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CARTA AOS COLOSSENSES

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1. A cidade de Colossos

Colossos ou Colossas era uma antiga cidade da Frígia, situada na margem esquerda do rio Lico. Distava 200 kmde Éfeso e uns 15 km de Laodicéia e 20 km de Gerápolis (Hierápolis). As três cidades estavam situadas na região sul da Frígia. No I século tinha em torno a 200 mil habitantes.

Os escritores gregos, Heródoto e Xenofonte, descrevem Colossos como a mais bela, rica e importante cidade da região. Por ela passava uma importante estrada que unia Éfeso à Cilícia e à Síria. Por ali passaram os exércitos dos reis persas Ciro e Xerxes em suas conquistas da Ásia Menor. A região circunvizinha era rica em pasto; daí a grande criação de gado miúdo. Colossos era importante porque nela havia uma grande indústria de lã.

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Porém, a partir de 250 aEC, a cidade foi perdendo importância, pois Antíoco II Theós fundou sobre a antiga cidade chamada Dióspolis ou Roas, a cidade de Laodicéia em honra de sua mulher Laódice. A nova cidade, distante apenas 16km de Colossos, tornou-se uma importante sede de uma escola de médico-oculistas (Ap 3,8) e anos mais tarde tornou-se a capital do distrito. Toda essa região tornou-se depois domínio do rei Átalo III de Pérgamo, que em 133 aEC deixou seu reino para os Romanos. Em 129 aEC a Frígia tornou-se parte da Província Romana da Ásia.

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Localização de Colossos

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Assim, na época de Paulo, Colossos era uma pequena e insignificante cidade da Ásia. Pelo ano de 60/61 aC, durante o império de Nero, as três cidades, Colossos, Laodicéia e Gerápolis, foram destruídas por um terremoto que assolou todo o vale do rio Lico. As cidades foram reconstruídas, mas a primazia coube a Laodicéia e Gerápolis. Gerápolis tinha se tornado um importante centro por causa de suas águas termais. Em 628, a cidade foi novamente destruída por outro terremoto e nunca mais foi reconstruída. Seus habitantes fundaram uma nova cidade 4km ao norte com o nome de Khonas.

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O povo frígio era propenso ao misticismo e à fantasia. Praticava um culto supersticioso aos anjos e demônios que existia ainda no século IV como demonstram as atas do Concílio de Laodicéia.

Na região havia também um grande número de judeus. Segundo Flavio Josefo (Ant. XII, 147-153), o procônsul romano Valério Flacco (61-62 aEC) seqüestrou o dinheiro dos judeus recolhido para o Templo de Jerusalém (por isso foi processado e deposto). Foi dessa região que saiu o fundador dos montanistas, um antigo sacerdote de Cibele convertido ao cristianismo. O culto principal era o de Cibele. Porém, graças ao trabalho dos colaboradores de Paulo, a região tornou-se profundamente cristã e muito unida ao apóstolo Paulo.

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2. A comunidade de Colossos

Segundo os Atos dos Apóstolos, Paulo evangelizou a Frígia em duas ocasiões: na sua segunda viagem missionária quando percorreu a região norte indo da Psídia para a Galácia (At 16,6); e na terceira viagem ao dirigir-se para Éfeso (At 18,23).

Porém, baseados em Cl 2,1, podemos deduzir que ele nunca esteve em Colossos e Laodicéia. Por conseguinte, essas comunidades não foram fundadas diretamente por ele. Foram seus colaboradores que evangelizaram a região sul da Frígia.

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As Igrejas de Colossos e as de Laodicéia e Gerápolis foram fundadas por Épafras, um colossense. Provavelmente com Filemon, um outro colossense, e Ninfas, natural de Laodicéia, encontrou Paulo em Éfeso e se converteu. Paulo o chama de “nosso amigo e companheiro de serviço...” (Cl 1,7). Não sabemos se Épafras fundou as comunidades cristãs de Colossos e das cidades vizinhas a mando de Paulo ou não. O certo é, que ele mantém Paulo sempre informado sobre a comunidade (Cl 1,9) e recorre ao Apóstolo para superar as dificuldades que surgem. De outro lado, Paulo fala e age com a consciência de ter autoridade sobre a comunidade como se fosse ele o fundador.

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A única fonte de informação sobre a comunidade de Colossos é a própria carta. Dela resulta que a Igreja de Colossos era composta em sua grande maioria por cristãos provenientes do paganismo (Cl 1,21-27; 2,13). Porém, devia haver uma percentagem de judeu-cristãos. Épafras devia ser de origem pagã.

Também as comunidades de Laodicéia e Gerápolis deviam ter a mesma constituição. Convém notar que Laodicéia é recordada no Apocalipse (Ap 3,14) e ali se celebrou um concílio no final do século IV.

N.B.: O cristianismo, além da Frígia, floresceu também na Misia e Lídia. As comunidades de Pérgamo, Esmirna, Sardes, Filadélfia e Tiatira serão Igrejas ativas no final do século I. Não sabemos nada sobre suas fundações. Porém, podemos supor que elas também nasceram durante o ministério efesino de Paulo.

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3. A Carta

Colossenses é uma das “Cartas do Cativeiro”, pois Paulo ao escrever a carta afirma estar preso (Cl 4,3.10.18). Mas não diz o lugar de sua prisão, porque provavelmente, era conhecido dos destinatários. Segundo Atos dos Apóstolos, Paulo foi encarcerado ao menos três vezes:

- At 16,23-40: Em Filipos, durante sua segunda viagem missionária, mas por uma única noite; - At 23,33–26,32: Em Cesaréia, na Palestina, por dois anos, entre 58-60; - At 28,16.30: Em Roma, em liberdade vigiada, ou prisão domiciliar, por dois anos, entre 61-63.

A carta aos Efésios é muito próxima de Colossenses pelo estilo, linguagem e teologia, e, portanto, ambas devem ter sido escritas do mesmo lugar. Em Fm 23-24 e Cl 4,10-14 são lembradas as mesmas pessoas, o que também supõe a mesma data. A prisão romana de Paulo parece ser a data e o local mais indicado para as três cartas.

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Épafras, fundador da Igreja de Colossos, se encontrava junto do apóstolo. Paulo o chama de “meu companheiro de prisão em Cristo Jesus” (Fm 23). Não quer dizer que ele também estivesse preso, mas que condividia a mesma sorte de Paulo, pois, provavelmente morava na mesma casa.

Provavelmente, Épafras tenha ido a Roma relatar a Paulo o estado da comunidade de Colossos e, ao mesmo tempo, pedir conselhos e ajuda contra uma nova doutrina que perturbava o ambiente da comunidade. Épafras sabia do grande interesse de Paulo pela comunidade cristã de Colossos e também de Laodicéia.

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Os colossenses tinham progredido em sua fé e na caridade (1,4.8; 2,5). Porém, surgia uma falsa doutrina que ameaçava o bem-estar da Igreja. Não é fácil, precisar com exatidão que doutrina era essa. Paulo a chama de “filosofia” (2,8).

Note-se que se entendia por filosofia qualquer doutrina, mesmo religiosa, sobre o mundo e a vida. Não sabemos se Paulo tinha ou não elementos suficientes para saber exatamente o conteúdo dessa doutrina. As alusões na carta são muito vagas. Podemos detectar algumas suas características:

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- Em primeiro lugar, nota-se um certo influxode correntes judaizantes. Não se trata do judaísmo que Paulo combate energicamente em Gálatas e Romanos. Mas um resquício de judaísmo misturado com idéias de outras religiões pagãs. Paulo faz apenas uma menção à circuncisão (2,11-13). Talvez esses “filósofos” pregassem a circuncisão, porém sem dar-lhe importância para a salvação como faziam os judaizantes. Pregavam a observância de festas anuais, mensais e dos sábados (2,16); a rígida abstinência de alimentos (2,16.20-22);

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-Davam grande importância às “potências”, isto é, a seres celestes que estariam associados aos astros e que exerciam um certo papel sobre o mundo. Paulo fala de “elementos do mundo” (Cl 2,8) de culto dos anjos (2,18), de “tronos, dominações, principados e potestades” (2,10.15). Esses seres aparecem como mediadores entre Deus e os homens, religando a segundo plano a mediação de Cristo. Nesses elementos todos, vislumbra-se uma clara influência das religiões de mistério, tão em voga na época;

- Um terceiro elemento parece provir de uma espécie de “gnosis”, pois se ressalta a importância do “conhecimento”. Não se sabe qual o conteúdo desse conhecimento. Porém, através dele, se tinha acesso a um mundo superior.

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Não sabemos também se o pregador dessa doutrina era judeu, pagão ou cristão. Paulo chama esse perigoso sistema doutrinal de “argumentos capciosos” (2,4), de “vãs e enganosas especulações da filosofia” (2,8). Não se trata de uma apostasia do cristianismo, mas de um desvio doutrinal.

As conclusões de Paulo são rigorosas: “Quem se une a essa doutrina se separa do Cristo. Ele é o único mediador entre Deus e os homens” (Cl 2,9-15).

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Não sabemos se Paulo escreveu a carta por sua própria iniciativa ou a pedido de Épafras. É bem provável que o próprio Épafras tenha feito a tarefa de secretário. A carta foi levada a Colossos por Tíquico (4,7) que deve ter levado também o bilhete a Filemon e acompanhado Onésimo (4,9). Épafras continuou em Roma assistindo Paulo em sua prisão (4,12). A ordem de Paulo para que a carta fosse lida também em Laodicéia, dá a entender que também ali se sentia o mesmo perigo .

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Timóteo é nomeado como o remetente junto com Paulo, enquanto que Tíquico é enviado a Colossos com Onésimo, obviamente com o encargo de levar a Carta (4,7-9). Junto com Paulo se encontram diversos colaboradores: Aristarco, Marcos, Jesus chamado o Justo, Lucas, Demas e sobretudo Épafras (4,10-14). Este último é apresentado como aquele que, depois de ter fundado a comunidade de Colossos, informou o Apóstolo sobre a fé da comunidade e os problemas existentes. A Carta contém também uma saudação de Arquipo (4,17). Todos estes personagens (a exceção de Tíquico e Jesus chamado Justo) são nomeados também no bilhete a Filemon (Fm 2.11.23), o cristão em cuja casa se reunia com muita probabilidade a comunidade de Colossos. E no fim a Carta traz a firma de Paulo.

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4. Divisão da carta

Pré-escrito (1,1-2)

I. Exordium (1,3-23) - Agradecimento de Paulo (3-8) - Intercessão (9-14) - Expansão cristológica (15-20) - O anúncio dos temas a serem tratados (21-23)

a) a obra de Cristo para a santidade dos fiéis (21-22)

b) fidelidade ao Evangelho recebido (23a)

c) e anunciado por Paulo (23b)

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II. Argumentação (1,24–4,1) (desenvolvimento em ordem inversa aos temas anunciados acima)

A) O combate de Paulo pelo anúncio do Evangelho (1,24–2,5)

B) Fidelidade ao Evangelho recebido (2,6-23) - exortações iniciais gerais (6-7)

a. advertências às práticas de culto (8)b. motivos cristológicos: Cristo e os fiéis com ele (9-

15)a’. retomada das advertências: resistir às doutrinas

erradas (16-19) - exortações conclusivas (20-23)

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C) A santidade dos fiéis (3,1–4,1) - exortações gerais e princípios introdutivos (1-4

a. mortificar o homem terreno (5-9a) b. motivações: desvestidos do homem

velho e revestidos do homem novo (9b-11)

a’. viver a novidade em Cristo (12-17) - exortações sobre a vida familiar e doméstica (3,18–4,1)

III. Exortação final (4,2-6)

Pós-escrito (4,7-18)

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5. Autenticidade:

A autoria paulina é atestada pela tradição antiga da Igreja. Porém, no final do século XVIII e início da século XIX, essa foi fortemente contestada. Muitos biblistas, tanto Católicos como Protestantes, questionam se a Carta é de Paulo; se é de um discípulo (Timóteo?); se é um resumo da Carta aos Efésios. A Escola de Tubinga a considerou um produto dos círculos gnósticos do II século. Motivos para duvidar é que não faltam: 34 vocábulos que não estão em outras partes do NT; 28 que não estão nas demais Cartas Paulinas; uma dezena que se encontram somente em Efésios. Existem muitas repetições e sinônimos; faltam alguns dos temas mais caros a Paulo: justiça, justificação, Lei...

O estilo é mais solene. Também ele depende do assunto a ser tratado. Também a teologia de Colossenses não é tão diferente das outras cartas.

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6. Mensagem:

O objetivo da Carta aos Colossenses é combater um erro que existia na comunidade: uma excessiva importância era dada ao culto das potências angelicais. O autor, lembra que Deus no seu plano salvífico assegurou a Cristo uma tarefa importante. Ele é o mediador da criação (1,15); mediante o seu sangue derramado reconciliou todas a humanidade com Deus. Cristo é a “cabeça do corpo que é a Igreja” (1,18.24), e em modo diverso é também o chefe das potências celestes (2,10). Aprouve a Deus em Cristo fazer habitar toda a Plenitude (1,19) para poder comunicar aos fiéis “a Plenitude da divindade” que habita em Cristo plenamente (2,9-10), garantindo assim plena dignidade a todos os batizados.

Hoje deveríamos pensar também em tantos erros que de tempos em tempos surgem em nossas comunidades e produzem estragos grandes. A exemplo de Paulo, deveríamos também estar preocupados com a boa formação doutrinal e catequética dos nossos dirigentes das comunidades.

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b) Através da obra de Cristo os fiéis são libertados do poder das trevas e obtém a remissão dos pecados (1,13-14). Assim os fiéis são reconciliados com Deus e com todo o universo (1,20). Tudo isso por meio do batismo, para despojar-se do homem velho e revestir-se do homem novo.

O mundo moderno com todas as suas “luzes”, não deixa de ter as “trevas” que levam tantos à perdição. Tantas pessoas que vivem alienadas, oprimidas, vivendo como “pessoas velhas”. Se queremos dar continuidade ao reino de Deus, anunciado e iniciado por Jesus, precisamos construir a nova sociedade, com homens novos, mulheres novas, que vivam os novos valores do Reino.

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c) Os batizados passam a fazer parte da Igreja “corpo de Cristo”, onde não há mais divisões (3,11). A Igreja é a unidade de todos os seus membros. Ela continua a ser de caráter local (4,15), mas assumindo uma dimensão universal, pois através dela e por meio dela Cristo realiza desde agora sua senhoria cósmica.

Somos também chamados hoje a superar as divisões em nossas comunidades, a ajudar a construir este “corpo de Cristo”. E “agindo localmente e pensando globalmente” cuidar também de toda a vida terrestre, afinal Deus é o Criador de tudo e a nós humanos foi confiado o cuidado da criação. Não idolatrar a natureza, mas prestar-lhe todo o cuidado e respeito que ela merece.

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d) A adesão a Cristo e a Igreja dá origem ao conhecimento da vontade Deus e de levar uma vida santa, que se distingue pela prática do amor fraterno e das virtudes (3,12-15), seja nos deveres familiares e sociais. Maridos, mulheres, pais, filhos, patrões, servos... todos são chamados a um relacionamento novo e fraterno. (OBS. Este item está melhor elaborado na Carta aos Efésios).

Hoje vivemos uma situação de grave crise familiar. Seja entre os esposos, mas também entre pais e filhos. Missão de nossa Igreja é acompanhar as famílias e ajudá-la nas suas crises, através das pastorais, preparando bem as pessoas para o matrimônio. Igualmente, o relacionamento social entre patrões e trabalhadores precisa ser iluminado pela Palavra de Deus e pela Doutrina Social da Igreja. Vivendo “revestidos da caridade” faremos “reinar a paz de Cristo em nossos corações” (cf. 3,14-15)

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Créditos

• Coordenação geral da Produção: Irmã Bernadete Boff, fsp

• Texto: Padre Antônio Luiz Catelan Ferreira

• Arte do power point: Irmã Matilde Aparecida Alves, fsp

Irmã Ivonete Kurten,fsp

Bianca Russo

• Fotos: Arquivo Paulinas – Proibida a reprodução e cópia de imagens - Direitos reservados