Título: A TRANSIÇÃO ENTRE O MODELO … · A Idade Moderna fundamentada pelos ideais humanistas e...

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A TRANSIÇÃO ENTRE O MODELO TECNICISTA E O MODELO HUMANISTA, CONSIDERADAS PRÁTICAS EDUCATIVAS EM ESCOLA

PROFISSIONALIZANTE

Autor: Alceu Antonio Filipaki1

Orientador: César Renato Ferreira da Costa2

Resumo:

O presente artigo propõe-se a aprofundar algumas reflexões relacionadas às práticas pedagógicas, considerando tecnicismo e humanismo enquanto correntes filosóficas que contribuíram para o desenvolvimento e crescimento cada qual na sua época, proporcionando de um lado a preparação para o trabalho com vistas no treinamento e mão de obra barata ação que possibilitava a garantia de um emprego se contrapondo com a Pedagogia Humanista cuja filosofia é também a humanização do trabalho, garantindo a formação do ser humano em sua completude, com vista em um viver cidadão. Partindo deste princípio, e pelo fato desta implementação ocorrer em uma escola profissionalizante concentrou-se a atenção nos profissionais da educação, professores e funcionários do Centro Estadual Florestal de Educação Profissional Presidente Costa e Silva, procedeu-se a investigação através de grupos de estudos de cinco horas semanais, percorridas em seis semanas, com leitura e debates de textos, confrontando as épocas históricas e as relações do homem com o mundo e com o mundo do trabalho. Considerando a importância e a necessidade de se compreender as práticas pedagógicas em uma escola profissionalizante e ainda contribuir para a formação continuada dos professores e funcionários, apresentou-se significativa a observação do envolvimento dos educadores. Os resultados indicam que seguindo uma escala de valores própria, os educadores estão sujeitos a imposições de ordem sociopolítica, porém, buscando um processo de ensino de superação das estruturas impostas e dos conhecimentos pré-estabelecidos.

Palavras-chave: Tecnicista; Humanista; Trabalho; Práticas Pedagógicas

1 Bacharel e Licenciatura em Ciências Contábeis, pós-graduado em Contabilidade Gerencial. Exerce suas atividades profissionais no Centro Estadual Florestal de Educação Profissional Presidente Costa e Silva, NRE de Irati, cidade de Irati-Paraná.

2 Doutorando em Administração pela Universidade Positivo, Professor da UNICENTRO - Campus de Irati, do curso de Administração.

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1 Introdução

Através do desenvolvimento do projeto relacionado às práticas pedagógicas,

desenvolvido junto aos profissionais da educação do Centro Estadual Florestal de

Educação profissional Presidente Costa e Silva, pautados em valores ético, moral e

cultural que norteiam as suas ações de ensinar, garantindo para o educando a

inserção em um sistema educativo que lhe permita ter acesso ao mercado de

trabalho e também ao ensino superior, do mesmo modo que lhe assegure uma

cidadania plena.

O direito ao pleno exercício da cidadania democrática torna-se o mais

importante eixo integrador de uma educação inovadora. O educando de hoje espera

não só concluir uma formação que o qualifique profissionalmente para o mercado do

trabalho, mas também almeja desenvolver-se como ser humano. Neste caso é

preciso que sejam consideradas, entendidas e trabalhadas as diversas dimensões

da formação humana, incluindo aí os aspectos cognitivos, éticos, culturais e

sociopolíticos do processo de construção do sujeito referencial da educação.

A formação profissional reproduz a educação tecnicista e humanística,

definidas a partir das necessidades concretas do contexto, onde a primeira está

representada pelas necessidades dos setores produtivos e os objetivos estão

voltados com ênfase total na instrução profissional com conteúdos que atendam

prioritariamente as necessidades do capital e a segunda no histórico-social, no qual

se encontram os sujeitos capazes de dominar os conteúdos e adaptar-se com as

mudanças na realidade social do mundo atual .

No momento atual a educação brasileira enfatiza a formação para a

cidadania, onde o educando é uma pessoa concreta, objetiva, que determina e é

determinado pelo social e político. Neste processo o educando deve dominar os

conteúdos e perceber-se determinado e capaz de realizar conscientemente

mudanças na realidade em que vive.

Tomando como base a prática vivenciada se não houver a aproximação da

escola com as empresas, haverá profundas dificuldades dos sistemas de educação

no modo de se comunicarem com o mundo da produção e do trabalho. Neste caso a

função educativa cumpre apenas as funções econômicas, relacionadas diretamente

com as necessidades dos setores produtivos, deixando de preparar o educando

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para o cidadão crítico que o mundo do trabalho exige.

A análise entre o processo produtivo e o mundo do trabalho, ou seja, entre a

ciência, tecnologia, processo produtivo e a educação nos leva a repensar a

integração entre os segmentos educativos e o mundo do trabalho.

Considerando tecnicismo e humanismo enquanto desenvolvimento de um

conhecimento que possibilita a aquisição de um emprego e também garante a

formação da personalidade do educando de uma escola profissionalizante, este

estudo busca:

Comparar as bases da Tendência Pedagógica Tecnicista com a Tendência

da Competência Humanística, decorrentes da aplicabilidade prática dessas

tendências pedagógicas no cotidiano escolar e a preparação do educando para o

mundo do trabalho.

Compreender as transformações da educação estabelecendo ligações entre

suas influências e os tipos de homem, sociedade, cultura e escola que se

apresentam ao longo da história, consideradas práticas tecnicistas associadas às

humanistas.

Investigar os modelos de práticas educativas que norteiam as ações do

professor em sala de aula, acompanhando as transformações políticas, sociais,

culturais e econômicas por que passa o mundo contemporâneo.

As grandes mudanças das últimas décadas, nos trás como grande desafio à

escola, a adaptação dos currículos, das práticas pedagógicas, pois, o mundo do

trabalho exige profissionais cujos conhecimentos ultrapassem aos limites de uma

formação tecnicista para permitir a sua atuação como sujeito capaz de transformar a

sociedade.

2. EDUCAÇÃO TECNICISTA E EDUCAÇÃO HUMANISTA

A educação tem adquirido uma importância bastante diferente daquela que a

caracterizou durante várias décadas, dadas às transformações históricas do ensino

nas diversas correntes, analisadas através das abordagens teóricas de diferentes

autores, enfocando as políticas públicas que direcionam as práticas educativas.

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2.1 Educação Tecnicista

O movimento, no final da década de 1950, demonstrava visíveis sinais de

fracasso, pois a ideia de que a escola nova seria mensageira de todas as virtudes

pedagógicas se revelou ineficaz (SAVIANI, 1984).

Neste contexto surgiu uma nova proposta educacional que passou a ser

denominado processo tecnicista ou pedagogia tecnicista. Partia-se do pressuposto

da neutralidade científica, eficiência, racionalidade e produtividade. Sendo assim,

passou-se a defender a reestruturação do processo educativo de maneira a torná-lo

objetivo e operacional (Ibidem). Essa foi uma consequência do que ocorreu no

trabalho fabril. A sociedade alterou sua forma de trabalho passando do modelo

artesanal para o modelo industrial. Nesse novo modelo, o trabalhador se adapta ao

processo de trabalho que passa a ser organizado na forma parcelada. O produto

final, passou a ser decorrente da forma como foi organizado no processo.

Na tentativa de entender as exigências de trabalho da sociedade da época,

a abordagem tecnicista buscou planejar a educação de modo a dotá-la de uma

organização racional capaz de minimizar as interferências subjetivas que pudessem

pôr em risco sua eficiência (Ibidem).

A característica predominante é o parcelamento do trabalho pedagógico

cujas funções postulam a introdução, no sistema de ensino, dos técnicos e

especialistas. Padroniza-se o sistema de ensino por meio de planejamentos

formulados previamente e devendo ser ajustados às diferentes modalidades de

práticas pedagógicas.

Aparece nos Estados Unidos na segunda metade do século XX e é

introduzida no Brasil entre 1960 e 1970. Nessa concepção do comportamento, o

homem é considerado um produto do meio, resultado das forças existentes em seu

ambiente. A consciência do homem é formada nas relações acidentais que ele

estabelece com o meio ou controlada cientificamente através da educação, sendo

possível prever os resultados de determinadas abordagens em relação ao homem e

ao resultado.

A tendência tecnicista firmou-se nos anos de 1970, alicerçada no princípio

da otimização: racionalidade, eficiência e produtividade. Com sua organização

racional e mecânica, visava corresponder aos interesses da sociedade industrial. A

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semelhança com o processo industrial não ocorre por acaso, pois tal proposição

atinge seu apogeu nos anos 70, período de forte presença do autoritarismo do

Estado e do regime militar. É nesse período que o espírito crítico e reflexivo é banido

das escolas.

A educação escolar determina o processo de aquisição de habilidades e

atitudes, conhecimentos específicos, necessários para que o indivíduo se integre no

sistema social global.

A prática escolar teve como função especial adequar o sistema educacional

com a proposta econômica e política do regime militar, preparando, dessa forma,

mão-de-obra para ser aproveitada pelo mercado de trabalho.

O ensino e aprendizagem no tecnicismo, pode-se mencionar a escassez de

fundamentos teóricos em detrimento do 'saber construir' e 'saber exprimir-se'. Nessa

etapa, percebe-se grande ênfase no uso de materiais alternativos através da

rescilagem.

Na 'Pedagogia Tecnicista', o aluno e o professor ocupam uma posição

secundária porque o elemento principal é o sistema técnico de organização da aula

e do curso. Orientados por uma concepção mais mecanicista, os professores

brasileiros entendiam seus planejamentos e planos de aulas centrados apenas nos

objetivos que eram operacionalizados de forma minuciosa. Faz parte ainda desse

contexto tecnicista o uso abundante de recursos tecnológicos e audiovisuais,

sugerindo uma 'modernização' do ensino.

A abordagem tecnicista corresponde a uma reorganização das escolas na

direção de um crescente processo de burocratização. Acreditou-se que o processo

se racionalizava na medida em que fosse planificado. Para que isso ocorresse, foi

necessário baixar instruções minuciosas de como agir nas diferentes situações de

ensino e pelos diferentes agentes envolvidos no processo. O controle deveria ser

organizado e resumiu-se praticamente ao preenchimento de formulários.

O funcionamento do setor fabril, ao ser transposto para a escola, fez com

que a especificidade da educação se perdesse, pois não considerou que a

articulação entre a escola e o processo produtivo acontecesse em um modo indireto

e por meio de complexas mediações (SAVIANI, 1984). Outra questão

desconsiderada foi a prática educativa permeada pela influência da escola

tradicional e da escola nova que exerceu um forte atrativo sobre os professores da

época. Assim, a abordagem tecnicista pode contribuir para aumentar o caos na

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educação gerando descontinuidade, heterogeneidade e fragmentação inviabilizando

o trabalho pedagógico e, além disso, agravando o problema da marginalidade.

2.2 Educação Humanista

Em um pensamento moderno, o homem é o centro de uma concepção de

mundo e dá origem ao humanismo. Durante toda história as varias mudanças nas

concepções pedagógicas contribuíram para o surgimento do humanismo na

Renascença para contrapor a educação teocêntrica da Idade Média.

A Antiguidade que inicia com a invenção da escrita por volta de 4000 anos

(a.C.), e termina com a extinção do Império Romano do Ocidente no século V (d.C.);

A Idade Média tem como marco inicial o mesmo do fim da Idade Antiga e término

com o fim do Império Romano do Oriente, mas precisamente com a queda de

Constantinopla no século XV; A Idade Moderna se inicia com o fim da Idade

Medieval e termina com a Revolução Francesa no século XVIII; e por fim a Idade

Contemporânea que é o período atual da história Ocidental, abrange deste a

Revolução Francesa até nossos dias.

Na Idade Contemporânea infundida pela corrente filosófica Iluminista que

valoriza a importância razão, é demarcada pelo capitalismo como regime econômico

mundial, e consequentemente pelas disputas por territórios e pela competitividade.

Nesse período a história da educação se caracteriza por inúmeras correntes

pedagógicas, muitas experiências e um avanço moderado, em comparação com o

desenvolvimento dos demais seguimentos da sociedade.

A Idade Moderna fundamentada pelos ideais humanistas e posteriormente

iluministas, marcada pela transposição do regime feudalista para o capitalismo e o

surgimento das indústrias, o crescimento das cidades e a busca por novas regiões.

As inúmeras invenções que apareceram nesse período possibilitaram um

desenvolvimento social. No que diz respeito à educação, um novo tempo surge,

deixando para traz a educação influenciada pela fé, que direcionava todo o processo

pedagógico.

A Idade Média é o período que para muitos historiadores menos colaborou

para o crescimento intelectual da humanidade. Nessa era o cristianismo se constitui

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como principal religião da Europa e dominou toda manifestação científica,

educacional, filosófica e espiritual, impedindo qualquer movimento oposto. A Igreja

Católica passa então a comandar o que restou de força intelectual da época. A

ideologia teocêntrica imposta pelo Clero influenciou toda a sociedade medieval, a

educação não ficou de fora desse contexto. Centrada em conceitos teológicos e na

doutrinação católica, suas principais tendências pedagógicas são a Patrística de

Santo Agostinho e a Escolástica de Santo Tomás de Aquino.

Na Idade Antiga com o surgimento da escrita, possibilitou o aparecimento de

muitas Nações com organizações modernas, além do surgimento de muitas religiões

que existem até hoje, como o cristianismo, o budismo o judaísmo e outras. Nesse

período as civilizações existentes apresentavam características, culturas e

conhecimentos distintos, assim a educação desse período é mais bem

compreendida quando analisada cada civilização separadamente e não como

educação de um período em geral.

A partir da segunda metade do século XIV começa a surgir na Europa, uma

mudança de atitude dos homens perante o mundo e a vida. Esse período que

perdurou até o século XVII é conhecido como Renascimento ou Renascença. Nele o

homem procura explicar a si mesmo o significado dessa mudança, atribuindo ao

'Renascimento' das ideias que foram utilizadas na época clássica e ficaram de lado

durante a Idade Média.

A educação do Renascimento é centrada no homem, tornando-a mais

prática, com a socialização da cultura do corpo e o aparecimento da substituição de

processos mecânicos por métodos mais práticos. Essa educação preparou apenas a

formação burguesa não chegando às massas populares.

O conhecimento e as descobertas científicas eram controlados e

manipulados pelos poderes eclesiásticos dominantes, os pensadores da época

começam a reaver uma concepção de mundo baseado no homem, pensamento que

é atribuído ao grande Cícero (106-43 a.C.) e praticado na Grécia Antiga.

Com o humanismo o homem volta a ser centro das coisas depois de grande

tempo interpretando tudo através do ponto de vista divino, pregando que todas as

pessoas têm dignidade e valor, e, portanto, devem fazer jus ao respeito dos seus

semelhantes. Não separa homem e natureza, mas considera o homem um ser

natural diferente dos demais, manifestando essa diferença como ser racional e livre.

Com o tempo o humanismo influenciado pelas reformas religiosas começa a

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perder espaço, mas a noção de racionalidade e a nova visão de mundo difundida

por esse ideal sobreviveram nos pensadores racionalistas e empiristas que

formaram a base do pensamento iluminista.

A educação teológica já não atendia as suas necessidades, devido o grande

avanço da burguesia urbana na Itália. Assim adaptaram os ensinamentos à nova

época, com programa de estudos, orientado para facilitar conhecimentos

profissionais e atitudes mundanas, compreendia a leitura de autores antigos e o

estudo da gramática, da retórica, da história e da filosofia moral.

Essa nova pedagogia tinha como atributo a valorização da infância e da

juventude, afirmando sua autonomia e diferença em relação à idade adulta,

preservando sua inocência ingenuidade. Mudando a concepção de homem que é

formada por essa renovada educação. Um homem que quer ver seu

desenvolvimento, mais laico, reflexivo e que usa mais a razão.

Diferenças sociais; discriminação racial; cenário político-econômico mundial

dividido em duas grandes potências, as quais disputam toda forma de poder; o

capitalismo confirmando sua soberania mundial são fatos que acarretaram uma

grande transformação no cenário socioeconômico mundial no final do século XX. E a

educação ao tentar acompanhar essa transformação, passou por inúmeras

mudanças de concepções, como a Escola Nova, o Construtivismo, o Tecnicismo,

entre outras.

No Humanismo a abordagem do ensino é totalmente centrado no educando.

Considera o educando como uma pessoa situada no mundo e em processo

constante de descoberta.

O professor em si não transmite conteúdo, dá assistência, ou seja, é

facilitador da aprendizagem. O conteúdo advém das próprias experiências dos

educandos. A atividade é considerada um processo natural que se realiza através da

interação com o meio.

Sendo que desse modo, as experiências pessoais e subjetivas são

fundamentais para o conhecimento no processo de ensino e aprendizagem. O

importante é ‘aprender a aprender’.

Uma aprendizagem significativa ocorre quando o conteúdo é percebido

como importante pelo educando, que só aprende significativamente os

conhecimentos de acordo com seus ideais e propósitos, que favoreçam seu

crescimento como pessoa. De acordo com sua motivação para aprender, o

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educando irá escolher as experiências nas quais irá agir de forma que melhor

convenha ao alcance de seus objetivos.

Inicia-se com a necessidade do capitalismo de criar uma ordem mundial que

permita a realização de transações financeiras, e expansão de seu negócio, tendo

como base a comercialização e distribuição de mercadorias, principalmente em

benefício dos países centrais, a tão falada globalização.

Esse novo cenário que se consolida com a criação de blocos econômicos,

aproximou e ao mesmo tempo distanciou as nações. Aproximou no sentido da

interação comercial entre países, com a chegada das tecnologias de ponta em

quase toda parte do globo, com a divulgação de fatos ocorridos em uma região para

todo o mundo. No entanto, afastou no sentido dos países ricos estarem cada vez

mais distantes dos menos privilegiados, permitindo uma maior exploração de

riquezas regionais por grupos multinacionais, além de gerar uma grande

manipulação de nações privilegiadas em regiões pobres.

Nesse contexto, a educação como um todo, ao longo do tempo vem

vinculando um sistema dualista, onde a classe operária é educada pra continuar

sendo operário e a classe dominante buscando um diploma universitário,

contribuindo para as disparidades sociais e aumentando ainda mais o número de

estudantes que se afastam da escola por não considerarem importante o estudo em

sua vida.

Não deve ser desconsidera o importante papel da escola quando se trata da

preparação das novas gerações para o enfrentamento das exigências do mundo

globalizado, nesse sentido é urgente que se quebre a concepção dualista da

educação, resgatando uma educação realmente humanista, onde todos os

educandos são considerados iguais em todos os sentidos.

A educação do novo milênio não pode permitir que se privem os direitos dos

educandos de lutarem por uma educação mais digna e justa.

Paulo Freire declara que todo ato educativo é um ato político, por isso o

educador consciente de seu papel político-social, precisa permitir em sua prática

pedagógica, promover a autonomia e libertar seus educandos da ignorância, do

preconceito e da alienação, buscando desenvolver as potencialidades humanas de

cada um.

Segundo Freire (1979) o conhecimento parte da realidade concreta do

educando, e o mesmo reconhece o seu caráter histórico e transformador,

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ressaltando a necessidade do homem entender sua vocação, como ponto de partida

para se obter nessa análise uma consciência libertadora, isto é, o homem só

chegará à consciência do seu contexto e do seu tempo na relação dialética com a

realidade, pois só desta maneira terá criticidade para aprofundar seus

conhecimentos e tomar atitudes frente a situações objetivas.

Partindo deste conhecimento, percebe-se a necessidade da consciência

crítica, tanto do educador, quanto do educando, de forma coletiva, social e política.

Os pensamentos de Freire (1979) e Vygotsky (1991) vêm, em todos os

sentidos, confirmar o movimento de quebra de paradigmas por que passa o mundo

atual em relação às práticas educativas.

Para Dewey (1978) e Vygotsky (1991), o conhecimento e o desenvolvimento

como um processo social deve ser transmitido e não apenas ficar para algumas

classes sociais dominantes. Por isso, defendiam os trabalhos em grupo como forma

de trocas de informações.

O conhecimento adquirido deve fazer parte integrante do cotidiano da vida,

sendo indispensável para o pleno exercício da cidadania.

A ideia do pensamento de John Dewey (1978) sobre a educação está

centrada no desenvolvimento da capacidade do pensamento e espírito crítico do

aluno. A educação como um todo, faz parte do crescimento constante da vida, na

medida em que a experiência vem sendo adquirida.

O aprendizado se completa quando compartilhamos experiências e o

sucesso através dos processos educativos, trocas de conhecimentos, sentimentos e

experiências adquiridas com a própria vida.

A educação é vista como um vasto acervo para adequar as necessidades

individuais ao meio social. A escola deve ser eficiente, permitindo que haja uma

integração entre o indivíduo e o ambiente. Para entender o papel da escola, seus

métodos e formas de trabalho é importante perceber que a ênfase do processo

educativo recai sobre as relações interpessoais e consequentemente em seu

crescimento. A educação centra-se no processo de desenvolvimento da

personalidade do educando aprender em suas formas de organização pessoal e em

suas capacidades de atuar na realidade em que vive.

Dewey (1978) considera necessário preparar o ambiente em que os

indivíduos completam-se, viabilizando a sua adaptação e sobrevivência em uma

sociedade que está em constantes transformações.

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Freire (1979) recomenda transformar o meio social desigual, vendo na

educação essa possibilidade, sendo necessário não só conhecer o mundo, mas

transformá-lo.

Vygotsky (1991) afirma que construir conhecimento decorre de uma ação

partilhada, que implica num processo de intervenção entre sujeitos. Nesse aspecto,

a interação social é condição indispensável para a aprendizagem.

Paulo Freire (2002) critica a educação bancária, onde o educador deposita

os conhecimentos nos educandos, conduzindo-os à memorização mecânica dos

conteúdos trabalhados.

O educador, que aliena a ignorância, se mantém em posições fixas, invariáveis. Será sempre o que sabe, enquanto os educandos serão sempre os que não sabem. A rigidez destas posições nega a educação e o conhecimento como processos de busca (FREIRE, 2002, p. 58).

Vygotsky (1991) defende que toda e qualquer situação de aprendizagem

com a qual o educando se enfrenta na escola decorre sempre de acontecimentos

anteriormente vividos. Nesse sentido, o processo de aprendizagem se inicia muito

antes da criança frequentar a escola. O conhecimento é construído pelo sujeito,

através da interação proporcionada pela linguagem através da utilização de

instrumentos e símbolos, sendo que essas marcas externas vão se transformando

em marcas internas de representações mentais que vão substituindo os objetos do

mundo real e circunstancial.

No fim das contas só a vida educa, e quanto mais amplamente ela irromper na escola mais dinâmico e rico será o processo educativo. O maior erro da escola foi ter se fechado e se isolado da vida com uma cerca alta. A educação é tão inadmissível fora da vida quanto à combustão sem oxigênio ou a respiração no vácuo. Por isso o trabalho educativo do pedagogo deve estar necessariamente vinculado ao seu trabalho criador, social e vital (VYGOTSKI, 1991, p. 456).

De acordo com Gadotti (2002) cabe à escola escolher e rever a informação,

formular proposições, inovar, produzir, construir e reconstruir conhecimentos

elaborados. A escola deve ser gestora do conhecimento, transformando a educação

em uma estratégia para o desenvolvimento.

Seguindo este pensamento Vygotsky declara que:

Até hoje o aluno tem permanecido nos ombros do professor. Tem visto tudo com os olhos dele e julgado tudo com a mente dele. Já é hora de colocar o aluno sobre as suas próprias pernas, de fazê-lo andar e cair, sofrer dor e

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contusões e escolher a direção. E o que é verdadeiro para a marcha – que só se pode aprendê-la com as próprias pernas e com as próprias quedas – se aplica igualmente a todos os aspectos da educação (VYGOTSKY, 1991, p. 452).

Nessa concepção cabe ao educador ser o organizador do meio social, que é

considerado por Vygotsky como o único fator educativo. Exigisse dos mesmos que

esqueçam a condição de depositador de conhecimento, e desenvolvam todas as

aptidões como construtores do conhecimento.

A Lei 3.552, de 16 de fevereiro de 1959, regulamentada pelo Decreto

47.038, de 16 de outubro do mesmo ano, unificou o ensino técnico em todo o

território nacional, substituindo a organização por ramos de ensino. Foi concedida

autonomia didático-pedagógica, financeira e administrativa às escolas industriais e

escolas técnicas da União, que obedeciam a uma uniformidade estrutural passando

a denominarem-se escolas técnicas federais.

A reforma da Educação Profissional apresentada pela nova Lei de Diretrizes

e Bases da Educação Nacional Lei 9.394/96 e pelo Decreto 2.208/97, definiram a

estrutura desta modalidade de ensino como complementar devendo, portanto, a

profissionalização de nível técnico ser ofertada de forma concomitante ou sequencial

ao Ensino Médio.

No Estado do Paraná a implantação da reforma da Educação Profissional de

nível técnico ocorreu de forma impactante, uma vez que a política educacional da

época (1997), foi decidida sob a influência da fase de negociações do Programa de

Expansão, Melhoria e Inovação no Ensino Médio do Paraná – (PROEM) –

financiado, em parte, pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento – BID.

A Educação Profissional objetivava oferecer a formação para o trabalho,

através de cursos de nível técnico, que viessem a favorecer a formação do

cidadão/trabalhador, que precisa ter acesso aos saberes técnicos e tecnológicos

requeridos pela contemporaneidade.

Nessa conjuntura, as relações entre escola e trabalho, tornam-se elementos

de suma importância na elaboração de políticas públicas educacionais e

principalmente para a elaboração de currículos que se fundamentem nas relações

entre trabalho, cultura, ciência e tecnologia. A profissionalização no Ensino Médio

deve ser compreendida, como uma necessidade social e também como um meio

pelo qual a categoria dos trabalhadores encontre espaço na sua formação.

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A Educação Profissional integrada ao Ensino Médio é um requisito

importante para a inserção no mundo do trabalho. Considerando que a maioria dos

egressos no ensino médio não ingressará no ensino superior, o mundo do trabalho

deixa de ser uma alternativa para tornar-se a única possibilidade de sobrevivência.

O princípio do trabalho e da tecnologia, articulado ao da ciência e da cultura, indicará possibilidades também metodológicas, a partir da qual se compreendam os conceitos na sua construção histórica e com seus múltiplos significados em termos da realidade a qual se desenvolveram e se constituem força produtiva. O objetivo não é a formação de técnicos, mas a formação de pessoas que compreendam a realidade e que possam também atuar como profissionais (RAMOS, p. 116:190).

Na década de 70 o modelo Tecnicista obrigava a escola a preparar o

educando para o mercado de trabalho, cujo objetivo era a ênfase na

profissionalização. Com a Revolução Industrial, o surgimento de novas perspectivas

de qualificação profissional voltadas para as exigências do mercado de trabalho, os

objetivos da escola partem das necessidades concretas determinadas pelo social,

tornando-se indispensável para atender a demanda, preparando o educando para

uma sociedade com base no conhecimento.

O período entre 1997 e 2004 já contempla na história da educação no Brasil,

os rumos impostos à formação para o trabalho, no âmbito do sistema educacional no

contexto da reforma da educação profissional através do decreto 2.208/97,

contribuindo para a prescrição entre qualificação para o trabalho e preparação para

o mundo do trabalho.

Em 2004, por meio do decreto 5.154, passa a ser chamada de 'ensino médio

integrado', objetivando, principalmente, identificar a acepção assumida pela

educação profissional.

O Estado do Paraná antecipou-se às orientações emanadas do Governo

Federal: sendo o primeiro estado da federação a desarticular o ensino médio da

formação para o trabalho, em 1996, assim como foi o primeiro a ofertar o ensino

médio integrado, a partir do início do ano de 2004, antecipando-se, respectivamente,

ao decreto 2.208/97 e ao 5.154/2004.

De 2003/2006 a SEED-PR, por meio do Departamento de Educação

Profissional (DEP), traçou como linha a retomada da educação profissional de nível

médio na rede pública estadual. Após grandes estudos ocorridos em 2003, os cursos

de ensino médio integrado começaram a ser implementados no Paraná no ano

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seguinte.

O Ensino Médio Integrado, determinado pelo decreto 5.154/2004, representa

uma significativa oportunidade de formação para o trabalho, articulada à elevação

dos níveis de escolaridade, antes possibilitadas às classes dominantes.

Revogação do Decreto 2.208/97 que limitava a Educação Profissional como

complementar ao Ensino Médio.

O Ensino Médio Integrado à Educação Profissional, enquanto proposta

implantada na Rede Estadual de Ensino deve garantir ao adolescente, jovem ou

adulto trabalhador, o direito a uma formação completa para sua atuação na

sociedade pelo exercício efetivo da cidadania.

Formação esta, que supõe adentrar nas relações sociais articulando os conhecimentos disciplinares, que explicam os fenômenos científicos, com aqueles trazidos pelos alunos. Implica, no entendimento de que é através do direito à plena existência humana, da qual a educação faz parte, que o indivíduo se constitui como ser social e também cultural (RAMOS, 1990, p:108).

Toda sociedade, em cada modo de produção dispõe de formas próprias de

educação que corresponde às demandas de cada grupo e das funções que lhes

cabem desempenhar na divisão social e técnica do mundo do trabalho. O

aprendizado dessas funções não se limita ao caráter produtivo, mas abrange as

dimensões do comportamento, das ideologias e das normas próprias.

A Pedagogia Liberal sustenta a ideia de que a escola tem por função

preparar os indivíduos para o desempenho de papéis sociais, de acordo com as

aptidões individuais. Isso pressupõe que o indivíduo precisa adaptar-se aos valores

e normas vigentes na sociedade de classe, através do desenvolvimento da cultura

individual. Devido a essa ênfase no aspecto cultural, as diferenças entre as classes

sociais não são consideradas, pois, embora a escola passe a difundir a ideia de

igualdade de oportunidades, não leva em conta a desigualdade de condições.

A tendência Liberal Tradicional se caracteriza por acentuar o ensino

humanístico, de cultura geral. De acordo com essa escola tradicional, o aluno é

educado para atingir sua plena realização através de seu próprio esforço.

A Escola Liberal tecnicista atua no aperfeiçoamento da ordem social vigente

do capitalismo, articulando-se diretamente com o sistema produtivo; para tanto,

emprega a ciência da mudança de comportamento, ou seja, a tecnologia

comportamental. Seu interesse principal é, portanto, produzir indivíduos preparados

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para o mercado de trabalho, não se preocupando com as mudanças sociais.

A Pedagogia Progressista designa as tendências que, partindo de uma

análise crítica das realidades sociais, sustentam implicitamente as finalidades

sociopolíticas da educação.

Efetiva-se a partir desses conceitos uma educação sócio-histórica, onde as

teorias buscam uma aproximação entre as diversas correntes do ensino das

relações entre trabalho e educação como forma de atuação sobre o homem e o

mundo, atendo as expectativas do mercado de trabalho, bem como na formação

crítica do educando.

3 Conclusão

Diante do trabalho desenvolvido com quinze educadores, podemos dizer

que todos, professores e funcionários qualificados e aptos a desenvolver suas

atividades dentro desse contexto profissionalizante. Alguns são provenientes da

Educação Tecnicista, onde o educando deveria ser preparado para o mercado do

trabalho suprido esses profissionais e outros cultuam o Humanismo como resultado

das práticas pedagógicas atuais, por serem remanescentes da Educação Humanista

vivenciada pelas políticas públicas, contribuindo para a preparação do educando

para o mundo do trabalho.

Os textos discutidos nos levaram á épocas das tendências pedagógicas na

prática escolar Tecnicista e que tinha por finalidade atender a uma divisão social e

técnica do trabalho marcado pela clara definição de fronteiras entre as ações

intelectuais e instrumentais, o que resultou em processos educativos que separavam

a teoria da prática, cuja finalidade é a produção em massa de produtos homogêneos

para atender as demandas pouco diversificadas. Hoje é preciso outro tipo de

pedagogia, determinada pelas transformações ocorridas no mundo do trabalho.

Portanto, precisamos formar cidadães capazes de lidar com a incerteza, substituindo

a rigidez pela flexibilidade e rapidez, de modo a atender as demandas dinâmicas,

sociais e individuais, políticas, culturais e produtivas que se diversificam em

qualidade e quantidade. O que diferencia, estruturalmente, estas duas concepções,

é o campo onde se situam, o que determinará a sua finalidade: a exploração dos

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trabalhadores para acumular o capital ou a emancipação humana através de uma

nova forma de organização da produção e portanto, da sociedade.

Cabe às escolas e a nós educadores, professores e funcionários,

procurarmos através do aprimoramento de nossas práticas pedagógicas,

proporcionar uma educação voltada para a intelectualidade, trabalhando conteúdos

significativos que possibilitem despertar a consciência crítica de nossos alunos,

porém, só conseguiremos isto, com eficiência, se buscarmos constantemente o

nosso aprimoramento profissional. Associar a teoria com a prática, transformar

informações em conhecimentos para o educando não é tarefa fácil, por outro lado,

trabalhando com os cursos profissionalizantes temos alguns meios, técnicas e

recursos para mostrarmos a realidade, às exigências do mundo do trabalho na

prática, muitas vezes buscando isto na nossa própria experiência e na própria

vivência do aluno, facilitando o ensino aprendizado.

A parceria entre a escola e o mundo do trabalho é uma necessidade para a

concretização desta concepção de educação profissional. Equipes conjuntas de

professores e funcionários devem estar permanentemente colaborando para

construir um processo de trabalho pedagógico que crie condições de qualidade na

formação, sem que isso signifique uma anulação da diferenciação de papéis entre

os atores das duas áreas.

Professores são, acima de tudo, agentes de mobilização, conhecedores do

processo de aprendizagem, e portanto, organizadores deste processo e agentes de

sistematização das aprendizagens realizadas. Funcionários das áreas são

formuladores de problemas, reguladores do processo e estimuladores de inovações.

O planejamento é conjunto. O processo pedagógico deve ser simultâneo e

articulado.

Nessa perspectiva, é possível sem sombra de dúvidas preparar o educando

para o mercado de trabalho e também para o mundo do trabalho, basta o

profissional da educação fazer ações que motivem e estimulem o educando a

pensar e construir o conhecimento.

A escola precisa estar sim preparada para as novas demandas de

qualificação, portanto, um trabalhador com um novo perfil, que atue na prática a

partir de uma sólida base de conhecimentos científico-tecnológicos e sócio-

históricos, e ao mesmo tempo acompanhe a dinamicidade dos processos, buscando

aperfeiçoar-se continuamente; a autonomia moral, através da capacidade de

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enfrentar as novas situações que exigem posicionamento ético.

Conclui-se que a qualidade da educação pode ser vista, por nossos

educadores de forma humanista, mas utilizando o diferencial tecnicista que não deve

ser perdido. Nessa visão, três eixos são capazes de prepará-los para o mundo do

trabalho. O primeiro é reorganizar os ambientes escolares, transformando a sala de

aula em um espaço de pesquisa e desenvolvimento de projetos; o segundo,

desenvolver a aprendizagem em ambientes experimentais, profissionais e culturais

através de aulas práticas no campo e visitas técnicas em empresas e o terceiro,

direcionando a aprendizagem além da sala de aula através de atividades

vivenciadas extra classe, pois uma educação profissional de qualidade vai além dos

educadores.

4 Referências

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