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1 - 19 TELEVISORES - Princípios de funcionamento http://www.electronica-pt.com/index.php/content/view/12/26/#FI A televisão tem um funcionamento técnico diferente para cada um dos Standards TV atualmente utilizados. Os Sistemas Pal, Ntsc e Secam são os sistemas usados globalmente, com alguns destes sistemas a sofrerem algumas adaptações e derivações locais. Esquemas de Televisores Figura 1 – Diagrama de Blocos de uma TV Sintonizador - Tuner CAG - AGC FI - Freq. Intermédia FI - Freq. Intermédia Aúdio Saída Áudio Luminância c Crominância Deflexão Cinescópio - Tubo de Imagem – CRT Separador de Sincronismo Osc Vertical Osc Horizontal Fonte de Alta Tensão Fonte de Alimentação Microprocessador

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TELEVISORES - Princípios de funcionamento

http://www.electronica-pt.com/index.php/content/view/12/26/#FI

A televisão tem um funcionamento técnico diferente para cada um dos Standards TV atualmente utilizados. Os Sistemas Pal, Ntsc e Secam são os sistemas usados globalmente, com alguns destes sistemas a sofrerem algumas adaptações e derivações locais. Esquemas de Televisores

Figura 1 – Diagrama de Blocos de uma TV

• Sintonizador - Tuner • CAG - AGC • FI - Freq. Intermédia • FI - Freq. Intermédia Aúdio • Saída Áudio • Luminância c • Crominância • Deflexão • Cinescópio - Tubo de Imagem – CRT • Separador de Sincronismo • Osc Vertical • Osc Horizontal • Fonte de Alta Tensão • Fonte de Alimentação • Microprocessador

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• Circuitos controle – Comandos • Circuito ABL

Sintonizadores - Tuners TV

Os sintonizadores ou tuners, são os dispositivos responsáveis pela recepção do sinal de rádio frequência que transporte o sinal de televisão. São circuitos que funcionam com altas frequências, encontram-se por isso dentro de blocos com blindagem para não serem afectados por interferências exteriores. Este circuito permite poucas possibilidades de reparação, normalmente é concebido com tecnologia SMD o que limite consideravelmente a sua reparação. Para descartar avarias nesta área verifica-se os terminais de alimentação e funcionamento normal do dispositivo. Na figura 2 é mostrado um Sintonizador.

Figura 2 - Sintonizador de TV -Turners

AGC - Controle Automático de Ganho (CAG)

Um sistema Receptor de Rádio Freqüência que funcione a partir de um sinal fornecido por uma antena deve ter um sistema para controlar o ganho. Isto é necessário porque o sinal captado pela antena pode apresentar grandes flutuações de nível de amplitude provocada por inúmeros fatores externos durante o percurso (temperatura, umidade , estática, obstáculos moveis, etc.), este conjunto de fatores influencia o nível de sinal recebido, havendo portanto, a necessidade de se ter um sinal estável que possibilite a recepção constante e sempre o mesmo sinal de utilização. A utilização de um amplificador de RF com um ganho fixo faz com que, no caso de TV, a imagem e ou o som tenha variações. A variação de nível do sinal de entrada, pode atingir variações na ordem das 1000 vezes. Os sistemas de RF, têm dois blocos distintos:

• TUNER – Que faz a seleção e sintonia do canal desejado. • FI – Amplificador de freqüência intermédia fixa, que faz a amplificação do sinal selecionado

pelo TUNER. O diagrama de Blocos da figura 3 mostra om Turner e o FI realimentado pelo CAG.

Figura 3 – Diagrama de Blocos do Turner, FI e CAG

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Todos os circuitos geram ruídos, porém para uma avaliação mais exata da perturbação, consideramos a relação entre o sinal e o ruído, assim, quanto maior for essa relação (sinal > ruído) menos perturbador será. O TUNER é o componente mais critico nesta cadeia porque funciona a partir de sinais com valores muito pequenos (micro-volts). Para melhorar a relação sinal/ruído o TUNER deve funcionar sempre no máximo ganho para sinais fracos.

Funcionamento do AGC ou CAG

Pelo funcionamento dos componentes de recepção de RF, o controle automático de ganho processa-se em duas etapas independentes:

• A primeira atua sobre o amplificador de FI(Freqüência Intermédiaria) e a segunda atua sobre o sintonizador ou tuner .

O funcionamento deste sistema visa fornecer sempre um nível constante de sinal de saída, independente do nível do sinal de entrada e exibir uma boa relação sinal/ruído para os sinais fracos e ausência de compressão (saturação) para os sinais mais fortes . O sinal de controle de ganho que é dirigido ao amplificador de RF é conhecido por AGCRF , enquanto que o sinal de controle de ganho que é dirigido ao amplificador de freqüência intermediária é conhecido por AGCFI ou simplesmente AGC . Os dois sinais possuem comportamentos específicos. No gráfico da figura 4, o eixo X identifica o nível do sinal de entrada fornecido pela antena e o eixo Y mostra o fator de redução de ganho (atenuação) dos respectivos estágios.

Figura 4 – Gráfico do Sinal de Entrada x fator de atenuação dos estágios AGC-FI e AGC-RF

Para sinais fracos, abaixo de 1 mV, o AGC de RF mantém o sintonizador na condição de máximo ganho. Na medida em que o sinal captado pela antena é mais intenso, o AGC de FI comanda a redução de ganho do estágio de FI, enquanto que o sintonizador continua com o ganho máximo. Esta condição garante a melhor relação sinal/ruído para sinais fracos. Quando a amplitude do sinal atinge 1 mV (este valor poderá ser diferente em função do equipamento), o estágio de FI já atingiu a sua máxima atenuação, entrando em ação agora a redução de ganho do sintonizador, evitando-se a saturação do sinal. Com este sistema , a etapa de RF torna-se apta a trabalhar com sinais muito pequenos (da ordem dos micro volts) até sinais de razoável amplitude (da ordem dos 100 mili-volts ou mais). O inicio do funcionamento do AGC de RF apenas atua, após o sinal atingir um determinado nível de amplitude, é comum designar esse comportamento como ajuste de retardo ou "delay" . A figura 5 mostra um esquema de ajuste do AGC de RF.

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Figura 5- Esquema de ajuste do AGC de RF

Circuito de deflexão Vertical TV

Este circuito movimenta o feixe de elétrons de cima para baixo na tela. Está ligado nas bobinas de deflexão vertical (BDV) do Yoke. Na placa do TV identificamos facilmente o CI de saída vertical, é um CI de potência ligado nas bobinas de deflexão. No circuito vertical tem-se:

• Oscilador vertical. • Ajustes do vertical (altura e linearidade).

Figura 6 – Circuito Oscilador vertical

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Oscilador vertical - Produz um sinal "dente-de-serra" de 50 ou 60 Hz (depende do sistema). Saída vertical - Amplifica o sinal produzir um campo magnético na BDV. Capacitor de acoplamento - Deixa passar o sinal e bloqueia a tensão contínua (+B). Resistência de controle BDV (R2) - É uma resistência de baixo valor (menos de 10 �) usada para controlar a altura da imagem. Quanto maior o tamanho da tela menor será o valor desta resistência. Potenciômetro de altura - Também chamado de "v. size" ou "v.height" está ligado à resistência em série com a BDV para controlar a altura do quadro. Os TV´s mais modernos não usam este potenciômetro, a função é controlado pelo remoto.

Proteção do Vertical

No Micro existe um pino de PROT (Protection), quando o micro é ativado desliga a alimentação do TV. Quando o vertical, sai tensão de um dos pinos do CI do Vertical atuando a proteção e desligando a fonte de alimentação do TV. A figura 7 mostra o esquema de atuação dessa Proteção do Vetical.

Figura 7 – Esquema de Proteção do Vertical

Para se analisar avarias neste circuito, desliga-se o circuito de verificação do +B no Micro e verifica-se se o vertical está funcionando.

Circuito Horizontal TV

O circuito de deflexão horizontal tem duas funções principais como é mostrado no esquema elétrico da figura 8:

• Movimentar o feixe eletrônico da esquerda para a direita na tela • Produzir alta tensão (MAT) para o cinescópio funcionar.

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Transformador de Linhas (Fly-back ou transformador de saída horizontal), de onde sai o cabo de MAT para o cinescópio;

1. Saída horizontal, transistor grande ao lado do Transformador; 2. Circuito integrado Oscilador.

Figura 8 – Esquema Elétrico de Circuito Saída Horizontal

CI - O oscilador geral um sinal 15.750 Hz (PAL-M - Brasil). ou 15625 (PAL - Portugal) Pré - Recebe o sinal do CI, amplifica e o envia para a saída horizontal. Driver - É um pequeno transformador usado para levar o sinal do pré à saída horizontal e bloquear o +B do coletor do pré à base do saída horizontal. Saída horizontal - É um transistor de potência perto do transformador de linhas. Recebe o sinal do pré na sua base e oscila à freqüência do horizontal injetando o sinal no Fly-back amplificado. é também a área que costuma apresentar um maior número de avarias, um dos circuitos circundantes pode trazer problemas a este componente. Aa análise e substituição do transistor deve ser verificada com algum cuidado. Transf.Linhas (Flyback) - Recebe o sinal horizontal e produz muita alta tensão de +/-25.000 V (MAT) que será aplicada no cinescópio. O Transf.Linha também produz outras tensões: focagem (+/-7.000 V) com ajuste para controlar a nitidez da imagem; screen (400 V) com ajuste para controlar o brilho; e para acender o filamento do tubo (cerca de 6 VAC). O filamento do tubo funciona com tensão contínua ou alternada. Como o fly-back funciona com C.A. de alta freqüência (15.750 Hz), seu núcleo é de ferrite. Devido às condições extremas de funcionamento, é um dos componentes mais sujeito a avarias dentro de uma TV, um teste ao flyback é fundamental quando existem problemas nesta área. Bobina defletora (BDH ou yoke) e capacitor de acoplamento - A BDH recebe os pulsos do coletor do saída horizontal, os quais farão circular uma corrente dente-de-serra de 15.750 Hz pelos enrolamentos. Assim será criado o campo magnético que movimentará os elétrons da esquerda

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para a direita na tela. A BDH são as bobinas interiores do yoke. O capacitor de acoplamento é de poliéster de valor elevado (0,22 a 0,82 µF) e de tensão entre 200 e 400 V ligado em série com a BDH. Tem como função bloquear o +B de 100 V do coletor do saída horizontal, impedindo-o de ir para o terra. Capacitor de largura - É um capacitor de poliéster ligado ao coletor do transistor de saída. Controla a largura (tamanho horizontal) da imagem. Este capacitor tem baixo valor (2,2 a 10 nF), com uma tensão de trabalho de 1.600 ou 2.000 V). Quando este capacitor está com valor muito reduzido pode queimar a saída horizontal ou aumentar o MAT excessivamente. ABL - Limitador de Brilho automático

Proteção X RAY CI FAZ TUDO

Quando o MAT ou brilho ficam elevados, uma das fontes do flyback ativa o pino de proteção X-RAY do CI FAZ TUDO, o horizontal desliga-se. O esquema da figura 9 mostra este circuito de proteção.

Figura 9 - Esquema Elétrico da Proteção X RAY CI FAZ TUDO

Para se analisar avarias neste circuito, desliga-se o zener do pino do faz tudo e verifica-se se existe anomalia neste circuito

Proteção de Aumento de MAT ou Brilho no Micro

No Micro existe um pino de PROT (Protection), quando ativado o micro desliga a alimentação do tv. Quando o MAT é muito elevado, sai tensão de um dos pinos do transformador de linhas(flyback) ativando a proteção e desligando a fonte de alimentação do TV conforme mostra a figura 10.

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Figura 10 - Esquema Elétrico de Proteção de Aumento de MAT ou Brilho no Micro

Para se analisar avarias neste circuito, desliga-se o circuito de verificação do +B no Micro. Se o TV funcionar o problema está no circuito de proteção que atua indevidamente. Se existir Brilho excessivo, verificar o +B, tensão da grelha 2(grade), tensão de coletor de uma das saídas RGB com valor baixo. O excesso de MAT pode ter como causa o capacitor de largura ou o capacitor de booster.

Fonte de Alimentação TV

São constituídas de duas etapas: Uma fonte comum e outra chaveada como mostra a figura 11.

Figura 11 – Fonte de Alimentação de TV com duas etapas

Fonte Comum

Basicamente constituída de um circuito retificado em ponte com um capacitor de filtragem. Na sua entrada tem-se um circuito de filtro de linha constituído de um capacitor C1 e dois indutores L1 e L2. Tem-se ainda um circuito de Bobina Desmagnetizadora conforme mostra a figura 12.

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Figura 12 – Fonte Comum

Os díodos retificam a tensão alternada da rede, o capacitor de filtragem, em conjunto transformam a tensão para contínua de 150 V ou 300 V se a rede for 220 V. Esta tensão vai para a fonte comutada (chaveada). O fusistor de entrada tem duas funções:

• Proteger a fonte do pico inicial de tensão • Abrir se algum componente entrar em curto na fonte.

As duas bobinas e o capacitor de poliéster na entrada da rede não permitem que a frequência da fonte saia pela rede e interfira em aparelhos circundantes. Circuito de desmagnetização - A bobina de desmagnetização fica enrolada numa fita isolante em volta do TRC. Tem a função de criar um campo magnético alternado com a tensão da rede para desmagnetizar a máscara de sombras. Desta forma evita-se que a imagem apresente manchas coloridas nos cantos da imagem. Esta bobina funciona por poucos segundos até que o termistor PTC aqueça, aumente sua resistência e diminua bastante a corrente.

Fonte Comutada em série

A figura 11 mostra o esquema elétrico de fonte comutada em série.

Figura 11 – Fonte comutada em série

Neste tipo circuito, um transistor (regulador) fica em série com a linha +B. O transistor recebe +B da fonte comum através do primário de um transformador de ferrite (chopper). Através da oscilação deste transformador juntamente com alguns componentes ligados, o transistor funciona como uma chave (ON/OFF), conduzindo e cortando cerca de 15.000 vezes por segundo. Quando conduz, carrega o condensador(capacitor) da saída com 100 V. Quando corta, a tensão do condensador (capacitor) mantém o TV com alimentação.

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Quando se liga o TV, R2 polariza a base do regulador e este conduz, fazendo passar corrente no chopper que induz um pulso no secundário, sendo aplicado na base através de R3 e C3. O regulador então corta, interrompe a corrente, e o chopper induz outro pulso para a base fazendo o regulador conduzir novamente e este ciclo repete-se. A fonte comutada(chaveada) pode por isso auto denominar-se fonte auto oscilante. O +B na saída desta fonte já está estabilizado e vai alimentar o circuito horizontal do TV.

Fonte Comutada em série com CI

A Figura 11 mostra um Esquema Elétrico de uma fonte comutada com CI.

Figura 11 – Esquema Elétrico de uma fonte comutada com CI

No pino 3 entra o +B não estabilizado da fonte comum e no pino 4 sai o +B estável. O pino 2 tem três funções: disparo inicial, oscilação e sincronismo da fonte com o circuito horizontal do TV através de pulsos de 15.750 Hz vindos do transformador de linhas(Flyback-LOPT). Observar como os componentes que mantém a tensão estável na saída da fonte ficam todos dentro do STR. Neste exemplo, como ocorre em várias TV´s, o chopper além de manter a oscilação da fonte, também fornece uma tensão que será retificada e alimentará outros circuitos. O condensador(capacitor) CF entre os pinos 3 e 4 elimina os ruídos gerados pelo comutação do CI. Esta fonte já é bivolt automática. Quando o TV é ligado em 220 V, a fonte comum fornece 300 V para o pino 3 do STR, mas muda a freqüência de oscilação e mantém as mesma tensão no pino 4.

Fonte Comutada em paralelo com STK

O CI é o STK79037 (STK79038) ou IX1791 de 12 pinos. Ao ligar o TV, o pino 5 recebe o +B da ponte retificadora, através do resistor de disparo, alimenta o gate do MOSFET comutador interno e a partir daí a fonte começa a oscilar. Os pinos 1 e 3 recebem uma amostra da tensão da saída através do regulador SE115 IC3 e do fotoacoplador IC2. Assim podem alterar a freqüência e o valor do +B caso exista necessidade de forma idêntica à fonte que usa o CI STR de 9 pinos. A figura 12 mostra o esquema dessa fonte.

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Figura 12 - Fonte de Alimentação com STK

Fonte chaveada em paralelo com Mosfet

A figura 13 mostra o esquema elétrico dessa fonte.

Figura 13 – Esquema Elétrico de Fonte chaveada em paralelo com Mosfet

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O transistor desta fonte é um MOSFET que consome menos energia que um transistor comum para a mesma função. O oscilador e o controle da fonte estão dentro do IC1. Ao ligar o TV, os pinos 2 e 6 recebem uma tensão inicial de disparo e a fonte começa a oscilar. O MOSFET recebe a tensão de entrada no dreno (D) e o sinal PWM no gate (G). O source (S) liga a terra. Assim, existe comutação entre o primário do chopper que transfere a tensão para os secundários originando os +B da fonte. O pino 1 verifica os +B e ajusta a freqüência do CI para efetuar a correção da fonte quando necessária. Também é possível mudar a freqüência da fonte e o valor dos +B manualmente através de uma resistência ajustável ligada no pino 1. O diodo D2 e componentes associados a formam um circuito chamado snubber com duas funções:

• eliminar os ruídos gerados pela oscilação do MOSFET • impedir que os pulsos de tensão negativa induzidos no chopper voltem para a ponte

retificadora e queimem estes diodos.

Fonte Chaveada em paralelo com STR

A Figura 14 mostra a Fonte Chaveada em paralelo com STR.

Figura 14 – Fonte Chaveada em Paralelo co STR

A tensão da fonte comum entra no pino 1 onde está o transistor comutador com tem ligações fora do CI pelos pinos 1, 2 e 3. O CI gera os pulsos PWM internamente, saindo pelos pinos 4 e 5 e indo para a base do comutador (pino 3). O pino 9 do CI recebe dois +B: Um deles vindo da ponte retificadora para o disparo da fonte e o outro retificado e estabilizado pelo transistor Q1, mantendo o CI alimentado. Estabilização do +B - O fotoacoplador IC2 e o regulador IC3 retiram uma amostra do +B e enviam ao pino 7 do STR. Desta forma verifica como está a tensão na saída da fonte. Quando o +B aumenta, o LED do fotoacoplador acende mais intensamente e aumenta a tensão no pino 7 do STR. Isto aumenta a freqüência do oscilador interno do STR, fazendo o comutador cortar a uma freqüência mais elevada reduzindo a tensão induzida no secundário do chopper, assim, o valor do +B volta ao normal. Deficiências no IC2 ou IC3 pode deixar o +B muito baixo ou muito alto.

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Componentes comuns nas fontes de alimentação de televisão

Os componentes mais comuns nas fontes de alimentação são: TDA4605, STRS6707, STK79037, STR50103A, TDA4601. A Figura 15 mostra fisicamente como são estes componentes.

TDA4605 STRS6707 STR50103A TDA4601 Figura 15 – Componentes comuns nas fontes de alimentação de televisão

Circuito ABL (Limitador de Brilho Automático)

O circuito ABL tem como função impedir que o brilho e ou o contraste ultrapasse o limite e rapidamente exista uma deterioração do cinescópio. Em funcionamento normal, a tensão do pino ABL é alta e não afeta o controle de contraste do circuito integrado faz tudo. Quando o brilho ou contraste aumenta, a tensão do pino ABL diminui atuando automaticamente no ajuste de contraste. A figura 16 mostra o Esquema Elétrico do Circuito ABL.

Figura 16 – Circuito Limitador de Brilho Automático

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O circuito ABL ao funcionar de forma deficiente, afeta o contraste da TV ficando com pouco contraste. Alguns TV´s têm circuitos de ABL um pouco mais complexos (Transistores e diodos), no entanto, o princípio de funcionamento é idêntico. Transmitir informação a partir do transformador de linhas (FLYBACK) para os circuitos controladores da tv e compensar o excesso de brilho e ou contraste.

Tubo de Imagem - TRC Tubo de Raios Catódicos – Cinescópio

A Figura 17 mostra o esquema elétrico de um TRC.

Figura 17 – Esquema Elétrico de um TRC

Para que se tenha uma idéia das voltagens dos diferentes pinos de um CRT(Cinescópio ou Tubo de Raios Catódicos) de um televisor a cores, funcionando em condições normais, estas voltagens são exemplificativas. Podem variar do desenho de cada chassis marca e modelo, mas são muito próximas dos valores apresentados. O TRC na presença de circuitos de fontes magnéticas externas pode sofrer magnetização da máscara. O funcionamento normal vai reduzindo a capacidade do cinescópio de reproduzir uma imagem correta, em alguns casos pode-se utilizar um rejuvenescedor cinescópios . Os cinescópios estão neste momento a ser substituídos por telas com tecnologia LCD.

M.A.T.

a MUITO ALTA TENSÃO, produz-se no transformador de linhas e está ligado ao CRT através de um cabo e uma ventosa (chupeta) a voltagem situa-se entre os 12.000 e os 23.000 Volts.

Filamentos

Os filamentos necessitam de uma voltagem de 6 a 12 volts de corrente alternada, normalmente esta tensão sai de um pino do transformador de linhas. Nos televisores a cores temos 3 filamentos

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uma para cada cor, a voltagem é igual para cada uma das cores, esta voltagem chega a partir do transformador de linhas através de uma resistência de baixo valor (0,33 – 6 Ohm). A Figura 18 mostra o esquema de pinagem desses filamentos.

Figura 18 – Esquema de pinagem de Filamentos

Acelerador G2

Esta voltagem que regula o brilho da tela, tem origem no transformador de linhas e é feita através de um potenciômetro. Se forem enviadas muitas voltagens para o cinescópio colocando o potenciômetro no mínimo, a imagem apresenta um brilho muito elevado com linhas de retorno. Caso contrário, se forem colocadas pouca tensão a imagem fica escura ou negra. TENSÃO DE G2: Quanto maior a tensão da G2 maior o brilho, (Se a tensão da G2 for muito alta tem-se o excesso de MAT e o monitor entrará em proteção desligando-se). ex: Com uma tensão de 320V tem-se uma saída clara, com uma tensão de 150V uma saída escura ou sem brilho.

Foco

Também um pino que liga o CRT e o transformador de linhas, é regulado por um potenciômetro, com este ajuste pode-se focar a imagem de modo a conseguir-se uma imagem o mais nítida possível. Tensão entre 4500V A 6000V.

Cátodos

Em cada TRC tem-se três cátodos diferentes, um para cada cor RGB,normalmente deve de haver uma voltagem positiva nos pinos de entrada do TRC, as voltagens podem variar dependendo do chassis e marca, as mais normais oscilam entre os 60 volts e os 85 volts. As tensões entre os três cátodos devem ser muito semelhantes se o televisor estiver sem nenhuma avaria. Se existirem tensões muito diferentes nos cátodos é porque tem-se algum problema. Esta Tensão varia de 60V a 85V dependendo da marca. Esta tensão é inversamente proporcional ao brilho da tela, ou seja, quanto maior a tensão menor o brilho. Um monitor com uma tensão de 110V terá uma saída escura, com uma tensão de 10V teremos uma tela completamente branco.

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Croma – Crominância

A Figura 19 mostra o esquema elétrico de um circuito de Croma.

Figura 19 – Esquema Elétrico de Circuito de Croma

Estrutura básica do Horizontal

A Figura 20 mostra a Estrutura básica de um Oscilador Horizontal.

Figura 20 – Estrutura Básica de um Oscilador Horizontal

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Estrutura Básica do Vertical

A Figura 21 mostra a Estrutura Básica de um Oscilador Vertical.

Figura 21 – Estrutura básica de um Oscilador Vertical

Imagem, Som, Recepção

Os circuitos de imagem têm como função processar os sinais responsáveis pela imagem, cor e som. Nos modelos mais antigos encontravam-se dentro de 3 ou 4 CI´s. Já nos TV´s atuais estão

todos dentro do CI multi-funções. A Figura 22 mostra o Esquema Elétrico de Imagem, Som e Recepção com o CI multi-funções.

Figura 22 – Esquema Elétrico de Imagem, Som e Recepção com CI multi-funções

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Tuner - Encontra-se numa caixa blindada. Recebe o sinal das emissões na antena em radio freqüência, seleciona um canal e transforma em sinais de freqüência intermédia (FI); 1° FI - Amplifica o sinal do seletor para o filtro SAW; SAW - É um filtro de 5 terminais, podendo ser redondo metálico ou retangular de epóxi. Deixa passar os sinais de FI e bloqueia as interferências vindas do seletor; FI - Esta etapa está no CI e amplifica os sinais de FI do seletor; Detector de vídeo - Recebe o sinal de FI e extrai :

• Sinal de luminância (Y). • Sinal de croma. • Sinal de som.

Trap e filtro de som - São normalmente dois filtros de cerâmica para separar o som do resto do sinal. O trap de som é um filtro cerâmico ligado em paralelo com uma bobina. Fica no caminho do vídeo separando o sinal de som, evitando que este vá para o tubo e interfira na imagem. O filtro de som é um filtro cerâmico sem bobina na entrada do circuito de som. Separa o sinal para os circuitos de som do TV; Distribuidor de vídeo - Recebe os sinais de luminância e croma e o distribui para os respectivos circuitos. Este transistor não é usado por todos os TVs. Após o distribuidor, o sinal Y é separado do sinal de cor. A separação pode ser feita externamente ao CI Multi-funções ou através de bobinas e capacitores ou então dentro do CI; Circuito de luminância (Y) - Amplifica o sinal Y e o envia para a matriz com as cores. No circuito Y encontraremos a DL (linha de retardo ou atraso) que impede a chegada deste sinal à matriz antes das cores. A DL de luminância pode ser externa ou interna ao CI. Se for externa é uma bobina de três terminais com o meio no terra e encapsulada com cerâmica; Circuito de cor - Têm basicamente quatro funções:

• Amplificar os sinais de cor (vermelho R-Y e azul B-Y) • Separar estes dois sinais de cor • Demodular os sinais de cor • Obter o sinal do verde G-Y. Embora o circuito de cor pareça um tanto complexo, ele está

quase todo dentro do CI.

Do circuito de cor saem três sinais: R-Y (vermelho), G-Y (verde) e B-Y (azul); Matriz - Mistura cada uma das cores com a luminância, resultando novamente nos sinais RGB que serão amplificados pelos saídas e aplicados nos catodos do cinescópio para produzirem imagem. A matriz pode ser feita dentro CI (TVs modernos) ou na própria saídas RGB (TVs antigos). Neste caso, a luminância entra nos emissores e as cores nas bases dos transistores.

RGB - Vídeo

Em televisão existem várias normas tv com algumas diferenças técnicas entre cada uma delas, no entanto, todas têm um objetivo comum que é colocar as cores vermelho, verde e azul de forma correta na tela da televisão.

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Na TV a cores, a imagem é formada a partir de três cores primárias: vermelho - R, verde - G e azul - B. Na origem os sinais de vídeo (RGB) são captados anexando-se a informação de brilho e contraste. Os sinais são processados até se tornarem luminância (Y) e cor (U e V) e posteriormente transmitidos. A Figura 23 mostra o diagrama esquemático desses sinais RGB.

Figura 23 – Diagrama esquemático dos Sinais RGB

O sinal de luminância - Também chamado de sinal Y, corresponde à imagem preto e branco com as informações de brilho e contraste. É obtido pela mistura das partes dos sinais RGB (30% R, 59% G e 11% B) Este sinal também fornece a imagem para os TV´s preto e branco. Sinais de croma - Devido à limitação na largura do canal de televisão, apenas dois sinais de cor podem ser transmitidos. A escolha ficou para os sinais do vermelho e do azul, porém estes sinais são transmitidos de tal forma que misturando uma parte de cada podemos obter o sinal do verde. Obtenção dos sinais de cor - Consiste na mistura do sinais R e B com o sinal Y invertido, obtendo assim as duas cores sem a luminância: R-Y e B-Y. Estes sinais também podem ser chamados de diferença de cor. Modulação e correção - Os sinais R-Y e B-Y têm freqüência baixa (0 a 1 MHz) e para serem transmitidos sem interferirem no sinal Y, devem ser modulados. A modulação é feita com um sinal de cerca de 3,58 MHz. O azul é modulado (misturado) com um sinal de 3,58 MHz em fase e o vermelho com outro sinal de 3,58 MHz defasado em 90°. Portanto os dois sinais são transmitidos em 3,58 MHz e defasados entre si em 90°. Deste defasamento dependem as cores corretas da imagem a transmitir. Após a modulação os sinais de cor são um pouco reduzidos para não ultrapassarem o tamanho do sinal Y. Assim o sinal R-Y corrigido pode ser chamado de V (vermelho) e o B-Y corrigido pode ser chamado de U (azul).