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TEORIA DOS JOGOS E A DIFUSÃO DA ECONOMIA DE COMUNHÃO

Andreza Daniela Pontes Lucas Universidade Federal de Pernambuco

Av. Acadêmico Helio Ramos, s/n, Cidade Universitária, Recife-PE, Cep: 50740-530 [email protected]

Francisco S. Ramos

Universidade Federal de Pernambuco Av. Acadêmico Helio Ramos, s/n, Cidade Universitária, Recife-PE, Cep: 50740-530

[email protected]

RESUMO

Este trabalho faz a análise do comportamento de empresas da Economia de Comunhão (EdC) no mercado sob a ótica da Teoria dos Jogos. Ele inicia-se com um breve estudo de elementos de Teoria dos Jogos que vão fundamentar as etapas posteriores do trabalho. A seguir é feita uma conceituação do que vem a ser uma empresa de EdC e quais são suas características. Depois são estudadas cinco possibilidades de conflito: Empresa 1 x empresa 2; Mercado onde todas as empresas são EdC x empresa 2; Mercado onde nenhuma empresa é EdC x empresa 2; Clientes x empresa 2; e Clientes x empresa 1 x empresa 2. Em cada um destes casos são determinados os possíveis Equilíbrios de Nash do problema. E finalmente o trabalho conclui-se apontando caminhos para se contribuir de maneira que o mercado empresarial se torne mais comprometido com o bem-estar social.

Palavras-chave: Teoria dos Jogos, Equilíbrio de Nash, Economia de Comunhão. Administração e gestão da produção.

ABSTRACT

This study does the behavioral analysis of Economy of Communion (EoC) enterprises in the market under Game Theory optics. It begins with a brief study of Game Theory elements that will found the stages after the work has been completed. Next a concept of what is a EoC enterprise will be made and what its characteristics are. Afterwards five conflict possibilities are studied: Enterprise 1 x enterprise 2; Market where all the enterprises are EoC x enterprise 2; Market where no enterprise are EoC x enterprise 2; Clients x enterprise 2; and Clients x enterprise 1 x enterprise 2. In each one of these cases the possible Nash Equilibrium of the problem are determined. And finally the work is concluded by appointing ways to contribute so that the enterprise market becomes more in line with the social good.

Key words: Game Theory, Nash Equilibrium, Economy of Communion. Management & Production.

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1. Introdução Atualmente o mercado empresarial é caracterizado por um ambiente de incertezas e grande

competitividade. A cada dia surgem novas empresas, enquanto outras quebram. Em paralelo a este fato percebe-se o agravamento das desigualdades sociais.

Nesta conjuntura, no ano de 1991, surge o projeto de Economia de Comunhão (EdC), do qual fazem parte empresas de diferentes setores, de pequeno e médio porte, que estão inseridas na dinâmica do mercado, porém com uma característica diferente. Elas procuram colocar o homem no centro de sua gestão, e não o capital. Isso reflete em vários âmbitos da empresa, inclusive na forma como o lucro é administrado. Estas empresas visam através de sua atuação responsável no mercado contribuir para a geração de emprego, circulação de renda, diminuição das desigualdades sociais e preservação do meio ambiente.

Este trabalho tem como objetivo analisar do ponto de vista da teoria dos jogos a relação destas empresas com as demais empresas presentes no mercado e com os seus possíveis clientes. Para isto ele foi estruturado em cinco partes organizadas do seguinte modo: A parte 1 é esta introdução. Na parte 2 são abordados alguns elementos de Teoria dos Jogos. A parte 3 faz uma breve explanação do que vem a ser uma empresa da economia de comunhão e como elas surgiram. A parte 4 é dedicada à proposição e estudo de cinco tipos de conflito envolvendo empresas da EdC. E na parte 5 é feita a análise dos resultados bem como a conclusão deste trabalho.

2. Elementos de Teoria dos Jogos A teoria dos jogos é uma teoria matemática que estuda situações de conflito e(ou)

cooperação. Ela é usada para analisar situações que envolvem interações entre agentes racionais que se comportam estrategicamente. Nestes casos as ações são tomadas levando em consideração não somente os objetivos e possibilidades de escolha de cada agente individualmente, mas também os objetivos e possibilidades de escolha dos demais jogadores. Há uma considerável literatura disponível sobre este assunto, alguns autores que em seus livros abordam a Teoria dos Jogos são: Kreps (1990), Mas-Colell at al (1995), Rasmussem (1994), Tirole (1989) e Varian (1992).

Em alguns jogos, a teoria pode indicar uma “solução”, isto é, a melhor maneira de agir em determinada situação para cada um dos agentes envolvidos. Porém, na maioria dos jogos que descrevem problemas reais, ela fornece apenas uma visão geral da situação, descartando algumas "jogadas" que não levarão a bons resultados.

Os resultados da teoria dos jogos podem ser aplicados a aspectos significativos da vida em sociedade. Um exemplo deste tipo de aplicação é o Dilema do Prisioneiro, popularizado pelo matemático Albert W. Tucker, que tem muitas aplicações no estudo da cooperação entre indivíduos. É a situação em que dois comparsas, A e B, são pegos cometendo um crime, levados à delegacia e colocados em celas diferentes. O promotor lhes diz que a polícia possui evidência suficiente para mantê-los presos por um ano, mas não o bastante para uma condenação mais pesada. Porém, se um confessar e concordar em depor contra seu cúmplice ficará livre por ter colaborado, e o outro irá para a cadeia por 3 anos. Já se ambos confessarem o crime, cada um sofrerá uma pena de dois anos.

As decisões são simultâneas e um não sabe nada sobre a decisão do outro. O dilema do prisioneiro mostra que, em cada decisão, o prisioneiro pode satisfazer o seu próprio interesse (trair) ou atender ao interesse do grupo (cooperar).

Jogador B

Coopera Trai Jogador A Coopera 1,1 3,0 Trai 0,3 2,2

Figura 1 – Dilema do prisioneiro

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Para qualquer um dos prisioneiros, o melhor resultado possível é trair e seu parceiro ficar calado. E até mesmo se seu parceiro trair, o prisioneiro ainda lucra por não cooperar também, já que ficando em silêncio pegará três anos de cadeia, enquanto que, confessando, só pegará dois. Em outras palavras, seja qual for a opção do parceiro, o prisioneiro se sai melhor traindo.

O único problema é que ambos chegarão a essa conclusão: a escolha racional é trair. Essa lógica vai, desta forma, proporcionar a ambos dois anos de cadeia. Se os dois cooperassem, haveria um ganho maior para todos, mas a otimização dos resultados não é o que acontece. Visto que há uma solução melhor no sentido pareto para ambos, e que está solução não será o resultado do jogo.

Existem inúmeras outras situações que podem ser tratadas como jogos, no sentido mais amplo dado por John von Newmann, a quem é atribuída a criação da Teoria dos Jogos. Exemplo de situações deste tipo são: as táticas de guerra, a política nacional e internacional, problemas econômicos e até mesmo a evolução biológica, que tem fatores facilmente quantificáveis.

Um outro exemplo de jogo, também comum, é o jogo de coordenação. A seguir é explanado um jogo de coordenação do padrão tecnológico. Ele pode representar o caso de um fabricante de sistemas operacionais (jogador A), que tem que decidir se desenvolve ou não uma nova ferramenta em seu sistema, e a empresa que produz software antevirus (jogador B) tem de decidir, simultaneamente, se atualiza seu software para a nova ferramenta a ser introduzida no sistema operacional. Embora as empresas não se mantenham em contato para tomar suas decisões, ambas têm interesse em uma solução conjunta, pois decisões diferentes trazem prejuízo para ambas, como se pode ver a seguir.

Jogador B

Atualiza Não atualiza Jogador A Desenvolve 2,1 -1,-2

Não desenvolve 0,-1 1,2 Figura 2 – Jogo de coordenação

Diz-se que uma combinação de estratégias constitui um equilíbrio de Nash quando cada

estratégia é a melhor resposta possível às estratégias dos demais jogadores, e isso é verdade para todos os jogadores. Ou seja, uma determinada estratégia representa um equilíbrio de Nash se não é interessante para nenhum dos jogadores mudar sua decisão, dado que os outros jogadores manterão suas decisões.

Porém nem sempre é possível encontrar um equilíbrio de Nash para resolver determinados problemas. No mundo econômico para superar seus concorrentes as empresas precisam surpreendê-los. Quando ao invés de se escolher uma estratégia para se jogar com certeza o jogador decide alternar entre duas estratégias aleatoriamente, atribuindo uma probabilidade de escolha a cada estratégia, diz-se que o jogador utiliza estratégias mistas. Quando isso não ocorre a estratégia é dita pura. Quando aprecem estratégias mistas em teoria dos jogos, em geral, a melhor maneira de se tomar uma decisão é através do estudo da recompensa esperada para cada ação, dada pelo valor esperado do payoff do jogador para cada possível jogada.

A teoria dos jogos não pretende resolver todos os tipos de conflito, porém nos dá uma melhor compreensão em situações complicadas, através da sua coleção de técnicas para analisar estes problemas.

3. O Mercado e a Economia de Comunhão No decorrer de sua história, o homem sempre buscou maneiras de melhor utilizar seus

esforços para obter melhores resultados em suas ações. Embora o trabalho organizado exista desde os primórdios da civilização, ele se apresentou de diversas formas.

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Nos modos de produção mais antigos os agentes eram possuidores dos meios de produção e distribuição e, portanto eram também possuidores dos produtos de suas atividades, como no caso do artesanato e da agricultura familiar. Com o advento do capitalismo os meios de produção e distribuição, assim como o trabalho se tornaram mercadorias. Houve assim a polarização da sociedade em dois grupos: de um lado uma minoria possuidora dos meios de produção e do outro a maioria limitada à posse da sua capacidade individual de trabalho. Esta concentração de capital na mão de poucos possibilitou a viabilização da revolução industrial através do investimento em pesquisas.

Atualmente as organizações têm diante de si grandes desafios, entre os quais a necessidade de lutar com recursos escassos em um ambiente acirrado e dinâmico. Foi exatamente nesse contexto que surgiu a Economia de Comunhão.

Todo agir econômico expressa uma determinada visão de mundo, fruto de uma cultura específica. O projeto de EdC não foge à regra. Ele nasceu no âmbito do Movimento dos Focolares, que é um movimento eclesial e civil, iniciado em 1943, em Trento, na Itália, por Chiara Lubich. Esse movimento está difundido em 182 países, e dele participam mais de 4 milhões de pessoas que têm como objetivo a busca da construção da unidade, visando a defesa de valores comuns e o comprometimento efetivo em prol de emancipação humana e social. A EdC foi conceituada por Baraúna (2000, 334) como: “...uma rede mundial de iniciativas empresariais e de pessoas, que têm por fundamento a ‘cultura da partilha’, derivada da prática da comunhão dos bens, ou seja, da comunhão de recursos materiais e espirituais colocados em circulação no tecido social, tendo em vista a consecução da justiça.”

A idéia da EdC foi lançada por Chiara Lubich (1991), que a definiu do seguinte modo: “Trata-se da criação ou da reestruturação de empresas, pequenas ou grandes, entendidas como comunidade de pessoas, cujos proprietários livremente distribuem os lucros de acordo com o novo critério.”

Este novo critério de destinação dos lucros é feito dividindo-o em três partes, cada uma com uma das três finalidades que seguem: consolidação da empresa com justos salários e respeito às leis vigentes; ajuda aos necessitados e criação de postos de trabalho; e sustento a estruturas aptas para formar homens capazes de viver a cultura da solidariedade, a cultura da partilha.

O projeto de EdC surge como uma prática econômica baseada em empresas, cujo objetivo, além de gerar emprego e renda, é realizar a distribuição dos lucros de acordo com as finalidades citadas acima. A geração dos lucros nessas empresas é um componente essencial e estratégico, já que são eles os que vão gerar a comunhão.

Um elemento estratégico indispensável destas empresas é a formação humana, pois ela é a base cultural na qual o projeto se sustenta. Esta formação visa favorecer o pleno desenvolvimento da EdC através do amadurecimento das condições físicas e mentais na qual ela surgiu.

Quanto à parte dos lucros destinada à ajuda aos necessitados, ela é usada para suprir carências de alimentação, moradia, saúde, educação dentre outras. De acordo com que foi citado anteriormente a comunhão dos bens presente no Movimento dos Focolares tem como objetivo promover a igualdade social. O surgimento da EdC fez com que essa prática assumisse uma dimensão maior, realizando a circulação da renda.

Esse projeto iniciou-se no Brasil e se estendeu pelos cinco continentes. Estão nascendo empresas desse tipo em toda parte, implantadas por membros do Movimento, com capital e tecnologia partilhados também entre as nações e continentes. De acordo com o último levantamento existem hoje 735 empresas de diversos portes no mundo. Das quais 241 estão nas Américas, 458 na Europa, 31 na Ásia, 1 na África e 2 na Austrália, como pode ser visto em Economia de Comunhão(2006).

O Bureau Internacional de Economia do Trabalho em 1997 tentou estruturar as características que devem ter uma empresa pertencente ao Projeto de Economia de Comunhão. Esse

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conjunto de características foi denominado “Linhas para conduzir uma empresa de Economia de Comunhão”; estas características foram estruturadas em sete aspectos, vistos a seguir.

Empreendedores, Trabalhadores e Empresas: Os empreendedores que aderem à EdC formulam estratégias e objetivos levando em consideração critérios típicos de uma correta gestão envolvendo nessa atividade os membros da empresa, tomam decisões de investimento com prudência, mas com particular atenção à criação de novas atividades e de postos de trabalho produtivos. O ser humano, e não o capital, está no centro da empresa. A organização é gerida de maneira a promover o aumento dos lucros, destinado a três fins: o crescimento da empresa, as pessoas em dificuldade econômica, a começar por aquelas que também fizeram a escolha da “cultura do dar”, e a difusão de tal cultura, isto é, a formação de pessoas que tenham essa mentalidade característica daqueles que fazem parte do projeto de EdC.

Relacionamento com Clientes, Fornecedores, Sociedade Civil e Pessoas Externas: A empresa busca todos os meios oportunos para oferecer bens e serviços úteis e de qualidade, a preços justos. Os seus membros trabalham com profissionalismo para construir e reforçar bons e sinceros relacionamentos com os clientes, fornecedores e a comunidade, aos quais são orgulhosos de serem úteis. Relacionam-se em modo leal com os concorrentes, apresentando o efetivo valor de seus produtos ou serviço e abstendo-se de ressaltar características negativas dos produtos ou serviços dos concorrentes. Tudo isso permite enriquecer a empresa de um capital imaterial constituído de relacionamentos de estima e confiança com responsáveis de empresas fornecedoras ou clientes, ou da administração pública, produzindo um desenvolvimento econômico menos sujeito a variações de mercado.

Ética: O trabalho da empresa é um meio de crescimento interior para todos os seus membros. Ela respeita as leis e mantém um comportamento eticamente correto ao confrontar-se com as autoridades fiscais, os órgãos de controle, os sindicatos e os órgãos institucionais. Age igualmente nos confrontos com os próprios dependentes e espera deles o mesmo comportamento. Na definição da qualidade de seus próprios produtos e serviços, busca não só cumprir suas obrigações de contrato, mas também leva em consideração os reflexos da qualidade dos mesmos sobre o bem-estar das pessoas às quais os produtos são dedicados.

Qualidade de Vida e da Produção: Um dos primeiros objetivos dos empreendedores da EdC é o de transformar a empresa em uma verdadeira comunidade. Eles se encontram regularmente com os responsáveis da gestão para verificar a qualidade dos relacionamentos interpessoais e com eles procuram resolver as situações difíceis, sabendo que o esforço para resolver estas dificuldades pode gerar efeitos positivos sobre os membros da empresas, estimulando assim a inovação, o amadurecimento do grupo e a produtividade. A saúde e bem-estar de cada membro da empresa são objeto de atenção, com um olhar especial a quem possui necessidades especiais. As condições de trabalho são adequadas para o tipo de atividade: respeito às normas de segurança, ventilação adequada, nível tolerável de ruído, iluminação necessária e assim por diante. Procura-se evitar horários de trabalho excessivos, de modo que ninguém fique sobrecarregado, e as férias são respeitadas. O ambiente de trabalho é amigável e nele reinam o respeito, a confiança e a estima recíproca. A empresa produz bens e serviços seguros, prestando atenção aos efeitos sobre o ambiente bem como à economia de energia e recursos naturais com referência a todo o ciclo de vida do produto.

Harmonia no Ambiente de Trabalho: A empresa adota sistemas de gestão e estruturas organizacionais que promovem o trabalho em grupo e o crescimento individual. Os membros fazem com que os locais de trabalho sejam os mais limpos e organizados possíveis, de modo que os empresários, trabalhadores, clientes e fornecedores percebam esta harmonia e se sintam impulsionados a difundir este estilo.

Formação e Treinamento: A empresa favorece entre seus membros a instauração de uma atmosfera de sustento recíproco, de respeito e confiança, na qual seja natural colocar livremente à

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disposição os próprios talentos, idéias e competências em prol do crescimento profissional dos colegas e para o progresso da empresa. O empreendedor adotará critérios de seleção de pessoal e de treinamento para os trabalhadores de tal modo que os estimule a entrar na atmosfera da empresa. Para permitir a cada um alcançar os objetivos, sejam de interesse da empresa, sejam pessoais, a empresa fornecerá a oportunidade de informações e aprendizado contínuo.

Comunicação: A empresa que adere à EdC cria um clima de comunicação aberta e sincera que favorece a troca de idéias entre dirigentes e trabalhadores. Ela é também aberta àqueles que, apreciando as idéias da EdC, se oferecem para contribuir para o seu desenvolvimento, e àqueles que, interessados na cultura do dar, desejam aprofundar os vários aspectos da sua experiência concreta. Estas empresas, também na intenção de desenvolver relações econômicas reciprocamente úteis e produtivas, utilizam os mais modernos meios de comunicação para coligar-se entre elas seja em nível local ou no âmbito internacional, alegrando-se com os sucessos ou compartilhando as dificuldades e insucessos, em um espírito recíproco de sustento e solidariedade.

4. Problema O problema proposto neste trabalho será a busca da resposta para a seguinte pergunta:

“Uma empresa que decide entrar no mercado na conjuntura atual deve fazer parte ou não de iniciativas como a Economia de Comunhão?

Para responder a essa pergunta serão feitas algumas análises. Porém antes de tudo é necessário conceituar o que é ou não uma empresa da Economia de Comunhão. Neste trabalho serão considerados dois tipos de empresa: as Capitalistas Selvagens (CS), e as de Economia de Comunhão (EC), cujas características estão expostas na tabela a seguir:

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EC CS Investe no social Não investe no social Age de maneira responsável com relação ao meio ambiente

Restringe-se a cumprir as leis ambientais

Toma decisões com a participação de todos A diretoria é responsável por todas as decisões Esforça-se para criar novos postos de trabalhos Busca minimizar custos com mão-de-obra Ser humano no centro do sistema produtivo Capital no centro do sistema produtivo Utiliza da melhor maneira possível os talentos de cada trabalhador

Estabelece metas para os trabalhadores

Divisão dos lucros em três partes, segundo as finalidades da EdC

Destinação final do lucro para o empresário

Procura oferecer bens e serviços de qualidade a preços justos

Busca minimizar os custos para aumentar o lucro

Trabalha com profissionalismos para garantir e reforçar bons relacionamentos

Restringe-se a atender os compromissos contratuais

Lealdade com os concorrentes Superação dos concorrentes Formação de um capital relacional Relações de trabalho formais Comportamento ético com entidades legais e dependentes

Comportamento de acordo com as leis de maneira a evitar multas ou outras punições

Fazer da empresa uma comunidade Fazer da empresa um sistema eficiente Garantir a qualidade dos relacionamentos interpessoais

Garantir a produtividade individual

Condições de trabalho o mais adequadas possível

Cumprimento das normas trabalhistas

Ambiente de trabalho onde reinam o respeito a confiança e a estima recíproca

Ambiente de trabalho hostil

Disposição de talentos e habilidades em prol da empresa

Ações visando recompensas

Estimular os trabalhadores a entrarem na atmosfera da empresa

Estimular a produtividade

Oportunidade de formação e aprendizado contínuo

Formação específica para o exercício de determinadas funções

Troca de idéias livre Opiniões sujeitas à hierarquia Abertura àqueles que querem estudar ou de algum modo contribuir para a EdC

Informações sigilosas de maneira a evitar espionagem

Compartilhamento de dificuldades Individualismo Tabela 1 – Características de EC e SC (Elaborada pela autora)

Logicamente, não existem empresas com 100% das características da EC do mesmo modo

que não existem empresas 100% CS. As empresas presentes no mercado possuem características tanto de um tipo de empresa como de outro, são na verdade uma combinação dos dois modelos apresentados. A idéia deste trabalho é estudar os comportamentos deste dois extremos para indicar o lado para o qual seria mais interessante uma organização direcionar seus esforços.

Este estudo foi feito através da análise de cinco situações de conflito diferentes. Embora na literatura haja muito material que trata de interações deste tipo, dentre eles: Laffont (1997), Colman (2003), Kevin at al (1996). Para jogos envolvendo iniciativas empresariais como a EdC não existem tantos trabalhos. Contudo, em Bruni(s/d) foi feito um estudo envolvendo Teoria dos Jogos e EdC. Este estudo refere-se exatamente ao conflito 1 deste trabalho.

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Conflito 1: Empresa 1 X Empresa 2 Neste caso considera-se que o mercado possui apenas duas empresas onde cada uma delas

pode optar entre ser EC e CS. Este problema pode ser interpretado inicialmente como um caso de dilema do prisioneiro, como se pode ver a seguir:

Empresa 2 EC CS Empresa 1 EC 3,3 1,4 CS 4,1 2,2

Figura 3 – Conflito 1a

Se ambas as empresas optarem por serem EC, elas terão certas vantagens: o aumento no número de clientes potenciais (uma vez que se elas contribuem para diminuir a pobreza, contribuem também para o aumento do consumo de bens), uma sociedade menos violenta (já que o número de desempregados e pessoas marginalizadas diminuirá), melhores condições de saúde (já que o impacto ambiental vai ser minimizado), entre outras. Se uma das empresas se torna EC e outra não, a empresa CS vai ter uma maior lucratividade por não priorizar em sua gestão medidas que aumentam os custos em prol do meio ambiente, da redução da pobreza ou de outros fatores, e ao mesmo tempo vai gozar dos benefícios trazidos pela outra empresa que é EC. Se ambas as empresas são CS, elas terão uma maior lucratividade, mas também terão um mundo mais poluído, uma sociedade mais violenta e vão ter que gastar com segurança, saúde, etc. Portanto o payoff final de ambas será 2.

Logo, quando cada empresa buscar o que é melhor para si, ambas vão terminar em uma situação pior do que estariam se agissem de maneira a garantir o bem-estar da maioria, pois o Equilíbrio de Nash deste problema é (CS, CS) = (2, 2).

Bruni, em seu trabalho acrescenta à matriz de payoffs não só o retorno líquido proveniente das relações econômicas, mas ele considera que a utilidade final de cada jogador, neste caso dos empresários das empresas, se eles têm essa consciência voltada para o coletivo será acrescido de novas parcelas, conforme pode-se ver no jogo abaixo:

Empresa 2 EC CS Empresa 1 EC 4,4 2,2 CS 2,2 1,1

Figura 4 – Conflito 1b

Ou seja, o payoff do empresário pode aumentar ou diminuir pelo fato de ele estar ou não agindo segundo a sua “consciência”, de maneira a promover o bem-estar da maioria. Então neste caso se ele é EC ele ganha um ponto a mais no seu payoff advindo deste fator. Se ele é CS ele perde um ponto no seu payoff pelo mesmo motivo. E se ele é CS e seu concorrente é EC ele perde então 2 pontos no seu payoff, porque além de não ter agido segundo a sua consciência ele tornou-se um empecilho para o seu concorrente. Nessa nova matriz de payoffs percebe-se facilmente que o nível de “consciência” dos empresários é capaz de alterar os resultados e o Equilíbrio de Nash torna-se (EC, EC) =(4,4).

Conflito 2: Mercado onde todas são CS X Empresa 2 O conflito 2 não chega a ser um conflito, trata-se de um problema de decisão para a

empresa 2. Dado que todas as empresas presentes no mercado são CS, uma empresa entrante deve

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decidir se quer ser CS ou EC. Naturalmente ela terá muito mais chances de sobreviver no mercado se optar por ser CS, dado que suas ações terão um alcance pequeno perante as outras empresas, e ela vai estar inserida onde cada um vive apenas em função do beneficio individual.

Empresa 2 EC CS Mercado CS 2,1 2,2

Figura 5 – Conflito 2

Conflito 3: Mercado onde todas são EC X Empresa 2 Assim como o conflito 2, este caso também trata-se de um problema de decisão para a

empresa 2. Dado que todas as empresas presentes no mercado são EC, uma empresa entrante deve decidir se quer ser CS ou EC. Como no caso anterior, ela terá mais chances de se estabelecer e sobreviver no mercado se for igual a todas as outras. Em um mercado onde todas as empresas adotam um comportamento de responsabilidade social, uma empresa que age de modo diferente é mal vista pela sociedade, ou seja, ainda que ela apresente custos menores em seus produtos, num contexto onde a responsabilidade social é comum, um comportamento diferente não será aceito. Contudo, os payoffs nesta situação serão melhores que os payoffs da situação anterior pelo fato da empresa 2 está numa sociedade menos poluída, menos violenta, etc.

Empresa 2 EC CS Empresa 1 EC 3,3 3,2

Figura 6 – Conflito 3 Através dos conflitos 2 e 3 percebe-se que dependendo do número o do tipo de empresas

presentes no mercado para uma entrante pode ser mais atraente se de um grupo ou de outro.

Conflito 4: Clientes X Empresa 2 Outro fator relevante nesta análise é a interação entre clientes e empresas, uma vez que são

os clientes os responsáveis para que uma empresa progrida ou regrida no mercado, dado que são eles que consomem ou não os produtos da mesma.

Neste caso o problema seria o seguinte: há uma empresa que deve escolher de qual tipo será. Este mercado é constituído de dois tipos de consumidores: os Capitalistas Selvagens (que preocupam-se apenas com os bens ou serviços que serão oferecidos e o seu preço) e os da Economia de Comunhão (que são capazes de pagar mais caro, desde que saibam que a empresa é da EdC). Neste caso o conflito é entre uma empresa e seus consumidores em potencial, sendo que p% destes consumidores são EC, enquanto que (1-p)% são CS. Este problema é um exemplo de jogo de coordenação, porém como há uma porcentagem de clientes que é EC e o restante é CS, a solução para este jogo será um Equilíbrio de Nash em Estratégia Mista.

Empresa 2 EC CS Clientes EC 3,3 1,1 (p) CS 1,1 3,3 (1-p)

Figura 7 – Conflito 4

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Deste modo, o valor esperado(VE) para a empresa em cada uma das situações será: VE(EC) = 3p + 1(1-p) = 2p+1 VE(CS) = 1p + 3(1-p) = 3-2p Resolvendo-se as equações acima, observa-se que para p>1/2 é melhor para a empresa ser

EC, e para p<1/2 o valor esperado de seu lucro será maior se ela for CS. Conflito 5: Empresa 1 X Empresa 2 X Clientes Neste caso o jogo pode ser considerado como que contendo três fases: inicialmente a

natureza (que aqui vai se comportar como um jogador) decide o valor de p, ou seja, o percentual de jogadores EC. Depois a empresa 1 decide se será EC ou CS e finalmente a empresa 2 faz a mesma escolha.

Figura 8 – Jogo de Informação Incompleta

Neste caso os valores esperados das interações entre as duas empresas poderão ser calculados do mesmo modo como foi feito no conflito 4 e serão:

Empresa 2 EC CS Empresa 1 EC 2p+2, 2p+2 3p+1, 4-3p CS 4-3p, 3p+1 4-2p, 4-2p

Figura 9 – Conflito 5

Se todos os consumidores dessa sociedade forem a EC, ou seja, p=1, então as empresas vão obter o melhor payoff se forem ambas EC. Do mesmo modo se nenhum consumidor for EC é melhor para as empresas serem ambas CS. Se 50% dos consumidores são CS e 50% EC, para as empresas é melhor que sejam ambas CS ou ambas EC.

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P=1 Empresa 2 EC CS Empresa 1 EC 4,4 4,1 CS 1,4 2,2

Figura 10 – Payoffs para p=1

P=1/2 Empresa 2 EC CS Empresa 1 EC 3,3 2,5;2,5 CS 2,5;2,5 3,3

Figura 11 – Payoffs para p=1/2

P=0 Empresa 2 EC CS Empresa 1 EC 2,2 1,4 CS 4,1 4,4

Figura 12 – Payoffs para p=0

5. Análise dos Resultados e Conclusões Como pode ser visto no decorrer do trabalho, o sucesso ou insucesso de iniciativas como a

EdC depende sobretudo do contexto no qual a empresa está inserida, ou seja da mentalidade das pessoas que colaboram com ela. Isto foi percebido quando mostrou-se que quanto maior o número de empresas EC mais viável é para uma empresa entrante ser também EC, e também quando viu-se que quanto maior a porcentagem de clientes EC no mercado, maior o retorno esperado de uma empresa EC.

Se desde 1991 até hoje as empresas da EdC têm se desenvolvido no mercado é certamente devido ao contexto histórico e social em que elas nasceram. Contudo percebe-se que é interessante para toda e qualquer sociedade ter iniciativas deste tipo, porque elas em larga escala podem contribuir para a diminuição da pobreza e conseqüentemente da violência, geração de empregos, circulação da renda, preservação do meio ambiente, respeito às leis, etc.

Este trabalho não pretende de modo algum exaurir o tema. Há muito ainda a ser estudado no sentido de se analisar quais os fatores culturais capazes de fomentar iniciativas deste tipo. Sabendo-se os fatores que estimulam o nascimento de projetos como a EdC, talvez seja interessante para o governo e a sociedade direcionar suas ações para a propagação deste fatores.

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