TÍTULO
-
Upload
claire-odom -
Category
Documents
-
view
41 -
download
0
description
Transcript of TÍTULO
TÍTULO
NOME DO PALESTRANTEDepartamento...............Hospital Bandeirantes
Resistência Vascular Pulmonar em Pacientes com Hipertensão Pulmonar.
Utilização da Prova de Oxigênio.
Thiago Boschilia, Rachel Luz Capuano, Marcos Aparecido de Moraes, Jan Johann Reinel de Castro,
Ivana Siqueira Mauro, Marcelo Duarte Cortese, Walter Moras Jr, Nathan Herszkowicz, José Maria
Del Castillo
Hospital Bandeirantes
Hipertensão Arterial Pulmonar (HAP)
As Diretrizes sobre HAP seguidas pela SBC foram elaboradasno 3 ro Consenso realizado em Veneza em 2003.
Define-se HAP como a elevação da pressão sistólica da artéria pulmonar acima de 30 mmHg (média acima de 25 mmHg) em repouso e sistólica acima de 35 mmHg (média acima de 30 mmHg) durante o exercício.
A classificação clássica de HAP primária e secundária foi substi-tuída por outra classificação que leva em conta a etiologia e a orientação terapêutica.
Destaca a importância da SIMPLIFICAÇÃO metodológica das técnicas não invasivas para o diagnóstico e estratificação da HAP.Diagnóstico, avaliação e terapéutica da hipertensão pulmonar. Diretrizes da
SBC, 2005
Introdução
Classificação
Grupo I
IdiopáticaFamiliar (6%)
Associada com
Doenças do tecido conectivoCurtos-circuitos congênitos de E-DHipertensão portalHIVDrogas ilícitas e tóxicos
Doenças venosas ou capilares
Oclusão de veias pulmonaresHemangioma capilar pulmonar
Padrão fetal persistenteGrupo II Associada com doenças do coração esquerdoGrupo III Associada com doença pulmonar obstrutiva crônicaGrupo IV Associada com doença pulmonar trombótica ou embólica
Grupo V Grupo misceláneaSarcoidoseEsquistosomose
Simonneau G et al. Clinical classification of pulmonary hypertension. JACC 2004, 43:5-12
Introdução
Hipertensão Arterial Pulmonar (HAP)
Classificação hemodinâmicaPressão média
pulmonarNORMAL 12-16 mmHg
HAP DISCRETA 25-40 mmHgHAP MODERADA 41-55 mmHg
HAP IMPORTANTE > 55 mmHg
Quadro clínicoDispnéia Hemoptise
Síncope Sinais de IC direita
Fadiga ArritmiasPrecordialgia Cianose
Introdução
Resistência Vascular Pulmonar (RVP)
A RVP pode ser definida como o gradiente pressórico transpul-monar dividido pelo fluxo (RVP = PSAP – PCP / Qp) 1
A resistência é diretamente proporcional a 8 vezes o comprimento do vaso e a viscosidade do sangue e inversamente proporcional à quarta potência do raio do vaso (R = 8 . L . / . r 4) 2
O valor normal da RVP é ≤ 2,0 UW 3 (mmHg/l/min)
1.- Lei de Ohm2.- Lei de Poiseuille3.- UW = unidade Wood. 1 UW = 80 dynas.s.cm-5
Introdução
Resistência Vascular Pulmonar (RVP)
Abbas publicou, em 2003, um trabalho correlacionando os dados hemodinâmicos com parâmetros obtidos pelo eco Doppler para o cálculo da RVP.Aferindo apenas a velocidade de regurgitação tricúspide e a inte-gral da velocidade do fluxo na via de saída do VD (gradiente pres-sórico / fluxo volumétrico) obteve excelente correlação e elabo-rou a seguinte equação de regressão:
RVP = VRT / VI(VSVD) . 10 + 0,16
RVP: resistência vascular pulmonar; VRT: velocidade da regurgitação tricúspide; VI(VSVD): integral da velocidade do fluxo da via de saída do VD.
Introdução
Resistência Vascular Pulmonar (RVP)
Abbas AE, et al. A simple method for noninvasive estimation of pulmonary vascular resistance. JACC 2003, 41:1021-1027
Introdução
Objetivo do trabalho:Determinar, em pacientes portadores de HAP, a resistência vascular pulmonar com ecocardiografia Doppler.Avaliar o efeito vasodilatador do O2 ministrado durante 5-10 minutos, verificando a resposta obtida.
Objetivo
Material:20 pacientes portadores de HAP, 14 do sexo feminino, 6 do sexo masculino.Média etária: 67,19 ± 15,08 anos (variação: 38-86 anos).
7 pacientes portadores de valvopatia mitral (35%)5 pacientes portadores de HAP idiopática (25%)4 pacientes apresentavam tromboembolismo pulmonar (20%)3 pacientes portadores de curto-circuito congênito (15%)1 paciente com fibrose pulmonar intersticial (5%)
Material
Métodos:Foram aferidos, por ecodopplercardiografia:
Áreas sistólica e diastólica do ventrículo direito (VD). Fluxo valvar tricúspide, com Doppler contínuo. Fluxo da via de saída do ventrículo direito, com Doppler
pulsátil.
Com oxímetro digital, foi aferida a saturação de O2 (SatO2)
As áreas do VD foram obtidas em condições basais.Os fluxos valvares foram obtidos antes e após administração de O2 puro, 5 l/min, durante 5 a 10 minutos.
Em todos os pacientes foi realizado o ecocardiograma completo.
Métodos
Métodos:Com os dados obtidos, foram calculados:
Tempo de aceleração pulmonar (TAC)
Integral da velocidade do fluxo pulmonar (VIVSVD)
Tempo de ejeção do ventrículo direito (TEVD)
Velocidade da regurgitação tricúspide (VRT)
Gradiente de regurgitação tricúspide (GRT)
Resistência vascular pulmonar (RVP)
Índice de Tei do ventrículo direito (TeiVD)
Porcentagem de variação das áreas do VD (%AreaVD)
Porcentagem de diminuição da VRT
Porcentagem de diminuição da RVP
Métodos
Análise estatística:Em todos os parâmetros aferidos antes e após a utilização do O2 foi utilizado o teste “t” para amostras pareadas.
A equação de correlação linear foi utilizada para comparar: Gradiente de regurgitação tricúspide com o índice de Tei do VD
(TeiVD).
GRT com porcentagem de variação da área ventricular direita (%AreaVD).
GRT com RVP em condições basais e após administração de O2.
O nível de significância foi de 5% (p<0,05).
Métodos
Resultados:Basal Após O2 % de variação Teste “t”
TACX
sX66,9520,33
93,6922,88
35,0027,94
t= -5,798p<0,0001
VIVSVDX
sX12,953,78
14,312,96
14,0721,28
t= -2,313p= 0,03
VRTX
sX3,770,56
3,280,61
-13,346,45
t= 9,000p<0,0001
RVPX
sX3,151,01
2,410,77
-21,9013,76
t= 6,454p<0,0001
GradRTX
sX64,7717,67
50,5116,66
-22,5610,43
t= 8,448p<0,0001
SatO2X
sX88,654,48
97,702,25
10,414,75
t= -10,678p<0,0001
Resultados
Correlação entre Tei VD e G RT
y = 0,0113x - 0,1489R = 0,76t = 4,922p<0,0001
0,00
0,200,40
0,60
0,801,00
1,20
20,00 40,00 60,00 80,00 100,00 120,00
Gradiente em mmHg
Índi
ce d
e Te
i do
VD
Correlação entre %Area VD e G RT
y = -0,2183x + 52,188R = -0,70t = -4,201p<0,0001
20,00
25,00
30,00
35,00
40,00
45,00
50,00
20,00 40,00 60,00 80,00 100,00 120,00
Gradiente em mmHg
%A
reaV
D
Resultados
RVP antes e após O 2
1
1,5
2
2,5
3
3,5
4
4,5
5
RVP basal RVP pós O2
RVP
(UW
)
Valvopatia
TEP
Curto circuitoIdiopática
Fibrose pulm.
Resultados
Resultados
Gráfico 3 - Correlação entre G RT e RVP (basal)
y = 0,0251x + 1,51R= 0,438t= 2,069p= 0,061,00
2,00
3,00
4,00
5,00
30,00 50,00 70,00 90,00 110,00
Gradiente em mmHg
RVP
(UW
)
Gráfico 4 - Correlação entre G RT e RVP (após O 2 )
y = 0,032x + 0,813R= 0,681t= 3,950p<0,00011,00
2,00
3,00
4,00
5,00
30,00 50,00 70,00 90,00 110,00
Gradiente em mmHg
RVP
(UW
)
Comentários
A determinação da RVP com ecocardiografia Doppler é um método de simples realização que reproduz com bastante fideli-dade os dados obtidos com o cateterismo cardíaco. Notamos a diminuição significativa do GRT e da RVP após administração de O2 reproduzindo os achados hemodinâmicos observados na literatura1.
1.- Chen JM. Reevaluating the significance of pulmonary hypertension before cardiac transplantation. J. Thorac. Cardiovasc. Surg. 1997, 114:627-634.
Comentários
Comentários
Houve correlação significativa entre o GRT e a função ventricular direita (TeiVD e %AreaVD), corroborando o conceito de que à deterio-ração da função do VD corresponde o grau de HAP.
A resposta ao efeito vasodilatador do O2 não conseguiu separar claramente os pacientes agrupados por patologias, mas mostrou que a maioria dos pacientes valvopatas apresentou resposta reativa.
A correlação entre o GRT e a RVP antes e após administração de O2 mostra claramente a diminuição dos parâmetros a níveis consi-derados aceitáveis1 (RVP < 2,0 e GRT ≤ 50 mmHg).
1.- Chen JM. Reevaluating the significance of pulmonary hypertension before cardiac transplantation. J. Thorac. Cardiovasc. Surg. 1997, 114:627-634.
Comentários
Conclusões A ecocardiografia Doppler é um método SIMPLES,
prático e de fácil realização para estimar a RVP em pacientes com HAP, per-mitindo a pré-seleção para realização de procedimentos terapéu-ticos.
A prova de O2 é de simples realização e esclarece a resposta funcional na maioria dos pacientes, mesmo sem a utilização de outros métodos (nitroprussiato, óxido nítrico).
A avaliação da função ventricular direita é de fundamental im-portância para o prognóstico e evolução dos pacientes portado-res de HAP, devendo ser sempre correlacionada com o nível pres-sórico ventricular direito (GTR).
A aferição da RVP associada à pressão ventricular direita (GTR) permite separar os pacientes portadores de HAP em grupos de risco e avaliar a resposta vasodilatadora do O2 (isto aplica-se, também, ao emprego de outros métodos).
Conclusões
Obrigado