Texto Custos Introdução Geral - Material Aluno Parte1
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Curso: Ciências ContábeisDisciplina: Contabilidade e Análise de Custo
IMODULO I
Professor Anísio A.de Medeiros
ASSUNTO: CONTABILIDADE DE CUSTOS – MODULO I.
Introdução, Classificação, Esquema Geral de Custos.
Custo para Avaliação de Estoques – Material Direto
Custo de Mão-de-Obra
Custo de Importação – Material Direto
Exercícios Aplicativos
Manual de Pesquisa de Trabalho Acadêmico
BIBLIOGRAFIA
1. BÁSICA 1.1 MARTINS, Eliseu. Contabilidade de custos. 8ª ed. São Paulo: Atlas, 2002. 388p. 2. COMPLEMENTAR
2.1 LEONE, George Sebastião Guerra. Contabilidade de custos. 2ª ed. São Paulo: Atlas,
2002. 457p.
2.2 BRUNI, Adriano Legal, RUBENS, Fami, Gestão de custos e formação de preços, São
Paulo, Atlas, 2002, 535p.
2.3 VANDEBECK, Edwar J, CHALES, F.Nagy, Contabilidade de custos, 11ª, São Paulo,
Pioneira Thomson Learning, 2001, 456p2.4 HORNGREN, Charles T, FOSTER, George, DATAR, Srikan M, Contabilidade de
Custos. São Paulo, Ed.Atlas,2000. 717p.
2006
SEÇÃO: TRABALHO DE PESQUISA DO PRIMEIRO SEMESTRE
Primeiro Trabalho de Pesquisa: Terminologia Aplicada a Custo
Para a apresentação de trabalhos acadêmicos, o aluno deverá consultar o Manual de TCC da UNIFAI.
O trabalho deverá ser elaborado conforme as normas da Metodologia do Trabalho Científico, formatar em folha papel A4 no Microsolf Word, Fonte Arial, Tamanho 12, como segue:
Na Folha de rosto deverá constar: Nome da Instituição Nome do Curso Nome do título do trabalho ou pesquisaNome dos participantes em ordem alfabéticaNome do professorData/dia/ano.
O núcleo estrutural do trabalho deverá constar: Introdução Objetivo Metodologia aplicada Desenvolvimento Conclusão Bibliografia consultada
O prazo de entrega do trabalho: uma semana antes da primeira prova.
Para realização do trabalho, será permitido no mínimo 2 (dois) e no máximo 4 (quatro) aluno por grupo.
Definir e conceituar:
Atenção!!!! O aluno deverá pesquisar pelo menos 3 (citações) conceituais de autores diferentes. E mencionar no trabalho conforme exemplo:
Para Martins (2000: 24) “Custo é um gasto relativo a bem e serviços utilizados na produção de outros bens ou serviços”.
1. Gasto2. Investimento3. Custo4. Desembolso5. Despesa6. Perda
7. Custo fixo8. Custo variável9. Custo direto10.Custo Indireto11.Custo controlável12.Custo não controlável13.Mão-de-obra direta14.Mão-de-obra indireta15.Consumo16.Controle17.Tomada de decisão18.Capacidade normal19.Capacidade ociosa20.Custo primário21.Objeto de custo22.Comportamento de custo23.Custo de distribuição24.Custo de transferência25.Custo semifixo26.Custo semivariável27.Custo de produção28.Custo de reposição29.Custo de transformação30.Custo de conversão31.Custo histórico32.Custo perdido33.Custo estimado34.Custo unitário35.Custo padrão36.Custo estimado37.Custos por atividades38.Sistema de custo39.Custo de oportunidade40.Preço de custo41.Preço de venda42.Margem de contribuição43.Margem de segurança44.Margem bruta45.Custeio por absorção46.Custeio direto ou variável47.Custeio Baseado em atividades48.Mensuração dos custos49.Rateio de custo50.Orçamento
Terminologia Contábil
Atenção!!!! O aluno deverá pesquisar e citar somente uma definição de terminologia contábil.
1. Débito2. Crédito3. Ativo4. Passivo5. Conta6. Conta patrimonial7. Conta de resultado8. Grupo de contas9. Saldo10.Natureza da conta11.Estoque Matéria-prima, produto acabado e produto em processo12.Estoque a disposição13. Inventário14.Critério de avaliação de estoque15.Razão16.Diário17.Lançamento18.Receita19.Despesas operacionais20.Deduções de vendas21.Vendas canceladas
7. Faça um breve comentário “ Por que estudar Contabilidade de custos?
UNIFAI - CENTRO UNIVERSITÁRIO ASSUNÇÃO
PROJETO DE PESQUISA
Pesquisa de Campo para a disciplina de Contabilidade de Custos
Prof. Ms. Anísio Alves de Medeiros
SÃO PAULO
Contabilidade de Custos
Primeiro Semestre. Prof. Ms. Anísio Alves de Medeiros
INSTRUÇOES PARA TRABALHO DE CAMPO: MÉTODOS DE CUSTEIOS UTILIZADOS POR PEQUENAS E MÉDIAS EMPRFSAS
Objetivo: Conhecer os sistemas de custos utilizados pelas pequenas e médias empresas atuantes no mercado brasileiro.
Metodologia: Pesquisar pelo menos duas empresas. Comparar os dois sistemas entre si e com a bibliografia referencial, tendo em vista que um bom sistema de custos constitui uma vantagem competitiva. Trabalho em grupo de quatro pessoas.Etapas do Trabalho de Campo1º) Projeto de Pesquisa2º) Pesquisa3º) Relatório4º) Painel5º) Apresentação em classeElaborar o Projeto de Pesquisa Objetivos do TrabalhoDados da EmpresaDados de EntrevistadoMetodologiaReferencial TeóricoRoteiro do Trabalho ( Pré - Sumário) QuestionárioCronogramaRelatório da Pesquisa ; Prazo para entrega em ( / / ) IntroduçãoObjetivosMetodologiaReferencial TeóricoCapítulos desenvolvidosFichas Técnicas de pelo menos um produto para cada empresaQuestionário & ( Comentários)Tratamento dos DadosComparação Sistema de CustosConsiderações Finais (ênfase ao processo decisório baseado em custos) BibliografiaPainel (apresentação em classe em : / / )Com base na pesquisa e no relatório elaborar painel com as seguintes dimensões: 1,00 em por 60 cm, destacando os aspectos relevantes dos sistemas de custos utilizados pelas empresas pesquisadas. Este painel deverá ser exposto no saguão da UNIFAI, em data a ser marcada. A não exposição do painel invalidará a avaliação da pesquisa para cômputo da média final.
SEMINÁRIOS
Seminário é um procedimento metodológico, que supõe o uso de técnicas - uma dinâmica de grupo - para o estudo e pesquisa em grupo sobre um assunto predeterminado.O seminário pode assumir diversas formas, mas o objetivo é um só: leitura, análise, interpretação e discussão de textos.Um grupo que se propõe a desenvolver um seminário precisa estar ciente da necessidade de cumprir alguns passos.
a) definir a perspectiva, ponto de vista, que o tema será tratado; b) levantar fontes bibliográficas;c) definir uma bibliografia básica;d) realizar a pesquisa bibliográfica;e) elaborar um texto-roteiro-didático, bibliográfico ou interpretativo.
Para a montagem e realização de um seminário há um procedimento básico:
1) O professor fornece aos participantes um texto-roteiro apostilado, ou marca um tema de _ estudo que deve ser lido antes por todos, a fim de possibilitar a reflexão e a discussão.2) Procede-se à leitura e discussão do tema em pequenos grupos. Cada grupo terá um
coordenador e um relator para anotar as conclusões a que o grupo chegar.3) Um dos grupos é designado para:
a) expor a temática com apoio de material didático;b) contextuar o tema na obra de onde foi retirado o texto; .c) apresentar os principais conceitos, idéias e doutrinas (temática resumida, valendo-se
também de outras fontes que não o texto em estudo);d) levantar os problemas sugeridos pelo texto e apresentá-lo para discussão;e) apresentar as conclusões;f) fornecer bibliografia especializada sobre o assunto e se possível comentá-la.
4) Plenário - é a apresentação das conclusões dos grupos restantes. Cada um dos grupos através de seu relator apresenta as conclusões tiradas pelo grupo.
5) Sobre um dos temas apresentados, individualmente ou em grupo de dois, deverá ser apresentado um trabalho em forma de artigo, passível de publicação em revistas científicas ou de apresentação em Congressos de Custos e/ou de Contabilidade.
Referência Bibliográfica:BARROS, A. J. P,; LEHFELD, N. A. S., Fundamentos da Metodologia, São Paulo. McGraw-Hill, 1986www.eac.fea.usp.br/metodologia
Obs. Material baseado em trabalho preparado pelo Prof. Gilberto Martins da FEA/USP
Orientação para Projeto : Pesquisa de Campo
Objetivo
o trabalho de campo a ser realizado a partir deste projeto de pesquisa visa, primordialmente,
complementar a formação teórica sobre Contabilidade de Custos adquirida em sala de aula.
Tomando o caráter gerencial da Contabilidade, ou seja, o de auxiliar eficientemente a administração
de uma empresa, o trabalho de campo será realizado com o objetivo de permitir aos alunos o
contato com a realidade da aplicação contábil nas empresas. A pesquisa será feita em duas
empresas de pequeno' ou médio porte, que tenham suas atividades voltadas à fabricação de
produtos. Através da determinação dos critérios utilizados para calcular e gerenciar os custos em
cada empresa, será possível verificar a utilização da' contabilidade de custos para fins decisórios,
principalmente em relação às decisões referentes à produção e aos preços.
Informações das Empresas
1. Caracterização
Nome da empresa
Localização
Faturamento Líquido Anual Mercado atuante
Produto
Sistema de produção
2. Entrevistado
Nome
Cargo
Formação
3. Ficha Técnica do Produto
Nome Peso
Líquido Bruto
Composição
Material 1
Custo
Material 2
Custo
Material 3
Custo Máquinas Custo
Unitário
Direto
Variável
Fixo
Despesas
Preço de venda
Quantidade
Acabada no mês
Em elaboração
Vendida no mês
Estoque
Produção Anterior
Mensal
Receita
Margem de Contribuição Lucro Bruto
Lucro líquido
Metodologia
1. Coleta de Informações
•Bibliografia
•Entrevista (Questionário)
•Averiguação dos critérios para definir os preços de venda Métodos de Apuração dos
encargos sociais
•Fontes Secundárias
2. Definição
• Elementos componentes do custo . Foco
•Amplitude
• Problema
3. Comparação de critérios empresariais
4. Elaboração
•.Relatório Preliminar •Relatório Final
5. Apresentação
6. Modelo de Bibliografia
MARTINS, Eliseu. Contabilidade de Custos. São Paulo: Atlas, 1998, 6a edição.
MOTIA, Flávia Gutierrez e ESCRIVÃO, Edmundo F. Métodos de Custeio Adotados por Pequenas
Empresas: Como esta decisão é tomada. São Paulo: Revista de Contabilidade - Conselho Regional
de Contabilidade de São Paulo (CRCSP), Ano VI, nO 16, Junho de 2001.
MARION, J. C e ROBLES, Antônio J. Geraç_o e Utilização das Informações de Custos. São Paulo:
Revista de Contabilidade - Conselho Regional de Contabilidade de São Paulo (CRCSP) e Conselho
Federal de Contabilidade (CFC).
PARANHOS, José Luiz. Contabilidade Decisorial: Análise Gerencial de Custos e Resultados.
STS, 1992.
SAKURAI, Michiaru. Gerenciamento Integrado de Custos. Atlas, 1997
Conselho Regional de Contabilidade de São Paulo (CRCSP) e Instituto Brasileiro de
Contadores {Ibracon)l. Curso sobre Contabilidade de Custos. Atlas, 1992,5 vol
Conselho Regional de Contabilidade de São Paulo (CRCSP) e Instituto Brasileiro de
Contadores (Ibracon) 1. Custo como Ferramenta Gerencial, Atlas, 1995, 8 vol.
Obs. A partir de 8 de Junho de 2001, o Ibracon passou a denominar-se Instituto dos Auditores Independentes do Brasil. Aprovado pela Assembléia Geral Extraordinária dessa data.
7. Projeto (modelo) O grupo procurou, através deste, identificar os principais tópicos que devem ser abordados
ao longo do contato com as empresas entrevistadas.
1) Aspectos da empresa
DenominaçãoLocalizaçãoÁrea de atuaçãoQuantidade de funcionáriosTempo de participação no mercado Objetivo socialDivisão estrutural (áreas funcionais) Estrutura do setor produtivo Quantidade de produtos que fabrica Quantidade de linha de produtos Principais produtos (líderes em venda) Estrutura do setor de distribuição Política de comercialização Faturamento Líquido anualTaxa de crescimento anual
2) Entrevistado
Nome CargoFormaçãoAno ConclusãoTempo na empresa
3) Custos
Posição no organograma da Empresa e da DiretoriaInter-relacionamento com outro departamento Quantidades de pessoas trabalham na empresaPrincipais funções e atividades
4) Avaliação de Resultados
•Método de custeamento•Meio de controle do fluxo físico de produtos JC Forma de avaliação dos estoques•Componentes do custo de fabricação•Definição dos materiais diretos empregados JC Definição de mão-de-obra direta•Definição dos custos indiretos•Definição das principais despesas•Forma de definição do preço•Análise da demonstração de resultados
S) Tomada de decisões
•Análise dos relatórios de custos•Análise dos possíveis orçamentos e características•Estudo de como são estruturados os programas de redução de gastos
6) Planejamento e controle operacional
•Modo como é elaborado o controle dos custos dos materiais•Modo como é elaborado o controle da mão-de-obra direta•Modo como são controladas as despesas
7) Gestão estratégica
(•Identificação das prioridades estratégicas da empresa Identificação do eventual uso do “Abc” •Identificação da utilização do ‘)ust-in-time" Identificação do uso do "Total Quality Control" •Identificação do uso da técnica do "Benchmarking"
Modelo de Questionário 1
1. Quais são os materiais diretos utilizados na fabricação do produto?
2. Como ocorre o controle do fluxo das matérias primas e dos produtos acabados? É feito
por um Sistema de Informação?
3. Qual o critério de avaliação dos estoques (PEPS, UEPS, Média ou Reposição)?
4. Qual é o método de custeio utilizado, por absorção ou direto?
5. Quais os componentes do custo de fabricação?
6. Qual a participação percentual de cada um dos componentes no custo total do
produto?
7. Como a empresa apura os encargos sociais?
8. Quais os critérios utilizados para definir os preços de venda (início, meio e fim da
estação) ?
9. Como a empresa apura o custo dos produtos vendidos?
10. Há controle permanente dos estoques de materiais?
11. Para ratear o custo da mão-de-obra direta e dos materiais diretos, qual o critério
utilizado?
12. Qual a porcentagem da Margem de Contribuição do produto? Vale a pena continuar
produzindo?
13. Qual a maior parcela do custo, fixa ou variável?
13
Modelo de Questionário 2:
1) Quais os elementos componentes do custo (MD, MOD, OOF e outros)? 2) Qual o foco
da empresa?
3) Qual o método de custeio utilizado (Absorção, RK.W ou ABC)?
4) Ocorre departamentalização?
5) Como são rateados os Gastos Gerais de Fabricação?
6) Qual o critério de rateio para os custos variáveis?
7) Como são obtidas as taxas hora/homem e horas/máquina (férias, horas semanais)?
8) Como são estabelecidas as taxas hora/homem de cada setor?
9) Quais são os critérios para definição de preço de venda?
10) Como é calculada a Margem de Contribuição?
11) Qual o critério para formação dos Custos de Transformação?
12) Qual a influência das perdas de processo?
13) Como são rateados os benefícios sociais (alimentação, transporte. serviço médico) por MOD e
MOI?
14) Qual o grau de alavancagem operacional da empresa?
15) Há algum tipo de análise quanto à cadeia de valores? Se sim, com que freqüência? Se não. por quê ? (condutores de custos)
16) A empresa implantou recentemente alguma medida adicional de redução de custo?
17) Qual produto possui o maior custo de produção? Sua produção é realmente uma opção satisfatória para a empresa?
14
18) Quais os problemas mercadológicos(nicho.desvalorização do real)
19) Qual a participação da empresa no mercado?
Modelo de Questionário 3:
1. Qual o principal método de custeio adotado pela empresa e por quê?
2. Quais os motivos transacionais, contextuais e pessoais que levaram a empresa a
adotar esse
método?
3. Como a empresa avalia se o método de custeio é realmente conveniente à sua
realidade externa
e interna e de quanto em quanto tempo é feita essa avaliação?
4. Quais os critérios nos quais a empresa baseia-se para estabelecer o preço de venda de
cada produto?
5. Qual o principal elemento gerador da riqueza dentro da empresa e por quê?
6. Quais os principais parâmetros de análise para tomada de decisões em relação à
produção?
7. Descreva a cadeia de valores e quais atividades agregam valor em cada produto:
Como vocês
têm analisando o mercado no qual a empresa atua e quais suas tendências no curto
prazo?
8. Quais os principais condutores de custos da produção e da empresa como um todo?
Existem elos entre os mesmos para diminuí-los?
9.Como é possível determinar a estrutura de custos e compara-Ia com a concorrência?
15
10. Como a empresa, nos últimos 10 anos, tem diminuído os custos com relação aos
recursos humanos, às matérias-primas e à produção?
12. A empresa costuma consultar auditores externos independentes e por que?
13.Quais as atitudes tomadas pelos gestores se houver discrepância entre os gastos
planejados e os ocorridos e por que?
14.Nos últimos anos algum serviço passou a ser terceirizado-e por que?
15.Em que base é calculada a depreciação das instalações e da maquinaria?
16.No sistema de custeio, existe algum princípio ou norma contábil que não está
coerentemente aplicável com rotina interna da empresa e por que?
17.Qual o critério para se ratear os custos e despesas fixos?
18.Como é o controle para evitar os desperdício de recursos e atingir a máxima
eficiência dos mesmos?
19.De que forma é checada as informações obtidas?
20.O Sr. Considera a diretoria da empresa aberta às modificações ou apegadas às
tradições administrativas?
21.Qual a época de maior vendagem dos produtos?
22.Quais os critérios e filosofias adotados pela empresa são optar por elevar o grau de
automação da produção?
23.Como a empresa administra seu poder de barganha com os fornecedores? Existe
algum elo para controle da qualidade?
24.Quais as principais vantagens competitivas das quais a empresa dispõe no mercado
atualmente?
25.Quais as estratégias da empresa para se diferenciar no mercado?
26.Como é possível à empresa manter a sustentabilidade das vantagens competitivas e
da diferenciação no mercado em que atua?
16
MÓDULO I
ASSUNTO: INTRODUÇÃO GERAL DOS ELEMENTOS DE CUSTOS
1. INTRODUÇÃO
Até a Revolução Industrial do Século XVII, só existia a Contabilidade
Financeira ou Geral, que, desenvolvida na “ Era Mercantilista” estava bem
estruturada para servir as empresas comerciais.
• Equação clássica utilizada na época para apurar o valor de aquisição das
mercadorias vendidas era:
Estoque Inicial
( + ) Compras
( = ) Estoque a disposição para venda
( - ) Estoque Final
( = ) Custo das mercadorias vendidas (CMV)
• Equação comercial:
Na época mercantilista as empresas viviam basicamente do comércio, e
não da fabricação (fora, é lógico as financeiras).
Desta foram, era bastante fácil o conhecimento e a verificação do valor de
compra dos bens existentes.
Com advento das industrias se fez necessário maior empenho por parte dos
contadores em determinar o custo do produto fabricado não só atribuir valor aos
estoques. Além de atribuir o valor de compra do material direto utilizado na
produção, deveria acrescentar uma série de valores pagos pelos fatores de
produção; tais como: mão-de-obra, manutenção, depreciação.
17
Compra VendePreço de custoPreço de venda
• Equação Industrial:
A Contabilidade de Custos foi desenvolvida para resolver os problemas de
mensuração monetária dos estoques e do resultado – não a de fazer dela um
instrumento administrativo.
Por essa não utilização de todo o seu potencial no campo gerencial, deixou
a Contabilidade de Custos marginalizada por um longo tempo.
A Contabilidade de Custos tem duas funções básicas e relevantes:
1. No auxilio ao controle
2. No auxilio de tomada de decisões
Controle: a sua principal missão é fornecer dados para o estabelecer
padrões orçamentários e outras formas de previsão e acompanhar efetivamente
os fatos ocorridos para comparar com fatos anteriormente definidos.
Decisão: seu papel principal é alimentar as informações sobre valores
relevantes que dizem respeito às conseqüências de curto e longo prazo sobe
medidas de corte de produtos, fixação de preços de venda, opção de compra de
outro fornecedor etc.
Conclusão a Contabilidade de Custos, nessas últimas décadas, passou a
ser uma ferramenta auxiliadora de avaliação de estoques e lucros globais
incluindo a tomada de decisões gerenciais.
2. TERMINOLOGIA E ESTRUTURA CONCEITUAL APLICADA Á
CUSTO
O objetivo do presente tópico é introduzir e fundamentar os conceitos
relevantes que podem ser explorados no processo dos custos. Estes serão
18
Compra Transforma Vende Preço de custoPreço de venda
explorados de forma isolada, para que possam ser integrados e combinados no
tópico seguinte. Portanto, os itens explorados nesta parte do estudo são:
Natureza dos gastos, custos e despesas;
Comportamento dos custos e despesas;
Associação dos custos quanto ao objeto de custeio;
Custos em relação à tomada de decisões;
Métodos de custeio.
2.1 Natureza dos Gastos, Custos e Despesas
Gastos: Consistem no sacrifício financeiro com que a entidade arca para a
obtenção de um produto ou serviço qualquer, sacrifício este representado pela
entrega ou promessa de entrega de ativos (normalmente dinheiro). Na
contabilidade são reconhecidos como custos ou despesas.
Alguns gastos podem ser temporariamente classificados como
investimentos e, na medida que forem consumidos, receberão a classificação de
custos ou despesas.
Como reforça MARTINS (2001; 25), os Investimentos representam os
gastos ativados em função de sua vida útil ou benefícios atribuíveis a futuros
períodos. Ficam temporariamente ativados no ativo da entidade e, posteriormente,
e de forma gradual, esses ativos são incorporados aos custos e despesas.
LEONE (2002; 46) esclarece que “o termo gasto é usado para definir as
transações financeiras em que há ou a diminuição do disponível, ou a assunção
de um compromisso em troca de algum bem de investimento ou bem de
consumo”.
Custo é a expressão monetária dos recursos despendidos para adquirir um
bem ou serviço.
Para Martins (2001; 25), “os custos representam os gastos relativos a bens
e serviços utilizados na produção de outros bens ou serviços, gastos estes que
19
são definidos como sacrifícios financeiros com que a entidade arca para obter um
produto ou serviço”.
Entretanto, a matéria-prima é considerada custo de produção quando
utilizada no processo de produção, e não no momento de sua aquisição. Por seu
turno, a mão-de-obra incorrida na fabricação é considerada um custo se aplicada
na transformação física de um bem ou serviço.
Despesa: Expressão monetária dos recursos despendidos na obtenção da
receita.
Nas palavras de IBRACON (1992; 113), “despesa é o encargo necessário
para comercializar os bens e serviços, objetos da atividade, bem como para a
manutenção da estrutura empresarial, independentemente da sua freqüência. A
despesa, direta ou indiretamente, é necessária para a geração da receita, não
está associada à prestação de serviço ou à produção do bem, não sendo, pois,
agregada ao custo”.
Hendriksen (1999; 232) afirma que “despesas constituem o uso, o
consumo de bens e serviços no processo de obtenção de receita”.
Entretanto as despesas são itens que reduzem o valor do Patrimônio
Líquido e que ten essa característica de representar um sacrifício no processo de
obtenção de receitas. Todo o produto vendido ou serviço transferido para o
resultado provocam despesas, costumamos chamar de “Custo dos Produtos
Vendidos”.
Martins (2001; 26) complementa que “despesas correspondem a um bem
ou serviços consumidos, diretos e indiretamente, para a obtenção de receita”.
Desta forma, pode-se concluir que a principal característica da despesa é
citada pelo sacrifício continuado de uma entidade para obter receita. As
20
despesas estão associadas à manutenção das atividades das entidades,
relacionadas com os grupos das despesas:
Administrativas, como aluguel e salário de pessoal;
De comercialização e distribuição, como comissões para
vendedores, fretes, e outros, dependendo sempre do nível de atividade da
empresa.
Investimento: Gasto ativado em função de sua vida útil ou benefícios
atribuídos a futuro, representado por:
Investimento temporário: estoque
Investimento permanente: compra bens do ativo imobilizado (máquinas)
Desembolso: Pagamento resultante da aquisição de um bem ou serviço.
Perda: Bem ou serviço consumido de forma anormal ou involuntária. Não é
considerada como um sacrifício na intenção da obtenção da receita. No processo
de produção pode ocorrer:
Perda normal, considerada como custo e não perda isto é, quando
ocorrer uma perda inerente ao processo de fabricação
Perda anormal: gasto involuntário ocorrido - exemplo de mão-de-obra
ocasionado por greve e perdas de materiais por ocasião de enchente. Entretanto
não é considerado custo.
Preço de venda: Representa o custo e despesas recuperadas mais uma
margem de lucro.
Receita: É o acréscimo de ativo (aumento de patrimônio líquido), derivado
das operações usuais do negócio da empresas e das operações acessórias que
derivam da política de manutenção de ativos, tais como: receita de vendas
provenientes de mercadorias e serviços, receita de comissões, juros ativos etc.
Reforçando pode-se concluir que o custo representa um sacrifício da
produção, e a despesa como um sacrifício na obtenção da receita, e, receita é
21
representada pelo dinheiro recebido ou direito a receber proveniente das
operações usuais da empresa.
2.2 Comportamento dos Custos e Despesas
Os recursos utilizados pela empresa apresentam custos e despesas, e
estes têm comportamentos diferenciados, entre os quais elencam-se os custos e
despesas, que tendem a aumentar ou diminuir no total, proporcionalmente às
mudanças ocorridas nos volumes de produção. Afora estes, outros recursos
relacionados à produção, à entrega e à administração, e que independem do
volume de atividade de produção ou venda, são necessários para a manutenção
da estrutura operacional das empresas. Vejamos os mais usuais:
Custos e Despesas Variáveis:
São aqueles que estão diretamente relacionados ao volume de produção ou
venda. Segundo Santos (1991; 25-26):
Em termos de custos e despesas variáveis totais, quanto maior for o
volume de produção, maior serão os custos variáveis totais;
Em termos unitários, os custos e despesas variáveis permanecem
constantes. Podemos citar, como exemplos disso, os materiais diretos, mão-de-
obra direta e comissões sobre vendas.
Para Martins (2001; 54), complementa “custos varáveis são os que alteram
proporcionalmente com as unidades produzidas ou vendidas”. Os custos variáveis
são fixos ou constantes por unidade produzida, e quando a produção ou venda
aumenta produz um aumento proporcional nos custos ou despesas variáveis
totais.
Exemplo ilustrativo:
22
Unidades Custo Custo TOTAL
Período Produzidas Fixo (R$)Variável
(R$) R$1 1 40 20 602 2 40 40 803 5 40 100 1404 8 40 160 200
Custo unitário Período 1 Período 2 Período 3 Período 4Fixo 40 20 8 5Variável 20 20 20 20
Total 60 40 28 25
Custos e Despesas Fixas:
São aqueles que independem do volume de produção ou venda.
Para Backer e Jacobsen (1977; 143), “ Os custos fixos: são os custos
que, em determinado período de tempo, em certa capacidade instalada, não
variam, qualquer que seja o volume de atividade da empresa.
Podem ser agrupados da seguinte maneira:
Custo fixo de capacidade: É o custo relativo às instalações da
empresa, e que reflete a capacidade instalada das empresas, tais como
depreciação e amortização;
Custo fixo operacional: É o custo de manutenção das instalações da
empresa, como seguro, aluguel, impostos e taxas.
Custo fixo programado: É o custo relativo a um programa especial
aprovado pela direção da empresa. Pode ser apresentado por meio dos gastos
com um programa amplo de publicidade ou um programa destinado à melhoria da
qualidade dos produtos ou serviços da empresa”.
23
Santos (1991; 27) reforça que os custos e despesas fixas representam a
capacidade instalada que a empresa possui para produzir e vender bens e
serviços. As principais características dos custos e despesas fixas são as
seguintes:
Em termos de custos e despesas fixas totais, quanto maior for o volume
de produção ou venda, menores serão os custos e despesas fixas por unidade;
Os custos e despesas fixas totais independem das quantidades
produzidas e vendidas. Exemplos clássicos: aluguel predial, seguro, salários de
pessoal burocrático e depreciação.
Desta forma, pode-se concluir que os custos fixos são aqueles que dentro
de uma determinada fixa ou nível de atividade, não variam com o volume da
produção. Portanto os custo fixos unitários são considerados variáveis ou não
constantes, isto quer dizer, quanto maior for a produção, menor será o custo fixo
por unidade.
Custos e Despesas Semifixos: Correspondem a custos e despesas que
são fixas em determinado patamar, passando a serem variáveis quando esse
patamar for excedido. São exemplos dessa modalidade, a contratação e o
pagamento de supervisores de fábricas.
Custos e Despesas Semivariáveis: Correspondem a custos e despesas
que variam em função da produção ou venda, mas não exatamente nas mesmas
proporções. Estes custos e despesas têm uma parcela fixa, a partir da qual
passam a serem variáveis. Exemplo: consumo de água, energia elétrica,
telefone.
24
Custo Unitário: É o custo de uma só unidade produzida, o custo unitário é
obtido pela divisão entre o custo total da produção (Fixo + Variável) e a
quantidade de unidades produzidas.
Exemplo equação:
a = custo unitário
CF = custo fixo
CV = custo variável
n = quantidades produzidas
Custo unitários (a) = CF + CV / n “quantidades produzidas”
2.3 Associação dos Custos quanto ao Objeto de Custeio
Os custos podem ser apropriados, de forma direta e indireta, aos diferentes
objetos de custeio. Os objetos de custeio podem ser um departamento, uma
unidade de produção, um determinado serviço prestado pela empresa, ou de uma
atividade operacional desenvolvida na organização. Esse assunto encontra-se na
literatura pesquisada, BACKER e JACOBSEN (1977), HORNGREN (1978),
LEONE (2000), MARTINS (2201), HORNGREN e FOSTER (2000), que são
facilmente identificados em duas categorias de acordo com o produto ou serviço:
Custos Diretos e Custos Indiretos.
Custos Diretos: Custos que podem ser convenientemente identificados
com a produção de bens e serviços. Consistem nos materiais diretos e mão-de-
obra direta aplicada na produção ou serviço. Apresentam a propriedade de serem
perfeitamente mensuráveis de maneira objetiva. Exemplos: matérias primas,
materiais auxiliares e mão-de-obra direta.
25
Custos Indiretos: Custos indiretos são os que beneficiam todo o processo
de produção de um bem ou serviço, e que exigem algum critério de rateio para
serem atribuídos aos produtos, e que não são facilmente identificados com o
objeto do custeio. Exemplos: seguro, aluguéis da fábrica, supervisão da fábrica de
diversas linhas de produção.
Conclui-se que os custos diretos são os custos que podem ser identificados
com o departamento ou com o produto final e, os custos indiretos, são os custos
que não podem ser identificados com os produtos que estão sendo fabricados.
Bruni e Fama (2002; 31), acrescentam que, nesta categoria, o Custo de
Transformação, é também denominado custo de conversão ou custo de
agregação. Consiste no esforço agregado pela empresa na obtenção do produto.
É o resultado do somatório da mão-de-obra direta e dos custos indiretos de
produção.
2.4 Custos em Relação à Tomada de Decisões
Além dos custos, resultantes da análise de seu comportamento em relação
às variações de volume e os componentes operacionais ao objeto de custeio,
existem outros tipos de custos que se destinam a compor informações gerenciais
úteis para o processo decisório.
Segundo Leone (2000; 59), “são aqueles custos que não estão explícitos
nos registros contábeis porque são subjetivos, e não estão suportados por
documentos hábeis, que são reconhecidos apenas para ajudar na tomada de
decisões especiais”, que são os custos: Imputados, de Oportunidade,
Incrementais e os Irreversíveis ou afundados (Sunk Cost).
26
Custos Imputados: Os custos imputados são aqueles que não têm relação
alguma com o desembolso de caixa, mas são valores que a empresa tem de
sacrifício econômico verdadeiro, porém, não são reconhecidos contabilmente pela
sua subjetividade. Entretanto, são muito importantes para determinadas
decisões.
São exemplos comuns de custos imputados, o cálculos de juro sobre o
Capital Próprio, sobre cada produto ou serviço, sobre o aluguel predial apropriado
quando o imóvel é próprio, logo, não se paga aluguel, mas poder-se-ia estimar e
apropriar este custo do aluguel ao produto ou serviço pelo valor obtido no
mercado.
Como é citado na literatura pesquisada, BACKER E JACOBSEN (1977),
LEONE (2002), ELISEU (2001), os custos imputados, a serem incluídos somente
nas informações de uso gerencial, são valores apropriados para efeitos internos,
não aparecendo, todavia, nas demonstrações contábeis de uso externo.
Custos de Oportunidades: Sob o ponto de vista econômico, custo de
oportunidade é o montante que um recurso poderia render no melhor de seus
usos alternativos, ou melhor, é a quantidade perdida de um determinado bem.
Nesse sentido, a sociedade necessita recorrer para uma alternativa que possa
aumentar a produção de um determinado bem.
Já sob a ótica da Contabilidade de Custos, vários estudiosos se
pronunciaram sobre o assunto, entre os quais destacamos:
Segundo Backer e Jacobsen (1977; 26), “o custo de oportunidade é o
resultante de uma alternativa à qual se tenha renunciado”;
27
Para Martins (2001; 250), “o custo de oportunidade representa o quanto a
empresa sacrificou em termos de remuneração por ter aplicado seus recursos
numa alternativa ao invés de outra”;
Leone (2002; 60) reforça que “os custos de oportunidade representam
vantagens perdidas, medidas monetariamente relacionadas à segunda melhor
alternativa rejeitada”.
Enfim, pode-se observar que os autores são unânimes em conceituar o
custo de oportunidade como um benefício rejeitado em decorrência da escolha de
uma alternativa.
Custos Incrementais:
Os custos incrementais também exercem a função da necessidade de
tomada de decisões especiais, citadas pelos autores:
LEVESEY (1978; 50) cita que “o custo incremental é simplesmente o custo
adicional em que se incorre ao se aumentar a produção”.
Para BACKER e JACOBSEN (1977; 24), os custos incrementais, também
denominados custos evitáveis ou diferenciais, “são aqueles que não seriam
incorridos se um determinado projeto não fosse empreendido”.
HORNGREN (1978; 521) reforça que “o custo diferencial, às vezes
chamado de incremental, em qualquer situação, é comumente definido como a
alteração no custo total sob cada uma das alternativas”.
LEONE (2000; 59) dá um outro enfoque, citando os “custos relevantes e
não-relevantes. Os custos relevantes são aqueles que alteram quando da tomada
de decisão, cujas características são consideradas como custos diferenciais e
28
futuros, que serão incorridos se uma alternativa for implementada, mas que não
ocorrerão se outra alternativa for a escolhida.
Os custos não-relevantes são aqueles que permaneceriam os mesmos sob
qualquer que fosse a decisão tomada”.
Diante dessas dificuldades de avaliar o processo de mudança, os custos
incrementais podem ser comparados sob o aspecto econômico, como incremento
da renda, isto é, com as rendas adicionais resultantes da mudança, que é
semelhante ao conceito marginal.
Sob o ponto de vista contábil, a expressão marginal tem uma conotação
diferenciada se comparada à que se adota no universo econômico, que se refere
ao lucro resultante da venda de uma única unidade adicional. Este conceito, às
vezes, é muito restrito para ser geralmente útil em decisões de formação de preço.
Custos Irreversíveis ou Afundados - “Sunk Costs”
Sunk costs é o termo inglês cuja tradução para a Língua Portuguesa é
custos afundados ou enterrados.
Para BACKER e JACOBSEN (1977; 26), “um custo afundado é aquele
para o qual o dispêndio ocorreu no passado e que não será afetado por uma
determinada decisão que esteja em cogitação”.
LEONE (2000; 60) menciona que ”os custos são chamados irreversíveis
porque já foram realizados e não há mais jeito de cancelá-los”.
Pode-se observar que se trata de custos históricos contabilizados por
decorrência de desativação de um investimento original, cujos custos de
manutenção, mais a sua depreciação, já foram incorridos e sacramentados no
29
passado, não devendo, assim, influir em decisões para o futuro, por serem
irrelevantes.
2.5 Métodos de custeio
Método é um vocábulo de origem grega e resulta da soma das palavras
meta (resultado que se deseja atingir) e hodós (caminho). É, portanto, o caminho
para chegar aos resultados pretendidos. Custeio significa atribuir valor de custo a
um produto, mercadoria ou serviço. Os métodos de custeios mais utilizados são:
Custeio por absorção ou (Tradicional):
Custeio direto ou (Variável);
Custeio por atividade (ABC).
Custeio padrão (Stander).
Custeio por Absorção: consiste na apropriação de todos os custos de
produção aos bens elaborados, e só os de produção; todos os gastos relativos ao
esforço de fabricação são distribuídos para todos os produtos acabados.
È um método contemplado pela legislação fiscal e atende os princípios de
contabilidade geralmente aceitos, que será desenvolvido no capítulo seguinte. Os
demais métodos de custeio serão desenvolvidos mais adiante.
Custeio Direto ou Variável: caracteriza-se por apropriar aos produtos ou
serviços somente os seus custos varáveis. Para MARTINS (2001; 216), “no
Custeio Direto ou Variável, só são alocados aos produtos os custos variáveis,
ficando os fixos separados e considerados como despesas do período, indo
diretamente para o Resultado: para os estoque só vão, como conseqüência, custo
variáveis de produção”.
Na literatura pesquisada, citam quatro aspectos relevantes para uma
definição de Custeio Direto/Variável:
1. É um método de registrar e relatar a informações de custos;
30
2. Separa os elementos de custos em fixos e variáveis;
3. Os custos variáveis são apropriados e alocados ao custo de produção
e, posteriormente, registrados no ativo como estoques variáveis. No momento da
venda, são tratados como despesas, tanto os custos variáveis de fabricação
como as despesas de comercialização e administração variáveis;
4. Os custos fixos de fabricação são tratados como custos do período,
incluindo-se as despesas de vendas e administração fixas.
A relevância deste conceito é a determinação de um indicador de grande
força denominado margem de contribuição. O conceito de margem de contribuição
é aquela parcela capaz de cobrir os custos e despesas fixas e obter como
resultado o lucro,
Custeio Baseado em Atividades: O Custeio Baseado em Atividade,
representado pela sigla “ABC”, abreviação, em inglês, de Activity Based Costing,
difere dos métodos de custeios tradicionais, baseados no volume. NAKAGAWA
(1994; 36) afirma que os métodos tradicionais de custeio ou VBC, abreviação em
inglês de Volume-Based Costing, denominado Custeio Baseado em Volume,
assumem-se com pressuposto de que são os produtos que consomem os
recursos necessários para fabricá-los e/ou comercializá-los”.
Portanto, os contadores de custos se utilizam o VBC para quantificar os
recursos consumidos nos esforços de produção que são acumulados por função
ou departamento, e depois rateados pelos produtos através de um simples fator
volumétrico de medição, provocando distorções pela utilização de critérios de
rateio arbitrários.
Enquanto os custeios tradicionais visam ao volume produzido como
geradores de custos, o ABC assume-se como pressuposto de que os recursos de
uma empresa são consumidos por sua atividade e não pelos produtos que ela
fabrica.
31
Custeio-Padrão: é um método de custeio estabelecido pela empresa como
meta para os produtos de sua linha de fabricação, baseado em cálculo
rigorosamente calculado sobre o processo produtivo, incluindo os estudos do
tempo e movimento relativos a cada operação.
Na metodologia de custo, o custeio-padrão constitui historicamente um
instrumento de grande valia no esforço constante que as empresas empreendem
para se manter viáveis e bem dimensionadas do ponto de vista econômico.
3. PRINCÍPIOS CONTÁBEIS APLICADOS A CUSTOS
Os principais princípios fundamentais da contabilidade aplicados a custos
são:
Princípio da realização da receita: Permite este princípio o
reconhecimento contábil do resultado (lucro ou prejuízo) apenas quando da
realização da receita. E ocorre a realização da receita quando da transferência do
bem ou do serviço para terceiros.
Princípio da Competência ou da Confrontação Entre Despesas e
Receitas: Este princípio determina basicamente o momento do reconhecimento
das despesas. Portanto pela realização, fica definido o momento do
reconhecimento da receita e pela competência e confrontação temos o
reconhecimento das despesas.
Princípio do custo histórico com base de valor: Neste princípio os ativos
são registrados contabilmente pelo seu valor original de entrada. Os estoque são
avaliados em função do custo histórico de sua obtenção (entrada) sem correção
por inflação ou por valores de reposição.
Consistência ou Uniformidade: A Contabilidade de uma entidade deverá
ser mantida de forma tal que os usuários das demonstrações contábeis tenham
32
possibilidade de delinear a tendência da mesma, com menor grau de dificuldade
possível. Quando existem diversas alternativas para registros contábeis de um
mesmo evento, todas válidas dentre dos princípios geralmente aceitos, deve a
empresa adotar uma delas de forma consistente.
Conservadorismo ou Prudência: em regra geral o conservadorismo
obriga a adoção de um espírito de precaução por parte do Contador que escolherá
o registro contábil que apresentar o menor valo para o ativo e maior para
obrigação.
Materialidade ou Relevância: deverá prevalecer o julgamento do bom
senso. Neste princípio o Contador deverá, sempre avaliar a influência e a
materialidade da informação, evidenciada ou negada para o usuário à luz da
relação do custo-benefício. Em bom lembrar quando a soma de diversos itens de
custos irrelevantes pode ser material, e, neste caso, os pequenos itens verão ser
tratado mais rigor.
Conclui-se que o método de custeio por absorção é o único método de
custo contemplado pela legislação fiscal e pelos princípios de contabilidade
geralmente aceitos.
4. ESQUEMA BÁSICO DE CONTABILIDADE DE CUSTOS
4.1. Implantação de Sistemas de Custos
A implantação de sistema de custos precisa sempre levar em
consideração a qualidade do pessoal envolvido na sua alimentação dos dados no
seu processamento.
33
È necessário que se comece com rotinas e formulários simples e com
números que no início sejam fáceis de se obter, isto porque, o pessoal técnico de
produção é normalmente avesso à burocracia e, em geral encara um sistema de
custos com uma forma de controle com isso pode ocorrer boicote, rejeição e
resistência à implantação.
A principal importância da utilização do sistema de custos é exatamente a
sistematização criada para:
• auxiliar o controle interno;
• auxiliar na tomada de decisão
É bom lembrar, que cada informação provoca um gasto (nenhuma
é gratuita) e pode trazer um benefício. Essa relação entre gasto e
benefício precisa ser muito criteriosa na hora da implantação do
sistema, porque pode acarretar sérios prejuízos.
A avaliação critica da relação “custo benefício” deve ser continuadamente
feito de preferência por alguém que não esteja envolvido com o próprio com a
implantação do sistema de custos.
5. SEPARAÇÃO ENTRE CUSTO E DESPESA
Teoricamente a separação é fácil desde de que entenda que:
• Os gastos relacionados com o processo de produção são denominados “
Custos”;
• Os gastos relativos a administração, comercialização e
financiamentos são denominados “Despesas”
Onde terminam os Custos de Produção?
34
Visualmente é muito fácil verificar onde iniciam os custo de
produção, mas nem sempre é a mesma simplicidade verificar de onde
terminam. Assim pode-se concluir:
• todos os gastos incorridos no processo de produção, até a
obtenção do produto final é considerado “Custos”;
• todos os gastos incorridos após a fabricação do produto isto é,
no momento em que o produto estiver pronto para venda é considerado
“ Despesas”
Exemplo Ilustrativo nr. 01 de Separação de Custos e Despesas .
Assinalar com um (x) classificando os itens abaixo relacionados em (CV) Custo
Variável, (CF) Custo Fixo, (DV) Despesa Variável, (DF), Despesa Fixa, (P) Perda
e ( I ) Investimento. Se mais de uma alternativa for válida assinalar todas ou a (s)
que considerar mais predominante (s)
Elemento CV CF DV DF P I1 Comissões sobre vendas 2 Consumo de açúcar em fábrica de doces 3 Energia elétrica - consumo da área administrativa 4 Energia elétrica - consumo da área industrial 5 Fretes de entregas 6 Aquisição de veículo para entregas 7 Fretes de insumos produtivos 8 Gastos com depreciação da fábrica 9 Gastos com depreciação de micros das lojas
10 Gastos com manutenção fabril 11 Compra de máquinas industrial 12 Gastos com seguros das fábricas 13 Gastos com seguros das lojas
35
14 Gastos com supervisão da linha de produção 15 Leasing (aluguel) de veículos administrativos 16 Limpeza e conservação das lojas 17 Consumo de matéria-prima no processo fabril 18 Consumo de material secundário na fábrica 19 Sobras de matéria-prima consumida 20 Consumo de material de escritório 21 Embalagem consumida na indústria 22 Ociosidade da mão-de-obra 23 Salários e encargos administrativos
Exemplo Ilustrativo nr. 02 de Separação de Custos e Despesas
Suponhamos que estes sejam os gastos e despesas determinado período da Empresa Z:
Relação dos Gastos & Despesas R$Comissões de vendedores 80.000 Mão de obra direta – fábrica 80.000 Mão de obra indireta – fábrica 40.000 Matéria prima consumida 350.000 Salário da administração 90.000 Depreciação na fábrica 60.000 Seguros da fábrica 10.000 Despesas financeiras 50.000 Honorários da diretoria administrativa 40.000 Materiais diversos – fábrica 15.000 Energia elétrica – fábrica 85.000 Manutenção – fábrica 70.000 Despesa de entrega de produto 45.000 Despesas de Telecomunicação 5.000 Material de consumo do escritório 5.000
Total 1.025.000
A primeiro passo é a separação dos Custos & Despesas
36
Relação dos Gastos & Despesas R$ Custo DespesaComissões de vendedores 80.000 Mão de obra direta – fábrica 80.000 Mão de obra indireta – fábrica 40.000 Matéria prima consumida 350.000 Salário da administração 90.000 Depreciação na fábrica 60.000 Seguros da fábrica 10.000 Despesas financeiras 50.000 Honorários da diretoria administrativa 40.000 Materiais diversos – fábrica 15.000 Energia elétrica – fábrica 85.000 Manutenção – fábrica 70.000 Despesa de entrega de produto 45.000 Despesas de Telecomunicação 5.000 Material de consumo do escritório 5.000
Total 1.025.000
Segundo passo relacionar e totalizar os custos &despesas nos
quadros baixos:
Custo de produção R$
Total
Despesas Operacionais R$ ADMINISTRATIVAS:
37
Total VENDAS:
Total FINANCEIRAS
Total Total Geral
Com base nas informações acima apropriar os custos diretos e indiretos;
considerando que a empresa produz três tipos de produtos diferentes: A, B e C.
1. A distribuição dos custos diretos para os três produtos foram :
a) Matérias-primas consumidas para:Produto A $ 75.000Produto B $ 135.000Produto C $ 140.000Total $ 350.000
b) Mão-de-obra “horas dedicadas na produção”1) Mão-de-obra direta:Produto A $ 22.000Produto B $ 47.000Produto C $ 11.000 Total $ 80.0002) Mão de obra indireta: $ 40.000Total geral...................................$ 120.000
c) Energia elétrica consumida na produção:1) Energia direta:
Produto A $ 18.000Produto B $ 20.000Produto C $ 7.000 Total $ 45.000
.2) Energia indireta: $ 40.000
38
Total Geral...................................$ 85.000
3. Preencher o quadro de alocação dos custos diretos e indiretos:
CUSTOS DIRETOS
NATUREZA DOS GASTOS A B C CUSTOSINDIRETOS TOTAL
Matéria primaMão-de-obraEnergia elétricaDepreciaçãoSegurosMateriais de consumoManutençãoTotal
4. Realocar os custos indiretos para os respectivos produtos: A, B e C,
proporcionalmente aos valores dos custos diretos, considerando que
foram produzidos:
100 quilos de produto A
200 quilos de produto B
300 quilos de produto C
CUSTO DIRETOS CUSTOS INDIRETOS TOTAL
ProdutosR$ % R$ CD+CI
Produto AProduto BProduto C
Totais
Determine os custos unitários para os produtos A, B e C
39
6. TRATAMENTOS CONTÁBEIS DA PRODUÇÃO
6.1. Exemplo Ilustrativo
1. Pela compra a prazo, de matéria-prima no valor de R$ 200 sem
impostos.
2. Apropriação dos gastos com mão-de-obra direta na fabricação no valor
de
R$ 50.
3. Requisição da matéria-prima para a produção no valor de R$ 100
4. Pago, gastos e despesas durante o período:
Mão-de-obra indireta de fabricação R$ 10
Seguros gerais da fábrica R$ 10
Diversos materiais de consumo da fábrica R$ 20
Salário do pessoal da administração R$ 15
5. Depreciação das máquinas da fabricação R$ 10
6. Apropriação do custo de produção do período, considerando que 70% do
total foram produtos acabados e 30% encontravam-se em processamento.
Pede-se:
a. os tratamentos contábeis em forma de razonetes
b. a posição do inventário para o período.
40
7. Demonstração de Resultado da Indústria
Na demonstração de resultado da indústria é composto de um grupo de
conta denominado de “custo dos produtos vendidos” é a soma dos custos
incorridos na fabricação dos bens que só agora estão sendo vendidos. Nesta
composição pode conter custos de produção de diversos períodos, caso os itens
vendidos tenham sido produzidos e diversas épocas diferentes.
O custo dos produtos vendidos é composto:
Custos Primários: é a soma da matéria-prima com a mão-de-obra–direta,
alguns autores denominam como custos diretos: é a soma (matéria-prima e
embalagem consumida e mão-de-obra direta).
Custo de Produção do Período: é a soma dos custos incorridos no
período dentro da fábrica, ou seja, é o soma dos custos primários + custo indireto
de fabricação.
Custo da Produção Acabada: é a soma dos custos contidos na produção
no período. Pode conter Custos de Produção também de períodos anteriores
existentes em unidades que só foram completadas no presente período.
41
Modelo do Custo dos Produtos Vendidos:
DEMONSTRAÇÃO DO CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS R$Estoque inicial de matéria-prima ( + ) Compras de matérias-primas ( + ) Fretes sobre compras de matérias-primas ( - ) Estoque final de matéria-prima
( = ) Matérias-primas consumidas na produção
( + ) Mão-de-obra direta (MOD)
( = ) Custos Primários ( + ) Custos Indiretos de Fabricação (CIF) - - - - - -
( = ) Custo de Produção do período ( + ) Estoque inicial de produto em processo ( - ) Estoque final de produto em processo
( = ) Custo de Produção Acabada ou Terminada ( + ) Estoque inicial de produto acabado ( - ) Estoque final de produto acabado
( = ) Custo dos Produtos Vendidos (CPV)
Posição do Estoque de Produto Acabado R$( + ) Estoque inicial ( + ) Produção acabada no período ( = ) Estoque a disposição para venda ( - ) Estoque final
( = ) Custo dos Produtos Vendidos (CPV)
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Modelo Demonstração do Resultado do Exercício
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO R$I - RECEITA BRUTA DE VENDAS
- Mercadorias de revenda - Produtos acabados - Prestação de serviços
( = ) Total das ReceitasII - DEDUÇÕES DA RECEITA BRUTA
- Impostos s/vendas /Merc. e Produtos - Impostos s/vendas / Serviços - Devolução e abatimentos
( = ) Total das deduçõesIII - RECEITA LIQUÍDA DE VENDASIV - CUSTO DAS VENDAS
- CMV - Custo das Mercadorias Vendidas - CPV - Custo dos Produtos Vendidos - CPS - Custo da Prestação de Serviços
( = ) Total dos custos V - ( = ) LUCRO BRUTO ( 1 - 2 - 3 - 4)VI - ( - / +) (DESPESAS)/RECEITAS OPERACIONAIS
- DE VENDAS - ADMINISTRATIVAS - FINANCEIRAS - OUTRAS RECEITAS - RESULTADO DE EQUIVALÊNCIA
VII ( = ) LUCRO (PREJUIZO) OPERACIONAL ( 5 – 6)VIII RESULTADOS NÃO OPERACIONAIS
- Despesas não operacionais - Receitas não operacionais
IX ( = ) LUCRO (PREJUIZO) ANTES DO I.RENDA - Provisão I. Renda & Contr. Social
X ( = ) LUCRO (PREJUIZO) DO EXERCÍCIO
43
Modelo Balanço Patrimonial
Empresa:
ATIVO R$ PASSIVO R$
CIRCULANTE CIRCULANTE
Caixa e Bancos Fornecedores Duplicatas a receber Impostos a recolher
Estoques: Imposto de Renda a Pagar
Matérias-primas Salários e encargos a pagar
Produtos em processo Contas a pagar
Produtos acabados
Material de consumo
REALIZÁVEL L.PRAZO EXIGÍVEL A L.PRAZO
PERMANENTE PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Investimentos Capital Reservas de lucros
Reservas de capital
Imobilizado Técnico Lucros e Prejuízos Acumulados
ATIVO TOTAL PASSIVO TOTAL
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8. EXERCICIOS DE FIXAÇÃO
Exercício de fixação 1 : Demonstração do Resultado da Industria
Uma industria que produza um único produto, de forma continuada, e que
tenha os seguintes movimentos em diversos meses seguidos:
Suponhamos neste exemplo, que o custo unitário de fabricação seja o
mesmo nos diversos períodos:
PRIMEIRO SEGUNDO TERCEIROMÊS MÊS MÊS
1) Custos Incorridos no mês: Matéria-prima 90.000 109.500 103.500 Mão-de-obra direta 45.000 54.750 51.750 Energia elétrica 15.000 18.250 17.250 Total 150.000 182.500 172.500 2) Unidades: - do período anterior terminada neste mês ZERO ZERO 3/4 - iniciadas e acabadas no mês 15 18 16 - iniciadas e não acabadas no mês ZERO 1/4 (19a.) 1/2(17a.) (unidades em processamento) 3) Unidades vendidas: 12 17 184) Estoques finais: Unidades acabadas 3 4 3 Unidades em processo ZERO 1/4 1/25) Preço unitário de venda 12.000 12.000 12.000
Pede-se:
Elaborar uma demonstração de resultado detalhando os custos incorridos
em cada mês.
45
2. Exercício: Demonstração do Resultado da Industria e CPV
A empresa industrial fabrica um único produto em um determinado mês. Os
gastos despesas do período foram:
Relação dos gastos & despesas R$Compra de matéria-prima sem impostos 90.000Frete s/compra de matéria prima 5.000Mão-de-obra direta 30.000Mão-de-obra indireta 15.000Material de consumo indireto da fábrica 3.000Seguros gerais da fábrica 2.000Consumo de energia elétrica da fábrica 10.000Despesas administrativas 2.000Despesas de vendas 3.000Despesas com impostos sobre vendas 31.608Outras informações:U n i d a d e s : Produzidas 15 Vendidas 12 Estoque final de produtos acabados 3Posição do inventário: R$ Estoque matéria prima – inicial 5.000 Estoque matéria prima – final 10.000 Estoque de produto em processo - inicial zero Estoque de produto em processo – final zeroPreço de venda – unitário 14.634
Pede-se:
1. Elaborar demonstração de resultado da indústria;
2. Elaborar a demonstração do CPV detalhado;
3. Determinar o custo unitário do produto acabado
(fabricado)
46
3. Exercício: Demonstração do Resultado da Industria e CPV
A Cia Forno Brasil Ltda., fabrica e vende fornos industriais. O preço unitário
de venda é de R$ 12.000
As informações dos custos dos materiais diretos, para produzir uma
unidade, foram obtidas da contabilidade de custos da empresa:
Quants. Materiais diretos Unitário $ Total2.000 Peças do material M 1,50 1.800 Peças do material N 2,50
3 Painéis 3,00 20 Peças diversas (total) 4,50
Outros custos e despesas:
Natureza gastos& despesas Unitário/R$ Mão de obra direta 200,00 Comissões s/ vendas 98,00 Despesas Adm. / Comerciais 300,00
A Cia. espera obter um lucro de 8% sobre o preço de venda, seguindo as
informações acima, determinar qual o valor dos custos indiretos de fabricação por
forno produzido.
47
4. Exercício: Tratamentos Contábeis – (CPV/BP/DRE)
O balancete de verificação da Cia. Simplificada, em 01 de janeiro de 20x1,
estava reproduzido na seguinte forma:
Conta R$ Caixa 8.000,00 Edifícios 30.000,00 Máquinas 12.000,00 Fornecedores de materiais 5.000,00 Capital 45.000,00
Uma vez mais, em defesa da simplicidade, faremos a suposição de que no
mês de janeiro de 20x1 a empresa faz somente um estilo de cachimbo para venda
aos seus distribuidores.
Durante o mês ocorreram as seguintes transações;
1) Compra a prazo de matéria prima por $ 6.329,00 incluso no preço os
seguintes impostos:
ICMS de 12%
PIS/COFINS DE 9%
2) Pago, folha de pagamento dos funcionários durante o mês de janeiro:
Mão-de-obra direta $ 1.600
Pessoal da administração $ 400
Pessoal da supervisão da fabrica $ 530
3) Matéria prima requisitada para:
•produção do mês no valor de R$ 3.700
•utilizar na manutenção geral da fabrica R$ 300
4) Depreciação do edifício é de 4% do custo por ano, considerando
que a administração ocupa um décimo do prédio e o restante é
ocupado pela fabricação.
48
5) Depreciação das máquinas é de 10% do custo por ano. Todas as
máquinas são utilizadas na fabricação.
6) Pago, a conta de energia elétrica do mês no valor total de R$
200, considerando que 10% foi utilizado na administração e o
restante na fabricação.
7) Compor o custo de produção do período, considerando que a
produção iniciada e termina no período foram de 10.000 unidades.
Atenção!!! Não havia nenhum saldo inicial e final de produtos em
processo.
8) Venda a prazo de 8.000 cachimbos ao preço unitário de $ 0,80, com a
incidência dos impostos: 18% de ICMS e 9% de PIS/COFINS.
9) O movimento de caixa durante o mês foi:• recebimento de diversas duplicatas de clientes no valor de R$ 5.000.•pagamentos efetuados a diversos fornecedores no valor de R$ 4.100.•pagamentos de diversas despesas comerciais no valor de R$ 100.
Pede-se:
a) Os tratamentos contábeis em forma de razonetes;
b) Demonstrar o CPV detalhado do período;
c) Determinar o custo unitário da produção do período;
d) Demonstrar o Balanço Patrimonial e DRE do período.
5. Exercício: Demonstração do Resultado da Industria e CPV
Os livros da Cia. Ribeira Ltda. Fabricante de estufas industriais revelou a seguinte informação referente ao mês de dezembro de 20x3.
SALDO INICIAL SALDO FINAL
49
Inventário: Quants. R$ Quants. R$
Matérias-primas 10.000,00 5.000,00 Material de embalagem 8.000,00 2.500,00 Produtos Acabados 10 5.300,00 5 3.100,00 Produtos em processo 5 2.650,00 15 9.300,00
Informações adicionais: Matérias primas consumidas 30.000,00 Embalagens consumidas 15.000,00 Mão-de-obra direta 5.000,00 Mão-de-obra indireta 11.000,00 Consumo de energia elétrica-fábrica 1.000,00 Manutenção geral da fábrica 2.100,00 Depreciação das máquinas - fábrica 1.000,00 Vendas realizadas ( 100 unidades) 150.000,00
Despesas: Administrativa de 10% s/vr. das vendas ICMS de 18% s/ vr. das vendas Comerciais de 5% s/vr. das vendas Frete de entrega de $ 5,00 por unidade vendida
Pede-se:
a. Determinar o total das compras de matérias primas e
embalagens;
b. Determinar o número das unidades produzidas e o custo
unitário da produção;
c. Demonstrar o DRE e o CPV detalhado
6. Exercício: Demonstração do Resultado da Industria e CPV
Os livros da Cia. Refrio Ltda. fabricante de refrigeradores, revelaram as
seguintes informações do mês de fevereiro de 20x4
01/01/x4 31/01/x4
Inventário: Quants. R$ Quants. R$
Matérias-primas 250.000,00 150.000,00 Material de embalagem 30.000,00 10.000,00 Produtos Acabados 100 41.150,00 500 ?
50
Produtos em processo 50 20.000,00 100 ?
Informações adicionais: Compra de matéria prima 2.539.634,00 Compra de embalagem 56.818,00 Impostos inclusos nos preços: ICMS s/ matéria prima de 18% ICMS s/ embalagem de 12% PIS /COFINS de 9% Mão-de-obra direta 2.050.000,00 Mão-de-obra indireta 500.000,00 Outros custos indiretos 300.100,00 Vendas realizadas ( 12.000 unidades) 6.360.000,00 Despesas administrativas. 501.400,00 Despesas de ICMS. 18% Despesas de vendas. 428.000,00
Atenção!!! A unidade apresentadas nos estoques finais de produtos em
processo e acabados referem-se à produção do período.
Pede-se:
a. o número das unidades produzidas
b. o custo unitário da produção
c. demonstrar o DRE com CPV detalhado
7. Exercício: Demonstração do Resultado da Industria e CPV
A Cia DORSA Ltda. fabrica o produto Dosa, que é composto de três matérias primas W,Y e Z; Em 31.01.x2, o balancete de verificação estava assim demonstrado:
R$.Caixa 61.160Estoques:
Matérias –primas:Material W 1.500 kg. 3.300
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Material Y 800 kg. 3.040Material Z 600 kg 2.100
Produto acabadoProduto Doca 800 kg. 2.400
Máquinas e equipamentos 18.000Capital 90.000
Durante o mês de fevereiro-x2 ocorreram as seguintes transações:1) Compra a prazo, de matérias-primas:
Materiais.............................................. W Y ZPreço negociado com o fornecedor / kg. 3,45 5,50 4,20IPI incluso no preço 15% 10% 5%ICMS incluso no preço 18% 12% 7%PIS/COFINS 9% 9% 9%Quantidade / Kg. 5.000 kg 1.500 kg 800 kg
Atenção!!!! Os impostos são recuperados na entrada e compensados por ocasião da venda do produto final.
2) Pago frete relativo ás compras dos materiais W,Y e Z no valor de $ 0,15 por quilo.
3) Pago, os seguintes gastos durante o mês:R$
Mão-de-obra direta 4.620Mão-de-obra indireta 2.280Custos indiretos de fabricação 1.560Despesas administrativas 2.000Despesas de vendas 3.100
4) Depreciação das máquinas é 10% do custo ao ano (máquinas utilizadas na fabricação)
5) Para produzir um quilo do produto DOSA, são necessários os seguintes materiais:
0,700 kg de material W0,200 kg de material Y0,100 kg de material Z
6) Compor o custo de produção do período, considerando que 5.200 kg de produto DOSA foram terminados e 800 kg permaneceram em processamento durante o mês.7) Venda de 5.200 kg do produto DOSA a razão de R$ 8,00 por quilo + IPI de 10% com a incidência do ICMS de 18% e, PIS/COFINS de 9%. Considerando que 70% das vendas foram realizadas a vista e o restante a prazo.8) Pago durante o mês 50% do saldo das contas de fornecedores.
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Pede-se:1) Os tratamentos contábeis em forma de razonetes;2) Determinar o custo unitário da produção do período;3) Preparar as demonstrações: BP, DRE e CPV.
8. Exercício: Estudo de caso – Custo de Produção
A MONTADORA Bicycle Ltda., produz 3 (três) tipos de bicicletas e as matérias primas são adquiridas no mercado através de Kits. No primeiro ano de sua existência foram apresentados os seguintes dados:
1. Dados do início da atividade:1.1. capital integralizado em dinheiro = R$ 40.0001.2. 50% do capital social foi utilizado para aquisição de máquinas e equipamentos
da fabrica.1.3. 25% do capital social foi utilizado para aquisição dos móveis e utensílios do
escritório.
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2. Produtos comercializados:2.1. bicicleta A2.2. bicicleta B2.3. bicicleta C
3. Dados de produção:3.1. as bicicletas são montadas na própria loja.3.2. A empresa montadora adquire da fabrica de bicicletas Kits para montagem.3.3. O custo de montagem está assim distribuído da seguinte forma:
3.3.1. 34% do total do custo é para a bicicleta A3.3.2. 38% do total do custo é para a bicicleta B3.3.3. 28% do total do custo é para a bicicleta C
3.4. todas as compras foram realizadas a vista.3.5. Foram adquiridos 500 kits durante o ano tendo um custo unitário de R$ 100 com
ICMS incluso de 18%
4. Dados de Inventário(Estoque) em 31.12.20014.1. matéria prima em estoque = 60 kits4.2. 20 bicicletas A no estoque de produto acabado4.3. 15 bicicletas B no estoque de produto acabado4.4. 5 bicicletas C no estoque de produto acabado.
5. Dados de comercialização:5.1. as vendas do ano foram de:
5.1.1. 200 bicicletas A ao preço unitário de venda = R$ 3205.1.2. 150 bicicletas B ao preço unitário de venda = R$ 2005.1.3. 50 bicicletas C ao preço unitário de venda = R$ 650
5.2. todas as vendas foram realizadas a vista com ICMS de 18%
6. Movimentação do caixa durante o ano:6.1. folha de pagamento:
a) administração = R$ 5.000 + 50% encargos sociais;b) mão de obra direta = R$ 10.000 + 50% encargos sociais;c) mão de obra indireta = R$ 5.000 + 50% encargos sociais.
6.2. aluguel do imóvel = R$ 5.000 ( sendo 30% para administração e o restante para a fabricação.
6.3. Despesas de comerciais de $ 1.000
7. Outras movimentações:7.1. Despesas de depreciação:
a) móveis e utensílios = 10% ao ano (administração)b) maquinas e equipamentos = 10% ao ano (fabricação)
Atenção!!!! As despesas foram pagas a vista.
Pede-se:
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escriturar os registros contábeis em forma de razonetes;apurar o custo de produção do período;elaborar um balancete de verificação e apurar o resultado do período;elaborar um Balanço Patrimonial, Demonstração de Resultado, e a Demonstração do
Custo dos Produtos Vendidos para o período findo de 31.12.2001.
9. Exercício: Estudo de caso – Custeio por Absorção
A empresa Brasiluso Ltda., fabricante de malas tipos A e B. Durante um
determinado mês foram produzidas 100.000 unidades, sendo 45.0000 unidades
do modelo A e 55.000 unidades do modelo B. A empresa adota o método de
custeio por absorção para custear os seus produtos. As informações abaixo foram
coletadas dos registros da Contabilidade de Custos:
Custos e Despesas Produto ProdutoVariáveis: A B Matéria-prima R$ 1,50 p/u. R$ 1,80 p/u.
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Mão-de-obra direta - fábrica R$ 1,00 p/u. R$ 1,20 p/u. Custos indiretos – fábrica R$ 0,50 p/u. R$ 0,60 p/u. Despesas de vendas R$ 0,10 p/u. R$ 0,10 p/u. Total R$ 3,10 R$ 3,70Fixos: R$ Depreciação das máquinas-fábrica 5.000,00 p/mês Mão-de-obra indireta - fábrica 60.000,00 p/mês Outros custos indiretos - fábrica 25.000,00 p/mês Despesas administrativas e comerciais 30.000,00 p/mês Total 120.000,00
‘Dados adicionais:
1. Vendas realizadas durante o período:
Produto A: 40.000 unidades.
Produto B: 50.000 unidades.
2. Preço de venda praticado:
Produto A: $ 4,50 por unidade.
Produto B: $ 5,00 por unidade.
Pede-se:
1. Elaborar do custo de produção variável para o produto A e B,
conforme modelo apresentado;
2. Elaborar o critério de rateio do custo fixo para o produto A e B,
3. Determinar a posição do inventário final, conforme modelo;
4. Elaborar a demonstração de resultado, conforme modelo
apresentado.
Custo de Produção Produto A Produto B TotalVariáveis: Volume Unitário Total Volume Unitário Total ( A + B) Matéria-prima Mão-de-obra direta – fábrica Custos indiretos – fábrica
Total Fixos: Depreciação das máquinas-fábrica
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Mão-de-obra indireta – fábrica Outros custos indiretos – fábrica
Total (determinar o rateio)
Estoque de Produto Acabado Produto A Débito Crédito Saldo inicial Saídas por:Entradas da Produção Variáveis Fixos
Total (débito&crédito)
Saldo Final
Estoque de Produto Acabado Produto B Débito Crédito Saldo inicial Saídas por:Entradas da Produção Variáveis Fixos
Total (débito&crédito)
Saldo Final
DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO Produto A Produto B Total Volume Unit. Total Volume Unit. Total A + B
Vendas
Custo das Vendas Variáveis Fixos
Total dos custos
( = ) Lucro Bruto (vendas - custos)
( - ) Despesas Operacionais Despesas Adm/Comerciais Variáveis Fixas
Total das despesas
( = ) Lucro Operacional (LB - Despesas)
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10. Exercício: Estudo de caso – Custeio por Absorção
A empresa Computadores Ltda., produz componentes eletrônicos para
computadores tipos: A, S e K. Em um determinado mês a empresa produziu
300.000 unidades, sendo 120.0000 unidades do modelo A, 130.000 unidades do
modelo S e 50.000 do modelo K. A empresa adota o método de custeio por
absorção para custear os seus produtos. Os custos abaixo foram informados pela
Contabilidade de Custos:
Custos e Despesas Produto Produto Produto
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Variáveis: A S K Matéria-prima R$ 0,56 p/u. R$ 0,60 p/u. R$ 0,80 p/u. Mão-de-obra direta - fábrica R$ 0,65 p/u. R$ 0,75 p/u. R$ 0,80 p/u. Custos indiretos - fábrica R$ 0,14 p/u. R$ 0,15 p/u. R$ 0,08 p/u.
Despesas de vendas R$ 0,05 p/u. R$ 0,10 p/u. R$ 0,12 p/u. Total R$ 1,40 R$ 1,60 R$ 1,80Fixos: R$ Depreciação das máquinas-fábrica ? p/mês Mão-de-obra indireta - fábrica 75.000,00 p/mês
Outros custos indiretos - fábrica 35.000,00 p/mês Despesas administrativas e comerciais ?- p/mês Total
Atenção!!!! 1) Para determinar o valor da depreciação tomam-se os
quatro últimos números de sua matricula e multiplica por R$ 1,50.
2) Para determinar o valor das despesas administrativas e
comerciais tomam-se os quatro últimos números de sua matricula e
multiplica por R$ 4,00.
Dados adicionais:
3. Vendas realizadas durante o período:
Produto A: 100.000 unidades.
Produto S: 120.000 unidades.
Produto K: 40.000 unidades.
4. Preço de venda praticado:
Produto A: $ 2,50 por unidade.
Produto S: $ 2,80 por unidade.
Produto K: $ 3,00 por unidade.
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Pede-se:
1 Elaborar do custo de produção variável para os produtos A S e k.;
2. Elaborar o critério de rateio do custo fixo para os produtos A S e k;
3 Determinar a posição do inventário final, para os produtos A S e k;
1. Elaborar a demonstração de resultado.
2. Com base nas informações do item 4 preparar o ponto de equilíbrio para os
produtos A S e K
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