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João Francisco Alves Silveira TEMA 104 SEGURANÇA E CONTROLE DE RISCOS NA REALIZAÇÃO E OPERAÇÃO DE BARRAGENS TRABALHOS RECEBIDOS E SELECIONADOS

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João Francisco Alves Silveira

TEMA 104

SEGURANÇA E CONTROLE DE RISCOS NA REALIZAÇÃO E OPERAÇÃO DE BARRAGENS

TRABALHOS RECEBIDOS E SELECIONADOS

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“Monitoramento e Histórico das Infiltrações do Diqu e II da UHE Cana Brava”

(LOPES, K.G.; CORRÊA, J. F.; MEIRELLES, M.C.; GODOI, C.S.)Trabalho de grande interesse técnico, apresentando de modo bem detalhado a evolução das surgência a jusante das escavações do Dique II da UHE Cana Brava. Seria interessante que os autores apresentassem as vazões dos medidores das ombreiras (MV-501 e MV-502) em termos de vazão específica (l/min.m), para se poder comparar com os valores de outras barragens.

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Pergunta aos autores: “Será que com a construção de um cut-off parcial (4 m) na fundação (Hfund = 10 m), teria sido possível reduzir de modo expressivo essas surgências?

SUB-TEMA 2: ANÁLISE DE CASOS DE ACIDENTES E INCIDENTES

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“Reflexos da Lei de Segurança de Barragens na Itaip u Binacional”

(NEUMANN, C.; OSAKO, C.; PATIAS, J.; PORCHETO, C.)

Na Introdução relacionam-se as rupturas das barragens de Apertadinho e Algodões, e o acidente de Campos Novos, entretanto uma das principais ocorrências no período, referente à ruptura da Barragem de Camará, na PB, em junho de 2004, envolvendo uma estrutura em CCR com 50 m de altura, na qual não havia sido instalado qualquer tipo de instrumento de controle e que veio implicar na morte de cerca de nove pessoas, não poderia ter sido esquecida.

SUB-TEMA 1: QUESTÕES E ASPECTOS INSTITUCIONAISA19

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Destaca-se a importante atuação do PTI, através do CEASB, na realização de um sistema de Cadastro de Barragens, resultado de parceria com o Comitê Brasileiro de Barragens, procurando-se integrar em um só sistema todas as bases de dados de barragens. De extrema importância se contar, também, com a colaboração da ANA e da ANEEL na elaboração desse cadastro, pois julga-se que apenas cerca de 30% do total estimado de barragens de grande porte (H>15 m) encontra-se cadastrado, faltando, portanto, algo em torno de 70%, ou seja, cerca de 2.500 barragens.

SUB-TEMA 1: QUESTÕES E ASPECTOS INSTITUCIONAISA19“Reflexos da Lei de Segurança de Barragens na Itaip u

Binacional”(NEUMANN, C.; OSAKO, C.; PATIAS, J.; PORCHETO, C.)

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“Método de Ponderação de Fatores, com Foco na Avali ação do Potencial de Risco”

(MEDEIROS, C.H.A.C. ; MAIA LOPES, M.G.)

“Os acidentes são antecedidos por sinais de alerta”. Nem sempre, pois rupturas por junta do tipo frágil (em rocha), ou pipingatravés da fundação de barragem de terra, geralmente são eventos súbitos, geralmente, sem aviso prévio.

SUB-TEMA 1: QUESTÕES E ASPECTOS INSTITUCIONAISA17

“Risco Hidrológico: É comum a constatação de bacias hidrográficas com deficiência de dados, ausência absoluta de dados e inoperância de estações hidrometeorológicas”. Essa afirmação me parece que não deveria ser generalizada para todo o país, mas sim para as regiões ainda em desenvolvimento, nas quais se observa a carência de dados. Seria importante ouvir dos autores alguns exemplos práticos desse problema e suas implicações no dimensionamento do Vertedouro.

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“Comportamento da Tomada D’Água da UHE Jaguari Afet ada por Reação Álcali-Agregado”

(SALLES, F.M.; PÍNFARI, J.C.; KUPERMAN, S.C.; MIZUMOTO, C.)Os autores apresentaram resultados da instrumentação da estrutura de concreto da Tomada d´Água, na qual foram instalados também extensômetros múltiplos, que constituem um dos instrumentos mais importantes para o acompanhamento das taxas de expansão do concreto. Faltou, entretanto, a apresentação desses valores. A partir das três hastes do EH-1 obtive-se a taxa média de expansão do concreto E = 31µε/ano, a qual pode ser considerada relativamente elevada, para uma estrutura concretada há cerca de 38 anos.

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Seria interessante ouvir dos autores se já houve algum problema com a operação das comportas ou dos stop-logs na T.A., qual a previsão de problemas futuros e como os mesmos poderão ser sanados com medidas corretivas.

SUB-TEMA 2: ANÁLISE DE CASOS DE ACIDENTES E INCIDENTES

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“Árvore de Eventos Como Ferramenta de Quantificação de Risco”

(ARARIPE, M. T. M.; MALVEIRA, V. T. C.)

Esse trabalho apresenta a aplicação das árvores de eventos para a determinação probabilística dos cenários de ruptura mais críticos, para um total de seis barragens no Estado do Ceará. O relator teve a oportunidade de realizar aplicação semelhante a um total de cinco barragens de grande porte da CESP, defendendo esse tipo de ferramental na análise de risco, desde que realizado em Workshops com a participação de cerca de doze participantes, que conheçam profundamente o desempenho “ in situ” das barragens em estudo. Pergunta-se às autoras, essa aplicação às barragens no Ceará foram realizadas de modo semelhante, ou seja, em forma de Workshops com cerca de 12 técnicos?

SUB-TEMA 3: MONITORAMENTO E INSPEÇÃO COMO MEDIDAS PREVENTIVAS E DE CONTROLE DE RISCOS

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A probabilidade de ruptura de uma barragem por ano, assumida como 10-4

nesse trabalho, tendo por base a experiência internacional, só se aplica a barragens novas ou recuperadas, localizadas em zonas rurais, semnenhum habitante a jusante, ou em barragens em operação com no máximo 10 habitantes a jusante. Esse valor deveria ser revisado para 10-5

ou até 10-6, quando da existência de um maior número de pessoas na área de inundação a jusante.

“Árvore de Eventos Como Ferramenta de Quantificação de Risco”

(ARARIPE, M. T. M.; MALVEIRA, V. T. C.)

SUB-TEMA 3: MONITORAMENTO E INSPEÇÃO COMO MEDIDAS PREVENTIVAS E DE CONTROLE DE RISCOSA 07

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BARRAGENS EM OPERABARRAGENS EM OPERAÇÇÃOÃO

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“Inspeção Visual por Modos de Falha: Um Instrumento Eficaz de Manutenção de Barragens”

(DIAS, G. G.; FUSARO, T. C.)

Os autores comentam que os “check-lists’” podem ter uma importância maior nas inspeções rotineiras executadas por técnicos das instalações, muitas vezes com um conhecimento limitado sobre as barragens”. Entretanto, quando se deseja uma visão dos riscos associados àdeterminada estrutura, a utilização de ferramentas de análise por modo de falha passa a ter maior relevância.

SUB-TEMA 3: MONITORAMENTO E INSPEÇÃO COMO MEDIDAS PREVENTIVAS E DE CONTROLE DE RISCOSA14

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“Inspeção Visual por Modos de Falha: Um Instrumento Eficaz de Manutenção de Barragens”

(DIAS, G. G.; FUSARO, T. C.)

SUB-TEMA 3: MONITORAMENTO E INSPEÇÃO COMO MEDIDAS PREVENTIVAS E DE CONTROLE DE RISCOSA14

“A CEMIG tem buscado absorver a utilização dos modos de falha em suas metodologias por entender que este conceito enriquece as inspeções visuais, podendo potencializar o processo de Segurança de Barragens”.Seria interessante que os autores apresentassem um caso prático da aplicação dessa análise a uma das barragens da CEMIG, destacando-se alguns cenários de risco em potencial revelados pela aplicação dessa metodologia.

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“Computacional Intelligence for Dam Safety Aplicati ons”(GEYMAYR, J. A. B.)

A grande quantidade de dados, informações e conhecimentos armazenados em Itaipu veio motivar os especialistas a desenvolverem uma ferramenta inteligente de análise para a supervisão da segurança da barragem, empregando-se o modelo “fuzzi” QPI, de modo a permitir a integração dos riscos, das condições operacionais e de manutenção das estruturas.

SUB-TEMA 3: MONITORAMENTO E INSPEÇÃO COMO MEDIDAS PREVENTIVAS E DE CONTROLE DE RISCOSA10

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Na classificação dos riscos das inspeções de campo destacaria alguns itens que seriam questionáveis, recomendando-se uma revisão:

Baixo Risco : “Reparo ou troca de sensor.” Se for o sensor principal de um pêndulo direto, diria que não seria de baixo risco, devendo ser reparado de imediato;

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SUB-TEMA 3: MONITORAMENTO E INSPEÇÃO COMO MEDIDAS PREVENTIVAS E DE CONTROLE DE RISCOS

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Alto Risco : - “Remoção de arbustos (shrubs) na barragem de terra.”

Trata-se de uma recomendação importante, mas mencionaria a existência de barragens na República Tcheca, por exemplo, de barragens com 530 anos de idade, dotadas de grandes árvores ao longo da crista. Ou seja, existe um potencial de risco, mas que não seria assim tão alto.

“Computacional Intelligence for Dam Safety Aplicati ons”(GEYMAYR, J. A. B.)

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SUB-TEMA 3: MONITORAMENTO E INSPEÇÃO COMO MEDIDAS PREVENTIVAS E DE CONTROLE DE RISCOSA10

“Computacional Intelligence for Dam Safety Aplicati ons”(GEYMAYR, J. A. B.)

Fig. 7.2 - Vavrinec pond earth dam built in

year 1480, with 8,0 m height and 380 m long.

Fig. 7.3 - Regent pond dam built in year

1479, with 5,5 m height and 340 m long.

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SUB-TEMA 3: MONITORAMENTO E INSPEÇÃO COMO MEDIDAS PREVENTIVAS E DE CONTROLE DE RISCOS

“Reforço da Instrumentação na Abóbada de uma Cavern a Subterrânea”

(CHIARELLO, M.W., SILVEIRA, J.F. )

O elevado estado das tensões horizontais no maciço basáltico da caverna subterrânea da Casa de Força da UHE 14 de Julho, da CERAN – Cia Energética Rio das Antas, no RS, veio causar deslocamentos da ordem de30 mm nas paredes da caverna, conforme indicação dos extensômetros múltiplos, o que veio exigir o reforço do sistema de contenção das escavações.

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SUB-TEMA 3: MONITORAMENTO E INSPEÇÃO COMO MEDIDAS PREVENTIVAS E DE CONTROLE DE RISCOSA20

“Reforço da Instrumentação na Abóbada de uma Cavern a Subterrânea”

(CHIARELLO, M.W., SILVEIRA, J.F. )

Em meados de 2009 alguns extensômetros na região da abóbada vieram indicar distensões irreais, em função da falta de proteção dos sensores eletrônicos contra umidade. A re-instrumentação da abóbada com quatro novos EH importados, dois instalados a partir do topo do talude e outros dois instalados a partir do túnel de drenagem dos condutos forçados, permitiu constatar que os deslocamentos da rocha na região da abóbada apresentam-se praticamente estabilizados.

Os autores destacaram a importância da quarta haste nos extensômetros instalados a partir do topo do talude, no acompanhamento das reais distensões na região da abóbada.

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“Estruturas de Descarga da Usina Hidrelétrica Mazar Vertedouro e Descarregador de Fundo”

(ANDRZEJEWSKI, R. H.; COSTA, M. G.; VANEGAS V, S.; ROBLES B, J.)

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Destaca-se dentre as funções do Descarregador de Fundo da barragem de Mazar, “que o mesmo deverá permitir um esvaziamento rápido do reservatório em caso de perigo para a barragem”.O deslizamento ocorrido em março de 1993, na área do reservatório, provocou uma grande cheia quando do rompimento de massa de material depositado no vale, após o seu galgamento, gerando uma onda estimada em 8.000 m3/s.Pergunta-se aos autores: Haveria tempo hábil para a detecção de um escorregamento da encosta e se efetuar o rebaixamento rápido do reservatório com o descarregador de fundo, considerando-se que o mesmo exigiria um dia para esgotar 1/10 do reservatório?

SUB-TEMA 4: DESCARREGADORES DE FUNDO PARA DEPLEÇÃO EMERGENCIAL DE RESERVATÓRIOS: SÃO

NECESSÁRIOS?