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UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA - UFU
FACULDADE DE ENGENHARIA ELÉTRICA – FEELT
SISTEMAS DE CONTROLE HIDRÁULICOS E
PNEUMÁTICOS
Teste 1
Lucas Ramos Cardoso 11011EEL025
Prof. João Cícero da Silva
Uberlândia, 7 de Junho de 2012
![Page 2: Teste 1](https://reader035.fdocumentos.com/reader035/viewer/2022071920/55cf9a14550346d033a05d04/html5/thumbnails/2.jpg)
1)Elaborar uma planilha(linhas x colunas) comparando as energias fluídicas com a
elétrica ou eletrônica (10 variáveis).
Características Energia fluídica Elétrica ou eletrônica
Rendimento Baixo Alto
Custo Alto Baixo
Perigo de incêndio Sim Não
Proteção Fácil Difícil
Potência consumida Baixa Alta
Autolubrificante Sim Não
Ocorrências de Faíscas Elétricas
Não Sim
Segurança Fácil Difícil
Variação de Velocidade Fácil Difícil
Reversibilidade Instantânea Fácil Difícil
2)Contextualizar a origem da energia fluídica exemplificando com inventos
primitivos(a.C. e d.C. até o século XVII), (pesquisar sobre Heron, Arquimedes, Ktesíbios,
entre outros).
R: Desde a mesopotâmia, passando pelo Egito e Grécia, conforme citado por Vitrúvio
(séc.II DC) e representado nas figuras anexas, o homem sabia como recalcar a água. A
bomba de parafuso foi inventada por Arquimedes e, basicamente, as que empregamos
hoje em dia usam o mesmo príncipio de então.
Sabiam eles recalcar água também com dispositivos de caçambas interligadas por uma
corrente. Eram sempre acionadas por escravos e animais. Empregavam esses
mecanismos para irrigação, basicamente.
Conheciam, inclusive, a utilização de energia hidráulica para acionar uma mó, com a
qual produziam farinha.
Provavelmente, o dispositivo mais antigo de que se tem conhecimento para gerar
pressão em fluidos e o sistema pistão – cilíndrico. É improvável que se consiga fixar a
data em que esse sistema tenha aparecido no convívio dos homens, mesmo porque
aparece ele em diversas sociedades distanciadas entre si.
A história registra o emprego de seringas pelos médicos, em lavagens intestinais, desde
o tempo do historiador Heródoto.
O sistema pistão – cilíndrico tinha uma característica diferente dos demais sistemas:
era possível com ele criar pressão, e disso se valeu Ktesíbios para inventar uma
máquina de combate a incêndios, constituída por uma grande seringa, que lançava a
distância. Inventou ainda outra máquina que bombeava continuamente água sob
pressão sobre os incêndios, constituída por dois cilindros em paralelo, ligados a um
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reservatório comum. Essa máquina perdurou até pouco tempo em todos os Corpos de
bombeiro do mundo, e só foi deslocada pelo surgimento das bombas centrífugas.
Vitrúvio cita Ktesíbios como um dos autores essenciais à formação dos engenheiros e
um dos mecânicos célebres das antiguidades. É Vitrúvio que nos dá uma descrição do
princípio de funcionamento do sistema cilindro – pistão.
O cilindro era dotado de suas válvulas, uma de aspiração e outra de recalque.
Acionando – se o pistão por um sistema de alavanca, podia recalcar água até um
reservatório superior.
Outro documento de Philon de Bizânio, conservado pelos árabes fazia uma descrição
semelhante. É interessante repetir as palavras de Philon se referindo a Ktesíbios, “De
fato, ele mostrou pelos seus teoremas pneumáticos, que o ar é resistente, elástico e
muito móvel, ou seja, quando se aprisiona o ar em um recipiente cilíndrico robusto, ele
pode ser comprimido, e em contrapartida, se distender rapidamente, retomando
exatamente todo o volume do cilindro”.
Ktesíbios teve esse grande mérito: foi capaz de realizar praticamente máquinas de uso
prático e consolidar ao mesmo tempo um princípio científico. O comum por essa
ocasião é que as máquinas fossem inventadas com finalidade de diversão. Somente as
máquinas de guerra (e as de irrigação) tinham um enfoque utilitário.
Baseado em ideias semelhantes. Ktesíbios inventou um órgão, cujos princípios foram
respeitados ao longo de toda a evolução deste instrumento musical. A mulher de
Ktesíbios, Thais, foi a primeira organista da história.
Heron foi outro cientista que contribuiu para o conhecimento dos princípios hidráulicos.
Heron chegou a constituir uma máquina que continha os princípios de uma turbina a
reação, baseado no escape do vapor. O eólipilo consistia de uma panela com água que
era aquecida até produzir vapor. Este, escoando através de dois bicos em oposição,
fazia o tambor central entrar em rotação.
Nos escritos de Philon transparece perfeitamente o conhecimento que os gregos
tinham do vapor sua elasticidade, compressibilidade e expansibilidade. Extraordinário
também era o mecanismo de Heron de sifão flutuante: “Um sifão, que liga dois
recipientes nos quais se tem diferentes níveis de líquido, flutua no nível mais baixo. Em
consequência, o líquido escoará do nível superior para o inferior até que certa diferença
de nível, fixada previamente, seja atingida”. Igualmente importantes eram os sistemas
de regulagem por flutuador e por peso. Os sistemas foram concebidos para se encher
um recipiente até uma altura pré – determinada.
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Nesses dois exemplos – sifão e regulador – estão já implícitos dos princípios da auto –
regulagem (feedback). São interessantes como tantos séculos se passaram antes de
serem novamente empregados.
Por que com um conhecimento bastante avançado dos princípios da hidráulica e
pneumática não foram os antigos, particularmente os gregos, capazes de fazer a
revolução industrial?
Conhecia-os uma forma de transformar energia (a máquina de Heron) e uma forma de
recalcar a água. Bastaria que alguém acoplasse os dois para se der início a uma
revolução industrial? Por que essas máquinas não se integravam na vida da
coletividade no sentido de reduzir o trabalho humano?
A análise social deste fenômeno escapa a este trabalho técnico, mas ao que se vê não
bastavam alguns parâmetros a mais para essa alteração social.
A revolução industrial surgiu como resultado do mercantilismo, uma intensificação
maior na troca de produtos, de uma urbanização crescente, de uma classe média
consumidora, de produção em massa. Essa modificação social provocou um aumento
no consumo de carvão para atender a demanda de consumo de energia. Porém as
minas de carvão cada vez mais eram profundas e se inundavam de água. Como retirar
essa água? A propulsão humana ou animal era insuficiente, Necessário se tornou o
invento de máquinas de maior potência. Daí dois grandes impulsos para revolução
industrial, que era moderna teve e que não estavam presentes entre os gregos:
consumo em massa e necessidade de grandes potências concentradas. Acresça-se
também porquanto escrava.
3)Contextualizar as vantagens e desvantagens entre a Pneumática e a
Hidráulica(exemplificar através das diversas aplicações)(mínimo=3 aplicações de cada).
R:
As principais vantagens da utilização dos sistemas pneumáticos:
O ar existe em volume ilimitado (não custa dinheiro);
Quando comprimido pode ser facilmente armazenado para posterior
utilização;
Não arde;
São sistemas não poluentes e “limpos”;
Facilmente se associam a outros sistemas de transmissão de energia;
Grande facilidade na automatização de sistemas;
Nunca apresenta riscos de faíscas em atmosferas explosivas;
Permite alcançar altas velocidades de trabalho
As principais desvantagens da utilização dos sistemas pneumáticos:
![Page 5: Teste 1](https://reader035.fdocumentos.com/reader035/viewer/2022071920/55cf9a14550346d033a05d04/html5/thumbnails/5.jpg)
O ar é compressível o que dificulta posicionamento preciso;
Estão sujeitos a vibrações espontâneas;
O ar expande-se facilmente o que pode originar acidentes explosivos;
Não permitem a aplicação de forças elevadas já que não é possível
utilizar pressões elevadas;
Têm uma precisão pouco apurada
Impurezas e umidades devem ser evitadas, pois provocam desgastes
nos elementos pneumáticos;
As principais vantagens da utilização dos sistemas hidráulicos:
Os óleos possuem características auto-lubrificantes, evitam a oxidação,
não são corrosivos e não deixam depósitos;
Obtenção de forças elevadas à custa de órgãos de reduzidas dimensões;
Constituídos por órgãos de pequena inércia e elevada relação
peso/potência o que possibilita excelentes acelerações de carga;
Facilidade de associação a outros sistemas de transmissão de energia;
Possibilidade de automação de ciclos de trabalho;
É relativamente fácil garantir a segurança graças à natureza não
expansiva do óleo;
As principais desvantagens da utilização dos sistemas hidráulicos:
São muito mais caros que os sistemas pneumáticos;
Existe um potencial perigo de incêndio (o óleo é combustível);
É normalmente necessário prever sistemas de arrefecimento do óleo, o
que envolve mais investimentos e gastos;
4)Definir a terminologia “Pneumática” e “Hidráulica” e as variações.
R: O termo Hidráulico derivou-se da raiz grega Hidro, que tem o significado de água,
por essa razão entende-se por Hidráulica todas as leis e comportamentos relativos à
água ou outro fluido, ou seja, a Hidráulica é o estudo das características e uso dos
fluidos sob Pressão. Dos antigos gregos o termo Pneumático provem à expressão
PNEUMA que significa fôlego, Vento e, de PNEUMÁTICA: a MATÉRIA dos movimentos
dos gases e fenômenos dos gases. Na prática são utilizados comumente dois fluídos: o
óleo e ar comprimido, portanto, quando se utiliza o termo fluído, entende-se
inicialmente óleo e ar.
5)Da Mecânica dos Fluídos, definir “ariête”,“golpe de ariête” e “ariête
hidropneumático”, paradoxo hidráulico, cavitação, leis e enunciados.
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O golpe de ariête, ou martelo hidráulico, é causado pela propagação e reflexão de
ondas acústicas em um líquido confinado, (por exemplo, quando uma válvula é
bruscamente fechada numa tubulação).
A cavitação ocorre quando bolhas ou bolsas de vapor se formam em um escoamento
líquido como conseqüência de reduções locais na pressão (por exemplo, nas
extremidades das pás da hélice de um barco a motor). O crescimento e o colapso ou
implosão de bolhas de vapor em regiões adjacentes a superfícies sólidas podem causar
sérios danos por erosão a estas superfícies.
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Referências Bibliográficas
http://publicacoes.pcc.usp.br/PDF/BTs_Petreche/BT100-%20Landi.pdf
http://otsuyama.blogspot.com.br/2012/09/boa-noite-boa-noite.html
http://energiaviva.no.sapo.pt/resume/ActuadoresPneum.pdf
http://eduloureiro.com.br/index_arquivos/mfaula1.pdf
Pneumática e Hidráulica - Harry L.Stewart
PALMIERI, Antonio Carlos - RACINE HIDRÁULICA. Manual de hidráulica básica