Teoria Matemática da Informação

5/10/2018 Teoria Matemática da Informação - slidepdf.com

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O

estudo sobre conceitos e teoriasda comunicação é complexo.Aqui vamos realizar uma breve

análise sobre a Teoria Matemática daInformação.

Esta teoria não se preocupa com oconteúdo ou finalidade da informação e simo quanto de informação tem umamensagem.

O britânico Colin Cherrydefende que a informação sópode ser recebida onde hádúvidas ou incerteza de um

evento, consecutivamente,implicando em alternativas.Aqui a informação é tratada

como uma medida física,como a massa de umamatéria.

Em 1949, E.C. Shannon e W.Weaver classificaram a comunicação como“transmissão de sinais”, onde existe umemissor, que codifica a mensagem, e umreceptor, que decodifica a mensagem. Os

pilares desta teoria são a informação e aredundância. Trata-se de uma teoria sobrea quantidade e a medição.

A incerteza, para eles, é a verdadeiramercadoria da informação.

Segundo a Teoria Matemática, ainformação é inversamente proporcional àsua probabil idade, pois considera a

informação como estática a um signo oumensagem. Quanto mais provável um signomenor sua informação. Em outras palavras,a informação é uma incerteza, e aredundância é uma certeza.

Um exemplo clássico é o seguinte: “umcachorro mordeu umhomem” não é tãoinformativo quanto “umhomem mordeu um

cachorro”.Esta teoria teminfluências do filósofoDescartes. De acordocom as teorias deDescartes, sabemos

aquilo que temos certeza e o trabalho docientista é expandir as fronteiras doconhecimento prévio, para vislumbrarmosnovos conhecimentos, tornar certo o que éincerto. Isso nos faz relacionar os

fundamentos do pensador grego com ateoria aqui estudada.

Podemos entender que a teoriacartesiana de adquirir incertezas é umprocesso informativo, uma vez que só

adquirimos novosconhecimentos partindoda incerteza.

A definição de Shan-non-Weaver para acomunicação é aseguinte:

(Shannon - Weaver,1949)

A transferência de

informação efetua-se da

fonte para o destinatário,

ao passo que a

transferência da energia

se efetua do transmissor

para o receptor. O

“a informação é

inversamente proporcional

à sua probabilidade, pois

considera a informação

como estática a um signo

ou mensagem. “



esquema ilustra o fato de, em cada processo

comunicativo, existir sempre uma fonte ou

nascente da informação, a partir da qual é

emitido um sinal, através de um aparelho

transmissor; esse sinal viaja através de um

canal, ao longo do qual pode ser perturbado

por um ruído. Quando sai do canal, o sinal écaptado por um receptor que o converte em

mensagem que, como tal, é compreendida

pelo destinatário (Eco, 1972, 10).Shannon divide o sistema de

comunicação em três categorias. O sistemadiscreto se caracteriza por um sinal sonoroe uma mensagem estabelecida numaseqüência de símbolos codificados como,por exemplo, os usados pelo telégrafo.Outro sistema é o contínuo que transmiteo sinal e uma mensagem de modocontinuado, como os do rádio e da televisão.Finalmente o sistema misto que combinaas características das duas categoriasprecedentes

Weaver descreve que, do ponto de vistada probabilidade, uma mensagem cheia desentidos e outra sem nenhum sentido,podem ser equivalentes. “O termoinformação na teoria da comunicação não

respeita tanto ao que de fato se diz, mas aoque poderia ser dito. Ou seja, a informaçãoé uma medida de liberdade de escolhaquando se escolhe uma mensagem”.

Uma vez que esta teoria de grandeuti l idade por poder ser aplicado afenômenos muito heterogêneos, ela é muitoestudada nas escolas de tecnologia.

R.A. Fisher foi o primeiro professor a usar a expressão – quantidade de informação –no sentido de informação métrica, medida

esta propiciada pela realização de novasmedições e que permitiria avaliar oacréscimo de precisão com que se podecalcular um parâmetro.

Fisher (1935) demonstrou que, no casode uma população normal, a quantidade

de informação proporcionada por umaamostra se reduz à recíproca da variância.

Ruído de Comunicação

A Teoria Matemática da Informaçãocentrou-se no fato de que permitiaindividualizar os fatores de perturbação datransmissão de informações, ou seja, oproblema do ruído, seja ela pela perda dosinal, ou devido a uma informaçãoparasitária produzida no canal. A questãodo ruído é de grande importância aqui, poisa f inal idade principal da teoriainformacional da comunicação eratransmitir o máximo de informação com omínimo de distorção e com a máximaeconomia de tempo e de energia, por meiode um canal.

Entre emissor e receptor existe um espaço,no qual, a existência de um ruído pode

atrapalhar a comunicação. Para que o recep-tor possa compreender corretamente o sinal,é necessário que, quer no momento datransmissão, quer no momento da recepção,se faça referência a um mesmo código.

Nos tempos modernos podemosenumerar vários tipos de ruídos nos meiosde comunicação atuais. Uma fotografiacolocada na página errada, uma reportagemde jornal com palavras escritas erradas, ousimplesmente a ausência de uma vírgula



pode mudar completamente o sentido dafrase. Vale ressaltar que o receptor tambémpode ocasionar este ruído. Seja por falta deatenção ou interpretação errada damensagem.

Caso o ruído seja forte, a mensagempode sequer chegar ao receptor, ou chegar de forma distorcida. Por isso, os estudiosos

defendem que a comunicação só serácompleta quando a mensagem for interpretada.

Podemos evitar tais ruídos nacomunicação com dois elementos chaves.

1. Redundância: são dados que nãotrazem nenhuma informação nova, apenasconfirmam o que já foi dito. Serve para queo emissor deve repetir o que julgar essencialpara a compreensão da mensagem por parte do receptor.

2. Feedback: termo hoje muito popular,significa receber um retorno do que foicomunicado. Fazer perguntas para o recep-tor é a maneira mais simples de se obter um feedback. Trata-se de um conceito lin-ear. A informa B.

Nesta teoria a finalidade principal erafazer passar, através de um canal, o máximode informação com o mínimo de distorçãoe com a máxima economia de tempo e de

energia.Mário Wolf explica que os teóricos destalinha têm uma visão semelhante à do

carteiro que tem de transmitir umtelegrama: o seu ponto de vista é diferentedo ponto de vista do emissor e dodestinatário, que estão interessados nosignificado da mensagem que trocam en-tre si. Para o empregado dos correios, osignif icado daqui lo que transmite éindiferente, na medida em que a sua função

é fazer pagar um serviço de um modoproporcional ao comprimento do texto, istoé, à transmissão de uma “quantidade deinformação”. O código que interessa àteoria da informação - e que torna possívela transmissão de informação - serve parareduzir a equiprobabilidade inicial na fonte,estabelecendo um sistema de recorrências.É um sistema meramente sintático, umsistema organizador que não contempla,na sua pertinência própria, o problema dosignificado da mensagem, ou seja, adimensão mais especif icamentecomunicativa.

A informação - como medida estatísticada equiprobabilidade dos acontecimentosna fonte, como entidade mensurável emtermos puramente quantitativos - não seconfunde com o significado, isto é, com ovalor atribuído a partir de um código, quefaz corresponder aos elementos

informativos outros valores (associados por convenções) que, de fato, não sãotransmitidos.

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