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CONCURSO PÚBLICO - 2005 PROVA PROFESSOR I - GEOGRAFIA INSTRUÇÕES 1. 40 2. nome número de inscrição Folha de Respostas 3. Folha de Respostas Folha de Respostas 4. 5. Folha de Respostas 6. não será levado em consideração 7. Folha de Respostas 8. 3 (três) horas Você receberá do fiscal o material descrito abaixo: a) uma folha destinada às respostas das questões formuladas na prova; b) este caderno com o enunciado das questões, sem repetição ou falha, tendo no título o nome do cargo ao qual você concorre. Verifique se o material está em ordem, se seu e seu são os que aparecem na ; . Ao receber a , é obrigação do candidato: c) assinar o verso da . As questões são identificadas pelo número que se situa acima do seu enunciado. Reserve os 20 (vinte) minutos finais para marcar a . O rascunho no Caderno de Questões . Quando terminar, entregue a ao fiscal. O tempo disponível para esta prova será de . caso contrário notifique imediatamente o fiscal , a) conferir seu nome e número de inscrição; b) ler as instruções no verso da ; atentamente Folha de Respostas

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CONCURSO PÚBLICO - 2005

PROVA

PROFESSOR I - GEOGRAFIA

INSTRUÇÕES

1.

40

2. nome número de inscriçãoFolha de Respostas

3. Folha de Respostas

Folha de Respostas

4.

5. Folha de Respostas

6. não será levado em consideração

7. Folha de Respostas

8. 3 (três) horas

Você receberá do fiscal o material descrito abaixo:

a) uma folha destinada às respostas das questões formuladas na prova;

b) este caderno com o enunciado das questões, sem repetição ou falha, tendo no título onome do cargo ao qual você concorre.

Verifique se o material está em ordem, se seu e seu são os queaparecem na ; .

Ao receber a , é obrigação do candidato:

c) assinar o verso da .

As questões são identificadas pelo número que se situa acima do seu enunciado.

Reserve os 20 (vinte) minutos finais para marcar a .

O rascunho no Caderno de Questões .

Quando terminar, entregue a ao fiscal.

O tempo disponível para esta prova será de .

caso contrário notifique imediatamente o fiscal,

a) conferir seu nome e número de inscrição;

b) ler as instruções no verso da ;atentamente Folha de Respostas

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PORTUGUÊSTexto I

Perigo real e imediato Desde que a era das fotografias espaciais começou, há

quarenta anos, uma nova e prodigiosa imagem se formou no arquivo mental da humanidade sobre o que é o planeta no qual vivemos. Do nosso ponto de vista no universo, provavelmente não existe nada que se compare à beleza desta vívida esfera azul, brilhando na imensidão do espaço, água e terra entrelaçadas num abraço eterno, envoltas num cambiante véu de nuvens. O que as fotos não mostram, mas sabemos existir mais abaixo, é igualmente de arrepiar. A luxuriante diversidade da vida espalhada por florestas, montanhas, desertos, oceanos, rios, vibrando num diapasão constante que evoca uma história de 3,5 bilhões de anos, desde as bactérias primevas até tudo o que respira, exala, anda, rasteja, suga, fotossintetiza-se, multiplica-se e replica-se, neste momento exato, em nosso planeta. Além de tudo cuja existência conhecemos, ainda há o que apenas supomos. "A totalidade da vida, conhecida como biosfera pelos cientistas e criação pelos teólogos, é uma membrana tão fina de organismos que envolve a Terra que não pode ser vista a partir de uma nave espacial, porém internamente é tão complexa que a maior parte das espécies que a compõem está por ser descoberta", escreveu, numa tentativa de síntese da grandiosidade do fenômeno, Edward O. Wilson, o grande biólogo americano.

Wilson está entre os cientistas de vulto que clamam insistentemente pela atenção da humanidade para o perigo real e cada vez mais imediato para a sobrevivência de nós mesmos, que podemos ser arrastados num paroxismo de autodestruição, levando conosco as formas mais complexas de vida. Claro, sempre sobrarão as baratas. (...)

Até recentemente, era comum falar em ameaças que poderiam afetar a vida de nossos netos – uma perspectiva bastante incômoda, mas sem a premência dos desastres iminentes. Hoje, até a palavra ameaça ficou superada. Os fenômenos deletérios estão em andamento e muitos de seus efeitos serão sentidos ainda dentro da expectativa de vida de boa parte da humanidade. Propaga-se, por exemplo, a noção de que está em curso a sexta extinção em massa. As cinco anteriores conhecidas pela ciência deixaram registros geológicos concretos. A maior aconteceu há 250 milhões de anos; a mais conhecida, a que extinguiu os dinossauros, há 65 milhões. Extinções, evidentemente, fazem parte da história da Terra – menos de 10% das espécies que em algum momento existiram continuam a ter um bilhete no ciclo da vida do planeta. A taxa de extinção considerada normal é de uma espécie em 1 milhão por ano; a atual gira em torno de 1.000 por ano entre espécies conhecidas e ainda não catalogadas. O aquecimento global tampouco é apenas uma hipótese no horizonte do médio prazo. Todas as grandes geleiras do planeta vêm diminuindo, os oceanos estão se tornando mais quentes, animais mudam suas rotas migratórias, a diferença de temperatura entre dia e noite cai. Os níveis de dióxido de carbono são os mais altos dos últimos 420.000 anos. Se as emissões continuarem, atingirão um estágio que ocorreu pela última vez no Eoceno, há 50 milhões de anos.

(...)A capacidade humana de alterar o planeta em escala geológica

atingiu tal ponto que o cientista holandês Paul Crutzen propõe que a época atual, Holoceno, iniciada há apenas 10.000 anos, já acabou. Vivemos, diz ele, em pleno antropoceno – e isso começou no fim do século XVIII, com a invenção da máquina a vapor, desencadeadora do processo que mudou a face da Terra. A vaga de alarmismo que permeia o mundo no momento é tamanha que permite perguntas altamente incômodas. Em escala cosmológica, qual seria a importância do desaparecimento dos humanos da Terra (ainda que levassem, em sua irresponsabilidade genocida, uma enormidade de espécies consigo)? Mais ainda: o mecanismo de autodestruição não está embutido na própria espécie, para barrar sua propagação virulenta e descontrolada, e entrou em ação justamente num momento crítico?

Fazer perguntas para as quais não se tem respostas é próprio da espécie humana. Podemos, no entanto, conjeturar. Uma resposta possível à primeira pergunta é que a importância provavelmente é nenhuma. Mesmo que o surgimento de vida inteligente e consciente tenha resultado de uma cadeia de eventos tão improvável que tenha acontecido uma única vez – aqui mesmo, na nossa magnífica esfera azul –, a extinção da espécie humana, por mais inominável que nos pareça, não significa o fim da vida. À segunda pergunta, só podemos responder que, como não

estaremos aqui para saber se a hipótese se confirma, temos a obrigação de trabalhar com a idéia contrária: não estamos programados para a extinção, ou pelo menos não agora. A vida começou na Terra há cerca de 3,5 bilhões de anos e ainda há 6 bilhões pela frente antes que o Sol incinere a Terra. Cerca de 60 bilhões de seres humanos já viveram antes de nós. Seria demais deixar um desaparecimento catastrófico acontecer justo no nosso turno.

(Vilma Gryzinski. Veja, edição 1926, 12 de outubro de 2005)

1Assinale a alternativa que melhor sintetize as idéias do texto I. (A) O homem traz, em sua programação biológica, uma ação de

autodestruição programada para daqui a 6 bilhões de anos. (B) A espécie humana, com a interferência na geologia do planeta,

é capaz de provocar sua extinção. (C) Os seres humanos, diferentemente de outras formas de vida,

não resistirão às mudanças climáticas naturais provocadas pelo fim do Holoceno.

(D) O alarmismo em relação à possibilidade de extinção da espécie humana pode ser combatido com a eliminação de sua programação biológica de autodestruição.

(E) Embora o ser humano traga uma programação biológica de autodestruição, não está programado para a extinção no Holoceno.

2“Wilson está entre os cientistas de vulto que clamam insistentemente pela atenção da humanidade para o perigo real e cada vez mais imediato para a sobrevivência de nós mesmos, que podemos ser arrastados num paroxismo de autodestruição, levando conosco as formas mais complexas de vida.” (L.23-27) Assinale a alternativa que apresente pontuação igualmente correta para o trecho acima. (A) Wilson está entre os cientistas de vulto que clamam

insistentemente pela atenção da humanidade para o perigo real – e cada vez mais imediato – para a sobrevivência de nós mesmos: que podemos ser arrastados num paroxismo de autodestruição, levando conosco as formas mais complexas de vida.

(B) Wilson está entre os cientistas de vulto, que clamam insistentemente, pela atenção da humanidade para o perigo real e cada vez mais imediato para a sobrevivência de nós mesmos, que podemos ser arrastados num paroxismo de autodestruição, levando conosco as formas mais complexas de vida.

(C) Wilson está entre os cientistas de vulto que clamam, insistentemente, pela atenção da humanidade para o perigo real e cada vez mais imediato para a sobrevivência de nós mesmos, que podemos ser arrastados num paroxismo de autodestruição, levando conosco, as formas mais complexas de vida.

(D) Wilson está, entre os cientistas de vulto, que clamam insistentemente pela atenção da humanidade para o perigo real, e cada vez mais imediato, para a sobrevivência de nós mesmos, que podemos ser arrastados, num paroxismo de autodestruição, levando conosco as formas mais complexas de vida.

(E) Wilson está entre os cientistas de vulto, que clamam insistentemente pela atenção da humanidade para o perigo real, e cada vez mais imediato para a sobrevivência de nós mesmos – que podemos ser arrastados num paroxismo de autodestruição, levando conosco as formas mais complexas de vida.

3Para desenvolver o texto I, a jornalista só não se utilizou de: (A) dados estatísticos. (B) trajetória histórica. (C) comparações. (D) paradoxos. (E) citações.

4No texto I, “a premência dos desastres iminentes” (L.31) significa: (A) a validade dos desastres imponentes. (B) a angústia dos desastres importantes. (C) a antecipação dos desastres pendentes. (D) a importância dos desastres instigantes. (E) a urgência dos desastres impendentes.

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5O texto I pode ser classificado como: (A) narrativo-descritivo. (B) argumentativo opinativo. (C) descritivo subjetivo. (D) narrativo objetivo. (E) lírico moralizante.

6“A vaga de alarmismo que permeia o mundo no momento...” (L.58-59) Assinale a alternativa em que não se cometeu erro de ordem gramatical ao se alterar o trecho acima. (A) A vaga de alarmismo a que preferimos a tranqüilidade. (B) A vaga de alarmismo que temos necessidade. (C) A vaga de alarmismo que o mundo precisa. (D) A vaga de alarmismo que a jornalista fez alusão. (E) A vaga de alarmismo cuja importância nos referimos.

7Assinale a alternativa em que a substituição, no texto, do primeiro termo pelo segundo constituiria erro de natureza gramatical. (A) no qual (L.3) – onde (B) neste (L.13) – nesse (C) até (L.32) – mesmo (D) existiram (L.41) – houve (E) tampouco (L.45) – muito menos

8Assinale a alternativa em que as palavras não poderiam ter formado um par por seguirem regras de acentuação diferentes. (A) água (L.6) – espécies (L.19) (B) véu (L.7) – idéia (L.77) (C) até (L.12) – holandês (L.54) (D) teólogos (L.17) – fenômenos (L.32) (E) nós (L.25) – vêm (L.46)

9Assinale a alternativa em que tenha ocorrido erro na análise dos radicais que compõem as palavras. (A) fotografias (L.1) / luz + escrita (B) teólogos (L.17) / Deus + estudo (C) dinossauros (L.39) / temido + lagarto (D) hipótese (L.45) / sob + colocar (E) genocida (L.62) / ser humano + matar

Texto II

(Millôr Fernandes)

10Assinale a alternativa que contenha uma figura de linguagem presente no texto II. (A) anáfora (B) hipérbato (C) elipse (D) catacrese (E) hipérbole

CONHECIMENTOS PEDAGÓGICOS

11O Artigo 21 da Lei 9394/96 define que a educação básica se compõe: (A) apenas pela educação infantil. (B) apenas pelo ensino fundamental. (C) apenas pela educação infantil e ensino fundamental. (D) pela educação infantil, ensino fundamental e ensino médio. (E) pelo ensino fundamental, ensino médio e educação superior.

12Para que uma aprendizagem significativa possa acontecer, é necessário investir em ações que potencializem a disponibilidade do aluno para a aprendizagem, o que se traduz, por exemplo, no empenho em estabelecer relações entre seus conhecimentos prévios sobre um assunto e o que está aprendendo sobre ele.

(PCN, 1998)

A afirmação acima destacada, partindo de uma perspectiva construtivista, convida o professor a refletir que, ao iniciar uma nova situação de ensino-aprendizagem, devemos considerar que: (A) em geral, os conceitos prévios dos alunos são esquemas

mentais alternativos, imperfeitos, incompletos e, por isso, devem, desde o primeiro momento, ser afastados do contexto da sala de aula e do ensino.

(B) antes de qualquer nova situação de ensino deve ser feita uma investigação extensa de todos os conhecimentos prévios que possam influenciar no objeto de estudo, devendo ser discutidos apenas no início de uma situação de ensino.

(C) o conhecimento prévio dos alunos constitui um amplo esquema de ressignificação, devendo ser mobilizados durante todo o processo de ensino-aprendizagem, pois a partir deles o indivíduo interpreta o mundo.

(D) a natureza da estratégia didática não influencia a disponibilização dos conhecimentos prévios dos estudantes.

(E) todo conhecimento prévio surge do contexto social do estudante e, portanto, deve ser substituído por meio da transmissão clara e objetiva de novos materiais adequados de ensino.

13Se aceitarmos que tudo que é suscetível de ser aprendido pode ser considerado conteúdo de aprendizagem, podemos concluir que as intenções ou propósitos educativos manifestam-se na importância atribuída a cada um dos possíveis conteúdos educativos.

(Antoni Zabala, 1997)

A concepção tradicional de aprendizagem concebe o “conteúdo de aprendizagem”, na maior parte das vezes, como informações que o estudante deve aprender. Considerando um enfoque construtivista de ensino-aprendizagem (expresso no trecho acima), podemos afirmar que esses conteúdos devem abranger aspectos: (A) apenas conceituais. (B) apenas conceituais e procedimentais. (C) conceituais, procedimentais e atitudinais. (D) conceituais, factuais e procedimentais. (E) factuais, procedimentais e motivacionais.

14Os projetos de trabalho, na concepção de Hernández, são uma proposta curricular, cujos conteúdos são tratados de forma integrada e não linear. Hernández fala: “A introdução dos Projetos de Trabalho foi planejada como uma forma de vincular a teoria com a prática e de alcançar um sentido de globalização, de introduzir uma nova maneira de fazer do professor e de gerar uma série de mudanças na organização dos conhecimentos escolares.” A partir da concepção acima acerca do trabalho com projetos, assinale a alternativa que não é adequada a essa proposta. (A) A ênfase na relação entre ensino e aprendizagem é, sobretudo,

de caráter conceitual, e a informação não é algo importante no processo.

(B) Cada tema se estabelece como um problema que deve ser resolvido, a partir de uma estrutura que deve ser desenvolvida e que pode se encontrar em outros temas ou problemas.

(C) O docente não é o único responsável pela atividade que se realiza em sala de aula, mas também o grupo de alunos tem um alto nível de implicação, na medida em que todos estão aprendendo.

(D) Podem ser trabalhadas as diferentes possibilidades e interesses dos alunos em sala de aula, de forma que ninguém fique desconectado e que cada um encontre um lugar para sua participação.

(E) Na sala de aula, é possível trabalhar qualquer tema; o desafio está em como abordá-lo com cada grupo de alunos e em especificar o que podem aprender com ele.

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15É senso comum na sociedade entender-se que o papel social da educação escolar é formar os alunos para serem cidadãos ativos e críticos, membros solidários e democráticos. No entanto, sabemos que, para essa formação se dar, necessitamos não só ensinar os conteúdos essenciais, como também precisamos de uma prática pedagógica que faça com que os alunos vivenciem experiências na escola que os levem a construir as competências necessárias a essa postura mais solidária e crítica. Assinale a alternativa que melhor exemplifica meios de ensino coerentes com a prática pedagógica descrita acima. (A) práticas avaliativas na direção de uma avaliação classificatória (B) projetos de trabalho que visem ao debate e à tomada de

decisões(C) aulas expositivas que apresentem os conteúdos em suas

especificidades(D) trabalhos individuais de pesquisa sobre a organização social (E) pesquisas teóricas acerca da temática da cidadania

16Vigotsky afirma que o bom ensino é aquele que se adianta ao desenvolvimento, ou seja, que se dirige às funções psicológicas que estão em vias de se completarem.

(Rego, 2001)

Isso significa dizer que, na abordagem sociointeracionista, a qualidade do trabalho pedagógico está associada à: (A) capacidade de promoção de avanços no desenvolvimento do

aluno a partir daquilo que potencialmente ele poderá vir a saber.

(B) possibilidade de promover situações em que o aluno demonstre aquilo que já sabe e aprendeu fora da escola.

(C) criação de zonas de atuação pedagógica a partir de conhecimentos mais adiantados nas séries escolares.

(D) proposição de pré-requisitos para a aprendizagem que demonstrem a prontidão dos alunos.

(E) introdução de conceitos difíceis que levem os alunos a estudar além daquilo que está nos livros didáticos.

17O projeto político-pedagógico da escola deve ser uma construção coletiva, envolvendo toda a comunidade escolar. Caso contrário, corre o risco de ficar esquecido em alguma gaveta na sala da direção da escola. Nesse sentido, a partir de uma perspectiva democrática de construção do projeto político-pedagógico, assinale a opção que traz as características de um projeto coerente com essa concepção.(A) descentralização de papéis, democratização do processo de

tomada de decisões, processo coletivo de avaliação de cunho emancipatório

(B) controle hierárquico das divisões de tarefas, centralização dos papéis, continuidade de ações

(C) democratização dos papéis, instalação de um processo coletivo de fragmentação das decisões, avaliação de cunho classificatório

(D) reorganização da escola, tomada coletiva de decisões e descontinuidade de ações passadas

(E) empenho coletivo de ações coordenadas, tomada de decisões em âmbito hierárquico restrito, descentralização de ações

18O currículo constitui um importante instrumento na educação tanto de conservação quanto de transformação dos conhecimentos historicamente acumulados. O entendimento de que o currículo é um campo de investigação que problematiza discussões essenciais à educação relativas a aspectos culturais, ideológicos e de poder está em consonância com as teorias que fundamentam o currículo em uma perspectiva: (A) tecnicista. (B) moderna. (C) crítica. (D) tradicional. (E) renovada.

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Na figura acima, a professora corrige a prova de seus alunos assinalando as respostas baseadas em acertos e erros. Para os acertos, ela marca um C de certo; para os erros, ela assinala um Xde errado. A situação descrita e o desenho acima trazem a idéia de uma avaliação baseada em uma perspectiva: (A) diagnóstica. (B) emancipatória. (C) mediadora. (D) formativa. (E) classificatória.

20Paulo Freire aponta, em seu livro Pedagogia da Autonomia, que ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção. A afirmação acima significa que: (A) a seleção de conteúdos deve ser guiada pela prática do

professor.(B) a escola é um espaço de construção e produção de

conhecimento, de cultura. (C) a escolha dos conteúdos não é uma opção instituída de

significados.(D) a educação escolar transfere conhecimentos de geração a

geração.(E) o conhecimento escolar não deve considerar seu contexto de

produção.

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

21Ainda que seja possível encontrar suas origens na escola vidaliana de geografia humana e na sociologia urbana de Park, seus verdadeiros primórdios remontam aos anos 70, em reação ao positivismo lógico, à quantificação exagerada e às explicações mecanicistas, deterministas, reducionistas, de uma geografia sem homem.

(Gomes, Paulo César da C. Geografia e Modernidade)

O texto acima faz referência à Geografia: (A) humanista. (B) radical crítica. (C) positivista. (D) quantitativa. (E) tradicional.

22O ensino de Geografia no Ensino Fundamental não deve levar os alunos a: (A) reconhecer a relação existente entre a distribuição territorial

dos fenômenos e os significados de tal distribuição para cada indivíduo e para a sociedade.

(B) construir conceitos geográficos para olhar o mundo de forma sistemática, ultrapassando a reflexão pessoal e a do senso comum.

(C) dividir o mundo em duas partes distintas para que possam compreender, de um lado, os fenômenos físicos e, de outro, as sociedades humanas.

(D) diferenciar a escala de abordagem dos fenômenos espaciais em local, regional, nacional e internacional e constatar suas articulações e interpenetrações.

(E) tomar consciência da realidade mundial e de seu potencial para interferir, como cidadão, na transformação da realidade existente.

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(Adaptado de Teixeira, W. et al. Decifrando a Terra)

A partir do desenho, analise as afirmativas a seguir: I. As rochas fazem parte de um planeta cheio de energia que

promove, em razão da alta temperatura e pressão existentes no seu interior, os movimentos tectônicos de placas e as atividades sísmicas.

II. A superfície da Terra é a resultante do antagonismo entre as forças internas formadoras do relevo, e as forças externas, que desgastam e transportam o material retirado das rochas.

III. Os agentes de erosão podem movimentar o material que forma o manto do intemperismo e depositá-lo nas regiões mais baixas, em bacias de sedimentação.

Assinale:(A) se apenas a afirmativa I estiver correta. (B) se apenas a afirmativa III estiver correta. (C) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas. (D) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas. (E) se todas as afirmativas estiverem corretas.

24Trata-se de um clima de influência marítima. Sua amplitude térmica é moderada porque os verões são relativamente quentes e os invernos não são rigorosos. O regime pluviométrico mostra uma estação seca no verão, quando a massa de ar que permanece sobre a região dá origem a um tempo estável, claro e límpido, o que acentua a aridez. A formação vegetal dessa área é uma espécie de bosque com árvores esparsas. O caráter xerófilo apresentado por algumas espécies vegetais mostra diferentes processos de adaptação à escassez de água. As características apresentadas no fragmento acima estão representadas num dos climogramas a seguir. Assinale-o.

(A) (B)

(C) (D)

(E)

25A preocupante situação demográfica dos países ricos motivou um estudo recente da Divisão de População das Nações Unidas. Um exercício de projeção até 2050 procura avaliar, diante de vários cenários, até que ponto a chamada migração de reposição é uma solução para atenuar as tendências daquela situação.

(Elza Berquó)

Com relação à situação demográfica desses países, analise as afirmações a seguir: I. Hoje, as migrações de reposição compensam a perda de

população dos países ricos e o seu rápido envelhecimento; no futuro, elas serão ainda mais necessárias para frear o declínio da população e do contingente em idade produtiva.

II. Os governos desses países aceitam as migrações de reposição como um movimento seletivo em que os imigrantes são documentados e satisfazem os requisitos do país receptor.

III. O número de migrantes necessários na Europa em 2030, para manter a relação entre a população em idade produtiva e a de mais de 65 anos, será tão grande que se discute hoje a mudança da idade da aposentadoria para 75 anos, o que tem encontrado sérias resistências na população européia.

Assinale:(A) se apenas a afirmativa I estiver correta. (B) se apenas a afirmativa III estiver correta. (C) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas. (D) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas. (E) se todas as afirmativas estiverem corretas.

26O NOVO ENDEREÇO DA INDÚSTRIA PAULISTA!

A partir de 1970 começou a ocorrer uma relativa desconcentração industrial no Estado de São Paulo, com um decréscimo da participação da região metropolitana na produção industrial em favor do interior do estado.

(Adaptado de Adas, M. Panorama Geográfico do Brasil)

Entre as razões dessa desconcentração não podemos incluir: (A) a redução das vantagens locacionais da região metropolitana,

que estimula o deslocamento das indústrias para os tecnopólos surgidos ao longo dos eixos de industrialização.

(B) a perda da importância da capital paulista nos setores industrial e financeiro, que transfere o poder de gestão e decisão para novas áreas metropolitanas como a de Campinas.

(C) as vantagens oferecidas por outros municípios – isenção de impostos, infra-estrutura industrial –, que atraem os novos investimentos industriais para o interior.

(D) os índices de poluição e de insegurança na região metropolitana, que estimulam a instalação das novas indústrias nas cidades que oferecem melhor qualidade de vida.

(E) a fuga de empresas da região metropolitana, que é explicada pelas pressões exercidas pelos movimentos sindicais na defesa dos direitos dos trabalhadores.

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27“O PETRÓLEO É LÍQUIDO!”

Essa constatação, aparentemente óbvia, torna mais fácil a extração, o transporte e a utilização do petróleo. Ele se torna, sob o ponto de vista econômico, mais rentável. A partir da afirmação acima, não podemos dizer que: (A) o preço de extração do petróleo, ainda que dependa das

condições de ocorrência das jazidas, fica em média mais baixo que o das outras fontes de energia.

(B) o petróleo é, provavelmente, o produto primário que apresenta a maior diferença entre o preço de produção e o de venda.

(C) a diferença entre os custos de extração e o preço de venda do petróleo no mercado internacional varia de acordo com o momento político.

(D) a distribuição geográfica das áreas de produção e de consumo origina intensos fluxos comerciais que garantem a estabilidade dos preços do petróleo.

(E) o petróleo tornou-se uma matéria-prima estratégica porque os produtos que movimentam os sistemas de transportes são derivados do petróleo.

28A modernização do país, resultante do crescimento da economia urbano-industrial, produziu uma divisão territorial do trabalho, que subordina o campo à cidade, bem como as cidades menores às maiores. Estabeleceu-se, portanto, um sistema integrado de cidades em que há uma hierarquia entre elas, isto é, relações econômicas e sociais em que umas se subordinam às outras.

(Adaptado de Vesentini, J.W. Geografia)

O fragmento acima apresenta o conceito de: (A) rede urbana. (B) polarização urbana. (C) megalópole. (D) região urbana. (E) nebulosa urbana.

29Entre os tipos mais significativos de migrantes temporários que se deslocam no território brasileiro, não podemos destacar: (A) indígenas aculturados, que se deslocam para as cidades em

busca de trabalho para ganhar algum dinheiro que ajude na sobrevivência da tribo.

(B) trabalhadores rurais e urbanos que migram para se empregarem nas construções de usinas hidrelétricas.

(C) trabalhadores rurais que, na entressafra agrícola da região onde moram, deslocam-se para os lugares de garimpo.

(D) trabalhadores rurais que migram para as cidades onde encontram trabalho na construção civil e nas funções terciárias de baixa qualificação.

(E) trabalhadores urbanos que se deslocam diariamente de sua moradia para áreas distantes, em outros municípios, para o exercício de sua atividade de trabalho.

30Os avanços tecnológicos ocorridos nas últimas décadas do século XX criaram as condições para a globalização, movimento que provocaria uma “nova ordem mundial”. O capitalismo, atingindo uma escala global, tornou-se hegemônico na organização da vida social, tanto na esfera econômica quanto na política. As alternativas abaixo apresentam características da globalização, com exceção de uma. Assinale-a. (A) Os conglomerados transnacionais controlam as inovações

tecnológicas e os mercados. (B) O capital financeiro movimenta os investimentos especulativos

nas bolsas de valores de todo o mundo. (C) O poder de decisão na economia desloca-se da esfera privada

para a esfera pública. (D) O mercado de trabalho é profundamente abalado pelas

mudanças nas tecnologias de produção. (E) Os organismos não governamentais ampliam o debate sobre a

questão ambiental.

31Observe o mapa a seguir.

(Atlas Geográfico Escolar, IBGE)

Com relação à rede ferroviária, é correto afirmar que: (A) seu traçado na maior parte do país é rarefeito devido à

predominância, no relevo brasileiro, de planaltos, o que historicamente dificultou a construção desse tipo de transporte.

(B) seu traçado é denso nas regiões Sudeste, Sul e Nordeste graças aos investimentos do governo federal a partir de meados do século XX, quando foram elaborados os planos de integração nacional.

(C) seu traçado é radial partindo de um ponto central em direção às diferentes regiões brasileiras, o que permitiu a integração inter-regional e do mercado nacional.

(D) seu traçado, nas Regiões Sudeste e Sul, é concêntrico em relação a alguns portos como Vitória, Rio de Janeiro, Santos e Paranaguá, por onde são escoados produtos diversificados.

(E) seu traçado, nas Regiões Norte e Nordeste, é retilíneo, no sentido interior � litoral e integra essas regiões devido à uniformidade das bitolas.

32A Organização das Nações Unidas (ONU) comemorou, no dia 24 de outubro de 2005, 60 anos de existência, reunindo agora 191 países.Com relação à ONU, não se pode afirmar que: (A) é uma organização de avaliação política, em que as tomadas

de decisão ignoram os interesses dos países que a compõem. (B) dá aos países com assento permanente no Conselho de

Segurança o direito de veto. (C) foi criada como fórum global, que dá voz e voto, na Assembléia

Geral, a todos os países nela representados. (D) presta ajuda humanitária aos refugiados de guerra e às vítimas

de catástrofes naturais. (E) fracassou ao não impedir o massacre ocorrido em Ruanda, na

década de 1990, e a invasão do Iraque, em 2003.

33A partir das reformas radicais do final da década de 1970, a China iniciou um período de crescimento econômico acelerado, aumentando sua participação no PIB mundial de 1% em 1980 para 4% em 2000. Nesse período, entre as diretrizes da economia chinesa, nãoencontramos:(A) a aceitação da “revolução cultural”, que aumenta a participação

do capital externo nas empresas estatais. (B) a criação de “zonas econômicas especiais”, que possibilitam o

investimento de capitais externos. (C) a adoção do “modelo econômico extrovertido”, que cria uma

oferta de mão-de-obra competitiva. (D) o estabelecimento da “política de reformas e abertura”, que

diversifica os agentes econômicos com o recuo do Estado. (E) a aplicação de uma “economia socialista de mercado”, que

permite sua integração na economia mundial.

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34Duas guerras terríveis no espaço de uma geração eram motivo suficiente para pensar algo novo: a criação dos Estados Unidos da Europa.

(Winston Churchill, primeiro-ministro inglês, conferência em Genebra, 1946)

Sobre a integração européia, analise as afirmativas a seguir: I. Em 1948, a fim de conter a expansão soviética, foi criada a

Organização Européia de Cooperação Econômica para coordenar a aplicação do Plano Marshall, que visava à reconstrução da Europa Ocidental.

II. Em 1957, pelo Tratado de Roma, foi criada a Comunidade Econômica Européia, que previa a integração econômica dos seis países membros como precondição para uma unidade política.

III. Em 1992, o Tratado de Maastricht estabeleceu as diretrizes para a integração econômica e política dos países membros e previu, para o ano 2000, a criação de uma moeda única, o euro.

Assinale:(A) se somente a afirmativa I estiver correta. (B) se somente a afirmativa III estiver correta. (C) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. (D) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas. (E) se todas as afirmativas estiverem corretas.

35Antes do aparecimento dos europeus, os habitantes nativos do território eram economicamente auto-suficientes. Via de regra, cada família banto produzia sua alimentação, plantando e criando gado; também construía sua própria cabana e fazia suas roupas e utensílios.

(Shapern, I. Migrant labour and tribal life. 1947)

Sobre as mudanças provocadas na economia e na sociedade da África pela presença européia, a partir do século XIX, podemos fazer as seguintes afirmativas, com exceção de uma. Assinale-a. (A) A economia africana nativa se transformou em uma economia

colonial, tendo como base as plantações comerciais e a extração mineral.

(B) A cobrança do imposto individual pela administração colonial obrigou as populações africanas a procurarem emprego assalariado, o que colocou à disposição do colonizador uma enorme força de trabalho.

(C) A concentração dos africanos em “reservas” impossibilitou o uso do tradicional sistema de plantio que alternava as áreas cultivadas com áreas de pousio, em que a vegetação natural voltava a cobrir a terra.

(D) A colonização dissolveu os Estados nacionais anteriormente existentes que reuniam em um mesmo território povos de diferentes culturas, mas identificados pelo sentimento comum da “negritude”.

(E) O novo modelo econômico e político imposto abalou os valores e símbolos culturais promovendo a perda de identidade e o desenraizamento cultural de grande parte da população.

36A reestruturação do capitalismo, associada à revolução técnico- -científica informacional, vem transformando a dinâmica das empresas transnacionais e, conseqüentemente, a divisão internacional do trabalho. Assinale a afirmativa que apresenta um aspecto da atual tendência da divisão internacional do trabalho. (A) Os países mais pobres exportam produtos agrícolas e

matérias-primas industriais e importam produtos industrializados.

(B) As transnacionais distribuem unidades produtivas em vários países, que, em conjunto, formam a cadeia produtiva de um mesmo produto final.

(C) As transacionais transferem suas filiais para os países que lhes oferecem maiores vantagens locacionais, como mão-de-obra barata e sem qualificação.

(D) Os países subdesenvolvidos industrializados exportam bens de consumo duráveis para os países de industrialização avançada.

(E) Os países em desenvolvimento recebem as filiais das transnacionais, que produzem produtos de tecnologia menos avançada.

37A transposição das águas do rio São Francisco, para atender às necessidades de uma extensa área do semi-árido nordestino, tem gerado uma grande polêmica. Os que são contra argumentam que o desvio das águas do rio provocará graves impactos ambientais. No entanto, na bacia do “velho Chico”, vêm ocorrendo, sem qualquer providência, numerosas ações que provocam impactos ambientais.Sobre essas ações, analise as afirmativas a seguir: I. O desmatamento indiscriminado – principalmente da mata ciliar

– para ampliação da fronteira agrícola vem alterando a vazão e promovendo o assoreamento dos rios.

II. As barragens de Sobradinho e Xingó reduziram a vazão do rio, e o mar, sem encontrar a resistência da antiga força das águas do São Francisco, vem aos poucos penetrando rio acima, com a possibilidade de salinização de suas águas.

III. A construção de barragens para a produção de energia tem alterado o ciclo natural de cheias e vazantes do rio, dificultando a reprodução dos peixes e desestruturando as atividades econômicas do povo ribeirinho.

Assinale:(A) se somente a afirmativa I estiver correta. (B) se somente a afirmativa III estiver correta. (C) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. (D) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas. (E) se todas as afirmativas estiverem corretas.

38As exigências de um mercado altamente competitivo e as políticas de grandes grupos empresariais impuseram à agricultura brasileira uma submissão cada vez maior ao comando das indústrias, das grandes cooperativas, das bolsas de valores, dos sistemas de créditos e das pesquisas científicas públicas e privadas. A dependência da agricultura brasileira em relação a esses setores é explicada pelos seguintes fatores, com exceção de um. Assinale-o. (A) Fornecem sementes e produtos químicos, serviços de aluguel

de tratores e colheitadeiras e assistência técnica. (B) Garantem a eficiência da infra-estrutura dos transportes e do

escoamento da produção. (C) Desenham os circuitos de distribuição e de consumo para

garantir que os produtos agroindustriais estejam presentes em todo o território nacional.

(D) Estabelecem as normas da produção agrícola, organizam seus fluxos e determinam os preços no mercado nacional.

(E) Orientam o movimento das frentes de expansão e da modernização da produção voltada para a exportação.

39Observe o gráfico a seguir:

(Adaptado de Adas, M. Panorama Geográfico do Brasil)

Entre os fatores que alteraram a estrutura da população, segundo os setores de produção, não podemos apontar: (A) a passagem de uma economia agroexportadora para uma

economia urbano-industrial, entre as décadas de 40 e 70. (B) o processo de urbanização, acelerado pela mecanização da

produção agrícola e pelas mudanças nas relações de trabalho no campo.

(C) a aceleração da urbanização, que fez crescer o setor terciário, formando um mercado de trabalho seletivo reservado à mão-de- -obra mais qualificada.

(D) a modernização da produção industrial e o crescimento e a diversificação dos setores de serviços e de comercialização.

(E) o processo de industrialização, que desencadeia uma mobilidade da força de trabalho para os setores secundário e terciário.

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40A velocidade do crescimento econômico e as transformações na organização produtiva, durante as “décadas douradas”, acentuaram a clivagem social nas grandes cidades brasileiras e, em particular, no Rio de Janeiro. Por isso, sua paisagem urbana é marcada pela presença da favela, com forte e imediata associação com a pobreza. A respeito do surgimento e expansão das favelas no espaço urbano do Rio de Janeiro, estão corretas as afirmativas a seguir, com exceção de uma. Assinale-a. (A) A favela foi a solução encontrada para o problema de moradia

pelos grupos sociais com níveis de renda mais baixos. (B) A favela está ligada ao mundo do trabalho, e sua localização

reduz os gastos e o tempo dos deslocamentos pendulares. (C) A favela inspira preconceitos reducionistas como o de um

espaço de exclusão social e de explicitação da questão social. (D) A favela origina-se da competição pelo controle do território

entre as quadrilhas ligadas ao tráfico de drogas, banalizando a violência.

(E) A favela instalou-se nos loteamentos improvisados ao longo dos eixos rodoviários, nas encostas de morros e em terrenos alagados ou alagáveis.