Texto Energia Eolica

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Denomina-se energia eólica a energia cinética contida nas massas de ar em movimento (vento). Seu aproveitamento ocorre por meio da conversão da energia cinética de translação em energia cinética de rotação, com o emprego de turbinas eólicas, também denominadas aerogera- dores, para a geração de eletricidade, ou cataventos (e moinhos), para trabalhos mecânicos como bombeamento d’água. O homem sempre procurou por alternativas para produzir energia elétrica. Nas grandes hidrelétricas utiliza-se recursos hídricos para movimentar as turbinas para produzir eletricidade; na energia solar o recurso utilizado é o sol como fonte de energia que é captador por pequenas partículas e em seguida armazenadas em grandes baterias, na energia eólica, grandes turbinas (aerogeradores), em formato de cata-vento, são colocadas em locais abertos e com boa quantidade de vento. Através de um gerador, o movimento destas turbinas gera energia elétrica. Assim como a energia hidráulica, a energia eólica é utilizada há milhares de anos com as mesmas finalidades, a saber: bombeamento de água, moagem de grãos e outras aplicações que envolvem energia mecânica. Para a geração de eletricidade, as primeiras tentativas surgiram no final do século XIX, mas somente um século depois, com a crise internacional do petróleo (década de 1970), é que houve interesse e investimentos suficientes para viabilizar o desenvolvimento e aplicação de equipamentos em escala comercial. No Brasil, o custo da geração de energia através dos ventos é de cerca de US$70 a US$80 por MWh, o que a torna competitiva com a energia nuclear e termoelétrica. Só no nordeste brasileiro potencial eólico existente é de 6.000 MW, sendo a região brasileira que apresenta o maior potencial. Até 2003 a Aneel havia registrado cerca de 92 empreendimentos não iniciados para o aproveitamento de energia eólica que agregariam 6.500 MW a produção nacional de energia elétrica. Embora ainda haja divergências entre especialistas e instituições na estimativa do potencial eólico brasileiro, vários estudos indicam valores extremamente consideráveis. Até poucos anos, as estimativas eram da ordem de 20.000 MW. Hoje a maioria dos estudos indica valores maiores que 60.000 MW. Essas divergências decorrem principalmente da falta de informações e das diferentes metodologias empregadas. O único ponto fraco das turbinas que geram energia através dos ventos é a poluição sonora e a poluição visual. Esta última é menos impactante, e depende mais do ponto de vista particular de cada um. Mas a poluição sonora gerada pelas turbinas, de acordo com a especificação do equipamento, pode inviabilizar a construção destes sistemas muito próximos de regiões habitadas por causar desconforto aos moradores. Entretanto, existem modelos aerogeradores de hélices de alta velocidade que produzem menor ruído e são até mais eficientes que os modelos de turbinas de múltiplas pás. 5 10 15 20 25 30

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Denomina-se energia eólica a energia cinética contida nas massas de ar em movimento

(vento). Seu aproveitamento ocorre por meio da conversão da energia cinética de translação em

energia cinética de rotação, com o emprego de turbinas eólicas, também denominadas aerogera-

dores, para a geração de eletricidade, ou cataventos (e moinhos), para trabalhos mecânicos como

bombeamento d’água.

O homem sempre procurou por alternativas para produzir energia elétrica. Nas grandes

hidrelétricas utiliza-se recursos hídricos para movimentar as turbinas para produzir eletricidade; na

energia solar o recurso utilizado é o sol como fonte de energia que é captador por pequenas

partículas e em seguida armazenadas em grandes baterias, na energia eólica, grandes turbinas

(aerogeradores), em formato de cata-vento, são colocadas em locais abertos e com boa quantidade

de vento. Através de um gerador, o movimento destas turbinas gera energia elétrica. Assim como a

energia hidráulica, a energia eólica é utilizada há milhares de anos com as mesmas finalidades, a

saber: bombeamento de água, moagem de grãos e outras aplicações que envolvem energia

mecânica. Para a geração de eletricidade, as primeiras tentativas surgiram no final do século XIX,

mas somente um século depois, com a crise internacional do petróleo (década de 1970), é que houve

interesse e investimentos suficientes para viabilizar o desenvolvimento e aplicação de equipamentos

em escala comercial.

No Brasil, o custo da geração de energia através dos ventos é de cerca de US$70 a US$80

por MWh, o que a torna competitiva com a energia nuclear e termoelétrica. Só no nordeste

brasileiro potencial eólico existente é de 6.000 MW, sendo a região brasileira que apresenta o maior

potencial. Até 2003 a Aneel havia registrado cerca de 92 empreendimentos não iniciados para o

aproveitamento de energia eólica que agregariam 6.500 MW a produção nacional de energia

elétrica. Embora ainda haja divergências entre especialistas e instituições na estimativa do potencial

eólico brasileiro, vários estudos indicam valores extremamente consideráveis. Até poucos anos, as

estimativas eram da ordem de 20.000 MW. Hoje a maioria dos estudos indica valores maiores que

60.000 MW. Essas divergências decorrem principalmente da falta de informações e das diferentes

metodologias empregadas.

O único ponto fraco das turbinas que geram energia através dos ventos é a poluição sonora e

a poluição visual. Esta última é menos impactante, e depende mais do ponto de vista particular de

cada um. Mas a poluição sonora gerada pelas turbinas, de acordo com a especificação do

equipamento, pode inviabilizar a construção destes sistemas muito próximos de regiões habitadas

por causar desconforto aos moradores. Entretanto, existem modelos aerogeradores de hélices de alta

velocidade que produzem menor ruído e são até mais eficientes que os modelos de turbinas de

múltiplas pás.

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