumidamente, as redes de comunicao baseadas no modelo de
pacotes de informao (TCP/IP) funcionam do seguinte modo:
1. o emissor identifica a informao que quer enviar;
2. no emissor a informao dividida em pequenos pacotes de dados
(datagramas) e cada um sinalizado de acordo com a sua posio na
sequncia de dados e identificado com o endereo do recetor;
3. os pacotes so enviados para a rede de computadores, neste caso a
Internet;
4. na Internet o endereo do recetor identificado e os pacotes de dados
so conduzidos para que cheguem ao seu destino;
5. no recetor os pacotes de dados so recebidos;
6. so reordenados para voltarem ordem correta;
7. quando todos os pacotes so recebidos, a informao inicial
reconstruda e disponibilizada ao receptor.
Transmisso de informao na Internet - datagramas.
EMISSOR(A)
RECETOR(B)
1 7
3 5
4
2 6B1B2B3B4B5B6B7
B7 B2 B1B3B1B2
1234567
INTERNET
... ...
Nota
Emissor: aquele que emite informao.
Recetor: aquele que recebe informao.
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12 | Fundamentos bsicos da Internet
Os protocolos TCP/IP so os principais responsveis pelo funcionamento
da Internet, sendo por isso importante perceber para que servem e como
funcionam.
Com o aparecimento destes protocolos foi criado pela primeira vez um
modelo de arquitetura de redes baseado em camadas. Neste tipo de
modelo, cada camada responsvel por assegurar um determinado
nvel da transmisso e comunicao de informao. Como resultado
deste trabalho, surgiu o modelo OSI (Open System Interconnection). Este
modelo conhecido pelas suas 7 camadas, que permitem especificar
desde o nvel fsico (por exemplo, como que um sinal eltrico deve ser
transmitido num cabo coaxial) at ao nvel da aplicao.
No entanto, a arquitetura TCP/IP tem apenas trs camadas:
nvel de rede: a este nvel que funciona o IP (Internet Protocol).
nvel de transporte: assegurado pelo TCP (Transport Control Protocol).
nvel de aplicao: implementado por diferentes protocolos de
aplicao que variam entre os diferentes servios da Internet.
Neste diagrama interessante verificar que, ao contrrio do modelo OSI, na
arquitetura TCP/IP no definida uma camada de ligao rede. Este facto
uma consequncia de um dos principais objetivos da Internet - garantir
o seu funcionamento em qualquer computador, independentemente do
tipo de rede a que se encontra ligado.
Seguidamente, vamos abordar em detalhe cada um destes trs nveis ou
camadas.
TCP / IP Modelo OSI
AplicaoProtocolos de
aplicao:
(SMTP; Telnet;FTP; etc.)
TCP
IP
Ligao redeno denido
Apresentao
Sesso
Transporte
Rede
Ligao
Fsica
A arquitetura TCP/IP e o modelo OSI.
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Funcionamento da Internet | 13
O protocolo IP - nvel de rede
O protocolo IP o grande responsvel por assegurar que os datagramas
so enviados para o recetor, assegurando os servios de endereamento e
encaminhamento dos pacotes nas diferentes redes que formam a Internet.
O endereamento uma tarefa realizada no computador do emissor (ver
ponto 2 do diagrama anterior). o protocolo IP que garante que cada
datagrama contm, entre outras informaes, o endereo do respetivo
recetor.
Se um datagrama tem como destino um computador que se encontra
na mesma rede local ento ele pode ser enviado diretamente entre
computadores. No entanto, se o recetor se encontra numa outra rede
interligada atravs da Internet, os datagramas tero que percorrer um
caminho mais longo. Nesse percurso sero atravessados vrios ns
responsveis por ligar as diferentes redes que constituem a Internet.
Em cada um desses ns, designados por routers, cada datagrama tem que
ser analisado, verificado o seu endereo de destino e encaminhado ou
redirecionado para um outro router, ou rede local, que possa aproximar o
datagrama do seu destino final (encaminhamento).
Os routers so sistemas informticos intermdios e so os grandes
responsveis pelo funcionamento da Internet! Uma das principais
caratersticas dos routers a sua capacidade de se adaptarem
automaticamente s condies da rede. Por exemplo, se um router
Routers: os ns da Internet.
MANWAN
LAN
LAN INTERNET
Routers
Routers
Routers
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14 | Fundamentos bsicos da Internet
deteta que h um problema no envio de informao para um outro
router, rapidamente comea a tentar o envio por um caminho alternativo,
mesmo que mais demorado. por este motivo que a Internet um
meio de comunicao to robusto. Mesmo quando as condies no
so as melhores, na maioria das situaes, a comunicao continua a ser
possvel, apesar de se tornar mais lenta.
Uma outra funo do protocolo IP definir como so formados os
endereos de cada elemento da rede. Conseguir identificar o recetor
fundamental para que a comunicao possa ser realizada. Por exemplo,
quando queremos enviar uma carta para um amigo temos que escrever
no envelope o nome e a morada do destinatrio. Outro exemplo, para
telefonar a algum temos que introduzir o nmero de telefone do
destinatrio da chamada. Do mesmo modo, quando pretendemos
estabelecer uma comunicao na Internet necessrio introduzir o
endereo do destinatrio.
Na Internet os endereos so identificados como endereos IP. Cada
dispositivo ligado diretamente Internet tem um endereo IP nico, ou
seja, um endereo que no pode ser utilizado por mais nenhum dispositivo
naquele momento. Os endereos IP tm o seguinte formato:
193.136.173.25
213.13.146.140
Cada nmero corresponde a 1 byte, ou seja, um endereo IP formado
por 4 bytes. Cada um desses nmeros pode variar entre 0 e 255. Ou seja,
qualquer combinao de nmeros entre 0.0.0.0 e 255.255.255.255 pode
ser um endereo IP vlido.
Na Internet, os computadores e os routers comunicam utilizando os
endereos IP. No entanto, para as pessoas no muito fcil decorar conjuntos
de nmeros. Imagina que para acederes ao YouTube ou ao Google terias de
saber de cor um conjunto de 4 nmeros em vez de www.youtube.com ou
www.google.com. Para facilitar a utilizao da Internet foi criado um servio
de endereamento por nomes, o DNS (Domain Name Server). Na prtica,
cada conjunto de nmeros pode ser referenciado por texto, recorrendo,
assim, a formatos mais simples de memorizar e interpretar.
Dica
O trabalho de um router pode ser comparado ao de um polcia que
sabendo que uma estrada est cortada, reencaminha os veculos por
estradas alternativas.
Desafio
Com a ajuda do teu professor procura identificar o(s) router(s) existentes na tua escola e qual a funo que esto a desempenhar.
!
Mais informao
Apesar do nmero de combinaes possvel ser de muitos milhes, com a
enorme expanso da Internet, j no h endereos IP disponveis para todos os
dispositivos existentes. Por esse motivo, est a ser implementada uma nova
verso do IP, o IPv6, que altera o formato destes endereos de modo a suportar
mais combinaes de nmeros.
i
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Funcionamento da Internet | 15
Os endereos por nome tm um formato do tipo:
A primeira parte do endereo no tem um formato obrigatrio e pode
variar. No entanto, na maioria dos casos, utilizada para identificar o
tipo de servio a que pretendemos aceder no respetivo domnio. A parte
seguinte do endereo identifica um domnio intermdio registado na
Internet e possvel de ser conhecido por todos os computadores e routers.
Na prtica, o que identifica o nome do stio Web ou da instituio. A ltima
parte do endereo identifica o domnio de topo, que pode ser um pas ou
um determinado tipo de entidade/instituio/atividade (ver tabelas).
Domnios Pasesau Austrlia
br Brasil
cn China
id Indonsia
jp Japo
pt Portugal
tl Timor Leste
us Estados Unidos da Amrica
Domnios Entidadescom comerciais
edu educativas
gov governamentais
net da Internet
org organizaes sem fins lucrativos
Com base nestas informaes, os exemplos apresentados anteriormente
podem ser interpretados da seguinte forma:
www.ua.pt - o servio WWW da Universidade de Aveiro (ua) em Portugal (pt)
mail.google.com - o servio de correio eletrnico (mail) do Google, uma
entidade comercial
noticias.sapo.tl - o servio de notcias do SAPO em Timor Leste (tl)
www.ua.pt
mail.google.com
noticias.sapo.tl
domnio de topo
intermdio
tipo de servio
Domnios de topo para alguns pases.
Domnios de topo para alguns tipos de entidades.
Nota
A lista completa dos domnios de topo pode ser consultada em http://en.wikipedia.org/wiki/List_of_Internet_top-level_domains
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16 | Fundamentos bsicos da Internet
Por motivos histricos, a maioria dos endereos dos Estados Unidos da
Amrica no utiliza o domnio do pas, preferindo utilizar a identificao
do tipo de entidade associada. Por exemplo, por este motivo que
uma empresa como a Microsoft utiliza o domnio microsoft.com e no
microsoft.us.
Para que esta comunicao com endereos por nome funcione necessrio
existirem servidores de DNS que contm tabelas de correspondncia entre
os nomes e os respectivos endereos IP. Sempre que um utilizador recorre
a um endereo por nome, o computador consulta o servidor de DNS mais
prximo para obter o respetivo endereo IP. A partir desse momento, toda
a comunicao realizada com base no endereo IP.
Endereo por nome (DNS) Endereo IPwww.ua.pt 193.136.173.25
mail.google.com 173.194.32.22
noticias.sapo.tl 213.13.145.150
O protocolo TCP - nvel de transporte
O protocolo IP permite criar a rede atravs da qual possvel enviar
informao para um destinatrio. O protocolo TCP funciona numa camada
superior ao protocolo IP e tem como objetivo assegurar que o transporte
da informao nessa rede efetuado de um modo correto.
o protocolo TCP que tem como responsabilidade assegurar que todos os
datagramas de uma comunicao so recebidos pelo seu destinatrio, sem
falhas ou erros e so reagrupados pela ordem correta. Por exemplo, se um
datagrama perdido algures no meio da comunicao, o protocolo TCP
que informa o emissor que tem que enviar novamente aquele datagrama.
O conjunto de protocolos TCP/IP o responsvel pela maioria da informao
que transmitida na Internet. No entanto, existem algumas aplicaes
e servios para a Internet onde o TCP no utilizado. Por exemplo, em
algumas das aplicaes de comunicao sncrona (chat) que veremos mais
frente.
Nvel de aplicao
As camadas do TCP/IP especificam o modo como a informao
transmitida na Internet. No entanto, as aplicaes ou servios da Internet
necessitam ainda dos protocolos de aplicao que detalham como que
aplicaes de um determinado tipo devem comunicar entre si. Consoante
Exemplo de tabela de DNS.
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Funcionamento da Internet | 17
o tipo de servio e aplicaes, poderemos ter protocolos acima do TCP/IP
que regulamentam esse tipo de comunicao.
Alguns dos protocolos de aplicao mais conhecidos so os seguintes:
SMTP (Simple Mail Transfer Protocol) - utilizado pelo servio de correio
eletrnico, tambm conhecido por email.
FTP (File Transfer Protocol) - utilizado pelo servio de transferncia de
ficheiros entre computadores.
HTTP (HyperText Transfer Protocol) - utilizado pelo servio da World
Wide Web que to popular que muitas vezes confundido com a
prpria Internet.
Tecnologias e servios de acesso Internet
Para que uma empresa, instituio ou pessoa em nome individual possa
estar ligada Internet necessrio ter um acesso Internet. Esses acessos
so disponibilizados por empresas de telecomunicaes e os preos variam
consoante as suas caratersticas e os aspetos comerciais da empresa
fornecedora do servio.
As principais tecnologias que permitem ter acesso Internet so as
seguintes:
Linha telefnica fixa (DSL - Digital Subscriber Line) - atravs de
um modem ligado linha telefnica fixa possvel ligar a um
fornecedor de servio de Internet. As ligaes de modem podem
ser de tipo simples (dial up) ou do tipo ADSL (Asymmetric digital
subscriber line) que permitem um acesso mais rpido e permanente
Internet.
Cabo (na rede de TV) - em muitos pases existe um servio de televiso
por cabo que permite disponibilizar num dado local vrias centenas de
canais de televiso. Utilizando essa infraestrutura possvel fornecer
um acesso Internet com acesso muito rpido.
Fibra ptica - em alguns pases j possvel ter um servio de fibra
ptica em casa (FTTH - Fiber To The Home). Este tipo de tecnologia
permite um acesso Internet em timas condies.
Rede digital mvel - as redes digitais mveis foram construdas para
permitir as comunicaes por telemvel. No entanto, tambm
possvel utilizar essas redes para aceder Internet. A velocidade de
acesso depende da tecnologia disponibilizada pelo operador de
telecomunicaes. Nas redes mais antigas, designadas por 2G (segunda
gerao), a velocidade bastante lenta. No entanto, nas redes mais
Mais informao
Relembra o que um modem no manual do 10 ano.
i
-
18 | Fundamentos bsicos da Internet
atuais de terceira gerao (3G) a velocidade muito melhor. Na nova
gerao de redes, que j comea a estar disponvel em alguns pases,
as redes 4G, a velocidade mxima muito elevada.
Na tabela seguinte apresentado um exemplo das velocidades mximas
para cada uma das tecnologias, tendo por base a oferta comercial
disponvel em Portugal, no incio do ano de 2012.
Tecnologia Velocidade mximaLinha telefnica fixa (dial up) at 56kbps (depende das condies da linha
telefnica e do modem do cliente)
Linha telefnica fixa (ADSL) 24 Mbps (a velocidade mxima s
possvel para clientes que residam em locais
prximos das estaes telefnicas)
Televiso por cabo 120 Mbps
Fibra ptica 400 Mbps
Rede digital mvel de 56 kbps a 14.4 Mbps (a velocidade
depende do tipo de tecnologia da rede
mvel. Para a verso 4G so anunciadas
velocidades de 100 Mbps)
Estas velocidades mximas so apenas referentes velocidade com que
conseguimos trazer informao da Internet (download). Tipicamente, as
velocidades para enviar informao para a Internet (upload) so muito
inferiores. Por exemplo, um acesso ADSL com velocidade mxima de download
de 24 Mbps poder ter apenas 1Mbps de velocidade mxima de upload.
Exemplo de oferta de servios em Portugal (http://net.sapo.pt).
Nota
Na anlise da tabela tem em ateno que so usadas diferentes unidades
de medida, Kilobits por segundo e Megabits por segundo.
Velocidades mximas de download disponveis em Portugal (Abril 2012).
-
Funcionamento da Internet | 19
Um acesso Internet normalmente disponibilizado com dois tipos de
subscrio:
acesso permanente: o cliente paga um valor mensal que lhe permite
aceder Internet em qualquer momento sem que tenha que pagar
mais por isso. No entanto, muitas vezes o acesso limitado a uma
quantidade mxima de informao que possvel transferir por ms.
acesso por pedido (dial up): o cliente paga pelo tempo que est ligado
Internet e/ou pela quantidade de informao que transfere.
Para uma utilizao mais regular da Internet, um acesso do tipo
permanente normalmente mais vantajoso para o utilizador. No entanto,
antes de subscrever um servio importante analisar as diferentes
condies disponibilizadas no mercado e saber escolher a oferta mais
adequada para cada caso.
Analisar uma oferta comercial de acesso Internet
As ofertas comerciais de acesso Internet so ricas em detalhes que
tornam a informao demasiado confusa para a maioria dos utilizadores.
Algumas dessas informaes variam tambm de acordo com a tecnologia
de acesso e por isso, neste manual, no possvel abordar todas as
combinaes possveis.
No entanto, para exemplificar alguns dos detalhes a ter em ateno
na anlise de uma oferta comercial, vamos utilizar como exemplo os
Tarifrios Netboot TT - BANDA LARGA da Timor Telecom (tendo por
referncia a oferta de Abril de 2012).
Exemplo de oferta comercial da Timor Telecom em Abril de 2012 (retirado de http://www.telecom.tl/index.php?option=com_content&view=article&id=82%3Ainternet-banda-larga-netboot&catid=46&Itemid=49&lang=pt).
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20 | Fundamentos bsicos da Internet
O que significa cada um destes valores?
Velocidade de download - a velocidade mxima de acesso. Uma velocidade superior implica um servio mais caro.
Velocidade de upload - como mencionado anteriormente, inferior velocidade de download e, neste caso,
no varia entre os diferentes tarifrios.
Trfego includo em GBytes - com este tarifrio o utilizador tem a possibilidade de consumir mensalmente
informao at ao limite indicado. Aps esse limite, o trfego adicional cobrado parte. A empresa deve
fornecer mecanismos que permitam ao cliente saber, em qualquer momento, qual o trfego mensal j
consumido para evitar surpresas na conta a pagar.
Preo modem normal ou wireless - para aderir ao tarifrio necessrio comprar o equipamento de acesso
para ligar ao computador (um modem). O valor aqui indicado o custo do equipamento. Nesta oferta
permitido optar por um modem normal ou por um modem que permite criar uma rede sem fios (Wireless ou
Wi-Fi). Normalmente, no permitido utilizar um outro equipamento, mesmo que o cliente j possua um.
Instalao/Ativao - para que o servio seja disponibilizado necessrio pagar um valor relativo aos custos de
instalao e ativao do servio. A empresa tem que enviar tcnicos especializados ao local de instalao do servio.
Preo por Mbyte adicional de trfego - apresenta os valores a pagar por cada MByte adicional de trfego. O
valor a pagar depende da hora do dia em que a Internet utilizada, sendo mais barato no horrio noturno,
depois das 22h.
Mensalidade - valor que o cliente paga mensalmente pelo servio.
Unidade de taxao - quando o cliente efetua uma ligao Internet, mesmo que seja apenas para ver algo
muito rpido e desligar de seguida, o valor mnimo de trfego taxado de 1MByte.
Custos de instalao/ativao e mensalidade da linha fixa - os valores apresentados anteriormente no
incluem as despesas com a linha telefnica fixa. Este um servio de ADSL que s pode funcionar se o cliente
tiver uma linha telefnica fixa. A mensalidade dessa linha fixa ter que continuar a ser paga e, caso o cliente
ainda no tenha uma ligao deste tipo, ter que pagar tambm a sua instalao/ativao.
EXERCCIO
Qual ser a melhor oferta de servios de Internet para quem vive na rea da tua escola?
Em grupo, comecem por especificar um perfil de utilizao de Internet, por exemplo, um utilizador que precisa estar
ligado uma hora Internet todos os dias para consultar o correio eletrnico (cada grupo deve procurar um perfil
diferente). Elaborem um estudo comparativo dos vrios servios de Internet que esto disponveis na rea e procurem
identificar a soluo mais adequada para cada perfil.
-
Funcionamento da Internet | 21
1.1.2. Servios da Internet
A Internet uma rede de comunicao onde podemos encontrar um
conjunto alargado de servios. Esses servios tm evoludo naturalmente
ao longo do tempo. Enquanto novos servios vo surgindo e ganhando
popularidade outros deixaram de ser utilizados.
Os servios da Internet so os servios ou aplicaes que utilizam a Internet
como rede de comunicao, atravs da utilizao base dos protocolos
TCP/IP. Para que esses servios possam funcionar, cada um deles define o
seu prprio protocolo que corre ao nvel da camada de aplicao.
Ao longo deste manual iremos mencionar aqueles que so mais relevantes
neste momento, nomeadamente:
correio eletrnico (email);
transferncia de ficheiros (FTP);
World Wide Web (WWW ou Web);
servios de comunicao sncrona.
Correio eletrnico
O correio eletrnico, tambm conhecido por email (acrnimo para
electronic mail), foi um dos primeiros servios da Internet. Apesar da sua
longa idade, ainda hoje um dos servios mais utilizados na Internet.
O correio eletrnico um servio que permite enviar mensagens
eletrnicas para um ou mais destinatrios. Independentemente da
distncia a que se encontra o destinatrio, uma mensagem de correio
eletrnico pode ser entregue em poucos segundos. Esta uma grande
vantagem quando comparado com o correio postal tradicional.
Cada mensagem constituda por um ttulo e o respetivo contedo.
Tambm possvel anexar documentos (ficheiros de texto, fotografias,...)
ao contedo de uma mensagem de correio eletrnico.
Para enviar uma carta para uma pessoa necessrio conhecer a sua morada.
Para enviar uma mensagem de correio eletrnico necessrio conhecer o
endereo eletrnico do destinatrio. Estes endereos tm o formato:
nome_utilizador@domnio
O caracter @ (l-se arroba ou at) e serve para separar o nome
do utilizador do domnio onde o seu endereo de correio eletrnico se
encontra disponvel.
-
22 | Fundamentos bsicos da Internet
Eis exemplos de endereos de correio eletrnico e como devem ser lidos:
1. [email protected] (l-se, Ramos at SAPO em Timor-Leste)
2. [email protected] (l-se, Manuel Santos at Universidade de Aveiro
em Portugal)
No mesmo domnio no podem existir dois endereos de correio eletrnico
com o mesmo nome de utilizador. Para alm das letras e nmeros, o nome
de utilizador num endereo de correio eletrnico pode tambm conter os
caracteres: _,- e ..
As mensagens de correio eletrnico so enviadas e recebidas para
computadores com software especfico para alojar este tipo de servio,
que so designados por servidores de correio eletrnico. As mensagens
recebidas ficam guardadas no servidor de correio eletrnico utilizado pelo
destinatrio. Para enviar ou receber mensagens os utilizadores recorrem a
aplicaes que podem instalar nos seus computadores e que se designam
por programas/clientes de correio eletrnico.
O envio de correio eletrnico processa-se, genericamente, do seguinte modo:
1. O emissor escreve a mensagem num programa de correio eletrnico
identificando o seu recetor;
2. Quando o utilizador termina a mensagem, o programa de correio
eletrnico envia um pedido para o servidor de correio electrnico do
domnio do emissor;
EMISSOR(A)
RECETOR(B)
1
2
3
4
5
INTERNET
Servidor de correio eletrnico onde A tem o seu endereo
Servidor de correio eletrnico onde B tem o seu endereo
Exemplo do funcionamento do envio de correio eletrnico.
-
Funcionamento da Internet | 23
3. Esse servidor envia ento a mensagem para o servidor do domnio do
recetor. A mensagem recebida e guardada para que o recetor a possa
consultar;
4. O recetor notificado no seu programa de correio electrnico que tem
uma nova mensagem e essa mensagem passa a estar disponvel para ler
no seu computador;
5. O recetor l a mensagem e, se assim o desejar, pode responder ao
emissor, iniciando o mesmo processo em sentido contrrio.
Todos os endereos de correio eletrnico tm associada uma palavra-
-passe que garante a privacidade das mensagens. Sem essa palavra-passe
no possvel aceder s mensagens de um utilizador.
Transferncia de ficheiros
O servio de transferncia de ficheiros (FTP de File Transfer Protocol)
foi criado para permitir aos utilizadores transferir ficheiros diretamente
entre computadores. Tal como o correio eletrnico, foi um dos primeiros
servios a ser disponibilizado na Internet.
Embora seja possvel transferir ficheiros entre dois computadores
pessoais, na maioria dos casos, a transferncia de ficheiros realizada
atravs de um servidor capaz de responder a pedidos do protocolo FTP,
designado por servidor de FTP.
Um servidor de FTP tem normalmente um endereo do tipo ftp.domnio.
Por exemplo, o servidor de FTP da Universidade de Aveiro tem o endereo:
ftp.ua.pt
Para enviar (upload) ou descarregar (download) ficheiros os utilizadores
recorrerem a um tipo de software designado por cliente de FTP.
As transferncias de ficheiros atravs de FTP realizam-se do seguinte modo:
1. Num computador ligado Internet, atravs de um cliente de FTP, o
utilizador envia (realiza o upload) os ficheiros do seu computador
para o servidor de FTP. Esses ficheiros so guardados no disco duro do
servidor de FTP e passam a estar disponveis para serem descarregados
(download);
2. Num qualquer computador (pode inclusivamente ser o mesmo) com
um cliente de FTP, um utilizador pode aceder ao servidor de FTP e
descarregar os ficheiros para guardar no seu computador.
-
24 | Fundamentos bsicos da Internet
O acesso a uma pasta do servidor de FTP pode ser protegido com uma
palavra-passe. Desse modo, s utilizadores que a conheam que podem
aceder aos ficheiros a partilhados.
Atualmente existem outros tipos de servios de partilha de ficheiros que
so mais fceis de utilizar e com funcionalidades mais avanadas do que
aquelas suportadas pelo FTP. Normalmente esses servios tm aplicaes
especficas que podemos instalar no nosso computador tornando muito
simples o envio de ficheiros e a partilha com outros utilizadores.
So exemplos desses servios:
Dropbox (http://dropbox.com)
Microsoft SkyDrive (http://skydrive.live.com/)
Google Drive (http://drive.google.com/)
Estes servios fornecem contas gratuitas a todos os utilizadores,
permitindo a sua livre utilizao at um determinado limite de espao
de armazenamento. Existem tambm outros servios que permitem
transferir ficheiros exclusivamente atravs da Web como, por exemplo: o
RapidShare (http://www.rapidshare.com) e o HotFile (http://hotfile.com).
World Wide Web (WWW ou Web)
No incio dos anos 90, Tim Berners-Lee, um investigador do CERN - The
European Organization for Nuclear Research, apresentou a primeira
verso funcional de um novo servio para a Internet, a World Wide Web
(Web). Este novo servio tornou-se muito popular porque, em comparao
com os anteriores, muito simples de utilizar e por isso mais acessvel
para qualquer utilizador da Internet. A Web acabou por ser o servio que
facilitou a enorme expanso e vulgarizao da Internet. Muitas vezes
mesmo confundida como sendo a prpria Internet.
1 2INTERNET
Servidor de FTP
Exemplo da partilha de ficheiros utilizando FTP.
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Funcionamento da Internet | 25
A web constituda, essencialmente, por um conjunto de pginas escritas
ou baseadas numa linguagem prpria, o HTML - HyperText Markup
Language. As pginas HTML encontram-se alojadas em servidores Web
ligados Internet. Cada pgina escrita em HTML pode conter texto,
imagens e outros recursos multimdia.
Mas o mais revolucionrio nesta linguagem, e na Web em si, foi ter
apresentado, pela primeira vez, um sistema de hipertexto ou hipermdia.
Num sistema deste tipo, qualquer elemento da pgina (uma palavra no
texto ou uma imagem, por exemplo) pode ligar para uma outra pgina
Web. Essas ligaes so designadas por hyperlinks ou simplesmente
links. Seguindo os diferentes links, o utilizador pode navegar muito
facilmente entre pginas e procurar mais informao de acordo com as
suas necessidades.
Para aceder Web necessrio um software especfico designado por
navegador da Web ou browser. Os navegadores so aplicaes que sabem
comunicar utilizando o protocolo da web, o HTTP - HyperText Transfer
Protocol. Quando o navegador recebe uma pgina na linguagem HTML,
o cdigo em que foi escrita interpretado e apresentado utilizando
uma interface grfica muito simples e intuitiva. Para navegar na Web o
utilizador no tem que saber comandos complicados. Normalmente s
precisa utilizar o rato e clicar nos links apresentados.
Existem muitos navegadores Web e todos utilizam o protocolo HTTP. So
aplicaes gratuitas e as mais utilizadas so o Internet Explorer, o Firefox
e o Chrome.
Para localizar uma pgina Web foi criado um novo tipo de endereo,
designado por URL - Uniform Resource Locator. Um URL construdo do
seguinte modo:
protocolo://servidor/localizao
Exemplo de um sistema de hipertexto baseado em pginas Web.
Exemplos de navegadores Web: o Firefox e o Chrome.
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26 | Fundamentos bsicos da Internet
O protocolo a parte do URL onde identificado o protocolo que deve
ser utilizado para realizar o pedido. Normalmente o protocolo utilizado
http porque esse o protocolo da Web. No entanto, um browser tambm
pode ser utilizado para aceder a outros servios da Internet.
O servidor e a localizao servem para identificar o domnio e a localizao
do ficheiro pretendido dentro do respetivo servidor Web. Se no for
indicada uma localizao e/ou o nome do ficheiro HTML, o servidor Web
decide qual a pgina que deve devolver por defeito (automaticamente).
Alguns exemplos de URL:
http://timor-leste.gov.tl/
http://www.nba.com/photos/index.html
http://www.ionline.pt/artigos/iciencia
De um modo resumido, podemos afirmar que a Web funciona do seguinte
modo:
1. O utilizador introduz um URL no navegador;
2. O navegador analisa o URL e faz o pedido da pgina Web ao servidor
Web onde se encontra alojada;
3. O servidor Web recebe o pedido, procura a pgina no seu disco duro e
envia-a na resposta ao pedido;
4. O navegador recebe a pgina, interpreta o cdigo e mostra o resultado
ao utilizador. Nessa pgina podem existir links que o utilizador pode
clicar e, desse modo, efetuar um novo pedido para uma nova pgina.
1
23
4
Servidor de web
INTERNET
a.html
info.html
mapa.html
O funcionamento da Web.
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Funcionamento da Internet | 27
Como vimos, a principal funo de um navegador web permitir
a navegao na Web utilizando o protocolo HTTP. No entanto, os
navegadores permitem tambm aceder a outros servios que utilizam
outros protocolos. Por exemplo, aceder a um recurso disponvel num
servidor de FTP. Nesse caso, o URL deve comear por ftp://...
Servios de comunicao sncrona
Os servios inicialmente disponibilizados para a Internet no possibilitavam
a comunicao sncrona, ou seja, uma comunicao em direto entre emissor
e recetor como, por exemplo, fazemos quando falamos ao telefone.
No entanto, ao longo da evoluo da Internet fomos assistindo ao
aparecimento de servios que permitem a comunicao sncrona
utilizando texto, udio e vdeo.
Os servios de comunicao sncrona por texto (tambm designados
por chat ou IM - Instant Messaging) foram os primeiros a serem
disponibilizados porque so mais simples de implementar, exigem menos
recursos computacionais e podem funcionar mesmo com velocidades
lentas de acesso Internet. So aplicaes que permitem a dois ou mais
utilizadores partilharem uma conversa onde todos tm a possibilidade
de escrever pequenas mensagens de texto. As mensagens escritas ficam
visveis para todos os utilizadores ligados a essa conversa. Exemplos deste
tipo de aplicaes so o MSN da Microsoft, o Google Talk e o Skype.
Com o avanar da tecnologia foi possvel adicionar aos servios anteriores
a possibilidade de comunicao sncrona por udio. Com estes servios
Exemplo de acesso FTP atravs de um navegador Web.
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28 | Fundamentos bsicos da Internet
possvel conversar atravs da Internet como fazemos com um telefone.
Mais recentemente vulgarizou-se a utilizao de comunicao sncrona
por vdeo. Estas aplicaes so mais exigentes do ponto de vista de
requisitos computacionais, muito embora qualquer computador
atual tenha a capacidade de as executar. No entanto, as exigncias
de velocidade de Internet so tambm elevadas e, dependendo das
condies de ligao Internet, pode no ser simples conseguir efetuar
uma ligao nas melhores condies. Com as aplicaes de comunicao
sncrona por vdeo possvel conversar com um ou mais utilizadores em
simultneo onde, para alm do udio, possvel ver em tempo-real os
outros participantes. Dadas as exigncias deste tipo de aplicaes, muitas
optam por apenas mostrar a imagem do utilizador que est a falar num
determinado momento.
Na parte 1.3 deste manual vamos mostrar algumas das aplicaes mais
conhecidas e como que podem ser utilizadas. O Google Talk ser uma das
aplicaes a explorar, permitindo a comunicao por texto, udio e vdeo.
Este tipo de aplicao tem normalmente protocolos especficos que
correm ao nvel da camada de aplicao. Mesmo para uma comunicao
sncrona por texto existem diferentes protocolos que so utilizados por
diferentes aplicaes.
Exemplo de uma comunicao com vdeo utilizando a aplicao Skype.
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Servios fundamentais | 29
1.2. Servios fundamentais
Na seco anterior foi explicado o funcionamento da Internet e foram
apresentados alguns dos servios fundamentais que necessrio
conhecer para usufruir das potencialidades que a Internet tem para
nos oferecer. As restantes seces desta Unidade Temtica 1 tm como
objetivo aprofundar alguns conceitos sobre os servios fundamentais da
Internet e demonstrar as aplicaes e os passos necessrios para que
possam ser utilizados.
No final desta seco j sers capaz de utilizar a tua conta de correio
eletrnico e navegar e pesquisar na Web!
1.2.1. Correio eletrnico
Caratersticas e funcionalidades
Como vimos anteriormente, o servio de correio eletrnico foi um dos
primeiros servios da Internet e ainda hoje um dos mais utilizados. um
servio que permite enviar e receber mensagens eletrnicas entre
utilizadores.
O @, introduzido pelo correio eletrnico, tornou-se num dos principais smbolos da Internet .
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30 | Fundamentos bsicos da Internet
Para ter acesso ao servio de correio eletrnico necessrio ter uma conta
ou caixa de correio associada a um endereo de correio eletrnico (email).
Estas contas tm que ser criadas num fornecedor de servio de correio
eletrnico. Estes fornecedores possuem servidores permanentemente
ligados Internet, com capacidades de disponibilizar o servio a muitos
utilizadores. Um grande fornecedor pode alojar dezenas ou centenas de
milhes de contas de correio eletrnico.
Existem dois tipos distintos de fornecedores de servio de correio
eletrnico.
institucionais: que gerem os seus prprios servidores e fornecem o
servio aos seus colaboradores. Por exemplo, o Governo de Timor
Leste tem um servio prprio de correio eletrnico. Os membros
do governo, e dos vrios ministrios, podem, desse modo, usufruir
gratuitamente de uma conta do tipo [email protected]
(exemplo de conta do ministrio da justia). A disponibilizao de
um servio de correio eletrnico implica alguns custos de instalao
e manuteno. No entanto, tem algumas vantagens ao nvel da
privacidade da informao, segurana e ausncia de publicidade;
empresariais: que oferecem servios gratuitos que permitem, a
qualquer utilizador, criar livremente um ou mais endereos. Estes
servios so hoje muito utilizados e permitem usufruir de um servio
de muito boa qualidade. Nestes casos, para que as empresas possam
ganhar dinheiro para manter o servio gratuito, so adicionados
mecanismos de publicidade, que o utilizador recebe quando navega
nas pginas Web do servio ou junto com as suas mensagens de
correio eletrnico.
Uma das principais caratersticas de um servio de correio eletrnico
o espao de armazenamento que disponibilizado a cada utilizador.
Este espao necessrio para guardar as mensagens recebidas. Outra
caraterstica, embora menos importante, a dimenso mxima das
mensagens que um utilizador pode enviar e receber. Como iremos ver
de seguida, uma mensagem de correio eletrnico pode incluir (anexar
o termo utilizado nestas situaes) ficheiros de larga dimenso e por isso
necessrio ter em ateno o limite mximo por mensagem. A tabela
seguinte permite comparar as caratersticas de alguns fornecedores de
correio eletrnico comerciais.
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Servios fundamentais | 31
Servio de correio eletrnico Domnio Caratersticas Localizao
Google Mail (gmail) @gmail.com+ de 10GB de espao
25MB por mensagemhttp://mail.google.com
Windows Live [email protected]
@live.com
Sem limite de espao
100MB por mensagemhttps://login.live.com
Yahoo! Mail @yahoo.comSem limite de espao
25MB por mensagemhttp://mail.yahoo.com
SAPO Timor Mail @sapo.tl10GB de espao
20MB por mensagemhttp://mail.sapo.tl
Tipos de acesso: Webmail e aplicaes cliente
O servio de correio eletrnico utiliza um protocolo especfico designado
por SMTP - Simple Mail Transfer Protocol. Para que seja possvel enviar
mensagens necessrio ter uma aplicao que compreenda essa
linguagem. Existem dois tipos de aplicaes distintas que iremos analisar:
aplicaes cliente e webmail.
Uma aplicao cliente de correio eletrnico um programa para instalar
Principais caratersticas de alguns servios gratuitos de correio eletrnico (Abril 2012).
Nota
O servio SAPO Timor Mail disponibiliza uma interface em Portugus e Tetum e permite criar endereos num domnio terminado em .tl.
Pginas iniciais de alguns servios gratuitos de correio eletrnico.
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32 | Fundamentos bsicos da Internet
no computador. Aps uma fase inicial de configurao da aplicao a sua
utilizao torna-se muito simples e permite gerir, num nico local, uma
ou vrias contas de correio eletrnico. As aplicaes disponveis variam,
dependendo do sistema operativo que o utilizador tem. Por exemplo, a
maioria dos utilizadores do Microsoft Windows utiliza, normalmente, o
Microsoft Office Outlook ou o Microsoft Outlook Express. Os utilizadores
de Mac OS X normalmente utilizam a aplicao nativa de Mail. Os
utilizadores de Linux utilizam aplicaes mais variadas, nomeadamente:
o Evolution (instalado por defeito no Edubuntu), o KMail e o Mozilla
Thunderbird. O Mozilla Thunderbird uma aplicao gratuita que se
encontra disponvel para qualquer um dos trs sistemas operativos
mencionados anteriormente.
Estas aplicaes tm como principal vantagem permitirem que as
mensagens fiquem tambm guardadas no computador pessoal.
Mesmo sem acesso Internet possvel ver as mensagens recebidas
anteriormente. Outra caraterstica relevante o facto de permitirem enviar e
receber mensagens de diferentes contas a partir de uma nica aplicao. Esta
uma funcionalidade importante quando, por exemplo, um utilizador tem
uma conta de correio eletrnico pessoal e outra profissional, i.e., relacionada
com o seu trabalho. No entanto, estas aplicaes tm a desvantagem de
estarem apenas disponveis e configuradas no computador que utilizamos
habitualmente, no permitindo, de forma fcil, aceder s mensagens noutros
computadores. Por exemplo, num computador de um Internet Caf pode
existir uma aplicao de correio eletrnico mas ela no est configurada com
os dados da nossa conta. No muito prtico e seguro estar a configurar uma
aplicao sempre que acedemos a um novo computador.
Exemplo de uma aplicao cliente de correio eletrnico, o Mozilla Thunderbird a correr em Mac OS X.
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Servios fundamentais | 33
Com o crescimento da Web surgiu um novo tipo de aplicao de correio
eletrnico, designado por webmail. Neste tipo de servio, a partir de uma
simples pgina Web, possvel realizar as mesmas operaes de consulta
e envio de correio eletrnico disponibilizadas por uma aplicao cliente.
Atravs de webmail possvel utilizar o servio de correio eletrnico a
partir de qualquer computador ligado Internet. O utilizador s precisa
de um navegador Web, introduzir o URL do seu servio e preencher um
pequeno formulrio com o seu endereo de correio eletrnico e respetiva
palavra-passe. Estas aplicaes so muito interessantes para quem no
acede Internet sempre a partir do mesmo computador. No entanto, tm
a desvantagem de necessitarem sempre de acesso Internet, mesmo que
seja apenas para ver mensagens antigas.
Atualmente, as aplicaes de correio eletrnico disponibilizam tambm
algumas funcionalidades adicionais. Por exemplo, normal terem um gestor
de contatos que permite guardar os nossos contatos, incluindo o nome,
endereo de correio eletrnico e telefone. Esta funcionalidade muito
interessante porque a informao necessria para enviar uma mensagem a
algum fica armazenada e facilmente acessvel a partir da aplicao. Deste
modo, no temos que memorizar os endereos dos nosso contatos. Tambm
normal as aplicaes disponibilizarem um calendrio onde podemos
marcar as diferentes atividades que iremos ter ao longo dos prximos dias,
por exemplo, marcar as datas das provas de avaliao na escola.
Um servio adicional muito importante a possibilidade de ativar filtros
de anti-SPAM. As mensagens eletrnicas de SPAM so mensagens que
recebemos no nosso correio eletrnico sem as termos solicitado.
Exemplo de aplicao de webmail, o Yahoo! Mail.
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34 | Fundamentos bsicos da Internet
So exemplo de SPAM mensagens com publicidade, mensagens que
procuram obter dados pessoais para uma possvel utilizao maliciosa
ou mesmo mensagens com vrus. Com um filtro de anti-SPAM, o servio
de correio eletrnico analisa todas as mensagens que recebemos e caso
considere que uma mensagem SPAM coloca-a numa caixa especial com
o nome SPAM, JUNK, LIXO ou Correio recebido no solicitado.
1.2.2. Introduo a uma aplicao de correio eletrnico
Para criar a conta de correio eletrnico vamos utilizar o servio Google
Mail (gmail). Por parte dos autores deste manual no h uma preferncia
especial por qualquer um dos servios apresentados anteriormente. No
entanto, em alguns exerccios posteriores deste manual e do 12 ano,
sero introduzidos servios que sero mais simples de utilizar tendo uma
conta do gmail. Por esse motivo, a escolha recaiu pelo gmail. No entanto,
podes experimentar aceder aos vrios servios apresentados, criar uma
conta e descobrir aquele que mais do teu agrado.
Criao de contas
Para criar uma conta no gmail vamos utilizar um navegador Web (na
prxima seco iremos explicar melhor a utilizao deste tipo de
aplicaes). Se ests a utilizar o Edubuntu ento o navegador que vem por
defeito no sistema operativo o Mozilla Firefox.
Mais informao
Apesar de se poder consultar as mensagens dessa caixa, na maioria
dos casos o melhor deixar apenas as mensagens por l e no as abrir.
i
EXERCCIO PRTICO
Para criares a tua conta de correio eletrnico executa os seguintes passos:
1. Abre o navegador Web e introduz o URL http://mail.google.com. Vai at ao final da pgina e altera a interface
para a lngua Portuguesa. S tens que abrir o menu e escolher a opo Portugus (Portugal).
Pgina de entrada do servio de mail do Google.
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Servios fundamentais | 35
2. Para avanar com a criao da tua primeira conta clica no boto CRIAR UMA CONTA;
Para criar uma conta no google vais ter que seguir 3 passos. O primeiro passo o formulrio para
introduzires os teus dados pessoais e escolheres o teu endereo de correio eletrnico. Preenche os dados
de acordo com as seguintes indicaes:
Nome: o teu nome e apelido;
Escolha o seu nome de utilizador: escrever o endereo de correio
eletrnico que desejares, do tipo [email protected].
Pode ser necessrio fazer algumas tentativas at encontrares o
nome de utilizador que pretendes disponvel, ou seja, que ainda
no tenha sido utilizado por outra pessoa;
Criar uma palavra-passe: introduzir um conjunto de letras e
nmeros que s tu deves conhecer. Esta palavra vai ser o teu
segredo para garantir que s tu consegues entrar na tua conta
de correio eletrnico. Evita criar uma palavra-passe que possa
ser descoberta facilmente por outros utilizadores, por exemplo,
no utilizes o teu nome ou sequncias de teclas do tipo 12345;
Confirmar palavra-passe: introduzir a mesma palavra do campo
anterior. Nesta fase muito importante garantires que no vais
esquecer esta palavra. Talvez seja melhor escreveres a palavra
num caderno pessoal;
Data de nascimento e Sexo: preencher com os teus dados pessoais;
Telemvel: no obrigatrio preencher e por isso podes deixar
em branco;
Outro endereo de e-mail: se tiveres outro endereo de correio
eletrnico podes coloc-lo neste campo. Este endereo ser
utilizado para te ajudar a recuperar a palavra-passe, caso venha
a ser necessrio. Mas no obrigatrio preencher;
Prove que no um rob: esta uma proteo utilizada pelos
servios online para garantir que so pessoas que esto a criar
uma nova conta e no um programa informtico. Tens que
identificar as letras e nmeros que aparecem na imagem e escrev-los no campo indicado. Se estiveres
com dificuldades em interpretar a imagem podes utilizar os elementos de ajuda que so disponibilizados
nessa caixa;
Localizao: procura e escolhe Timor-Leste.
Clica no quadrado junto ao texto que diz que concordas com os termos de utilizao e com a poltica de
privacidade da Google. Sem concordares com esses termos no possvel criar a conta;
Avana para o passo seguinte!
Formulrio para criao de conta.
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36 | Fundamentos bsicos da Internet
3. O segundo passo a construo de um perfil que ficar associado a todos os servios que venhas a utilizar do
Google. Se quiseres, podes escolher uma fotografia tua para associar a esse perfil. Mas podes avanar para o
passo seguinte sem preencher esta parte;
4. O terceiro passo s para informar que a conta foi criada e j pode ser utilizada. Segue o link Continuar para gmail;
5. Parabns! Agora j tens uma conta de correio eletrnico do gmail!
Ao entrares na tua pgina do gmail ests na interface webmail do servio. A partir desta pgina podes realizar
todas as operaes de envio e recepo de mensagens de correio eletrnico. A seguir vamos abordar as principais
operaes e aprender a realizar essas operaes.
A interface de webmail do Google Mail.
Configurao de contas numa aplicao cliente
Embora as interfaces webmail sejam normalmente muito interessantes,
um utilizador pode desejar aceder sua conta atravs de uma aplicao
cliente de correio eletrnico, nomeadamente se tiver um computador que,
normalmente, apenas ele utiliza. No caso do Edubuntu, a aplicao por
defeito o Evolution e, por esse motivo, ser a utilizada para demonstrar
esta funcionalidade.
No Edubuntu, para abrir o Evolution necessrio aceder ao menu
Aplicaes -> Escritrio -> Email e calendrio Evolution.
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Servios fundamentais | 37
O primeiro e fundamental passo ao configurar uma aplicao cliente de
correio eletrnico associar-lhe uma conta.
Para adicionar uma nova conta ao Evolution (por exemplo uma conta de
gmail, como a que criaste no exerccio da seco anterior) os passos so:
1. Aceder ao menu da aplicao Editar -> Preferncias e na janela de
Preferncias escolher Adicionar. O assistente de contas do Evolution
ativado e ir assistir no processo de criao de uma conta;
A janela de preferncia do Evolution.
A interface do Evolution sem contas de correio associadas.
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38 | Fundamentos bsicos da Internet
2. O primeiro passo do Assistente refere-se s opes
de Identidade. neste ponto que se indicam os
dados pessoais como o nome e o endereo de
correio eletrnico (como o do gmail);
3. No passo seguinte A receber mensagens so
introduzidas as definies do servidor de correio
eletrnico associadas conta. Este quadro apresenta
algumas questes mais tcnicas que no relevante
explorar porque a maioria das aplicaes cliente
conseguem preencher estes dados automaticamente
a partir do endereo introduzido no passo anterior. O protocolo IMAP surge automaticamente selecionado para
uma conta do gmail e a opo mais adequada para este tipo de contas. Com este protocolo, tudo o que fazemos
na aplicao cliente e na interface webmail automaticamente sincronizado e todas as nossas mensagens so
mantidas no servidor para que possam ser consultadas a partir de qualquer lado.
Configurao de protocolo de acesso conta de correio eletrnico.
4. Nas Opes de receo, definir o modo como a
aplicao cliente dialoga com o servidor de correio
eletrnico. A nica sugesto de alterao que deves
ter em ateno a opo para verificar
automaticamente se existem novas mensagens no
servidor. Esta opo muito til mas tambm pode
implicar um maior consumo de trfego de dados da
Internet porque a aplicao estar a verificar
periodicamente se h novas mensagens para
descarregar. Se essa opo no for selecionada, o
Evolution tem um boto Enviar / Receber que
permite fazer essa verificao manualmente;
Opes de recepo de mensagens no Evolution.
Identidade de conta no Evolution.
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Servios fundamentais | 39
5. As opes de enviar mensagem do quadro seguinte
tambm aparecem preenchidas por defeito.
Nesta configurao (ver figura) indica-se que so
utilizados os servidores do gmail sempre que
que se enviar uma nova mensagem. necessrio
efetuar uma alterao na rea de configurao de
servidor. A opo Servidor requer autenticao
tem que ser selecionada para que o gmail permita
que as nossas mensagens sejam enviadas;
6. Como passo final na configurao, surge o quadro
Gesto de contas. Este quadro serve apenas para
decidir como que esta conta vai ser identificada
na interface do Evolution. Normalmente utilizado
o valor que aparece j preenchido. Avana esses passos e clica no
boto final Aplicar.
Depois deste passo final a conta de correio eletrnico j est associada ao
Evolution! Para que a aplicao possa ter acesso conta de correio
eletrnico ser necessrio fornecer a palavra-passe.
No final o Evolution apresenta na barra lateral esquerda a conta de correio
eletrnico que foi configurada.
Introduo de palavra-senha no Evolution.
Opes para envio de mensagens no Evolution.
Dica
Se o computador que se estiver a utilizar for pessoal e s o prprio utilizador aceder ao Evolution ento deve ser escolhida a opo Recordar esta senha. Se o computador for utilizado por mais pessoas no deve ser escolhida essa opo porque, desse modo, qualquer pessoa que utilize esse computador vai passar a ter acesso a essa conta de correio eletrnico.
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40 | Fundamentos bsicos da Internet
Para consultar as mensagens que foram enviadas para essa conta bastar
abrir a Caixa de Entrada. Para uma nova conta, normal encontrar algumas
mensagens de boas vindas enviadas pelo servio de correio eletrnico.
Para ver o contedo de uma mensagem muito simples. Basta clicar numa
mensagem na rea do lado direito em que aparecem as vrias mensagens listadas.
Repara que na listagem de mensagens, uma mensagem que j foi lida deixa de
aparecer a negrito. Este um comportamento que vais encontrar na maioria
das aplicaes de correio eletrnico e serve para nos ajudar a identificar quais as
mensagens que j foram lidas.
A caixa de entrada no Evolution.
Visualizar uma mensagem no Evolution.
EXERCCIOConfigura no teu computador a tua conta de gmail que criaste no exerccio anterior de acordo com os passos que
acabmos de apresentar.
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Servios fundamentais | 41
Envio de correio eletrnico
Uma mensagem eletrnica
constituda por alguns campos que
so iguais em todas as aplicaes de
correio. Esses campos so definidos
pelo prprio protocolo do SMTP.
Por este motivo, todas as aplicaes
de correio eletrnico so bastante
semelhantes (aplicaes clientes
ou baseadas na Web) e, sabendo
utilizar uma aplicao, no ser
difcil utilizar uma outra qualquer.
Uma mensagem de correio
eletrnico constituda pelos
seguintes elementos:
1. Para (To em ingls): campo
utilizado para identificar o
destinatrio da mensagem. Deve
ser preenchido com o endereo
de correio eletrnico do respetivo destinatrio. A mensagem pode tambm ser enviada para vrios destinatrios.
Nesse caso, os endereos de correio eletrnico devem ser separados por vrgula ,;
2. Cc (do ingls Carbon Copy, que significa cpia do original): funciona do mesmo modo do campo Para mas
tem um significado diferente. Ao colocar um destinatrio em Cc estamos a enviar-lhe a mensagem para lhe dar
conhecimento. Normalmente no esperamos uma reao nossa mensagem por parte dos destinatrios em Cc;
3. Bcc (do ingls Blind Carbon Copy): campo utilizado para dar conhecimento em segredo de uma mensagem. Os
destinatrios em Bcc recebem a mensagem mas os outros destinatrios no tm qualquer indicao que essa
cpia foi enviada para essas pessoas;
4. Assunto (Subject em ingls): funciona como o ttulo da mensagem e nele devemos indicar o assunto da nossa
mensagem. Nas aplicaes de email as mensagens recebidas so identificadas pelo seu autor e assunto. por
isso importante que todas as mensagens tenham um assunto que ajude o destinatrio a rapidamente perceber
o assunto tratado na mensagem;
5. Corpo (Body em ingls): o campo de maiores dimenses e onde deve ser inserido o texto da nossa mensagem;
6. Anexos (Attachments em ingls): o corpo de uma mensagem constitudo apenas por texto. No entanto,
possvel anexar documentos a uma mensagem, por exemplo, um documento pdf ou um conjunto de fotografias.
necessrio ter em ateno o limite mximo da mensagem de acordo com o servio de correio eletrnico que
est a ser utilizado. Por exemplo, no possvel enviar em anexo um vdeo com 200MB de tamanho.
Partes fundamentais de uma mensagem de correio eletrnico.
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42 | Fundamentos bsicos da Internet
No Evolution, para escrever uma nova mensagem podes
utilizar um dos seguintes modos:
menu Ficheiro -> Novo -> Mensagem de email
boto na barra de topo Novo -> Mensagem de
email
Na janela de envio de uma mensagem encontram-
-se disponveis todos os campos mencionados
anteriormente. Depois de devidamente preenchidos
os campos obrigatrios (Para, Assunto e Corpo)
a mensagem pode ser enviada para os destinatrios
clicando no boto Enviar.
Para ajudar a escrever o texto da mensagem esto disponveis vrias
ferramentas j analisadas nas aplicaes de produtividade abordadas no
manual do 10 ano. Por exemplo, possvel copiar e colar texto, alterar o
alinhamento do pargrafo e alterar o estilo do texto.
Ao enviar uma mensagem a partir da interface de webmail do gmail vais
encontrar um conjunto de opes muito semelhantes. A diferena mais
visvel na designao utilizada para escrever uma nova mensagem que,
neste caso, se chama Compor.
Interface para envio de nova mensagem no gmail.
Desafio
Explora a interface do gmail e verifica se consegues identificar todos os
elementos de uma mensagem de correio eletrnico. Alguns campos podem aparecer, por defeito, escondidos.
!
Janela para envio de nova mensagem no Evolution.
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Servios fundamentais | 43
Receo de correio eletrnico
Quando uma mensagem recebida, depois de devidamente lida, podemos
realizar as seguintes tarefas:
responder mensagem;
reencaminhar a mensagem para outros destinatrios;
apagar a mensagem;
guardar a mensagem numa caixa.
Responder a uma mensagem
O correio eletrnico um servio de comunicao. , por isso, muito natural
que os utilizadores tenham necessidade de responder s mensagens
recebidas. Os servios de correio eletrnico disponibilizam funcionalidades
que permitem responder a uma mensagem de um modo muitos simples:
Responder (Reply em ingls) - permite responder diretamente ao
remetente da mensagem. A aplicao cria automaticamente uma nova
mensagem em que o destinatrio a pessoa que enviou a mensagem
inicial. Para facilitar a comunicao uma cpia do texto da mensagem
anterior inserida, por defeito, no corpo da nova mensagem;
Responder a todos (Reply to all em ingls) - funciona do mesmo modo
que o responder mas a nova mensagem ser enviada para todos os
destinatrios da mensagem original.
Reencaminhar a mensagem para outros destinatrios
Quando recebemos uma mensagem, por vezes pretendemos dar
conhecimento desse assunto a outras pessoas e, por isso, temos a
necessidade de a reencaminhar para outros destinatrios. As aplicaes de
correio eletrnico tm, por defeito, uma funcionalidade de reencaminhar
(Forward em ingls) uma mensagem. Quando essa opo selecionada
a aplicao cria uma nova mensagem copiando o assunto e o corpo. O
campo Para fica vazio para que seja indicado o novo destinatrio.
Mais informao
As mensagens, tal como qualquer outro documento de texto, podem ser imprimidas. Mas deves ponderar sempre se vale realmente a pena imprimir uma mensagem de correio eletrnico. As mensagens ficam guardadas na tua conta e por isso, na maioria das situaes, no deves precisar de uma cpia em papel. Para imprimir acede ao menu Ficheiro -> Imprimir...
i
Nota
Antes de reencaminhares uma mensagem deves ponderar se o seu autor no poder ficar incomodado com essa partilha. Se tens dvidas, no reencaminhes uma mensagem sem o consentimento do autor.
Dica
Ao receberes uma mensagem, se tens dvida sobre o seu contedo e no conheces quem a enviou poder ser mais seguro apag-la.
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No Evolution, clicando com o boto direito em cima do nome ou endereo de algum que te enviou uma mensagem podes facilmente adicionar essa pessoa tua lista de endereos ou contactos. Desse modo, no futuro ser muito mais simples enviar uma nova mensagem para esse contacto.
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44 | Fundamentos bsicos da Internet
Apagar uma mensagem
As mensagens podem ser apagadas atravs dos elementos de interface
da aplicao ou atravs das teclas de apagar do teclado. No entanto,
muitas das vezes as mensagens no so apagadas. Manter as mensagens
recebidas e enviadas na nossa conta permite que noutra altura qualquer
elas possam ser recuperadas. Hoje em dia existem servios de correio
eletrnico que disponibilizam imenso espao para armazenamento de
mensagens no sendo, por isso, necessrio estar com a preocupao de
apagar as menos relevantes.
Guardar uma mensagem
Como vimos, por defeito, as mensagens de correio eletrnico so recebidas
numa pasta designada por Caixa de Entrada (Inbox em ingls).
No entanto, uma conta de correio eletrnico permite criar pastas e
subpastas para organizar as mensagens recebidas. Em alguns sistemas
as pastas so designadas por caixas. Essas pastas funcionam como as
pastas criadas no disco duro de um computador local. Depois de criadas
as pastas, as mensagens podem ser movidas para a pasta mais indicada e,
desse modo, serem mais facilmente encontradas no futuro. As pastas
necessrias dependem muito da organizao de cada utilizador mas no
aconselhvel deixar todas as mensagens recebidas na Caixa de Entrada.
Uma Caixa de entrada com centenas ou milhares de mensagens pode
tornar o acesso ao correio eletrnico bastante mais lento e difcil de gerir.
No Evolution, para criar uma nova pasta necessrio clicar com o boto
direito do rato em cima do nome da conta. Para criar uma subpasta dentro
de uma pasta j existente necessrio clicar com o boto direito do rato
em cima do nome dessa pasta.
No Evolution, as mensagens podem ser movidas para uma pasta atravs
dos modos ilustrados nas imagens seguintes.
Pastas criadas por defeito com uma conta de gmail no Evolution.
Interface para criar uma nova pasta atravs do Evolution.
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Servios fundamentais | 45
Mover mensagem atravs do menu de opes da mensagem.
Mover mensagem arrastando para dentro de uma pasta.
Mais informao
As mensagens enviadas so automaticamente guardadas numa pasta especial normalmente designada por Correio enviado ou Mensagens enviadas (Sent em ingls). Essa caixa acessvel como qualquer outra caixa de correio.
i
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46 | Fundamentos bsicos da Internet
EXERCCIO
Seguindo as instrues do teu professor relativamente aos servios e aplicaes a utilizar, executa as seguintes
tarefas:
1. Envia uma mensagem para o teu professor escrevendo no assunto Dados de: seguido do teu primeiro
e ltimo nome, por exemplo, Dados de: Manuel Costa. No corpo da mensagem escreve a tua data de
nascimento e morada;
2. Quando receberes a resposta do teu professor deves responder novamente agradecendo a resposta;
3. Envia uma nova mensagem para dois ou trs colegas da turma. Nessa mensagem deves incluir alguma
informao sobre a tua localidade e colocar como anexo uma fotografia desse local;
4. Se receberes uma mensagem de um colega, responde;
5. Cria uma pasta com o nome Turma e move para l todas as mensagens recebidas do teu professor ou de
outros alunos da turma;
6. Conheces algum que viva noutra cidade ou fora de Timor e que tenha uma conta de correio eletrnico? Se
sim, surpreende essa pessoa enviando-lhe uma mensagem a informar que agora j podem conversar mais
vezes porque j tens e sabes utilizar o correio eletrnico!
1.2.3. World Wide Web
Como vimos anteriormente, a World Wide Web o servio mais conhecido
da Internet e pode mesmo ser considerado o grande responsvel pela sua
massificao. Antes da Web, a Internet era essencialmente um espao
para investigadores e outras pessoas com bons conhecimentos na rea
da informtica. A interao com os servios era essencialmente atravs
da insero de comandos em consolas de texto. Este tipo de interface
representava uma grande barreira para o utilizador comum.
A Web introduziu duas grandes novidades:
uma forma de interagir muito simples a partir de um novo tipo de
aplicao designada por navegador Web;
a navegao na informao atravs de um novo modelo de organizao
de informao designado por hipertexto.
O hipertexto
A principal caraterstica de um documento escrito em hipertexto o facto
de permitir que o texto possa conter ligaes (hyperlinks ou links) para
outros documentos a que os utilizadores podem facilmente aceder atravs
de um simples clique do rato ou do pressionar de uma tecla. Na realidade,
o hipertexto pode conter mais do que texto. Tambm possvel incluir no
Nota
Os tipos de interface foram estudados no manual do 10 ano.
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Servios fundamentais | 47
documento tabelas, imagens e vdeos. Cada um desses elementos pode
tambm conter ligaes para outros documentos ou elementos. Quando
os documentos e links incluem mais do que texto, ser mais correto falar
de hipermdia, embora, hoje em dia, o termo hipertexto seja entendido
como podendo envolver todos esses tipos de elementos.
Os documentos de hipertexto so fceis de utilizar e permitem partilhar e
organizar a informao de um modo muito simples.
Antes da Web j existia o conceito de hipertexto. Por exemplo, foram
realizadas experincias na escrita de livros que continham ligaes
entre pginas e permitiam realizar uma leitura no-linear de uma histria.
Tambm foram desenvolvidas aplicaes informticas que permitiam
organizar contedos existentes no computador navegando entre eles
atravs de hipertexto. No entanto, a Web foi a primeira tecnologia a
vulgarizar este conceito, usufruindo da grande vantagem de funcionar
sobre a Internet. Com a Web, as ligaes existentes nos nossos documentos
de hipertexto podem apontar para qualquer outro documento, seja ele
nosso, ou de uma outra pessoa qualquer. Desde que um documento
esteja publicado na Web ele pode ser ligado a partir de qualquer outro
documento da Web. Neste cenrio de ligao sem limites a outros
documentos, o conceito de hipertexto torna-se muito mais poderoso do
que a simples organizao local de contedos. Se uma informao precisa
de ser explorada em mais detalhe no obrigatrio escrever sobre ela.
Podemos encontrar um bom recurso j existente na Web e colocar uma
ligao para esse contedo.
Aplicaes de navegao na WWW
Como vimos anteriormente, para navegar na Web necessrio dispor
de uma aplicao informtica designada por Navegador Web. O primeiro
navegador Web foi inventado em 1990 por Tim Berners-Lee, tambm
criador da Web. Era chamado WorldWideWeb (sem espaos) e mais tarde
foi designado por Nexus.
Curiosidade
O HyperCard da Apple Computer, Inc. foi lanado em 1987 e foi das primeiras aplicaes a apresentar comercialmente o conceito de hipermdia.
?
Representao visual de documentos ligados por hipertexto.
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48 | Fundamentos bsicos da Internet
Em 1993 foi lanado o navegador NCSA Mosaic. Este foi, na realidade, o
primeiro navegador com uma interface visual fcil de utilizar, sendo o
grande responsvel pela exploso inicial da Web.
WorldWideWeb, o primeiro navegador Web.
NSCA Mosaic, o primeiro navegador com uma interface visual.
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Servios fundamentais | 49
Inspirado no Mosaic, em 1994 foi lanado o Netscape Navigator que foi
o navegador mais utilizado at ao Internet Explorer (lanado em 1995),
alguns anos mais tarde, ter ocupado esse lugar. Durante muito tempo o
Internet Explorer foi a aplicao dominante no acesso Web.
Atualmente existem dezenas de navegadores para os diferentes sistemas
operativos. Os mais relevantes so os seguintes:
Nome Empresa Observaes URLInternet
ExplorerMicrosoft
Navegador por defeito dos sistemas operativos
Windows.
http://windows.microsoft.com/en-us/
internet-explorer/products/ie/home
Firefox Mozilla
Nasceu a partir do Netscape Navigator.
Navegador por defeito de muitos sistemas Linux
e um dos navegadores mais utilizados.
http://www.mozilla.org/en-US/firefox/new/
Chrome Google
O navegador mais recente desta lista mas com
um grande crescimento ao nvel do nmero de
utilizadores.
https://www.google.com/chrome
Safari Apple O navegador por defeito dos sistemas Mac OS X. http://www.apple.com/safari/
OperaOpera
Software
No o navegador por defeito de qualquer
sistema operativo. Tem uma utilizao mais
significativa nos smartphones.
http://www.opera.com/
A utilizao dos navegadores tem variado muito ao longo do tempo. A
empresa StartCounter (http://gs.statcounter.com) permite fazer uma
comparao ao nvel da evoluo da utilizao dos navegadores mais
relevantes. interessante ter uma ideia de como a utilizao dos
navegadores tem variado ao longo dos anos.
No Edubuntu, o navegador por defeito o Firefox. Por esse motivo, esse
ser o navegador escolhido para ilustrar as funcionalidades tpicas de uma
aplicao deste tipo.
Dica
No Edubuntu podes instalar outros navegadores Web atravs do menu Aplicaes -> Centro de Software Ubuntu. De seguida escolhe a categoria Internet e a subcategoria Navegadores Web.
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50 | Fundamentos bsicos da Internet
1.2.4. Introduo a uma aplicao de navegao na WWW
Caratersticas
Os navegadores Web so aplicaes informticas que, embora variando
de aspeto visual, mantm caratersticas comuns entre si, nomeadamente:
1. Menu da aplicao: tal como nas outras aplicaes informticas um
navegador tem um menu da aplicao onde possvel encontrar todas
as funcionalidades da aplicao;
2. rea de separadores (Tabs em ingls): um navegador Web permite navegar em vrias pginas ao mesmo
tempo. Os separadores podem ser adicionados livremente e, cada um, permite carregar uma pgina Web;
3. Barra de navegao: a barra de navegao contm os elementos fundamentais para navegar na web:
Setas de navegao: permitem navegar entre as pginas visitadas num separador. Por exemplo, aps
seguir uma ligao de hipertexto possvel voltar pgina anterior atravs da seta Retroceder ou
Recuar (Back em ingls);
Caixa de endereo (URL): permite especificar (introduzindo o URL) para onde se pretende navegar. Quando
navegamos entre pginas, o campo automaticamente atualizado de modo a mostrar o URL da pgina
que est a ser visualizada no momento;
Caixa de pesquisa: mais frente iremos ver a importncia que a pesquisa tem na Web. Esta caixa de
pesquisa est presente em todos os navegadores e serve de atalho para os principais motores de pesquisa
existentes;
Boto de pgina inicial: todos os navegadores tm uma pgina inicial que apresentada quando a aplicao
aberta. Este boto leva o navegador para a sua pgina inicial, que pode ser definida pelo utilizador.
4. rea da pgina: esta a rea no navegador onde as pginas Web so mostradas e onde o utilizador pode
interagir com o seu contedo.
Nota
Os conceitos introduzidos nesta seco so comuns a todos os
navegadores Web. Os contedos apresentados podero facilmente ser
aplicados a qualquer um dos outros navegadores mais comuns.
Dica
No Firefox, em Edubuntu, podes
alterar a pgina inicial acedendo ao menu
Editar -> Preferncias. No separador Geral
encontras um campo onde podes introduzir
o URL que o navegador vai abrir por defeito.
reas principais do navegador Firefox 10 em Edubuntu.
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Servios fundamentais | 51
Navegao na WWW
Navegar na Web muito simples e, normalmente, comea-se por visitar
um URL conhecido. Vamos ver um exemplo prtico.
Um utilizador deseja saber as ltimas notcias do Governo de Timor-Leste
e sabe que o URL para o respetivo stio Web http://timor-leste.gov.tl.
Para dar incio navegao necessrio:
abrir o navegador Web. No Edubuntu, por defeito, tens o Firefox
disponvel. Pode ser chamado a partir do cone do Firefox ( ) que
est disponvel na barra de topo do sistema operativo ou atravs do
menu Aplicaes -> Internet -> Firefox Navegador Web;
introduzir na caixa de endereo o URL pretendido (http://timor-leste.
gov.tl) e carregar na tecla Enter;
dependendo da velocidade de acesso Internet, a pgina inicial do Governo
de Timor-Leste poder demorar poucos segundos at alguns minutos a
aparecer no navegador Web. Aguarda que a pgina esteja carregada para
comear a ver as ltimas notcias do Governo de Timor-Leste.
Muitas vezes, os contedos de uma pgina ocupam mais espao do que aquele
disponvel na rea de visualizao da aplicao. Os navegadores Web tm barras
de scroll (deslocamento) que, tal como noutras aplicaes que j conheces,
permitem deslocar os contedos da pgina na vertical e na horizontal.
Pgina inicial do stio Web do Governo de Timor-Leste (em Abril 2012).
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52 | Fundamentos bsicos da Internet
Na pgina da imagem anterior possvel identificar uma rea de notcias
que contm pequenos excertos da notcia. Quando se passa o cursor pelo
ttulo de uma notcia (ou pelo texto ver mais) o formato do cursor
alterado. Este comportamento indica que estamos perante uma ligao
de hipertexto! Clicando nessa ligao podemos verificar que:
o URL da pgina muda automaticamente;
a nova pgina comea a ser carregada pelo navegador Web.
Para regressar pgina anterior s necessrio clicar no boto
Retroceder ( ) da barra de navegao.
Os contedos de uma pgina podem conter vrios elementos multimdia
e tambm vrios elementos de interao. Por exemplo, neste stio do
Governo de Timor-Leste podemos encontrar:
Navegao para a pgina de uma notcia.
Nota
O ttulo do navegador tambm muda de acordo com a pgina visitada.
Repara na mudana entre as duas imagens anteriores.
Mais informao
Tradicionalmente as ligaes de uma pgina Web eram assinaladas atravs de palavras sublinhadas. Hoje em dia h muitos stios Web que j no seguem essa
estratgia. Mas ainda h muitos locais onde a existncia de um elemento de texto sublinhado uma pista para encontrar uma ligao.
i
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Servios fundamentais | 53
menus de seleo semelhantes aos de uma aplicao, cujas opes s
so visveis quando o cursor se encontra sobre eles;
formulrios que permitem introduzir dados para realizar uma qualquer
operao na pgina. Neste exemplo, temos um formulrio de pesquisa
no stio Web;
ligaes de configurao que permitem alterar o aspeto ou
configuraes da pgina. Neste caso, permitem alterar a lngua utilizada
no stio Web.
Estes so apenas alguns exemplos de elementos de interao que podem
existir numa pgina Web. Com a prtica vais encontrar outros elementos
e perceber como funcionam.
Favoritos e histrico
Quando navegamos na Web normal encontrar
algumas pginas que gostaramos de guardar para
mais tarde visitar. Embora seja possvel anotar os URL
num documento qualquer, todos os navegadores
disponibilizam uma funcionalidade para guardar os URL
favoritos de um utilizador.
No Firefox, os URL favoritos so designados por
Marcadores. Noutros navegadores podero chamar-
-se Favoritos ou, em ingls, Bookmarks.
No Firefox, um marcador para uma pgina Web pode
ser adicionado atravs do menu Marcadores -> Adicionar marcador...
(esta opo tambm pode ser ativada atravs das teclas Crtl + D).
Adicionar um marcador no Firefox.
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54 | Fundamentos bsicos da Internet
Um marcador tambm pode ser adicionado
rapidamente atravs da estrela que se encontra na
barra de navegao. Neste caso, o utilizador no tem a
possibilidade de definir o nome com que fica guardado
o marcador.
Os marcadores guardados ficam armazenados e podem ser consultados
de diversos modos. Por exemplo:
no menu Marcadores -> Marcadores recentes;
na Biblioteca do Firefox acessvel a partir do menu Marcadores ->
Mostrar todos os marcadores;
na Barra de marcadores que possvel ativar no menu Ver -> Barras de
ferramentas -> Barra de marcadores. Esta barra pode ser muito til
para guardar os marcadores para as pginas frequentemente mais
visitadas. Os marcadores podem ser arrastados diretamente para esta
barra.
Os marcadores podem ser organizados em pastas para facilitar a sua gesto.
Os navegadores atuais tambm tm funcionalidades adicionais como, por
exemplo, uma lista de marcadores gerida automaticamente que apresenta
ao utilizador os marcadores das pginas mais visitadas por si.
O menu de marcadores mais recentes no Firefox.
Adicionar um marcador no Firefox utilizando a barra de navegao.
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Servios fundamentais | 55
Histrico
Uma outra funcionalidade interessante de todos os navegadores a
existncia de um histrico da nossa navegao na Web. Deste modo,
possvel encontrar um URL de uma pgina visitada recentemente ou,
visitada h alguns meses.
No Firefox o histrico das pginas visitadas mais recentes pode ser visto
diretamente no menu Histrico.
O histrico completo pode ser visitado atravs da Biblioteca do Firefox,
disponvel atravs do menu Histrico -> Mostrar todo o histrico.
Plugins e add-ons
Os navegadores atuais so construdos de modo a que as suas capacidades
base possam ser melhoradas e aumentadas, atravs de pequenos
programas adicionais.
Estes programas extra podem adicionar funcionalidades muito teis aos
navegadores Web. Por exemplo:
ferramentas para bloquear publicidade indesejada;
utilitrios para descarregar vdeos de stios como o Youtube;
integrao de algumas ferramentas de comunicao externas;
ferramentas para auxiliar os programadores de pginas Web.
Mas h muito mais! Para veres os extras disponveis para o Firefox deves
aceder ao menu Ferramentas -> Extras.
Histrico de pginas visitadas mais recentes.
Mais informao
Os marcadores e as pginas visitadas podem ser apagados do navegador.