Temas Fundamentais Da Fe Crista 02
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Temas Fundamentais da Fe Crista
O Deus que se Revela Parte II
Lição 02
As coisas encobertas pertencem
ao SENHOR, o nosso Deus, mas as
reveladas pertencem a nós e aos
nossos filhos para sempre, para que
sigamos todas as palavras desta lei
(Deuteronômio 29:29).
Introdução
Deus é tão grande que não podemos conhecê-lo a menos que se revele
a nós. Ele não ficou em silencio, nos deu uma revelação de si mesmo.
Revelou-se a todos os homens por duas fontes, a saber, a natureza interior e a
natureza exterior. Deus revela-se ao homem por meio da consciência religiosa
e da consciência moral. Ele esclarece sua existência, atributos e exigências
morais a todo ser humano. A própria estrutura da mente humana inclui algum
conhecimento sobre Deus. Esse conhecimento inato, consequentemente, faz
com que o homem reconheça a criação como a obra de um criador. A
grandeza, magnitude e o desígnio complexo da natureza servem para lembrar
ao homem o seu conhecimento sobre Deus.
Ele também se revela nas obras da natureza exterior. A criação, a
providência é um costante lembrete aos homens que existe um Deus poderoso
e que governa o universo. Essa revelação exterior se baseia na revelação
interior. Embora o testemunho da natureza concernente ao seu criador seja
evidente, o conhecimento do homem sobre Deus não vem da observação da
criação. O conhecimento de Deus não vem de procedimentos empíricos, mas
do que tem sido diretamente “escrito” na mente do homem — é um
conhecimento inato. Se não houvesse esse conhecimento de Deus, nenhuma
informação obtida pela observação da natureza conduziria a um conceito
adequado do Criador. Esse conhecimento de Deus está na mente do homem e
não se origina da observação do mundo externo. O homem não infere que
existe um Deus através somente da observação da natureza, ele conhece o
Deus da Bíblia antes de ter acesso a qualquer informação empírica. A função
da observação é estimular a mente do homem a recordar esse conhecimento
inato de Deus, que foi suprimido pelo pecado, e é também por esse
conhecimento que o homem interpreta a natureza. Todos os seus
pensamentos e todas as suas experiências dão testemunho irrefutável da
existência e dos atributos de Deus, a evidência é inescapável. Portanto,
aqueles que negam a existência de Deus são acusados de suprimir a verdade
pela sua perversão e rebelião, e ao reivindicaram ser sábios, tornaram-se
loucos (Romanos 1:22). Em outras palavras, a revelação geral de sua
existência e atributos para toda a sua criação – isto é, o conhecimento inato do
homem e as características do universo – deixam aqueles que negam a sua
existência sem escusa, e assim eles são justamente condenados. Por outro
lado, aprendemos que esse conhecimento interior não é completo ou suficiente
para ensinar ao homem algo acerca da salvação em Cristo, deste modo,
aprouve a Deus revelar–se de maneira mais específica e salvífica pela
comunicação verbal.
I Comunicação Verbal de Deus.
A comunicação verbal tem a vantagem de ser precisa e acurada,
quando propriamente feita. A princípio essa revelação verbal se deu de várias
maneiras (Hb.1.1). Deus falou aos pais nas eras que precederam o nascimento
de Jesus e comunicou-lhes a sua vontade e seu plano de salvação. Os pais, ou
os profetas, foram os agentes usados por Deus para comunicar-se com o seu
povo, comunicação que não se deu apenas uma vez, mas muitas vezes e de
muitas maneiras. Antes da queda, o Criador já se dava a conhecer por meio da
linguangem. Deus falou com Adão depois da queda (Gn 3.8); falou com
Abraão através de visões e visitas (Abraão foi chamado amigo de Deus Tg
2.23); a Jacó falou num sonho; a Moisés “face a face” (Ex 33.11).
Porém, Deus não confiou que essa revelação fosse transmitida
oralmente, mas que fosse registrada por escrito como história, salmo, provérbio
e profecia. Os profetas foram homens chamados por Deus, cheios do Seu
Espírito para falar a Palavra como uma revelação progressiva que declara a
vinda de Cristo. Pedro em sua primeira epístola refere-se a eles:
Foi a respeito desta salvação que os profetas indagaram e inquiriram, os
quais profetizaram acerca da graça a vós outros destinada, investigando,
atentamente, qual a ocasião ou quais as circunstâncias oportunas, indicadas
pelo Espírito de Cristo, que neles estava, ao dar de antemão testemunho sobre
os sofrimentos referentes a Cristo e sobre as glórias que os seguiriam. A eles
foi revelado que, não para si mesmos, mas para vós outros, ministravam as
coisas que, agora, vos foram anunciadas por aqueles que, pelo Espírito Santo
enviado do céu, vos pregaram o evangelho, coisas essas que anjos anelam
perscrutar. (1.10-12)
O profeta não trazia sua própria mensagem, sua própria formulação da
verdade religiosa. Inspirado pelo Santo Espírito, ele falava a Palavra de Deus,
que não tinha sua origem no desejo do homem (2Pe 1.21), mas vinha de Deus
(Hb 3.7). A Escritura não é apenas a Palavra de Deus, mas também as
palavras de Deus. No Novo Testamento o supremo, único e verdadeiro profeta
faz sua aparição. Como Logos, ele é a plena e completa revelação de Deus (Jo
1.1,18; 14.9; 17.6; Cl 2.9). Ele não recebe uma revelação de cima ou de fora de
si mesmo, mas é ele mesmo a fonte de profecia. O Espírito Santo não vem
sobre ele e não cai sobre ele, mas mora nele sem medida (Jo 3.34). Desse
Espírito ele foi concebido; por esse Espírito ele fala, age, vive e morre (Mt 3.16;
12.28; Lc 1.17; 2.27; 4.1, 14, 18; Rm 1.4; Hb 9.14). Com esse Espírito ele
capacita seus discípulos, não somente como o Espírito de regeneração e
santificação, mas também como o Espírito de revelação e iluminação (Mc
13.11; Lc 12.12; Jo 14.17; 15.26; 16.13; 20.22; At 2.4; 6.10; 8.29; 10.19; 11.12;
13.2; 18.5; 21.4; 1 Co 2.12s.; 12.7-11).
II Inspiração das Escrituras
Quando falamos de inspiração não queremos dizer que os escritores
bíblicos foram como secretários de Deus que copiavam pura e simplismente o
que lhe era ditado, mas percebe-se claramente que em cada livro das
Escrituras Sagradas existem marcas da personalidade e estilo de cada escritor.
A Bíblia ensina que Deus exercita controle total e preciso sobre cada detalhe
de sua criação, a tal ponto que até mesmo os pensamentos dos homens estão
sob o seu controle. Isso é verdade com respeito a todo indivíduo, incluindo os
escritores bíblicos. Deus ordenou, dirigiu e controlou as vidas e pensamentos
de seus escolhidos de tal maneira, que, ao escreverem a Palavra, suas
personalidades e os seus cenários fossem perfeitamente adequados para
escrever aquelas porções da Escritura que o Criador tinha designado para eles
(Ex.4.11-12; Jer.1.4-5,9;Gal.1.11-12,15-16). Então, quando chegou o tempo de
escrever, o Espírito de Deus supervisionou o processo para que o conteúdo da
Escritura fosse além da inteligência natural dos escritores.
O produto foi a revelação verbal de Deus, e ela foi literalmente o que Ele
desejava pôr escrito. Deus não encontrou as pessoas certas para escrever a
Escritura; Ele fez as pessoas certas para escrevê-la, e então, supervisionou o
processo de escrita. Portanto, a inspiração da Escritura não se refere somente
aos tempos em que o Espírito Santo exerceu controle especial sobre os
escritores bíblicos, embora isto tenha deveras acontecido, mas a preparação
começou antes da criação do mundo.
A teoria do ditado, a qual a Bíblia não ensina, é, em comparação, uma
opinião inferior a respeito da inspiração, atribuindo a Deus um controle menor
sobre o processo. Esse ponto de vista acerca da inspiração explica o suposto
“elemento humano” evidente na Escritura.
Os documentos bíblicos refletem vários cenários sociais, econômicos e
intelectuais dos autores, suas diferentes possibilidades, e seus vocabulários e
estilos literários singulares. Este fenômeno é o que se poderia esperar, dado o
ponto de vista bíblico sobre a inspiração, no qual Deus exerceu controle total
sobre a vida dos escritores, e não somente sobre o processo de escrita. O
“elemento humano” da Escritura, portanto, não prejudica a doutrina da
inspiração, mas é consistente com ela e pela mesma explicado.
Aplicação
1. A Escritura é Indispensavel
2. A Natureza das Escrituras deveria nos tornar ávidos pelo seu conteúdo.
3. Desprezar a Escritura é Desprezar a Deus e a sua salvação em Cristo.