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TEMAS LIVRES CORRELATOS

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TEMAS LIVRES

CORRELATOS

TLC-01TRATAMENTO ENDOVASCULAR DO ANEURISMA DA AORTA ABDOMINAL:AVALIAÇÃO POR TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA MULTIDETECTORESDA TROMBOSE ENDOLUMINAL

ROBERTO MORAES BASTOS; ALVARO RAZUK FILHO; ROBERTO BLASBALG;ROBERTO AUGUSTO CAFFARO; WALTER KHEGAN KARAKHANIAN; FERNANDOPINHO ESTEVES; ALESSANDRO CAPPUCCI; DANIEL SEIJI KAWAI; ANTONIO JOSÉ DAROCHA.

SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE SÃO PAULO e FLEURY MEDICINA E SAÚDECONTEXTO: A TC é preconizada como método de escolha no pós-operatório do tratamentoendovascular do AAA. O desenvolvimento da TC multidetectores (TCMD), proporcionandomaior resolução espacial e temporal, permitiu o desenvolvimento das angiotomografias, pas-sando a diagnosticar com maior precisão a trombose endoluminal.OBJETIVO: O objetivo do estudo foi de verificar se há diferença na trombose endoluminal di-agnosticada atráves do controle tomográfico pós operatório dos pacientes submetidos a cor-reção endovascular de aneurisma de aorta abdominal de acordo com o tipo de fabricante daendoprótese e seu material .TIPO DE ESTUDO: ProspectivoLOCAL: Setor de radiologia e de angioradiologia da Faculdade de Medicina da Santa Casade São Paulo e Departamento de Radiologia de Instituto Fleury Medicina e Saúde.AMOSTRA: Avaliamos prospectivamente 30 pacientes submetidos à tomografia computado-rizada multidetectores de 64 canais, no período pós-operatório de 5-29 meses do tratamentoendovascular do aneurisma de aorta abdominal.PROCEDIMENTOS: Tomografia computadorizada multidetectores de 64 canais nos pacien-tes submetidos à correção endovascular de aneurisma de aorta abdominal.VARIÁVEL: Tipos de materiais das endopróteses e seu fabricante em relação a trombose en-doluminal.MÉTODO ESTATÍSTICO: Teste exato de FischerRESULTADOS: Não foi identificada diferença estatisticamente significativa de presença detrombose entre as marcas utilizadas, bem como entre os grupos de material constituinte daspróteses.CONCLUSÃO: Os autores concluem que, apesar dos constantes avanços nas técnicas cirúr-gicas e na alta qualidade das endopróteses atualmente disponíveis no mercado, os fatoresde risco dos pacientes deverão ser particularmente avaliados e ponderados, podendo ajudara equipe médica a decidir por uma terapêutica profilática antiagregante plaquetária em al-guns casos.DESCRITORES: Aneurisma ; Aneurisma Aórtico ; AngioplastiaCOMITÊ DE ÉTICA: Comitê de ética da Faculdade de Medicina da Santa Casa de Misericór-dia de São Paulo.

TLC-02TC MULTIDETECTORES DE 64 CANAIS NA AVALIAÇÃO DO TRATAMENTOENDOVASCULAR DO ANEURISMA DA AORTA ABDOMINAL: COMPARAÇÃODAS FASES ARTERIAL E VENOSA

ROBERTO MORAES BASTOS; ALVARO RAZUK FILHO; ROBERTO BLASBALG;ROBERTO AUGUSTO CAFFARO; WALTER KHEGAN KARAKHANIAN; FERNANDOPINHO ESTEVES; ALESSANDRO CAPPUCCI; DANIEL SEIJI KAWAI; ANTONIO JOSÉ DAROCHA.

SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE SÃO PAULO e FLEURY MEDICINA E SAÚDECONTEXTO: A TC é preconizada como método de escolha no pós-operatório do tratamentoendovascular do AAA. O desenvolvimento da TC multidetectores (TCMD), proporcionandomaior resolução espacial e temporal, permitiu o desenvolvimento das angiotomografias, pas-sando a diagnosticar com maior precisão os vazamentos do meio de contraste. Porém, oaumento significativo da dose de radiação da TCMD, gera discussões a respeito do melhorprotocolo de exame de acordo com o tempo decorrido da cirurgia.OBJETIVO: O objetivo deste estudo foi de comparar as diferenças no diagnóstico dos vaza-mentos (endoleaks) detectados entre a fase arterial e venosa nos controles tomográficos dospacientes submetidos a correção endovascular de aneurisma de aorta abdominal.TIPO DE ESTUDO: ProspectivoLOCAL: Setor de radiologia e de angioradiologia da Faculdade de Medicina da Santa Casade São Paulo e Departamento de Radiologia do Instituto Fleury Medicina e Saúde.AMOSTRA: Avaliamos prospectivamente 30 pacientes submetidos à TCMD 64 canais, noperíodo pós-operatório de 5-29 meses do tratamento endovascular do aneurisma de aortaabdominal.PROCEDIMENTOS: Tomografia multidetectores de 64 canais nos paciente submetidos acorreção endovascular de aneurisma de aorta abdominalVARIÁVEL: Endoleaks detectados durante a fase arterial e venosa durante o controle A to-mográfico.MÉTODO ESTATÍSTICO: Teste exato de Fischer; Mcnenar; teste Wilcoxon; teste AnovaRESULTADOS: Não houve diferença estatística significante no diagnóstico dos vazamentosentre as fases estudadas.CONCLUSÃO: A fase arterial não diagnosticou 33% dos casos de vazamentos potencialmen-te tratáveis, o que poderia manter o paciente sob risco de expansão do aneurisma. A fasevenosa se mostrou mais eficaz no diagnóstico dos vazamentos, além de permitir a medidaexata do nicho do vazamento.DESCRITORES: Aneurisma; Angioplastia; Aneurisma de aortaCOMITÊ DE ÉTICA: Comitê de ética da Faculdade de Medicina da Santa Casa de Misericór-dia de São Paulo.

TLC-03MORBI-MORTALIDADE PRECOCE ASSOCIADA AO TRATAMENTOENDOVASCULAR DE ANEURISMAS DE AORTA ABDOMINAL INFRA-RENAL

ESTEVES, F. P. , RAZUK, Á., MARQUES, C. G., KAWAI, D. S., SIQUEIRA, L., NOVAES, G.S., TELLES, G. J. P., PARK, J. H., FIORANELLI, A., CASTELLI, V., KARAKHANIAN, W. K.,CAFFARO, R. A.,

SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE SÃO PAULO

CONTEXTO: Desde o primeiro relato descrito por Parodi em 1991, o tratamento endovascu-lar dos aneurismas de aorta abdominal infra-renais vem se tornando uma realidade em nossomeio, com estudos demonstrando menor mortalidade cirúrgica mesmo em pacientes de bai-xo risco.OBJETIVO: Analisar as complicações técnicas imediatas e a mortalidade precoce após o tra-tamento endovascular dos aneurismas de aorta abdominal infra-renais em nosso serviçoTIPO DE ESTUDO: estudo retrospectivo de análise de casosLOCAL: Hospital Central da Santa Casa de Misericórdia de São PauloAMOSTRA: 154 pacientes operados entre 2004 e 2008VARIÁVEL: complicações técnicas imediatas (endoleak, embolização/trombose de membro)e mortalidade precoceMÉTODO ESTATÍSTICO: Teste de Mann-Whitney e teste exato de FisherRESULTADOS: A média de idade foi de 71 anos (46 a 91), com predominância do sexo mas-culino em 84%(134 pacientes). As endopróteses utilizadas foram: TALENT em 53,2%(82 ca-sos), Zenith em 24,6%(38 casos), GORE Excluder em 8,4% (13 casos), Appolo em 6,1%(9casos), endologix em 4,5% (7 casos) e Aorfix em 3,2%(5 casos). A presença de endoleak naangiografia de controle imediata foi evidenciada em 36 casos (23,4%), sendo que em 18 ca-sos (11,7%) se tratava de endoleak tipo I ( todos esses sendo tratados no ato do procedimen-to), em 14 casos (9,1%) endoleak tipo II (observação apenas) e em 4 casos (2,6%) endoleaktipo IV (observação apenas). Onze pacientes tiveram complicações isquêmicas de membroinferior secundárias à via de acesso sendo que foram tratados com embolectomia imediata,um foi tratado com endarterectomia e colocação de patch, um foi tratado com endarterecto-mia e anastomose femoro-femoral término-terminal, um foi tratado com enxerto femoro-femo-ral cruzado e 2 casos foram resolvidos apenas com tratamento clínico. Um caso apresentourotura de ilíaca externa na retirada do dispositivo sendo corrigida com enxerto ilíaco-femo-ral. Nove pacientes evoluíram com óbito precoce (até 30 dias) cujas causas foram: IAM (4casos), sepse por pneumonia nosocomial (3 casos), rotura de ilíaca (1caso) e isquemia me-sentérica (1 caso). A idade e sexo dos pacientes não foi fator de risco para o óbito em nossaanálise a as baixas freqüências das complicações descritas quando analisadas de acordocom a prótese utilizada não possibilitou aplicação de teste estatístico.CONCLUSÕES: A correção endovascular dos aneurismas de aorta abdominal é um proce-dimento seguro, com baixa taxa de mortalidade precoce e com complicações imediatas emgeral contornáveis.DESCRITORES: Aneurisma , endoprótese, aorta abdominalFONTES DE FOMENTO: Sem fontes de fomento.COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA: Comitê de ética da Santa Casa de São PauloCONFLITO DE INTERESSES: Sem conflito de interesses.

TLC-04AS COMPLICAÇÕES PÓS-OPERATÓRIAS EM PACIENTES SUBMETIDOS ÀAMPUTAÇÃO MAIOR DA EXTREMIDADE INFERIOR

FRANCISCO CHAVIER VIEIRA BANDEIRA, GUILHERME BENJAMIM BRANDÃO PITTA, FAUSTOMIRANDA JÚNIOR, ALEXANDRE JOSÉ DE LIMA, MARCOS ARANHA FILHO, JOSÉLIA RODRIGUESALMEIDA, NEIDE PESSOA DE ARAÚJO, THACIRA DANTAS DE ALMEIDA, MARCELA GOMESFERNANDES, ERICKSON QUIRINO RAMALHO MOURA, PAULO ROBERTO DA SILVA LIMA E ANDRÉLUIZ CORREIA RAMOS.

Hospital Universitário Lauro Wanderley-UFPB e Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas-UNCISAL.

Contexto: A doença aterosclerótica obliterante periférica é responsável por alto índice de morbimorta-lidade em pacientes submetidos à amputação maior de extremidade inferior.Objetivo: Determinar as complicações pós-operatórias em pacientes submetidos à amputação maiorda extremidade inferior.Tipo de estudo: Estudo de incidência.Local: Hospital Universitário Lauro Wanderley-UFPB, Hospital Unimed e Instituto Hospitalar GeneralEdson Ramalho-João Pessoa-PB.Amostra: Incluídos: pacientes com amputação maior primária ou secundária da extremidade inferiorpor isquemia crítica.Excluídos: pacientes que recusaram o termo de consentimento, não realizaram o Doppler e os semprofilaxia.Variável Primária: As complicações pós-operatórias em amputados da extremidade inferior.Foram estudados 128 pacientes com isquemia crítica do membro inferior tratados com heparina não-fracionada (5000 UI 3xdia) e antibioticoterapia de amplo espectro na internação. Os pacientes perma-neceram hospitalizados por, no mínimo, 7 dias após a amputação, sendo submetidos ao eco-Dopplercolorido de veias, nos segundo e sétimo dias de pós-operatório para rastreamento de trombose veno-sa profunda (TVP). Foram contabilizadas as complicações ocorridas até o trigésimo dia pós-operató-rio.Variáveis secundárias: Hematoma, TVP, infecção do coto, deiscência e óbito pós-operatório.Método estatístico: Os dados gerais foram expressos pela média, mediana e desvio-padrão com IC95% e o teste Qui-quadrado para comparar os grupos com e sem complicações, em relação aos fa-tores de risco e teste exato de Fisher para tabelas 2x2.Resultados:Dos 128 amputados, 52,3%(67/128) foram homens e 47,7%(61/128) mulheres. A idade variou entre44 e 97 anos, média de 69,34 e mediana 70.No pós-operatório 9,4%(12/128) apresentaram TVP. Foi encontrado hematoma em 3,9%(5/128); in-fecção em 16,5%(21/128) e evoluiram com deiscência 2,3%(3/128). O óbito pós-operatório foi de10,2%(13/128). Algumas dessas complicações foram concomitantes em um único paciente.Conclusão:No presente estudo, a incidência de complicações em pacientes isquêmicos submetidos à amputaçãomaior primária ou secundária da extremidade inferior sob profilaxia com heparina e antibioticoterapiafoi de 21,9%.Descritores: 1. Trombose venosa/prevenção& controle 2. Amputação. 3. Isquemia 4.Ultra-SonografiaDoppler em cores 5. Ultra-somFonte de fomento: NenhumComitê de ética e pesquisa: Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital Universitário Lauro Wanderley-UFPB, protocolo 134/2002; Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual de Ciências daSaúde de Alagoas, protocolo 057/2003.Conflito de interesse: Nenhum

J Vasc Bras 2009, Vol.8, Num.2, Supl. Temas Livres Corretatos

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TLC-05INFLUÊNCIA DA SÍNDROME METABÓLICA NO ÍNDICE PRESSÓRICO DEDO DOPÉ/BRAQUIAL EM PACIENTES COM CLAUDICAÇÃO INTERMITENTE

ALEXANDRE ARES, FABIANA DE ALMEIDA PALHARES, MARIA GABRIELA SACRAMONIDE ALMEIDA, NATHÁLIA CERRI, RUY BARBOSA, SYLVIO SEBASTIÃO DE SOUZAJÚNIOR

Orientador: Antônio Augusto Moreira Neto

[Introdução] O índice tornozelo-braquial (ITB) é um método não-invasivo e confiável paraidentificação de doença arterial em pacientes com risco cardiovasculares, mesmo assintomá-ticos. Pacientes diabéticos e com outras doenças que resultam em calcificação das paredesarteriais, podem tornar impossível a compressibilidade da parede arterial para as medidaspressóricas no tornozelo. Nessa situação, a aferição da pressão do hálux nos dá medidasprecisas da pressão sistólica do membro inferior em vasos que tipicamente não apresentamincompressibilidade. [Objetivos] Verificar se a claudicação intermitente possui correlação po-sitiva com a síndrome metabólica a partir do índice dedo do pé/braquial. [Materiais e Méto-dos] Foi realizado um estudo prospectivo no ambulatório do Hospital das Clínicas Luzia dePinho Melo com pacientes que apresentavam claudicação intermitente associada à síndromemetabólica (grupo B) e sem associação com a mesma (grupo A), ambos sem outras comor-bidades, sendo acompanhados durante um ano. Foram mensalmente avaliados com índicesbiométricos para confirmação da síndrome metabólica e medida bimestral do índice do dedodo pé/braquial bem como o índice tornozelo/braquial. Os dados obtidos foram padronizadosem formulário, após o consentimento do paciente. Todos os pacientes permaneceram sobtratamento preconizado pelo Consenso das Sociedades Trans-Atlântico II, para claudicaçãointermitente. [Discussão] Após um ano de coleta de dados, foram selecionados 46 pacientes,excluindo pacientes hipertensos, bem como com ausência de critérios para síndrome me-tabólica; com perda de 16 pacientes (34,5%), que compareceram apenas na primeira con-sulta. Dos 30 pacientes remanescentes, 21 (70%) realizaram 12 consultas, e 9 (30%) entre6 e 10 consultas, sendo distribuídos em 2 grupos: A = 11 pacientes (33,7%), e B = 19 paci-entes (63,3%). No grupo A todos eram tabagistas enquanto no B apenas 7 (36,4%). Todosdoentes do grupo A apresentaram melhora do índice com um aumento entre 0,08 e 0,2, en-quanto no B houve uma queda do ITB em 9 pacientes, sendo 5 deles tabagistas com sín-drome metabólica associada a perda do índice do dedo do pé/braquial, e 4 não tabagistascom estabilidade deste índice. Os outros 10 pacientes do grupo B apresentaram estabilidadede ITB, porém com melhora de 0,08 a 0,13 de índice dedo do pé/braquial. [Conclusão] Con-cluímos que os pacientes com síndrome metabólica associada ao tabagismo não respondemsatisfatoriamente ao tratamento quando comparados com pacientes apenas tabagistas. Con-cluímos ainda que houve uma melhora variável do índice dedo do pé/braquial em pacientescom síndrome metabólica sem associação com outros fatores, uma vez que houve queda ouestabilidade de ITB, sendo portanto, este método mais fidedigno na avaliação de tais pacien-tes.

TLC-06ASSOCIAÇÃO ENTRE O ÍNDICE DE PRESSÃO TORNOZELO-BRAÇO E ASALTERAÇÕES DO METABOLISMO MINERAL E MICROINFLAMÇÃO NOSPACIENTES EM HEMODIÁLISE

MIGUEL, S. J. B., MIGUEL, J. B., MIGUEL, C. M. S., SAMPAIO, E. A., LUGON, J. R.,

UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

Introdução: Valores reduzidos do índice de pressão tornozelo-braço (IPTB) têm-se mostradoum previsor de doenças cardiovasculares e de mortalidade nos pacientes em hemodiálise.Objetivo: Avaliar se as alterações no IPTB estariam associadas aos distúrbios do metabo-lismo mineral, microinflamação e com a presença de doença aterosclerótica difusa nos pa-cientes em hemodiálise. Métodos: Análise transversal para avaliar a relação entre o IPTB eos dados demográficos, clínicos e laboratoriais, incluindo a proteína C reativa de alta sensi-bilidade (PCR). Análise da associação entre IPTB e a média dos valores de cálcio, fósforoe paratormônio (PTH-i) ao longo do tratamento dialítico. As medidas da pressão sistólica notornozelo e no braço para definir o IPTB foram realizadas antes da hemodiálise através dedoppler portátil e manômetro com coluna de mercúrio. Resultados: Foram analisados 478 pa-cientes em regime regular de hemodiálise (3 vezes por semana) há pelo menos 1 ano: 56%homens, 17% diabéticos, mediana da idade e do tempo em diálise de 54 (18 a 75) anos e 59(12 a 427) meses, respectivamente. Os pacientes foram divididos em tercis conforme o valordo IPTB (1° tercil IPTB <0,97, 2° tercil IPTB entre 0,97 e 1,1 e 3° tercil IPTB >1,1). Os pacien-tes com IPTB mais baixo eram mais idosos, com maior prevalência de diabetes, coronariopa-tia, doença cerebrovascular e doença arterial periférica. Os níveis de PCR foram mais altosnos pacientes do 1° tercil. A média do cálcio foi semelhante nos 3 tercis, mas a de fósforo foimais elevada no 3° tercil, enquanto a do paratormônio (PTH-i) foi mais baixa nos pacientesdo 1° tercil. No modelo de regressão logística, apenas a idade, presença de diabetes meli-to e PCR elevada se associaram com IPTB no tercil mais baixo, enquanto que níveis maisbaixos do PTH-i mostraram apenas tendência a essa associação. Conclusões: Não houvecorrelação entre exposição cumulativa a níveis séricos elevados de cálcio e fósforo e o IPTBbaixo. Os pacientes com IPTB mais baixo também tinham PCR mais elevada. Pacientes emhemodiálise com IPTB <0,97 eram mais idosos, com maior prevalência de diabetes melito ecomplicações cardiovasculares.Descritores: metabolismo, diálise renal, insuficiência renal crônicaFontes de fomento: recursos próprios.Comitê de Ética em Pesquisa: CEP- CMM- HUAP número 023/06 ---- 07/04/2006.

TLC-07A DIFERENÇA NA QUALIDADE DE VIDA DE PACIENTES COM DOENÇAVENOSA CRÔNICA LEVE E GRAVE

NOVAIS, R. F. F. , SANTOS, R. F. F. N., PORFÍRIO, G. J. M., PITTA, G. B. B.,

UNCISAL

Contexto: A doença venosa crônica atinge os indivíduos em sua fase mais produtiva da vidaacarretando em dor, perda de mobilidade e afastamento de atividades, podendo interferir,diretamente, na sua qualidade de vida. Seus sintomas clínicos decorrem de um estado dehipertensão venosa, causada por refluxo e/ou obstrução venosa.Objetivo: Determinar a diferença na qualidade de vida de pacientes com doença venosa crô-nica leve e grave.Métodos: Foi realizado um estudo transversal analítico comparativo na unidade de saúde du-rante 8 meses. A amostra foi calculada em 88 pacientes e dividida em dois grupos: Grupo A(CEAP clínico 1, 2 e 3) e Grupo B (CEAP clínico 4, 5 e 6). Foi usado o questionário genéricoSF-36. A análise estatística para verificar se havia diferença foi através do teste t de student,intervalo de confiança de 95% e valor de p<0,05.Resultados: Foram analisados 88 indivíduos, sendo 47 no grupo A e 41 no grupo B. Do to-tal, 85,7% (77) eram mulheres. Com relação à idade, 34% tinham entre 30 e 40 anos. Asalterações subcutâneas (C4) foram os sintomas mais presentes, em 28,4%. Com exceção dodomínio estado geral da saúde, todos os outros mostraram que o grupo B apresenta escoresinferiores comparado ao grupo A.Conclusões: A qualidade de vida dos pacientes com doença venosa crônica leve e grave édiferente, apresentando-se mais afetada de acordo com a gravidade.Palavras-chave: qualidade de vida, varizes, insuficiência venosa.

TLC-08EXPERIÊNCIA NO TRATAMENTO DE ÚLCERAS VENOSAS DOS MEMBROSINFERIORES COM MEMBRANAS DE CELULOSE BACTERIANA POROSAS

SIQUEIRA, J. J. P. , MORESCHI, J. C., YAGUISHITA, N., SIQUEIRA, L. C. D., SIQUEIRA,E. B. D., SIQUEIRA, D. E. D., YAGUISHITA, F.

CICATRIZA - CENTRO INTEGRADO DE PESQUISAS E TRATAMENTO EMCICATRIZAÇÃO – CURITIBA - PARANÁ

Introdução: As úlceras dos membros inferiores acometem 1 a 1,5% da população mundial,sendo que aproximadamente 80 a 90% são de origem venosa. Apresentam tratamento e evo-lução lenta, sendo mais freqüentes no sexo feminino e acometem todas as idades.Objetivos: Demonstrar os resultados obtidos, no período de junho de 2004 a março de 2009,com a utilização de Membranas de Celulose Bacteriana Porosas (MCBP) no tratamento deúlceras venosas de MMII.Métodos: Foram avaliados e tratados 116 pacientes no período de junho de 2004 a marçode 2009, portadores de úlceras venosas dos MMII Aplicou-se o protocolo padrão do serviço,a investigação clínica, avaliação por Eco-Doppler colorido com mapeamento venoso. Foram37 masculino e 79 feminino. As idades variaram entre 24-78 anos. Foram classificados emCEAP V (úlcera cicatrizada) e CEAP VI (úlcera ativa). Totalizou-se 142 úlceras, 86 unilate-rais e 28 bilaterais. Realizou-se desbridamento ambulatorial, limpeza com solução fisiológicaNaCl 0,9%, aplicação da MCBP sobre o leito da lesão (poros 2 a 3 mm de diâmetro), curativosecundário com gazes estéreis e enfaixamento com atadura de crepom do pé até o joelho.Acompanhamento 2x por semana, ambulatorialmente, com a abertura do curativo, limpezalocal com solução fisiológica a 0,9 %, avaliação da necessidade de troca do curativo primárioe secundário. Realizou-se a planimetria das lesões através de método convencional a cada15 dias e o registro fotográfico.Resultados: Os diâmetros das úlceras avaliadas variaram entre 1 e 22 cm. 69 apresentavamdiâmetros abaixo de 5 cm (a cicatrização variou de 06 a 35 dias, com a utilização de 1 ou2MCBP); 42 lesões apresentavam diâmetros entre 5 cm e 10 cm (a cicatrização variou de 17a 62 dias, com a utilização de 2 a 5MCBP); 21 lesões com diâmetros entre 10 cm e 15 cm(a cicatrização ocorreu entre 47 e 102 dias, utilizando-se de 4 a 10MCBP) e 10 lesões comdiâmetros entre 15 e 20 cm (a cicatrização ocorreu entre 93 e 147 dias, com a utilização de6 a 13MCBP). Do total 13 pacientes abandonaram o tratamento, 7 com lesão unilateral e 6com lesão bilateral, totalizando 19 úlceras. Na planimetria, as maiores diferenças evolutivasno processo de cicatrização das feridas ocorreram entre os dias 4 e 16 que antecederamo fechamento completo das úlceras, proporcionalmente ao diâmetro e ao período de cicatri-zação. Observou-se em todos os curativos a facilidade no manuseio e aplicação das mem-branas, no controle macroscópico das lesões e das secreções, a manutenção da umidadefisiológica do leito cicatricial com diminuição da dor e ausência de reações alérgicas nos te-cidos adjacentes à úlcera.Conclusão: As MCBP demonstraram ser uma boa opção para o tratamento das úlceras veno-sas de MMII, proporcionando melhora significativa na qualidade de vida de seus portadorese permitindo o controle do leito da lesão, com diminuição da dor e do tempo de cicatrização.

Temas Livres Corretatos J Vasc Bras 2009, Vol.8, Num.2, Supl.

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TLC-09ESTUDO DA ESTASE VENOSA NO PACIENTE OBESO

JOÃO RICARDO MOREIRA; CRISTIANO NUNES AGUIAR; ANTÔNIO CARLOS DEALENCAR JÚNIOR; IVAN DE BARROS GODOY; WOLFGANG G.W.ZORN; BONNO VANBELLEN

Real e Benemérita Associação Portuguesa de Beneficência de São Paulo-Hospital São Joa-quim.

CONTEXTO: A obesidade mórbida está associada a várias comorbidades, entre elas a es-tase venosa crônica. A cirurgia bariátrica é a única modalidade efetiva de tratamento, porémcom riscos e possibilidade de complicações.OBJETIVO: Determinar a prevalência de sinais clínicos e ultrassonográficos de insuficiênciavenosa crônica no paciente obeso mórbido candidato à cirurgia bariátrica e sua correlaçãocom incidência de trombose venosa profunda e suas complicações pós-operatórias.TIPO DE ESTUDO: Prospectivo.LOCAL: Real e Benemérita Associação Portuguesa de Beneficência de São Paulo-HospitalSão JoaquimAMOSTRA: Entre Março de 2005 e Dezembro de 2007, 95 pacientes candidatos à cirurgiabariátrica foram avaliados clinicamente e através de ultrassonografia duplex scan, sendo que53 se submeteram à cirurgia. Houve predominância de mulheres (77,9%), a idade média erade 38,5 anos, a média de peso pré-operatório 124,6 kg e IMC médio de 45,5 kg/m2.VARIÁVEL:Variável primária : estase venosa.Variável secundária: idade, sexo, IMC.MÉTODO ESTATÍSTICO: Para análise estatística foi utilizado o teste exato de Fischer, o qui-quadrado para independência, igualdade de duas proporções e o de Mann-Whitney. Na com-plementação das análises descritivas quantitativas, fizemos uso da técnica de Intervalo deConfiança para média. O nível de significância utilizado foi de 0,05 (5%) e os intervalos deconfiança construídos com 95% de confiança estatística.RESULTADO: Em relação à avaliação venosa clínica, 86,3% dos pacientes tinham CEAPmenor que 3 e 13,7% maior ou igual a 3. Dentre as complicações pós-operatórias, houve 4casos de infecção de ferida. Não houve nenhum caso de trombose venosa e embolia pulmo-nar no pós-operatórioCONCLUSÃO: Apesar da fisiopalogia da estase venosa no paciente obeso mórbido, não en-contramos relação entre índice de massa corpórea, classificação CEAP e achados ultras-sonográficos. Não tivemos nenhum caso de tromboembolismo venoso no pós-operatório decirurgia bariátrica sugerindo eficácia no esquema de profilaxia (deambulação precoce, meiaelástica compressiva no pós-operatório imediato e administração de Enoxaparina 40 mg 12/12hs durante a internação).DESCRITORES: estase venosa – obesidade – cirurgia bariátrica – tromboembolismo veno-so.FONTES DE FOMENTO: Nenhuma.COMITÊ DE ÉTICA E PESQUISA: Comite de ética e pesquisa da Real e Benemérita Associ-ação Portuguesa de Beneficência de São Paulo-Hospital São Joaquim. Número:295/2005CONFLITO DE INTERESSES: Nenhum.

TLC-10ANÁLISE DE FATORES DE RISCO RELACIONADOS A HIPOTENSÃO APÓSANGIOPLASTIA CAROTÍDEA COM MOLDE TRANSLUMINAL (STENT).

SIQUEIRA, G. L. G. , RAZUK, Á., KARAKHANIAN, W. K., FIORANELLI, A., BARBOSA, R. N.,TENGAN, F. M., GURGEL, C. S., KAWAI, D. S., NOVAES, G. S., FIORANELLI, A., TELLES,G. J. P., PARK, J. H., CASTELLI JR, V., CAFFARO, R. A.,

INSTITUIÇÃO DE CIÊNCIAS MÉDICAS DA SANTA CASA DE SÃO PAULO

Contexto: Após o fato de que grandes estudos randomizados (NASCET, ACAS e ESCT) pu-blicaram seus resultados a favor da intervenção carotídea como prevenção ao acidente vas-cular encefálico, o mundo vem assistindo a uma mudança e avanço nos procedimentos. Aangioplastia de carótida tem uma taxa global de AVE e óbito de ate 5,8% na maioria dosestudos, havendo em algumas series descrição de hipotensão trans e pós-procedimento, tra-zendo grande risco cardiovascular já que esses pacientes em sua maioria possuem váriosfatores para evento cardíaco.Objetivo: Analisar os principais fatores de risco para hipotensão trans e pós-angioplastia ca-rotídea.Tipo de estudo: Estudo retrospectivo por analise de prontuário e dos procedimentos.Local: setor de angiorradiologia do departamento de cirurgia vascularAmostra: 214 pacientes submetidos a angioplastia carotídea com stent no período de janeirode 2006 a janeiro de 2009.Variáveis: idade, hipertensão arterial sistêmica (HAS), balonamento com diâmetro de 6mm,uso de atropina e tipo de stent.Metodo estatístico: Para comparar as variáveis foi utilizado o Teste Exato de Fisher, com umnível de significância de 95% ( p <=0,05).Resultados: O índice de hipotensão foi de 13% em nossa série, sendo que idade maior que75 anos (32% dos pacientes) foi fator estatisticamente significante relacionado a hipotensão,com 21% dos pacientes maiores que 75 anos evoluindo com hipotensão contra somente 9%de hipotensão nos pacientes com menos de 75 anos ( p = 0,0204). Outro fator estatistica-mente significante foi o uso de stent de nitinol, já que 26,8% dos pacientes que evoluíramcom hipotensão usaram tal stent, contra somente 7,2% dos pacientes que não o utilizaram (p=0,0002). Não houve relação estatisticamente significante entre uso de balão de 6mm du-rante o procedimento, nem associação com atropina ou hipertensão.Conclusão: O uso de stent de nitinol e idade avançada ( mais que 75 anos) está associado ahipotensão pós-operatória, podendo ter relação com a força radial do stent.Descritores: estenose das carótidas, angioplastia, acidente cerebral vascular.Comitê de ética: Comitê de Ética da Faculdade de Ciências Médicas.

TLC-11ANÁLISE DOS RESULTADOS CLÍNICO-ULTRASSONOGRÁFICOS SEGUNDO ATÉCNICA DE ENDARTERECTOMIA DE CARÓTIDA: TÉCNICA CLÁSSICAVERSUS TÉCNICA DE SEMI-EVERSÃO

OLIVEIRA, G. P. , MENEZES, F. H., GUILLAUMON, A. T., CAMARGO, T. C. H., FRANÇA,R. P., MOLINARI, G. J. D. P., PELISER, T., FREIRE, J. F., BIASI, G. G., JACOBSEN, O. B.,REIGADA, C. P. H., OLIVEIRA, A. M.,

DISCIPLINA DE MOLÉSTIAS VASCULARES PERIFÉRICAS. UNIVERSIDADE ESTADUALDE CAMPINAS - UNICAMPA partir dos anos 60, a endarterectomia carotídea ganhou popularidade entre os cirurgiões.A técnica então difundida e plenamente aceita pela comunidade médica foi a técnica de en-darterectomia aberta ou clássica, com fechamento primário ou com o uso de remendo. Outratécnica bastante difundida é a da eversão, com o atrativo de que seria tecnicamente maissimples e proporcionaria menor incidência de estenose recorrente. No entanto, uma outraalternativa técnica, variante da endarterectomia aberta, está relatada nos textos de técnicacirúrgica, mas não nos trabalhos científicos sobre a endarterectomia de carótida, sendo ado-tada claramente pelo grupo francês de Thévenet e pelo grupo americano de Effeney & Sto-ney. O objetivo do presente estudo é comparar duas das técnicas de endarterectomia carotí-dea (clássica e de semi-eversão), avaliando diferenças quanto ao tempo de clampeamentodurante a cirurgia, eventos vasculares cerebrais peri-operatórios e graus de re-estenose porcritério ultrassonográfico após dois anos da cirurgia. Trata-se de um estudo retrospectivo noqual foram analisados 143 casos de carótidas operadas no período de 2003 a 2008, segundoa preferência do cirurgião, sendo 43 pela técnica aberta e 99 pela técnica de semi-eversão.Foram coletados, através de revisão de prontuários, dados demográficos, tempos de clam-peamento carotídeo, ocorrências de eventos vasculares cerebrais no peri-operatório e ocor-rências de re-estenose naqueles pacientes que conseguiram seguimento pós-operatório comUS Doppler. A análise estatística utilizou os testes de Chi-quadrado, Fisher e t de Student, apartir de tabulação realizada pelo programa Epi Info 6, adotando nível de significância de p=5%. Os grupos de pacientes submetidos a uma e outra técnica foram semelhantes entre siquanto aos fatores de risco para doença aterosclerótica. O tempo médio de clampeamentocarotídeo foi de 17, 8 min na técnica de semi-eversão e de 29,8 min na técnica clássica, di-ferença estatisticamente significativa. Ocorreram cinco eventos isquêmicos peri-operatórios,sendo quatro com a técnica aberta. O percentual de re-estenoses ao final de dois anos de se-guimento foi semelhante. Dessa forma, pode-se dizer que a técnica de semi-eversão implicaem um menor tempo de privação sanguínea durante a cirurgia, com resultados clínico-ultras-sonográficos animadores. A técnica parece ser uma alternativa viável e segura no tratamentocirúrgico da doença carotídea.

TLC-12ANÁLISE MORFOMÉTRICA DA CARÓTIDA DE SUÍNOS SUBMETIDOS ÀANGIOPLASTIA COM IMPLANTE DE STENT DE CROMO - COBALTO.

ELESBÃO, J. L. L., GRÜDTNER, M. A., PEREIRA, A. H.,

HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALEGRE E HOSPITAL GERAL DE PORTO ALEGRE

OBJETIVO: analisar, por meio de morfometria digital, a reação intimal presente na artériacarótida de suínos submetidos à angioplastia isoladamente e à angioplastia seguida de im-plante de stent de cromo - cobalto.MATERIAIS E MÉTODOS: em oito suínos sadios foi realizada a angioplastia isolada da arté-ria carótida comum (ACC) direita e angioplastia com implante de um stent de cromo – cobaltoexpansível por balão na artéria carótida comum esquerda. Após período de quatro semanasos animais foram submetidos à eutanásia para a retirada de amostras de tecido arterial e pre-paro de lâminas histológicas divididas do seguinte modo: grupo 1, segmento médio da artériacarótida comum direita (angioplastia isolada); grupo 2, segmento médio da artéria carótidacomum esquerda em localização “intra stent”. As imagens das lâminas foram digitalizadas eanalisadas por programa de morfometria digital com cálculo da área luminal, área da cama-da íntima e área da camada média dos cortes histológicos. A análise estatística foi realizadaatravés da média e desvio padrão das áreas em cada grupo, utilizando-se Teste t de Student.O valor de p<0,05 foi considerado significativo.RESULTADOS: na análise das médias das áreas obtidas, foi encontrada uma diferença es-tatisticamente significativa quando realizada a comparação entre a área do lúmen (5,841 x106 X 1,287 x 106), da lâmina elástica interna (6,566 x 106 X 1,287 x 106) e lâmina elásticaexterna (9,832 x 106 X 4,559 x 106) dos dois grupos (STENT X ACTP, medidas em microme-tros quadrados). Não se observou diferença significativa do ponto de vista estatístico quandorealizou-se a comparação entre as camadas médias dos dois grupos (3,266 x 106 X 3,271 x106).CONCLUSÃO: o implante de stent de cromo-cobalto expansível por balão na ACC do suínogerou um espessamento intimal maior do que aquele produzido apenas pela angioplastia,porém este não foi suficiente para afetar o lúmen arterial.

J Vasc Bras 2009, Vol.8, Num.2, Supl. Temas Livres Corretatos

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TLC-13MODELO CIENTÍFICO PARA ESTUDO COMPARATIVO DE TRATAMENTOS DETELANGIECTASIAS

FRANCISCHELLI, M. , LUCCAS, G. C., POTÉRIO, J., SILVA, R. B., FRANCISCHELLI, C. T.,

HOSPITAL DE ENSINO DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE LIMEIRA E CLÍNICANATURALE-SÃO PAULO

Objetivo: Não há método científico para comparar técnicas de tratamento da telangiectasias(TELs).Delineamos método científico randomizado,cego e prospectivo,que permite con-clusões.Material e Método:Utilizados 20 voluntários e definidos no mesmo paciente Setor I(coxa D e perna E- 7 áreas) e Setor II(coxa E e perna D-7 áreas ),total estudado:280 áre-as.Aplicados volumes iguais de esclerosante com uma técnica em cada setor,randomizado.Adose padronizada é chamada “teste”.Em uma sessão são feitos vários “testes”,em númeroigual para cada área.Com fotografias padronizadas antes/depois é obtido a Quantidade deTELs Inicial e Final por média de 5 observadores neutros.A comparação é obtida com o nú-mero de testes necessários para obter clareamento,existência de dor e complicações.Dife-renças na quantidade inicial entre setores, se refletem no clareamento e são corrigidas esta-tisticamente.Incluídos Ca1EpAs1Pr,excluídos pacientes com distribuição pouco homogêneadas TELs.Resultados:Diversas Variáveis determinam erros e influenciam resultados nos tra-tamentos de TELs,Tipo-1- entre pacientes,Tipo 2- no próprio paciente,Tipo 3- do examinador.Tipo 1: gestações,uso de anticoncepcional,tempo de uso de antic. ,alterações hormonais, tra-tamentos escleroterápicos anteriores, tratamentos de varizes anteriores, ortostatismo,exercí-cios,idade,estágio da doença venosa crônica, peso,hereditariedade,diferentes sensibilidadesaos tratamentos,quantidade e distribuição das TELs, e a presença de padrões diversos deveias ou artérias nutridoras.Tipo 2: tratamentos cirúrgicos de varizes anteriores se realizadosunilaterais,assimetria na manifestação da doença venosa crônica, quantidade e distribuiçãodas TELs, e a presença de veias ou artérias nutridoras,presença assimétrica de SVIS e per-furantes.Tipo 3,diferentes critérios na realização e conclusão do tratamento e na identificaçãode áreas para comparação.Discussão:A multiplicidade de apresentações das TELs se tor-na mais homogênea quando grandes setores são consideradas para comparação.O fato doresultado completo do tratamento ser analisado (14 áreas por paciente,280 áreas no total)vem de encontro ao desejável que é a eliminação completa das TELs.A determinação porobservadores neutros da Quantidade de TELs Inicial e Final em cada setor elimina a subjeti-vidade do aplicador,permitindo conclusões isentas.Utilizar o mesmo paciente como grupo depesquisa e grupo controle elimina a maioria das variáveis e viabiliza o estudo com um pe-queno grupo (20) .Conclusão:O Método de estudo com voluntários, comparação no mesmopaciente ,com observadores neutros eliminou ou minimizou a maioria das variáveis e permi-te conclusões, de forma cega,prospectiva e randomizada.Pode ser adaptado e aplicado comdiversas técnicas e oferecer informações objetivas sobre a melhor alternativa de tratamento.

TLC-14EXPERIÊNCIA NO TRATAMENTO DAS TELANGIECTASIAS DA FACE COMLASERSIQUEIRA, J. J. P., BADIN, A. Z. D., ABAGGE, K. T., SIQUEIRA, L. C. D., SIQUEIRA, E. B. D.,SIQUEIRA, D. E. D.,

INTRALASER- INSTITUTO DE TRATAMENTO A LASER – CURITIBA, PARANÁ

Introdução: Telangiectasias são dilatações anormais e permanentes de vasos sanguíneos com diâ-metro máximo de 2 mm, lineares e sinuosas, formando emaranhados de aspecto aracneiforme ouretiforme. Normalmente representam um problema cosmético e raramente sangram. As opções detratamento são diversas e a escolha do melhor método depende da criteriosa seleção de pacientes,do domínio das tecnologias disponíveis e do bom senso nas indicações, garantindo resultados satis-fatórios.Objetivos: Demonstrar a experiência de um Centro de Referência no sul do Brasil, com a utilizaçãode aparelhos emissores de LASER (Light Amplification by Stimulated Emision of Radiation) no trata-mento de telangiectasias de face, no período de fevereiro de 1997 a fevereiro de 2009.Métodos: Foram avaliados 2.349 pacientes portadores de telangiectasias da face, no período de feve-reiro de 1997 a fevereiro de 2009, quanto ao sexo, idade, características das telangiectasias, númerode sessões realizadas e complicações após o tratamento. Todos os procedimentos foram realiza-dos por médicos treinados e habilitados a manusear os aparelhos de longo-pulso verde Nd-Yag comHELP-G (High Energy Long Pulse – Green) de comprimento de onda de 532 nm e Nd-Yag de 1064nm, registrados na ANVISA-Ministério da Saúde. Os pacientes foram informados sobre os cuidadoscom os tratamentos e anuência no Termo de Responsabilidade do procedimento, além de documen-tação fotográfica tradicional. Foram utilizados como critérios de exclusão a predisposição à formaçãode cicatrizes hipertróficas, quelóides, hipo ou hiperpigmentação da pele, fragilidade capilar e púrpura.Dentre os cuidados após as aplicações foram orientadas a utilização de compressas úmidas gela-das nas primeiras vinte e quatro horas, a proibição do contacto direto com os raios solares, o uso defiltro-solar químico, além da proteção física. Realizaram-se avaliações periódicas e seqüenciais até 6meses pós-procedimento.Resultados: 1.867 pacientes do sexo feminino e 482 do sexo masculino, 318 tinham entre 10 e 20anos, 756 pacientes entre 20 e 40 anos e 1.275 pacientes acima de 40 anos. O número de sessõesnecessárias para o tratamento de cada paciente variou de uma a cinco sessões, em média três ses-sões. Indicados conforme a quantidade, diâmetro e localização dos vasos. Em nenhum caso houvea necessidade de anestesia. Em todos os procedimentos foi considerado como end-point (tratamen-to eficiente) o desaparecimento total do vaso, a trombose intravascular demonstrando ausência defluxo. A recuperação rápida com o aparecimento de eritema, hiperemia e leve edema local, os quaiscederam após quarenta e oito horas. As lesões bolhosas foram raras bem como a hipo ou hiperpig-mentação e cicatrizes. Obteve-se resolução acima de noventa por cento dos casos coincidindo comas estatísticas de outros Centros de Referência em LASER.Conclusão: A utilização de aparelhos emissores de LASER, com os comprimentos de onda de 532nm e 1064 nm no Instituto de Tratamento a Laser, obteve resultados comparáveis aos descritos na li-teratura, demonstrando assim, que o LASER constitui uma excelente opção de tratamento nos vasosde face.

TLC-15AVALIAÇÃO ULTRASSONOGRÁFICA DO SISTEMA VENOSO PROFUNDOAPÓS ESCLEROTERAPIA COM ESPUMA DE POLIDOCANOL EM PACIENTESCOM INSUFICIÊNCIA VENOSA CRÔNICADIAS, M. C. C. P. O. , CÔRREA, J. A., HIGUTCHI, C., FIORETTI, A. C., KAFEJIAN-HADDAD, A. P.,CARDELINO, B. O., CENTOFANTI, G., KAFEJIAN, O.,

FACULDADE DE MEDICINA DO ABC - HOSPITAL DE ENSINO PADRE ANCHIETA

Objetivo: Avaliar o sistema venoso profundo de pacientes com insuficiência venosa crônica, submeti-dos a tratamento escleroterápico com espuma de polidocanol.Tipo de estudo e local: Estudo clínico observacional realizado no ambulatório de Cirurgia Vascular doHospital de Ensino Padre Anchieta, em São Bernardo do Campo, vinculado a Faculdade de Medicinado ABCMétodos: Foram tratados 39 membros de 30 pacientes com insuficiência venosa crônica. Todos apre-sentavam sistema venoso profundo normal na avaliação ultrassonográfica prévia e história negati-va para trombose venosa profunda e trombofilias. Eram 18 (60%) mulheres e 12 (40%) homens. Osmembros tratados dividiam-se de acordo com a classificação CEAP em 11 (28%) CEAP 6, 12 (30%)CEAP 5, 12 (30%) CEAP 4 e 4 (10%) CEAP 3.Realizada escleroterapia com espuma guiada por ultrassom em regime ambulatorial. Utilizada espu-ma de polidocanol 3% produzida na proporção 1: 4 (polidocanol:ar) por sistema de dupla seringa (téc-nica de Tessari). Foram realizadas uma média de 1,3 sessões por membro e um volume médio deespuma de 10 ml por sessão. Realizado controle ultrassonográfico com doppler após 7 dias da apli-cação para avaliar sistema venoso profundo.Resultados: Em 3 (7,6%) membros foi detectada oclusão das veias tibiais posteriores e 1 (2,5%) dasveias fibulares, ao doppler controle em 7 dias. Em 1 (2,5%) membro foi detectado trombo flutuante najunção safeno femoral se extendendo para veia femoral comum. Houve 1 (2,5%) caso de oclusão daveia poplítea.Houve portanto um total de 6 (15,3%) de trombose venosa profunda, sendo que 4 (10,2%) foramtromboses distais.Nenhum destes pacientes apresentou sintomatologia ou quadro clínico de embolia pulmonar ou trom-bose venosa profunda.Discussão: A escleroterapia com espuma de polidocanol está se tornando uma opção para o trata-mento da doença venosa crônica em pacientes que não se adequam ao tratamento cirúrgico con-vencional e apresentam insuficiência venosa sintomática. São descritas em literatura complicaçõesrelacionadas à técnica, principalmente em casos em que se utiliza volumes maiores de espuma es-clerosante. Em geral, as complicações mais freqüentes são hiperpigmentação, flebites, hematomas,sintomas visuais e cefaléia. Sabe-se que a persistência do forame oval contraindica o procedimento.Não há consenso em literatura sobre o impacto da espuma sobre o sistema venoso profundo, poréma trombose venosa profunda e a embolia pulmonar são as complicações mais temidas. Em nossacasuística obtivemos 6 casos de acometimento do sistema profundo (15,3% dos membros tratados)porém não houve repercussão clínica em nenhum dos casos. Na literatura encontram-se relatos deaté 5% de trombose venosa profunda após escleroterapia e até 3% de tromboembolismo pulmonar.Há descrições de até 18% de trombose venosa profunda distal, o que é compatível com nossos re-sultados. São necessários mais estudos direcionados à presença de complicações tromboembólicasapós escleroterapia com espuma e sua repercussão a longo prazo no sistema venoso profundo.Não há conflitos de interesse no presente estudo.

TLC-16USO DA TERMOGRAFIA DIGITAL POR RAIOS INFRAVERMELHOS NAAVALIAÇÃO DE DORES DE ETIOLOGIA VENOSA NOS MEMBROSINFERIORES.FREITAS, M. A. S., BRIOSCHI, M. L., JULIÃO, M. C. C., JURADO, S. R.,

CENTRO DE TERMOLOGIA CLÍNICA ETHOS/INFRAREDMED

CONTEXTO: A doença no território venoso é uma das mais prevalentes e mais incidentes do sistemavascular periférico, entretanto, nos estágios iniciais da doença pode haver dificuldades para o corretodiagnóstico ou mesmo para a diferenciação de outras entidades mórbidas dos membros inferiores,particularmente as doenças inflamatórias e músculo-esqueléticas. Particularidades fenotípicas comopele escura, obesidade, cicatrizes de cirurgias prévias podem ainda trazer dificuldades adicionais aoexame clínico bem como para uma correta quantificação da extensão da doença pela ecografia vas-cular colorida. Na natureza, todos os corpos que produzem algum grau de calor emitem raios infra-vermelhos. Nas duas últimas décadas a tecnologia de captura da radiação infravermelha foi muitodesenvolvida e permitiu que a mesma tivesse aplicação direta na área médica, com utilização prefe-rencial nas doenças das mamas, neurológicas e ósteo-articulares. Com ajustes tornaram-se especí-ficos para os diagnósticos precoces e diferenciais nas dores de membros inferiores, particularmentenaqueles onde ocorrem doenças venosas.OBJETIVO: Apresentar uma nova metodologia de avaliação complementar do sistema venoso super-ficial por meio da captura e processamento da radiação infravermelha emitida pelos membros inferio-res.TIPO DE ESTUDO: Estudo de casos, prospectivo, não randomizado.LOCAL: Intituição privada, em regime ambulatorial.AMOSTRA: Foram examinados 24 (vinte e quatro) pacientes que apresentavam sintomas álgicos im-portantes em membros inferiores, sem a visualização de varizes à inspeção primária. Foram excluí-dos deste estudo os pacientes com antecedentes de trauma recente, infecções ativas, varizes de mé-dio ou grande calibre visíveis ou estigmas importantes de insuficiência venosa crônica (ClassificaçãoCEAP C3 ou maior).VARIÁVEIS: Foram avaliadas a presença e a extensão de doença venosa superficial (varizes), bemcomo a de doenças associadas detectáveis pelo método. Todos os pacientes foram examinadostambém com ecografia vascular colorida (padrão ouro). Posteriormente, os pacientes receberam paraavaliação as imagens dos seus próprios exames e os mesmos foram inquiridos se identificavam qualo tipo de doença que estes representavam, com resposta livre.RESULTADOS: Foram confirmadas pela ecografia vascular colorida todas as áreas de varizes ob-servadas pela termografia digital por infravermelhos. Dos pacientes avaliados, ao ser pesquisada apresença ou não de doença venosa, 22 (vinte e dois) apresentavam varizes de membros inferioresdetectáveis ao método e apenas 02 (dois) apresentavam patologia músculo-esquelética exclusiva(p<0,05), sem a visualização de varizes. O reconhecimento de varizes nas imagens dos exames pes-soais apresentados aos próprios pacientes foi significativamente maior (p< 0,05) quando mostradasas termografias digitais (n=21) do que as ecografias vasculares coloridas (n=12).CONCLUSÕES: A termografia digital por infravermelhos é um método útil para a avaliação de sinto-mas álgicos nos membros inferiores, permitindo diagnosticar a presença e a extensão de varizes nosmesmos, bem como facilitar a compreensão da doença pelos seus portadores.

Temas Livres Corretatos J Vasc Bras 2009, Vol.8, Num.2, Supl.

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TLC-17RELIGIÃO, OCUPAÇÃO, SEXO, ESTADO CIVIL E QUALIDADE DE VIDA NOSPACIENTES COM ÚLCERA VENOSA CRÔNICA

GODOY, J. M. P. , NOGUEIRA, G. S., ZANIN, C. R., MIYAZAKI, M. C. O.,

SERVIÇO DE ANGIOLOGIA E CIRURGIA VASCULAR DA FACULDADE DE MEDICINA DESÃO JOSE DO RIO PRETO-SP-FAMER

CONTEXTO: Em muitos aspectos, o sistema venoso é mais complexo que o sistema arteriale uma compreensão completa da anatomia venosa, fisiopatologia para o diagnostico da do-ença venosa crônica. Por outro lado as seqüelas afetam negativamente a qualidade de vida.OBJETIVO: O objetivo deste estudo foi medir a qualidade de vida dos pacientes portadoresde úlcera venosa e identificar fatores sociodemográficos associados. TIPO DE ESTUDO: Ob-servacional, transversal e quantitativo. LOCAL: Serviço de Cirurgia Vascular da Faculdade deMedicina de São Jose do Rio Preto São Jose do Rio Preto-FAMERP. AMOSTRA: Participa-ram 30 paciente, sendo vinte e um (70%) do sexo feminino e 9 (30%) do masculino, com ida-de entre 46-72 anos (média de 56,5). Critério de inclusão ulcera venosa crônica e exclusãonão portadora de ulceras venosa e aqueles que recusaram a participar. PROCEDIMENTO:Após consentimento dos participantes, foram coletados dados sociodemográficos e aplicadoo questionário SF-36. ANÁLISE ESTATÍSTICA: Para análise estatística foram feito os testesde mediana de Mood e correlação de Sperman. RESULTADOS: Há alterações na qualidadede vida destes pacientes e os fatores socieconomicos avaliados interferiram na qualidade devida. A capacidade funcional, aspecto físico, dor, vitalidade e aspecto social são melhores nohomem casado em relação ao solteiro ou separado. O aspecto social é melhor nas pesso-as ativas, e a capacidade funcional na religião não católica. CONCLUSÃO: Pacientes comúlcera venosa afeta a qualidade de vida e dados socioeconômicos como sexo, estado civil,ocupação e religião podem interferir na qualidade de vida.DeCS: qualidade de vida, úlcera venosa, dados sociodemográficos.COMITE DE ETICA EM PESQUISA: aprovadoCONFLITO DE INTERESSES: Os autores declaram que não há conflito de interesses.

TLC-18EDEMA DO MEMBRO INFERIOR SECUNDÁRIO A EXÉRESE DE VEIA SAFENAMAGNA PARA UTILIZAÇÃO COMO ENXERTO NA REVASCULARIZAÇÃO DOMIOCÁRDIO

BERNARDI, W. H. , BELCZAK, C. E. Q., GODOY, J. M. P., RAMOS, R. N., TYSZKA, A. L.,BELCZAK, S. Q., CAFFARO, R. A.,

FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DA SANTA CASA DE SP - DISCIPLINA DECIRURGIA VASCULAR E ENDOVASCULAR

CONTEXTO: A revascularização do miocárdiio utilizando-se a veia safena magna ainda éprocedimento cirúrgico bastante realizado na atualidade. O edema que surge no membro in-ferior operado causa grande desconforto e necessita ser melhor estudado.OBJETIVOS: Caractereizar o edema de membro inferior secundário á exérese da veia safe-na magna pela técnica de incisões escalonadas para sua utilização como enxerto venoso narevascularização do miocárdio.MÉTODOS: Foram selecionados aleatoriamente 44 indivíduos submetidos a exérese de veiasafena magna para revascularização miocárdica há mais de 3 meses. Excluíram-se fatoresque pudessem interferir na formação de edema dos membros inferiores. Foram avaliados porvolumetria e perimetria maleolares ambos os membros inferiores. Considerou-se como pre-sença de edema significativo a diferença de volume maior que 50 ml e maior de 2 cm emrelação ao membro não operado. Para a análise estatística foram empregados o teste doqui-quadrado, teste exato de Fisher, teste t de Student e o teste de McNemar. O nível de sig-nificância adotado foi de 5% (p=0,05).RESULTADOS: Encontraram-se diferenças estatisticamente significativas (p<0,05) entre osmembros operados e os não operados, sendo 56,8% com volume maior que 50 ml e 31,9%com perímetro maleolar maior que 2 cm. Não se encontrou associação entre a presença doedema e características da amostra ou da cirurgia e de intercorrêwncias clínicas perioperató-rias ou tardias.CONCLUSÕES: Pacientes submetidos a ressecções de veia safena magna para sua utili-zação como ponte coronariana poderão apresentar edema no membro associado.

TLC-19ENDOLASER GUIADO COM ULTRASSOM PARA TRATAMENTO DAINSUFICIÊNCIA DE VENOSA DOS MEMBROS INFERIORES.

NESER, R. A. , CAFFARO, R. A.,

IRMANDADE DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE SÃO PAULO / INSTITUTO PRÓ-VASCULAR

Objetivos: Tradicionalmente a insuficiência da safena é tratada com a fleboextração, que ape-sar de consagrada, está relacionada com graus variados de morbidade pós-operatória. Alémdisso, tratamentos incompletos, sobretudo da safena parva não são infrequentes. A modali-dade da cirurgia minimamente invasiva com a utilização do laser, desde sua descrição em1999 por Boné, vem sendo aprimorada e cada vez mais utilizada para o tratamento da insu-ficiência da safena. O objetivo deste trabalho é avaliar os resultados e as complicações dotratamento endoluminal com laser na insuficiência venosa crônica dos membros inferiores.Material e métodos: Cento e vinte e três safenas (magna ou parva) foram tratadas em oi-tenta e quatro pacientes, através de laser endovenoso para correção de varizes dos mem-bros inferiores. O laser utilizado foi o laser de diodo 980nm, aplicado através de fibra ópticade 400 ou 600µm. A via de acesso foi realizada preferencialmente apenas punções veno-sas guiadas com ultrassom, sem ligadura da croça da safena. O tratamento foi indicado pa-ra pacientes portadores de varizes superficiais dos membros inferiores com insuficiência desafena sintomática. Em dois pacientes, o procedimento foi realizado apenas com anestesialocal e sedação. Todos os pacientes foram acompanhados prospectivamente, sendo indica-do ultrassom-Doppler controle após 1 semana, 1 mês e a cada 3 meses. Foram analisadosos resultados, complicações e desconforto pós-tratamento. O seguimento variou de um a 20meses.Resultados: Das cento e vinte e três veias tratadas, 9 (7,31%) apresentaram recanalizaçãoparcial. Catorze pacientes apresentaram parestesia nos pés em território correspondente aonervo safeno. O tempo médio de retorno às atividades habituais foi de 10 dias (3 a 20 dias).Houve um caso com TVP assintomática pós-operatória e 2 trombos próximos à veia femoral,tratados conservadoramente. O resultado foi considerado satisfatório em 92% dos casos noperíodo de seguimento considerado.Conclusão: O tratamento endoluminal da insuficiência de safena com laser é uma opção me-nos invasiva que a fleboextração, sendo bem tolerada e com baixos índices de complicação.Embora estudos mais longos e randomizados sejam necessários para avaliar os resultadosa longo prazo, esta modalidade de tratamento pode ser uma opção útil sobretudo nos paci-entes com poucas tributárias insuficientes, onde o procedimento pode ser realizado inclusivecom anestesia local e sem incisões.

TLC-20AVALIAÇÃO ELETRONEUROMIOGRÁFICA DA LESÃO DO NERVO SAFENOAPÓS FLEBOEXTRAÇÃO DA VEIA SAFENA MAGNA: ESTUDO COMPARATIVODA FLEBOEXTRAÇÃO CRÂNIO-PODÁLICA E PODO-CRANIAL

ESTEVES, F. P. , SIQUEIRA, G. L., TELLES, G. J. P., CATALDO, B., CASTELLI, V., RAZUK,Á., CAFFARO, R. A.,

SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE SÃO PAULO

CONTEXTO: Uma das complicações mais comuns da fleboextração da veia safena magnaé a lesão do nervo safeno. Apesar da fleboextracão crânio-podálica ser a mais empregada,não se sabe se existe diferença na incidência da lesão de nervo safeno quando se empregaa fleboextração crânio-podálica ou podocranial.OBJETIVO: Estudar comparativamente e de modo prospectivo e randomizado, a incidênciada lesão do nervo safeno nas cirurgias de varizes de membros inferiores após a fleboex-tração da veia safeno magna, tanto no sentido crânio-podálico como no sentido podo-cranial,através de avaliação clínica e eletroneuromiografia pré e pós-operatória.TIPO DE ESTUDO: estudo prospectivo simples-cegoLOCAL: Hospital Central da Santa Casa de Misericórdia de São PauloAMOSTRA: Pacientes com varizes de membros inferiores com indicação de fleboextração desafena magna do ambulatório de insuficiência venosa crônica da Santa Casa de São PauloPROCEDIMENTOS: realização de eletroneuromiografia pré e pós-operatória com randomi-zação dos pacientes para serem submetidos a safenectomia crânio-podálica ou podo-cranial.VARIÁVEL: parestesia pós-operatória e lesão do nervo safenoMÉTODO ESTATÍSTICO: Teste Exato de Fisher: p < 0,05.RESULTADOS: Foram realizadas 35 safenectomias em 22 pacientes sendo que no ato doenvio deste tema livre já contávamos com 24 procedimentos realizados em 17 pacientes on-de já se dispunha de eletroneuromiografia pré e pós-operatória. Das 24 safenectomias ana-lisadas, 18 foram realizadas com fleboextração crânio-podálica e 6 casos foram realizadoscom fleboextração podo-cranial. No grupo submetido a fleboextração crânio-podálica, 6 paci-entes (33%) evoluíram com queixa de parestesia, sendo essa confirmada pelo estudo eletro-neuromiográfico em 5 casos(27%). No grupo submetido a fleboextração podo-cranial, 2 paci-entes (33%) apresentaram tanto queixa de parestesia no pós-operatório quanto lesão nervo-sa confirmada à eletroneuromiografia. Não houve diferença estatística entre os grupos nessaavaliação inicial.CONCLUSÕES: Pudemos concluir com essa fase inicial do estudo que não há diferença es-tatística entre a fleboextração crânio-podálica e podo-cranial no tocante à lesão do nervo sa-feno, sendo que o estudo ainda necessita de mais pacientes para uma melhor análise dosresultados.DESCRITORES: lesão de nervo safeno, fleboextração, varizesFONTES DE FOMENTO: Sem fontes de fomento.COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA: Comitê de ética da Santa Casa de São PauloCONFLITO DE INTERESSES: Sem conflito de interesses.

J Vasc Bras 2009, Vol.8, Num.2, Supl. Temas Livres Corretatos

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TLC-21ESCORE VENOSO SUPERFICIAL 9-1: CLASSIFICAÇÃO PARA AUXILIARPROCEDIMENTOS ESTÉTICOS VENOSOS NOS MEMBROS INFERIORES

KIKUCHI R, DUARTE FH, OBA CM, MIYAKE RK.

CLÍNICA MIYAKE

INTRODUÇÃO: O sintomas característicos de insuficiência venosa, como dor ou edema, nãoestão relacionados com a intensidade da mesma. O mesmo ocorre na identificação de veianutrícias a olho nu. Ultrassom e a realidade aumentada (VeinViewer) melhoram a acuráciadiagnóstica. Após quatro anos de prática com auxílio destes equipamentos, observamos quegrande parte das falhas nos tratamentos para telangiectasias estavam relacionadas à pre-sença de veias nutrícias não aparentes e/ou insuficiência das safenas. Consideramos estescomo fatores de confusão. Tais variáveis não estão presentes na metodologia da maioria dosestudos prévios em estética venosa. Esta observação desencadeou o desenvolvimento umatabela de decisão, a qual denominamos “Escore venoso superficial 9-1". Nosso objetivo é au-mentar a validade interna e externa para estudos clínicos futuros(especialmente para casosCEAP 0 a 3).OBJETIVO: Descrever o Escore 9-1.MÉTODO: Criada uma tabela com três linhas e três colunas, respondendo as duas seguintesperguntas:- linhas: se presentes, qual o tipo de veias varicosas o paciente apresenta? (com ou sem re-fluxo nas safenas)- colunas: se presentes, qual o tipo de telangiectasias o paciente? (com ou sem veias nutríci-as associadas)DISCUSSÃO/RESULTADO: A semiologia pode ser falha em alguns casos. A decisão de alo-car o paciente na primeira linha (escore 7-9) ou na segunda linha (escore 4-6) é baseado aprincípio nos achados ultrassonográficos. A importância da veia nutrícia, infelizmente, não éum consenso.Exemplo: um paciente com telangiectasias e sem veia nutrícia visível tem escore 2, porém,se o VeinViewer revela uma veia nutrícia o escore muda para 6. E, se for detectada insufi-ciência de veia safena, o escore mudará para 9.CONCLUSÃO: O Escore 9-1 permitiu melhor compreensão que resultados insatisfatórios naescleroterapia estão provavelmente relacionados a um diagnóstico e/ou indicação não preci-sos. Esta tabela de classificação está sob avaliação em um estudo para validação. Acredita-mos que este escore contribuirá para melhorar estudos futuros em estética venosa.Descritores: diagnostico varizes, classificação das varizes, realidade aumentada.

TLC-22PROFILAXIA COM HEPARINA NÃO FRACIONADA NÃO DIMINUI A INCIDÊNCIADE TROMBOSE VENOSA PROFUNDA PERIOPERATÓRIA EM PACIENTESSUBMETIDOS A AMPUTAÇÃO MAIOR.SOARES, R. A. , MATIELO, M. F., SOARES, R. A., PIRES, A. P. M., SANTOS, F. M., YAMADA, M.H., COSTA, V. S., GODOY, M. R., BROCHADO, F. C., PECEGO, C. S., TIOSSI, S. R., DAUDT, R.A., SACILOTTO, R.,

SERVIÇO DE CIRURGIA VASCULAR DO HOSPITAL DO SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL - SP

Contexto: Na literatura existem poucos relatos sobre a incidência de TVP em pacientes submetidosa amputações maiores de membros inferiores, com ou sem profilaxia, e sua incidência varia de 0 –66%. Em estudo recente avaliando somente a incidência de TVP pós – operatória no membro ampu-tado, sem uso de profilaxia, foi de 28% até 35 dias e de 19,35% na primeira quinzena.Objetivo: Avaliar a incidência de TVP perioperatória em pacientes DAOP submetidos a amputaçãomaior em vigência de profilaxia e sua relação com comorbidades.Tipo de estudo: estudo clínico, prospectivo, consecutivo, não randomizado, no período de junho 2002a agosto 2003.Local : Hospital Público terciário de atendimento ambulatorial e enfermaria.Amostra: Foram incluídos 70 pacientes submetidos a 73 amputações maiores por DAOP que realiza-ram profilaxia com Heparina não fracionada 5000 UI SC 8/8hs desde a internação. Foram excluídos7 pacientes por não terem realizado eco-Doppler no pós-operatório.Variável: A variável primária foi a incidência de TVP perioperatória. As variáveis secundárias foram:comorbidades clínicas, sexo, idade, nível de oclusão arterial, ITB, revascularização prévia, ampu-tação maior prévia, tipo de amputação, complicações no coto de amputação, complicações clínicas,TEP sintomático e óbito.Métodos Estatítsticos: As variáveis foram analisadas utilizando o método de freqüências e compa-ração dos fatores através do teste qui-quadrado, considerando a significância estatística p<0,05.Resultados: A média de idade foi de 70,1 anos (48-103 anos), 63% sexo masculino. As comorbidadesclínicas mais freqüentes foram HAS ( 71,2%) e DM ( 56,1%). O nível de amputação mais freqüentefoi transfemoral, houve 31,8% de complicações no coto de amputação e, desses, 9,1% apresentaramperda de nível. A incidência de TVP perioperatória foi de 28 casos (42,4%). Desses, 17 apresentavamTVP pré-operatória (11 homolateral, 4 contralateral e 2 casos bilateral), 5 intraoperatória e 6 casosno pós – operatório (5 homolateral e 1 contralateral). O segmento venoso femoral foi o mais freqüen-te. Houve 4 casos de TEP sintomática fatal. A taxa de mortalidade foi de 28,8%. As variáveis queapresentaram significância estatística quanto a incidência de TVP perioperatória foram: sexo feminino(62,5%, p=0,013) e perda de nível (100%, p = 0,004). Quando analisada somente a incidência de TVPno pós-operatório 6/44 (13,6%) observamos que houve significância estatística em relação a perdade nível (100%, p = 0,016) e complicação no coto de amputação (35,7%, p = 0,009).Conclusão: A profilaxia com heparina não fracionada não diminui a incidência de TVP perioperatória.O sexo feminino, complicação do coto e perda de nível foram os fatores que apresentaram significân-cia estatística para sua falha.Descritores: Trombose venosa; amputação; Ultra-sonografia com Doppler a cores.Fontes de Fomento: não houveComitê de ética e pesquisa: aprovado pelo protocolo 018/02, data 04/06/02.Conflito de interesses: não houve.

TLC-23FREQÜÊNCIA DE TROMBOFILIA EM PACIENTES COM ANTECEDENTE DETROMBOSE VENOSA, ACOMPANHADOS AMBULATORIALMENTE NOSERVIÇO DE CIRURGIA VASCULAR DO CONJUNTO HOSPITALAR DOMANDAQUI

NASSAR, A. , BRIGIDIO, E. A., MARTINS, A. A., TODESCHINI, A. C., MOREIRA, S. M.,CHAHESTIAN, C., CASTRO, C. H. A., CAVALCANTI, A. B. B. D. A., LIMA, A. P. M.,

SERVIÇO DE CIRURGIA VASCULAR DO CONJUNTO HOSPITALAR DO MANDAQUI – SP

Contexto: As tromboses venosas são grandes causa complicações e internações em ser-viços de saúde. Investigações complementares para diagnóstico de causas de trombose ve-nosa são de grande importância para prevenir novos episódios e suas complicações.Objetivo: Incidência de trombofílias em pacientes com diagnóstico de trombose venosa,acompanhados ambulatorialmente neste serviço.Tipo de estudo: Retrospectivo de pacientes internados neste serviço e submetidos a protoco-lo de pesquisa de causas de trombose venosa, no período de julho de 2008 a junho de 2009.Local: Conjunto Hospitalar do Mandaqui, Hospital Público de atendimento Terciário, referen-cia da Zona Norte da cidade de São Paulo-SP.Amostra: Pacientes atendidos neste serviço com diagnostico de trombose venosa e subme-tidos à pesquisa de suas causas (protocolo do serviço).Procedimento:Variável: pacientes com diagnóstico ultrassonográfico de trombose venosaMétodo estatístico: distribuição percentualResultados: Entre julho de 2008 e junho de 2009, foram protocolados 139 pacientes com di-agnóstico de trombose venosa ao eco-doppler, sendo divididas em trombose venosa profun-da (TVP) proximal (62,6%), TVP distal (26,6%) e tromboflebite (10,8%). A idade média foi de55,2 anos, sendo 83 pacientes do sexo feminino (59,7%), e 56 do sexo masculino (40,3%).Dos pacientes protocolados, 33% concluíram investigação de trombofilia. Destes 65,2% fo-ram diagnosticados com hiperomocisteinemia, 10,86% com alteração no anticoagulante lúpi-co, 8,7% com mutação heterozigoto no fator V de Leiden, e 2,17% com alterações de anti-trombina e protrombina G20210A (cada).Conclusão: Observamos em nosso serviço um número elevado de pacientes com trombofiliacom antecedente diagnóstico de trombose venosa, sendo a principal causa foi hiperomocis-teinemia, seguido de alterações de anticoagulante lúpico, não conferindo com a literatura.Tais resultados podem ser explicados pelo número reduzido de pacientes que concluíram in-vestigação para trombofilia em nosso serviço.Descritores: Trombofilia / Trombose Venosa / HipercoagulabilidadeFontes de fomento: nenhumaCOMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA: Em conformidade com a COREME e Centro de Estudosdo Conjunto Hospitalar do Mandaqui.Conflito de interesses: nenhum

TLC-24COMPARAÇÃO ENTRE DIFERENTES ESQUEMAS INICIAIS DEANTICOAGULAÇÃO ORAL PARA OBTENÇÃO DE NÍVEIS TERAPÊUTICOS DERNI NO TRATAMENTO DA TVPSOARES, R. A. , GODOY, M. R., MATIELO, M. F., TIOSSI, S. R., SOARES, R. A., PIRES, A. P. M.,YAMADA, M. H., SANTOS, F. M., CURY, M. V., KALAF, M. J., SACILOTTO, R.,

SERVIÇO DE CIRURGIA VASCULAR DO HOSPITAL DO SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL - SP

Contexto:Não existe padronização para a dose inícial do tratamento anticoagulante.Estudos randomi-zados sugerem o uso de uma dose menor e outros sugerem doses mais altas até 10mg, porém nãohá consenso em relação ao alcance do nível terapêutico do RNI em menor tempo.Objetivo:Comparar através de randomização diferentes esquemas terapêuticos e alcance dos níveisideais de RNI em relação ao tempo de internação e suas complicações.Tipo de estudo: estudo clínico, prospectivo, consecutivo, randomizado no período de maio de 2007 ajaneiro de 2009Local:Hospital público terciário de ambulatório e enfermaria.Amostra: 94 Pacientes com trombose venosa profunda (tvp) confirmada por ultrassom, randomizadosem três grupos.Não incluídos pacientes com contraindicação a anticoagulação,maiores de 70 anose gestantes.Excluídos pacientes com sangramento importante, alergia a warfarina ou plaquetopenia.Randomização conforme esquema de Warfarina : grupo 1 dose inicial de 5mg, grupo 2 dose de 10mg (2 primeiros dias) seguido de 5mg nos dias consecutivos e grupo 3 dose de 15 mg, no 2º dia 10mg e a partir do 3º dia dose de 5mg.Variáveis:Variável primária: tempo de anticoagulação de acordo com esquema terapêutico. Variáveissecundárias: heparina endovenosa (hev) ou heparina de baixo peso molecular (hbpm) e compli-cações hemorrágicas.Métodos:Método descritivo quanto a avaliação de média e freqüência. Comparação de fatores avali-ado pelo teste exato de Fisher e chi-quadrado. Tempo em dias para anticoagulação efetiva avaliadapelo método Kaplan-meier.Resultados:Houve uma tendência estatística em relação ao dia de anticoagulação entre os grupos 1x grupo 3 (p=0,07).O grupo 1 apresentou média de idade de 55,1 anos, 72,4 % atingindo anticoagulação adequada até10 dias (média 7,41 dias), 65,5% com hbpm (58% anticoagularam até o 10º dia), 34,35% hev.O grupo 2 apresentou média de idade de 51,97 anos, 86,2 % atingindo anticoagulação adequada até10 dias (média 6,93 dias), 75,9% com hbpm (81% anticoagularam até o 10º dia), 24,1% com hev.O grupo 3 apresentou média de idade de 53,5 anos, atingindo nível terapêutico 58,3% até 5º dia e91,7% até o 10º dia, 72,2% fizeram uso de hbpm (88,5% anticoagularam até o 10º dia), 27,8% hev.Todos os pacientes que fizeram uso de hev apresentaram anticoagulação adequada até o 10º dia.Nenhum paciente anticoagulou adequadamente até o 5º dia.Houve diferença em relação ao uso de hnf x hbpm e dias de anticoagulação quando comparados gru-po 1 (5,3dias) e grupo 2 (7,9dias) p=0,002 e também grupo 1 (5,4 dias) x grupo 3 (7,2 dias) p=0,033.Houve 2 complicações hemorrágicas, uma no grupo 01(submetido a filtro de veia cava) e uma no gru-po 03.Não houve TEP sintomática.Conclusão:Houve tendência estatística para dia de anticoagulação em relação grupo3 x grupo 1. Ouso de hev apresentou anticoagulação mais precoce no grupo 2 e 3 quando comparada a hbpm.Descritores:anticoagulantes, ultrassonografia Doppler em cores; trombose venosa.Fomento: não houve.Comitê: aprovado pelo protocolo 021/09, data 23/03/2009.

Temas Livres Corretatos J Vasc Bras 2009, Vol.8, Num.2, Supl.

S30

TLC-25TRATAMENTO ENDOVASCULAR DAS COMPLICAÇÕES AGUDAS, DAS DISSECÇÕESDE AORTA TIPO B, COM O USO DO STENT ZENITH® DISSECTION.

RICARDO AUN; VINICIUS BERTOLDI; FÁBIO ESPÍRITO SANTO; LUCIANO NASCIMENTO; PEDROPUECH-LEÃO.

Serviço de cirurgia vascular e endovascular do HCFMUSP.

CONTEXTO: As dissecções de aorta com complicações agudas, envolvem um alto índice demortalidade se uma intervenção cirúrgica não for adotada de emergência; além disso o tra-tamento cirúrgico convencional, também relaciona-se a um considerável índice de morbimor-talidade. Pouco se conhece a respeito do papel do tratamento endovascular nestes casos,sobretudo quando associado ao uso do stent Zenith® dissection.OBJETIVO: Mostrar a experiência desse serviço no tratamento destes casos, bem como suaevolução a curto e médio prazo.TIPO DE ESTUDO: Análise de uma série de 13 casos de dissecção de aorta tipo B, com al-guma complicação aguda, submetidos a este modelo de tratamento.LOCAL: Pronto Socorro do serviço de cirurgia vascular e endovascular do HCFMUSP, insti-tuição de atendimento terciário.DESCRIÇÃO DO CASO: Os pacientes foram admitidos em ambiente de terapia intensiva,iniciado rígido controle da pressão arterial, freqüência cardíaca, débito urinário e dor. Todosestavam hipertensos à admissão. O principal sintoma era a dor, presente em 9/13 casos, se-guido de isquemia de membro inferior 3/13 um quadro de insuficiência cardíaca.A angiotomografia foi realizada universalmente, importante não só no diagnóstico, como noplanejamento terapêutico. 2/13 eram do sexo feminino; idade média: 58 anos (43-72); 8/13eram agudos; 11/13 pacientes, além do stent dissection utilizaram endoprótese cobrindo afenestração primária, destes um necessitou de stent em ilíaca, por isquemia de membro eoutro de endoprótese, também em ilíaca por fistula arteriovenosa. Os stents Zenith® dissecti-on foram colocados ao nível das viscerais. Sangramento médio foi de 469,23±566,25; uso decontraste: 420±140,95ml; concentrados de hemácias: 0,77±1,30; tempo de UTI: 11,54±17,91dias. dois casos precisaram ser reoperados, um por endoleak proximal com necessidade deuma nova endoprótese, outro submetido a cirurgia aberta para ligadura de aorta infrarrenaldevido a rotura, evoluindo a óbito; um caso necessitou três novas intervenções, dois por en-dovascular para tratamento de rotura proximal com nova endoprótese e uma toracotomia pa-ra drenagem hemotórax retido. Dois pacientes necessitaram de hemodiálise no pós operató-rio, de forma temporária; um paciente evoluiu com paraplegia. A mortalidade precoce foi de2/13 (15,3%), um entre os agudos (rotura da aorta infrarrenal) e o outro crônico (rotura aortatorácica, proximal a endoprótese); um paciente veio a óbito 6 meses após a cirurgia por rotu-ra da aorta proximal a endoprótese. Dois casos que tiveram apenas o implante do dissectionao nível das viscerais, por grave quadro de isquemia visceral e colapso da luz verdadeira daaorta, evoluíram reversão do quadro e patência da verdadeira luz.DESCRITORES: Aorta torácica; aneurisma dissecante; tórax.FONTES DE FOMENTO: Não há.CONFLITO DE INTERESSES: Não há.

TLC-26TRATAMENTO HIBRIDO DE LESÕES AÓRTICAS COMPLEXASCOELHO, D. O., CALIFANI, R., AZULAY, R. M., GLAUBER, S., MORAES, M., BIAGIONE, R.,TONIAL, T., INOGUTI, R., BARROS, O., CALIL, M., NASSER, F., INGRUND, J. C., NESER, A.,

SERVIÇO DE ANGIOLOGIA, CIRURGIA VASCULAR E ANGIORRADIOLOGIA DO HOSPITALSANTA MARCELINA

CONTEXTO: Patologias da aorta torácica, principalmente com envolvimento do arco aórtico, apre-sentam grande morbidade com o tratamento convencional. O reparo endovascular vem apresentandoexcelente alternativa de tratamento por sua natureza menos invasiva e com menor trauma. As dificul-dades do tratamento endovascular neste segmento vem principalmente do fato de, em alguns casos,não haver zona de ancoramento proximal sem oclusão de grandes vasos. Isso contribuiu para o sur-gimento de cirurgias híbridas , com associação do tratamento endovascular e cirurgias de transpo-sições e enxertos extra-anatômicos.OBJETIVO: Analisar o perfil e evolução de oito pacientes submetidos a tratamento híbrido de patolo-gias de aorta torácica no período de julho/2007 e março/2009.TIPO DE ESTUDO: Estudo retrospectivo de um período de 3 anos.LOCAL: Casa de Saúde Santa Marcelina, instituição de ensino, Filantrópica de nível terciário em am-biente de Enfermaria e Pronto Socorro Cirúrgico.AMOSTRA: 10 casos de lesões complexas da aorta torácica, submetidas ao tratamento híbrido emcaráter eletivo ou de emergência no Hospital Santa Marcelina no período de julho/2007 a março/2009.VARIÁVEIS: Idade, sexo, fatores de risco associados, diâmetro dos aneurismas, tipo de dissecção,sintomas, tipo de revascularização, tipo das endopróteses e as complicações pós-operatórias - in-suficiência renal aguda (IRA), infarto agudo do miocárdio (IAM), infecção pulmonar (IP) e paraplegiaforam as variáveis analisadas.RESULTADOS: O sucesso técnico imediato foi alcançado em 6 casos. Dentre os enxertos realiza-dos, 4 foram carotideo-carotideo-subclávio esquerdo, 1 transposição subclavio-carotideo direita, 1subclavio-carotideo esquerda, aortico-aortico + aorto braquiocefalico e carotideo esquerdo, 1 aortobraquiocefalico + carotideo esquerdo, 1 aorto bicarotideo. As endopróteses utilizadas foram 6 Vali-ant® (Medtronik), 4 Relay® (Bolton Medical) e 1 Zenith® (Cook), das quais 8 com Free-Flow. Foiutilizado dissecção femoral em 5 casos e 3 casos com técnica percutânea(Preclosure Technic). Foinecessário técnica de varal em 3 casos para implante da endoprótese. Em relação à zona de anco-ragem proposta por Bergeron e cols, 5 foram na zona III e 3 na zona IV. Ocorreram 2 óbitos: 1 nasprimeiras 24h devido a dissecção da aorta retrógrada e outro no 10° dia pós-procedimento por in-fecção respiratória. Dois pacientes persistiram com Endoleak IA com necessidade de reintervençãonos primeiros 30 dias.CONCLUSÃO: Esse estudo e análise da literatura demonstram que o procedimento híbrido para tra-tamento das patologias complexas da aorta torácica é factivel e com bons resultados iniciais, princi-palmente em pacientes de alto risco. Estudos com acompanhamento a longo prazo são necessáriospara comprovar a eficácia do tratamento. A experiência do serviço tem mostrado influência no resul-tado do procedimentoDESCRITORES: Aorta torácica, Aneurismas, dissecçãoCOMITE DE ÉTICA E PESQUISA: Comite de ética e pesquisa do Hospital Santa MarcelinaCONFLITO DE INTERESSES: Sem conflito de interesse

TLC-27REVASCULARIZAÇÃO DE TRONCOS SUPRA-AÓRTICOS PARA OTIMIZAÇÃODE COLO PROXIMAL EM ANEURISMAS E DISSECÇÕES DE AORTA

ESTEVES, F. P. , RAZUK, Á., MARQUES, C. G., KAWAI, D. S., NOVAES, G., TELLES, G. J.P., PARK, J. H., FIORANELLI, A., FONSECA, C. F., KARAKHANIAN, W. K., CAFFARO, R.A.,

SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE SÃO PAULO

CONTEXTO: O uso de endopróteses para as afecções da aorta torácica vem se firmandocomo uma realidade em nosso meio. Apesar disso, muitos casos ainda representam um de-safio à técnica endovascular quando há acometimento de troncos supra-aórticos pela doença(aneurisma ou dissecção) ou na ausência de colo proximal adequado para liberação da en-doprótese.OBJETIVO: Relatar a experiência do nosso serviço com o by-pass de trancos supra-aórticospara otimização de colo proximal no tratamento endovascular de aneurismas e dissecçõesde aorta.TIPO DE ESTUDO: Relato retrospectivo de série de casosLOCAL: Hospital Central da Santa Casa de Misericórdia de São PauloAMOSTRA: 11 casos submetidos a revascularização de troncos supra-aórticos com posteriorliberação de endoprótese torácica de janeiro de 2005 a abril de 2009VARIÁVEL: otimização de colo proximal, selamento proximal satisfatório, mortalidadeRESULTADOS: A média de idade variou entre 45 e 71 anos, com predomínio do sexo mas-culino (10 casos). Em 6 casos essa alternativa foi empregada para o tratamento de dis-secções de aorta (4 crônicas, 2 aguda), sendo que 5 pacientes apresentavam aneurisma deaorta torácica. Foi optado pelo enxerto carotídeo-carotídeo-subclávio em 5 casos, sendo queem 4 casos foi realizado o enxerto carotídeo-carotídeo e em 2 casos o enxerto carotídeo-subclávio. Os enxertos foram confeccionados com prótese de PTFE, sendo de trajeto pré-traqueal em 9 casos e de trajeto retrofaríngeo em 2 casos. Em todos os casos foi possível acolocação da endoprótese com selamento proximal satisfatório inicial. Em 5 casos o proce-dimento foi indicado na urgência enquanto que em 6 casos o mesmo foi programado eletiva-mente. Quatro pacientes evoluíram com vazamentos proximais sendo que em dois o vaza-mento foi causa de óbito (1 caso de dissecção retrógrada e outro caso de rotura da falsa luz).Seis pacientes evoluíram a óbito sendo que em quatro desses o procedimento foi indicadoem caráter de urgência. As causas de óbito foram sepse em 3 casos, dissecção retrógradacom tamponamento cardíaco em 1 caso, fístula aórto-esofágica em 1 caso e rotura da falsaluz em 1 caso.CONCLUSÕES: A revascularização dos troncos supra-aórticos é um procedimento eficaz naotimização de colo proximal para liberação de endopróteses, sendo que os melhores resulta-dos podem ser alcançados quando o procedimento é planejado eletivamente.DESCRITORES: Dissecção de aorta, Aneurisma de aorta torácica, endoprótese de aortaFONTES DE FOMENTO: Sem fontes de fomento.COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA: Comitê de ética da Santa Casa de São PauloCONFLITO DE INTERESSES: Sem conflito de interesses.

TLC-28INFLUÊNCIA DO DIÂMETRO DA JUNÇÃO SAFENO-FEMORAL NO RESULTADODA ESCLEROSE COM ESPUMA GUIADA POR ULTRASSOM EM PACIENTESCOM INSUFICIÊNCIA VENOSA GRAVESILVA, M. A. M., SILVA, S. G. J., BARROS, O. C., BURIHAN, M. C., NASSER, F., INGRUND, J. C.,NESER, A.,

HOSPITAL SANTA MARCELINA SÕ PAULO - SP

CONTEXTO: Varizes dos membros inferiores são encontradas com alta prevalência na populaçãogeral. Formas graves desta doença, com manifestação de úlcera e dermatoesclerose, tornam o trata-mento convencional de difícil execução. O tratamento com espuma de polidocanol guiada por ultras-som tem se mostrado como alternativa terapêutica com bons resultados. Entretanto, os índices derecanalização das veias tratadas chegam a 20%. Dentre os fatores que podem influenciar nos resul-tados está o diâmetro aumentado da junção safeno-femoral.OBJETIVO: Descrever a relação entre a taxa de recanalização da veia safena magna tratada pelaesclerose com espuma guiada por ultra-som com o diâmetro da junção safeno-femoral.TIPO DE ESTUDO: estudo prospectivo de 18 meses.LOCAL: Hospital Santa Marcelina Instituição privada filantrópica de ensino, nível quaternário - labo-ratório de fluxo vascular.AMOSTRA: São aptos pacientes com idade de 18 a 80 anos; portadores de varizes de membros in-feriores, classes clínicas CEAP C4, C5 e C6. São critérios de exclusão: antecedentes de trombosevenosa, trombofilia ou insuficiência arterial periférica. Foram selecionados aleatoriamente 50 pacien-tes, a partir de grupo do ambulatório específico de úlcera de membros inferiores para realização deesclerose.VARIÁVEL: medida do diâmetro da junção safeno-femoral e a presença de recanalização da veia sa-fena tratada. Secundárias: sexo, membro acometido e quadro clínico.MÉTODO ESTATÍSTICO: Avaliou-se o diâmetro da junção safeno-femoral e a taxa de oclusão totalda veia e seu índice de recanalização, separando os pacientes em 2 grupos (maior e menor que10mm de diâmetro). Realizado análise T de Student, com p<0,05.RESULTADOS: A idade variou de 25 a 77 anos, com média de 55 anos. As apresentações clínicasencontradas foram: úlcera ativa (CEAP C6) em 76%, úlcera cicatrizada (C5) em 16% e dermatoes-clerose (C4) em 8%. Houve cicatrização total de úlcera em 79% dos pacientes tratados, sendo que91% tiveram suas úlceras fechadas em menos de 60 dias. Trinta e nove pacientes possuíam junçãosafeno-femoral menor que 10mm de diâmetro (grupo A), enquanto 11 possuíam junção maior que10mm (grupo B). O grupo A apresentou recanalização da veia tratada em 20% e o grupo B em 44%.A diferença entre os grupos, não atingiu significância estatística (p=0,081). Apesar da recanalização,a taxa de recidiva dos sintomas foi de apenas 14% em ambos os grupos.CONCLUSÃO: A esclerose com espuma apresenta bons resultados clínicos no tratamento da doençavenosa grave de membros inferiores. A recidiva dos sintomas é baixa e não está correlacionada comgrandes diâmetros de veia safena magna. As taxas de recanalização são diferentes entre os gruposanalisados. Com o aumento da casuística dos casos tratados, provavelmente será obtida significân-cia estatística nesta análise. Possivelmente a correlação entre recidiva dos sintomas e recanalizaçãodas veias tratadas é multifatorial.DESCRITORES: varizes, escleroterapia, polidocanolCOMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA : (Hospital Santa Marcelina) processo n° 15/07.CONFLITO DE INTERESSES: nenhum

J Vasc Bras 2009, Vol.8, Num.2, Supl. Temas Livres Corretatos

S31

TLC-29NOVO MÉTODO DE DOCUMENTAÇÃO FOTOGRÁFICA APLICADO ÀFLEBOLOGIA.

DUARTE FH, KIKUCHI R, OBA CM, MIYAKE RK.

CLÍNICA MIYAKE

Introdução: A fotografia digital tem facilitado a documentação médica. O modo mais utilizadopara avaliar resultados dos procedimentos em flebologia é comparar fotografias antes e apóso tratamento.Documentação fotográfica é útil como prova de eficácia do tratamento e pode ajudar e atéevitar processos médicos. Por este motivo, uma documentação fotográfica precisa tornou-seessencial para os flebologistas, tanto para fins clínicos quanto científicos. Entretanto, conse-guir registro de imagens adequado e padronizado das lesões venosas dos membros inferio-res persiste um desafio.Método: Um sistema desenvolvido recentemente (IntelliStudio – Canfield) para documen-tação fotográfica em dermatologia e cirurgia plástica foi adaptado para a flebologia. O siste-ma consiste em uma câmera digital e três lâmpadas (flash), montados sobre trilhos que per-mitem deslizamento. No caso em questão, o equipamento foi instalado de modo suspenso,paralelo ao solo.O paciente é fotografado em quatro posições básicas: dorsal, ventral e laterais.A câmera é controlada por um software que autentica as imagens e permite que imagensprévias ao tratamento sirvam como mapa para facilitar o posicionamento para a foto após otratamento (Mirror). Este software também é conectado ao proontuário eletrônico do paciente(Nextech).Resultados e Conclusões:O IntelliStudio montado junto ao teto permite realizar um registrode imagens padronizado. Documentação completa é obtida em torno de dois minutos, au-mentando a produtividade da equipe. Zoom e alta resolução permitem visualização rica depequenos detalhes. Os dados dos pacientes são automaticamente transferidos para o seuprontuário eletrônico. O Mirror software permite posicionamento preciso para comparaçãodurante a evolução do tratamento através de um efeito de imagens superpostas. O softwaretambém permite comparação lado a lado e, ocultando nomes e datas, torna-se uma ferra-menta importante estudos cegos, randomizados e controlados em flebologia.Descritores: documentação fotográfica, varizes, tratamento varizes.

TLC-30COMPARAÇÃO CLÍNICA ENTRE ABLAÇÃO ENDOVENOSA POR LASER (EVLA)APENAS NA COXA E ABLAÇÃO EXTENDIDA PARA O TRATAMENTO DAINSUFICIÊNCIA DA VEIA SAFENA MAGNA.

OBA CM, NETO EA, KIKUCHI R.

ANGIOPLAST - LONDRINA

Introdução: A realização de EVLA apenas na coxa quando há insuficiência da veia safenainterna em toda sua extensão, em geral acarreta na recorrencia de veias varicosas na per-na. Os sintomas também podem persistir após este procedimento. O receio de causar danosà pele ou lesões sensitivas permanentes, é o principal motivo para evitar o EVLA na perna.Outros métodos têm sido associados ao EVLA no intuito de obter melhores resultados.Objetivo: Comparar a eficácia clínica e efeitos colaterais do tratamento da insuficiência daveia safena magna da região inguinal até o terço médio da perna(E-EVLA), com o EVLA ape-nas na coxa(S-EVLA).Métodos: Um total de 40 membros com insuficiência de safena magna da região inguinal atéa perna foram randomizados para receber tratamento com EVLA da região inguinal até ametade da perna (estendido; nomeado E-EVLA) ou apenas na coxa. Em todos os casos foirealizada ligadura da crossa da safena. Nenhum outro método terapêutico foi associado. Olaser utilizado foi 810nm Diodo e a mesma solução tumescente e anestésica foi utilizada nosdois grupos. Melhora dos sintomas, resolução ou recorrência das veias varicosas na perna,edema, hiperpigmentação da pele e queimaduras foram avaliados após oito semanas. Hipo-estesia cutânea foi avaliada uma semana após o procedimento.Resultados: Não houve diferença entre os grupos em relação a hiperpigmentação ou edemada perna. Não houve queimadura de pele. No grupo tratado com E-EVLA houve maior alíviodos sintomas (AVVSS Score reduziu de 13,9 para 9,8 no grupo S-EVLA e 14,3 para 6,1no grupo E-EVLA) e menos veias varicosas remanescentes (6/20 contra 16/20). Hipoestesiacutânea ocorreu em 6 casos do grupo E-EVLA , e nenhum caso no outro grupo. Após ummês, dois casos persistiram com hipoestesia, porém com menor intensidade.Conclusão: O uso de EVLA abaixo do joelho é mais eficiente quando comparado ao EVLAapenas na coxa. Efeitos colaterais são leves e temporários. Maior conhecimento e melhorasno tratamento devem ser obtidos com terapias pouco invasivas associadas ao EVLA.Descritores: varizes, laser endovenoso, insuficiência de safena.

TLC-31TRATAMENTO OPERATÓRIO E ESCLEROTERÁPICO POR ESPUMA DESÍNDROME DE KLIPPEL-TRENAUNAY. RELATO DE CASO.

RONALD LUIZ GOMES FLUMIGNAN; CAROLINA DUTRA QUEIROZ; CAROLINE NICACIOBESSA CLEZAR; DANIEL GUIMARÃES CACIONE; GABRIEL MARINI DE CARVALHO;RODRIGO MARTINS CABRERA; SILVIA IGLESIAS LOPES; JORGE EDUARDO AMORIM;NEWTON DE BARROS JUNIOR; FAUSTO MIRANDA JUNIOR.

Disciplina de Cirurgia Vascular da Escola Paulista de Medicina – UNIFESP.

CONTEXTO: A Síndrome de Klippel-Trenaunay (SKT) é condição rara, de tratamento difícile de morbidade progressiva. Inicialmente descrita em 1900, apresenta uma tríade de sinaiscomo hemangiomas capilares cutâneos, hipertrofia óssea e de tecidos moles e dilataçõesvenosas. Afeta geralmente um segmento corporal, e possui gama variada de manifestaçõesclínicas. É considerada uma angiodisplasia do tipo microfistular difusa.OBJETIVO: Relatar a utilização de associações de técnicas para o tratamento de caso deSKT por ressecção operatória e escleroterapia por espuma.TIPO DE ESTUDO: Relato de casoLOCAL: Hospital São Paulo da Escola Paulista de Medicina – UNIFESP.DESCRIÇÃO DO CASO:Paciente de 39 anos, masculino, acompanhado em nosso Serviço desde 1993. Nesta épocaapresentava varizes do membro inferior esquerdo (MIE) sem outras alterações (CEAP C1).Não havia outros antecedentes pessoais ou familiares. Foi acompanhado ambulatorialmentecom elastocompressão. Neste período evoluiu com piora das ectasias venosas, aumento pro-gressivo ósseo e de tecidos moles (escanograma: 53,5 cm a esquerda e 51 cm a direita),aparecimento de hemangiomas cutâneos e piora da estase venosa, com hiperpigmentação eedema. (CEAP C4a). Em Eco-doppler do MIE realizado em abril/2009, apresentava sistemavenoso profundo (SVP) normal, porém com hiperfluxo, veia safena magna (VSM) insuficientecom sinais antigos de tromboflebite e inúmeras tributárias insuficientes. Queixava-se de dorintensa no MIE que limitava sua qualidade de vida, mesmo usando elastocompressão.Diante deste quadro optamos por tratá-lo por meio de ligadura da junção safeno-femoral es-querda, escleroterapia da VSM por cateterização retrógrada e escleroterapia das varizes co-laterais por injeção direta de espuma de polidocanol a 3%, seguido de compressão elástica.Este tratamento foi indicado visando reduzir o trauma cirúrgico ao realizar-se ressecções es-calonadas econômicas. O pós-operatório imediato foi satisfatório e a alta ocorreu no 1º P.O.No acompanhamento ambulatorial manteve-se a elastocompressão e os cuidados de higie-ne, com melhora progressiva da estase e da queixa clínica.O estudo do SVP nos casos de SKT é importante, pois sua normalidade pode permitir umavanço no tratamento das mal-formações e das ectasias venosas, como em nosso caso. Aassociação do tratamento operatório com a escleroterapia por espuma mostrou-se eficientepara tratar este caso. Julgamos, porém, que a SKT deva ser tratada de maneira individuali-zada procurando-se adequar o melhor tratamento para cada paciente.DESCRITORES: Doença de Klippel-Trenaunay; varizes; escleroterapia;FONTES DE FOMENTO: nenhumaCONFLITO DE INTERESSES: nenhum

TLC-32EPIDEMIOLOGIA DA SÍNDROME KLIPPEL-TRÉNAUNAY-WEBER.ANDRÉ LUIS COSTA VILLELA, LUIS GUSTAVO SCHAEFER GUEDES, VICTOR VINICIUSAUGUSTO PASCHOA, ANDRÉ BERNARDES DAVID, GUSTAVO LOPES GOMES DA SIQUEIRA,HENRIQUE JORGE GUEDES NETO, ROBERTO AUGUSTO CAFFARO.

Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo.

CONTEXTO: A Síndrome de Klippel-Trénaunay-Weber é uma doença rara sobre a qual encontramospoucos artigos na literatura.OBJETIVO: Avaliar o perfil epidemiológico dos portadores da Síndrome de Klippel-Trénaunay-Weber.TIPO DE ESTUDO: Estudo retrospectivo.LOCAL: Ambulatório de Angiodisplasias e Linfedema da Disciplina de Cirurgia Vascular da Faculdadede Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo.AMOSTRA: Foram copilados dados do prontuário de 58 pacientes acompanhados no ambulatório ci-tado.PROCEDIMENTOS:VARIÁVEIS: Sexo, idade, sinais, sintomas, membro acometido, presença de fístula artério venosa ehistória familiar.RESULTADOS: Nossos dados mostraram uma distribuição igual entre homens e mulheres, havendo30 homens e 28 mulheres. A idade média dos pacientes em tratamento é 12,8 anos. O diagnósticofoi na maioria dos casos na infância, sendo o primeiro sinal notado pela família, a mancha em vinhodo porto, já no nascimento ou no primeiro ano de vida. O sintoma mais referido foi à dor, na maioriadas vezes relacionada aos sintomas de estase venosa, e foi o sintoma considerado debilitante. Pelaclassificação CEAP, encontramos as crianças nas classes C0 e C1 e a maioria dos adultos nas clas-ses avançadas. Foi diagnosticada a presença de fístulas arteriovenosas em 8,5% dos casos. Apenas6,8% dos pacientes referiram história familiar.CONCLUSÃO: A síndrome de Klippel-Trénaunay e a síndrome de Parkes Weber são apresentaçõesdiferentes de uma única enfermidade e podem ser estudas juntamente como síndrome de Klippel-Trénaunay-Weber. O melhor momento para reconhecer os portadores é a infância, para amenizar aprogressão da insuficiência venosa, da hipertrofia óssea e de tecidos moles O tratamento compressi-vo deve ser indicado a todos os portadores da doença com intuito de diminuir a evolução da doençavenosa periférica.DESCRITORES:Klippel M; Trénaunay P; Du naevus variqueux osteohypertrophique. Arch General Med (Paris), 185:641-672; 1900.Weber F P; Haemangiectatic hypertrophy of limbs: congenital phlebarteriectasis and so-called conge-nital varicose veins. Br J Child Dis, 15: 13-17; 1918.Kihiczak GG; Meine JG; Schwartz RA; Janniger CK; Klippel-Trenaunay syndrome: a multisystem di-sorder possibly resulting from a pathogenic gene for vascular and tissue overgrowth. Int J Dermatol,45(8): 883-90; 2006.Mullins J F; Naylor D; Redetzki J; The Klippel-Trenaunay-Weber syndrome. Arch Dermatol, 86: 202-6;1962.Mulliken J B; Glowacki J; Hemangiomas and vascular malformations in infants and children: a classificbased on endothelial characteristics. Plast Reconstr Surg, 69: 412-22; 1982.Curado, JH; Campos, HGA; Angiodisplasias, in Maffei: Doenças Vasculares Periféricas, 4ª Ed, 2008.Pg. 1949- 77.FONTES DE FOMENTO:COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA: Trabalho aprovado pela comissão de ética da instituição.CONFLITO DE INTERESSES: Não há conflito de interesse.

Temas Livres Corretatos J Vasc Bras 2009, Vol.8, Num.2, Supl.

S32

TLC-33LASER NO TRATAMENTO DE HEMANGIOMAS E MALFORMAÇÕESVASCULARESSIQUEIRA, J. J. P. , BADIN, A. Z. D., ABAGGE, K. T., SIQUEIRA, L. C. D., SIQUEIRA, E. B. D.,SIQUEIRA, D. E. D.,

INTRALASER- INSTITUTO DE TRATAMENTO A LASER – CURITIBA, PARANÁ

Introdução: As anomalias vasculares são classificadas em dois grupos baseados nas característicasclínicas, histológicas e hemodinâmicas. Enquanto nos tumores vasculares, como: hemangiomas,existe a proliferação de células endoteliais; as malformações vasculares decorrem de erro na mor-fogênese, alteração que tende a persistir por toda a vida e que pode ser de alto fluxo, baixo fluxo ouambos. A dificuldade no diagnóstico diferencial entre as anomalias vasculares e as diversas opçõesapresentadas para o tratamento dessas lesões ainda são controversos. Os surpreendentes avançosdas técnicas cirúrgicas não conseguem acompanhar os tratamentos cada vez menos invasivos.Objetivos: Demonstrar a experiência no tratamento das lesões vasculares (hemangiomas, malfor-mações vasculares) utilizando aparelhos emissores de laser: ND-Yag 532 nm Longo Pulso Verde comHELP-G e ND-Yag laser 1064 nm, no período de fevereiro de 1997 a fevereiro de 2009.Métodos: No período de fevereiro de 1997 a fevereiro de 2009 foram avaliados os resultados obtidosno tratamento de 246 casos de hemangiomas e malformações vasculares quanto ao sexo, idade, ti-po do tratamento realizado, número de sessões realizadas e complicações/grau de adesão. Toda aamostra foi submetida a tratamento utilizando-se aparelhos emissores de laser ND-Yag-QS-532 nmde Longo Pulso Verde com HELP-G (High Energy Long Pulse-Green) e o Yag laser de 1064 nm, re-gistrados na ANVISA do Ministério da Saúde. Nas indicações para qual o tipo de aparelho a ser uti-lizado foram considerados os tipos de lesão, extensão, profundidade, localização, presença de ulce-ração e os tratamentos efetuados anteriormente. Todos os pacientes foram esclarecidos, informadose orientados sobre o tipo de tratamento que seriam submetidos, inclusive abordando os aspectos éti-cos e legais e a anuência no Termo de Responsabilidade do procedimento. Todos foram submetidosà documentação fotográfica. Os procedimentos foram realizados utilizando-se anestesia tópica, local,loco–regional e geral, sempre após avaliação da idade do paciente, localização, extensão e profun-didade da lesão. Os cuidados pós aplicação foram: aplicação de compressas úmidas geladas nasprimeiras vinte e quatro horas, evitar a exposição solar, protetores solares químicos e nas lesões commaior dano tecidual, cuidados semelhantes às queimaduras de segundo grau. As avaliações foramrealizadas periodicamente de acordo com o protocolo do serviço.Resultados: Avaliados 161 pacientes do sexo feminino e 85 do sexo masculino, 51 menores de 17anos e 195 acima de 17 anos. Utilizou-se o laser ND-Yag-QS-532nm de Longo Pulso Verde comHELP-G (High Energy Long Pulse-Green) em 97 pacientes e o Yag laser de 1064 nm em 149 paci-entes. O numero de sessões variou de uma a quatorze sessões. Ambos os aparelhos demonstraramser eficientes no tratamento das lesões vasculares. Dos 246 pacientes atendidos, 61 (24,79%) nãoconcluíram o tratamento.Conclusão: É fundamental a adequação do serviço as normas internacionais, uma formação teórico-prático da Equipe, bem como o domínio da interação entre a energia emitida pelos aparelhos deLASER e a absorção tecidual para obtenção dos resultados estéticos e funcionais.

TLC-34USO DO COLOR DOPPLER NO ACESSO TEMPORÁRIO PARA HEMODIÁLISE

TEJERINA, P. R. B. , MONASTÉRIO, M. M., SANTANA, A. C., VIEIRA, H. M., VEIGA, D. W.S., CARVALHO, L. P.,

HOSPITAL UNIVERSITÁRIO SUL-FLUMINENSE - VASSOURAS - RIO DE JANEIRO

Objetivo: Demonstrar a possibilidade e técnica do emprego de um método diagnóstico vas-cular não invasivo para facilitar e possibilitar o acesso através de uma veia central de umcatéter temporário para hemodiálise pela técnica de seldinger.Método: Foram selecionados 34 pacientes com indicação de colocação de cateter dupla luzpara hemodiálise previamente à confecção de fístula arterio-venosa. Os locais de punção fo-ram selecionados e explorados em seu trajeto com color doppler baseado nos critérios de:Perviedade, fluxo e diâmetro. Priorizamos o uso da Veia Jugular Interna Direita (28 casos),por dissecções prévias, ou trombose, fizemos a introdução pela Veia Axilar Direita (3 casos),em um caso optamos pela Veia Axilar Esquerda.Utilizamos a extremidade de uma pinça Kelly colocada sob o transdutor para compressão lo-calizada da veia e geração de sombra acústica. Sob anestesia local, procedemos à punçãoda veia, acompanhando a entrada da agulha e passagem do fio guia pelo monitor. Assegu-rando o posicionamento correto, inserimos a bainha dilatadora e cateter dupla luz hepariniza-do previamente.Resultados: Em todos os pacientes obtivemos sucesso no procedimento. Em um (01) paci-ente houve necessidade de remoção do cateter após 24 horas por sangramento ao redor dosítio de punção. Os pacientes do estudo foram submetidos à confecção de fístula arterio-ve-nosa em sete (07) dias estipulados com retirada dos cateteres e compressão. Não tivemoscasos de infecção.Conclusões: Mostramos que o Color Doppler ocupa hoje um lugar de destaque não apenasno diagnóstico, mas em procedimentos invasivos reduzindo o risco de lesões adjascentes egarantindo o fluxo adequado para hemodiálise.

TLC-35O SUCESSO TÉCNICO NO TRATAMENTO ENDOVASCULAR DE OBSTRUÇÕESVENOSAS CENTRAIS EM PACIENTES EM HEMODIÁLISE.MÁRCIO FERNANDO COSTA MEDEIROS; ÂNGELO MÁRIO DE SÁ BOMFIM FILHO.

Angioneuro.

CONTEXTO: A obstrução de veias centrais decorrente do uso prolongado de cateteres venosos éfrequente nos pacientes em hemodiálise, promovendo desconforto ao paciente que apresenta edemado membro, sangramento prolongado nos locais de punção e risco de falência da fístula arterioveno-sa. O advento dos procedimentos endovasculares tornou possível o tratamento destas obstruções demaneira menos invasiva, com taxas de sucesso variáveis, sendo que nos casos de oclusões crônicashá maior dificuldade técnica devido ao intenso processo fibrótico que ocorre na veia ocluída. Diantedo exposto é relevante responder qual é a taxa de sucesso técnico no tratamento endovascular deobstruções venosas centrais em pacientes em hemodiálise?OBJETIVO: Determinar a taxa de sucesso técnico no tratamento endovascular de obstruções veno-sas centrais em pacientes em hemodiálise.LOCAL: Hospital da Agro-indústria do Açúcar e do Álcool de Alagoas. Centro terciário de assistênciamédica público-privada.AMOSTRA: Pacientes consecutivos portadores de obstrução de veias centrais pelo uso de cateterpara hemodiálise, admitidos para angioplastia, no período de Maio/2008 – Abril/ 2009.PROCEDIMENTOS:VARIÁVEL: primária: taxa de sucesso técnico do tratamento de obstruções venosas centrais em pa-cientes em hemodiálise. Secundárias: sucesso técnico nas estenoses; sucesso técnico nas oclusões;freqüência de uso de stent; freqüência de retração elástica, freqüência de estenose associada da fís-tula arteriovenosa; número de acessos percutâneos necessários para o procedimento; ocorrência decomplicações maiores; taxa de sucesso clínico; taxa de reestenose sintomática. Dados complemen-tares: Gênero; membro acometido; presença de estenose ou oclusão; presença de fístula arteriove-nosa direta ou com prótese, duração do procedimento.MÉTODO ESTATÍSTICO: estudo descritivoRESULTADOS: dos dezenove pacientes incluídos neste estudo, houve incapacidade de ultrapassara obstrução em três casos. Nos outros dezesseis casos ultrapassamos a lesão com fio guia e reali-zamos a angioplastia com recuperação da luz do vaso (sucesso técnico de 84,2%). Doze pacientesapresentavam oclusão do vaso (63,2%) e sete estenose (36,8%), sendo que todos os três casos deinsucesso ocorreram em pacientes com oclusão. Sucesso técnico nas oclusões de 75% e nas este-noses de 100%. O implante de stent autoexpansível foi realizado em 3 ocasiões (15,8%). Ocorreuretração elástica na parede venosa em 5 ocasiões (26,3%). Não ocorreram complicações maiores eo sucesso clínico foi alcançado em todos os casos onde o sucesso técnico foi alcançado.CONCLUSÃO: a taxa de sucesso técnico do tratamento endovascular de obstruções venosas cen-trais em pacientes em hemodiálise foi de 84,2%.DESCRITORES: Síndrome da Veia Cava Superior, Trombose Venosa, Trombose, Veia Subclávia,Edema, Hemodiálise, Angioplastia.FONTES DE FOMENTO: não houve fonte de financiamento externo para esta pesquisa.COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA: estudo não submetidoCONFLITO DE INTERESSES: não há conflito de interesses.

TLC-36TRATAMENTO ENDOVASCULAR DA ESTENOSE VENOSA CENTRAL:ANGIOPLASTIA TRANSLUMINAL E IMPLANTE DE STENT PRIMÁRIO

BARLETTA, D. M. S. , BARBOSA, C. B., MAYALL, M. R., CORDEIRO, G. F., DELGADO, C.F. S., ZULUAGA, S. X., PINTO, C. R. R., GOMES, C. F. A., SALVADORI, R. A. M., PESSONI,H. C., FAGUNDES, F. B., NISHIO, R., VIRGINI-MAGALHÃES, C. E.,

HOSPITAL UNIVERSITÁRIO PEDRO ERNESTO (HUPE-UERJ) E HOSPITAL GERAL DEBONSUCESSO - RJ

Contexto: A estenose venosa central (EVC), ipsilateral ao membro com fístula artério-veno-sa (FAV), é uma patologia freqüente em pacientes renais crônicos terminais em hemodiálise.Por se tratarem de lesões de difícil acesso cirúrgico, a técnica de escolha tem sido a endo-vascular.Objetivos: Apresentar os dados dos pacientes submetidos ao tratamento endovascular daestenose venosa central de julho de 2007 a dezembro de 2008Tipo de Estudo: Análise retrospectiva dos prontuáriosLocal: Hospital Universitário Pedro Ernesto – UERJ e Hospital Geral de Bonsucesso - RJAmostra: Pacientes submetidos ao tratamento endovascular de estenose venosa centralVariável: Dados demográficos, tipo de FAV, tipo de sintoma, tempo de início dos sintomas,tipo de lesão, angioplastia transluminal percutânea (ATP), implante de stent primário (SP),complicações, tempo médio livre de sintomasMétodos: Foram analisadas 67 procedimentos paraa recanalização de EVC em pacientescom FAV ipsilateral que apresentavam sinais e sintomas no membro afetado. Flebografia di-agnóstica foi realizado no per operatório e a escolha do método de tratamento, ATP ou SP,foi aleatória, exceto nos casos de falência primária da ATP (estenose residual >30%). Osprocedimentos foram ambulatoriais e o seguimento realizado com exame clínico e estudo deduplex scan no primeiro mês e clínico semestralmente.Resultados: Foram realizados 67 procedimentos em 67 pacientes durante um período de 17meses. A idade média foi de 56 anos. O sintoma mais comum foi edema associado à circu-lação colateral em 100% dos casos e o tempo médio de início dos sintomas até o tratamentofoi de 7,5 meses. Todos os pacientes apresentavam história de implante de cateter de du-plo lúmem para hemodiálise ipsilateral, exceto um (1,5%). As lesões apresentadas foram 40oclusões (59,7%) e 27 estenoses (40,3%). Sucesso técnico foi de 88% (não foi possível a re-canalização em 8 oclusões ). Dos casos com sucesso, em quarenta realizamos ATP (59,7%)e em 19 SP (28,4%). O stent mais utilizado foi o Wallstent® (Cordis, EUA) em onze casos(57,9%). A complicação mais comum foi perfuração venosa em quatro casos, porém apenasum necessitando de internação (1,5%). No seguimento, oito pacientes evoluíram para óbito,porém nenhum relacionado ao procedimento. Todos os pacientes onde a recanalização foiefetiva apresentaram melhora significativa dos sintomas e o tempo médio livre de sintomasfoi de sete meses e vinte dias.Conclusão: As lesões oclusivas foram tecnicamente mais desafiadoras que as estenóticas,prevalecendo a ocorrência de insucesso técnico nestas. O procedimento endovascular foi efi-caz quando tecnicamente viável, com baixa morbimortalidade. Descritores: veia cava, angio-plastia com balão.Não há fontes de fomento e nem conflito de interesses

J Vasc Bras 2009, Vol.8, Num.2, Supl. Temas Livres Corretatos

S33

TLC-37TRATAMENTO ENDOVASCULAR POR ANGIOPLASTIA DE LESÕES EMTERRITORIO FEMORO-POPLÍTEO EM PACIENTES COM ISQUEMIA CRÍTICA.ROBERTO AUGUSTO CAFFARO; WALTER KARAKHANIAN; VALTER CASTELLI JUNIOR;CANDIDO FONSECA; ALVARO RAZUK; ALEXANDRE FIORANELLI; JONG HUN PARK; GUSTAVOJOSÉ POLITZER TELLES; GABRIEL SANTOS NOVAIS; CLÁUDIA GURGEL MARQUES; DANIELSEIJI KAWAI; GABRIEL FERNANDO AGUILAR RIGOLETO; FERNANDO PINHO ESTEVES;RONALDO DÁVILA; WALTER ZAVEM KARAKHANIAN.

Departamento de Cirurgia Vascular e Endovascular da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo

CONTEXTO: Na última década houve uma evolução muito grande da angioplastia transluminal per-cutânea das artérias do território fêmoro-poplíteo graças ao desenvolvimento tecnológico dos materi-ais e da experiência dos profissionais. Desta forma tornou-se possível tratamento de lesões cada vezmais complexas com segurança e evolução favorável, além de oferecer uma alternativa à pacientesde alto risco considerados inoperáveis pela técnica convencional.OBJETIVO: Analisar o perfil e a evolução dos pacientes com lesões arteriais no território fêmoro-po-plíteo com descompensação clínica da isquemia e submetidos à angioplastia nos últimos 4 anos.TIPO DE ESTUDO: O estudo constitui-se de analise retrospectiva de pacientes submetidos à angio-plastia de artéria femoral superficial, de 2005 a 2008, que foram avaliados com angiografia digital demembros inferiores.LOCAL: Irmandade Santa Casa de Misericórdia de São Paulo – São Paulo – SP (serviço terciário pú-blico), relacionando pacientes da enfermaria, ambulatório e pronto socorro.AMOSTRA: Foram selecionados 67 pacientes portadores de lesões em artéria femoral superficialsubmetidos a tratamento endovascular com angioplastia por balão (8,9%) e ou colocação de stent au-toexpansível (91,1%). A investigação iniciou-se a partir da internação para realização do procedimen-to e continuou com o seguimento ambulatorial, onde nas consultas periódicas foi feito controle dos fa-tores de risco, exame físico, palpação de pulsos, índice tornozelo-braço, e realização de duplex-scancom 3 meses de evolução. Na amostragem 37% eram do sexo masculino e 63% do sexo feminino.Apenas 2,9% não apresentavam comorbidades, sendo a mais freqüente a hipertensão arterial sistê-mica (79,1%), seguida pelo diabetes mellitos (68,6%) e em terceiro o tabagismo (22,3%). Segundoa classificação clínica de Rutherford RB para isquemia crônica de membros, 23,8% apresentavamdor em repouso ou claudicação limitante e 76,2% apresentavam lesão trófica. A lesão arterial maisfreqüente era na artéria femoral superficial distal.PROCEDIMENTO: Nas lesões oclusivas foram realizados pré-dilatações com balão de angioplastiapara posterior liberação do stent e pós-dilatação com balão. Nas estenoses foram realizados apenasa liberação de stent e pós-dilatação com balão.VARIÁVEIS: Comorbidades, complicações, mortalidade e eficácia.RESULTADOS: Houve apenas uma morte no período Peri operatório por descompensação de insufi-ciência cardíaca e três pacientes com morbidades (um com pneumonia e dois com infecção da lesãotrófica). A recanalização foi efetiva em 93% dos pacientes.CONCLUSÃO: Os resultados obtidos com tratamento endovascular por angioplastia do territóriofemoro-popliteo em pacientes com isquemia crítica permitem afirmar que é um método pouco invasi-vo e com poucas complicações, além de eficaz e com altas taxas de sucesso.

TLC-38ANGIOPLASTIA TRANSLUMINAL VERSUS DERIVAÇÃO COM VEIA SAFENADEVALVULADA EM ARTÉRIAS INFRAGENICULARES EM PACIENTES COMISQUEMIA CRÍTICA: COMPARAÇÃO DE PERVIEDADE E SALVAMENTO DEMEMBROCOSTA, V. S. , CASELLA, I. B., BROCHADO-NETO, F. C., KALAF, M. J., SANDRI, G. A., CURY, M.V., ROCHA, J. O., SACILOTTO, R.,

HOSPITAL DO SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL – SP. SERVIÇO DE CIRURGIA VASCULAR

CONTEXTO: As estimativas de função e salvamento de membro das derivações com veia safenamagna mostram bons resultados no tratamento da isquemia crítica. São necessários estudos compa-rativos entre derivações e angioplastias no território infragenicular.OBJETIVO: Determinar e comparar a perviedade e salvamento de membro da angioplastia (ATP) edas derivações com veia em lesões arteriais infrageniculares em pacientes com isquemia crítica.TIPO DE ESTUDO: Retrospectivo.LOCAL: Hospital Terciário - Hospital do Servidor Público Estadual – SP.AMOSTRA: Pacientes com aterosclerose do território infragenicular apresentando-se com isquemiacrítica. Foram selecionados para o estudo os pacientes tratados com derivação com veia safena mag-na removida e devalvulada em segmento único ou angioplastia.PROCEDIMENTOS: Entre janeiro de 2000 a janeiro de 2007, 402 pacientes apresentando doençaaterosclerótica com isquemia crítica foram submetidos à angioplastia transluminal percutânea ou re-vascularização arterial utilizando a veia safena devalvulada (em segmento único). Deste grupo, 132com lesões arteriais infrageniculares foram tratados por ATP (47 pacientes, 51 membros) ou deri-vação com safena (85 pacientes, 87 membros). No seguimento, outros 06 procedimentos foram reali-zados no grupo das angioplastias e 12 no grupo cirúrgico. Dados clínicos e anatômicos foram compa-rados entre os grupos, a classificação “TASC” das lesões e o escoamento, este último definido comoadequado quando os segmentos arteriais distais ao tratamento apresentavam-se sem estenoses edrenando diretamente para o arco podálico. Os pacientes foram seguidos periodicamente por avali-ações clínicas e por ecodoppler.VARIÁVEL: Primária: Salvamento de membro. Secundárias: perviedades primária, primária assistidae secundária; sobrevida e variáveis demográficas.MÉTODO ESTATÍSTICO: Utilizado o SPSS 13.0. Os fatores foram comparados utilizando-se o Log-Rank e os índices cumulativos através do Kaplan-Meier.RESULTADOS: Os índices de perviedade primária, perviedade primária assistida, perviedade se-cundária e salvamento de membro em 24 meses no grupo cirúrgico foram de 57.1, 66.3, 68.8 e79.5%, respectivamente. No grupo das ATPs foram de 45.2, 52.7, 63.2 e 73.9%. Não houve dife-rença estatística nos índices de função entre os dois grupos (Log Rank; P= 0.43, 0.10, 0.28 e 0.16,respectivamente). Escoamento precário e lesões TASC C e D foram indicativos de piores índices deperviedade e salvamento de membro para ambos os grupos. O grupo cirúrgico apresentou resultadosmelhores de salvamento de membro na presença de lesões TASC C e D que o grupo endovascular(P< 0.05). Não houve diferença de resultados entre os grupos na ausência de escoamento adequado.CONCLUSÃO: A angioplastia e a revascularização utilizando a veia safena apresentaram resultadoscomparáveis de perviedade e salvamento de membro no tratamento das lesões arteriais infragenicu-lares de portadores de isquemia crítica.DESCRITORES: Angioplastia (D017130 ), salvamento de membro (D023821), aterosclerose(D050197).FONTES DE FOMENTO: NenhumaCONFLITO DE INTERESSES: Nenhum.

TLC-39CIRURGIA ENDOVASCULAR EM PACIENTES NONAGENÁRIOS PARASALVAMENTO DE MEMBRO

ERZINGER, F.L.; TIMI, J.R.R.; NEJM JR, C.S. (APRESENTADOR).

Núcleo Integrado de Cirurgia Endovascular e Pesquisa – NICEP, Hospital São Lucas, Curiti-ba – Pr

Contexto: A longevidade das pessoas tem aumentado com os avanços na medicina principal-mente no controle e na prevenção das doenças. Os tratamentos nos pacientes idosos estãoassociados a medidas mais conservadoras devido as comorbidades, principalmente as car-diovasculares, tornando-os de risco elevados para tratamentos cirúrgicos. Na literatura 10 a20% das pessoas que apresentarem, após os 70 anos de vida, claudicação intermitente dosmembros inferiores, necessitarão de tratamento cirúrgico para sua correção.Objetivo: Descrever dois casos onde foram realizados tratamentos cirúrgicos endovascularem pacientes nonagenários, demonstrando que a idade não é fator limitante para indicaçãode tratamento cirúrgico no território vascular.Tipo de estudo: Analise descritiva de 2 relatos de casoLocal: Núcleo Integrado de Cirurgia Endovascular e Pesquisa – NICEP, Hospital São Lucas,Curitiba – PrDescrição do caso: - Paciente 01: feminino, 90 anos, com claudicação domiciliar do MID li-mitante, apresentava como comorbidades Hipertensão arterial sistêmica, tabagismo prévio edislipidemia. Ao exame físico apresentava pulso femoral direito diminuído, poplíteos e distaisausentes; ITB direito=0,4. Ecodoppler apresentava estenoses significativas e segmentaresem artéria femoral superficial, poplítea e tibial anterior e oclusão de artéria tibial posterior.Fez uso de cilostazol e AAS, sem melhora clinica após 3 meses. Realizado angioplastia deartéria femoral com stent e balão nas artérias distais. Após 8 meses de acompanhamentoa paciente permanece assintomática. Paciente 02: feminino, 91 anos, com claudicação pa-ra 10m do MID, possuía como comorbidades cardiopatia (Angina estável), diabetes e hiper-tensâo arterial sistêmica. Ao exame físico apresentava ITB 0,3; pulsos poplíteo e distais au-sentes. Angiotomografia arterial demonstrando oclusão de artéria poplítea e tibial posterior,estenoses significativas de artéria tibial anterior e fibular. Iniciado tratamento com cilostazol eAAS sem melhora clinica após 3 meses. Realizado angioplastia proximal com stent e balãonas artérias distais. Apresentou reestenose de 60% em artéria poplítea, porém permaneceassintomática após 9 meses de acompanhamento. Resultados: Os dois pacientes nonagená-rios com comorbidades, foram submetidos a tratamento endovascular sem intercorrências ecom resultado inicial satisfatório. Conclusão: Pacientes nonagenários que apresentam lesõesisquêmicas críticas nos membros inferiores, podem ser submetidos a tratamento endovascu-lar, para salvamento dos mesmos, devido a sua baixa morbidade e mortalidade.Descritores: Angioplastia, aterosclerose, cirurgia, claudicação, nonagenáriosFonte de fomento: não há.Conflito de interesse: não há

Temas Livres Corretatos J Vasc Bras 2009, Vol.8, Num.2, Supl.

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