teorias economicas

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 A EVOLUÇÃO DA ECONOMIA: UMA ABORDAGEM HISTÓRICA SOBRE OS PRINCIPAIS MODELOS, TEORIAS E PENSADORES João Marcos Batista 1  Resumo Este artigo objetiva analisar a evolução histórica da Economia por meio dos sistemas econômicos qu e pr ep onde raram na Idad e M dia! "e ud alis mo # Me rc antilismo e "isiocracia# com en$oque nas principais caracter%sticas# do ponto de vista econômico# de cada um dos modelos& Em seguida# serão apresentados os principais tópicos da teoria econômica cl'ssica# a lu( de seus principais pensadores! ) dam *mith# +homas Malthus# ,avid -icardo e Jean Baptiste *a.& /artindo do princ%pio de que a teoria econômica cl'ssica representou o in%cio cient%$ico da economia# ser' $eita uma e0planação dos  principais questionamento s e contribuiçes 2 teoria econômica cl'ssica por meio dos seguintes teóricos! 3arl Mar0# )l$red Marshall# Jonh Ma.nard 3e.nes# Joseph )lois *chumpeter e Milton "riedman& Pala!as"C#ae! Ec on omia# "e ud alismo# Me rcantilismo# "isiocracia e +e or ia Econômica 4l'ssica& $ % INTRODUÇÃO ) Economia se desenvolveu como ci5ncia no decorrer dos 6ltimos 788 anos# coincidindo com o desenvolvimento da s pr' ticas com erc ias e com a criação de es ta dosnaç es& 4ontudo# pr ec iso dest ac ar que na )nt igui dade# o pe ns amento econômico começou a ser moldado# inicialmente# de $orma $ilosó$ica# por e0emplo# a  palavra economia remonta 2 9rcia antiga# onde oeconomicus signi$icava :ge renciame nto da s quest es dom sticas;& <e ste co nte 0to# os pen sa dor es gre gos )ristóteles e /latão $i(eram algumas contribuiçes importantes para o pensamento econômico& )ristóteles =>?@A> a&4C distinguia o pensamento econômico# e# porque não# as atividades econômicas# em :artes naturais e nãoAnaturais de aquisição;& Ele de$iniu como )quisiçes <aturais atividades como agricultura# pesca e caça# en$ati(ando que 1 Economista# /ro$essor de )dministraçã o "inanceira e Economia da "aculdade )raguaia de 9oiDniaA9# Especialista em "inanças e )dministração de Empresas# Mestrando em /lanejamento e ,esenvolvimento +erritorial& 1

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Finanças

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A EVOLUÇÃO DA ECONOMIA: UMA ABORDAGEM HISTÓRICA

SOBRE OS PRINCIPAIS MODELOS, TEORIAS E PENSADORES

João Marcos Batista1 

Resumo

Este artigo objetiva analisar a evolução histórica da Economia por meio dos sistemaseconômicos que preponderaram na Idade Mdia! "eudalismo# Mercantilismo e"isiocracia# com en$oque nas principais caracter%sticas# do ponto de vista econômico# decada um dos modelos& Em seguida# serão apresentados os principais tópicos da teoriaeconômica cl'ssica# a lu( de seus principais pensadores! )dam *mith# +homas Malthus#

,avid -icardo e Jean Baptiste *a.& /artindo do princ%pio de que a teoria econômicacl'ssica representou o in%cio cient%$ico da economia# ser' $eita uma e0planação dos principais questionamentos e contribuiçes 2 teoria econômica cl'ssica por meio dosseguintes teóricos! 3arl Mar0# )l$red Marshall# Jonh Ma.nard 3e.nes# Joseph )lois*chumpeter e Milton "riedman&

Pala!as"C#ae! Economia# "eudalismo# Mercantilismo# "isiocracia e +eoria

Econômica 4l'ssica&

$ % INTRODUÇÃO

) Economia se desenvolveu como ci5ncia no decorrer dos 6ltimos 788 anos#

coincidindo com o desenvolvimento das pr'ticas comercias e com a criação de

estadosnaçes& 4ontudo# preciso destacar que na )ntiguidade# o pensamento

econômico começou a ser moldado# inicialmente# de $orma $ilosó$ica# por e0emplo# a

 palavra economia remonta 2 9rcia antiga# onde oeconomicus  signi$icava

:gerenciamento das questes domsticas;& <este conte0to# os pensadores gregos

)ristóteles e /latão $i(eram algumas contribuiçes importantes para o pensamento

econômico&

)ristóteles =>?@A> a&4C distinguia o pensamento econômico# e# porque não# as

atividades econômicas# em :artes naturais e nãoAnaturais de aquisição;& Ele de$iniu

como )quisiçes <aturais atividades como agricultura# pesca e caça# en$ati(ando que

1 Economista# /ro$essor de )dministração "inanceira e Economia da "aculdade

)raguaia de 9oiDniaA9# Especialista em "inanças e )dministração de Empresas#Mestrando em /lanejamento e ,esenvolvimento +erritorial&

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tais atividades produ(em bens para as necessidades b'sicas da vida& J' as )quisiçes

nãoAnaturais envolvem adquirir bens alm da necessidade# situação que era desaprovada

 por )ristóteles# assim# correlacionar esse conceito da )ntiguidade com os dias atuais

seria compar'Alos a uma espcie de consumo desen$reado&

J' /latão =@FA>@F a&4C# considerado o principal disc%pulo de *ócrates#

 preconi(a# em seu di'logo :) -ep6blica e as Geis;# sobre a :4idadeAEstadoAIdeal;# no

qual abordava um Estado regido por leis e a importDncia da especiali(ação humana para

o desenvolvimento da sociedade e a conviv5ncia harmônica entre os cidadãos& Essa

abordagem# em relação 2 especiali(ação humana# serviu de re$er5ncia para teorias

econômicas posteriores&

 <a Idade Mdia a Igreja 4atólica -omana e0erceu grande in$lu5ncia no

 pensamento econômico# com destaque para as Ideias de *ão +om's de )quino =17A

1F@C em relação ao preço& Ele cunhou o termo :preço justo; como um preço em que

nem o comprador nem o vendedor levam vantagem sobre o outro& )lm do mais# a

Igreja se apegava a te0tos b%blicos para condenar a cobrança de juros# que considerava

como :usura;# nome dado 2 pr'tica de se cobrar juros e0cessivos sobre emprstimos

$inanceiros& ) Igreja se baseava no Givro de 95nesis# do antigo testamento da B%blia#

que di(ia :comer's teu pão com o suor do teu rosto;& ,essa $orma# obter lucro sem

nenhum trabalho era considerado uma a$ronta aos preceitos católicos da poca# pass%vel

de punição&

,iante do e0posto# o objetivo deste artigo apresentar como a economia evoluiu

como ci5ncia e de que $orma in$luenciou a condução das atividades comerciais ao longo

dos sculos atravs de suas escolas# teorias e pensadores&

& % Os S's(emas E)o*+m')os os S-)ulos V % .VIII /C/

/ara entendermos a dinDmica econômica atual# imprescind%vel observar# como

estavam organi(adas as sociedades do passado# ou seja# de que $orma se dava a relação

entre os agentes econômicos e como as sociedades organi(avam as suas atividades de

 produção e distribuição de bens& /ara isso retornaremos ao per%odo entre os sculos H  

"am%lias# 9overnos e Empresas são os entes que interagem de $orma pecuni'ria em um sistema econômico&

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HIII d&4&# observando como se desenvolveram os tr5s principais sistemas econômicos

daquela poca! "eudalismo# Mercantilismo e "isiocracia&

&/$ % 0eual'smo

desenvolvimento da Economia e# em especial# das atividades comerciais# se

intensi$ica a partir do sculo H d&4&# mas# desde o sculo IH d&4&# com a decad5ncia do

Imprio -omano# a Europa cidental# notadamente "rança# )lemanha# Inglaterra# /a%ses

Bai0os# It'lia e -6ssia# se organi(aram em torno de um sistema económicoAsocial

chamado "eudalismo&

) derrocada do Imprio -omano e as invases b'rbaras dei0aram como

consequ5ncia cidades pouco desenvolvidas# o que estimulou a criação de comunidades

agropastoris no interior dos pa%ses# sendo muitas dessas comunidades subordinadas a um

reino& 4om base nesse conte0to desenvolveAse o "eudalismo# que se caracteri(ou como

uma sociedade hierarqui(ada baseada na $igura do *userano =em geral o -eiC e dos

Hassalos =*enhores "eudaisC&

*userano doava terras aos Hassalos# que retribu%am com trabalho e $idelidade#

$ormando comunidades de agricultores nas terras recebidas& )ssim# o *userano e os

Hassalos se sustentavam por meio da produção de tais comunidades# e# em troca#$orneciam proteção 2s comunidades contra os invasores&

) principal unidade de produção econômica era o "eudo># que se dividia em tr5s

 partes! a propriedade do *enhor "eudal# geralmente representada por um 4astelo# o

Manso *ervil# terras arrendadas aos camponeses os servos dos senhores $eudais e o

Manso comunal# bosques e $lorestas de livre uso& ) atividade econômica principal era a

agricultura e as relaçes comerciais eram baseadas no escambo =troca de mercadoriasC#

 pois as moedas eram pouco utili(adas e a $orma de produção era rudimentar# baseada noarado pu0ado por bois& utra caracter%stica marcante desse modelo era a

descentrali(ação do poder# ou seja# o Hassalo administrava as questes re$erentes ao seu

"eudo e prestava contas ao *userano&

Kavia alguns tributos e obrigaçes dos servos para com os senhores $eudais# tais

como!

> +erras outorgadas a um vassalo por um suserano&

>

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Co!-'a! s *ervos deveriam# em alguns dias da semana prestar serviçosna propriedade do senhor $eudalL

Tal#a! /arte da produção dos servos deveria ser entregue ao senhor 

$eudal# geralmente um terçoL

Ta1a e 2us('3a! *ervos e Hiles deveriam pagar uma ta0a ao senhor 

$eudal para serem julgados&

"eudalismo entra em decl%nio a partir do sculo d&4& devido ao aumento

 populacional e a bai0a produtividade agr'ria dos $eudos& <a -6ssia o sistema perdurou

at o sculo d&4&# sendo e0tinto totalmente na -evolução -ussa de 11F&

&/& % Me!)a*('l'smo

)pesar do decl%nio o sistema $eudal conseguiu $ortalecer muitas comunidades#

que se trans$ormaram em verdadeiras cidades& ,essa $orma# o comrcio prosperava para

$ora das $ronteiras $eudais# sobretudo no per%odo compreendido entre os sculos HI e

HIII d&4& )lguns $atos corroboraram para essa mudança# dentre os quais! a descobertado ouro e sua consequente utili(ação como moeda o que $acilitava as transaçes

comerciais& )s grandes navegaçes possibilitaram a descoberta de novas rotas de

comrcio e a coloni(ação de novas regies&

+odos esses $atores levaram 2 criação de Estados <acionais# que tinham o -ei

como detentor do poder central# en$raquecendo a in$lu5ncia e o poder dos senhores

$eudais& ,iante desses $atos# que emerge o Mercantilismo# com os seguintes dogmas!

@

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A)4mulo e Ou!o e P!a(a! s mercantilistas associavam o grau derique(a e desenvolvimento de um pa%s ao montante de ouro e prata que possu%am&

,essa $orma# quanto maior esse montante# mais poderoso e in$luente seria o pa%sL

Na)'o*al'smo! s pa%ses eram estimulados a manterem uma Balança

4omercial superavit'ria# ou seja# as e0portaçes de bens deveriam superar asimportaçes& <a visão mercantilista essa era uma $orma de o pa%s acumular ouro e

 prata# e de ampliar o seu dom%nio sobre os outros pa%ses& Imaginavam que o

comrcio internacional era est'tico# ou seja# havia simplesmente a trans$er5ncia de

rique(as entre os pa%ses# portanto# para um pa%s ganhar o outro $atalmente deveria

 perderL

T!'5u(a36o e !es(!'37es! Isenção tribut'ria para matriasAprimas que não

 podiam ser produ(idas internamente e incentivos $iscais e proteção para bens

 produ(idos dentro do pa%s& Kavia muitas restriçes 2s e0portaçes de matriasA

 primas# com vistas a manter o custo de produção relativamente bai0oL

Colo*'8a36o! Eram a $avor da coloni(ação# pois acreditavam que

mantendo as colônias dependentes do pa%s coloni(ador haveria $acilidades para

importação de matriaAprima a bai0o custo e teriam o monopólio da e0portação

colonialL

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O9os'36o a 9e;'os! Nma pr'tica muito comum durante o "eudalismoera a cobrança de ped'gios sobre o transporte de mercadorias entre "eudos& s

Mercantilistas se opunham radicalmente a essa pr'tica# porque elevaria os custos de

 produção e redu(iria a competitividade das e0portaçesL

0o!(e )o*(!ole )e*(!al! Era necess'rio um $orte intervencionismoestatal# sobretudo# na concessão de privilgios para os e0portadores e uni$ormi(ação

das regras comerciais# pois durante o "eudalismo cada "eudo criava suas normas# o

que era visto pelos mercantilistas como um entrave para o bom $uncionamento da

economiaL

Po9ula36o *ume!osa e (!a5al#ao!a! ) abundDncia de mãoAdeAobra

manteria bai0o o custo com sal'rios# o que permitiria menores custos de produção& )

ociosidade e a mendicDncia por parte de pessoas aptas para o trabalho eram pass%veis

de punição&

s principais pa%ses adeptos do Mercantilismo $oram! Inglaterra# /ortugal#

Espanha# /a%ses Bai0os# )lemanha e# em menor proporção# a "rança& )lguns $atos e

 pensamentos acerca do Mercantilismo merecem destaque! <o ano de 17?8 o ensa%sta $ranc5s Michel de Montaigne procurou ilustrar o

esp%rito mercantilista e escreveu! : Gucro de um Komem a desgraça do outro

O&&&P<enhum lucro qualquer que seja# pode ser alcançado# a não ser a custa do outro;&

 <o intuito de manter elevada a disponibilidade de lã como matriaAprima# e#

consequentemente# bai0os os custos de produção de tecidos# a -ainha Eli(abeth# durante

os anos de 17Q7A17QQ# aprovou uma Gei proibindo a e0portação de ovelhas vivas& )

 punição para os in$ratores seria o con$isco da propriedade# um ano de prisão e#

  Q

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dependendo da gravidade# o corte da mão esquerda& ) pena de morte era aplicada em

caso de reincid5ncia&

-e$erente 2 cobrança de ped'gios um $ato importante ocorreu no ano de 1Q?7&

Nm embarque de sessenta t'buas do estado alemão da *a0ônia para a cidade de

Kamburgo# locali(ada no norte da )lemanha# e0igiu o pagamento de 7@ t'buas em

 ped'gios ao longo do caminho& Em conseqR5ncia# apenas seis t'buas chegaram ao

destino $inal& +al $ato ilustra o porqu5 de os mercantilistas serem contra a cobrança de

 ped'gio&

)pesar dos e0ageros# o modelo mercantilista $oi importante na transição de uma

economia monet'ria para uma economia monet'ria# pois# com a intensi$icação do

comrcio# a utili(ação de novos meios de pagamentos como o dinheiro e a concessão de

crdito $oram $undamentais para o $uncionamento desse sistema&

)lguns preceitos mercantilistas ainda permanecem nos dias de hoje# tais como!

 P!o(e)'o*'smo! Hantagens aos bens produ(idos dentro das $ronteiras de um pa%s

ou regiãoL

Su9e!'( Come!)'al! Balança 4omercial *uperavit'ria@&

)o $inal do sculo HIII d&4&# as pr'ticas mercantilistas perdem $orça com o

advento da +eoria Econômica 4l'ssica# que tinha como pano de $undo duras cr%ticas ao

modelo mercantilista&

&> "isiocracia

s $isiocratas surgiram na "rança# mais precisamente no sculo HIII d& 4&#

como uma reação 2s imposiçes mercantilistas e 2 tradição "eudal que insistia em se

manter viva na "rança&

@ *ituação em que as E0portaçes de Bens e *erviços de um pa%s superam assuas importaçes em um determinado per%odo&

F

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s princ%pios de$endidos pelos precursores da "isiocracia "rançois Suesna.7  e

Jacques +urgotQ eram os seguintes!

O!em *a(u!al! termo :$isiocrata; signi$ica :regra da nature(a;&

)ssim# todas as atividades humanas deveriam ser mantidas de acordo com as Geis

 <aturaisL

La'sse8"0a'!e! *igni$icava :dei0e as pessoas $a(erem o que quiserem

sem a inter$er5ncia do governo;& /ortanto# os $isiocratas entendiam que o governo

não deveria inter$erir com veem5ncia# sobretudo nos assuntos econômicos# a não ser 

 para manter o livre comrcioL

<*=ase *a a;!')ul(u!a! )creditavam que somente as atividades agr%colas

eram prósperas# pois na concepção $isiocrata uma semente pode gerar mil $rutos&

,esse modo# pensavam que o comrcio e a ind6stria eram segmentos

complementares 2 agriculturaL

Ta1a36o o 9!o9!'e(!'o e (e!!a! 4omo entendiam que a $onte de

rique(a de uma nação estava baseada na agricultura# somente o propriet'rio de terra

deveria ser ta0adoL

7 "rançois Suesna. =1Q@1FF@C! Mdico e interessado nas questes

econômicas# criou em 1F7? a +'bua Econômica# que e0plicava como se dava o $lu0o de

 bens e dinheiro na Economia&

Q Jacques +urgot =1FF1F?1C Economista# $oi Ministro das "inanças do -eiGu%s HI&

?

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I*(e!"!ela36o a e)o*om'a! )pesar da 5n$ase na agricultura conclu%ramque a economia de um pa%s era toda integrada# ou seja# um problema na produção de

uma determinada matriaAprima poderia a$etar o $lu0o normal de circulação de bens

e dinheiro em todos os segmentos econômicos&

Em suma# a proposta central dos $isiocratas era a de$esa do Givre 4omrcio# mais

 precisamente# de$endiam o comrcio interno de grãos e a e0portação de produtos

agr%colas e eram a $avor das $a(endas capitalistas que utili(avam tcnicas evolu%das de

 produção e o trabalho assalariado& Em termos pr'ticos# indiretamente as propostas

$isiocratas acabaram bene$iciando a ind6stria# muito embora essa não $osse a intenção#

visto que# as ideias liberais $isiocratas acabaram por estimular a produção industrial#

devido a eliminação das barreiras ao comrcio# mas a de se ressaltar# ser este um

movimento que não avançou muito alm das $ronteiras $rancesas&

> s 9randes /ensadores da Economia e suas +eorias

,e $orma mais organi(ada# a Economia como ci5ncia se $ortaleceu no ano de

1FFQ com o advento da +eoria Econômica 4l'ssica# sendo que todas as teorias

 posteriores aprimoraram ou discordaram de seus preceitos& Em suma# se tornou

re$er5ncia primeira para a compreensão dos $enômenos econômicos e# desta $orma#

 partindo da +eoria Econômica 4l'ssica# seguem as contribuiçes dos principais teóricos

da Economia&

>&1 +eoria Econômica 4l'ssica

) +eoria Econômica 4l'ssica $oi muita in$luenciada por duas revoluçes que

ocorreram entre os sculos HII e HIII# a saber! ) -evolução 4ienti$ica que teve

como precursor Isaac <eTton =1Q@1FFC que# dentre outras coisas# apresentou uma

visão est'tica do universo em que os corpos sempre tenderiam ao equil%brio& utra

revolução importante que ocorreu paralelamente ao advento da +eoria Econômica

 

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4l'ssica $oi a -evolução Industrial no sculo HIII# com 5n$ase na produção industrial#

como $ator indutor do crescimento econômico&

s principais teóricos da Economia 4l'ssica $oram os seguintes! )dam *mith#

+homas Malthus# ,avid -icardo e Jean Baptiste *a.&

>&1 )dam *mith =1F>1F8C

4onsiderado o $undador da escola cl'ssica# nasceu na Escócia# estudou "iloso$ia#

+eologia# 4i5ncias Morais e /ol%tica em 9lasgoT e 0$ord& ,urante os seus estudos

conheceu os economistas da Escola "isiocrata# "rançois Suesna. e +urgot que

despertaram o interesse de )dam *mith pela Economia& <o ano de 1FFQ# ele lança a sua

obraAprima# o livro :) -ique(a das <açes! Investigação sobre sua nature(a e suas

causas;&

livro retrata os principais $atos que levam as naçes 2 rique(a# ou seja# como as

naçes poderiam se desenvolver economicamente em bases capitalistas# com destaque

 para os seguintes pontos!

A D''s6o o T!a5al#o! trabalho deveria ser sistemati(ado como $orma de

ampliar a capacidade de produ(ir bens e serviços# o que na pr'tica levava 2

especiali(ação da mãoAdeAobra& Ele usava como e0emplo a $abricação de al$inetes# que

estaria dividida em de(oito operaçes distintas# con$iadas a di$erentes oper'rios# mas

cada oper'rio era especiali(ado em uma das etapas do processo produtivo e trabalhava

de $orma sequencial& <a visão de *mith# esse modelo ampliava a produtividade na

medida em que o trabalhador se especiali(ava em seus o$%cios& Mas *mith en0ergava um

risco nesse processo! $ato de e0ecutar uma tare$a repetitiva poderia com o tempo

impedir o desenvolvimento intelectual dos trabalhadoresL

A Ha!mo*'a os '*(e!esses e o ;oe!*o l'm'(ao! -essaltava que os

 participantes da economia tendem a ir atr's de seus próprios interesses como guiados

 por uma mão invis%vel# con$orme se observa em um trecho e0tra%do de seu livro :<ão

da benevol5ncia do açougueiro# do cervejeiro ou do padeiro que nós esperamos nosso

 jantar# mas da consideração de seu próprio interesse;& <a pr'tica# cada individuo na

 busca de seus próprios objetivos# seja ele empres'rio ou trabalhador# acabaria por 

 bene$iciar toda a economia# estimulando a competitividade entre os agentes econômicos&

*mith elabora sua teoria tendo como base um ambiente de concorr5ncia& <este sentido#

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criticava duramente o Mercantilismo que criava entraves para o comrcio entre as

naçes# pois entendia que os pa%ses poderiam enriquecerAse atravs da parceria

comercial# ou seja# de$endia o livre comrcio em Dmbito internacional&

Em sua visão# o governo deveria ser m%nimo e se preocupar# sobretudo# em

de$ender o e0erc%cio da livre concorr5ncia# pois acreditava que o mercado alocaria de

maneira e$iciente os recursos# indu(indo o progresso econômico& ,essa $orma# postulou

que o estado deveria atuar na de$esa do território e na administração da justiça# e que

tais atividades deveriam ser $inanciadas pela cobrança de impostos# respeitando a

capacidade contributiva dos agentes econômicos&

Em suma# )dam *mith baseou sua teoria na divisão do trabalho e na de$esa do

liberalismo econômico# como $atores que de $ato promoveriam a rique(a das naçes&

>/& % T#omas Mal(#us ?$@%$>

Ingl5s e teórico controverso# sacerdote da Igreja )nglicana F# pois suas teses

apresentavam algumas diverg5ncias em relação a outros precursores da Escola 4l'ssica#

mas as contribuiçes de Malthus perduram at os dias de hoje# com destaque para as

seguintes teorias!

Teo!'a a Po9ula36o! Malthus publicou em 1F? :Nm Ensaio sobre o principio

da /opulação;# após observar que a -evolução industrial e a crença mercantilista de

necessidade de uma população numerosa $i(eram aumentar as desigualdades e a misria#

desta $orma# ele apresentou a sua $amosa Gei da /opulação e di(ia :Suando não

controlada# a população aumenta em uma progressão geomtrica# enquanto que# os

meios de subsist5ncia aumentariam na melhor das hipóteses em progressão aritmtica;

=+homas Malthus# 1F?C& ,esta $orma# a cada 7 anos a população dobraria de tamanho#

ao passo que# os meios de subsist5ncia =alimentosC aumentariam no m'0imo em 7U&

Malthus observou que dois $enômenos contribu%am para tal $ato! a chamada Gei dos

/obres de 1F7 que garantia uma renda m%nima aos pobres independentemente dos seus

ganhos e a Gei dos 4ereais de 1?1># que impunha di$iculdades a importação de grãos&

-e$erente 2 Gei dos /obres# Malthus era contra a ajuda do governo aos pobres#

 pois entendia que a pobre(a era um castigo divino e o governo nada poderia $a(er contra

isso& ) oposição de Malthus em relação 2s duas leis# dos /obres e dos 4ereais# seguia

F -eligião que segue os dogmas da reale(a inglesa&

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uma lógica econômica# pois# a renda adicional $ornecida aos pobres# e a proibição de

importar grãos# encareceria o preço dos alimentos# porque levaria a uma maior demanda

dos pobres por alimentos associada a uma o$erta limitada de grãos# tais $atos acabariam

 por gerar aumento dos sal'rios e# conseqRentemente in$lação# o que seria danoso para

toda a sociedade&

Malthus identi$icou que seria apropriado o controle do crescimento populacional

e esse se daria de duas $ormas! /reventivo e /ositivo& preventivo se daria atravs de

restrição moral# ou seja# as pessoas que não pudessem sustentar os $ilhos deveriam se

absterem do casamento ou adi'Alo& J' os controles positivos seriam provenientes de

$enômenos como a $ome# a guerra# as pragas# pois esses males eram necess'rios para

limitar o crescimento populacional&

Teo!'a a Su9e!9!ou36o! Entendia que os trabalhadores atravs dos sal'rios

não eram capa(es de demandar todos os produtos produ(idos# portanto# de$endia que os

 produtores demandassem bens de capital?  como $orma de ampliar a capacidade

consumidora da economia e criar demanda para os e0cedentes de produção&

/ortanto# vale destacar que Malthus contribuiu signi$icativamente atravs de suas

teorias para o entendimento das questes pertinentes ao crescimento populacional e o

seu impacto no desenvolvimento econômico&

>/> % Da' R')a!o ?$@&&%$&>

,avid -icardo atuava no mercado $inanceiro londrino desde os 1@ anos de idade&

)pesar de a Escola 4l'ssica ter )dam *mith como o primeiro precursor# $oi ,avid

-icardo que di$undiu $ortemente os dogmas 4l'ssicos com algumas contribuiçes

 pessoais com destaque para as seguintes!

O Valo! os 5e*s e)o!!e s'mul(a*eame*(e o (!a5al#o #uma*o e o )a9'(al

(-)*')o! /ara produ(ir bens e serviços um $ator $undamental era o trabalho o que

-icardo chamava de :+rabalho Incorporado;& Esse por sua ve(# reunia o :+rabalho

,ireto;# a mãoAdeAobra propriamente dita# e o :+rabalho Indireto;# contido nas

m'quinas e equipamentos utili(ados pelos trabalhadoresL

Re*'me*(os De)!es)e*(es! )plicada 2 questão $undi'ria# -icardo observa que#

2 medida que se intensi$ica a utili(ação da +erra# esta por sua ve(# com o passar do

? Bens utili(ados na produção de outros bens# tais como m'quinas eequipamentos&

1

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tempo# responde com um volume menor de produção# levando a um aumento nos preços

dos alimentos e dos sal'rios& Esses $enômenos tenderiam a gerar in$lação e levar a

economia a um estado estacion'rio de crescimentoL

C!'a36o Mo*e(!'a e1)ess'a lea a '*=la36o! ,urante o con$lito com a "rança#

a Inglaterra emitiu muito papelAmoeda para $inanciamento dos gastos& -icardo

mencionava que o /apelAMoeda era uma mercadoria como qualquer outra e# portanto#

uma e0cessiva quantidade a desvalori(aria em relação 2s demais mercadorias# desta

$orma# seria necess'ria uma quantidade maior de moeda para adquirir bens# o que

geraria in$lação& /ara essa situação# -icardo de$endia que era preciso limitar a emissão

de /apelAMoeda e propunha vincular sua emissão 2 quantidade dispon%vel de ouro#

 pr'tica que j' havia sido utili(ada# mas que estava em desuso pelo Banco da InglaterraL

A T!o)a I*(e!*a)'o*al - 5e*-=')a 9a!a (oas as *a37es! ,evido 2s imposiçes

da Gei dos 4ereais que impunha entraves 2 importação de 9rãos# -icardo percebeu que

a abertura do comrcio poderia ser ben$ica para a Inglaterra# contribuindo para a

redução do preço dos grãos# pois ampliaria a o$erta& +endo como re$er5ncia as idias de

livreAconcorr5ncia propostas por )dam *mith# entendia que o livre comrcio seria

 ben$ico para todas as naçes# pois o pa%s e0portaria aquele bem em que possu%a

vantagens produtivas e importaria os bens# cuja produção era mais custosa& /ara tanto#

era necess'rio que houvesse abertura comercial entre os pa%ses&

/ercebeAse que ,avid -icardo apresentou propostas importantes que visavam o

 bom $uncionamento da economia e muitas dessas ideias permanecem vivas at os dias

de hoje&

>/ % 2ea* Ba9('s(e Sa ?$@@%$>&

"ranc5s respons'vel por populari(ar o liberalismo de )dam *mith na "rança#

mas $icou temporariamente o$uscado# pois <apoleão Bonaparte não era entusiasta das

ideias liberais advindas da +eoria 4l'ssica&

) grande contribuição de Jean Baptiste *a. $oi a chamada :Gei dos Mercados;&

/ara *a.# o valor dos bens era $ormado por todos os recursos utili(ados em sua

 produção# notadamente# trabalho que seria mensurado pelo custo com sal'rios# capital

medido pela ta0a de lucro e a renda da terra& )o se consolidar essas tr5s vari'veis seria

constitu%do o valor de um bem& )ssim como os demais cl'ssicos# entendia que o preço$inal dos produtos seria de$inido pelos custos de produção&

1>

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 <a concepção de *a.# toda a produção seria escoada no mercado& ,essa $orma#

:a o$erta criaria a sua própria demanda; e# assim sendo# os momentos de retração da

economia seriam causados por insu$ici5ncia de produção e não por escasse( de demanda

que# em sua visão# não e0istiria&

% Co*(!'5u'37es e )!F(')as Teo!'a Clss')a

) +eoria cl'ssica $oi o ponto de partida para desenvolvimento da Economia

como ci5ncia& /raticamente todas as postulaçes posteriores# tiveram como pano de

$undo aprimoramentos ou questionamentos de sua e$ic'cia& /ara tanto# vale observar 

algumas contribuiçes# com destaque para os pressupostos de 3arl Mar0# )l$red

Marshall# Jonh Ma.nard 3e.nes# Joseph )lois *chumpeter e Milton "riedman&

/$ % a!l Ma!1 ?$$%$>

Mar0 nasceu em +rier# )lemanha& Estudou direito e $iloso$ia& /ropunha#

sobretudo# uma re$orma dos preceitos cl'ssicos# pois acreditava que o modelo

apresentava muitas contradiçes e que inevitavelmente seria substitu%do pelo socialismo&

)s principais cr%ticas e consideraçes de Mar0 eram as seguintes!

D''s6o o T!a5al#o! Modelo proposto por )dam *mith para ampliar a

capacidade produtiva das Ind6strias# usando como e0emplo a produção de )l$inetes#

Mar0 entendia que essa divisão sujeitava o trabalhador 2 m'quina e 2s imposiçes do

empresariado# praticamente e0cluindoAos do corpo socialL

uea a Ta1a e Lu)!o e a C!'se! ,avid -icardo j' havia teori(ado sobre os

rendimentos decrescentes& ,essa $orma# Mar0 apro$undou um pouco mais nesta questão#

 pois em sua concepção# com passar do tempo a ta0a de lucro tenderia a cair com a maior 

e$ici5ncia do processo produtivo# devido a menor utili(ação de mãoAdeobra e maior 

utili(ação de m'quinas& <a concepção de Mar0# havia uma :MaisAHalia; no processo

 produtivo& ,essa $orma# usando como e0emplo a produção de algodão ele mostra que ao

remunerar o empregado a um sal'rio de mercado e# considerando uma jornada de 1

horas# o trabalhador precisaria de Q horas para produ(ir o necess'rio para custear as suas

horas de trabalho e os demais custos# matriaAprima e ta0a de lucro# as Q horas restantes

seria uma espcie de apropriação indbita por parte do empres'rio# que acabaria por incrementar a sua ta0a de lucro& <a medida em que a produção humana $osse sendo

  1@

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substitu%da pela m'quina# essa vantagem redu(iria a ta0a de lucro do empres'rio# o que

levaria a queda do sistema capitalista&

Mar0 apresentou algumas interessantes contribuiçes sobre a renda obtida pela

utili(ação produtiva da terra# que ele chamou de -enda "undi'ria# pois com a transição

em especial na Inglaterra de uma economia agr'ria para uma economia industrial era

comum o processo de arrendamento de terras& Ele observa que as terras poderiam gerar 

um di$erencial em termos rendimento# que ele chamou de -enda ,i$erencial I! =+erras

mais $rteis e melhores locali(adas# ou seja# pró0imas de um centro consumidor 

 proporcionaria um rendimento mais elevadoC e -enda ,i$erencial II! =)plicaçes

sucessivas de capital elevaria a produtividade das terras agr%colas tornandoAas mais

rent'veisC&

/& % Al=!e Ma!s#all ?$&%$J&

Ingl5s# $ilho de um $uncion'rio do Banco da Inglaterra# conhecido como a

 principal $igura da chamada Economia <eocl'ssica# ou seja# novos cl'ssicos#

respons'veis por aprimorarem os preceitos da +eoria Econômica 4l'ssica&

)s principais contribuiçes! )tribu%a um papel importante 2 demanda no

 processo de $ormação de preços e do equil%brio de mercado# enquanto que# os cl'ssicos

tendiam a analisar a economia pelo lado da o$erta& -essaltava que# 2 medida que um

indiv%duo ampliava o consumo de um determinado bem# este tenderia a se tornar menos

6til# e# conseqRentemente# teria seu preço redu(ido# mas ressaltava que esta utilidade

estava ligada 2 disponibilidade e 2 importDncia do bem para atendimento das

necessidades humanas&

En0ergava o consumidor como um ser racional que procura ma0imi(ar a

utili(ação de sua renda# levando em consideração os disp5ndios necess'rios para

aquisição de bens e serviços& <a concepção dos economistas cl'ssicos# o preço $inal de

um produto era de$inido pelos custos de produção& J' Marshall entendia que o preço era

de$inido pela interação entre as $orças de o$erta e demanda no mercado&

/or $im# vale ressaltar que Marshall atribuiu um papel importante 2 ta0a de juros

no processo produtivo# pois 2 medida que houvesse uma redução da ta0a de juros o

investimento em bens de capital seria estimulado# ampliando a capacidade produtiva da

economia# e# ocorrendo redução de tal capacidade# 2 medida que houvesse uma elevaçãoda ta0a de juros# o que levaria o empres'rio a investir em opçes mais rent'veis&

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/> % 2o*# Ma*a! e*es ?$>%$J

 <asceu em 4ambridge& V considerado como um re$ormista do sistema capitalista

e# $reqRentemente citado como o maior economista do sculo & )pesar de suas idias

terem originado um novo segmento na +eoria Econômica# chamado de 3e.nesianismo#

teve como uma de suas principais re$er5ncias# o <eocl'ssico )l$red Marshall& 3e.nes

ganhou notoriedade ao e0plicar com detalhes as causas da crise de 1 e propor 

soluçes para ela&

mundo capitalista at o ano de 1# com destaque para a Inglaterra e os

Estados Nnidos# vivia sobre a tutela da +eoria Econômica 4l'ssica# ou seja# bai0a

intervenção estatal nos processos econômicos com 5n$ase na livre concorr5ncia de

mercado e produção em larga escala& 3e.nes e0plicou de $orma did'tica que a principal

causa da crise de 1 $ora o e0cesso de produção em ritmo superior 2 capacidade

aquisitiva dos agentes econômicos& ,entre todos os dogmas de 3e.nes destacamAse os

seguintes!

O!'e*(a36o 9ela Dema*a! ) Gei de *a. preconi(a que toda a o$erta criaria sua

 própria demanda& 4om a crise de 1# essa a$irmativa cai por terra e 3e.nes a$irma

que a capacidade produtiva da economia deveria ser guiada pela demanda e$etiva dos

agentes econômicosL

I*s(a5'l'ae *a E)o*om'a! 3e.nes a$irmava que a economia# independente do

modelo seguido# estaria sujeita a crises& ,essa $orma# haveria momentos de crescimento

econômico elevado# precedidos de retração econômica& ) retração seria uma $orma de

ajuste# que seria motivada pela e0pectativa de queda da ta0a de retorno dos empres'riosL

I*(e!e*36o Goe!*ame*(al! 3e.nes entendia que em momentos de crise# o

governo deveria intervir na economia por meio de pol%ticas $iscais e monet'rias ativas#

com vistas a reorgani(ar a capacidade produtiva da economia&

/ % 2ose9# Alo's S)#um9e(e! ?$>%$JK

 <asceu na prov%ncia austr%aca da Mor'via# hoje uma região da -ep6blica +checa

e estudou direito e economia da Nniversidade de Hiena& Era um economista de

 pre$er5ncia diversi$icada# pois se utili(ava de ensinamentos da escola neocl'ssica ealguns pensamentos de 3arl Mar0# apesar da aversão 2s suas doutrinas# ao mesmo

  1Q

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tempo# em que discordava de 3e.nes e ,avid -icardo& )s grandes contribuiçes de

*chumpeter $oram as seguintes!

O Em9!ee*eo! - o !eolu)'o*!'o a E)o*om'a! )tribuiu um papel

$undamental ao empreendedor como o agente $omentador do desenvolvimento

econômico# pois em sua visão# ele o indiv%duo que busca trans$ormar o seu

empreendimento em um negócio vitorioso e que a ta0a de lucro seria apenas uma

consequ5ncia deste sucessoL

I*oa36o! *egundo *chumpeter a inovação a mola propulsora da atividade

empreendedora& Esta inovação di$undida por *chumpeter apresentava algumas

caracter%sticas dentre as quais! criação de novos produtos# introdução de novos mtodos

de produção# abertura de novos mercados e descoberta de novas $ontes de

matriasprimas& /ara *chumpeter a decad5ncia da atividade empreendedora e dos

 processos de inovação poderia levar a queda do sistema capitalista&

/K % M'l(o* 0!'ema* ?$J$&%&

 <asceu em <ova WorX e estudou em 4hicago e 4olumbia& "oi agraciado com o

 <obel de Economia em 1FQ& Era adepto do liberalismo econômico# mas as suas

 principais contribuiçes $oram sobre a importDncia do papel da moeda na economia#

com destaque para o seguinte preceito!

A I*=la36o e a !e)ess6o s6o =e*+me*os mo*e(!'os! Suando a massa monet'ria

supera a capacidade produtiva da economia# esse $enômeno ir' gerar in$laçãoL ao

contr'rio# quando a disponibilidade de moeda $or in$erior a capacidade produtiva# a

economia entrar' em recessão&

CONSIDERAÇES 0INAIS

,esde os primórdios# a Economia enquanto atividade# vem se adequando 2s

circunstDncias& ,urante a idade mdia# o "eudalismo com o seu mtodo de produção

comunit'rio $oi a lógica por muitos sculos& /osteriormente na idade moderna os

modelos mercantilistas e $isiocratas prevaleceram# sendo que# este en$ati(ava a produção

agr%cola# e# aquele# o comrcio internacional&

-etração da )tividade Econômica

1F

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  Entre o sculo HIII e inicio do sculo a teoria econômica cl'ssica ditou os

rumos do processo produtivo# en$ocando que o sucesso econômico de uma nação estava

 pautado nos princ%pios da livre concorr5ncia# tendo neste per%odo# os seus dogmas

questionados por 3arl Mar0 que pro$eti(ou a derrocada dos preceitos capitalistas da

teoria cl'ssica& 4om a crise de 1# a teoria econômica convencional $oi renovada por 

Jonh Ma.nard 3e.nes# que propôs um papel mais ativo do estado no processo

econômico& utros economistas importantes como *chumpeter# que avaliou o papel do

empreendedor e da inovação# e "riedman# que abordou sobre o controle monet'rio como

vari'vel $undamental para o bom $uncionamento da economia# $oram $undamentais para

compreensão dos $enômenos econômicos&

/or $im# h' de se destacar que a economia uma ci5ncia mut'vel# pois

inicialmente se preocupava com as questes domsticas& 4om o passar do tempo o $oco

estava no processo de produção e distribuição de bens e# atualmente# se preocupa com o

emprego e$ica( dos recursos# que são escassos& /ortanto# a economia como ci5ncia

social# se $undamenta no dinamismo das atividades econômicas# e# como em um

 processo de :seleção natural;# se adqua 2s circunstDncias# com vistas a atender as

necessidades humanas# que a sua própria ra(ão de e0istir&

RE0ER<NCIAS BIBLIOGR0ICAS

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