Tema 02 - Evangelho do Lar - Espiritismo Redivivo ... a nosso ver, é bem mais penoso, em virtude do...
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Material de Estudo – Tema 2
Apostila de Evangelho do Lar
Caderno 01/01
Estudos preparatórios para a formação de voluntários de implantação
do Evangelho no Lar (I.E.L.)
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ÍNDICE
CONSIDERAÇÕESGERAIS 3
1. DOSSIÊDEINFORMAÇÕES 4
2. ANECESSIDADEDOEVANGELHODOLAR 14
3. AIMPORTÂNCIADOEVANGELHODOLAR 18
4. OEVANGELHONOLARPARAASCRIANÇAS 22
5. OPRIMEIROCULTOCRISTÃONOLAR 29
6.EXEMPLOSDECOMENTÁRIOS 42
7. FORMAÇÃODOGRUPODEIMPLANTAÇÃODOCULTODOEVANGELHONOLAR(I.E.L) 60
CONSIDERAÇÕESFINAIS 61
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CONSIDERAÇÕES GERAIS
A ideia inicial do nosso trabalho era a de registrarmos Estudos
Preparatórios para Formação de Voluntários para Implantação do
Evangelho no Lar (I.E.L). Em seguida percebo que:
As pessoas que se prepararam para a (I.E.L), tem em mãos esse
material, mas os lares não têm o mesmo direito? Devemos ou não
divulgar o máximo que pudermos esse evangelho no lar – essa lei
moral – realizado na terra pela primeira vez por Jesus?
Assim sendo, tomo a seguinte decisão: Cada lar, no dia do
evangelho do lar (I.E.L) deve ter em mãos esse material – xerocado e
encadernado a preço de custo. Pois não basta apenas Implantar o
Evangelho no Lar para que ele tenha continuidade. A parte mais
difícil é incorporar na intimidade do lar as informações e sentimentos
oriundos do além.
Se não bastasse isso, necessitamos também de tempo para os
ajustes psíquicos, capacitando a vivencia do sentimento íntimo, de
acordo com a capacidade de cada um. Principalmente do dia do culto
em seu lar. Vamos conhecer as vozes do além que continuam a se
manifestar desde o dia da pentecostes.
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1. DOSSIÊ DE INFORMAÇÕES
Essa manifestação veio das vozes do além, realizada via
psicografia por Bezerra de Menezes:
“Filhos, Jesus nos abençoe!
Estamos assistindo a esse encontro e participando dele com o
encantamento de quem observa e o entusiasmo dos que querem servir
e crescer. É bom que assim seja!
Queremos instilar no coração de todos este entusiasmo em nível
cada vez mais profundo. É bom que, em uma hora como está, cada
um pare e se pergunte:
Estou eu disposto a enfrentar os sacrifícios que me trará a nova
tarefa? Estou pronto a arcar com o ônus desta tarefa em termos de
conhecimento de mim mesmo e de auto renovação?
De que maneira irei ao encontro do meu próximo? Como quem
tem uma espécie de pergaminho, onde estão escritos ensinamentos
mágicos capazes de resolver qualquer problema? Ou como quem vai
amar o outro, sofrer com o outro?
Que espécie de Deus eu quero procurar com o meu próximo?
Um Deus estranho que está no mais alto dos céus? Ou um Deus que,
sendo transcendente, é ao mesmo tempo imanente, porque imanente é
o elo de união entre mim e ele?
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Com que atitude, devo ir ao meu próximo? Com atitude de quem
salva ou de quem ama? Só é salvador quem ama, e mais: será que eu
me amo o bastante para amar ao meu próximo? Será que eu já me
decifrei numa medida capaz de ajudar o outro a se decifrar?
Que estas perguntas sejam feitas por vocês a vocês mesmos,
porque nós já nos estamos perguntando isto.
Fonte: livro “Nos Caminhos da Amizade”.
Acrescentamos: no trabalho do Cristo temos que ter muita
coragem, fé, persistência e resignação. Vejamos:
O soldado no quartel estará em abrigo, mas não receberá
promoção. O soldado a serviço do divino cordeiro estará na linha de
frente, encontrando os inimigos da luz a exigir o dobrar-se na
humildade e na reforma íntima. É isso que Jesus exige dos seus
amigos.
Necessidade da Reforma Íntima:
Para que possamos alçar vôos à altura da Espiritualidade Maior,
devemos construir a plataforma em base sólida, como a casa edificada
sobre a rocha. Esta base é a vivência do Evangelho e a paz em nossos
corações. No Evangelho, o homem conserva sua felicidade e
integridade moral, ficando isolado dos dardos pestilentos e inferiores
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que cortam os espaços, em todos os momentos vindo de mentes
enfermiças e mal-educadas.
Mas disse Jesus:
-Aqueles que violam estas Leis serão como a casa construída na
areia; vindo o vento das revoluções e o rio do progresso serão
arrastadas no torvelinho de provas e expiações.
Se tivéssemos seguido Jesus, desde há dois mil anos, amando,
perdoando, sacrificando a nós mesmos, humilhando-nos, com certeza
a Terra estaria toda envolta em vibrações caridosas de luz, harmonia e
paz. Melhorando nossas disposições interiores, deixaríamos para traz
o homem velho, que carregamos há muitos milênios, cheio de
egoísmo, orgulho e tola vaidade. Por não querermos provar o
sacrifício do Evangelho, sofrendo todo o peso do nosso orgulho, o
que, a nosso ver, é bem mais penoso, em virtude do quadro atual da
Terra, que se encontra em condições misérrimas. Esquecidos de Deus,
viemos fazendo todo esse trajeto de dor e sofrimento, negando suas
leis eternas, desprezando os ensinamentos de Cristo. Tornando nossa
carga cada vez mais pesada e difícil de carregar.
O resultado desta incúria, por construirmos sempre “nossa casa
sobre a areia” é o quadro triste que vemos hoje em todo o Planeta. A
necessidade da nossa reforma é tão urgente e necessária, quanto
valiosa, e para compreendermos todas estas verdades temos que
reconhecer nossa pequenez, voltando-nos para o bem, a fim de
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criarmos as asas do amor com que vamos ampliar a capacidade de
servir ao próximo. Nesta escola bendita, de aprendizado constante,
temos que assimilar as leis de Deus para vivenciá-las com coragem,
principalmente nas horas de provas.
Outras informações:
No livro “Messe de Amor”, dedica-se uma das sete noites da
semana ao Culto do Evangelho no Lar, a fim de que Jesus possa
pernoitar em tua casa. Prepara a mesa, coloca água pura, abra o
Evangelho na lição da noite, distende a mensagem da fé, enlaça a
família e ora, pois Jesus virá em visita.
Quando o Lar se converte em santuário, o crime se recolhe ao
museu. Acrescento: A cidade se evangeliza, o estado se evangeliza e a
nação também se evangeliza. Acrescento ainda que quando isso
acontecer, as cadeias ficarão vazias, tornando-se escolas e hospitais.
Quando a família ora, Jesus demora, em sua casa. Quando os
corações se unem nos liames da Fé, o equilíbrio oferta bênçãos de
consolo e a saúde derrama vinho de paz para todos.
Jesus no Lar é vida para o Lar.
Não aguardes que o mundo te leve a certeza do bem invariável.
Distende da tua casa cristã, a luz do Evangelho para o mundo
atormentado.
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Quando uma família ora em casa, reunida nas blandícias do
Evangelho, toda a rua recebe o benefício da comunhão com o alto. Se
alguém, em um edifício de apartamento, alça aos Céus a prece da
comunhão em família, todo o edifício se beneficia, qual lâmpada
ignorada acesa na ventania.
Não te afastes da linha direcional do Evangelho entre os teus
familiares. Continua orando fiel, estudando com os teus filhos e com
aqueles a quem amas as diretrizes do Mestre e, quando possível,
debata os problemas que te afligem à luz da mensagem da Boa Nova e
examina as dificuldades que te perturbam ante a inspiração
consoladora do Cristo. Não demandes a rua, nessa noite, senão para
os inevitáveis deveres que não possas adiar. Demora-te no Lar para
que o Cristo Hóspede aí também e possa demorar.
Inspiração divina:
No livro “Evangelho no Lar”, encontramos as seguintes
informações relacionadas a “inspiração divina”:
Enquanto o homem se mantiver encarnado, indiferente ou
pessimista, dificilmente poderá encontrar no Evangelho algo mais que
os sublimes apelos do Senhor. Em tais condições negativas,
recebemos os convides do Cristo, mas frequentemente ficamos
ignorando a tarefa: somos chamados ao banquete da verdade e da luz,
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mas comparecemos como comensais bisonhos, mal sabendo iniciar o
suculento repasto.
Os ensinamentos de Jesus é vibração, é vida e, como o estudo
mais simples demanda esforço de compreensão, não podemos versar
o Evangelho sem esses esforços. Muitos procuram nestas páginas,
somente motivos de consolação, esquecendo a essência do ensino,
Jesus e a fonte do conforto e da doçura suprema, isto é inegável, no
entanto, reconhecemos que uma criança que somente receba
consolações e mimos paternos, arrisca-se a enveredar para sempre na
sede insaciável dos caprichos.
Ainda do mesmo livro temos o tema “Só o amor constrói”:
Em um lar onde reinam o amor e a compreensão, ouvem-se
sempre orações, escutam-se risos e música, aspiram-se perfumes. No
gesto da mãe que acompanha o filho pequenino ao leito e lhe ensina a
primeira oração; no carinho do pai que passa a noite junto ao filho
enfermo, orando à sua cabeceira; no sorriso do pai que contempla os
filhos unidos, brincando; nos filhos que trazem flores para alegrar os
pais, manifestando-lhe seu amor e gratidão, enchendo a casa de
alegria.
Quando a família se une no mesmo ideal do bem, ondas
harmoniosas desprendem-se de suas mentes, transformando a casa em
verdadeiro celeiro de luz e benção.
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Quando o amor se espalha por todos os lares da terra, haverá
uma união feliz de todos os lares.
Em busca da felicidade:
Depois e termos vivido em quase todos os continentes,
vivenciando os seus idiomas, seus costumes e compartilhando na
dureza de seus corações, aqui estamos nós Jesus, viajores do tempo, já
cansados do nosso personalismo, cansados de buscarmos a felicidade
que constantemente foge de nós. Mas não é verdade! A verdade é que
buscamos a felicidade, ávidos de tudo que agita os nossos sentidos.
Exemplos:
• Na ingratidão;
• Nos vícios;
• Na música de fundo umbralino;
• No ciúme doentio;
• Na traição de todas as espécies;
• Nos desprezos a quem lhes deu a vida;
• Nos filmes apelativos;
• Julgando e condenando entes queridos sem lhes dar o direito de
defesa;
• Confundindo o amor com o sexo, não entendendo que se sexo
fosse amor, a terra seria plena de felicidade.
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Meus irmãos, não é fácil alimentarmo-nos da felicidade divina,
a vida terrena é composta de mil nadas, tenhamos coragem, sigamos
com Jesus, ele é o timoneiro das nossas vidas é ele que esta, firme, à
frente dessa redenção da humanidade. “Tudo está certo o criador não
erra” e “tenham paciência amanhã será outro dia”. Para muitos, essas
palavras trazem insatisfação e agressividade.
Paulo de Tarso aceitou Jesus e renunciou a si mesmo, e nós, o
que fizemos em nosso benefício nesses dois mil anos? Lembrando
que quem não vai pelo amor vai pela dor.
“O mundo vive o seu momento de transição, o que não servir
para o homem desse milênio será arrancado até a raiz.
Uma Nova Era surgirá depois que os homens maus e duros de
coração forem exilados para mundo primitivo. A terra está precisando
de paz. Os homens de bem estão sofridos”.
“Meus filhos”, diz Bezerra de Menezes “Raia uma Nova Era
para nós.
Uma Era de paz em que o Evangelho do Reino de Deus, deverá
ser apresentado às multidões com o archote do nosso sacrifício.
A lâmpada que arde, exige combustível que consome, e a vela
acesa esparge claridade para manter o lume, impõem a presença da
substância que se gasta”.
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É indispensável, também que desgastemos, no esforço da
solidariedade, a nossa energia do amor.
Jesus é o mesmo hoje como desde há dois mil anos quando
esteve entre nós.
A palavra de misericórdia chega até nós como um bálsamo para
lenir o nosso copioso pranto...
Ontem, dizendo servir ao Evangelho renovado, cavalgamos o
ginete da desesperação esmagando povos, disseminando amargura,
impondo-nos pela prepotência. Que no dia de hoje sejamos os
mensageiros da Paz. Que cada um de nós coloque no coração a
expressão consoladora da solidariedade a benefício geral.
Um dia, dizendo servir ao Rabi, procuramos servir ao mundo,
erguendo tronos pontifícios, altares de insensatez, sem que houvesse
em nós o espírito legítimo da verdadeira fraternidade.
Ser cristão, no entanto, é conduzir Jesus na alma, à semelhança
do ar que se respira e da vibração que se sente ínsita no ser.
Não relacionemos mais queixas, ultrajes, reclamações!
Não relatemos mais dissabores, ofensas, amarguras!
A Terra, meus filhos, é escola abençoada de renovação interior.
Bem-aventurados quem chora, inditoso quem faz sofrer.
Feliz o que sofre, malfadado quem impõe padecimentos.
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Compreendamos que o Evangelho veio até nós para que o Cristo
restaurasse entre os homens, por nosso intermédio, o primado da
verdade e uma Nova Era se estabelecesse entre as criaturas da Terra.
Todos nós, filhos e filha da alma, estamos engajados no
contexto da Época Melhor. Não digamos que o ignoramos.
O desejo de nos modificarmos:
Conforme o livro “Evangelho no Lar”:
Para tanto é imprescindível começarmos já o hábito da leitura
Evangélica, da reflexão dos ensinamentos, e, com coragem e
determinação, praticarmos na vida de relação diária, começando por
pequenas obras, pela mudança no nosso pensamento, tanto quanto
possível nosso ânimo, tornando-nos mansos e prudentes, calmos e
compreensivos.
Um novo horizonte se abrirá à nossa frente e revelará coisas que
nunca tínhamos sentido ou pensado que começaremos a perceber com
o espírito mais lúcido e sadio.
Com a prática da nossa reforma íntima, estaremos trazendo a
paz ao nosso ambiente que mudará o rumo de nossas vidas, porque
estaremos entregando o leme ao Grande Condutor que é Jesus, e
assim estaremos com certeza conquistando grande soma de
benfeitores espirituais..
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2. A NECESSIDADE DO EVANGELHO DO LAR
Afina, por quê realizar o evangelho do lar?
Necessitamos das reflexões evangélicas, principalmente se
tivermos em conta a gravidade da hora em que se preparam grandes
modificações em nosso planeta. As almas bem avisadas devem estar
prontas para enfrentarem quaisquer acontecimentos, com o íntimo
repleto de luz, de mãos às obras boas, olhos confiantes voltados para
o alto e pensamentos ligados ao nosso pai amantíssimo.
Até hoje não conseguimos – por nós mesmos – transformar o
mundo em clima de compreensão paz e entendimento; isso significa
que já é hora de nos voltarmos a Ele, através de Jesus e de toda a
verdade que vem sendo trazida a Terra, sob o apoio do Alto, em todas
as épocas.
Não é somente hoje que nos soa esta pergunta: por que o
Evangelho no Lar?
(...) É que desde os tempos mais remotos convencionou-se
comparar preces para garantir a salvação. (...) a família reunida, ao
fazer a oração e ligação com Jesus: batei e abrir-se-vos-á, buscai e
achareis, pedi e se vos dará, imediatamente Mensageiros do Cristo
virão ao encontro do Lar, a fim de ajudar e ensinar o caminho.
O lar deve ser a morada predileta da Caridade e do Amor, a
criança que aprende desde cedo os Ensinamentos de Deus, torna-se
homem consciente, respeitador dos direitos do próximo, ajudando-o
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nas suas dificuldades faz-se discípulo natural do Mestre e, por sua
vez, formará também o seu lar, baseado na Caridade e no Amor.
A ausência do Amor traz a discórdia; a discórdia gera o ódio e
este mina a casa em seus alicerces, fazendo-se desabar
irremediavelmente. Pais, mães, filhos, irmãos têm sagrados deveres e
devem, dia a dia, colocar sobre o alicerce o Amor, os tijolos da
Caridade, sustentando o Lar com palavras, gestos e pensamentos de
otimismo e paz.
Lamentavelmente, muitas bases solidadas são destruídas pela
ausência de companheirismo e falta de participação da mulher ou do
homem. Acrescento: Uma coisa devemos ter em mente, que o Culto
do Evangelho no Lar é a família reunida, mas não havendo interesses
dos componentes dessa família, quem estiver com o desejo de
implantar o Culto do Evangelho no Lar que o faça sozinho, pois
mesmo que esteja sozinho fisicamente, jamais está sozinho de
verdade, pois Jesus nos prometeu mandar os seus mensageiros e os
necessitados de ajuda e esclarecimentos.
Ah! Se soubesse disso no início da minha vida familiar. Eu não
tinha esse conhecimento e ao procurar informações a respeito do
evangelho do lar, elas vieram afirmando que era uma reunião
familiar! Então nada me restava, pois não teria a participação da
família.
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Qual a Diferença do Evangelho com a Bíblia?
Kardec, com a ajuda do alto, transformou a Bíblia em uma
leitura de estudo e meditação de fácil entendimento e acessível a todas
as camadas da humanidade. Tirando-a das prateleiras, estudando em
detalhes temas como:
1. Atos comuns da vida de Cristo;
2. Os milagres;
3. As profecias;
4. As palavras que serviram para o estabelecimento dos dogmas da
igreja;
5. O ensinamento moral.
Do número um a quatro, é muito comentado e até com
histerismos como vemos no dia-a-dia. Quanto ao quinto item – o da
moral – percebemos um verdadeiro silêncio. Para o nosso maior
entendimento, houve a necessidade de que velhos Cristãos
retornassem através da mediunidade de valorosos médiuns e nos
psicografasse algum esclarecimento.
Emmanuel nos esclarece dizendo que:
• O Velho testamento é o apelo dos homens a Deus.
• O Novo Testamento é a resposta de Deus aos homens.
• O Evangelho segundo o Espiritismo é a prova de que a morte
não existe, que a felicidade ainda não é deste mundo, sofrimento e
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decadência material não são castigos de Deus, mas um mecanismo
normal das leis naturais. Ensina também que, na casa do Pai há muitas
moradas.
Para a composição do “Evangelho Segundo o Espiritismo”, o
mundo maior extraiu informações do item (5) “O ensino Moral”.
Ensino o qual, ainda permanece sem interesse, mas também
inatacável. Os quatro primeiros itens têm sido objeto de discussões,
acaloradas.
São esses versículos das Leis Morais, retirados diretamente da
bíblia que nós pedimos que alguém leia e em seguida faça o seu
comentário pessoal. Nesse momento, naturalmente encontram
dificuldade quando lendo diretamente a bíblia. No segundo momento
pedimos para localizar esse mesmo versículo no “Evangelho Segundo
Espiritismo”, aí percebemos o quanto o entendimento é facilitado,
afinal, “O Evangelho Segundo o Espiritismo” nada mais é que a
Bíblia comentada.
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3. A IMPORTÂNCIA DO EVANGELHO DO LAR
Quando os ensinamentos do Mestre, vibram entre as quatro
paredes de um templo doméstico:
• Os pequenos sacrifícios que tecem a felicidade comum;
• A pessoa que serve e não exige ser servida;
• A observação insensata que é ouvida sem revolta;
• A calúnia que é recebida com calma;
• O erro alheio que encontra compaixão;
• A maldade que não encontra brecha para insinuar-se;
Tudo isso, atrai a presença e a assistência dos bons espíritos e
ajuda a evangelizar os desencarnados carentes que estejam no
ambiente.
O Culto Cristão no Lar segundo André Luiz:
No livro “Os Mensageiros”, nos capítulos 34 a 37, André Luiz,
nos traz uma verdadeira riqueza de detalhes sobre a importância e
benefícios que o Evangelho no Lar proporciona.
“Uma luz diferente:
Em estágio de aprendizado na crosta, estavam André Luiz e
Vicente, tendo como instrutor o abnegado Aniceto, que eficientemente
conduzia a caravana. Não era a primeira vez que André atravessava
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a crosta da Terra para contatar diretamente com os encarnados, isto
é, após seu desencarne. Ele nos fala da nebulosidade atmosférica, das
ondas densas de vibrações pesadas da crosta, das pessoas que
passam apressadas, de mente chumbada aos problemas de ordem
material, nos mostrando um mundo diferente deste que normalmente
vemos com os sentidos limitados da matéria.
Assim, após horas de excursão fatigante em que Vicente e eu
estávamos positivamente exaustos, Aniceto convida-nos amavelmente.
-Vamos ao reconforto! Vocês estão fatigados. Irei mostrar-lhes
que Nosso Lar tem igualmente alguns refúgios na crosta.
Aquela residência de aspecto tão humilde, que alcançávamos
agora, proporcionava-nos cariciosa impressão de conforto. Notando
nossa admiração, Aniceto indicou a casa pobre e falou:
-Teremos aqui o nosso refúgio. É uma oficina que representa
Nosso Lar. É o lar de Isabel, viúva de Isidoro.
Numerosos companheiros espirituais assomavam à janela,
saudando-nos alegremente. Que significa tudo aquilo? De outra vez
visitava minha cidade e meu antigo lar, mas nunca vira tal coisa”.
“Proteção no lar:
Aniceto compreendendo-nos a perplexidade, explica:
-Os irmãos que nos saúdam são trabalhadores espirituais que
se abrigam nesta casa do amor.
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Um cavalheiro simpático e acolhedor abriu-nos a porta – diz
André Luiz. Este pormenor foi outra nota imprevista. Tal não sucedia
quando visitei meu antigo lar. As portas cerradas não me ofereciam
obstáculos. O irmão que os recebia era o próprio Isidoro.
Ao abrir a porta, Isidoro saudou-nos dizendo:
-A casa pertence a todos os cooperadores fiéis do serviço
cristão. Aí a razão em dizer que, quando as criaturas reúnem-se nas
bênçãos do Culto Evangélico no Lar, terão como anjo guardião de
sua família, um Espírito protetor, de um coração em nível de esforço
paternal”.
Este Espírito não só nos protege e sustenta na hora da reunião
evangélica, como amorosamente fará parte integrante da família, e na
maioria das vezes ele já é um espírito familiar.
O caso de Isidoro (que veio abrir a porta para eles) é um desses.
Note-se que ele veio “abrir a porta”. Isso significa que o lar, quando
protegido, não dá passagens normalmente a nenhuma entidade
espiritual. Sabemos que as paredes materiais não são empecilhos e os
espíritos as transpõem naturalmente.
Mas, quando no lar são levantadas “paredes” espirituais com
substâncias sublimes, através do amor, dedicação e ligação com Jesus,
isolando o lar da atmosfera miasmática da crosta, somente entram,
nesse ambiente, espíritos autorizados e mesmo assim, aqueles que o
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guardam, terão de abrir a porta. Neste caso, o embaixador espiritual
da casa de Isabel é o próprio Isidoro, o esposo desencarnado.
André nos conta também que, todas as entidades que estavam
ali, participaram do Culto do Lar que Isabel cultivava todas as
semanas.
André Luiz explica:
“O lar que cultiva a prece transforma-se em fortaleza e as
entidades das sombras experimentam choques de vulto, ao contato
com as vibrações luminosas deste Santuário Doméstico (...)”. Ali
eram propiciados os encontros de corações saudosos e dilacerados
pela dor da separação do desencarne.
O mentor explica que: numerosos encontros se dão em pousos
de trabalhos espirituais, como este em casa de Isabel. Encontros esses
onde os encarnados denominam de sonho.
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4. O EVANGELHO NO LAR PARA AS CRIANÇAS
Importância:
A finalidade do Evangelho no Lar, além de proteção e reforço
que estudamos, é também aprendizado, norteando o comportamento
de todos, principalmente das crianças, pois a fase infantil é o período
mais importante à assimilação dos ensinamentos.
O lar é a nossa primeira escola; nele influenciamos os outros e
somos influenciados. É o lugar onde espíritos, mergulhados no
esquecimento temporário, vestindo a túnica carnal com as aparências
da inocência e da candura, recebem dos pais o mapa da inclinação e
conduta, o qual lhes vai dar a formação para uma nova existência.
É através da reencarnação que retornam em nossos lares os
espíritos bons, rebeldes e credores, porém todos chegam pequeninos e
frágeis, como uma argila maleável a ser trabalhada pelos pais.
Um aparte: depois que essa argila endurece, nada mais se pode
fazer; a não ser orarmos para que o seu espírito seja abrandado,
adquirindo sensibilidade e iluminação. Rogando ao pai para que não
continue embriagado com os mil nadas da vida.
Daí a importância do Evangelho no Lar para as crianças, para
que possamos trabalhar para melhorar os seus pendores negativos.
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Assim sendo, os pais devem prestar muita atenção nas
tendências dos filhos e procurar combater, desde cedo, o orgulho, a
vaidade, a mentira, a desonestidade, a cólera e todos os defeitos
morais que vêm impedindo o crescimento espiritual.
Quanto ao egoísmo, responsável pela ingratidão, é a negação da
caridade. Ora, sem a caridade não haverá descanso para a sociedade
humana. Digo mais: não haverá segurança. Com o egoísmo e o
orgulho, que andam de mãos dadas, a vida será sempre uma carreira
em que vencerá o mais esperto, uma luta de interesses, em que sequer
os sagrados laços da família merecerão respeito - sendo que a
ingratidão oriunda do egoísmo dos filhos para com os seus pais é a
que causa o maior sofrimento (Pascal, 1.862).
Deveres sagrados:
A responsabilidade dos pais perante Deus é bem grande em
virtude da grandiosidade da tarefa, pois requer renúncia dos mais
variados graus.
Em se tratando de separação, os espíritos nos informam que a
mesma é motivada pela dureza dos corações. Com a separação dos
casais, estabelece-se a quebra do ajuste psíquico entre os filhos e
aquele que ficou à distância do convívio diário, restando somente um
caminho: o do silêncio, nada podendo fazer ou forçar, principalmente
quando sumariamente foi condenado sem direito de defesa.
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Esse homem estabelece o silêncio para não criar
desentendimento maior. Diante dessa postura, os familiares entendem
tratar-se de frieza e indiferença. A esse homem resta esperar que no
outro lado da vida, a verdade se apresente.
Tudo isso para dizer que os corações desses familiares não
estavam evangelizados e não tinham incorporados em seus corações
os itens mencionados anteriormente na página 10.
Conseqüentemente, os compromissos são adiados para serem
resolvidos em nova existência.
No L.E., capítulo IV, Kardec trata da infância, conforme a
seguir registramos:
P. 379: O espírito que anima o corpo de uma criança é tão
desenvolvido quando o de um adulto?
R. Pode mesmo ser ainda mais se ele mais o progrediu, pois são
apenas os órgãos imperfeitos que o impede de se manifestar.
P. 383: Qual é, para o espírito, a utilidade de passar pelo
estado de infância?
R. Encarnando-se com o fim de se aperfeiçoar, o espírito é mais
acessível, durante esse tempo, às impressões que recebe e que podem
ajudar o seu adiantamento, para o qual devem contribuir os que estão
encarregados de sua educação.
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Os pais e os professores espíritas devem ponderar sobre este
item e os que lhe cheguem. O espiritismo vem abrir um novo capítulo
da psicologia infantil e da pedagogia, mostrando a importância da
educação da criança não apenas para esta vida, mas para sua própria
evolução espiritual.
P. 384: Por que os primeiros gritos da criança são de choro?
R. Para excitar o interesse da mãe e provocar os cuidados que
lhe são necessários. Se ela não tivesse senão gritos de alegria, quando
ainda não sabe falar, poucos se inquietariam com as suas
necessidades.
P. 385: Qual o motivo da mudança que se opera no seu caráter
a uma certa idade, (puberdade) e particularmente ao sair da
adolescência? É o espírito que se modifica?
R. É que o Espírito retorna a natureza que lhe é própria e se
mostra qual era.
Não conheceis o mistério que as crianças ocultam em sua
inocência; não sabeis o que elas são, nem o que foram, nem o que
serão, e no entanto, as amais e acariciais como se fossem uma parte de
vós mesmos, de tal maneira que o maior amor que se possa ter por
outro ser. De onde vem essa doce afeição, essa terna complacência
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que até mesmo os estranhos experimentam por uma criança? Vós
sabeis?
Inocência e Candura:
As crianças são os seres que Deus envia a novas existências, e
para que não possam acusá-lo de demasiada severidade, dá-lhes todas
as aparências de inocência. Mesmo em uma criança de natureza má,
suas faltas são cobertas pela não consciência dos atos.
Essa inocência não é uma superioridade real em relação ao que
elas eram antes; não, é apenas a imagem do que elas deveriam ser, e
se não o são, é sobre elas somente que recai a culpa.
Mas não é somente por elas que Deus lhe dá esse aspecto, é
também e sobretudo, por seus pais, cujo amor é necessário à
fragilidade infantil. E esse amor seria extraordinariamente
enfraquecido pela presença de um caráter impertinente e acerbo,
enquanto, supondo os filhos bons e ternos, dão-lhes toda a sua afeição
e os envolvem nos mais delicados cuidados.
Quando as crianças não mais necessitam de proteção, dessa
assistência que lhes foi dispensada durante quinze a vinte anos, seu
caráter real e individual reaparece em toda a sua mudez: permanecem
boas se eram fundamentalmente boas, mas em muitos momentos
afloram esses matizes que estavam ocultos na primeira infância (...).
EVANGELHONOLAR–CADERNO01/01 WILSONDACUNHA
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Com efeito, ponderai que o espírito da criança que nasce entre
vós pode vir de um mundo em que tenha adquirido hábitos
inteiramente diferentes; como querer que permanecesse no vosso
meio esse novo ser que traz paixões tão diversas das que possuis,
inclinações e gostos inteiramente opostos aos vossos, como querer
que se incorpore no vosso ambiente, senão como Deus quis, ou seja:
depois de haver passado pela preparação da infância?
Nesta existência, os pensamentos se confundem e todos os
caracteres, todas as variedades dos seres engendrados por essa
multidão de mundos em que se desenvolvem as criaturas. Jesus não
disse que “na casa do meu pai tem muitas moradas”?
E vós mesmos, ao morrer, estareis em uma espécie de infância
não terrena. Ignorareis os hábitos, os costumes, as formas de relação
desse mundo, novo para vós, manejais com dificuldade uma língua
que não estais habituados a falar, língua mais viva do que o é
atualmente o vosso pensamento.
Nas páginas do evangelho oferecidas aos pais, no tópico
“Honrarás teu pai e tua mãe” (...) proclama a escritura que devemos
entender também que precisamos também dignificar os filhos. Ainda
mesmo, se eles depois de adultos não nos poderem compreender, nada
impede que venhamos entendê-los e auxiliá-los, tanto quanto nos seja
EVANGELHONOLAR–CADERNO01/01 WILSONDACUNHA
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possível, e uma ajuda poderosa e silenciosa são as preces quando o
diálogo é dificultado.
Os filhos devem reconhecer o débito irresgatável para com os
teus pais, os benfeitores que te embalaram no berço. Reconhecendo
que a tua saúde dependeu de uma conduta moral e saudável.
Sobretudo, não adieis o momento de falar-lhes e ouvi-los, pois a
hora da tormenta de provações na viagem da Terra, se abate, mais dia,
menos dia, sobre a fronte de cada um.
EVANGELHONOLAR–CADERNO01/01 WILSONDACUNHA
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5. O PRIMEIRO CULTO CRISTÃO NO LAR
Em uma noite de luar prateado, quando o céu se povoara de
estrelas, Jesus se instalou provisoriamente na casa de Pedro.
Como é comum em nossas casas, lá nessa casa o assunto
também estava improdutivo. Porém, Jesus não perdeu sequer um
momento de sua vida e aproveitando tudo com muito amor e
sabedoria para ensinar e exemplificar, logo mudou o rumo da
conversação e falou com bondade:
-Simão Pedro, como procede o carpinteiro para alcançar o
trabalho que se pretende?
E Pedro, muito simples e sem vacilar, respondeu:
-Lavrará a madeira, usará a enxó e o serrote, o martelo, e o
formão, de outro modo não aperfeiçoará a peça bruta.
Calou-se Jesus por alguns instantes e aduziu:
-Assim também é o lar diante do mundo. O berço doméstico é a
primeira escola e o primeiro templo da alma. A casa do homem é a
legítima exportadora de caracteres para a vida comum. Se o
carpinteiro para alcançar seus intentos trabalha a madeira, como
esperar uma comunidade segura e tranquila, sem que o Lar se
aperfeiçoe? A paz do mundo começa entre quatro paredes. Se não
aprendemos a viver em paz entre meia dúzia de criaturas, como
aguardar a harmonia das nações?
EVANGELHONOLAR–CADERNO01/01 WILSONDACUNHA
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Se não nos habituamos a amar o irmão mais próximo,
associado à luta de cada dia, como respeitar o Criador que está ou
parece estar tão distante? – Jesus relanceou o olhar pela sala
modesta, fez um pequeno intervalo, e continuou:
-Pedro, acendamos aqui, ou em torno de nós, e de quantos nos
procuram a assistência fraterna, uma claridade nova.
-Mestre seja feito como desejais! – e Jesus, convidando aos
escritos da sabedoria, havendo, então, na Terra, em casa de Pedro, o
primeiro Culto Cristão no Lar.
Foi nesse dia que Jesus falou “onde estiverem duas ou mais
pessoas reunidas em meu nome, eu entre elas estarei” (Matheus
18.20).
Jesus falou da grande Lei do Amor e das Leis Morais, aptas a
guiarem as criaturas nas realizações do bem. Para que avancemos na
caminhada evolutiva teremos que seguir essas leis, pois são Leis
Naturais e, como tal, se opõem.
EVANGELHONOLAR–CADERNO01/01 WILSONDACUNHA
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Providências para cada dia do Culto do Evangelho no Lar:
1. Escolher um dia na semana e horário fixos para a reunião
em família;
2. Preparar a mesa e colocar água pura, onde os mensageiros
de Jesus em visita derramarão o medicamento espiritual
desejado;
3. Durante a realização do culto, evitar manifestações de
espíritos através da incorporação ou da psicografia;
4. A presença de visitas não deverá ser motivo para a não
realização do Culto, convide os visitantes a participarem
dele;
5. Se o telefone tocar, atender com delicadeza e dizer a
verdade: que se esta fazendo o Evangelho e que assim que
terminar, fará o retorno do telefonema.
6. Se for a campainha, abrir calmamente a porta e pedir a
mesma coisa, convidando a entrar, e explicando sobre a
reunião. Permitindo à visita assistir o Evangelho sem no
entanto, participar ativamente, a não ser que seja pessoa
habituada a fazer o Evangelho em casa
Perante os familiares da casa:
v Se de imediato você não encontrar a compreensão dos
familiares, faça sozinho se for necessário, porque somente
EVANGELHONOLAR–CADERNO01/01 WILSONDACUNHA
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o seu exemplo de amor e tolerância será capaz de
conquistar os corações daqueles que ainda não podem
compreender os seus elevados ideais. Lembrando que
nunca estaremos só, pois ali estarão aqueles que vieram
para se beneficiar.
v O tempo de duração, a não ser no primeiro dia, não deverá
ultrapassar trinta/quarenta minutos. Isto se dá para não
ficar improdutivo e entender que a espiritualidade de
sustentação tem outros afazeres no mundo espiritual.
Estamos nos aproximando do momento do primeiro Culto do
Evangelho no Lar. Mas antes temos que conhecer os procedimentos
que compreende do primeiro ao sexto – procedimentos que atendem
desde o começo até o final do evangelho.
Desejo enfatizar que daqui para frente todo capitulo deverá estar
embutido o sentimento fundamental do Culto do Evangelho no Lar.
Conforme Capítulo XIII, itens 7 e 8 devemos “Convidar os
pobres e os estropiados. Dar sem esperar retribuição”. Motivo da
necessidade da leitura do capítulo mencionado e dos itens em questão,
pois este será o norte moral dos Cultos do Evangelho no Lar.
Vamos refletir ao comentário que atende o procedimento (4),
ponto culminante da reunião:
EVANGELHONOLAR–CADERNO01/01 WILSONDACUNHA
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P. Quem são os pobres e estropiados referido no texto?
R. São os nossos irmãos mais necessitados, encarnados ou
desencarnados, que ainda não tem condições de retribuir os benefícios
recebidos. Pobres em sabedoria espiritual.
P. A recomendação de Jesus é para as festas, como devemos
entender isto?
R. Ele refere-se ao Culto do Evangelho no lar, pois se trata sim
de uma festa espiritual
P. Como devemos entender a palavra festim, banquete?
R. Não entender como o momento do nosso repasto, mas sim
como banquete espiritual, o momento de uma reunião fraterno em
torno de Cristo.
P. Como entender isto: não convideis nem os nossos amigos,
nem os vossos irmãos, nem os vossos parentes, nem os vossos
vizinhos que forem ricos?
R. O que Jesus chama de “ricos” são os espíritos iluminados,
ligados a nós por diferentes caminhos. Pois eles são ricos em
sabedoria em bondade. Porém, esses espíritos ricos em bondade e
sabedoria estarão sim a nos ajudar, pois Jesus disse que “onde estiver
em meu nome duas ou mais pessoas reunidas ali estarei”. Assim fica
EVANGELHONOLAR–CADERNO01/01 WILSONDACUNHA
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fácil entender que o evangelho é serviço de terapia de almas –
encarnadas ou desencarnadas.
Observação: não tenho a pretensão de que os lares possam em
curto prazo de tempo ter as informações que conseguimos, a não ser
após muita consulta em livros espíritas. Assim sendo, acredito ter
conseguido mostrar o universo que envolve o livro “Evangelho
Segundo o Espiritismo”.
Para suprir as nossas deficiências, repasso as instruções dos
espíritos superiores: Busquem no decorrer da leitura do Evangelho a
intuição ofertada pelo mundo espiritual. Intuição para atender o
procedimento 04.
Procedimento 01 - Prece Inicial:
Iniciar a reunião com uma prece simples e espontânea, com
silêncio em nossa intimidade, buscando mentalmente a figura de
Jesus, equilibrando nossa aura na sintonia com o alto. Pedimos:
-Senhor, nos dê tua inspiração na leitura Evangélica no dia de
hoje, e sustenta-nos durante toda a reunião, através de teus
mensageiros, para que possamos assimilar os ensinamentos e fazer o
comentário – atendendo o procedimento (4). Acho necessário estudar
com antecedência o Capitulo XXVIII, itens I, II,III,IV e V.
EVANGELHONOLAR–CADERNO01/01 WILSONDACUNHA
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Procedimento 02 - Leitura de preparação:
Para atender esse item de preparação do ambiente, apresentamos
uma série de títulos de livros que podem ser adotados, conforme
critério da residência que está cultuando o Evangelho no Lar. Eis os
indicados:
• “Evangelho no Lar”, não confundir com O Evangelho
Segundo Espiritismo;
• “Palavras da vida eterna”;
• “Caminho verdade e vida”;
• “O pão nosso”;
• “Fonte viva”;
• “Caminhos iluminados” e outros.
Havendo presença de crianças, poderão ser utilizadas páginas
Evangélicas dos seguintes livros:
• “Cartinha do bem”;
• “A vida fala”;
• “Pai nosso”;
• “Alvorada Cristã”;
• “Os filhos do grande rei”;
• “Jesus no lar” e outros.
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Procedimento 03 – Leitura do Evangelho:
Neste momento, fazer a leitura de “O Evangelho Segundo o
Espiritismo”, começando da introdução, lendo um pequeno trecho de
cada capítulo ou todo o capítulo se o tempo permitir – se o tempo
permitir – com voz normal, calmamente, para que todos possam
entender, fazendo um comentário a respeito do que foi lido no final do
Culto.
Item 04 – Comentário do que foi lido em cada reunião:
Como exemplo de comentário, pode-se consultar o Capítulo
capitulo XIII, item 7 e 8 “convidar os pobres e os estropiados”.
Procedimento 05 – Vibração:
Após o comentário do procedimento (4), como entender quando
se fala em vibrar?
Vejamos:
Eis o ponto culminante da reunião, onde passamos para a
condição de doadores.
Vibrar é doar, e todos nós temos algo de bom a dar em favor do
próximo. Um bom pensamento, uma palavra de carinho, um
sentimento de bem que enviamos é doação, é caridade.
Pode-se destacar um membro da reunião para dirigir estas
vibrações com tonalidade de voz moderada, e os outros
EVANGELHONOLAR–CADERNO01/01 WILSONDACUNHA
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acompanharão com o pensamento, procurando doar amor, paz, saúde,
equilíbrio.
A importância da vibração está no impulso mental que é dado,
na vontade firme e sincera de querer ajudar, na dedicação e amor aos
semelhantes e no poder da fé ardente e confiante na ajuda do alto.
Exemplo:
-Neste momento, vamos nos acomodar bem nas cadeiras – ou no
lugar onde estivermos sentados – nos silenciar, respirando
profundamente, deixar a mente livre de pensamentos do dia-a-dia e
mentalizando a figura de Jesus, buscando o plano maior,
harmonizando e acalmando o máximo possível nosso espírito,
mantendo serenidade, e, neste pensamento harmonioso, desprendemos
ondas de paz, amor e esperança, começando assim as vibrações.
Enquanto o (a) companheiro (a) profere as vibrações em voz
alta, os outros – mesmo que em pensamento – devem estar sempre
ligados a Jesus, procurando nos envolver neste clima radiante.
Podemos também vibrar pela:
Ø Fraternidade e Paz a toda a Humanidade;
Ø Pela implantação do Evangelho em todos os lares;
Ø Pelo equilíbrio e Paz de toda a família;
Ø Pelo perdão e concórdia dos que não sintonizam conosco,
visualizando a união e a amizade mútuas;
EVANGELHONOLAR–CADERNO01/01 WILSONDACUNHA
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Ø Pela cura e sustentação dos familiares e amigos que estejam
doentes (podemos mencionar os nomes);
Ø Pelos presentes no Evangelho (encarnados e desencarnados);
Ø Pelo lar onde está sendo feito o Evangelho (imaginar luz nas
paredes, piso, teto, portas, janelas, móveis, roupas, alimentos,
etc).
Ø Pensamento a respeito das palavras de Jesus e sua profunda
sabedoria, quando, sentindo as nossas necessidades, ensinou: -O
que quer que seja que pedirdes em oração credes que obtereis
(Marcos, XI.24).
Podemos também vibrar pela própria família, dizendo:
-Mestre abençoe o nosso lar, a nossa família. Fazei com que
haja paz, equilíbrio e harmonia em nossa casa, para que ela seja um
lugar de refazimento físico e espiritual. Jesus, cada um de nós tem um
pedido em particular a te fazer e, neste momento, silenciamos para
que cada um de nós abra o coração a ti, a fim de receber a tua
orientação amiga e tua luz – nesse momento pode-se permanecer em
silêncio por uns dois minutos.
Se houver necessidade, ou no caso de enfermidade, pode-se
fazer uma vibração específica para tal pessoa, pedindo a Deus por ela,
envolvendo-a em vibrações de saúde. Havendo o desejo por parte da
EVANGELHONOLAR–CADERNO01/01 WILSONDACUNHA
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família, pode-se colocar água para ser fluidificada especificamente
para a pessoa doente.
Chegamos ao final do Evangelho no Lar, sendo o momento do
procedimento (6)
Procedimento 06 – Prece de encerramento:
Pode-se realizar esta prece de maneira simples e espontânea,
agradecendo ao senhor a vida e ao plano espiritual que deram
sustentação ao Evangelho em um clima de paz e harmonia,
oferecemos abaixo um exemplo:
-Senhor, obrigado pelos olhos que vêem, sendo que tantos estão
na escuridão;
Pelos ouvidos que ouvem, quando tantos estão no silêncio;
Obrigado senhor pela boca que fala que canta, quanto tantas
estão emudecidas;
Obrigado senhor pelas mãos e braços que produzem, enquanto
muitos, as tem paralisadas.
Obrigado pelas pernas que me conduz todos os dias de volta a
minha casa. Após um dia de trabalho enquanto tantas caminham para
lugar algum.
Assim sendo, Jesus: temos muito que agradecer e pouco para
pedir.
EVANGELHONOLAR–CADERNO01/01 WILSONDACUNHA
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Outro exemplo:
-Jesus Amado! Companheiros e amigos do Plano Maior! Nós
agradecemos a visita de amor e sustentação que nos foi dada durante
este Evangelho e pedimos para que possamos estar todos juntos na
próxima semana, para mais uma Reunião Evangélica neste Lar.
-Mestre abençoe o nosso lar, a nossa família. Fazei com que
haja paz, equilíbrio e harmonia em nossa casa, para que ela seja um
lugar de refazimento físico e espiritual.
-Jesus cada um de nós tem um pedido em particular a te fazer e,
neste momento, silenciamos para que cada um de nós abra o coração
a ti, a fim de receber a tua orientação amiga – estabelecer neste
instante o silêncio no recinto por um ou dois minutos.
Procedimento após encerramento do Evangelho:
A conversação no lar após o Evangelho deve ser edificante,
iluminada pelo amor e pela prática da compreensão mútua, sem o que
o objetivo da reunião não será alcançado. Deve-se procurar
permanecer nesta vibração de calma até o próximo Evangelho,
procurando vivenciar na medida do possível e com esforço sincero, as
lições que foram lidas, discutidas e meditadas durante a reunião.
Se não mantivermos o bem-estar após o Evangelho, com certeza
perderemos a energia que captamos do Plano Maior. Por quê?
EVANGELHONOLAR–CADERNO01/01 WILSONDACUNHA
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Simplesmente porque nos despojamos da veste nupcial, da capa
de luz que nos está protegendo, voltando a atuar com nossas poucas
forças, esquecendo-nos imediatamente de Deus e deixando que seja
feita a nossa vontade e não d’Ele.
Imprescindível se faz a prática das lições recebidas, o
comportamento cristão, cultivando a fraternidade, respeitando os
pontos de vista dos parentes e vivenciando a paz, para que o ambiente
continue puro e cristalino como estava na hora do Culto doméstico.
EVANGELHONOLAR–CADERNO01/01 WILSONDACUNHA
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6. EXEMPLOS DE COMENTÁRIOS
A seguir, oferecemos alguns exemplos de Culto do Evangelho
no Lar e respectivos comentários utilizando o roteiro de
procedimentos de número 01 a 06 a serem utilizados à cada
Evangelho no Lar.
É recomendável que a leitura do Evangelho no dia do culto, seja
de forma sequencial, com a finalidade de proporcionar a
espiritualidade que traga nesse dia ao banquete espiritual, os espíritos
necessitados de aprendizados, que se enquadrem nas necessidades do
tema do dia. Esses aguardam com ansiedade.
Por serem exemplos de aulas, não observamos nenhuma
sequência nos capítulos do Evangelho.
A página refere ao capítulo XIII, itens 7 e 8 é o meu desejo para
que se torne a tônica do entendimento da conduta moral de Cada Dia,
de Cada Evangelho, do Culto no Evangelho no Lar.
Para o início do Curso Evangelho no Lar concernente ao
“Capitulo 01 – não vim destruir a lei”, percebemos a necessidade de
dividirmos em cinco estudos, cinco aulas modelo.
EVANGELHONOLAR–CADERNO01/01 WILSONDACUNHA
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Primeiro exemplo de aula:
“Não vim destruir a lei: itens 1 a 11 - As três revelações”:
• Nos itens 1 e 2, inclui-se os itens dos Dez Mandamentos do
número I a X (Moisés), inseridos no Evangelho:
• O Cristo; itens 3 e 4, do Evangelho.
• O Espiritismo; itens 5,6 e 7 do Evangelho.
• Aliança da ciência e religião; item 8 do Evangelho;
• Não vim destruir a lei: item 9, 10 e 11 do Evangelho;
• Instruções dos espíritos, comentando a Nova Era que se inicia
na terra.
Vamos trabalhar quanto ao entendimento a respeito de Moisés,
considerando os itens em questão, convidando o responsável pela
apresentação nesse dia do Culto do Evangelho do Lar a fazer o
comentário mencionado no procedimento 04.
P. Como se deram as revelações acima citadas por Kardec?
R. As revelações foram em épocas e para povos variados,
através de ensinos de profetas inspirados e instrutores espirituais
capacitados. Desses ensinos deu-se a evolução espiritual e das
criaturas.
EVANGELHONOLAR–CADERNO01/01 WILSONDACUNHA
44
P. Como se deram as palavras proferidas por Jesus acima
epigrafadas?
R. Deram-se no momento em que ele vendo a multidão e os
discípulos em sua volta, subiu a um monte e nessa oportunidade Jesus
pronunciou o célebre Sermão da Montanha “O maior hino de amor
que a humanidade tem em mãos” e terminou acrescentando:
-Não penseis que eu tenha vindo destruir a lei e os profetas.
Foi nesse momento, há mais de 4 mil anos, quando a
humanidade preparava-se para sair do caos primitivo, Moisés é
escolhido para tomar o nome de Deus, conhecido como único e
criador de todas as coisas.
Da sua caminhada, o fato mais conhecido refere-se a lei de Deus
promulgada no Monte Sinai (Os Dez Mandamentos) e a lei civil
“Dente por Dente, Olho por Olho” que era lei de Moisés.
P. Kardec tem alguma palavra para denominar a crença dos
que acreditam em vários deuses?
R. Sim (politeísmo) e está contida na pergunta 667, L.E.
P. Por que razão essa crença sendo falsa (politeísmo) é uma das
mais antigas e difundidas?
R. A concepção de um Deus único passa a existir no homem
após ele obter o desenvolvimento, para tudo que o homem não
EVANGELHONOLAR–CADERNO01/01 WILSONDACUNHA
45
compreende, ele cria uma potência sobrenatural. Daí tantas potências
distintas.
Assim ficou claro o entendimento concernente à missão de
Moisés, que era revelar ao mundo um Deus único, que só seria
possível através do desenvolvimento de suas ideias.
P. Por que 40 anos de peregrinação daquele povo hebreu pelo
deserto?
R. Para se ter uma seleção natural de pessoas ao final da
peregrinação. Para apreender junto de Moisés a conscientização desse
Deus único. Para permanecer aqueles que fossem úteis à missão do
Moisés preparando, assim a vinda do Cristo.
P. Moisés não atraiu contra si, a ira dos sacerdotes e dos
escribas que pressentiam nele um perigo para o Egito, mais ainda um
perigo contra o ritualismo politeísta, pois Moisés nunca se sujeitou a
prestar culto às divindades egípcias?
R. Sim. As perseguições contra Moisés foram muitas.
Passaram-se mais de mil anos e vamos encontrar a humanidade
arraigada aos ensinamentos de Moisés, principalmente à sua lei dente
por dente, olho por olho.
Lei necessária à época, porque não era justo que por causa de
um crime se exterminasse toda tribo e não apenas um.
EVANGELHONOLAR–CADERNO01/01 WILSONDACUNHA
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Jesus e seus auxiliares Angélicos reuniram-se pela Segunda vez
na psicosfera terrena para programar a sua vinda, tornando-se criança
frágil, carente dos cuidados humanos, a dizer:
-Não mais dente por dente, olho por olho e sim aconselhar a
oferecer a outra face, não a face do rosto, mas não revidar o mal com
o mal.
Como podemos observar, as palavras de Jesus “Não vim destruir
a lei”, começa por Moisés, estabelecendo-se no psiquismo humano
pelo Cristo à sua época, a desaguar na terceira revelação que é o
Espiritismo, responsável pela aliança – ciência e religião.
É necessário que quem for conduzir o Culto do Evangelho leia
os itens em questão, para que todos possam entender o nosso
comentário – o qual atende o procedimento (4).
Nosso comentário quanto aos itens 3 e 4:
Jesus revogou a lei de Moisés, olho por olho e dente por dente,
dizendo: faça o bem a quem lhe faz o mal. Nesse momento:
• Chegou à terra o sublime emissário, assombrando o mundo
com a primeira palavra do alfabeto divino, a palavra amor. O
mundo não seria mais o mesmo. A terra passou a conhecer a
palavra AMOR.
EVANGELHONOLAR–CADERNO01/01 WILSONDACUNHA
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• As pirâmides não se referiam à compaixão.
• As muralhas da China, símbolo de defesa.
• Os monumentos eram sempre representando o PODER e
FORÇA.
• A mulher valia menos que pirâmides e muralhas, desprezadas
e vendidas, chamadas de ALIMÁLIA, ou seja, pessoa
estúpida e sem alma.
Todavia, o seu ensino foi adaptado à época, como ele mesmo
advertiu em seus dizeres: tenho muito que vos dizer, mas vós não
podeis suportar agora. O espiritismo fará a sua época. (João 16:12)
Ler na íntegra os itens 05, 06 e 07, do Evangelho. Vamos aos
comentários:
O Espiritismo não nos cobra, nós é que nos cobramos após
adquirir a verdade. O espiritismo nos ensina que:
• Já vivemos vidas incontáveis;
• Nossa mente já tem recursos enciclopédicos de cultura de
todos os grandes centros do planeta;
• Já vivemos todos os salões da aristocracia, de todos os
círculos de penúria;
• Já vivemos no poder e na subalternidade em todas as nações;
• Já plasmamos corpos morfológicos de todas as raças;
EVANGELHONOLAR–CADERNO01/01 WILSONDACUNHA
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Nesse momento o espiritismo nos pergunta:
Já não é tempo de nos renovarmos, no sentimento Cristão e
plasmar esse Cristianismo em nosso psiquismo?
Se fosse para continuarmos repetindo os velhos erros, não nos
seria dado oportunidade de novo corpo.
Não se pode confundir espiritismo com Umbanda, embora
ambos aceitem a comunicação dos espíritos e da reencarnação.
Abaixo apresentamos algumas diferenças entre as duas:
Ø O espiritismo não tem culto material. A umbanda tem culto
material.
Ø O espiritismo não tem ritual. A umbanda tem ritual.
Ø O espiritismo não tem parâmetros e funções sacerdotais. A
umbanda tem pais de terreiro com vestimentas e exercício
sacerdotais.
Ø O espiritismo não tem imagens, nem sacrifícios de animais. A
umbanda tem imagens, altares e sacrifícios de animais.
Ø O espiritismo não tem sinais cabalísticos. A umbanda tem.
Ler na íntegra e estudar o “item 08 – Aliança da ciência e da
religião”. Nosso comentário:
EVANGELHONOLAR–CADERNO01/01 WILSONDACUNHA
49
P. Como se opera essa engrenagem de espiritismo e ciência?
R. O Espiritismo é filosofia e como ciência é aceita e
confirmada pela experiência científica nos conhecimentos que prega.
P. Como fica a religião estando inclusa no espiritismo?
R. Em espiritismo, a religiosidade inclusa não suprime a razão,
pois passa a ser uma fé racional. Não conflitando com a ciência, da
nova era, necessária para atender as indagações do homem desse
milênio: De onde eu vim, qual a minha obrigação para com o planeta,
e como devo me comportar, para onde irei após o desencarne?
De onde eu vim e para onde eu vou?
Para a cidade onde Jesus disse: Na Casa do Pai tem muitas
moradas?
Existindo essa cidade, lá deve haver organização social?
Como vemos, somente a ciência transcendental do espiritismo
para poder nos informar. Espiritismo é a relação do material com o
espiritual.
A nova era tem relação com o Apocalipse: assim dizendo, fica
fácil entender a nossa necessidade de consultar essa fonte de
informação.
EVANGELHONOLAR–CADERNO01/01 WILSONDACUNHA
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Dr Bezerra de Menezes nos informa:
Não temos mais tempos, o momento é difícil, em que a criatura
sente-se aturdida, sem parâmetros para selecionar os valores. Hora
apocalíptica, em que às tentações de alto e de pequeno porte
contaminam os menos preocupados com a verdade. Não há mais
tempo para as discussões ésteres nem para a frivolidade. Não se deve
temer, pois somente os lobos tombam nas armadilhas de lobos.
As lutas maiores da humanidade ainda virão, mas já estamos
visualizando a nova fase da Terra, ou seja: um Mundo de
Regeneração, em que iremos gozar de uma relativa felicidade.
Vamos fazer uma viagem na história para o nosso entendimento:
Para a vinda do Cristo, houve aprisionamento de dois milhões
de espíritos animalizados, por mil anos, e foram dados mil anos de
oportunidade para que eles se melhorassem. Alguns não venceram
suas más índoles e lutaram pelo poder, promovendo guerras,
ocuparam o Vaticano e promoveram as cruzadas, as inquisições.
Hitler foi uma das feras enjauladas por mil anos, quando solto,
retornou e assumiu o controle germânico. Gengis Kham incendiava
tudo por anda passava. Ainda temos (tínhamos) Sadam Hussem.
EVANGELHONOLAR–CADERNO01/01 WILSONDACUNHA
51
Meus irmãos: eis a Nova Era, mil anos prisioneiros, mil anos
com oportunidade de reforma íntima. Tudo se encerra em curto
período, nesse milênio.
É nessa transição que vivenciamos sem nos aperceber, muitos
desavisados ainda aceitam e valorizam o ministério de falsos profetas
que se apresentam insistentemente confundindo até os mais sinceros
devotos do Cristo. Para esses lembramos as palavras de Jesus:
Busquem a verdade para que a verdade vos liberte.
O item 09 (A Nova Era) dá continuidade e finaliza o nosso
estudo em torno do “Cap. I – Não vim destruir a lei”:
Ler na íntegra o item 9 devido a necessidade de melhorar o
nosso entendimento, procurando incorporar em nosso íntimo as
palavras de Bezerra mencionadas em página anterior:
“Meus filhos”, diz Bezerra de Menezes “Raia uma Nova Era
para nós.
Uma Era de paz em que o Evangelho do Reino deverá ser
apresentado às multidões com o archote do nosso sacrifício.
A lâmpada que arde, exige o combustível que consome, e a vela
acesa que esparge claridade para manter o lume, impõe a presença
da substância que se gasta.
EVANGELHONOLAR–CADERNO01/01 WILSONDACUNHA
52
É indispensável, também que desgastemos, no esforço da
solidariedade, a nossa energia do amor.
Jesus é o mesmo hoje como há dois mil anos, quando esteve
entre nós.
A sua palavra de misericórdia chega até nós como um bálsamo
para lenir o nosso copioso pranto”.
Ontem, dizendo servir ao Evangelho renovado, cavalgamos o
ginete da desesperação esmagando povos, disseminando amargura,
impondo-nos pela prepotência. Hoje, que possamos ser os
mensageiros da Paz.
Que cada um de nós coloque no coração a expressão
consoladora da solidariedade a benefício geral.
Um dia, dizendo servir ao Rabi, procuramos servir ao mundo,
erguendo tronos pontifícios, altares de insensatez, sem que houvesse
em nós o espírito legítimo da verdadeira fraternidade.
Ser cristão, no entanto, é conduzir Jesus na alma, à semelhança
do ar que se respira e da vibração que se sente ínsita no ser.
Não relacionemos mais queixas, ultrajes, reclamações.
Não relatemos mais dissabores, ofensas, amarguras!
A Terra, meus filhos, é escola abençoada de renovação interior.
Bem-aventurado quem chora, inditoso quem faz sofrer.
Feliz o que sofre, malfadado quem impõe padecimentos.
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Compreendamos que o Evangelho veio até nós para que o Cristo
restaurasse entre os homens, por nosso intermédio, o primado da
verdade e uma Nova Era se estabelecesse entre as criaturas da Terra.
Todos nós, filhos e filhas da alma, estamos engajados no
contexto da Época Melhor.
Não digamos que o ignoramos.
Ouviste a sepultura arrebentada e sentiste o sopro do vento da
imortalidade. Conheceis a evidencia da comunicação dos Bem-
Aventurados.
Ide, agora almas que chorais, corações que sofreis e dizei bem
alto:
-Os mortos estão de pé! Cristo vela na barca do Evangelho
Novo, convidando ao mundo melhor no amanhã.
Se o fizerdes, a paz em definitivo se aninhará em vossos
corações.
Tende ânimo! E quando as vossas dores vos parecerem mais
acerbas, mais cruéis, as vossas aflições conflitantes, dizei com o
mestre: Eu não venci no mundo mas venci o mundo.
Bom ânimo, meus filhos! Sede fiéis!
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Segundo exemplo de aula:
Referente ao Capitulo II, item I. Convido para que façam a
leitura do capítulo e item em questão para entender o nosso
comentário:
P. O que quis Jesus expressar quando respondeu a Pilatos que
seu reino não era deste mundo?
R. Que ele teria seu reino fora dos limites do mundo físico, onde
então se encontrava, que seu reino seria espiritual, além dos interesses
e das contingências do mundo material.
Observação: Jesus nos ensina que somos espíritos imortais,
criados para ventura que só o reino nos possibilita. A vida física é
apenas um momento de aprendizado e aperfeiçoamento na eternidade.
P. Embora fosse emissário da verdade, Jesus valeu-se da
violência para divulgar sua doutrina?
R. Não. Jesus deixou bem claro que a verdade que ele anunciava
não poderia ser imposta pela força, nem seus discípulos o
defenderiam através do combate. Sendo um reino espiritual, suas
arenas são a prática do bem, a mansidão e a caridade.
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Observação: se o seu reino fosse desse mundo, sua gente
haveria combatido para impedir que eu caísse nas mãos dos judeus.
P. Por que Jesus disse: meu reino não é daqui (João 18, 36,
37)?
R. Porque chegará o dia em que a paz e a fraternidade reinarão
entre os homens da Terra, neste momento o reino de Cristo estará
instalado no planeta.
Observação: quando os valores espirituais se elevarem acima
dos interesses puramente materiais, o homem conhecerá ainda na
Terra, o reino anunciado pelo Cristo.
P. Com que finalidade Jesus veio a este mundo?
R. Para dar, conforme ele mesmo diz, testemunho da verdade,
ou seja, para orientar a humanidade sobre as leis de Deus,
possibilitando-lhe o esclarecimento necessário ao progresso espiritual.
Observação: Jesus veio à terra para instruir a humanidade sobre
a lei do amor, que resume por inteiro a lei de Deus, e sobre o destino
eterno do homem, conquistando a cada dia pela prática do bem.
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P. Que significa: Aquele que pertence à verdade, escuta a
minha voz?
R. Que a mensagem que Ele veio anunciar seria ouvida pelos
corações simples e humildes, desprovidos de orgulho e vaidade, pois
estes sentimentos afastam o homem da verdade e o distanciam de
Deus.
Observação: A verdade do homem é a condição de espírito; e o
verdadeiro sentido da vida material é auxiliá-lo a progredir, pelo
esclarecimento e pela prática da caridade.
“Meu reino não é deste mundo”: Com essas palavras, Jesus deu
condições para que Kardec pudesse desenvolver os temas: -Vida
futura, A realeza de Jesus, O ponto de vista e Uma realeza terrestre.
Os acontecimentos levaram os judeus a dizer isso também a
Pilatos: Judas entregando-o aos judeus, Simão Pedro negando ser um
de seus discípulos, Caífas em um julgamento falso e Pilatos lavando
as mãos e dando ao povo a opção entre o Cristo e Barrabás.
Este capítulo é um atestado claro da nossa pobreza moral,
fracassos e desconhecimento espiritual.
Neste capítulo, ele revela a existência de outro mundo. Nos
ensina a vida espiritual, de onde viemos e para onde iremos. Muitas
vezes temos um apego às propriedades, aos bens, mas tudo aqui fica,
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até o nosso corpo. Levaremos apenas o nosso coração Ler Evangelho
Segundo João pág. 247.
Terceiro exemplo de aula:
Referente ao capítulo II, item 2. “Meu reino não é deste mundo
– A vida futura”. Ler o capítulo e item, em questão para entender o
nosso comentário.
P. O que conseguimos entender com a expressão: Vida futura?
R. Uma vida que transcende os limites da existência material e
continua além da morte do corpo físico. Essa vida, de natureza
espiritual, tem início quando estamos na Terra, preparando nosso
amanhã pela prática constante do bem, continuando por toda a
eternidade.
Observação: Jesus se refere à vida futura como a meta que a
humanidade irá Ter e como devendo constituir objeto das maiores
preocupações do homem da terra.
P. É possível compreender de maneira clara e total a doutrina
do Cristo sem considerar a imortalidade da alma?
R. Não, embora a doutrina do Cristo seja rica de conteúdo
moral, facilitador da harmonia entre os homens, ela só pode ser
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claramente entendida e interpretada à luz da imortalidade da alma;
somente este dogma pode explicar a existência dos homens ditosos e
infelizes, e mesmo assim assegurar a compreensão da misericórdia e
justiça divina.
Observação: A vida futura tem de ser o ponto de mira de todos
os homens, só ela explica todas as anomalias da vida terrena e se
mostra de acordo com a justiça de Deus.
P. Qual o grande ensinamento que Jesus nos traz nesta
passagem?
R. A certeza da vida futura onde, de acordo com as nossas ações
voltadas ao bem, teremos acesso ao reino de paz e amor, por Ele
anunciado.
Observação: O nosso destaque futuro espiritual começa a cada
dia, pela prática das boas obras, do estudo e da prece, orientados pelo
Evangelho de Jesus.
Nosso comentário:
Francisco de Assis nos dá condições de entendimento da vida
futura, quando alegremente exclama:
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-Hoje recebo a minha carta de alforria, não sou mais escravo de
minhas imperfeições, sou feliz, convivo num mundo feliz, aqui tudo é
felicidade.
Na época de Moisés, os judeus tinham apenas idéias imprecisas
com relação à vida futura.
O Espírito de Shaulin nos informa:
Tínhamos acesso aos arquivos espirituais, filmes de cenas reais
eram projetados nessa pesquisa das palavras de Jesus, concernentes à
Vida futura. Emoções inexplicáveis e sucessivas de amor nos
impulsionavam ao trabalho. As projeções, as cenas reais do filme de
Jesus, ainda estão impregnadas em meu ser.
João procurando Jesus, disse:
-Mestre, perdoa a minha fraqueza emotiva, mas gostaria que me
ajudasse a entender a vida futura. Jesus, tranqüilo, sentado em um
tronco de cedro, falou com sabedoria:
-João, tudo em que nos esforçamos para a concretização do bem
é algo de Amor projetado ao próximo, e se nasceu dentro de nós,
ilumina a nós mesmos em primeiro lugar. O amor, João, não precisa
de nenhuma das virtudes, mas todas as outras carecem do Amor.
O amor esclarece o perdão; afirma a dignidade, eleva as ideias,
coordena as emoções e burila a fala. O amor nos uniu credenciando-a
viver a vida futura.
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7. FORMAÇÃO DO GRUPO DE IMPLANTAÇÃO DO CULTO DO EVANGELHO NO LAR ( I.E.L)
Coordenador e Cooperadores:
Primeiro passo do coordenador:
Encontrar a pessoa que aceite a responsabilidade de
arregimentar trabalhadores para (I.E.L), conduzir o estudo de
preparação e na sequência, administrar a responsabilidade de a
compreender.
Distribuir a escala de serviço a cada voluntário, conforme
programação do dia, endereço, dia e hora, nome e telefone do
responsável.
Observar a importância da pontualidade.
Como facilitação, já que Cuiabá é uma cidade com Bairros
muitos distantes, que o coordenador tenha, se possível, uma pessoa
que resida na região mais próxima do local da (I.E.L).
Dependendo da necessidade, nas primeiras práticas da I.E.L, o
coordenador que acompanhe o/s trabalhador/res, pois entendemos que
devemos adquirir um padrão de metodologia.
Para que mais tarde, o trabalhador mais preparado possa realizar
essa tarefa com os novos iniciantes.
Acreditamos que devemos estabelecer um limite de no máximo
três participações do trabalhador, representando a Casa Espirita.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Meus amigos, fizemos tudo que estava no nosso alcance para
atender os procedimentos de cada o dia a dia do Evangelho no Lar.
Srs. Voluntários, se os seus corações não incorporaram os
dizeres das mensagens até aqui apresentadas, é aconselhável deixar
para outra ocasião essa proposta de trabalhar na I.E.L, pelo seguinte
motivo:
Quando o coração não sente, a nossa voz não terá o magnetismo
dos sentimentos.
Esse trabalho foi finalizado em abril de 1.998. Revisado em
dezembro de 2.014
Cuiabá – MT
Wilson da Cunha