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IDS - Relatório Curso Formação-Ação Processo ProspectivoRegional e Construção de Cenários – 17, 18 e 25 outubro 2015 – Distrito Brasilândia – SP i RELATÓRIO DO CURSO FORMAÇÃO-AÇÃO PROCESSO PROSPECTIVO REGIONAL – CONSTRUÇÃO DE CENÁRIOS TEMA: “Desenvolvimento Sustentável do Distrito da Brasilândia, do Município de São Paulo” Ministrado por: Prof. Dr. Antônio Luís Aulicino Distrito da Brasilândia, Município de São Paulo - SP outubro 2015

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IDS - Relatório Curso Formação-Ação Processo ProspectivoRegional e Construção de Cenários – 17, 18 e 25 outubro 2015 – Distrito Brasilândia – SP

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RELATÓRIO DO

CURSO FORMAÇÃO-AÇÃO

PROCESSO PROSPECTIVO REGIONAL – CONSTRUÇÃO DE CENÁRIOS

TEMA:

“Desenvolvimento Sustentável do Distrito da Brasilândia, do Município de São Paulo”

Ministrado por:

Prof. Dr. Antônio Luís Aulicino

Distrito da Brasilândia, Município de São Paulo - SP

outubro 2015

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SUMÁRIO

Curso Formação-ação Processo Prospectivo – Construção de Cenários – Distrito da Brasilândia, Município de São Paulo - SP.................................................................... 1

Condução das Oficinas................................................................................................. 4

Resultado do Exercício Oficinas Praticado obtido pelos Participantes do Curso........ 5

I) Oficina de Caça às Ideias ou Ideias Recebidas ... às ações....................................... 6

II) Oficina de “mudanças e rupturas ... às ações”......................................................... 10

III) Oficina de “freios e inércias . . . às ações............................................................... 13

IV). Oficina das “Mudanças críticas ... à situação que está em jogo dos atores”......... 16

V) Oficina de “mudanças críticas ... às estratégias”.................................................. 23

VI) Oficina da “Mudanças críticas ... aos cenários exploratórios”............................... 27

VII) Oficina “HOME” de Árvore de competência do passado, do presente e ... do futuro”................................................................................................................... 32

Consolidação dos Resultados obtidos nas diversas Oficinas Realizadas no Curso Formação-ação Processo Prospectivo e Construção de Cenários – Desenvolvimento Sustentável do Distrito da Brasilândia, do Município de São Paulo............................ 35

Análise Estrutural......................................................................................................... 36

Construção de Cenários por meio da Análise Morfológica.......................................... 45

Descrição do Cenário Global, Análise de Riscos e Plano de Ações e Cronograma 52

Referência Bibliográfica Base para Elaboração deste Curso....................................... 57

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Lista dos Participantes do curso................................................................... 3 Tabela 2: Hierarquização das Ideias Identificadas....................................................... 7 Tabela 3: Hierarquização das Mudanças Identificadas................................................ 11 Tabela 4: Relação dos Fatores Freios e Inércias Identificadas..................................... 13 Tabela 5: Relação dos Fatores Freios e Inércias Hierarquizadas................................. 14 Tabela 6: Relação de Atores considerados importantes em relação às principais

mudanças críticas........................................................................................ 17 Tabela 7: A hierarquização de Atores considerados importantes................................. 17 Tabela 8: Lista de objetivos e de ações respondendo as diversas situações que estão

em jogo por mudanças críticas.................................................................... 24 Tabela 9: Lista das mudanças críticas com as respectivas questões chave e suas

respostas plausíveis e de ruptura................................................................. 28 Tabela 10: Relação das Variáveis Identificadas........................................................... 36 Tabela 11: Hierarquização das Variáveis escolhidas pelos Participantes.................... 37 Tabela 12: Tema 1: “Atitude e Política Social” - Definição de hipóteses por

variável-chave............................................................................................. 46 Tabela 13: Tema 2: “Conscientização e Reestruturação Urbana” - Definição de

hipóteses por variável-chave....................................................................... 46 Tabela 17: Lista das Ações Estratégicas, início e término e responsáveis................... 54

LISTA DE FIGURAS

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Figura 1: Plano: Importância x Impacto das principais ideias identificadas.................................... 8

Figura 2: Plano: Importância das mudanças x Grau de preparação dos Atores............................... 12

Figura 3: Plano: importância dos freios e inércias x Grau de preparação dos Atores...................... 15

Figura 4: Plano de influências e dependências entre os atores........................................................ 20

Figura 5: Plano de influências e dependências entre os atores com as respectivas explicações...... 21

Figura 6: Tela do Software MACTOR para registro dos atores e seus respectivos objetivos......... 22

Figura 7: Identificação da Coerência e de Estratégias por meio da Análise Morfológica para atender as Mudanças e Rupturas..................................................................................... 25

Figura 8: Construção de cenários parciais referente a questão chave da Mudança Crítica 1.......... 29

Figura 9: Construção de cenários parciais referente a questão chave da Mudança Crítica 2........ 30

Figura 10: Construção de Cenários Globais a partir dos Cenários Parciais referentes às Mudanças Críticas. (exemplo , como os casos das Figuras 8 e 9)................................ 31

Figura 11: Árvore de Competência do Passado, Presente e Futuro................................................. 33

Figura 12: Síntese dos resultados das oficinas do curso Formação-ação do Processo Prospectivo e a Construção de Cenários - tema: Desenvolvimento Sustentável do Distrito da Brasilândia, do Município de São Paulo............................................................................................................................ 35

Figura13: Matriz de Influência Direta (MID) entre as variáveis-chave........................................... 38

Figura 14: Matriz de Influência Direta (MID) entre as Variáveis preenchidas pelos participantes em conjunto..................................................................................................................... 39

Figura 15: Plano da dependência e influência direta das variáveis-chave....................................... 40

Figura 16: Grau de Influência Direta das principais variáveis-chave.............................................. 41

Figura 17: Tela do software MICMAC para informar o parâmetro de multiplicação..................... 41

Figura 18: Matriz de Influência Indireta (MII)................................................................................ 42

Figura 19: Plano da Dependência e Influência Indireta das variáveis-chave................................... 43

Figura 20: Grau de Influência Indireta das principais variáveis chave............................................ 44

Figura 21: Construção dos Cenários Parciais do tema 1: “Atitude e Política Social”..................... 48

Figura 22: Construção dos Cenários Parciais do tema 2: “Conscientização e Reestruturação Urbana”.......................................................................................................................... 49

Figura 23: Construção dos cenários globais para o Desenvolvimento Sustentável do Distrito da Brasilândia, do Município de São Paulo, por meio da Análise Morfológica................. 50

Figura 24: Planilha da Entrada das Ações Estratégicas, Cronograma início e término e Responsabilidade de Execução....................................................................................... 55

Figura 25: Cronograma das Ações Estratégicas, início e término e Responsáveis por sua execução.......................................................................................................................... 56

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Curso Formação-ação Processo Prospectivo – Construção de Cenários – São Paulo -SP

O curso foi fechado e gratuito, ministrado na CCA Todos Irmãos, Rua Tiro ao Pombo, 77, em que houve oito participantes, e o apoio do João Aparecido Trevisam. Este curso Processo Prospectivo - Construção de Cenários proporcionou aos participantes compreenderem conceitualmente e serem sensibilizados sobre o processo prospectivo, e sua ocorrência em outras partes do mundo, principalmente, na União Européia, em especial na França e Bélgica.

Ressaltando, que a Prospectiva é a aplicação de processos sistemáticos e participativos de levantamento de informações relativas ao futuro e de construções de visões a médio e longo prazo para apoiar às decisões e políticas atuais e mobilizar ações comuns.

O objetivo do curso é propiciar aos participantes adquirir os conceitos e sensibilizá-los sobre o processo prospectivo e a construção de cenários para o Desenvolvimento Sustentável do Distrito da Brasilândia, do Município de São Paulo, tema escolhido pelos participantes. Além disso, o objetivo do curso é fornecer subsídios para que os mesmos possam entender como deve ser conduzido um processo prospectivo.

A estrutura do curso foi adaptada para três dias, 25 horas, em razão de disponibilidade de tempo, que foi identificado e solicitado pelo mercado. O curso foi estruturado para abranger todo o processo prospectivo de uma maneira geral, considerando desde o processo de constituir sua Governança até a Construção de Cenários. No caso deste curso o conteúdo programático foi o seguinte:

1º dia do curso:

• Apresentações dos participantes (nome, profissão, onde trabalha e função) • Apresentação: Desenvolvimento Sustentável do Distrito da Brasilândia, do Município de São Paulo • Conceito sobre Prospectiva1 • Apresentação das Oficinas • Início das Oficinas do dia:

– Ideias identificadas / Caça às ideias . . . às ações – Mudanças e rupturas . . . às ações. – Freios e Inércias... às ações

2º dia do curso:

• Prospectiva Regional, reforço conceitual 2 • Apresentação das Oficinas do dia, objetivos a serem atingidos • Início das Oficinas do dia: � Conceito de Agente Sociais (stakeholders) e Atores, a identificação e a integração

– Da mudanças críticas às estratégias dos atores usando método MACTOR � Conceitos de Análise Morfológica

– Das mudanças críticas . . . às estratégias, com análise morfológica • Última das Oficinas do dia:

– Das mudanças críticas . . . aos cenários, com análise morfológica 3º dia do curso:

• Prospectiva Regional, reforço conceitual 3 � Consolidação dos resultados obtidos nas oficinas, para início da Análise Estrutural • Conceito sobre Análise Estrutural 3 • Elaboração da Análise Estrutural

1 Os conceitos sobre o Processo Prospectivo do dia 17 outubro 2015 veja no arquivo: Apr_Prospectiva_17_10_2015.pdf 2 Os conceitos sobre o Processo Prospectivo do dia 18 outubro 2015 veja no arquivo: Apr_Prospectiva_18_10_2015.pdf 3 Os conceitos sobre o Processo Prospectivo do dia 25 outubro 2015 veja no arquivo: Apr_Prospectiva_25_10_2015.pdf

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• Construção de Cenários, possíveis, desejáveis e realizáveis • Plano de Ações Estratégicas com os respectivos responsáveis e datas de início e término.

O objetivo das oficinas do Processo Prospectivo, citadas no programa do curso, é iniciar e simular em poucas horas e em grupo o conjunto do processo de reflexão prospectiva e estratégica para o Desenvolvimento Sustentável do Distrito da Brasilândia, do Município de São Paulo, situação atual e futura.

As oficinas de prospectiva constituem um exemplo de verdadeira formação-ação, na medida em que propiciam aos participantes as condições indispensáveis para uma participação ativa na reflexão prospectiva. Mas o grupo não se limita a ser consumidor de formação, é também produtor de reflexão sobre o problema proposto.

Nestes encontros, os participantes são familiarizados com os métodos e as ferramentas da prospectiva estratégica para identificar e hierarquizar em comum os principais desafios do futuro sobre o Desenvolvimento Sustentável do Distrito da Brasilândia, do Município de São Paulo, situação futura e identificar pistas para a ação.

Na prospectiva, o termo francês “atelier” (oficina ou workshop) é freqüentemente utilizado para designar sessões organizadas de reflexão coletiva. Este termo, desde há muitos anos, é utilizado tanto na França, como em diversos países da União Européia, da Asía e Afríca. O carácter modular destas oficinas bem como a facilidade de sua realização prática permitem-lhes adaptar-se a todas as situações. Devido à sua simplicidade e rapidez de execução, estes seminários aproximam-se de técnicas como a “quick environmental scanning

technique” (QUEST) de Burt Nanus (1982).

As oficinas devem ser compostas por oito a dez pessoas, no máximo, que se reúnem em várias sessões de trabalho de duas a quatro horas. Os participantes deste curso estão na tabela 1.

Estas oficinas, quaisquer que sejam os temas abordados, são organizadas em torno de dois grandes princípios:

1°/ permitir uma grande liberdade de expressão a todos os interlocutores (tempo de reflexão individual em silêncio, recolhimento de todas as ideias por escrito);

2°/ canalizar a produção dos participantes (nomeadamente através de uma gestão rigorosa do tempo e, sobretudo, através do recurso sistemático de técnicas, tais como: a classificação das ideias, a hierarquização, etc.).

É no decurso das sessões de síntese, organizadas no final destas oficinas, que os diferentes grupos partilham as suas reflexões e as comparam.

As oficinas constituem um preâmbulo precioso, senão indispensável, a qualquer reflexão prospectiva. A sua execução é simples e a sua metodologia facilmente apropriável. Eles devem, em primeiro lugar, servir de rampa de lançamento para um processo de reflexão prospectiva em comum. No fim dessas oficinas, no processo prospectivo, os participantes adquirem, assim, um melhor conhecimento dos problemas a estudar. E ficam em posição de definir em conjunto um tema e um método de trabalho adaptado às limitações de tempo e de meios e aos objetivos pretendidos (o método só fica completamente validado após algumas semanas de consolidação).

Este relatório apresenta a consolidação dos resultados dos trabalhos realizados durante o curso Formação-ação em Processo Prospectivo, durante os três dias, tendo o futuro do Desenvolvimento Sustentável do Distrito da Brasilândia, do Município de São Paulo, situação atual e futura, como tema suporte da aprendizagem dos conceitos sobre o processo prospectivo regional.

Deve ser ressaltado que o curso teve como suporte as bibliografias citadas no item: Referência Bibliográfica Base para Elaboração deste Curso.

Os participantes do curso, constam na Tabela 1.

Tabela 1: Lista dos Participantes do curso

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Nome Organização

1 Abdias Manoel de Carvalho (*) C. P. M.

2 Elipérsida Candotto Pozella da Silva Saúde / usuário

3 Francisco Carvalho Lima Morador

4 Gilson Bueno do Amaral Morador

5 Juan Ramon Soto EPAMUD

6 Ricardo Luís Nascimento Projeto Família Eleita

7 Rosivaldo Santos Sales ACEBR

8 Sebastião da Silva 1º. Chute

(*) OBS.: teve 83,34% de frequência, na participação, e os demais participaram 100% do curso

Deve ser ressaltado, a contribuição nas oficinas dos seguintes participantes: • Animadores:

- Juan Ramon Soto: Mudanças e rupturas às ações - Gilson Bueno do Amaral: Freios e Inércias às ações

Não houve relatores para as diversas oficinas.

A grande contribuição do João Aparecido Trevisam, parceiro para ministrar o curso, já participou da realização do processo prospectivo de Ribeirão Branco e participou de três cursos como colaborador, tendo sua contribuição neste curso tanto na sua infraestrutura, na condução dos trabalhos, como na preparação de refeição e nas contribuições sobre o Distrito da Brasilândia foi exemplar a participação como cidadão.

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Condução das Oficinas Na condução das oficinas, foram definidos os relatores, os marcadores de tempo por tarefa e os animadores ou facilitadores, que deverão considerar as orientações relacionadas a seguir, como também o acordo de convivência para os trabalhos nas oficinas atingirem os resultados esperados: Orientações aos animadores ou facilitadores: • Orientar e esclarecer as atividades a serem desenvolvidas ao longo do dia • Solicitar que o grupo selecione uma pessoa a ser responsável pelo registro das informações do grupo • Elaborar o acordo de convivência (complementar). • O facilitador não desenha e nem escreve nas fichas dos participantes; • Deve se responsabilizar por todo o material do grupo (recolher ao final do dia), pela identificação dos

participantes dos grupos e por identificar as informações corretamente. • Nunca induzir ou dizer, mas ajudar o participante para o desenvolvimento das atividades a serem

realizadas. • Exigir o cumprimento dos acordos • Não deixar que um elemento do grupo tome conta. Acordo de Convivência nos grupos, para desenvolvimento dos trabalhos nas oficinas: • Participar de todos os dias, se não pode, não participar da oficina • Cumprimento do horário • Respeitar a fala dos outros • Dúvidas devem ser tiradas individualmente • Não ter conversas paralelas

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Resultado do Exercício Praticado das Oficinas obtido pelos Participantes do Curso

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I) Oficina de Caça às Ideias ou Ideias Recebidas ... às ações4 Objetivo:

• Identificar as ideias que têm impacto sobre o Desenvolvimento Sustentável do Distrito da Brasilândia, do Município de São Paulo, através dos comportamentos e das representações dos atores, notadamente. Esta reengenharia mental é essencial para auxiliar na elaboração das melhores perguntas sobre o futuro.

Algumas ideias recebidas, fundamentadas ou não, são geralmente admitida sem que seja necessário argumentá-las ou justificá-las.

• Exemplos: “Efeito Estufa”; “Uso ou não uso de agrotóxico”; “Desenvolvimento Sustentável é

um problema do governo”, “Nas regiões da Amazônia só há desmatamento”

O objetivo desta oficina consiste em fazer um inventário das ideias recebidas e dos consensos dominantes, que circulam no âmbito do Desenvolvimento Sustentável do Distrito da Brasilândia, do Município de São Paulo, seu ambiente hoje e no futuro.

O benefício desta abordagem, é que ela parte de uma percepção, que permite revelar as “crenças” e “não expressas”, que tendem a moldar as atitudes e estratégias, e assim, influenciar os jogos dos atores.

Oficina de “caça às ideias ou ideias recebidas” seguiu as etapas:

� Listar as ideias recebidas e dos consensos dominantes que circulam no âmbito do Desenvolvimento Sustentável do Distrito da Brasilândia, do Município de São Paulo, seu ambiente hoje e no futuro

� Hierarquizar estas ideias em função da importância de seu impacto sobre os comportamentos e estratégias futuras dos atores

� Analisar o conteúdo das principais ideias recebidas

� Identificar as conseqüências delas

� Tirar as lições desta análise e propor 5 à 10 ações concretas

1) Abaixo seguem as etapas, realizadas e os resultados, da Oficina “ideias recebidas”:

Procedimento utilizado:

• Durante 5 minutos, cada participante estabelece em silêncio e por escrito a lista das ideias recebidas e dos consensos dominantes que circulam no âmbito do Desenvolvimento Sustentável do Distrito da Brasilândia, do Município de São Paulo, seu ambiente hoje e no futuro

• Todos estes fatores são em seguida recolhidos e organizados por meio de várias rodadas entre os participantes. O grupo obteve, assim, 9 ideias identificadas e os consensos dominantes de impactar sobre o Desenvolvimento Sustentável do Distrito da Brasilândia, do Município de São Paulo, seu ambiente hoje e no futuro.

As ideias recebidas e os consensos dominantes identificados pelos participantes, no 1º dia de oficina, foram as seguintes:

1. Educação – Formação Profissional 2. Implantação de Parque Público no Distrito da Brasilândia 3. Melhoria na infraestrutura educacional da básica à profissionalizante

4 GODET M., «Manuel de prospective stratégique, tome 2: l’art et la méthode », Dunod, Paris, 2001.

BASSALER, Nathalie, “Le maïs et ses avenirs“, Cahier du Lipsor, nº 13, mai 2000. MOUSLI, Marc, "Pays Basque 2010: la prospective participative dans un territoire d’exception", Cahier du Lipsor, nº 15, juin 2004.

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4. Construção do Parque da Brasilândia, pois não temos área de lazer para nossos jovens 5. Reestruturação das áreas habitadas 6. Urbanização dos bairros Brasilândia 7. Educação preventiva na saúde e ambiental 8. Projetos educacionais básicos 9. Reestruturação urbana

2) As principais ideias

Procedimento utilizado:

• Um sistema de agregação de pontos de vista permitiu de hierarquizar esses 9 fatores em função da importância de seu impacto sobre o futuro do Desenvolvimento Sustentável do Distrito da Brasilândia, do Município de São Paulo e independentemente da natureza deste impacto (positivo / negativo). Cada participante recebeu, neste caso, 5 pontos5 (ou direito de voto) para afetar as 2 ideais recebidas que considera como tendo um impacto sobre o Desenvolvimento Sustentável do Distrito da Brasilândia, do Município de São Paulo, seu ambiente hoje e no futuro. Os participantes puderam escolher no máximo 5 fatores. O número de pontos a serem atribuídos a um item deverá situar-se entre 1 e 4:

� 1 = impacto fraco ou limitado;

� 2 = impacto sensível;

� 3 = impacto forte;

� 4 = impacto crítico.

• Em seguida procedeu-se a soma dos votos dos participantes para cada fator, obtendo o seguinte resultado:

Tabela 2: Hirarquização das Ideias Identificadas

Ordem Ideia Hierar-

quização

1ª Reestruturação urbana 17 2ª Educação preventiva na saúde e ambiental 7

3ª Melhoria na infraestrutura educacional da básica à profissionalizante

6

4ª Urbanização dos bairros Brasilândia 5 5ª Implantação de Parque Público no Distrito da Brasilândia 4

6ª Construção do Parque da Brasilândia, pois não temos área de lazer para nossos jovens

3

7ª Projetos educacionais básicos 3 8ª Educação – Formação Profissional 9ª Reestruturação das áreas habitadas

3) Identificar as consequências dessas ideias

As principais ideias identificadas e os consensos dominantes identificados na etapa 2, estão posicionados sobre um plano cujos eixos medem sua importância (ordenada) e seu impacto (abcissa) (negativo/freio ou positivo/motor) sobre o Desenvolvimento Sustentável do Distrito da Brasilândia, do Município de São Paulo.

O posicionamento desses fatores no Plano: importância x impactos, apresentados a seguir, devem se lidos de maneira sistêmica (posição relativa de cada ideia identificada em relação às outras).

5 Este número é igual ao número de fatores dividido por 2 (seja 9), quando o resultado for fracionado arredondar o número encontrado ao

imediatamente superior. Esta regra geralmente é adaptada em função do número de fatores identificados e do número de participantes do grupo de trabalho.

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Neste exercício do curso, as ideias foram classificadas na sua maioria como positivas / motores para o Desenvolvimento Sustentável do Distrito da Brasilândia, do Município de São Paulo, seu ambiente hoje e no futuro, conforme figura 1.

Figura 1: Plano: Importância x Impacto das principais ideias identificadas 3) Analisar o conteúdo das principais ideias recebidas

Procedimento utilizado:

• Nesta etapa é tratada a avaliação da credibilidade das principais ideias recebidas anteriormente identificadas.

• Estas ideias recebidas podem ser consideradas, ao menos parcialmente, como argumentos fundamentados? Para responder a esta questão, o grupo de trabalho identificou os argumentos que fundamentam ou não fundamentam cada uma das principais ideias recebidas.

1ª ideia - “Reestruturação urbana” (17)

Importância

Forte

Fraco

Impacto sobre o Desenvolvimento Sustentável do Distrito da Brasilândia

Negativo / Freio Positivo / motor

Melhoria na infraestrutura

educacional da básica à

profissionalizante (6)

Educação preventiva na

saúde e ambiental (7)

Fatores que vão contribuir para o

Desenvolvimento Sustentável do Distrito

da Brasilândia, do Município de São Paulo

Reestruturação urbana (17)

Urbanização dos bairros

Brasilândia (5)

Implantação de Parque Público

no Distrito da Brasilândia (4)

Construção do Parque da

Brasilândia, pois não temos área de

lazer para nossos jovens (3)

Reestruturação das áreas

habitadas Educação – Formação Profissional

Projetos educacionais básicos (3)

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Argumentos a favor Argumentos contra

1) Organizar a vida urbana 1) Custo de reestruturação 2) Distribuição melhor dos serviços

públicos 2) Impacto social e ambiental

3) Mobilidade urbana 3) Falta de consenso para reestruturar 4) Reestruturar o espaço urbano Conclusão:

• Realizar simulações participativas com apropriação para realizar a reestruturação.

4) Ações referentes às ideias:

a) Elaborar um Plano de reestruturação.

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II) Oficina de “mudanças e rupturas ... às ações” 6

Objetivo:

O objetivo desta oficina consiste em identificar quais são as mudanças de qualquer natureza (regulamentação, econômica, social, cultural, tecnológica, meio ambiente, demográfica, política e outras), de qualquer ordem (externa, interna), pressentidas, almejadas ou temidas para o Desenvolvimento Sustentável do Distrito da Brasilândia, do Município de São Paulo, seu ambiente hoje no futuro, bem como as implicações dos fatores referidos e potenciais ações para remediar ou fortalecer tais fatores.

O benefício desta abordagem, é que ela parte de uma percepção, que permite revelar as crenças e não

expressas, que tendem a moldar as atitudes e estratégias, e assim, influenciar os jogos dos atores.

Oficina de “mudanças ... às ações” seguiu as etapas:

� Listar os fatores de mudanças de qualquer natureza (regulamentação, econômica, social, cultural, tecnológica, meio ambiente, demográfica, politica e outras), de qualquer ordem (externa, interna), pressentidas, almejadas ou temidas para o Desenvolvimento Sustentável do Distrito da Brasilândia, do Município de São Paulo, seu ambiente hoje no futuro.

� Hierarquizar estas mudanças em função da importância de seu impacto sobre futuro do Desenvolvimento Sustentável do Distrito da Brasilândia, do Município de São Paulo.

� Avaliar o grau de preparação atual dos atores do desenvolvimento face às principais mudanças.

� Identificar as conseqüências e proposições de ações.

1) Abaixo seguem as etapas, realizadas e resultados, da Oficina “mudanças... às ações”: Procedimento utilizado: • Durante 5 minutos, cada participante estabeleceu em silêncio e por escrito a lista das mudanças e/ ou

rupturas tecnológicas, econômicas, políticas, culturais, sociais, organizacionais, regulmentações, etc, que vão marcar o futuro do Desenvolvimento Sustentável do Distrito da Brasilândia, do Município de São Paulo, seu ambiente hoje e no futuro.

• Todos estes fatores foram em seguida recolhidos e organizados por meio de várias rodadas entre os participantes. O grupo obteve, assim, os fatores de mudanças prováveis de impactar o Desenvolvimento Sustentável do Distrito da Brasilândia, do Município de São Paulo, seu ambiente hoje e no futuro.

As mudanças e/ ou rupturas identificadas e os consenso dominante pelos participantes, com a redação final modificada e consensuada pelos participantes, foram as seguintes,:

1. Formação política; 2. Mais segurança com postos policiais e patrulhamento; 3. Fator externo x Transporte; 4. (meio ambiente) Impacto ambiental Regulamentação; 5. Política econômica social da Brasilândia e vizinho; 6. Resistência da população à reestruturação urbana – int.; 7. Conscientizar a atitude dos moradores para influenciar as mudanças necessárias no bairro; 8. Romper com a dependência política externa.

6 GODET M., «Manuel de prospective stratégique, tome 2: l’art et la méthode », Dunod, Paris, 2001.

BASSALER, Nathalie, “Le maïs et ses avenirs“, Cahier du Lipsor, nº 13, mai 2000. MOUSLI, Marc, "Pays Basque 2010: la prospective participative dans un territoire d’exception", Cahier du Lipsor, nº 15, juin 2004.

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2) As principais mudanças

Procedimento utilizado:

• Um sistema de agregação de pontos de vista permitiu de hierarquizar esses 8 fatores em função da importância de seu impacto sobre o futuro do Desenvolvimento Sustentável do Distrito da Brasilândia, do Município de São Paulo, independentemente da natureza deste impacto (positivo / negativo). Cada participante recebeu, neste caso, 4 pontos7 (ou direito de voto). A regra de classificação foi a seguinte: para cada um dos fatores (atribuiu-se um determinado número de pontos) em função da importância de seus impactos sobre o Desenvolvimento Sustentável do Distrito da Brasilândia, do Município de São Paulo, seu ambiente hoje e no futuro. Os participantes deverão escolher no máximo 2 fator. O número de pontos atribuídos a cada item devia situar-se entre 1 e 4, conforme seu impacto:

� 1 = impacto fraco ou limitado;

� 2 = impacto sensível;

� 3 = impacto forte;

� 4 = impacto crítico.

• Em seguida procedeu-se a soma dos votos dos participantes para cada fator, obtendo o seguinte resultado:

Tabela 3: Hirarquização das Mudanças Identificadas

Ordem Mudança Hierar-

quização 1) Formação política; 8

2) Mais segurança com postos policiais e patrulhamento; 8 3) Fator externo x Transporte; 4 4) (meio ambiente) Impacto ambiental Regulamentação; 4 5) Política econômica social da Brasilândia e vizinho; 4

6) Conscientizar a atitude dos moradores para influenciar as mudanças necessárias no bairro;

4

7) Resistência da população à reestruturação urbana – int.; 8) Romper com a dependência política externa.

3) Avaliar o grau de preparação atual dos atores do desenvolvimento face às principais mudanças.

As principais mudanças indentificadas na etapa anterior (2) foram posicionadas sobre um plano, cujos eixos medem sua importância (ordenada) e o grau de preparação atual dos atores do desenvolvimento (abcissa).

7 Este número é igual ao número de pontos, 8 dividido por 2, neste caso 4, caso haja necessidade arredondar o número encontrado ao imediatamente

superior (ex.: 5 + 1 = 6). Esta regra geralmente é adaptada em função do número de fatores identificados e do número de participantes do grupo de trabalho.

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Figura 2: Plano: Importância das mudanças x Grau de preparação dos Atores

4) Identificar as consequências e a proposição de ações

Identificar as consequências das principais mudanças e formular as questões principais para o desenvolvimento futuro do DesenvolvimentoSustentável do Distrito da Brasilândia, do Município de São Paulo. Mudança 1. Formação Política (8)

Consequências • Sociedade mais consciente dos seus direitos e no seu papel de desenvolvimento

Questões 1. Qual é o grau de consciência da sociedade?

5) Ações referentes às mudanças:

1. Incentivar a mudança de atitude de cada indivíduo.

Necessidade de

mobilização dos

atores de

desenvolvimento

Forte

Fraco

Importância

das mudanças

Grau de preparação atual dos atores no desenvolvimento

Fraco Forte

Formação política (8)

Política econômica social da

Brasilândia e vizinho (4)

Mudanças, principais

desafios do futuro

Mais segurança com postos

policiais e patrulhamento (8)

Conscientizar a atitude dos

moradores para influenciar as

mudanças necessárias no bairro (4)

Fator externo x

Transporte o (4)

(meio ambiente) Impacto

ambiental Regulamentação

Resistência da população à

reestruturação urbana – int.

Romper com a

dependência política

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III) Oficina de “Freios e Inércias . . . às ações” 8 O objetivo desta oficina, consiste em fazer um inventário dos freios e inércias, que poderão prejudicar ou retardar o Desenvolvimento Sustentável do Distrito da Brasilândia, do Município de São Paulo, seu ambiente hoje e no futuro.

O benefício desta abordagem é que ela parte de uma percepção, que permite revelar as crenças e não expressas, que tendem a moldar as atitudes e estratégias, e assim, influenciar os jogos dos atores. A prospectiva se interessa pelas mudanças, mas também pelas permanências. Em matéria de desenvolvimento regional, é necessário levar em consideração os freios, os obstáculos ou estrangulamentos, assim como a resistência à mudança proveniente das inércias.

Oficina “freios e inércias” seguiu as etapas:

� Listar os freios, obstáculos, gargalos, estrangulamentos e inércias de qualquer natureza (regulamentação, econômica, social, cultural, tecnológica, etc.), de qualquer ordem (externa, interna) para o Desenvolvimento Sustentável do Distrito da Brasilândia, do Município de São Paulo, seu ambiente hoje e no futuro

� Hierarquizar estes fatores em função da importância de seu impacto sobre o futuro do Desenvolvimento Sustentável do Distrito da Brasilândia, do Município de São Paulo

� Avaliar a domínio dos atores do desenvolvimento face a estes principais fatores

� Identificar as exigências prévias e condições de sucesso para o Desenvolvimento Sustentável do Distrito da Brasilândia, do Município de São Paulo

� Propor 5 a 10 ações concretas

Abaixo seguem as etapas, realizadas e resultados, da Oficina “freios e inércias”: Procedimento utilizado: • Durante 5 minutos, cada participante estabeleceu em silêncio e por escrito a lista de freios, obstáculos,

gargalos, estrangulamentos e inércias de qualquer natureza de qualquer ordem para o DesenvolvimentoSustentável do Distrito da Brasilândia, do Município de São Paulo, seu ambiente hoje e no futuro.

• Todos estes fatores foram em seguida recolhidos e organizados por meio de várias rodadas entre os participantes. O grupo obteve, assim, 9 freios/inércias e consensos dominantes prováveis de impactar sobre o Desenvolvimento Sustentável do Distrito da Brasilândia, do Município de São Paulo, seu ambiente hoje e no futuro.

1) Listagem : os freios e as inércias recebidas e consensos dominantes identificados pelo grupo foram

os seguintes:

Tabela 4: Relação dos Fatores Freios e Inércias Identificadas Freios / Inércias

1 Educação e cultura; 2 Falta de segurança pública; 3 A violência é o freio de nossa região, pois mostra nosso bairro de forma negativa; 4 Segurança alimentar; 5 Burocracia e corporativismo dos órgãos públicos; 6 Pulverização do movimento social; 7 Falta de motivação ao conhecimento do cidadão; 8 Falta de ações públicas; 9 A falta de interesse dos moradores em discutir os problemas da região;

8 GODET M., «Manuel de prospective stratégique, tome 2: l’art et la méthode », Dunod, Paris, 2001.

BASSALER, Nathalie, “Le maïs et ses avenirs“, Cahier du Lipsor, nº 13, mai 2000. MOUSLI, Marc, "Pays Basque 2010: la prospective participative dans un territoire d’exception", Cahier du Lipsor, nº 15, juin 2004.

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2) Os principais freios e inércias ao desenvolvimento sustentável futuro do Distrito da Brasilândia, do Município de São Paulo

Procedimento utilizado:

• Um sistema de agregação de pontos de vista permitiu de hierarquizar esses 9 fatores em função da importância de seu impacto sobre o futuro do Desenvolvimento Sustentável do Distrito da Brasilândia, do Município de São Paulo, independentemente da natureza deste impacto (positivo / negativo). Cada participante recebeu, neste caso, 5 pontos9 (ou direito de voto). A regra de classificação foi a seguinte: para cada um dos fatores (atribuiu-se um determinado número de pontos) em função da importância de seus impactos sobre o Desenvolvimento Sustentável do Distrito da Brasilândia, do Município de São Paulo, seu ambiente hoje e no futuro. Os participantes puderam escolher no máximo 2 fatores. O número de pontos atribuídos a cada item devia situar-se entre 1 e 4, conforme o seu impacto:

� 1 = impacto fraco ou limitado;

� 2 = impacto sensível;

� 3 = impacto forte;

� 4 = impacto crítico.

• Em seguida procedeu-se a soma dos votos dos participantes para cada fator, obtendo o seguinte resultado: Tabela 5: Relação dos Fatores Freios e Inércias Hierarquizadas

Ordem Freios / Inércias Hierar-quização

1 Falta de segurança pública; 7 2 Falta de motivação ao conhecimento do cidadão; 7

3 A violência é o freio de nossa região, pois mostra nosso bairro de forma negativa;

5

4 Burocracia e corporativismo dos órgãos públicos; 5 5 Pulverização do movimento social; 5 6 Falta de ações públicas; 5

7 A falta de interesse dos moradores em discutir os problemas da região;

5

8 Educação e cultura; 3 9 Segurança alimentar; 3

3) Avaliar o grau de preparação atual dos atores do desenvolvimento face às principais mudanças

Os freios e as inércias identificados na etapa 2 foram posicionados sobre um plano cujos eixos medem sua importância (ordenada) e seu grau de preparação atual dos atores do desenvolvimento (abcissa) (negativo/freio ou positivo/motor) sobre o Desenvolvimento Sustentável do Distrito da Brasilândia, do Município de São Paulo. O posicionamento desses fatores no Plano: importância x grau de preparação atual dos atores do desenvolvimento, apresentados a seguir, devem se lidos de maneira sistêmica (posição relativa de cada ideia identificada em relação às outras).

9 Este número é igual ao número de pontos, 9, dividido por 2, neste caso 4,5, caso haja necessidade arredondar o número encontrado ao

imediatamente superior (ex.: 4 + 1 = 5). Esta regra geralmente é adaptada em função do número de fatores identificados e do número de participantes do grupo de trabalho.

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Neste exercício do curso, as ideias foram concentradas em forte importância e fraco grau de preparação atual dos atores do desenvolvimento e fraca importância e e fraco grau de preparação atual dos atores do desenvolvimento, conforme figura 3.

Figura 3: Plano: importância dos freios e inércias x Grau de preparação dos Atores

4) Identificar as exigências prévias e as condições de sucesso para o Desenvolvimento Sustentável do Distrito da Brasilândia, do Município de São Paulo Procedimento utilizado: • Nesta etapa foram identificadas as exigências prévias e as condições de sucesso dos principais

freios/inércias para o desenvolvimento futuro do Desenvolvimento Sustentável do Distrito da Brasilândia, do Município de São Paulo, seu ambiente hoje e no futuro.

1 Falta de segurança pública (7) Exigências prévias • Reestruturar e integrar as políticas de segurança pública com a

participação e apropriação de todos os atores envolvidos Condições de sucesso • Mudança de atitude de todos os atores envolvidos.

5) As ações concretas para os principais freios e inércias foram:

1. Construir uma proposta de reestruturação e integração de políticas de segurança pública com a participação e apropriação de todos os atores envolvidos.

Forte

Fraco

Fraco Forte

Grau de preparação atual dos atores do desenvolvimento

Importância dos

freios e inércias

Freios e Inércias,

principais

desafios do futuro

Falta de segurança

pública (7)

Educação e cultura (3)

A violência é o freio de

nossa região, pois mostra

nosso bairro de forma

negativa (5)

Falta de ações

públicas (5)

Segurança alimentar (3)

Falta de motivação ao

conhecimento do cidadão

(7)

Pulverização do

movimento social (5)

Burocracia e

corporativismo dos

órgãos públicos (5)

A falta de interesse dos

moradores em discutir os

problemas da região (5)

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IV) Oficina das “Mudanças críticas ... à situação que está em jogo dos atores” 10 1) O objetivo desta oficina consiste em:

• Identificar a partir das mudanças críticas do Desenvolvimento Sustentável do Distrito da Brasilândia, do Município de São Paulo, os outros atores implicados pelas situações que estão em jogo.

Oficina “mudanças críticas ... à situação que está em jogo dos atores” seguiu as etapas:

� Utilizar as principais mudanças críticas listadas e consideradas importantes, na oficina II, que foram consideradas fatores de mudança de qualquer natureza (regulamentação, econômica, social, cultural, tecnológica, meio ambiente etc.), de qualquer ordem (externa, interna), pressentidas, almejadas ou temidas para o Desenvolvimento Sustentável do Distrito da Brasilândia, do Município de São Paulo, seu ambiente hoje e no futuro

Durante 5 minutos, cada participante estabeleceu em silêncio e por escrito a lista de atores

Todos estes atores foram em seguida recolhidos e organizados por meio de várias rodadas entre os participantes. O grupo obteve os atores que possuem um papel importante no Desenvolvimento Sustentável do Distrito da Brasilândia, do Município de São Paulo.

Para cada ator, identificou-se seus interesses, suas preocupações em relação as situações em jogo e os objetivos que ele persegue.

� Construiu-se a matriz de relações de influências entre os atores identificados do Desenvolvimento Sustentável do Distrito da Brasilândia, do Município de São Paulo.

Cada ator defende seus interesses e busca alcançar seus objetivos, exercendo influência sobre os outros atores, por meio de suas atitudes, seus comportamentos e suas ações.

Para cada ator, identificou-se e avaliou-se sua influência sobre os outros atores, segundo a pontuação abaixo:

4 – quando o ator Ai pode contestar ou pode confirmar a existência do ator Aj

3 - quando o ator Ai pode contestar ou pode confirmar as missões do ator Aj

2 - quando o ator Ai pode contestar ou pode confirmar os projetos do ator Aj

1 - quando o ator Ai pode contestar ou pode confirmar os processos operacionais do ator Aj

0 - quando o ator Ai não tem qualquer influência sobre o ator Aj

� Analisou-se em conjunto o Plano: influência x dependência dos atores.

� Por causa do tempo disponível, não foi especificado, para cada situação em jogo, os objetivos perseguidos pelos atores do Desenvolvimento Sustentável do Distrito da Brasilândia, do Município de São Paulo.

1.1) Foram identificados os atores com base nas 2 principais mudanças críticas, da oficina II: FORMAÇÃO

POLÍTICA (8) e MAIS SEGURANÇA COM POSTOS POLICIAIS E PATRULHAMENTO (8), conforme a Tabela 6, eliminando as repetições, e depois hierarquizados, conforme a Tabela 7.

10 GODET M., «Manuel de prospective stratégique, tome 2: l’art et la méthode », Dunod, Paris, 2001.

BASSALER, Nathalie, “Le maïs et ses avenirs“, Cahier du Lipsor, nº 13, mai 2000. MOUSLI, Marc, "Pays Basque 2010: la prospective participative dans un territoire d’exception", Cahier du Lipsor, nº 15, juin 2004.

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Tabela 6: Relação de Atores considerados importantes por mudança crítica

Mudanças Críticas Atores

FORMAÇÃO POLÍTICA (8)

1. CUT

2. SABESP

3. APEOESP

4. Delegacia de Ensino

5. Sindicato da Construção Civil

6. Senado Federal

7. Sindicato dos Transportes Rodoviários de São Paulo

8. Saúde Secretária

9. Sindicato dos Químicos

10. Rádio Comunitária Cantareira

11. Câmara Federal

12. Sindicato das empregadas domésticas

MAIS SEGURANÇA COM POSTOS POLICIAIS E PATRULHAMENTO (8)

1. SSP-SP

2. Associação EPAMUD

3. Habitação Secretaria

4. OAB

5. Casa de Cultura Brasilândia

6. Polícia Militar

7. CONSEG

8. Governador

9. Primeiro Chute Ação Social

10. Ouvidoria das Policias

11. Iluminação Pública

12. PCC

13. Policiamento Ostensivo

14. Guarda Civil Metropolitana (GCM)

15. Fórum Criminal

16. Tribunal de Justiça SP

17. Polícia Militar

18. Secretário de Segurança Pública

19. Polícia Civil SP

Para efetuar a hierarquização dos atores foi elaborada uma única lista de atores, eliminando a duplicidade.

Tabela 7: A hierarquização de Atores considerados importantes Ordem ATORES Hierarqui-

zação 1 SSP-SP 12

2 Senado Federal 11

3 OAB 10

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18

4 Delegacia de Ensino 10

5 Secretaria Saúde 8

6 Ouvidoria de Polícias 6

7 Secretário de Segurança Pública 4

8 Polícia Militar 4

9 Guarda Civil Metropolitana (GCM) 4

10 Rádio Comunitária Cantareira 4

11 Sindicato dos Transportes Rodoviários de São Paulo 4

12 Sindicato das empregadas domésticas 4

13 Sindicato da Construção Civil 4

14 CUT 4

15 Polícia Civil SP 4

16 Tribunal de Justiça 4

17 Câmara Federal 4

18 Sindicato Químicos 4

19 APEOESP 4

20 SABESP 3

21 Associação EPAMUD 3

22 Sindicato Químicos 3

23 Iluminação pública 3

24 Fórum Criminal 3

25 Primeiro chute Ação social 3

26 CONSEG 3

27 Habitação Secretaria

28 PCC

29 Governador

30 Casa da cultura Brasilândia

OBS.: Foram escolhidos os 10 (dez) atores principais para a oficina. A partir dessas informações foi construida a matriz de relações de influências entre os atores identificados do Desenvolvimento Sustentável do Distrito da Brasilândia, do Município de São Paulo. Para que a matriz fosse construída foi utilizado o software MACTOR, do LIPSOR – CNAM, onde os atores identificados foram registrados, gerando desses registros de dados e os mnemônicos na seguinte matriz:

N° L O N G L A B E L S H O R T L A B E L D E S C R I P T I O N

1 Secretaria de Segurança Pública SP SSPSP 2 Senado Federal SENFED 3 Ordem dos Advogados do Brasil OAB 4 Delegacia de Educação de SP DELEDUSP 5 Secretária de Sade SP SSAUDESP 6 Ouvidoria da Polícia SP OUVPOL 7 Secretário de Segurança Pública SP SECRETARIO 8 Policia Militar SP PMSP 9 Guarda Civil Metropolitana GUACIMETR 10 Rádio Comunitária Cantareira RADIO

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O software MACTOR11 gera a matriz abaixo, Ator x Ator, com os nomes mnemônicos, esta matriz deve ser exportada para o software EXCEL, para que seja efetuada a análise Ator x Ator, conforme consta abaixo.

Os participantes deverão de comum acordo expressar se um ator influência ou não os demais, considerando o grau de influência de 0 a 4, considerando zero sem nenhuma influência e 4 o máximo de influência.

A matriz, a seguir, contém os pesos de acordo com a maioria dos participantes presentes neste processo. Esse processo de dar pesos de comum acordo sugere que cada participante tenha escrito numa folha de papel os números: 0, 1, 2, 3 e 4, mostrando o peso que melhor expressa a influência do ator considerado sobre os demais. Esse processo deve ser efetuado por ator, considerando a linha, mas verificando a influência nos atores que estão nas colunas seguintes, fazendo a pergunta: qual é a influência que o ator SSPSP tem sobre SSPSP?; no caso ele mesmo, que é zero, depois sobre o ator da coluna seguinte: SENFED, por meio da questão: qual é a influência que o ator SSPSP tem sobre o ator SENFED?; depois sobre o ator da coluna seguinte: OAB, repete a pergunta: qual é a influência que o ator SSPSP tem sobre o ator OAB? E o processo continua da mesma maneira para os atores seguintes. Depois de terminar essa linha do ator SSPSP, passa para o ator da linha seguinte, o SENFED, que deverá ser analisada sua influência em relação aos outros atores, utilizando a mesma questão: qual é a influência que o ator SENFED tem sobre o ator SSPSP? E assim sucessivamente até analisar todos os atores de sua influência em relação aos outros atores.

11 Para utilizar o MACTOR, nesta oficina, veja no arquivo: Brasilandia_2040.xml

SS

PS

PL

SE

NF

ED

OA

B

DE

LE

DU

SP

OU

VP

OL

SE

CR

ET

AR

IO

PM

SP

GU

AC

IME

TR

RA

DIO

SSPSP 0 0 0 0 0 0 0 0 0 SENFED 0 0 0 0 0 0 0 0 0 OAB 0 0 0 0 0 0 0 0 0 DELEDUSP 0 0 0 0 0 0 0 0 0 SSAUDESP 0 0 0 0 0 0 0 0 0 OUVPOL 0 0 0 0 0 0 0 0 0 SECRETARIO 0 0 0 0 0 0 0 0 0 PMSP 0 0 0 0 0 0 0 0 0 GUACIMETR 0 0 0 0 0 0 0 0 0 RADIO 0 0 0 0 0 0 0 0 0

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Influences are graded from 0 to 4 according to the importance of the actor's possible jeopardy:

0: No influence 1: Operating procedures

2: Projects

3: Missions 4: Existance

Figura 4: Plano de influências e dependências entre os atores

SS

PS

P

SE

NF

ED

OA

B

DE

LE

DU

SP

SS

AU

DE

SP

OU

VP

OL

SE

CR

ET

AR

IO

PM

SP

GU

AC

IME

TR

RA

DIO

SSPSP

SENFED

OAB

DELEDUSP

SSAUDESP

OUVPOL

SECRETARIO

PMSP

GUACIMETR

RADIO

0 0 1 2 2 4 0 4 0 4

2 0 4 2 3 2 0 3 3 4

2 2 0 2 2 2 4 3 3 4

0 0 0 0 0 0 0 1 1 0

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

2 0 0 0 0 0 2 3 0 0

3 0 1 2 0 4 0 2 0 4

2 2 0 2 2 0 4 0 2 4

0 0 0 2 0 0 0 0 0 2

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

© L

IPS

OR

-EP

ITA

-M

AC

TO

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MDI

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A figura 4 mostra o resultado gerado pelo software MACTOR depois que os pesos foram dados pelos participantes de comum acordo na matriz Ator x Ator, mostrando os atores mais dominantes, os atores dominados, os de ligação ou de passagem e os atores autonomos, que não são influentes nem dependentes.

Figura 5: Plano de influências e dependências entre os atores com as respectivas explicações A Figura 5 contém informações sobre os atores, o que cada quadrante significa e a explicação dos eixos de controle e de implicação: Eixo de Implicação: • Um ator pouco influente e pouco dependente, fora do jogo; ao contrário, muito influente e dependente,

mais ele está envolvido nas redes de influência e dispõe de meios de ação. Eixo de Controle: • Permite distinguir os atores dominantes, dos atores mais sensíveis (ou dominados).

De acordo com a figura 5, os atores dominantes são: OAB, SENFED, SECRETARIO e SSPSP. No que concerne a matriz Ator x Objetivos, não foi possível ser elaborada em razão da não definição dos objetivos dos atores, no momento de seu cadastramento, por falta de tempo. Para introduzir as informações sobre os objetivos e outros dados sobre os atores, deverá ser efetuado no momento de registrar o ator, conforme figura 6, tela do software para registro dos atores ou quando for

Atores

dominant

Atores

autônomos

Atores

dominado

Atores de

ligação ou de

passagem

Eixo de

Implicação

Eixo de

Controle

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possível, lembrando: sempre fazer uma cópia em “EXCEL” para que o software MACTOR não perca as informações. No momento de registro dos dados dos atores, nome por extenso, o nome mnemônico, a descrição detalhada do ator, na janela seguinte, o(s) objetivo(s) do ator e sua descrição, como também as forças e fraquezas desse ator, podendo cadastrar os dados das pessoas entrevistadas, conforme a figura 6.

Figura 6: Tela do Software MACTOR para registro dos atores e seus respectivos objetivos Lembrar que os atores dominantes fazem parte das variáveis-chave, que serão aprofundadas. Poderão ser incluidos outros atores nessa análise do aprofundamento.

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V) Oficina de “mudanças críticas ... às estratégias ” 12 1) O objetivo desta oficina é identificar, a partir das mudanças críticas, para o desenvolvimento do

Desenvolvimento Sustentável do Distrito da Brasilândia, do Município de São Paulo, obtidas na oficina

II, o que pode estar em jogo (normalmente são várias situações), quais são os objetivos estratégicos

e identificar as ideias de ações para serem implementadas para atingir esses objetivos.

Lembrar, que num processo normal, que não seja o curso, com tempo restrito, a realização desta oficina

inicia-se com a identificação das mudanças críticas, seguindo o processo efetuado na oficina II,

Mudanças críticas . . . às ações, para depois realizar a etapa que inicia com a Tabela 7, que seria no

processo normal no 2º. dia do Seminário.

Oficina “mudanças críticas ... às estratégias” seguiu as etapas:

� Utilizar as principais mudanças listadas na oficina II, que foram consideradas mudanças de qualquer natureza (regulamentação, econômica, social, cultural, tecnológica, meio ambiente, demográfica, politica e outras), de qualquer ordem (externa, interna), pressentidas, almejadas ou temidas, para o Desenvolvimento Sustentável do Distrito da Brasilândia, do Município de São Paulo, seu ambiente hoje e no futuro.

� Durante 5 minutos, cada participante estabeleceu em silêncio e por escrito sua própria lista de objetivos e de ações respondendo às diversas situações que estão em jogo para desenvolver do Desenvolvimento Sustentável do Distrito da Brasilândia, do Município de São Paulo, seu ambiente hoje e no futuro.

� Todas estas proposições foram recolhidas e organizadas por meio de várias rodadas entre os participantes, elaborando a Tabela 8.

� Os participantes em conjunto elaboraram a pertinência e a coerência das estratégias por meio de análise morfológica

� Em conjunto os participantes formularam as estratégias necessárias para o Desenvolvimento Sustentável do Distrito da Brasilândia, do Município de São Paulo.

2) Na elaboração da Tabela 8, foram considerados os fatores críticos, mudanças críticas ... às ações, da

oficina II, e as mudanças mais importantes. Para iniciar a reflexão, os participantes fizeram para si, as seguintes questões: • Quais são os atores implicados por essas mudanças? • Quais são as forças dessas ações (“alavancas”) (freios ou motores)? • Como melhorar o controle em relação às mudanças que são importantes? • Como reduzir a importância de mudanças que não se tem controle? • Como reduzir suas fraquezas e utilizar suas forças?

A tabela 8 mostra o resultado final das opções, dos participantes, para: “O que está em jogo”, “Objetivos diante do que está em jogo” e “As ideias de ações para serem implementadas e atender os objetivos”.

12 GODET M., «Manuel de prospective stratégique, tome 2: l’art et la méthode », Dunod, Paris, 2001.

BASSALER, Nathalie, “Le maïs et ses avenirs“, Cahier du Lipsor, nº 13, mai 2000. MOUSLI, Marc, "Pays Basque 2010: la prospective participative dans un territoire d’exception", Cahier du Lipsor, nº 15, juin 2004.

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Tabela 8: Lista de objetivos e de ações respondendo as diversas situações que estão em jogo por mudanças críticas

OBS.: Com o objetivo de terminar a oficina V, no tempo previsto, foram reduzidos aspectos que estão em jogo, os objetivos e as ações. As frases dos objetivos foram colocadas no infinitivo.

Mudanças Críticas

O que está em jogo Objetivos diante do que está em jogo Ideias/ações para ser implementadas

Mais segurança com postos policiais e

patrulhamento (8)

Sociedade livre Tranquilidade da sociedade Participação popular com apropriação

Direito de ir e vir Assegurar a liberdade dos moradores e o cumprimento da Constituição

Policiamento integrado e trabalho inteligência

Avida da população em geral Dar uma vida mais digna e segura para a população

Mais policiais na rua e estes sendo melhor remunerado

A liberdade de se viver como cada indivíduo viver

Conquistar o direito de se viver em sociedade Educação integral pedagógica profissionalizante - social

Participar de políticas públicas populares

Educação familiar Transporte de qualidade

Tranquilidade da comunidade A segurança da ordem pública Cobrar as autoridades competentes

Formação política (8)

Nova Brasilândia Conhecimento geral Cursos e diálogos

A convivência social e a urbanidade

Multiplicar as atividades, que aprofunda a conscientização da cidadania / D.H.

Preparar cursos de formação / debates / encontros / seminários

A população aprender seus direitos e deveres

Fazer com que o povo aprenda seu real valor Dar informação para o povo de como chegar a ter este conhecimento político

Formar uma nova sociedade com política cidadã

Conscientizar o cidadão de suas atribuições políticas

Formar cidadãos políticos

Uma sociedade harmônica Uma sociedade mais livre (sem a intervenção do Estado)

Que o Estado tente intervir o mínimo possível

A conscientização da sociedade Trazer a sociedade para o centro das discussões A volta de matérias escolares do tipo: OSPB; OMC; música

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3) A pertinência e a coerência das estratégias por meio de análise morfológica:

Para resumir o conjunto de outras possibilidades ao menos 9 estratégias possíveis = 3 x 3.

Figura 7: Identificação da Coerência e de Estratégias por meio da Análise Morfológica para atender as Mudanças e Rupturas

Alavancas fundamentais

relevantes

1. Mais segurança com

postos policiais e

patrulhamento (8)

2. Formação política (8)

Ações Possíveis

Sobre cada uma das alavancas fundamentais

1.1. Educação integral

pedagógica

profissionalizante

2.1 Preparar cursos de

formação / debates

/ encontros /

seminários

1.2 Participação

popular com

apropriação

2.2. A volta de matérias

escolares do tipo: OSPB;

OMC; música

1.3 Policiamento

integrado e trabalho

inteligência

2.3. Cursos e diálogos

Estratégia 1 () (1.1, 2.2):

Educação integral

pedagógica profissionalizante

e A volta de matérias

escolares do tipo: OSPB;

Estratégia 2 () (1.1, 2.3):

Educação integral

pedagógica

profissionalizante e Cursos

e diálogos.

Estratégia 4 (): (1.3,

2.3): Policiamento

integrado e trabalho

inteligência e Cursos e

diálogos

Estratégia 5 (): (1.1, 2.1): Educação integral pedagógica

profissionalizante e Preparar

cursos de formação / debates /

encontros / seminários

Estratégia 3 (): (1.2, 2.1): Participação popular com

apropriação e Preparar cursos

de formação / debates /

encontros / seminários

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Relação das possíveis estratégias escolhidas pelos participantes: 1) Estratégia 1 (����): compreende a forma estratégica: (1.1, 2.2): Educação integral pedagógica profissionalizante e Troca de informações entre ambas as partes. 2) Estratégia 2 (����): compreende a forma estratégica: (1.1, 2.3): Educação integral pedagógica profissionalizante e Cursos e diálogos. 3) Estratégia 3 (����): compreende a forma estratégica: (1.2, 2.1): Participação popular com apropriação e Preparar cursos de formação / debates / encontros / seminários. 4) Estratégia 4 (): compreende a forma estratégica: (1.3, 2.3): Policiamento integrado e trabalho inteligência e Cursos e diálogos

5) Estratégia 5 (����): compreende a forma estratégica: (1.1, 2.1): Educação integral pedagógica profissionalizante e Preparar cursos de formação / debates /

encontros / seminários OBS: Lembrar que as estratégias formuladas devem atender as principais mudanças críticas.

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VI) Oficina de “Mudanças críticas ... aos cenários exploratórios” 13 O objetivo desta oficina consiste em:

Identificar os cenários globais:

Identificar as principais questões chave pertinente ao futuro a partir das principais mudanças críticas.

Identificar os cenários parciais, para encontrar os cenários globais:

Identificar para cada questão chave as componentes possíveis Elaborar para cada componente as hipóteses de respostas possíveis

Oficina “mudanças críticas ... aos cenários exploratórios” seguiu as etapas:

� Utilizou-se as principais mudanças crítica listadas e consideradas importantes, na oficina II, que foram consideradas fatores de mudança de qualquer natureza (regulamentação, econômica, social, cultural, tecnológica, meio ambiente etc.), de qualquer ordem (externa, interna), pressentidas, almejadas ou temidas para o Desenvolvimento Sustentável do Distrito da Brasilândia, do Município de São Paulo, seu ambiente hoje e no futuro

� Durante 5 minutos, cada participante estabeleceu em silêncio e por escrito sua própria lista de questões chave, por mudança crítica, e as diversas respostas plausíveis e de ruptura correspondentes para cada questão chave, para desenvolver Distrito da Brasilândia, do Município de São Paulo de maneira sustentável, seu ambiente hoje e no futuro.

� Todos estas proposições foram recolhidas e organizadas por meio de várias rodadas entre os participantes.

� Os participantes em conjunto elaboraram os cenários parciais, por meio de análise morfológica, quando há diversas respostas por componentes encontrados para cada questão chave. Esses cenários são classificados em: prováveis, desejáveis ou realizáveis.

� Depois, os participantes em conjunto elaboraram os cenários globais, por meio de análise morfológica, considerando as questões chave e seus respectivos cenários parciais encontrados.

É importante ressaltar que para a construção de Cenários são utilizadas hipóteses (plausíveis e rupturas) e por meio da análise morfológica efetua-se a combinação dessas hipóteses. Enquanto na oficina V, “Mudanças críticas ... às estratégias”, foram utilizadas ações e por meio da análise morfológica efetuou-se a combinação das ações. 2) Na elaboração da Tabela 9, foram consideradas as mudanças críticas, da oficina II, as mudanças mais

importantes.

A tabela 9 mostra o resultado final das opções, dos participantes, para: “Questões chave” e as respectivas “Respostas plausíveis” e “Respostas rupturas”.

13 GODET M., «Manuel de prospective stratégique, tome 2: l’art et la méthode », Dunod, Paris, 2001.

BASSALER, Nathalie, “Le maïs et ses avenirs“, Cahier du Lipsor, nº 13, mai 2000. MOUSLI, Marc, "Pays Basque 2010: la prospective participative dans un territoire d’exception", Cahier du Lipsor, nº 15, juin 2004.

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Tabela 9: Lista das mudanças críticas com as respectivas questões chave e suas respostas plausíveis e de ruptura MUDANÇAS CRÍTICAS

QUESTÃO CHAVE RESPOSTA PLAUSÍVEL RESPOSTA RUPTURA

Mais segurança com postos policiais e

patrulhamento (8)

1.1) Como cobrar a autoridade competente? 1.1.1) CONSEG cobrar quem de direito 1.1.2) Resistência do órgão licitador 1.2) Como posso atingir mais segurança com

postos policiais e patrulhamento? 1.2.1) Convênios com a Secretaria de Segurança 12.2) Educação cidadão em conjunto com a PM

1.3) Postos Policiais e Patrulhamento garantem mais segurança para População Brasilândia?

1.3.1) Sim

1.3.2) Para ter mais segurança na Brasilândia é necessário postos policiais, patrulhamento, como fonte de um projeto de segurança pública cidadã

1.4) Como implantar uma nova estrutura de policiamento na região?

1.4.1) Construindo novos prédios, adquirindo novas viaturas e contratando e treinando mais policiais

1.4.2) Mudança na interação entre cidadãos x órgãos de segurança e vice-versa.

1.5) Como fazer para obter mais policiamento e patrulhamento em nossa região?

1.5.1) Fazer a solicitação para a pessoa certa 1.5.2) Trazer policiais de fora para conhecer a

realidade da Brasilândia 1.6) Criar projeto de segurança com projeto

popular? 1.6.1) Regulamentação econômica social para

Brasilândia 1.6.2) Futuro da Brasilândia

Formação política (8)

2.1) Como fazer a implantação? 2.1.1) Reestruturação do sistema educacional 2.1.2) Resistência Política

2.2) Como atingir uma efetiva formação política?

2.2.1) Aplicando na grade curricular formação política

2.2.2) Formar cidadãos com formação política acolhedora

2.3) Como incentivar a população a investir na sua própria formação política?

2.3.1) Uma maior divulgação dos eventos políticos na região

2.3.2) Uma mudança radical na educação se voltando para a discussão participativa

2.4) Como atingir o maior número de pessoas que queira aprender sobre política?

2.4.1) Pesquisando e apresentando os cursos de aperfeiçoamento para aqueles que não tem como conseguir

2.4.2) Resistência da população por achar que tem nada haver com a política e por achar todos os políticos ladrões

2.5) Qual é a formação política necessária para o desenvolvimento da Brasilândia?

2.5.1) Organizar cursos e capacitação dos moradores

2.5.2) Promover atividades que despertem a cidadania pré-ativa e apoie o cidadão proativo.

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3) Elaboração de Cenários Parciais para Construção de Cenários Globais

Nesta etapa são elaborados cenários parciais para cada questão chave, que são as componentes, sabendo que para construir os cenários globais haverá uma questão chave geral para cada mudança critica. Para cada mudança crítica foram escolhidas duas questões e as respectivas respostas (Plausível e Ruptura). Segue a elaboração dos cenários parciais:

3.1) Cenários parciais referentes as questões chave da mudança crítica 1 (Mais segurança com postos policiais e patrulhamento (8)):

Para resumir o conjunto de outras possibilidades ao menos 4 cenários parciais possíveis = 2 x 2.

Figura 8: Construção de cenários parciais referente a questão chave da Mudança Crítica 1

Cenário Parcial 1.1 (1.1.2;

1.2.1) (����): Trazer policiais

de fora para conhecer a

realidade da Brasilândia; e

Convênios com a Secretaria

de Segurança.

Cenário Parcial 1.3 (1.1.2;

1.2.2) (����): Trazer policiais

de fora para conhecer a

realidade da Brasilândia; e

Educação cidadão em

conjunto com a PM.

QUESTÃO CHAVE

1.1) Como fazer para obter mais

policiamento e patrulhamento

em nossa região?

1.2) Postos Policiais e

Patrulhamento garantem mais

segurança para População

Brasilândia?

RESPOSTA - PLAUSÍVEL

1.1.1) Fazer a solicitação para a

pessoa certa.

1.2.1) Convênios com a Secretaria de

Segurança

RESPOSTA - RUPTURAS

1.1.2) Trazer policiais de fora

para conhecer a realidade

da Brasilândia

1.2.2) Educação cidadão em

conjunto com a PM

Cenário Parcial 1.2 (1.1.1;

1.2.1) (����): Fazer a

solicitação para a pessoa

certa; e Convênios com a

Secretaria de Segurança.

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3.2) Cenários parciais referentes as Questões chave da mudança crítica 2 (Formação política (8)):

Para resumir o conjunto de outras possibilidades ao menos 4 cenários parciais possíveis = 2 x 2.

Figura 9: Construção de cenários parciais referente a questão chave da Mudança Crítica 2

RESPOSTA - RUPTURAS

2.1.2) Uma mudança radical na

educação se voltando para

a discussão participativa.

2.2.2) Formar cidadãos com

formação política

acolhedora.

QUESTÃO CHAVE RESPOSTA - PLAUSÍVEL

2.1) Como incentivar a

população a investir na sua

própria formação política?

2.2) Qual é a formação política

necessária para o

desenvolvimento da

2.1.1) Reestruturação do sistema

educacional.

2.2.1) Aplicando na grade

curricular formação

política

Cenário Parcial 2.1 (2.1.1;

2.2.1) (����): Reestruturação do

sistema educacional; e

Aplicando na grade curricular

formação política.

Cenário Parcial 2.3 (2.1.2;

2.2.2) (����): Uma mudança

radical na educação se

voltando para a discussão

participativa; e Formar

cidadãos com formação

Cenário Parcial 2.2 (2.1.2; 2.2.1)

(����): Uma mudança radical na

educação se voltando para a

discussão participativa; e

Aplicando na grade curricular

formação política

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4) Elaboração do cenários globais a partir dos cenários parciais: Nesta etapa foram elaborados somente os cenários globais, combinando os cenários parciais obtidos:

Para resumir o conjunto de outras possibilidades ao menos 9 cenários parciais possíveis = 3 x 3.

Figura 10: Construção de Cenários Globais a partir dos Cenários Parciais referentes às Mudanças Críticas OBS.: Foi desconsiderado um cenário em razão que foi construído debaixo para cima, isto é, foi considerado primeiro os cenários parciais da mudança 2, Formação

Política, e depois os cenários parciais da mudança 1, Mais segurança com postos policiais e patrulhamento. Na análise morfológica, como foi explicado, é de cima para baixo e, somente, um cenário parcial.

1. Mais segurança com postos policiais e patrulhamento (8)

Mudanças Críticas Cenários Parciais - RESPOSTAS PLAUSÍVEIS E RUPTURAS POSSÍVEIS

2. Formação política (8)

Cenário Global 1 (CP1.1; CP

2.2):(����): Trazer policiais de fora

para conhecer a realidade da

Brasilândia; e Convênios com a

Secretaria de Segurança; Uma

mudança radical na educação se

voltando para a discussão

participativa; e Aplicando na grade

curricular formação política.

Cenário Global 2 (CP 1.2; CP 2.1)

(����): Fazer a solicitação para a

pessoa certa; e Convênios com a

Secretaria de Segurança; e

Reestruturação do sistema

educacional; e Aplicando na

grade curricular formação

política.

Cenário Global 3 (CP 1.1; CP 2.1)

(����): Trazer policiais de fora para

conhecer a realidade da

Brasilândia; e Convênios com a

Secretaria de Segurança;

Reestruturação do sistema

educacional; e Aplicando na

grade curricular formação

Cenário Parcial 1.1: Trazer

policiais de fora para conhecer

a realidade da Brasilândia; e

Convênios com a Secretaria de

Segurança.

Cenário Parcial 1.3: Trazer

policiais de fora para conhecer a

realidade da Brasilândia; e

Educação cidadão em conjunto

com a PM.

Cenário Parcial 1.2: Fazer a

solicitação para a pessoa

certa; e Convênios com a

Secretaria de Segurança.

Cenário Parcial 2.1:

Reestruturação do sistema

educacional; e Aplicando

na grade curricular

formação política.

Cenário Parcial 2.3: Uma

mudança radical na educação se

voltando para a discussão

participativa; e Formar cidadãos

com formação política

Cenário Parcial 2.2: Uma

mudança radical na educação se

voltando para a discussão

participativa; e Aplicando na

grade curricular formação

política

Cenário Global 4 (CP 1.2; CP 2.3)

(����): Fazer a solicitação para a

pessoa certa; e Convênios com a

Secretaria de Segurança; e Uma

mudança radical na educação se

voltando para a discussão

participativa; e Formar cidadãos

com formação política.

Cenário Global 5 (CP 1.2; CP 2.2)

(����): Fazer a solicitação para a

pessoa certa; e Convênios com a

Secretaria de Segurança; Uma

mudança radical na educação se

voltando para a discussão

participativa; e Aplicando na

grade curricular formação

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VII) Oficina “HOME”da “Árvore de competência do passado, do presente . . . e do futuro” 14 Está oficina deverá ser realizada, pelos participantes, como exercício, depois do término deste curso. Objetivo da oficina: elaborar as dinâmicas passadas e presentes do Desenvolvimento Sustentável do Distrito da Brasilândia, do Município de São Paulo, na elaboração de sua árvore de habilidades. Esta oficina precisa a vocação, as competências e seus conhecimentos, mas também sua organização até as linhas de produtos e/ou serviços. A dinâmica leva em conta as mudanças no ambiente. Oficina de “árvore de competência do passado e presente” seguiu as etapas

� Construção da árvore do passado (10 a 20 anos)

� Construção da árvore do presente

� Na Árvore de Competências do presente, identificaram-se os pontos fortes e os fracos Abaixo seguem as etapas, realizadas e os resultados, da Oficina “árvore de competências do passado e do presente”, considerando:

• As raízes: valores, competências e pessoas, recursos financeiros, recursos tecnológicos, comerciais, produtivos e outros ... adaptados, ao Desenvolvimento Sustentável do Distrito da Brasilândia, do Município de São Paulo.

• O tronco: processo, organização e outros adaptados ao Desenvolvimento Sustentável do Distrito da Brasilândia, do Município de São Paulo.

• Os ramos: linhas de produto – mercado, serviço – mercado e outros ... adaptados ao Desenvolvimento Sustentável do Distrito da Brasilândia, do Município de São Paulo.

1) Construir a árvore do passado (10 a 20 anos):

Procedimento utilizado:

Durante 10 à 20 minutos, cada participante elaborou sua prórpria lista de elementos da árvore: raízes, tronco e ramos. As ideias foram em seguida recolhidas e organizadas, executando várias rodadas sucessivas.

2) Na construção da Árvore de Competências do presente, foram identificados os pontos fortes e os

pontos fracos em relação ao ambiente do Desenvolvimento Sustentável do Distrito da Brasilândia, do Município de São Paulo, e aos atores, considerando à Árvore de Competências do Passado. Esta atividade foi efetuada conforme os participantes foram identificando os elementos do presente.

Procedimento utilizado:

Durante 10 à 20 minutos, cada participante elaborou sua prórpia lista de elementos da árvore: raízes, tronco e ramos. As ideias foram em seguida recolhidas e organizadas, executando várias rodadas sucessivas.

14 GODET M., «Manuel de prospective stratégique, tome 2: l’art et la méthode », Dunod, Paris, 2001.

GIGET M., "Arbres technologiques et arbres de compétences. Deux concepts à finalité distinte", Futuribles, nº 137, novembre 1989.

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Figura 11: Árvore de Competência do Passado, Presente e Futuro FONTE: GIGET (1989)

Passado Presente Futuro

O passado é único, a sua análise é para entender as operações constantes e permanentes do Desenvolvimento Sustentável do Distrito da Brasilândia, do Município de São Paulo, para conhecer melhor a capacidade que tinha de evoluir e enraizar o projeto Desenvolvimento Sustentável do Distrito da Brasilândia, do Município de São Paulo, na sua realidade histórica.

O futuro é incerto, sua análise ajuda a identificar riscos e oportunidades que surgem para o Desenvolvimento Sustentável do Distrito da Brasilândia, do Município de São Paulo, definir as questões e desafios a enfrentar, a fim de determinar o seu futuro desejado e integração no projeto Desenvolvimento Sustentável do Distrito da Brasilândia, do Município de São Paulo.

Futuro

Raiz:

• Vocação, • Competência, • Conhecimento

Tronco:

• Execução • Organização

Frutos:

• Linhas de produtos e/ou Serviços

• Mercados

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3) Construção da Árvore de Competência do Futuro

Objetivo da oficina: imaginar um futuro desejável diante das ameaças e oportunidades do ambiente e construir para o Desenvolvimento Sustentável do Distrito da Brasilândia, do Município de São Paulo, uma árvore de competência do futuro, sabendo que a Análise Prospectiva permite considerar que o futuro possui incertezas e está aberto para muitos futuros possíveis. 3.1) Oficina de “árvore de competência do futuro” seguiu as etapas: 1) Construiu-se a árvore do futuro (10 a 20 anos), levando em consideração as mudanças críticas

identificadas, considerando o que deve ser: conservado, desenvolvido ou abandonado. Nestas considerações, levaram-se em conta as possíveis ameaças e oportunidades do ambiente. Identificar os elementos da árvore impactados (ativos e vulneráveis)

2) Construiu-se a árvore de competências desejável para o futuro do Desenvolvimento Sustentável do Distrito da Brasilândia, do Município de São Paulo, considerando o que deve ser: conservado, desenvolvido ou abandonado. Nestas condições, levaram-se em conta as possíveis ameaças e oportunidades do ambiente.

3) Nesta oficina, a construção árvore de futuro levou em cota as forças e fraquezas do do Desenvolvimento Sustentável do Município de Osasco – SP e das consequências das mudanças.

Procedimento utilizado: Durante 10 à 20 minutos, cada participante elaborou sua prórpria lista de elementos da árvore: raízes, tronco e ramos. As ideias foram em seguida recolhidas e organizadas , executando várias rodadas sucessivas.

4) Propor de 5 a 10 ações concretas:

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Consolidação dos Resultados obtidos nas diversas Oficinas Realizadas no Curso Formação-ação Processo Prospectivo e a Construção de Cenários Desenvolvimento Sustentável do Distrito da Brasilândia, do Município de São Paulo

A partir dos resultados obtidos nas diversas oficinas foi elaborada uma síntese, conforme na figura 12, que retrata a identificação das variáveis chave que comporão a Análise Estrutural do Processo Prospectivo. Foi então utilizado o software MICMAC, da LIPSOR – CNAM, para efetuar a Análise de Impacto Cruzado. A identificação das variáveis-chave foi efetuada analisando as diversas oficinas e seus resultados.

Figura 12: Síntese dos resultados das oficinas do curso Formação-ação do Processo Prospectivo e a Construção de Cenários tema: Desenvolvimento

Sustentável do Distrito da Brasilândia, do Município de São Paulo. A partir dessas informações, inicia-se o processo de Análise Estrutural.

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37

Análise Estrutural15

A ANÁLISE ESTRUTURAL consiste em identificar as variáveis do ambiente externo, por sua ação direta e também por intermédio de combinações de influências indiretas, em geral negligenciadas, mas de grande poder de influência sobre o sistema, ou seja, sobre o ambiente próximo da organização, e identificar as inter-relações e a relevância dessas variáveis para explicar o sistema. O curso formação-ação visa ter noção de todo o processo prospectivo. A etapa depois da consolidação dos resultados das oficinas e identificação das variáveis-chave propiciará a delimitação do aprofundamento do processo prospectivo e a análise estrutural. Nesta etapa do processo, as variáveis-chave escolhidas, devem ser descritas, contendo as evoluções passadas, ressaltando as variáveis que provocaram essas evoluções, verificando a situação atual dessas variáveis provocadoras dessas evoluções, verificando as tendências futuras dessas variáveis provocadoras, como também as rupturas dessas variáveis provocadoras, detalhando das variáveis o máximo possível, e finalmente, atribuir uma expressão mnemônica (nome abreviado da variável). � A partir dos resultados das oficinas, com a descrição das variáveis selecionadas, com base na figura12,

durante 5 minutos, cada participante fez sua análise em silêncio das variáveis.

Variável: é “aquilo” que afeta o Desenvolvimento Sustentável do Distrito da Brasilândia, do Município de São Paulo.

� As variáveis identificadas pelos participantes estão na Tabela 10.

Tabela 10: Relação das Variáveis-chave Identificadas

15 GODET M., «Manuel de prospective stratégique, tome 2: l’art et la méthode », Dunod, Paris, 2001.

VARIÁVEL

1. Resistência da população à Reestruturação 2. Atitude dos moradores para influenciar as mudanças necessárias no bairro 3. Política econômica social da Brasilândia 4. Sociedade mais consciente dos seus direitos e do seu papel no desenvolvimento 5. Falta de motivação ao conhecimento do cidadão 6. Reestruturação urbana 7. Regularização das habitações 8. Distribuição melhor dos serviços públicos 9. Burocracia e corporativismo dos órgãos públicos 10. Impacto ambiental regulamentação 11. OAB 12. Secretário de Segurança Pública SP 13. Formação Política 14. Melhoria na infraestrutura educacional da básica à profissionalizante 15. Educação preventiva na saúde e na ambiental 16. Custo de reestruturação 17. Mais segurança com postos policiais e patrulhamento 18. Falta de segurança pública 19. Implantar uma nova estrutura de policiamento na região 20. Implantar uma nova estrutura de segurança 21. SENFED 22. SSPSP

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� Os participantes hierarquizaram as variáveis e para exercício foram escolhidas as 9 primeiras, conforme a Tabela 11.

Tabela 11: Hierarquização das Variáveis escolhidas pelos Participantes VARIÁVEL Nome

Mnemônico Hierarqui-

zação

Melhoria na infraestrutura educacional, da básica à profissionalizante

MELINFRA 13

Atitude dos moradores para influenciar as mudanças necessárias no bairro

TITMOR 11

Reestruturação Urbana REESTRUR 11 Formação Política FORMPOL 9 Falta de motivação ao conhecimento do cidadão FALTMOT 8 Regularização das habitações REGHABIT 8 Sociedade mais consciente dos seus direitos e do seu papel no desenvolvimento

SOCOC 5

Educação preventiva na saúde e na ambiental EDUPREV 5 Implantar uma nova estrutura de segurança IMPESSEG 5

Em razão do tempo foram selecionadas somente 9 variáveis-chave, para que os participantes possam verificar como efetuar a análise de impacto cruzado.

No processo REAL todas as variáveis identificadas são consideradas, mas antes de efetuar a Análise do Impacto Cruzado, há necessidade de efetuar o APROFUNDAMENTO DE CADA UMA DAS VARIÁVEIS IDENTIFICADAS. Para isso, deve-se seguir o seguinte roteiro:

Variável Expressão Mnemônica (nome curto)

• Descrição • Fontes de Consulta - Bibliografia: Entidades governamentais e

científicas, biblioteca, estatística, séries temporais, internet e outras fontes

• Evoluções Passadas • Variáveis que provocaram as evoluções • Situação atual das variáveis provocadoras das evoluções • Tendências Futuras das variáveis provocadoras • Rupturas Futuras das variáveis provocadoras • Detalhamento das variáveis • Definição das HIPÓTESES, no mínimo duas. • Referência Bibliográfica

Isso significa que no processo prospectivo REAL não há necessidade da hierarquização das variáveis-chave, mas devem-se descrever de maneira aprofundada todas as variáveis-chave, para conhecer o grau de influência ou não sobre as demais variáveis, quando for efetuada a análise de impacto sobre as demais variáveis.

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Depois da hierarquização das variáveis, efetuada pelos participantes, foram escolhidas 6 variáveis como chave para serem utilizadas no software MICMAC, seguindo a seqüência: ir em \Data entry\Variables e preencher a lista de variáveis (Long Label, Short label, Description e Theme), exportar para Excel e gravar. Definir o “calculation parameters”, isto é, quantas inteirações desejam efetuar com a matriz estruturada, conforme a seguinte matriz:

Essas variáveis foram classificadas em variáveis-chave internas (são as que fazem parte do subsistema Desenvolvimento Sustentável do Distrito da Brasilândia, do Município de São Paulo) e externas (são as que constituem o ambiente do Desenvolvimento Sustentável do Distrito da Brasilândia, do Município de São Paulo).

N° L O N G L A B E L S H O R T L A B E L D E S C R I P T I O N T H E M E

Variáveis internas

1

Atitude dos moradores para influenciar as mudanças necessárias no bairro

TITMOR Política

2 Formação Política FORMPOL Política

3 Falta de motivação ao conhecimento do cidadão

FALTMOT Social

4 Sociedade mais consciente dos seus direitos e do seu papel no desenvolvimento

SOCOC Social

5 Educação preventiva na saúde e na ambiental

EDUPREV Política

6 Melhoria na infraestrutura educacional, da básica à profissionalizante

MELINFRA Política

Variáveis externas

7 Reestruturação Urbana REESTRUR Social

8 Regularização das habitações REGHABIT LEGAL

9 Implantar uma nova estrutura de segurança

IMPESSEG Política

Abrir a Matriz de Influência Direta (MDI), Matrix of DirectIinfluences (MDI), e exportar em Excel e gravar, conforme figura 13. Na planilha do Excel, os participantes em consenso verificam a influência entre as variáveis, sendo 0: não há influência; 1: fraca; 2: moderado; 3: forte.

Figura 13: Matriz de Influência Direta (MID) entre as variáveis chave

1.

TIT

MO

R

2.

FO

RM

PO

L

3.

FA

LT

MO

T

4.

SO

CO

C

5.

ED

UP

RE

V

6.

ME

LIN

FR

A

7.

RE

ES

TR

UR

8.

RE

GH

AB

IT

9.

IMP

ES

SE

G

1 : TITMOR 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 : FORMPOL 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3 : FALTMOT 0 0 0 0 0 0 0 0 0 4 : SOCOC 0 0 0 0 0 0 0 0 0 5 : EDUPREV 0 0 0 0 0 0 0 0 0 6 : MELINFRA 0 0 0 0 0 0 0 0 0 7 : REESTRUR 0 0 0 0 0 0 0 0 0 8 : REGHABIT 0 0 0 0 0 0 0 0 0 9 : IMPESSEG 0 0 0 0 0 0 0 0 0

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Preencher a matriz, planilha em Excel, com os pesos consensuais, sempre salvando em Excel, conforme Figura 14. Depois, que a matriz foi preenchida de maneira consensual pelos participantes, essa planilha, no Excel, deve ser importada ao abrir o MDI, do software MICMAC, conforme a Figura 14. Ao importar a planilha Excel deve-se tomar o cuidado de se informar as linhas e as colunas, corretamente, caso contrário haverá problemas nos dados importados.16

Influences range from 0 to 3, with the possibility to identify potential influences: 0: No influence 1: Weak 2: Moderate influence 3: Strong influence

Figura 14: Matriz de Influência Direta (MID) entre as Variáveis preenchidas pelos participantes em conjunto Depois de importar os dados da planilha Excel, que atualizou o MICMAC, ele gerou a Figura 15, a distribuição das variáveis-chave, nos diversos quadrantes, mostrando no quadrante I, as variáveis mais influentes, as motrizes, as variáveis explicativas; depois, no quadrante II, as variáveis que são influentes e dependentes ao mesmo tempo, as de ligação, que são importantes para a inovação; no quadrante IV as mais dependentes, que são as de resultado, e finalmente, no quadrante III as variáveis excluídas, autônomas, que não são dependentes e nem influentes, são variáveis que estão bem equacionadas, isto é, não há alguma coisa para ser efetuada.

16 Para utilizar o MICMAC, neste processo, veja no arquivo: MIMAC_Brasilandia_2040.xml

1 : T

ITM

OR

2 : F

OR

MP

OL

3 : F

ALT

MO

T

4 : S

OC

OC

5 : E

DU

PR

EV

6 : M

ELIN

FR

A

7 : R

EE

ST

RU

R

8 : R

EG

HA

BIT

9 : IM

PE

SS

EG

1 : TITMOR2 : FORMPOL3 : FALTMOT4 : SOCOC5 : EDUPREV6 : MELINFRA7 : REESTRUR8 : REGHABIT9 : IMPESSEG

0 2 3 3 3 3 3 3 33 0 3 3 3 3 3 3 33 3 0 3 3 3 3 3 33 3 3 0 3 3 3 3 33 1 3 2 0 2 1 1 01 0 1 1 1 0 1 1 03 1 3 3 3 3 0 3 33 1 3 1 1 3 3 0 23 0 2 3 1 3 2 1 0

© LIP

SO

R-E

PITA

-MIC

MA

C

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Figura 15 Plano da dependência e influência direta das variáveis chave A Figura 16 mostra a influência direta entre as variáveis. Neste gráfico, foram ressaltadas somente as variáveis que são fortemente influentes dentre o conjunto de variáveis chave selecionadas, detectadas pelo MICMAC.

Têm caráter prioritário na construção de

cenários. Explica a evolução do Sistema

Têm relevância por intermediarem as influências dos

fatores motrizes nos resultados ou efeitos finais. Por

natureza são instáveis.

Dependência

Influenciáveis indiretamente Não devem ser priorizados por não

possuir efeito sinérgico importante

Variáveis de Entrada

(Explicativa)

Variáveis de Resultado

Variáveis de

Ligação (Instáveis)

Variáveis Excluídas

(Autônomas)

I II

III

IV

Infl

uên

cia

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Figura16: Grau de Influência Direta das principais variáveis chave

Depois de obtidas as informações anteriores, por meio do MICMAC, acessar a opção “Calculation

parameters”, no MICMAC, informando o parâmetro desejado para obter a Matriz de Influências Indiretas (MII), conforme mostra a Figura17. Isto significa quantas vezes se deseja que a matriz multiplique por ela mesma para gerar as influências indiretas, neste caso foi 5, isto é, horizonte de 25 anos, porém pela quantidade de variáveis consideradas, 9, o MICMAC informa que o limite é 2.

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Figura 17: Tela do software MICMAC para informar o parâmetro de multiplicação

A partir do parâmetro informado, no caso foi 5, apesar da indicação ser 2, por causa da quantidade baixa de variáveis-chave, para efetuar exercício. A Matriz da Figura 14 foi multiplicada por ela mesma cinco vezes, automaticamente, pelo MICMAC, obtendo-se os resultados mostrados na Figura 18, a Matriz de Influência Indireta (MII).

Values represent indirect influence rates

Figura 18: Matriz de Influência Indireta (MII)

A partir da MII o MICMAC constrói a Figura 19, cujos conceitos são os mesmos informados na Figura 15, sabendo que a Matriz de Influência Indireta (MII) além de mostrar outras possíveis influências, verifica-se que as variáveis influenciam a si mesmas. Por exemplo: a variável TITMOR na Matriz de Influência Direta (MID), Figura 14, não influência ela mesma por esta razão está igual a 0 (zero), como também ocorre com todas as variáveis, por essa razão a diagonal dessa matriz é igual a 0 (zero), veja a linha vermelha. Isto significa que na primeira análise, a variável não influência ela mesma, mas quando multiplica a matriz por ela mesma, a variável influência ela mesma, conforme mostra a Figura 18. A Figura 19 mostra a influência indireta entre as variáveis, nessa figura foram ressaltadas somente as variáveis que são relativamente fortes e as fortemente influentes dentre o conjunto de variáveis-chave selecionadas, detectado pelo MICMAC. Note a diferença entre a Figura 19, que mostra a influência indireta entre as variáveis, e a Figura 15, que mostra a influência direta entre as variáveis. Lembrar que a influência indireta é obtida depois que a matriz é multiplicada por ela mesma “n” vezes, resultando na visualização das variáveis realmente influentes no decorrer do tempo.

1 : TIT

MO

R

2 : FO

RM

PO

L

3 : FALT

MO

T

4 : SO

CO

C

5 : ED

UP

RE

V

6 : ME

LIN

FR

A

7 : RE

ES

TR

UR

8 : RE

GH

AB

IT

9 : IMP

ES

SE

G

1 : TITMOR2 : FORMPOL3 : FALTMOT4 : SOCOC5 : EDUPREV6 : MELINFRA7 : REESTRUR8 : REGHABIT9 : IMPESSEG

5982066 3293307 5759010 5268204 5061261 6336762 5283588 5061261 47339256274707 3455622 6041700 5527275 5310405 6647961 5543412 5310405 49669326274707 3454893 6042429 5527275 5310405 6647961 5543412 5310405 49669326274707 3454893 6041700 5528004 5310405 6647961 5543412 5310405 49669323777618 2084866 3638288 3330772 3201547 4005184 3340876 3201546 29942941773528 977460 1707924 1562616 1501712 1879465 1567316 1501712 14045565687967 3131721 5476320 5009133 4812117 6025563 5024493 4812117 45009184552288 2509736 4383862 4013565 3856530 4825329 4024228 3856531 36069554048857 2233311 3899568 3569196 3430505 4292098 3579794 3430505 3208474

© LIP

SO

R-E

PITA

-MIC

MA

C

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Figura 19: Plano da Dependência e Influência Indireta das variáveis-chave

Neste caso houve pouca movimentação das variáveis-chave, em razão da ser somente 9. Destacando somente a variável IMPRESSEG, que percebe-se uma movimentação ntem uma movimentação de mais dependente para menos dependente. Deve ser ressaltado que houve diferença entre a Figura 20 e a 16, cuja análise é a seguinte: 1) Na figura 20, desaparecem IMPESSEG, REGHABIT e REESTRUR, sendo que a IMPESSEG, na figura 16,

é influenciada, de maneira muito forte, pela REESTRUR, esta é influenciada e influência a REGHABIT de forma forte. A SOCOC é influenciada e influência a FORMPOL. Em todos os casos, na figura 16, a influência é muito forte.

2) Na figura 20 surge a variável MELINFRA, que é influenciada pelas variáveis FORMPOL, FALTMOT e SOCOC, de maneira muito forte, e, também, é influenciada de forma relativamente forte pela TITMOR, sendo esta influenciada de maneira relativamente forte pelas variáveis SOCOC, FALTMOT e FORMPOL.

3) Permanecem nas duas figuras, 16 e 20, as variáveis: TITMOR, FALTMOT, FORMPOL e SOCOC. Devendo destacar que as variáveis FALTMOT, FORMPOL e SOCOC influencias fortemente a MELINFRA, mas influenciam de maneira relativamente forte a TITMOR.

Essas duas figuras, 20 e 16, mostram a evolução das variáveis no tempo, quando a MID é multiplicada por ela mesma “n” vezes, onde o valor do “n” é colocado no parâmetro, conforme a Figura 17.

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Figura 20: Grau de Influência Indireta das principais variáveis chave

As variáveis-chave da figura 19, que serão a motricidade do Desenvolvimento Sustentável do Distrito da Brasilândia, do Município de São Paulo no contexto do curso e que contribuirão para a construção de cenários, por meio da análise morfológica são: 1) no quadrante I variáveis de entrada (explicativas), que têm caráter prioritário na construção de cenários e

explica a evolução do tema, neste exercício é a variável-chave: FORMPOL. 2) no quadrante II variáveis de ligação (instáveis), inovação, que têm relevância por intermediarem as

influências dos fatores motrizes nos resultados ou efeitos finais e contribuem para a inovação, neste exercício são: SOCOC, FALTMOT, REESTRUT, TITMOR, REGHABIT.

A classificação das variáveis-chave antes (direta) e depois da multiplicação das matrizes (indireta), percebe-se que não houve alteração na ordem de influência das variáveis-chave, este fato deve-se a pouca quantidade de variáveis:

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Construção de Cenários por meio da Análise Morfológica17

A construção de cenários consiste em descrever de maneira coerente os diferentes caminhos que partem da situação atual, conduzem e consideram os mecanismos, as evoluções e os comportamentos dos atores analisados na fase da base de dados.

A última etapa do Processo Prospectivo é a construção dos cenários, propriamente dita, para depois começar a execução das ações.

Para construir os cenários há necessidade do conhecimento da Análise Morfologia utilizada nas oficinas V e VII.

A Análise Morfológica é a combinação das hipóteses ou configurações correspondentes a cada variável-chave, considerando os componentes ou as dimensões: demográfica, econômica, meio ambiente, social, tecnológica, cultural, política, legal e segurança e defesa.

Em razão do processo, no curso, ter identificado nove variáveis-chve motrizes, foram definidos dois temas:: “Atitude e Política Social”, as variáveis são: FORMPOL e TITMOR. Para o tema: “Conscientização e Reestruturação Urbana”, as variáveis são: SOCOC, FALTMOT, REESTRUR e REGHABIT.

Em cada tema e para cada variável-chave serão definidas as hipóteses.

� A partir da identificação das variáveis explicativas e de ligação (instáveis), conforme foram identificadas

na análise estrutural, e por tema, “Atitude e Política Social”, “Conscientização e Reestruturação Urbana”, cada participante, durante 5 minutos, com base na descrição das variáveis chave analisadas, em silêncio e individualmente, identifica as possíveis hipóteses. Neste caso, considerar as dimensões ou expressões definidas na análise estrutural para as respectivas variáveis nos temas definidos.

Tema: “Atitude e Política Social”

Variável Dimensão Hipótese 1 Hipótese 2 ... Hipótese n FORMPOL Política TITMOR Política

Tema: “Conscientização e Reestruturação Urbana”

Variável Dimensão Hipótese 1 Hipótese 2 ... Hipótese n FALTMOT Social

SOCOC Social

REESTRUR Social

REGHABIT Legal

� Depois de preencher o quadro, em conjunto identificar de comum acordo as possíveis hipóteses para cada

variável. Em razão dessa possibilidade, a análise morfológica poderá contribuir para elaborar os cenários parciais e posteriormente construir os cenários globais, como foi explicado durante a elaboração da oficina V. No caso de utilizar o software MORPHOL, lembrar que ele possui o limite de 8 variáveis, que provavelmente dará erro. Por essa razão é importante elaborar os cenários parciais para depois construir os cenários globais. Deve ser salientado, que a melhor maneira de efetuar a análise morfológica é efetuar manualmente, considerando a participação dos integrantes do processo prospectivo, com a finalidade de maior

17 GODET M., «Manuel de prospective stratégique, tome 2: l’art et la méthode », Dunod, Paris, 2001.

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apropriação e aproveitar melhor o conhecimento. Durante este curso, os participantes em conjunto identificaram as seguintes hipóteses, para numa primeira etapa identificar os cenários parciais: Os cenários parciais são descritos por temas, que agrupam variáveis-chave, neste exercício os temas foram: “Atitude e Política Social”, “Conscientização e Reestruturação Urbana”.

Tabela 12: Tema 1: “Atitude e Política Social” - Definição de hipóteses por variável-chave

VARIÁVEL HIPÓTESES

1.1. FORMPOL 1.1.1 Regredir ao nível de

fechamentos de entidades e de raquitismo

1.1.2

Permanecer de maneira

dividida e individualista de

atuação

1.1.3

Avançar com a implantação de

formas superiores de organização local

com conflitos sociais

1.2. TITMOR 1.2.1 Modificação da realidade

atual 1.2.2

Piorar a relação sociedade x

Estado 1.2.3

Proporcionar a união de suas lideranças,

fortalecendo as lutas locais

Tabela 13: Tema 2: “Conscientização e Reestruturação Urbana” - Definição de hipóteses por variável-

chave

VARIÁVEL HIPÓTESES

2.1. FALTMOT 2.1.1

Entendimento das fontes

recebidas pelo cidadão

2.1.2 Incentivo político

partidário 2.1.3

Faltava mesmo uma política de verdade

2.2. SOCOC 2.2.1 Sociedade harmônica

2.2.2

A sociedade da Brasilândia permanece com a consciência de

atendimento à pequenas melhorias e varejista

2.2.3

O Cidadão não quer aprender sobre seus direitos e deveres e sendo assim não

há progresso

2.3. REESTRUR 2.3.1 Crescimento

urbano desordenado

2.3.2 Adequação do bairro 2.3.3 Conflito de interesses

2.4. REGHABIT 2.4.1 Atuação do

sujeito anárquico

2.4.2

Com a regularização teremos bairros legais,

urbanizados e ambientalmente

sustentáveis.

2.4.3

O governo não tem a intenção de garantir o

direito da regulamentação das moradias pelo

usucapião, pois não ligam a mínima para o povo

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3) Para cada um dos temas, serão construídos os cenários parciais, que contribuirão para a construção dos cenários globais, como hipóteses.

Considerações práticas que devem ser levadas em conta na construção de cenários, sejam parciais ou globais, segundo François de Jouvenel (2009) e adaptado e complementado por Aulicino (2010), conforme seguem a seguir: • Um cenário pode utilizar somente uma hipótese por variável-chave; • A mesma hipótese pode ser utilizada em diferentes cenários; • Cada um dos cenários deve ter coerência e conter os mesmos ingredientes e, por conseguinte, incluem

uma hipótese de cada variável; • Os cenários devem ser construídos na reunião do Comitê Local Técnico Prospectivo; • Os cenários devem ser contrastantes e confrontantes; • Há necessidade de saber, precisamente, qual é o encadeamento das hipóteses que estrutura cada um dos

cenários, para isso necessita identificar as variáveis mais motrizes. Esse encadeamento deve ser efetuado de forma individualizada, graficamente, codificando o quadro morfológico por cores, setas coloridas, etc.;

• Algumas vezes, ao analisar as hipóteses propostas de uma variável, verifica-se que elas não cobrem todas as possibilidades e que faltou uma, que pode ser útil ao cenário. Deve ser acrescentada e registrada na ficha da variável;

• Outras vezes, verificam-se hipóteses não utilizadas no cenário. Deve-se analisar essas hipóteses e verificar se há possibilidade de se construir um cenário interessante

Quando há um sistema complexo, temas, regiões ou outras condições complexas, com muitas variáveis, considerar o seguinte: • Recomenda-se ter uma fase intermediária. Dividir o conjunto de variáveis motrizes (influentes) em

subconjuntos de variáveis em torno de um mesmo tema ou de um mesmo grupo de atores. A partir dos subconjuntos de variáveis construir cenários parciais ou micro-cenários para depois construir os cenários globais;

• Neste caso haverá duas fases, uma intermediária, que construirá micro-cenários ou cenários parciais; e a outra, para a construção dos cenários globais que tratam os cenários parciais como hipóteses, cujo encadeamento construirá os cenários globais;

• Os cenários parciais ou micro-cenários devem ser descritos, com muito mais detalhes que as hipóteses, mas não tão extenso quanto os cenários globais. Dessa maneira, facilita a descrição dos cenários globais no final do processo;

• Os cenários parciais ou micro-cenários devem ser contrastantes e confrontantes.

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3.1) Construção de Cenários Parciais para o tema 1: ”Atitude e Política Social”, por meio da análise morfológica, sendo escolhido três dentre aqueles construídos pelos participantes.

Figura 21: Construção dos Cenários Parciais do tema 1: “Atitude e Política Social”

HIPÓTESES

1.1.1 Regredir ao nível de

fechamentos de entidades

e de raquitismo

1.2.1 Modificação da realidade

atual

1.1.3. Avançar com a implantação

de formas superiores de

organização local com conflitos

sociais

1.1.2 Permanecer de maneira

dividida e individualista de atuação

1.2.3. Proporcionar a união de suas

lideranças, fortalecendo as lutas

locais

1,2.2 Piorar a relação sociedade x

Estado

Cenário Parcial 1.2 (1.1.3;

1.2.2) (����): Avançar com a

implantação de formas

superiores de organização

local com conflitos sociais; e

Piorar a relação sociedade x

Estado

Cenário Parcial 1.1 (1.1.1; 1.

2.1) (����): Regredir ao nível de

fechamentos de entidades e

de raquitismo; e Modificação

da realidade atual

VARIÁVEL

1.1. FORMPOL

1.2. TITMOR

Cenário Parcial 1.3 (1.1.3; 1.2.3)

(����):Avançar com a implantação de

formas superiores de organização local

com conflitos sociais; e Proporcionar a

união de suas lideranças, fortalecendo

as lutas locais

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3.2) Construção de Cenários Parciais para o tema 2: ”Conscientização e Reestruturação Urbana”, por meio da análise morfológica sendo escolhido três dentre aqueles construídos pelos participantes..

2.1.3 Faltava mesmo uma política de

verdade

2.2.3. O Cidadão não quer aprender

sobre seus direitos e deveres e

sendo assim não há progresso

2.3.3 Conflito de interesses

2.4.3 O governo não tem a intenção de

garantir o direito da

regulamentação das moradias por

usucapião, pois não ligam a mínima

Cenário Parcial 2.3 (2.2.1; 2.3.2;

2.4.2) (����): Sociedade harmônica;

Adequação do bairro; e Com a

regularização teremos bairros legais,

urbanizados e ambientalmente

sustentáveis

VARIÁVEL

2.1. FALTMOT

HIPÓTESES

2.1.1 Entendimento das fontes

recebidas pelo cidadão

2.2.1 Sociedade harmônica

2.1.2 Incentivo político partidário

2.2.2. A sociedade da Brasilândia

permanece com a consciência de

atendimento à pequenas

melhorias e varejista

2.2. SOCOC

Cenário Parcial 2.3 (2.1.1; 2.3.2)

(����): Entendimento das fontes

recebidas pelo cidadão; e

Adequação do bairro

Cenário Parcial 2.2 (2.1.2;

2.3.3) (����): Incentivo

político partidário; e

Conflito de interesses

2.3.1 Crescimento urbano

desordenado 2.3.2 Adequação do bairro 2.3. REESTRUR

2.4.1 Atuação do sujeito

anárquico 2.4.2 Com a regularização teremos

bairros legais, urbanizados e

ambientalmente sustentáveis

2.4. REGHABIT

Cenário Parcial 2.1(2.2.1; 2.4.2)

(����): Sociedade harmônica; e

Com a regularização teremos

bairros legais, urbanizados e

ambientalmente sustentáveis

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Figura 22: Construção dos Cenários Parciais do tema 2: “Conscientização e Reestruturação Urbana”

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4) A construção dos cenários globais foi efetuada pela combinação dos cenários parciais, que foram obtidos a partir das combinações das hipóteses das

variáveis-chave de cada tema: ”Atitude e Política Social” e “Conscientização e Reestruturação Urbana”. A construção dos cenários globais segue as mesmas regras da construção dos cenários parciais. Deve ser ressaltado que os cenários parciais passam a ser as hipóteses de cada tema:

TEMAS /

VARIÁVEIS

Conscientização e

Reestruturação

Urbana

Atitude e

Política Social

Cenários Parciais / HIPÓTESES

Cenário Global 1 (CP 1.3; CP 2.3) (�): Avançar com a

implantação de formas superiores de organização local com

conflitos sociais; e Proporcionar a união de suas lideranças,

fortalecendo as lutas locais s; e Sociedade harmônica;

Adequação do bairro; e Com a regularização teremos

bairros legais, urbanizados e ambientalmente sustentáveis.

Cenário Global 3 (CP 1.1; CP 2.2) (����):

Regredir ao nível de fechamentos de

entidades e de raquitismo; e Modificação

da realidade atual; e Incentivo político

partidário; e Conflito de interesses

Cenário Global 2 (CP 1.2; CP 2.1) (): Avançar

com a implantação de formas superiores de

organização local com conflitos sociais; e Piorar a

relação sociedade x Estado; e Sociedade

harmônica; e Com a regularização teremos

bairros legais, urbanizados e ambientalmente

Cenário Parcial 2.3 (2.2.1; 2.3.2;

2.4.2) (����): Sociedade harmônica;

Adequação do bairro; e Com a

regularização teremos bairros legais,

urbanizados e ambientalmente

sustentáveis

Cenário Parcial 2.3 (2.1.1;

2.3.2) (����): Entendimento

das fontes recebidas pelo

cidadão; e Adequação do

bairro

Cenário Parcial 2.2 (2.1.2;

2.3.3) (����): Incentivo

político partidário; e

Conflito de interesses

Cenário Parcial 2.1(2.2.1; 2.4.2)

(����): Sociedade harmônica; e

Com a regularização teremos

bairros legais, urbanizados e

ambientalmente sustentáveis

Cenário Parcial 1.2 (1.1.3;

1.2.2) (����): Avançar com a

implantação de formas

superiores de organização

local com conflitos sociais; e

Piorar a relação sociedade x

Estado

Cenário Parcial 1.1 (1.1.1; 1.

2.1) (����): Regredir ao nível de

fechamentos de entidades e

de raquitismo; e Modificação

da realidade atual

Cenário Parcial 1.3 (1.1.3; 1.2.3)

(����): Avançar com a implantação

de formas superiores de

organização local com conflitos

sociais; e Proporcionar a união de

suas lideranças, fortalecendo as

lutas locais

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Figura 23: Construção dos cenários globais para o Desenvolvimento Sustentável do Distrito da Brasilândia, do Município de São Paulo, por meio da Análise Morfológica

5) Os cenários globais, após serem construídos por meio da análise morfológica, conforme Figura 24, deverão ser descritos com base nas informações

obtidas nos aprofundamentos efetuados para cada uma das variáveis-chave, que serão consideradas informações da Situação Atual. Segue a seguir os Cenários construídos:

Cenário Global 1 (CP 1.3; CP 2.3) ():

Cenário Desejável e Realizável Cenário Global 2 (CP 1.2; CP

2.1) (): Cenário Tendência

Cenário Global 3 (CP 1.1; CP 2.2) ():

Cenário Não Desejável • Avançar com a implantação de formas

superiores de organização local com conflitos sociais; e Proporcionar a união de suas lideranças, fortalecendo as lutas locais; e

• Sociedade harmônica; Adequação do bairro; e Com a regularização teremos bairros legais, urbanizados e ambientalmente sustentáveis.

• Avançar com a implantação de formas superiores de organização local com conflitos sociais; e Piorar a relação sociedade x Estado; e

• Sociedade harmônica; e Com a regularização teremos bairros legais, urbanizados e ambientalmente sustentáveis

• Regredir ao nível de fechamentos de entidades e de raquitismo; e Modificação da realidade atual; e

• Incentivo político partidário; e Conflito de interesses.

A construção de cenários globais deverá sempre ser efetuada de forma que haja confronto e contraste.

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Descrição do Cenário Global, Análise de Riscos e Plano de Ações e Cronograma Na descrição dos cenários, segundo François de Jouvenel (2009) e adaptado e complementado por Aulicino (2010), deve-se considerar que o cenário tem três elementos importantes: Base, Descrição e Imagem Final, conforme explicações a seguir:

• A BASE: corresponde a representação da situação atual apreendida ao longo do tempo. É igual para todos os cenários que serão construídos.

• A DESCRIÇÃO deve explicar como se vai atingir a situação futura a partir da situação atual, sob o efeito de quais fatores e de quais atores. A descrição é construída levando em conta uma série de conjecturas sobre o futuro, apoiadas nas hipóteses definidas para as variáveis.

• A IMAGEM FINAL é uma fotografia da situação desejada no horizonte previsto, neste caso é 2043, por ex.: para Ribeirão Branco é 2030. Ela serve para representar o resultado esperado do objetivo do processo prospectivo, neste caso é o Desenvolvimento Sustentável do Distrito da Brasilândia, do Município de São Paulo. Como exemplo: o Desenvolvimento Sustentável de Ribeirão Branco, em 2030. Ela pode ser escrita, mas também pode ser representada sob a forma de mapa ou imagem.

Algumas recomendações e regras para descrição dos Cenários:

• Recomenda-se ter mais de um redator, e que a redação seja validada pelos participantes do Comitê Local Técnico Prospectivo; • Torna-se importante que os redatores tenham base mínima científica para descrever os cenários; • Regras para descrição:

� É preciso descrever a situação atual, todo o percurso da situação atual para chegar à situação final, e a própria situação final desejada; � É necessário ser fiel à estrutura do cenário estabelecido; � É preciso levar em consideração o conjunto de variáveis envolvidas; � É preciso mencionar para cada evolução quais são os MOTORES (atores e fatores); � É preciso, se possível, que o cenário seja atrativo e bem escrito; � È importante que a descrição seja validada pelos integrantes do Comitê Local Técnico Prospectivo, inicialmente, por e-mail e depois em uma

reunião para validar todas as descrições. Depois da descrição da Base dos cenários, considerando a Situação Atual, que considera as descrições das variáveis-chave, que foram aprofundadas, conforme o roteiro fornecido. A Descrição é como chegar à Imagem Final, a partir da Situação Atual, a Base. Isto significa dizer “o como”, as ações que deverão ser executadas para se chegar à Imagem Final desejada, o Cenário Global Desejável e Realizável.

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Os cenários devem ser contrastantes e confrontantes ao Cenário Global Desejável e Realizável, e orientar as ações que minimizem os riscos do Cenário Desejável não ser atingido ou de ocorrer os Cenários Não Desejáveis. Portanto, a DESCRIÇÃO deverá considerar todas as ações que minimizem os riscos e propiciem ocorrer o Cenário Desejável. Por esse motivo utiliza-se a expressão CONSTRUÇÃO de CENÁRIO, porque o cenário Desejável e Realizável deverá ser construído a partir das ações que constam no item DESCRIÇÃO, reafirmando, para chegar à Imagem Final a partir da Base, Situação Atual. Essa DESCRIÇÃO, “o como” chegar na Imagem Final, é que tornará possível a construção do cenário desejável / realizável, como aquelas que minimizarão seus possíveis riscos, para atingir a visão estratégica do futuro estabelecida de forma conjunta, participativa e com APROPRIAÇÃO. Lembrar que Descrição do Cenário Desejável e Realizável será transformado em Projeto, que deverá ser gerenciado / administrado como tal, cujas ações deverão ter responsáveis, deverão ser definidos os prazos e os orçamentos. A seguir, as ações estratégicas definidas para atingir o Cenário Global Desejável e Realizável:

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Tabela 17: Lista das Ações Estratégicas, início e término e responsáveis

Ações Estratégicas Início Término Responsável(is) Sensibilizar e conscientizar a sociedade 2015 Vision Sociedade Mobilizar a sociedade 2016 Vision Sociedade Plano de Comunicação com a sociedade e sua implantação 2015 Vision Sociedade Despertar o interesse da sociedade 2015 Vision Sociedade Proporcionar a melhora da auto estima da sociedade 2015 Vision Sociedade Proporcionar a APROPRIAÇÃO pela Vila dela para atingir o Distrito 2015 Vision Sociedade Verificar quais são as potencialidades socioeconômicas da Brasilândia 2017 Vision Sociedade Melhorar a grade curricular com apoio de profissionais especializados 2018 Vision Sociedade Maior envolvimento com os órgãos públicos que promovem e defendem o direito dos cidadãos da Brasilândia por meio de parcerias

2016 Vision Sociedade

Elaboração do Plano de Reestruturação Urbana pela Sociedade 2016 Vision Sociedade Execução do Plano de Reestruturação Urbana pela Sociedade 2016,5 Vision Sociedade Elaboração do Plano para a Regularização Fundiária 2017,5 Vision Sociedade

Plano para a Regularização Fundiária 2015 Vision Min Público Regularização Fundiária 2015 Vision Executivo

OBS.: A tabela tem informações que alimentam a planilha desenvolvida por Richard E. Albright (2008), estabelece o acompanhamento das ações estratégicas para atingir o Cenário Global Desejável e Realizável, onde Grupo significa a sociedade, Executivo, é o Poder Executivo, Legislativo, é o Poder Legislativo, e Pesquisa, identifica a necessidade de realizar uma pesquisa, seja pura ou aplicada. A palavra VISION significa que é o último ano do horizonte desejado, isto é, 2043.

A seguir estão imagens resultado do processo da Planilha desenvolvida por Richard E. Albright (2008).

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Figura 24: Planilha da Entrada das Ações Estratégicas, Cronograma início e término e Responsabilidade de Execução18 Fonte: ©2008-2012 Albright Strategy Group, LLC

Figura 25: Cronograma das Ações Estratégicas, início e término e Responsáveis por sua execução Fonte: ©2008-2012 Albright Strategy Group, LLC

18 Para utilizar Planilha desenvolvida por Richard E. Albright (2008), neste processo, veja no arquivo: CenarioGl_Dese_D_S_Brasiandia.xls

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No Plano de Ações Estratégicas deve conter as ações que mitigam as ações, que executadas, construirão o Cenário não desejado. Portanto, essas ações devem ser consideradas, caso conrário o Cenário Desejável e Realizável, dificilmente, será construído. Em resumo as ações que mitigam as ações estratégicas indesejáveis devem ser consideradas neste Planejamento. ------------/ o /--------------

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