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publicação destinada a profissionais ® 11 Nov.11 Theobroma cacao L. The Cocoa Plan benefícios do café descafeinado Nestlé – Criação de Valor Partilhado

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publicação destinada a profissionais

®

11Nov. 11

Theobroma cacao L.The Cocoa Plan

benefícios do café descafeinado

Nestlé – Criação de Valor Partilhado

o mundo Nestlé

na vanguarda da investigação

Theobroma cacao L.

novidades Nestlé

sumário editorial

Nestlé Portugal, S.A.

Apartado 10022791-701 Carnaxide

Ana Leonor PerdigãoAlexandra Ribeiro

Companhia das Cores

Pré&Press

3000 exemplares

264763/07

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Tiragem

Depósito legal nº

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Ana Leonor PerdigãoUnidade de Nutrição, Saúde e Bem-estar Nestlé Portugal, S.A.

Grandemente valorizado desde os tempos mais remotos, quando servia de moeda de troca, o cacau chega aos nossos dias como ingrediente principal de um dos produtos alimentares mais apreciado: o chocolate.

Conhecido pela palatabilidade e textura únicas, o chocolate possui características nutricionais que o evidenciam como um alimento ener-gético, que apresenta propriedades antioxidantes, benefícios cardio-vasculares e fisiológicos, entre outros. Nesta edição de NESVIDA fique a par dos benefícios do Theobroma cacao L.

Fique também a conhecer o Programa do Cacau (The Cocoa Plan), programa que contribui para o sucesso dos produtores agrícolas de cacau e para a melhoria da sua qualidade de vida, da família e das comunidades onde estão inseridos.

No capítulo de Investigação, conheça as propriedades antioxidan-tes de alguns alimentos que, habitualmente, fazem parte da nossa alimentação.

Derreta-se com esta edição de NESVIDA!

ficha técnica

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a África Ocidental. Este Centro de Pesquisa colabora de forma estreita com as comunidades agrícolas pro-dutoras de cacau por forma a assegurar que as mes-mas beneficiam dos esforços da Nestlé.

Para que existia um impacto significativo na melhoria da qualidade do cacau, e ao mesmo tempo no rendi-mento que os agricultores recebem, a Nestlé deu iní-cio, há mais de dez anos, à pesquisa científica sobre a propagação de plântulas de cacau de melhor qua-lidade e rendimento.

Projectos sociais como a construção de escolas e poços de água potável melhoram a qualidade de vida das comunidades produtoras de cacau.

A Nestlé acredita que pode continuar a fazer uma diferença real. Por essa razão, nos próximos dez anos investirá 110 milhões de CHF no Programa do Cacau contribuindo apara o sucesso dos produtores agrícolas e das suas famílias, encorajando a produ-ção de cacau de alta qualidade, cultivado de forma responsável, o que contribui para a produção de um chocolate ainda melhor.

Saiba mais em www.thecocoaplan.com

De forma a contribuir para a resolução de problemas relevantes que afectam os produtores de cacau, as suas famílias e comunidades e criar um futuro melhor para a produção agrícola de cacau, a Nestlé criou o Programa do Cacau (The Cocoa Plan).

Este programa tem como objectivo ajudar os agri-cultores de cacau a gerirem explorações rentáveis, respeitarem o ambiente, terem uma boa qualidade de vida e que os seus filhos beneficiem de educa-ção adequada e valorizem a produção agrícola de cacau como uma actividade profissional.

O Programa do Cacau conta com um alargado leque de iniciativas. Algumas iniciativas são exclu-sivas Nestlé. Outras, que são suportadas pela Nes-tlé, contam com sua participação activa em conjunto com organizações que partilham as mesmas preo-cupações e que estão alinhadas com os compro-missos estabelecidos neste programa.

Para melhorar a cadeia de fornecimento e potenciar o trabalho com as cooperativas de produtores de cacau, a Nestlé abriu recentemente um Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Abidjan, na Costa do Marfim, que funciona como uma base para toda

O Programa do Cacau(The Cocoa Plan)

o mundo Nestlé

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na vanguarda da investigaçãona vanguarda da investigação

Benefícios do café descafeinado no humor e na cognição(Investigação Nestlé Research Center)

O café, uma das bebidas mais consumidas no mundo, contém numerosos compostos com propriedades antioxidantes incluindo o ácido ferúlico, ácido caféico e ácidos clorogénicos (CGA). Pesquisadores do Nes-tlé Research Center, em Lausanne, na Suíça, realiza-ram um estudo piloto para comparar o efeito de cafés descafeinados, com diferentes níveis de compostos clorogénicos, no humor e no desempenho cognitivo em idosos.

Duas soluções de café solúvel descafeinado – uma com quantidade normal de CGA e outra com quanti-dade elevada – foram testadas relativamente ao café solúvel com cafeína com um nível regular de CGA e a um café placebo. Após o consumo das respectivas bebidas e café, foi proposto aos participantes uma variedade de tarefas para avaliar o humor e a fun-ção cognitiva.

Tal como previsto, o café normal com cafeína melho-rou o humor e a atenção em comparação com o café placebo e com o café descafeinado normal. Curio-samente, o café descafeinado com elevada quanti-dade de CGA aumentou o estado de alerta, reduziu a sensação de fadiga mental e diminuiu o número de dores de cabeça descritas entre os participantes do estudo, relativamente ao café placebo e ao café des-cafeinado regular.

Estes resultados fornecem a primeira indicação de que existem compostos no café, que não a cafeína, que podem melhorar o estado de alerta. Contudo, mais investigação é necessária de forma a confirmar esta descoberta.

Cropley, VL. Croft, RJ. Silber, BY. Neale, C. Scholey, A. Stough, C. Schmitt, JAJ.

(2011) Does coffee enriched with chlorogenic acids improve mood

and cognition after acute administration in healthy elderly?

Nutrition Horizon. Acedido em 07, Outubro,2011 em: Disponível em:

http://www.nutritionhorizon.com/news/Nestl-Researchers-Explore-

the-Cognitive-and-Mood-Benefits-of-Decaffeinated-Coffee.html

investigação estratégia de inovação

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Alimentação Mediterrânica prolonga a vida

Pesquisadores da Universidade de Maastricht, Holanda, analisaram de que forma a dieta mediterrâ-nica combinada com a prática de exercício físico, não fumar e a manutenção de um peso saudável podem trazer benefícios para a saúde e influenciar o risco de morte precoce.

Os pesquisadores observaram uma amostra de 120 mil homens e mulheres que em 1986 tinham entre os 55 e 69 anos. O grupo foi seguido até 1996. Foi calcu-lada uma “pontuação de estilo de vida saudável” base-ada nos hábitos tabágicos, prática de exercício físico, peso e alimentação.

Verificou-se que a combinação da alimentação medi-terrânica com exercício físico resulta num peso sau-dável. A inexistência de hábitos tabágicos reduz subs-tancialmente o risco de morrer jovem. O efeito é mais evidente nas mulheres do que nos homens. As mulhe-res podem viver mais 15 anos em comparação com as pessoas menos saudáveis, enquanto os homens sau-dáveis podem desfrutar de mais oito anos de vida.

É predominante numa alimentação Mediterrânica o consumo de vegetais, frutos, azeite, nozes, peixe e cereais integrais. Existe um consumo moderado de carne e de bebidas alcoólicas.

A alimentação Mediterrânica tem efeitos antioxidantes e anti-inflamatórios no organismo, além dos alimentos nela presentes apresentarem níveis baixos de coleste-rol LDL e contribuírem para o controlo dos níveis de gli-cemia. Estes benefícios, em conjunto com outros fac-tores como a prática de exercício físico regular e não fumar, auxiliam a manter o coração e as artérias sau-dáveis e a reduzir o risco de doença cardíaca.

Brandt, Piet A. (2011) The impact of a Mediterranean diet and healthy lifestyle on

premature mortality in men and women. Am J Clin Nutr. ajcn.008250.

Propriedades antioxidantes do ovo de galinha

Pesquisadores da Universidade de Alberta (Canadá) estudaram as propriedades antioxidantes dos ovos de galinhas, alimentadas com rações comuns à base de trigo ou milho.

Após analisadas as suas propriedades, os pesquisa-dores determinaram que duas gemas de ovo cruas contêm quase o dobro das propriedades antioxi-dantes de uma maçã e aproximadamente a mesma quantidade que 25g de arandos.

Após a cozedura ou fritura, as gemas perdem cerca de metade do seu potencial antioxidante, ou um pouco mais no caso de serem cozinhados no microondas.

Os responsáveis pela elevada concentração de pro-priedades antioxidantes são dois aminoácidos, trip-tofano e tirosina, que se encontram na gema do ovo.

As pesquisas vão continuar no sentido de serem estudados outro tipo de antioxidantes já conheci-dos no ovo, carotenóides (o pigmento que confere a cor amarela à gema), e também os péptidos. Em pesquisas anteriores foi descoberto que as proteínas do ovo são convertidas pelas enzimas do estômago e do intestino em péptidos que actuam da mesma forma que os inibidores de ACE (medicamentos usa-dos para tratar a tensão arterial elevada).

Esta conclusão demonstra que os ovos, conhecidos por serem uma excelente fonte de proteínas, lipídios, vitaminas e minerais, apresentam outros atributos nutricionais como o poder antioxidante e contribuem para a prevenção e tratamento da hipertensão.

Nimalaratne, C. Lopes-Lutz, D. Schieber, A. Wu, J.(2011) Free aromatic amino

acids in egg yolk show antioxidant properties. Food Chemistry, 129 (1): 155.

Fonte de energia

O Chocolate é fonte de energia, contendo mine-rais e vitaminas, necessárias ao crescimento e rea-bastecimento energético. A energia fornecida pelo chocolate é aproximadamente 500kcal por 100g, podendo, contudo, fazer parte de uma alimentação saudável, quando consumido com moderação (3).

Theobroma cacao L.

Do cacau ao chocolate

O cacau, principal ingrediente do chocolate, encon-tra-se nas favas de cacau do fruto do cacaueiro, Theobroma cacao L., denominado assim pelo botâ-nico Linnaeus, no século XVII. Theobroma significa “Alimento dos Deuses” (1). O cacau remonta ao tempo dos Olmecas, 1500 a 400 AC, os quais foram os primeiros seres huma-nos a beber cacau. Em 600 DC, os Maias cultivaram o cacau na América Central e com ele criaram uma bebida muito concentrada, nutritiva, servida quente, a que deram o nome de “Xocolatl”, de onde deriva o nome “chocolate”. Os grãos de cacau eram nessa altura usados como “moeda de troca” (2).Em 1528, Hernándo Cortés, um famoso conquis-tador, levou o cacau para Espanha, o qual recebeu a aprovação da corte. Nessa época, a bebida feita com cacau era preparada com especiarias e ado-çada com mel (2).Só em 1830 se começou a comer chocolate (2).

Theobroma cacao L.

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Cacau em PóChocolate de Leite

Energia e nutrientes por 100g

Proteínas 19,6 8

Lípidos 23,4 33,9

Hidratos de Carbono 11,1 53,1

Energia (kcal) 335 546

Minerais (mg por 100g)

Sódio 34 121

Potássio 1840 422

Cálcio 112 192

Fósforo 546 230

Magnésio 406 55

Tabela 1 – Valor nutricional do cacau em pó e do chocolate de leite (4)

Saúde cardíaca

Os grãos de cacau contêm um largo número de fitoquímicos, compostos fisiologicamente activos, que se encontram nas plantas. Um dos grupos de fito-químicos existente no cacau é o grupo dos polifenóis, o qual possui propriedades antioxi-dantes demonstradas. Os polifenóis mais abundan-tes no cacau são os flavonóis, uma sub-classe dos flavonóides. Diferentes variedades de cacau pos-suem diferentes níveis de flavonóis. De uma forma geral, o chocolate preto é aquele que possui maior quantidade de flavonóis, devido ao seu elevado teor de cacau (3). Existe uma evidência crescente relativamente aos benefícios cardíacos promovidos pelos flavonóis do cacau. Estes são poderosos antioxidantes que se acredita contribuírem para a resistência das células corporais face aos danos causados pelos radicais livres, os quais são formados por inúmeros proces-sos, inclusivamente pela utilização do oxigénio pelas células para a obtenção de energia (3). Os grãos de cacau são uma boa fonte de flavo-nóis: catequinas, epicatequinas e procianidinas, e as quantidades presentes são semelhantes, ou mais elevadas, que as presentes em algumas variedades de frutas e vegetais. Estudos efectuados em labora-tório e em seres humanos indicam que os flavonóis do cacau podem inibir a oxidação do colesterol LDL, e consequentemente ajudar a prevenir a formação de placas de ateroma nas paredes arteriais (3).Têm sido descritos outros efeitos benéficos do cacau tais como afectar positivamente os marca-dores cardiovasculares. Foi verificado que o con-sumo de cacau rico em flavonóis inibe a acção das plaquetas e aumenta o tempo necessário à coagu-lação sanguínea, o que se revela importante já que a agregação plaquetária contribui para o bloqueio das artérias coronárias (3).Algumas pesquisas sugerem que o consumo de cacau rico em flavonóis está associado à modula-ção do óxido nítrico. Produzido nos vasos sanguí-neos, mantém a elasticidade e previne a aderência das plaquetas às paredes arteriais (3). Ainda no âmbito da saúde cardíaca, estudos cien-tíficos têm indicado que o ácido esteárico, o ácido gordo presente em maior quantidade no cacau, é o único ácido gordo saturado de cadeia longa que não eleva os níveis de colesterol sanguíneo. Pensa-se que este fenómeno se deve, em parte, ao facto de este ácido gordo ser menos absorvido que os restantes ácidos gordos (3).

Diabetes

De forma a controlar os níveis de glicemia, o teor ele-vado em açúcares do chocolate era a principal razão pela qual se recomendava a pessoas com diabetes

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Chocolate – produto obtido a partir de pro-dutos do cacau e de açúcares que contém, no mínimo, 35% de matéria seca total de cacau, dos quais pelo menos 18% de manteiga de cacau e 14% de matéria seca de cacau isenta de gordura.

Chocolate de leite – produto obtido a partir de produtos do cacau, de açúcares e de leite ou produtos do leite que contém, no mínimo: 25% de matéria seca total de cacau, 14% de matéria seca de leite, 2,5% de matéria seca de cacau isenta de gordura, 3,5% de matéria gorda lác-tea, 25% de matéria gorda total.

Chocolate branco – produto obtido a partir de manteiga de cacau, de leite ou produtos do leite e de açúcares, que contém, no mínimo: 20% de manteiga de cacau e pelo menos 14% de matéria seca de leite, dos quais no mínimo 3,5% de matéria gorda láctea.

Decreto de Lei n.º 229/2003 de 27 de Setembro. Diário

da República n.º 224 – I Série. Ministérios da Agricultura,

Desenvolvimento Rural e Pescas. Lisboa

Chocolate Preto – apesar de não estar defi-nido na legislação, habitualmente dá-se esse nome a um chocolate que cumpre a legisla-ção no que diz respeito a poder chamar-se chocolate e que apresenta uma percentagem de cacau mais elevada, a qual lhe confere a cor mais escura.

que evitassem o seu consumo. Entretanto, a inves-tigação tem demonstrado que as pessoas com dia-betes podem consumir pequenas porções de cho-colate, sem afectar significativamente o controlo dos níveis de glicemia. Contrariamente ao que anterior-mente se acreditava, o consumo de hidratos de car-bono não necessita de ser drasticamente reduzido, mas sim controlado. É importante referir que o cho-colate apresenta um índice glicémico baixo, o que significa que não causa uma elevação súbita dos níveis de açúcar no sangue (3). Estudos recentes associam o consumo de cacau rico em flavonóides à diminuição da resistência à insulina (5).

a cafeína e a teofilina. Estes compostos provocam a estimulação do sistema nervoso central, a estimulação do músculo cardíaco e o relaxamento dos músculos, em geral (3).

Modulação do humor

No chocolate encontram-se aminas biogénicas, principalmente a tiramina e a feniletilamina. A feni-letilamina é um neuromodulador que actua ao nível do cérebro potenciando a neurotransmissão . Vários estudos têm sugerido que esta amina é um impor-tante modulador do humor e que a sua deficiência contribui para a depressão (6).

Em suma

Quando consumido com moderação, o chocolate pode fazer parte de uma alimentação, variada, equi-librada e impulsionadora de uma boa saúde. Relevantes características nutricionais do chocolate, nomeadamente as relacionadas com o seu teor em antioxidantes, associam-se sobretudo às varieda-des que apresentam na sua composição cacau rico em flavonóides.

Referências Bibliográficas

1.The Cocoa Plan. About cocoa. Cocoa production. (2011) Acedido em: 7, Outubro, 2011, em: http://www.thecocoaplan.com/about-cocoa/cocoa-pro-duction.aspx.2.The Cocoa Plan.. About cocoa. The history of cocoa. (2011) Acedido em: 7, Outubro, 2011, em: http://www.thecocoaplan.com/about-cocoa/the-history-of-cocoa.aspx. 3.International Cocoa Organization. ICCO docu-ments. (2005) Health and Nutrition. PRC/3/4 Rev 1 Inventory Health and Nutritional Attributes of Cocoa and Chocolate. Acedido em: 2, Novembro, 2011, em: http://www.icco.org/about/healt.aspx . 4. Tabela da Composição dos Alimentos. Instituto Nacional de Saúde Dr Ricardo Jorge. (2006) Ace-dido em: 2, Novembro, 2011, em: http://www.insa.pt/sites/INSA/Portugues/AreasCientificas/Ali-mentNutricao/AplicacoesOnline/TabelaAlimentos/ Paginas/TabelaAlimentos.aspx 5. Shrime, M. Bauer, S. McDonald, A. Chowdhury, N H. Coltart, C. Ding, E. (2011). Flavonoid-Rich Cocoa Consumption Affects Multiple Cardiovascu-lar Risk Factors in a Meta-Analysis of Short-Term Studies1. Journal of Nutrition. Acedido em: 3, Outubro, 2011, em: http://jn.nutrition.org/content/early/2011/09/29/jn.111.145482.6. MS Bruin, K. Taren, Douglas L. (1999). Chocola-te Food or Drug? Journal of The American Dietetic Association. Acedido em: 8, Novembro, 2011, em: http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0002822399003077

Obesidade

Devido ao seu valor calórico, historicamente, o choco-late tem sido usado como alimento energético (3). A obesidade resulta de um excesso de massa gorda corporal, devido ao excesso calórico inge-rido. O consumo frequente de alimentos densa-mente energéticos, acompanhado de um estilo de vida sedentário, contribui para um ganho rápido de peso excessivo (3).Contudo, não existe evidência científica que com-prove que o consumo de chocolate está asso-ciado ao excesso de peso. Estudos científicos têm demonstrado o inverso, ou seja, a existência de uma relação positiva ou a ausência de relação entre o consumo de chocolate e o excesso de peso ou a obesidade. Enquanto as pesquisas neste campo avançam, existe actualmente o consenso de que a obesidade não é causada por um único alimento, mas pelo excesso de consumo de um qualquer ali-mento, que resulte no balanço negativo entre a ener-gia ingerida e a energia gasta. O excesso de alimen-tação aliado à falta de exercício físico é a causa da maior parte dos casos de obesidade (3).

Redução do risco de cancro

Começam a aparecer evidências que sugerem que o cacau e o chocolate podem ser capazes de reduzir o risco de certos tipos de cancro. As espécies reacti-vas de oxigénio, associadas aos processos canceríge-nos, são inibidas por antioxidantes, tais como os que se encontram no cacau e no chocolate (3).

Actividade mental

O cacau e o chocolate têm sido descritos como estimu-lantes da actividade mental. Contêm quantidades subs-tanciais de metilxantinas, uma classe de compostos biologicamente activos, onde se incluem a teobromina,

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Theobroma cacao L.

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Quais são as grandes diferenças entre chocolate branco, chocolate preto e chocolate de leite?Os três tipos de chocolate são bastante diferentes tanto do ponto de vista da sua composição como do ponto de vista nutricional. O chocolate branco não pos-sui pasta de cacau, apenas manteiga de cacau e sóli-dos lácteos. Por outro lado, o chocolate preto não tem sólidos lácteos mas é rico em sólidos de cacau, pos-suindo normalmente entre 35 a 74 %. O chocolate de leite contém pasta de cacau, manteiga de cacau e sóli-dos lácteos.As diferenças na composição influenciam o perfil nutri-cional. Considerando os macronutrientes, o choco-late branco tende a ter maior quantidade de açúcar, enquanto que o chocolate preto tende a ser rico em fibra, proveniente da massa de cacau. Devido a res-trições legais relativas às receitas, todos os tipos de chocolate são relativamente ricos em energia, gordura e gordura saturada (principalmente ácido esteárico, o qual possui um efeito neutro na influência do nível de colesterol sanguíneo), e apresentam um baixo teor pro-teico. Em termos de micronutrientes, o chocolate preto é uma fonte de magnésio, proveniente da pasta de cacau. O chocolate branco é uma fonte de cálcio e vita-mina B12 proveniente dos sólidos lácteos.

Quais os componentes de cacau reconhecidos como tendo efeitos benéficos na saúde?Os polifenóis são os componentes que conferem ao cacau a sua cor e aroma distintos. Alguns deles apre-sentam benefícios de saúde, especialmente os fla-vonóis. Estes são um grupo de compostos que tem sido documentado como tendo influência na redu-ção do risco de doença cardiovascular. Os flavonóis do cacau têm sido descritos como favorecedores da redução da coagulação sanguínea, redução da pres-são arterial e redução do stresse oxidativo, particular-mente a oxidação do colesterol LDL. Acredita-se que estes benefícios se combinam para reduzir o risco de doença cardiovascular.

Como pode a Indústria Alimentar abordar as questões da nutrição, saúde e bem-estar na catego-ria de chocolates, tendo em conta as actuais preo-cupações com o valor calórico dos chocolates e a sua contribuição para a taxa de obesidade?Pese embora as preocupações relativas a obesidade e a assuntos de saúde pública relacionados com esta temática estejam ao rubro, não existem evidências claras que associem o elevado consumo de choco-late a excesso de peso.No entanto, porque o chocolate é um alimento rico em gordura e açúcar, deve ser consumido de forma sensata, o que significa com moderação, no contexto de uma alimentação e estilo de vida saudáveis. Na indústria, temos o dever de recomendar um consumo moderado. Além disso, também temos a responsa-bilidade de comunicar os benefícios de saúde ape-nas quando estes são cientificamente comprovados e relevantes numa porção, e não apenas em 100g.

As cáries dentárias são frequentemente associa-das ao consumo de chocolate. O que gostaria de referir relativamente a este tema?Todos os hidratos de carbono fermentáveis (açúca-res e amidos) podem contribuir para a deterioração dentária, no entanto, é menos cariogénico que mui-tos outros doces. Este resultado deve-se provavel-mente ao efeito protector dos sólidos lácteos existen-tes no chocolate branco e de leite, ou aos polifenóis no chocolate preto, os quais se admite possuírem uma acção anti-bacteriana.

Na sua opinião, quais deverão ser os próximos passos da Indústria Alimentar de forma a maximi-zar o “poder do cacau”?É necessária mais pesquisa, de forma a aumentar a quantidade e a biodisponibilidade de flavonóis no chocolate de leite e de forma a melhor se compre-enderem os benefícios do flavonóis do cacau em pequenas porções de chocolate preto.

Entrevista a Lynda O’NeillNutricionistaPTC/R&D (Product Tecnology Center/Research & Development)Nestlé York

novidades Nestlé

Conheça as novidades Nestlé

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Nestlé Portugal lança quarto Relatório de Sustentabilidade

A Nestlé Portugal acaba de lançar o seu quarto Relatório de Sustentabilidade, cuja primeira edi-ção remonta a 2008. Espelho das suas actividades, este relatório reflecte as iniciativas desenvolvidas em 2010 no âmbito da Responsabilidade Social Corpo-rativa (RSC), bem como os objectivos traçados para a Companhia relativos ao ano de 2011.

Os conteúdos deste relatório abrangem a actividade das empresas do grupo Nestlé presentes em Portu-gal, nomeadamente a Nestlé Portugal S.A., Prolacto – Lacticínios de S. Miguel, S.A., Cereal Associados Portugal, A.E.I.E. e a Nestlé Waters Direct S.A.

O Relatório de Sustentabilidade da Nestlé Portugal é, de facto, uma excelente ferramenta de trabalho e um instrumento privilegiado de comunicação para com os nossos Stakeholders.

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nestlé Portugal, s.a.Rua Alexandre Herculano, 8, 2799-554 Linda-a-VelhaTel.: 214 148 500 • Fax: 214 143 700www.nestle.pt

nestlé serviço ao ConsumidorTel.: 800 203 591 (Dias úteis das 8h30 às 18h30)Email: [email protected] RelatóRio de sustentabilidade 2010

Criar e Partilhar Valor

Este Relatório, como habitualmente, encontra--se disponível, em formato PDF, no site da Nestlé – www.nestle.pt – na área da Criação de Valor Parti-lhado.

Nestlé Portugal promove “Fórum sobre Criação de Valor Partilhado”

No âmbito do GreenFest, o maior evento de sus-tentabilidade do país, a Nestlé Portugal realizou no passado dia 29 de Setembro o seu primeiro Fórum

sobre Criação de Valor Partilhado, subordinado ao tema: “Criação de Valor Partilhado: O modelo Nes-tlé de Responsabilidade Social Corporativa”, tendo como convidado principal Dane Smith, Managing Director da Foundation Strategy Group (FSG), uma consultora sem fins lucrativos, fundada por Michael Porter e Mark Kramer, que desenvolveram teorica-mente o conceito de Criação de Valor Partilhado. Dane Smith partilhou com a audiência a sua visão e experiência ao longo de mais de 20 anos como consultor de empresas líderes mundiais sobre Estra-tégias de Negócio e Responsabilidade Social Cor-porativa, salientando que a partilha de valor com a sociedade por parte das empresas é, “uma urgência, no sentido de se encontrarem novas oportunidades de negócios, que são mais vencedoras na directa proporção do valor que partilham com as comuni-dades onde estão inseridas”.

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Recentemente lançado, IOGOLINO Mini Chocolate oferece os benefícios nutricionais do leite associados ao delicioso sabor a chocolate.O perfil nutricional dos alimentos lácteos Nestlé diri-gidos aos mais pequenos, baseia-se nos princípios nutricionais do Programa Começar Saudável, Cres-cer Saudável e respeita as necessidades nutricionais específicas dos bebés e crianças.Os bebés e crianças têm necessidades nutricionais maiores, por quilograma de peso, do que os adul-tos, uma vez que precisam de suportar o seu rápido crescimento. Contudo, têm uma capacidade gástrica reduzida. Estes alimentos apresentam uma densidade nutricional optimizada, tornando-os uma alternativa equi-librada e adequada, fornecendo vários macro e micro nutrientes numa porção pequena de volume, nomea-damente cálcio, magnésio e zinco. Estes micronutrien-tes são de extrema importância durante o período crítico

Iogolino Mini, uma forma saudável de mimar os bebés

Os cereais FITNESS da NESTLÉ lançaram recen-temente as Barras FITNESS Chocolate Branco.

Comer entre as refeições principais é um hábito sau-dável que deve ser cumprido. FITNESS Cereais con-tribui para manter este hábito, disponibilizando delicio-sas barras de cereais FITNESS que, além de ajudarem a cuidar da linha (integradas num modo de vida sau-dável), são muito práticas, oferecendo a possibilidade de serem saboreadas em qualquer lugar.

Com este lançamento as barras FITNESS alargam o seu portefólio, existindo neste momento 7 varie-dades: FITNESS Chocolate, Natural, Morango, Chocolate&Avelãs, Chocolate&Laranja, Tiramisu e Chocolate Branco.

Barras de Cereais FITNESS com Chocolate Branco

FITNESS Chocolate Preto é a mais recente edição limi-tada de cereais de pequeno-almoço NESTLÉ.

Com 29% de flocos com cereais integrais cobertos com autêntico chocolate preto, esta variedade confere um sabor intenso à primeira refeição do dia.

Ideais para consumir ao pequeno-almoço, os Cereais FITNESS Chocolate Preto contribuem para a ingestão diária de cereais integrais.

FITNESS Chocolate Preto une-se às já existentes varie-dades de cereais de pequeno-almoço FITNESS com cereais integrais: Clássico, Chocolate, Morango, Frutas e Mel e Amêndoas.

Cereais FITNESS Chocolate Preto

de desenvolvimento de massa óssea, influenciando a saúde futura dos ossos. Adicionalmente, IOGOLINO Mini tem um teor proteico mais reduzido (3.2g/ por 100 g) versus os tradicionais iogurtes naturais sólidos para adultos (4.2g/ por 100 g), evitando assim um aporte excessivo de proteínas.IOGOLINO Mini Chocolate é elaborado de acordo com as mais recentes recomendações pediátricas, sendo uma óptima opção para a alimentação das crianças a partir dos 12 meses.