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PRISCILLA GOSTINSKI ROMERO TERRÁRIO: METODOLOGIADA DIFERENCIADA EM ENSINO DE ECOLOGIA Canoas, 2008

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PRISCILLA GOSTINSKI ROMERO

TERRÁRIO: METODOLOGIADA DIFERENCIADA EM ENSINO DE

ECOLOGIA

Canoas, 2008

PRISCILLA GOSTINSKI ROMERO

TERRÁRIO: METODOLOGIADA DIFERENCIADA EM ENSINO DE

ECOLOGIA

Canoas, 2008

Trabalho de conclusão apresentado para a Coordenação de curso de Ciências Biológicas do UNILASALLE – Centro Universitário La Salle, como exigência parcial para a obtenção do grau de Licenciado em Ciências Biológicas, sob orientação do Prof. Ms Giovani André Piva.

PRISCILLA GOSTINSKI ROMERO

TERMO DE APROVAÇÃO

Trabalho de conclusão aprovado como requisito parcial para a obtenção do grau de Licenciado no Curso de Ciências Biológicas do Centro universitário La Salle-

UNILASALLE pela avaliadora Prof. Ms. Giovani André Piva.

Prof. Ms. Giovani André Piva Unilasalle

Canoas, 2008

TERRÁRIO: METODOLOGIADA DE EM ENSINO DE

ECOLOGIA

“A educação de qualidade é vista, cada vez mais, como o fator primordial de equalização de oportunidades, precisamente porque nos parece ser o instrumento mais poderoso de combate, confronto, e de organização dos desiguais (DEMO, 2002. pg. 102)”.

RESUMO

O terrário é um modelo de sistema ou um microssistema, isto é, um pequeno conjunto de elementos que interagem, funcionando juntos como uma totalidade. É uma reprodução de um sistema maior. Uma ampla variedade de animais, como insetos, aracnídeos, moluscos, anfíbios, répteis e outros, pode ser mantida em um terrário. A importância de trabalhar com um terrário é a versatilidade que ele nos proporciona, pois podemos trabalhar vários assuntos com interesse ambiental nele. No projeto em questão, que visa conscientizar os educandos que devemos cuidar do meio ambiente e também entender tudo que esta acontecendo com nosso planeta, dessa forma, foi utilizado o terrário como meio de conscientização. Os alunos foram escolhidos por sorteio, mas não por força, pois esse projeto não envolve nota dos mesmos, mas sim por opção e por vontade de pesquisar. Com o andamento da criação do terrário e com as dinâmicas, que os alunos ficam mais aguçados com o conhecimento e com a vontade de buscar o conhecimento, de saber o que esta acontecendo e como podemos resolver determinada dificuldade. Através do trabalho feito com o terrário, os alunos desenvolveram espírito de equipe, criatividade e interesse pela busca do conhecimento. Palavras-chave: Terrário. Educação ambiental. Meio ambiente.

ABSTRACT

The terrarium is a model of a system or microsystem, that is, a small number of elements that interact, working together as a whole. It is a reproduction of a bigger system. A wide variety of animals such as insects, arachnids, mollusks, amphibians, reptiles and others can be kept in a terrarium. The importance of working with a terrarium is the versatility it offers us, because we can work with various matters environmental interest in it. Under the project, which aims to provide students who must take care of the environment and also understand everything that is happening with our planet, thus, the terrarium was used as a means of awareness. Students were chosen by lot, but not by force, because this project does not involve the same note, but by choice and by desire to search. With the progress of establishing the terrarium and the dynamic, that students are sharper with the knowledge and the desire for knowledge, know what is happening and how we can solve certain problems. Through the work done with the terrarium, students have developed a team spirit, creativity and interest in the search for knowledge. Keywords: Terrarium. Environmental education. Environment.

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 6

1.1 Desafio de construir um terrário....................................................................... 8

1.2 Parâmetros Curriculares Nacionais................................................................ 10

1.3 Papel do professor........................................................................................... 12

1.4 Código de ética para trabalhar no meio ambiente. ....................................... 13

2 METODOLOGIA .................................................................................................. 14

2.1 Material.............................................................................................................. 14

2.2 Tipos de Terrários que serão montados ........................................................ 15

2.2.1 Terrário pantanoso......................................................................................... 15

2.2.2 Terrário intermediário..................................................................................... 15

2.2.3 Terrário seco.................................................................................................. 15

2.2.4 Terrário iluminado .......................................................................................... 16

2.2.5 Terrário não iluminado ................................................................................... 16

2.3 Processo de seleção dos integrantes dos grupos........................................ 16

2.4 Local de aplicação do projeto ......................................................................... 16

2.5 Mediação........................................................................................................... 18

2.6 Atividade realizada: Terrário ........................................................................... 19

2.7 APLICAÇÕES EM SALA DE AULA.................................................................. 20

2.7.1 5a série........................................................................................................... 20

2.7.2 6a série........................................................................................................... 20

2.7.3 7a série........................................................................................................... 21

2.7.4 8a série........................................................................................................... 21

2.7.5 Ensino Médio ................................................................................................. 21

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO. .......................................................................... 22

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................. 26

REFERÊNCIAS........................................................................................................ 27

1 INTRODUÇÃO

Atualmente a maioria dos educadores tem abordado o conteúdo de ecologia de

uma maneira tradicional, onde o aluno simplesmente decora conceitos que não

podem ser utilizados em seu cotidiano. Além disso, essas temáticas ambientais

dificilmente são abordadas pelos professores, ou quando o são, simplesmente são

copiadas de livros sem com que haja um pensamento crítico em cima dessas

temáticas associando os conteúdos vistos em sala de aula.

A maioria dos professores, por falta de tempo, falta de recursos na escola,

salários baixos ou por já estarem habituados a dar aula por 20 ou 30 anos, ficam

acomodados com a mesma metodologia e não querem mudar.

Como Educação Ambiental é um tema transversal, não o abordam, muitas

vezes reclamando do tempo, tendo que “vencer” o cronograma da escola e sem

perceber o real intuito do professor em uma sala de aula, fazer com que o aluno

aprenda a aprender, e não repita algo que alguém já falou e logo após irá esquecer

pois acha uma chatice aquela disciplina a qual não aprendeu nada.

Fazendo um enfoque da educação ambiental com o que é vivido pelo aluno,

fica muito mais prático e prazeroso aprender.

É necessário que o aluno, através de debates em sala de aula e

posteriormente analisando seu cotidiano e o da comunidade em que ele vive, crie

associações e desenvolva um pensamento crítico a respeito das temáticas

ambientais.

O professor nesse caso deve ser o mediador, onde mostra como deve buscar o

conhecimento, ensinar o caminho, ensinar a buscar a informação e como deve ser

feito.

A importância de desenvolver o Terrário é mostrar que estudar o meio

ambiente (educação ambiental), não é simplesmente observar o ambiente em seu

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estado original ou intocado e estudar espécies, ecossistema, etc., sem um objetivo,

como se esse tema não tivesse vínculo com nada na vida do aluno.

É preciso mostrar para o educando como ocorrem os impactos na natureza e

como cada um pode ajudar a mudar nosso meio através de atitudes simples, as

quais serão estudadas na montagem do Terrário (cuidado com o solo, a importância

da água, o que acontece quando uma das espécies não esta presente, como fazer

para que as espécies não sumam).

É necessário fazer com os alunos uma conexão entre o assunto abordado

(ecologia) e a consciência de uma sociedade educada que não gera lixo e sim

materiais para reciclar.

Ensinar que, selecionando o lixo, ajudarão a diminuir a poluição do ar, solo e

água, bem como vai reduzir a necessidade de novas áreas para aterros sanitários.

Tal atitude, também vai ajudar a diminuir a proliferação de insetos e roedores,

responsáveis pela transmissão de várias doenças. Os recursos naturais vão ser

poupados, pois o lixo separado vai ser reciclado e transformado pelas indústrias em

matéria-prima novamente, baixando assim os custos do produto final por nós

consumido.

Este trabalho teve como objetivo montar junto com os alunos um terrário,

adicionar vários táxons (espécie), tanto animais como vegetais (mudas de plantas,

minhocas) a fim de verificar a importância de cada espécie na natureza. Ainda,

construir uma consciência ecológica, fazendo com que, através do Terrário, os

alunos percebam o que ocorre quando não cuidamos bem da natureza, analisado a

importância de cada táxon em um ecossistema, e que o homem não é o centro do

Universo. Com base em desequilíbrios ambientais relacionando os conteúdos

estudados em ecologia no 2o ano do ensino médio.

A utilização de um terrário, numa perspectiva de educação ambiental, pode

proporcionar sentimentos de responsabilidade e sensibilização pelo mundo natural,

pelo fato, da vida no terrário, depender dos cuidados dos alunos.

A Educação Ambiental (EA) além de permear toda prática educacional na

busca de uma ação reflexiva e crítica da realidade, também deve, como tema

transversal, possibilitar a opção por diferentes situações desejadas, como

responsabilidade, cooperação, solidariedade e respeito pela vida. Dentro de uma

visão construtivista interdisciplinar do conhecimento, a EA visa a consolidação da

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cidadania a partir de conteúdos vinculados ao cotidiano e aos interesses da maioria

da população.

A EA, segundo a lei n° 9.795, de 27 de abril de 1999, é um componente

essencial e permanente da educação Nacional, devendo estar presente em todos os

níveis e modalidades do processo educativo formal e não-formal.

Para realmente abordar estes princípios e atingir seus objetivos a Educação

ambiental precisa de uma ampla gama de métodos e do preparo dos educadores

neste sentido.

Educação ambiental como sendo um tema transversal na educação, não é

obrigatório; devido a isso, os professores quando muitas vezes não abordam e

quando abordam é de uma rápida ou de uma forma totalmente separada do meio

em que o aluno vive, como se fosse algo fora da realidade do educando, que os

acontecimentos ocorrem longe, e que o aluno e as pessoas ao seu redor não fazem

parte do meio e suas atitudes não interferem no meio.

Com a montagem do terrário, o aluno entenderá como funciona um

ecossistema e a importância de cada espécie no planeta. Dessa forma, perceberá a

sua importância dentro do universo, quais atitudes que faz hoje que não deve fazer

pois prejudicam nosso ambiente e quais bons hábitos devem ser cultivados.

Tendo em vista a importância do estudo da transversalidade, a presente

pesquisa preocupa-se na conscientização do alunos a fim de observar o

esgotamento rápido dos recursos naturais, o desenvolvimento mediante o uso de

tecnologia altamente poluente, a negação de meios tecnológicos mais adequados, a

crise de valores éticos e morais, especialmente da parte mais rica da humanidade,

tornando insustentável o modelo de produção e consumo e colocando em risco as

formas de vida no planeta.

O objetivo do trabalho é analisar a maneira que os alunos tem por meio

ambiente e cuidados com o mesmo, quais os conceitos que devem ser mudados

para que cada um faça sua parte no planeta.

1.1 Desafio de construir um terrário

As práticas têm adquirido, para o ensino de biologia, uma extrema importância

já que elas são capazes de fazer com que o conteúdo extrapole os livros didáticos e

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se tornem mais reais para os estudantes. Sendo assim, o uso do terrário para fins

educativos, desempenha um importante papel para a construção do conhecimento,

pois trabalha com a visualização de processos que acontecem na natureza.

O trabalho em questão possui a finalidade de construir uma consciência

ecológica, onde o homem não será o centro do universo, e que todos os seres

existentes possuem um papel importante.

Segundo Gama (1991, apud LAPP, 1997), o objetivo é permitir que os alunos

discutam e argumentem a propósito do significado dos dados de modo racional e

lógico, tendo por base os conhecimentos teóricos que já possuem e as hipóteses

formuladas, tal como se fossem “pequenos cientistas”.

Na construção do terrário (um ecossistema em miniatura), os educandos

deverão aprender a aprender, e esse ecossistema criado torna-se uma importante

ferramenta que está à disposição do professor através do qual os alunos irão

construir seu conhecimento a partir de experimentos que podem ser baseados na

metodologia da problematização; onde a construção do terrário irá partir da própria

curiosidade dos alunos.

Não são apenas os conceitos e termos científicos que são apreendidos, mas,

são principalmente desenvolvidas competências de processo como a formulação de

hipóteses, a interpretação de dados e o desenvolvimento de idéias que irão

constituir a base para a aprendizagem de ciência (LAPP, 1997).

Os terrários surgiram no final do século XIX, quando o inglês Nathanael Ward,

médico e colecionador de plantas raras, aperfeiçoou um recipiente de vidro onde

pudesse transportar as plantas que descobria nas regiões de clima tropical. No

início, tais recipientes ficaram conhecidos como a “caixa de WARD”, e logo

ganharam destaque na decoração de residências. Hoje estas caixas são conhecidas

como terrários ou jardins de vidro.

Terrário, segundo o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, significa

"instalação especial nos jardins zoológicos provida de terra, saibro, rochas, plantas

etc., para a criação ou exposição de feras, répteis, roedores etc.". A palavra tem sua

origem no latim terra, relativo ao globo terrestre e seus habitantes.

O terrário é um modelo de sistema ou um microssistema, isto é, um pequeno

conjunto de elementos que interagem, funcionando juntos como uma totalidade. É

uma reprodução de um sistema maior. Uma ampla variedade de animais, como

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insetos, aracnídeos, moluscos, anfíbios, répteis e outros, pode ser mantida em um

terrário.

1.2 Parâmetros Curriculares Nacionais

Embasada nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), que estabelecem as

Diretrizes gerais orientadoras para as áreas de conhecimento e os grandes objetivos

do Ensino Médio, bem como a sua adequação à nova Lei de Diretrizes e Bases da

Educação (LDB)/96 e às características do mundo contemporâneo. Os Parâmetros

Curriculares Nacionais servirão de estímulo e apoio à reflexão sobre a prática diária

do professor, o planejamento de suas aulas e o desenvolvimento do currículo de sua

escola.

Sendo assim, o ensino passa a ter características de terminalidade, tanto para

um potencial continuo dos estudos, como para garantir a preparação básica para o

trabalho e o exercício da cidadania (Artigo 96 – LDB/96), dessa forma, prepara o

aluno para a continuação dos estudos e para o exercício de uma profissão. Dessa

forma, a educação ambiental tem grande valia, pois torna nossos educandos

pessoas conscientes de se papel no mundo.

“O Ensino é a etapa final de uma educação de caráter geral, afinada com a contemporaneidade, com a construção de competências básicas que situem o educando como sujeito produtor de conhecimento e participante do mundo do trabalho, e com o desenvolvimento da pessoa, como ‘sujeito em situação’ – cidadão.”

É necessário proporcionar uma educação onde priorize a formação ética e o

desenvolvimento da autonomia intelectual e o pensamento crítico, onde a educação

disponibilize condições de um permanente “aprender a aprender”, pois, segundo os

PCN:

“A formação da pessoa tem como objetivo desenvolver valores éticos e competências teórico-práticas, visando a autonomia intelectual e o pensamento crítico para produzir uma integração entre o projeto individual de vida e o projeto da sociedade na qual se insere e para a sua integração ao mundo do trabalho, considerando suas características variáveis. O desenvolvimento das competências para continuar aprendendo ao longo de sua vida, tendo em vista que a educação hoje é uma processo permanente.”

Segundo os PCN, o interesse e a curiosidade dos estudantes pela natureza,

pela Ciência pela Tecnologia e pela realidade local e universal, conhecidos também

pelos meios de comunicação, favorecem o envolvimento e o clima de interação que

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precisa haver para o sucesso das atividades, pois neles encontram mais facilmente

significado.

Tendo em base o conceito acima, é necessário instigar no aluno:

· A capacidade de abstração;

· Pensamento sistêmico;

· Criatividade;

· Aceitação de alternativas múltiplas para a solução de um mesmo problema;

· Capacidade para trabalhar em equipe;

· Assumir riscos;

· Competências comunicativas;

· Observação, pesquisa e experimentação;

· Desenvolvimento do pensamento complexo e divergente;

· A proposta da interdisciplinaridade;

· A capacidade de estabelecer relações e interconexões entre conhecimentos

de diversas áreas, que permitam compreender e agir num mundo em

transformação.

“uma nova concepção curricular para o Ensino Médio, [...] deve expressar a contemporaneidade e, considerando a rapidez com que ocorrem as mudanças na área do conhecimento e da produção, ter a ousadia de se mostrar prospectiva”[...] e que os estudantes desenvolvam competências que lhes permitam desenvolver capacidade de continuar aprendendo.”

O objetivo principal de um educador de Biologia é fazer com que o educando

possa entender o motivo do estudo de sua disciplina, compreendendo e fazer com

que o aluno se torne um pesquisador, que não se detenha apenas no que é

ministrado em sala de aula, mas que vá além, que seja um formador de opinião.

“[...] é objeto de estudo da Biologia o fenômeno da vida em toda a sua diversidade de manifestações. [...] O aprendizado da Biologia deve permitir a compreensão [...] dos limites dos diferentes sistemas explicativos [...] O grande desafio do professor é possibilitar ao aluno desenvolver as habilidades necessárias para a compreensão do papel do homem na natureza.O professor deve conduzir o aluno à compreensão de que todos os organismos estão sujeitos aos mesmos processos, como recepção de estímulos do meio [...]

Segue abaixo as diretrizes gerais propostas curriculares que atuam como eixos

estruturais são:

a) Aprender a conhecer: Desenvolver uma cultura geral ampla, que permita o

domínio dos instrumentos do conhecimento, que possibilitem a educação

permanente.

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b) Aprender a fazer: Desenvolvimento de habilidades e aparição de novas

aptidões para o enfrentamento de situações complexas, capacidade para

aplicação da teoria na prática cotidiana, compreensão e aplicação da ciência

na tecnologia.

c) Aprender a viver: Capacidade de viver em sociedade de maneira solidária e

compartilhada, respeitando aos outros, capacidade de desenvolvimento de

projetos comuns, gerenciamento de conflitos e gestão articulada de

propostas.

d) Aprender a ser: Formação do educando como pessoa e como sujeito social,

participativo e responsável de si mesmo e dos outros.

Ecologia é um nível superior de pensamento, onde tudo está relacionado com

tudo, inclusive com as soluções. Como ciência do inter-relacionamento

homem/natureza, ela não pode ser esta apenas como o estudo do meio físico, pois

de suas pesquisas e análises depende a compreensão da harmonia entre o homem

e o ambiente.

1.3 Papel do professor

Segundo August Trivinos (2003, pg. 56), não existe um professor pesquisador

somente capaz de resolver através da pesquisa, apenas alguns problemas que

apresentam na sala de aula. De nenhuma maneira. Queremos um professor capaz de

investigar a realidade escolar como problema específico da sala de aula e da

comunidade escolar, mas também um profissional capacitado como pesquisador de sua

própria limitada e grande zona do campo educacional em geral. Desejamos assim um

professor que ensine pesquisando até onde seja possível, e que também seja capaz,

como expressamos, e reiteramos agora, pesquisar a realidade da educação como todos

seus problemas e aspectos positivos [...] Sentimos esse profissional, como alguém, que

enriquece o acervo científico do pensamento sistematizado nas ciências sociais.

Temos que ser conscientes, sabermos que ao levarmos qualquer pesquisa ou

dinâmica para dentro de uma sala de aula irá nos trazer muitas indagações dos próprios

alunos e nem sempre saberemos responder no ato, mas é preciso que o educando saiba

que não somos “Super Poderosos”, também estamos sujeitos ao erro e que aprender

junto, ir atrás da informação é de suma importância em qualquer fase de nossas vidas.

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Nosso desenvolvimento de professor pesquisador não será benéfico somente em

sala de aula, mas, na nossa vida cotidiana, pois, um professor pesquisador está sempre

procurando levar ao aluno a sua realidade.

1.4 Código de ética para trabalhar no meio ambiente.

A fim de trabalhar o meio ambiente com os alunos, é de suma importância que

eles saibam como funciona o meio que eles estão estudando e vivem.

Devido a isso, é importante trabalhar alguns itens sobre preservação e respeito

por todos seres vivos existentes no nosso planeta. Para isso, foi retirado algumas

normas do livro de Gerald Durrell (1994, p. 314) para servir como um guia de boas

maneiras para a vida de cada um e para pesquisas em campo.

a) Não colete mais espécies do que o necessário;

b) Não retire as mesmas espécies em grande número, ano após ano, do

mesmo local;

c) Não destrua os predadores ou parasitas;

d) Não perturbe os locais potenciais de habitação na sua busca por espécies;

e) Quando tirar amostrar de plantas corte- as com uma faca ou tesoura de

podar – não quebre a planta;

f) Evite colher materiais me áreas já muito exploradas;

g) Informe as autoridades sobre qualquer achado incomum;

h) Não colecione por interesses comerciais;

i) Deixar as coisas como encontrou: pedras que tenham tirado do lugar;

j) Não deixe lixo nos locais explorados;

k) Peça permissão para entrar nas propriedades privadas e, quando

encessário, nos parques nacionais e reservas públicas;

l) l) Liberte o animal capturado para estudo no local onde ele foi encontrado;

m) m) O bem-estar do animal objeto dos seus estudos ou qualquer animal em

cativeiro é sempre mais importante que sua fotografia ou projeto.

2 METODOLOGIA

Como ecologia é o último conteúdo aplicado no 3o ano do ensino médio

(algumas escolas lecionam no 2o ano) e também na 6a série do ensino fundamental,

o educando já possui uma base sobre o funcionamento da natureza (invertebrados,

vertebrados, fisiologia humana, botânica), dessa forma, será introduzido o conceito

de ecologia e como funciona um ecossistema.

Após esse passo, o terrário será construído (em grupos de 4).

a) Cada grupo deverá cuidar do ambiente que criar;

b) Nesse ambiente serão introduzidos: plantas e animais de pequeno porte;

c) Dentre os animais, podemos adicionar a minhoca, que produz húmus, um

caracol, que se alimenta de plantas, uma aranha que se alimenta de

pequenos invertebrados e alguns outros invertebrados.

d) Caso o ambiente seja fechado, poderemos observas inclusive o ciclo da

água;

Dentro desse terrário, com várias espécies juntas, poderemos observar a

cadeia alimentar.

Os terrários podem ser feitos de várias formas, para vários fins como para

estudar a cadeia alimentar, o ciclo da água, fazer uma relação com a geografia e

analisar qual o nicho que cada espécie vive.

2.1 Material

1 vidro de boca larga

1 xícara de pedrinhas para aquário

1 xícara de carvão vegetal

3 a 4 xícaras de terra adubada organicamente

2 ou 3 mudas de plantas diferentes

Pá e rastelo

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Plástico grosso maior que o tamanho da boca do vidro

Elástico

1 xícara de água filtrada

2.2 Tipos de Terrários que serão montados

Os terrários são agrupados em diferentes tipos consoantes às características

dos fatores bióticos e abióticos presentes. A cada tipo de terrário, será necessário

efetuar diferentes cuidados de manutenção, que estão relacionados com os

objetivos da experiência. O solo a utilizar será do mesmo tipo em todos os terrários,

privilegiando-se o solo especialmente tratado com desinfetantes e adubos, que se

compra nas lojas da especialidade.

2.2.1 Terrário pantanoso

Possui o solo saturado em água, por isso, tem que ser mantida uma rega

freqüente. O nível da água tem de estar a aproximadamente dois centímetros acima

do nível do solo. As plantas a semear são a alface, o arroz e o trigo, os animais são

a minhoca o caracol e o grilo.

2.2.2 Terrário intermediário

Possui o solo não saturado em água, mas com alguma umidade. A exigência

de rega é menor. O teor em água neste solo é semelhante ao comumente utilizado

em jardinagem. As plantas e os animais utilizados serão os mesmos do subitem

anterior.

2.2.3 Terrário seco

Composição do solo inicial igual à dos restantes terrários. Contudo, nunca se

adiciona água e aplica-se uma secagem prévia ao ar, pois haverá perda progressiva

da umidade. As plantas e os animais utilizados serão os mesmos dos subitens

anteriores

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2.2.4 Terrário iluminado

Em termos do teor de água no solo este terrário tem as mesmas características

que o terrário intermédio. As plantas a cultivar são de espécies diferentes em relação

às anteriores, utilizando-se o feijão rasteiro e o milho, os animais a introduzir são os

mesmos anteriores.

2.2.5 Terrário não iluminado

É semelhante ao anterior no que diz respeito às espécies animais e vegetais

bem como ao tipo de solo e teor em água, a diferença reside no facto de se

encontrar tapado.

2.3 Processo de seleção dos integrantes dos grupos

O projeto não foi feito numa turma específica, mas sim em duas turmas de 6a

série do Colégio La Salle de Esteio. A seleção dos candidatos (para não ocorrer

disputas e brigas), foi por sorteio e através do livre arbítrio, ou seja, só participava

quem realmente desejasse se interar com o assunto.

Foram sorteados 10 alunos de cada turma e as práticas foram feitas no turno

inverso de estudo convencional.

2.4 Local de aplicação do projeto

Como a escola tem um amplo espaço, o estudo do meio ambiente não foi feito

dentro de uma sala de aula, mas em algumas dependências da escola: o laboratório

de ciências, a área verde da escola e a salas de vídeo (Figuras 1, 2, 3).

Para uma boa compreensão do tema proposto, as salas devem ser bem

arejadas e iluminadas para proporcionar um ambiente agradável de estudo.

Outras dependências da escola como o laboratório de informática e a biblioteca

também devem utilizadas, mas essas áreas devem ser sugeridas naturalmente pelos

educandos, e não impostas pelo educador.

Segundo FAZENDA (2003, p.40), ensinar é aprender, porque ensinar é

sobretudo pesquisar, e por isso é também construir, é aprender. Nossos alunos

precisam saber que o que construímos em sala de aula é apenas o começo, e eles

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precisam ir atrás de mais, ter objetivos na vida, saber respeitar a opinião dos outros

sem ser influenciados em sua individualidade.

Figura 1 – Laboratório de Ciências Colégio La Salle – Esteio/RS Fonte: Autoria própria,2008

Figura 2 – Área verde do Colégio La Salle – Esteio/RS Fonte: Autoria própria,2008

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Figura 3 – Sala de vídeo do Colégio La Salle – Esteio/RS Fonte: Autoria própria,2008

2.5 Mediação

O professor em nenhum momento determinará como será feita a pesquisa para

o conhecimento do terrário, mas agirá como um mediador no conhecimento. Através

da construção do ambiente em miniatura – o qual dependerá exclusivamente dos

cuidados do aluno – as teorias que deverão ser formadas por eles de acordo com

seu entendimento do meio até o momento e as novidades impostas pela “nova

descoberta” (Figura 4).

Figura 4 – Professor mediador Fonte: Autoria própria,2008

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2.6 Atividade realizada: Terrário

Os terrários surgiram no final do século XIX, quando o inglês Nathanael Ward,

médico e colecionador de plantas raras aperfeiçoou um recipiente de vidro onde

pudesse transportar as plantas que descobria nas regiões de clima tropical. No

início, tais recipientes ficaram conhecidos como a “caixa de WARD”, e logo

ganharam destaque na decoração de residências. Hoje estas caixas são conhecidas

como terrários ou jardins de vidro.

Num terrário reproduz-se a atmosfera quente e úmida das florestas tropicais,

proporcionando às plantas condições ambientais favoráveis ao seu desenvolvimento

e se tornem auto-suficientes, uma vez que a água e os nutrientes são

constantemente reciclados. A água através da transpiração das folhas e da

evaporação se condensa sobre as paredes de vidro, de onde escorrem de volta para

a terra sendo novamente absorvidas pelas plantas. As regas são pouco freqüentes,

uma vez que o terrário permanece fechado a maior parte do tempo, não sendo

necessário mão-de-obra para sua manutenção e conservação, e que irá fazer parte

da decoração de sua residência por vários anos.

Terrário, segundo o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, significa

"instalação especial nos jardins zoológicos provida de terra, saibro, rochas, plantas

etc., para a criação ou exposição de feras, répteis, roedores etc.". A palavra tem sua

origem no latim terra, relativo ao globo terrestre e seus habitantes.

O terrário é um modelo de sistema ou um microssistema, isto é, um pequeno

conjunto de elementos que interagem, funcionando juntos como uma totalidade. É

uma reprodução de um sistema maior.

Uma ampla variedade de animais, como insetos, aracnídeos, moluscos,

anfíbios, répteis e outros, pode ser mantida em um terrário.

Um terrário deve ser mantido em local iluminado, porém sem incidência direta

de sol, pois as plantas podem murchar. Para limpa-lo Utilize um chumaço de

algodão enrolado na ponta de uma varinha. Só coloque Água novamente se

observar que não está ocorrendo evaporação com Condensação de gotas na parede

do terrário.

a) Terrários fechados: Regar com borrifador uma vez por mês (se necessário)

b) Terrários abertos (cactos) ou (suculentas): Regar com borrifador de 15

(quinze ) em quinze dias sem encharcá-los.

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E se você colocasse plantas e animais num recipiente fechado? Acha que

morreriam logo? Construir um terrário é uma forma de responder a estas perguntas.

Além de ser curioso e divertido.

É importante que os alunos sejam responsáveis pela construção do terrário.Em

duplas ou grupos de no máximo quatro alunos, os estudantes devem planejar e

executar cada passo da construção, que será discutida pela turma e pelo grupo.

Não é difícil, o grande desafio consiste em distribuir no interior desse

miniviveiro plantas e animais na exata proporção do seu tamanho e impacto

ambiental, isto é, encontrar o ponto de equilíbrio ecológico desses organismos vivos

– sem impor excessos!

2.7 APLICAÇÕES EM SALA DE AULA

Procuramos relacionar a oficina aos programas de cada série dos Ensinos

Fundamental e Médio. Aqui você pode identificar em que momento aplicar cada

tema na série em que está trabalhando. Ensino Fundamental

2.7.1 5a série

a) Composição do ar e da água;

b) Importância do ar na respiração dos seres;

c) Importância da água para os seres;

d) Ar na fotossíntese;

e) Equilíbrio ecológico.

Obs.: Todo o conteúdo da disciplina de Ciências na 5a série pode ser

trabalhado com base na construção do terrário, uma vez que todos os conceitos

sobre meio ambiente estarão envolvidos nesta atividade.

2.7.2 6a série

a) Vegetais

b) As células dos vegetais;

c) Seres que fabricam o próprio alimento;

d) Fisiologia e morfologia vegetal.

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e) Animais

f) As células dos animais;

g) Fisiologia e morfologia animal.

h) Geral

i) Classificação dos seres vivos;

j) Relações entre os seres;

k) Relações dos seres com o meio ambiente.

2.7.3 7a série

a) Nutrição

b) A importância da alimentação variada.

Obs.: Trabalhando com mamíferos como cobaias, é possível fazer analogias de

forma e funções com os seres humanos.

2.7.4 8a série

a) Energia

b) Demonstrar as transformações de energia;

c) Energia luminosa, energia química, energia calorífica, energia cinética.

2.7.5 Ensino Médio

a) Biologia celular animal e vegetal (geralmente abordada na 1a série)

b) Energia na célula – mitocôndrias e cloroplastos.

c) Fisiologia vegetal e animal (geralmente abordada na 2a série)

d) Fatores que interferem na fotossíntese;

e) Concentração de CO2;

f) Temperatura;

g) Ponto de compensação luminoso ou fótico;

h) Alimentação e reprodução animal

i) Ecologia (geralmente abordada na 3a série)

j) Diversidade dos vegetais e animais; – Adaptações ao ambiente.

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO.

O projeto foi feito com 16 alunos das 6ª séries do ensino fundamental de uma

instituição particular em Esteio/RS. Foi um excelente trabalho, pois conseguimos

compreender a real importância das aulas práticas/expositivas.

Não basta apenas teoria, onde é transmitido o conhecimento de uma forma

hierárquica, de cima para baixo, onde o professor sabe tudo e o aluno, como o nome

mesmo diz, é alguém sem luz, que necessita de alguém para lhe professar o

conhecimento, alguém para empurrar a matéria cérebro à dentro, de qualquer

maneira, como se o educando fosse aprender qualquer conteúdo por osmose (do

meio mais concentrado para o menos concentrado).

Com aulas práticas, os alunos conseguem construir seu próprio conhecimento,

e foi isso que ocorreu, no momento em que iniciou o processo de criação do terrário,

os educandos começaram com indagações que até o momento, não tinham

importância em sua vida como: qual o motivo de adicionar pedras no terrário? E o

carvão? Não pode fechar o terrário, as plantas e os animais vão morrer.

Todas essas dúvidas foram sendo sanadas aos poucos, e os conceitos foram

sendo criados de acordo com o andamento da construção do terrário.

Num primeiro encontro foi feito apenas um terrário e mostrado como deveria

ser feito, mas sempre com o auxilio de todos. Num segundo encontro, foi dividido a

turma em dois grupos, o que não foi nada fácil, pois o objetivo inicial era dividir

aleatoriamente, mas há uma disputa muito grande entre as duas 6ª séries do

colégio, dessa forma, a turma 61 ficou com a construção de um terrário onde não

teria interferência humana, e a turma 62 ficou com a confecção do terrário onde teria

algumas interferências humanas como: adicionar alguns papeis de bala, adicionar

óleo, etc. Dessa forma, ficou mais tranqüilo trabalhar, apesar de que todos num geral

interagiam muito bem uns com os outros.

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Até o presente momento o projeto estava tranqüilo, mas faltava algo, a vontade

de pesquisar mais a fundo, até que, em um dos nossos encontros, eu sugeri fazer

cartazes para expor o que estávamos fazendo, foi fantástico, pois eles se dividiram

em três grupos, não foi feito separação entre 61 e 62, e fizeram cartazes

completamente diferentes um dos outros, e cada um fez do seu jeito, alguns foram

pesquisar nos laboratórios de informática, outros na biblioteca. Fiquei realizada com

aquilo, pois eu estava ali como mediadora do estudo, mas o interesse pela busca do

conhecimento foi maior, até porque todos queriam atenção, e não era possível dar

exclusividade a apenas um grupo.

Também foram feitas duas dinâmicas, uma foi feita duas vezes por solicitação

do grupo (Figuras 5 e 6), e outra foi feita no final do projeto, com a intenção de

analisar o entendimento dos educandos no que estava proposto inicialmente.

No andar do projeto, foi passado um filme (“Os sem floresta”) e um

documentário (“Uma verdade inconveniente”). Não foi de grande interesse o

documentário, mas foi assistido da mesma forma, mas o filme foi muito interessante,

e os comentários que surgiam depois foram de grande valia, pois se percebia que,

mesmo inconscientemente, eles debatiam sobre temas abordados no filme, como o

aumento das zonas urbanas e a diminuição das florestas nativas, a importância de

cada táxon na natureza, o motivo de muitas vezes os táxons saírem de seus locais

nativos e irem para outros locais em busca de alimento.

Figura 5 – Dinâmica 1 Fonte: Autoria própria,2008

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Figura 6 – Dinâmica 1 Fonte: Autoria própria,2008

Na última dinâmica, que foi uma batalha naval com o nome de “Meu ambiente”

(Figuras 7 e 8), fiquei simplesmente impressionada com o conhecimento adquirido

durante o período do projeto, pois falaram de coisas que não imaginei que

pudessem falar, como o efeito estufa, os impactos na camada de ozônio, etc.

Figura 7 – Dinâmica 2/ Batalha Naval

Fonte: Autoria própria,2008

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Figura 8 – Dinâmica 2/ Batalha Naval

Fonte: Autoria própria,2008

Nas perguntas, como a turma foi dividida em dois grupos, antes das respostas,

o grupo se unia e bolava uma resposta coerente, onde todos participavam sem

exceção.

Para Demo (2005)

“a aula que apenas repassa conhecimento, ou a escola que somente se define como socializadora de conhecimento, não sai do ponto de partida, e, na prática, atrapalha o aluno, porque o deixa como objeto de ensino e instrução. Vira um treinamento”.

Um dos objetivos principais foi introduzir em sala de aula práticas de modo que

possa mudar a visão de uma aula totalmente teórica, onde o professor é o mentor e

os alunos apenas decoram o que lhe é transmitido.

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A experiência em trabalhar num projeto foi totalmente nova para mim, mas foi

muito interessante, sendo auxiliadora no desenvolvimento intelectual daquelas

adolescentes do ensino fundamental.

No início, fiquei um tanto quanto insegura, pois não sabia qual seria a reação

dos alunos, mas foi muito interessante.

Em muitas escolas onde iniciamos nossa experiência como educadores,

escutamos muito nas salas de professores que “os alunos não querem nada com

nada”, e muitas vezes taxamos sem nem ao menos os conhecer. Mas lecionando

num projeto, onde o interesse é do educando, sem obrigatoriedade, percebi que se

torna mais confortável tanto para o professor quanto para o aluno, pois tanto um

quanto o outro desejam estar naquele local a fim de construir conhecimento.

A possibilidade que me foi proporcionada de colocar em prática tudo que foi

feito em sala de aula foi perfeita, pois as perguntas eram sempre coerentes e os

alunos realmente entendiam o motivo do estudo e gostavam do tema proposto.

Nossos alunos precisam saber que o que construímos em sala de aula é

apenas o começo, e eles precisam ir atrás de mais, ter objetivos na vida, saber

respeitar a opinião dos outros sem ser influenciados em sua individualidade.

A cada passo da minha vida em sala de aula, tenho consciência que devemos

ensinar nossos alunos para a vida, e não apenas para uma sala de aula, que

devemos mostrar para nossos alunos que eles podem ser os melhores se quiserem,

mas que para isso precisam ser pessoas dignas e honestas.

A educação enquanto construção de conhecimento é de extrema importância,

pois inspira a criatividade e o gosto pelo estudo.O educador precisa ser o condutor

do processo, mas é necessário estar em constante aprendizado, saber analisar o

educando e ter a capacidade de ser o auxiliador na construção do conhecimento.

REFERÊNCIAS

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EDUCAÇÃO ambiental: curso básico a distância: educação e educação ambiental II. Coordenação-Geral: Ana Lúcia Tostes de Aquino Leite e Naná Mininni-Medina.Brasília: MMA, 2001. 5v.2a edição ampliada.

EDUCAÇÃO ambiental: curso básico a distância: questões ambientais: conceitos, histórica, problemas e alternativas. Coordenação-Geral: Ana Lúcia Tostes de Aquino Leite e Naná Mininni-Medina.Brasília: MMA, 2001. 5v.2a edição ampliada.

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