TODOS DEVEM PAGAR A ANUIDADE DE 2014...

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ACADEMICUS PRAECLARUS O ESPAÇO DEFINITIVO DE DIVULGAÇÃO DA LITERATURA ANO XX Maio de 2014 ESCRITORES Avenida Independência, 3075/Alemães – Piracicaba/SP Fone: (19)3422-7191 (Cópias) * (19)3422-1200 (Engenharia) (19)3434-6622 (Impressão) * Fone/Fax: (019)3434-0554 URL: www .copiascia.com.br * E-Mail: [email protected] CATORZE ANOS DE PARCERIA E DE SUCESSO Cadeira 083 - Maria Nazaré de Mello Franco , Patrono: Concheto Tanno 240 TODOS DEVEM PAGAR A ANUIDADE DE 2014

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ACADEMICUSPRAECLARUS

O ESPAÇO DEFINITIVO DE DIVULGAÇÃO DA LITERATURA

ANO XX Maio de 2014

ESCRITORES

Avenida Independência, 3075/Alemães – Piracicaba/SPFone: (19)3422-7191 (Cópias) * (19)3422-1200 (Engenharia)

(19)3434-6622 (Impressão) * Fone/Fax: (019)3434-0554URL: www.copiascia.com.br * E-Mail: [email protected]

CATORZE ANOS DE PARCERIA E DE SUCESSO

Cadeira 083 - Maria Nazaré de Mello Franco , Patrono: Concheto Tanno

240TODOS DEVEM PAGAR A ANUIDADE DE 2014

2 3EDITORIALEDITORIALEDITORIALEDITORIALEDITORIAL

Revista Literária mensal do Clube dos Escritores Piracicaba.Diagramação e Arte Final, Admi-nistração e Publicidade: Coopia Digitação e Serviços Editoriais, Rua Jacob Diehl, 77, BairroMorumbi, Cep 13420-410, Piracicaba/SP. Não fornecemos números atrasados. Matérias assi-nadas são de exclusiva responsabilidade de seus autores.CNPJ: 01.061395/0001-03.Correspondência: Rua Jacob Diehl, 77, Bairro Morumbi, CEP 13420-410, Piracicaba/SP, Fonefax:(0xx19) 3426-8568. Editor Responsável: Carlos Moraes Júnior, Mtb20.836. E-mail:[email protected] Site: www.clubedosescritores.com Para Pagamentos: Conta 8013-6, Agência 4252-8, Banco do Brasil.

REVISTA “ESCRITORES”

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Carlos Moraes Júnior

CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA -------------------

Elda Nympha Cobra SilveiraColegiado/Piracicaba/SP

[email protected]

TODOS DEVEM PAGAR A ANUIDADE DE 2014

O Clube dos Escritores Piracicaba completa 25 anos defundação com inadimplência e muita dificuldade para receber a anuidade/14. Queremosfazer uma festa digna de tal efeméride, algo que seja mesmo lembrado.

Mas, como todo mundo sabe quem quer fazer festa precisa terdinheiro para isso. E para a festa dos 25 anos o Clube precisa gastar com medalhas, comcartório, com impressão de diplomas, com estojos e identificação de medalhas. Isso tudocusta caro!

Agradecendo a valorização que você tem dado ao nossotrabalho, que tem você como pessoa mais importante, por decisão da Diretoria, para tentarevitar que o Clube, comece a ter dificuldades de pagar as suas despesas diárias, ficouacertado o envio de um comunicado, que deve ser respondido por e-mail, carta ou telefone,impreterivelmente até 10 de junho de 2014, data limite para o pagamento da anuidade/14.

O Clube dos Escritores não pode continuar recebendo umvalor de anuidade a cada trinta, quarenta dias! Esse recolhimento tem que ser mais rápido.Pedimos para você, que está recebendo e-mail com cobrança faz um tempo, que tenteresponder pelo menos. Essa atitude me deixa chateado.

Todos os anos é a mesma coisa: todo mundo quer pagar noúltimo minuto do último prazo. No final, pagam somente alguns, parecendo que a maiorianão dá valor para o trabalho que temos feito e continuamos fazendo.

Caso deseje entrar em contato e fazer o pagamento daanuidade 2014, estamos aguardando a sua resposta. Como sempre, você pode pagar àvista, através de depósito, Identificado por favor, na Conta 8013-6, Agência 4252-8 doBanco do Brasil., ou se preferir, pode pagar através de 2 cheques pré para as datas 30/06 e 30/07 cruzados e nominais ao Clube dos Escritores Piracicaba enviados pelo correioaté 30 de maio de 2014. Valorize o nosso esforço e nossa dedicação! Não custa nada.

Não silencie. Não releve. Não deixe distanciar.Responda esta carta por favor.Só desta maneira vamos realizar uma festadigna para os 25 anos de existência do Clube dos Escritores Piracicaba, aAcademia mais querida do Brasil.

ALARMES COTIDIANOSDevemos ter cuidado quando pesquisamos algum assunto

científico no Google, Wikipédia, que é atualizada e feita pelos próprios internautas, porquenão são fontes fidedignas e absolutas de pesquisa, mas sim sites esparsos sobre umassunto. A Internet e a televisão são veículos discutíveis quando se necessita saber algode cunho científico, porque com a informação curta e dada em pílulas, fica-se mais confusoainda. Assim também são outras fontes, como alguns best-sellers, que tratam de assuntosreligiosos e científicos. de forma duvidosa e enveredando para a ficção, que no final nosempolga pelo ineditismo e talvez porque, buscam abalar a fé e acabam tropeçando emprincípios científicos elementares, pois estão a quilômetros da verdadeira Ciência!

Temas como discos voadores, extraterrestres e outrosassuntos fantasiosos que nos levam a uma leitura ficcional esdrúxula, na qual nada éprovado. Na verdade, os filmes e livros deste teor, de uns tempos para cá, estão setornando motivo de uma febre inexplicável, porque estranhamente, eles estão substituindoa verdadeira Ciência. Quem lê ou assiste filmes dessa natureza, antes de ir para cama, ficasintonizado com energias negativas, que abrem um canal para que elas lhe perturbem osono, e lhe provoquem, amiúde, pesadelos.

Ao invés de perder tempo com essa Ciência de terceiracategoria, por que não fazer uma oração, entrar em sintonia com Deus antes de dormir? Porque não pensar só em coisas amenas e calmas, agradecendo pelo dia vivido? Tudo isso irápredispor a pessoa para um sono reparador com a proteção divina. E isso não é conversade carola não! Quem planta joio não pode colher trigo, a mente também guarda o lixo, quese ficar por muito tempo guardado se putrefaz. Estamos vivendo orientados peladisseminação de notícias alarmantes de pandemias, das notícias alarmantes sobre o fim domundo, aguardando os meteoros gigantes que estão para chegar para acabar com tudo,como aconteceu na época dos dinossauros. Vivemos amedrontados e encurralados pelosalienígenas disfarçados de humanos, pelos chupa-cabras. E a fauna é tão extensa que sófalta voltarem ao nosso imaginário contemporâneo os sacis, os vampiros, os lobisomens,encontrados na zona rural, num tempo em que não havia luz elétrica e tudo tomava formapor causa do medo da escuridão.Esses lendários monstros antigos não vêm para ascidades, podem ficar sossegados. Hoje tudo é mais sofisticado, mais virtual, mais letrado,mais televisivo, mais cinematográfico, inclusive as lendas urbanas atuais.

É claro que a Internet deve ser usada para veicular informaçõescom maior rapidez, mas, no final das contas, as informações vinculadas na Rede são tãodisparatadas e desencontradas que acabam confundindo a população ao invés de informar.Esse fato é recorrente, alarmante e muito grave, porque a desinformação em escala mundialpode aprofundar uma crise e causar milhares de mortes. Todo bom jornalista sabe comochamar a atenção dos seus leitores. Mas não é a boa notícia o que vemos nos jornais e natelevisão. Nas nossas emissoras, jornais e revistas o prato cheio para vender e dar Ibope,é o sensacionalismo, a violência, as danças e músicas ruins, sem melodia nem letra, sem

conteúdo. Tudo feito para o submundo da população. E assim caminha ahumanidade!

4 5CONCURSOS LITERÁRIOSCONCURSOS LITERÁRIOSCONCURSOS LITERÁRIOSCONCURSOS LITERÁRIOSCONCURSOS LITERÁRIOS--------------------------------------

VI I I CONCURSO DE POESIAS DA COSTA DA MATA ATLÂNTICA

XVI CONCURSO NACIONAL DE POESIAS DO CLUBE DOS ESCRITORES

Estão abertas até 30/06/14 as inscrições para o XVI ConcursoNacional de Poesias do Clube dos Escritores Piracicaba,.cada poeta poderá participar comapenas uma poesias,, inédita ou não,, devendo conter, no máximo, 30 linhas, escritas emlíngua portuguesa, tema livre e sem qualquer restrição.

Somente serão aceitos trabalhos datilografados ou digitadosem papel A4, espaço simples, Fonte Times New Roman, corpo 12 em uma via identificadaapenas por pseudônimo devendo conter obrigatoriamente o nome do Concurso, enviadopela internet, no e-mail do Clube dos Escritores, juntamente com comprovante de depósitobancário da taxa, ou para quem não tem Internet, pelo sistema de evelopes para a RuaJacob Diehl, 77 – Bairro Morumbi, CEP 13420-410, Piracicaba/SP. O envelope menordeverá conter identificação completa, obrigatoriamente, o nome do concurso, pseudônimo,taxa de R$ 5, 00 (cinco reais), em através cheque, dinheiro ou de depósito bancário.

Acadêmicos do Clube dos Escritores devem pagar a taxa e noenvelope menor deve conter o nome do concurso, nome do participante, pseudônimo,nome do trabalho, telefone e e-mail. É vedada a participação de membros do júri deseleção e integrantes da Diretoria do Clube dos Escritores.

Serão escolhidos 15 trabalhos que receberão Diplomas deHonra ao Mérito, e destes, serão escolhidos tres vencedores, o destaque do Júri, e umPrêmio ors Concours, que receberão Diplomas de Premiação. Informações pelo Fone:(019) 3426-8568 ou pelo e-mail do Clube dos Escritores..

CRÔNICACRÔNICACRÔNICACRÔNICACRÔNICA-----------------

Estão abertas até 30/10/14, as inscrições ára o VIII Concursode Poesias da Cosdta da Mata Atlântica. Cada poeta pode participar com apenas umapoesia, inédita ou não, com o máximo de 30 linhas, tema livre, sem qualquer restrição.

Somente serão aceitos trabalhos digitados de um só lado,em papel A4, espaço simples, fonte times new roman 12, em uma via ideentificada porpseudônimo e contendo obrigatoriamente o nome do concurso, enviado pela Internet noe-mail do Clube dos Escritores, juntamente com o comprovante de depósito bancário dataxa de inscrição no valor de R$ 5,00 (cinco reais), ou para quem não tem Internet, pelosistema de envelopes, enviado para a Rua Dr. Guedes Coelho, 85/52, CEP 11050-231,Santos/SP.

Todo participante, inclusive os Sócios do Clube, deverásenviar no envelope menor, o nome do Concurso, o nome da poesia, telefone para contatoe o comprovante de depósito ou cheque, ou valor em dinheiro, no valor da taxa. É vedadaa participação de Membros do Júri de Seleção no concurso. Serão escolhidas 5 MençõesHonrosas. Tres premiações, mais o Destaque do Júri e um Pr~emio Hors Concours, quereceberão Diplomas de Premiação. Informações pelo Fonefax: (19) 3426-8568, ou pelo e-mail do Clube dos Escritores.

VOCÊ USA MÁSCARA?

Nossos papéis na sociedade nos obrigam a criar várias personas, umapara cada situação, para cada dificuldade. Podemos dizer, grosso modo, que num diainteiro, trocamos de máscara muitas vezes, somos personas diferentes quando esposas,quando maridos, pais, patrões ou empregados... Que máscara usamos na fila do banco? Equando usaremos aquela máscara tradicional, de rei momo, que nos fará ficar com cara depalhaço de circo? Talvez no dia de eleição, não é mesmo? Quando somos pegos numamentira ou fazendo alguma desumanidade, já teremos preparada para usar, aquela máscarade fantoche, porque de certa maneira, deixamos de ser humanos por causa da maldade.

As máscaras que usamos, de acordo com os papéis quedesempenhamos, são psicológicas, é claro, pois mesmo fingindo, todo mundo é o que é etem a mesma cara, as mesmas feições. Talvez por isso, seja são difícil entender com exatidãoessa necessidade humana de validar seus atos multifacetando a própria personalidade.

A tal ponto que a máscara passou a fazer parte integrante da vida daspessoas, e por causa disso ela existe para retratar a religiosidade ou para espantar eassustar, como aquela usadas no Halloween, ou festa das bruxas. A máscara deixou de serum estado da emoção humana para se transformar em produto industrial, para retratarem,numa imitação direta, pessoas, personagens, e até atitudes de comportamento.

Pessoas de diferentes idades utilizam máscaras, em determinadosmomentos para se disfarçarem ou para se identificarem com personagem da história,políticos, personagens de filmes e de histórias em quadrinhos. Esta máscara concreta,escolhida livremente e adaptadas livremente, de acordo com a ocasião ou ao tipo deevento, é de uma similaridade incrível com o modelo real, e não raro, são produtos de altocusto, dado à complexidade para sua produção, e às vezes por causa do pagamento dosdireitos autorais a quem as inspirou.

Filosoficamente a máscara está diretamente vinculada ao estilo de vidade cada um. É típica de seu dono, intransferível e resultante de muitos subprodutos nãomensuráveis. Oscila no tempo, no espaço e se mistura com os sentimentos,com as emoções e com os valores éticos, morais e sexuais das pessoas.

Aracy Duarte FerrariColegiado/Piracicaba/[email protected]

Em Cerimônia acontecida em 10 março passado, no “Museu do Exército!,do Forte de Copacabana, a Acadêmica Hazel de São Francisco, de SãoPaulo/SP, Cadeira Damázio Cardoso Monteiro, da Área de Letras, daGaleria dos Academicus Praeclarus do Clube dos Escritores Piracicabarecebeu o “Prêmio Excelência Cultural 2013 - ABD” . À agraciada osnossos parabéns.

HAZEL HOMENAGEADA NO FORTE DE COPACABANA

6 7CRÔNICACRÔNICACRÔNICACRÔNICACRÔNICA-----------------POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL-----------------------------------------

Clóvis Rolim da SilveiraConselho/Piracicaba/[email protected]

Alais Monteiro PickersgillPraeclarus/Rio Grande/[email protected]

Alceu Brito CorreaPraeclarus/Brasília/[email protected]

PSICOGRAFIA

para onde vãos estreitosdistância digo em ânsiapublicidade de eufemismosno sentido do prazer mundanoem terra sinto ventos do amor,sentado, deitado, o corpo em soluços,da partida ida saída,do simples mover.

mudanças mil aos centos e dúziasàs luzes, velocidade pouca,restrição de ficar só.

A campainha traz a lembrançada dor do existir,por pouco durmo e sonhopesadelos da almaque são traduzidos com paixão(ou é insanidade)por aqueles que nunca souberamo que é amor ou louvore a explosãoda combinação de ambosque é vida.

Adilson Roberto GonçalvesColegiado/Lorena/SP

[email protected]

VENTO E TEMPO

Num ruflar de saudadeouvi o ventosoprar no telhadoe reascender a memóriareservada da infância.Grandes momentos voltaramrendilhados de prazerentre muitos folguedose tantas histórias.Ao continuar soprandorodopiou com carinhopelas lembranças adolescentesdo primeiro amor.E a mulher ouviuo vento tornar-se ventaniapra soprar intensamentepelas portas e janelasda solitária existência!

DIEM PERDIDI

amanhã... amanhã...são flores são formascaminhos a andarpedras poeira póbotinas surradas rotaspegadas como setasmostrando dondesilêncio: surdo rascarimagens de ontemamanhã... amanhã...

Almir Diniz de CarvalhoColegiado/Manaus/AM

AMIZADE, AMOR E PAIXÃO

Amizade é sentimentomaior que a paixão e o amor:no-la deu Nosso Senhor,com jeito de mandamento.

O amor nasce num cadinho,na forja do pensamento,se alimenta de carinho,sem este se esvai no vento.

Paixão é cárneo desejoque perturba e que contorce,nasce de um não ou de um beijoe esfria depois da posse. Acadêmica Michelle Franzini Zanin, de Ararauqara/SP, Cadeira Cyreo

Piazza, da Área de Letras, do Colegiado Acadêmico do Clube dosEscritores Piracicaba, tomou posse na Academia de Letras e Artes dePortugal em Sessão Magna ocorrida no Monte Estoril, comoCorrespondente Estrangeira na Classe de Letras. À agraciada, osnossos parabéns.

MICHELLE TOMA POSSE NA ALA DE PORTUGAL

PROCON VIRTUAL

Há muito tempo venho dizendo que a primeira coisa aser feita na Prefeitura, no campo da Informática, é o PROCON tornar-se virtuale ter um site. Não é por nada, mas fila é coisa do século passado, hoje, tudo podeser resolvido virtualmente, através de scanners, e-mails, bem como faxes, semfilas. Fila é coisa de outro mundo! Quem tem uma queixazinha a fazer que a façapor fax ou e-mail, com assinatura digital.

O governo deveria aceitar corriqueiramente a assinaturadigital, mas ela é ignorada desde o Windows 95, que vinha com a primeira versãodo Outlook Express, por puro preconceito ou motivos de segurança, e isso é umadroga, pois as filas se perpetuam, por essas e outras desculpas.

O PROCON virtual seria de utilidade pública, e aindafaria aumentarem as queixas, sendo que o reclamante não sairia de casa parafazer sua reclamação, e se não tivesse micro, se dirigiria a uma agências dosCorreios, a alguma casa de cybernet, ou café cibernáutico, que estariam disponíveispara este fim.

Outro dia um amigo comprou uma revista de informáticacontendo um CD com vários programas sharewares, de licença gratuita, quequando registrados na Internet, garantem acesso ilimitado. Acontece que aoregistrar, encontrou uma versão paga do programa, cujo valor era maior do queaquele pago pela revista. Assim sendo, cada vez que o prazo do programa expirasse,o mesmo teria que ser reinstalado! Na certa, um assunto para se ficar na fila dequalquer PROCON. Alguém que compra uma revista de CD, incompatível como Windows 97, foi enganado, mas teria que gastar mais ônibus e sapatos para iraté à Prefeitura registrar queixa no PROCON; quando sem sair de casa, poderiaregistrar uma queixa virtual em qualquer PROCON do país, e com um simples e-mail, tentaria solucionar o problema. É difícil a nossa vida amigos! Como escritor,envio meus artigos para os jornais por e-mail, sem sair de casa. Como seria fácilpara as pessoas, se pudessem fazer o mesmo com as queixas doPROCON..

8 9POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL----------------------------------------- -----------------------------------------

Antonio MoreiraPraeclarus/Rio Claro/SP [email protected]

Antonio Augusto Alves AlmozaraConselho/São Pedro/SP Augusto Barbosa Coura Neto

Praeclarus/Florianópolis/[email protected]

Amália Marie Gerda BornheimDecana/Caxias do Sulk/RS

ARANHA

Um inseto pousana teia rendada.A aranha despertae, sagaz, com surpresa,sente o leve toquede sua presa...Ardilosa e rápidaa perspicaz aranhaantena os seus olhose o seu radare, com suas pernaslongas e mágicas,dedilha teia,dá o seu botee, o inseto, apanha...

Com o seu troféu,envolvida na rede,a aranha, feliz,se banqueteia...Satisfeita e, em paz,lentamente retornaao centro de sua teia,ao seu mundo de encanto,onde trança o seu manto,onde tece os seus sonhose afugenta o seu prantoentre as flores da laranjeira.

O AMOR É BELO

Corpos unidos pelo amor!Renasce com muito fervoro.A beleza da vida está em amar,Fernando e Ana pretendem construir um lar!

O amor é como a flor,Tratada com carinho brilha com fervor!Quando dois corações se juntam nesse mundoÉ o amor mais profundo!

A vida é sempre belaVamos nos juntar e viver com ela!A vida é um caminho a percorrer:Juntos entre pétalas de rosas vão renascer.

Quando o amor apareceÉ como uma prece:Fernando e Ana querem juntos viverE no futuro com amor resplandecer!

INSPIRAÇÃO

SER MÃE

Ser mãe, é sorrir para passar esperançaMesmo com vontade de chorarSer mãe, é deixar de lado o próprio desejoPara amparar e incentivarSer mãe, é encontrar coragem e forçaPara mostrar um novo caminho,Mesmo com o coração fragmentadoSer mãe, é abençoar sempreMesmo quando necessário repreenderSer mãe, é continuar tentando ajudarMesmo com a incompreensão,Pelas diferenças de épocaSer mãe, é continuar amando e perdoandoMesmo sendo julgadaInconveniente e egoístaSer mãe, é sentir a presença da Luz DivinaIluminando cada ocorrência feliz!É agradecer a proteção aos filhosMesmo quando estão distantesSer mãe, é aparentar tolicePor tanto amar...

DIVAGANDO

Adormeci e me vi nos campos oníricosBrincando nas águas da alegriaNas quimeras do passadoE no momento feliz emoldurado..De súbito acordeiA realidade me esperavaAo sabor da manhã primaveril.Agradeci a Deus por mais um diaBem dispostojurei abraçar o novo diaSem a loucura de um NeroSem as lágrimas de um condenadoNem com o fulgor dum enamoradoApós o desjejumPerlustrei o sol pela janelaO dia estava lindo e o céu azulEntão saí confiante para o trabalhoRespirando o perfumeDa madressilva que de mansinhoEmanava suave perfume em meu caminho

Maria Angélica B. dos SantosPraeclarus/Belo Horizonte/MG

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Arlete Mari RaminaColegiado/Curitiba/PR

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CASULO

A RUA DE CASA

Todos dormem em suas casasA noite está azul-escuraOs postes de luz iluminam a ruaA luz repousa nos jardins tranquilosOs grilos cantam na calçadaO guarda apita na

FERIA

Feria,Ah, como feria a minha almaA sua fria indiferença.O frio invadia o meu corpoO desconfortoTomava conta de mimA felicidade se achavaA léguas de distância.Por que você fazIsso comigo, minha morena?Eu que gosto tanto de você.Por que me ferir desse jeito?Não mereço tanto desprezo,Não mereço tanta indiferença,Não mereço ser ferido desse jeito,Você entende, minha morena?

O veio (da criação)Não veioMas a criação navegaEm sono tranqüiloDe fazer inveja e calmaEm seu abrigo,Acolhedor, amigo.

Do alto de sua verveInspiração urde, tece,Oração crescePlano (pleno) favoreceChega o veio.

Nasce a poesia,Forte, esguia,Não lhe tocaA letra fria,Versejar é seu guia,Tal qual um vetor,Cuja densidade é o amor!

Aprendi a me escondere está difícil desaprenderParece insegurosair do casulodesmanchar as amarraslibertar meu corpo,meu tudoViver, convivere manter-me singular

Benedito Carceles TavaresTitular/Mogi das Cruzes/SP

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Carmen Lúcia HusseinColegiado/São Paulo/SP

[email protected]

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Carmen Elza Straub de AbreuDecana/Itapetininga/SP Cícero Pedro de Assis

Conselho/São Paulo/[email protected]

Carlos Eduardo PompeuDecano/Limeira/SP

[email protected]

DESCONHEÇO-ME

O queaparento ser,nãosei.

O quepenso ser,não sou.

O querealmente sou,ninguémsabe.

DIA DAS CRIANÇAS

Foi o dia das criançasLá na escola do ZezinhoAlguém trouxe de presenteUm lindo bolo enfeitadinho.

A professora agradecidapediu aos alunos pra ficarali, em silêncio, comportadosa faca de corte foi buscar.

Enquanto isso, a criançadaContentou-se em esperarMas Rui, o Pedro e o Zezinhoresolveram levantar.

Ora, vejam... Os meninos forammeter no bolo seus dedinhosque coisa feia meus meninos!Assim parecem três porquinhos.

COMO SER FELIZ

Viver bem, mesmo difícil.Sobre óbice sem medo.Errar menos, mesmo fácilLonge do mau segredo.

Desconhecer o egoísmo.Mesmo sentindo dor.Jamais no idolatrismo,Buscando sempre o amor.

Ouvir da criançaNecessário pra união.Assistir a infânciaAtiva o coração.

Ser sutil aos demais,O melhor esporte.Comunicar-se mais,É ser forte.

Melhor rota andar certo.Fortifica o otimismo.Amigo anjo por perto,Distancia o pessimismo.

Cenira Almeida NogueiraColegiado/Mauá/SP

A HORA DO AMOR

Beija-me, abraça-me agora,Não deixa para depois!Esquece o mundo lá fora,Agora importa nós dois!

Há muito tempo esperamosPor esse feliz momento.Matemos nosso desejo!Nosso sequioso intento!

Agora vou te abraçarComo nunca te abracei!Beijar-te com tanto amor,Como nunca te beijei.

Com todo o nosso carinhoMatemos nossa paixão!Pois é o maior festejoEssa realização.

No calor de teus abraçosQuero sentir mil delícias!No teu beijo de ternuraQuero sentir mil carícias!

Esse sublime momentoNão devemos estragar!Esqueçamos dos problemasQue tentam nos derrotar.

INFÂNCIA

Eu-criançacorrendo pela mataprocurava porJoãozinhoe Maria.Árvores, sombras,pedaços de sol.Joãozinhoe Maria perdidos,e eu, em sonhosdiluídos...

CRESCER

Foge-mePor entre os dedosA infância

Apontam-seCravosE espinhasPêlos e músculos

A ingênua alegriaO prazer da brincadeiraCedem lugarDesafiando posturasAtraindo opostos

Djanira PioAssinante/São Paulo/[email protected]

Cosme Custódio da SilvaDecano/Salvador/[email protected]

POLÍTICA

A pressão do ar Quilômetros de nervos O humano...pensar...caluniar Direção dos trópicos Invenção Debate-se com salivas Quando não há amizade A face por disfarceA política do disparate

Conserta-se o mundo O mundo dos homens Que necessitam das obras Mais que obras... de projetos Necessariamente projetosLongas filas dos númerosDos lucros.

Edielson José GroppoTitular/Iguape/SP

[email protected]

12 13---------------- OPINIÃO OPINIÃO OPINIÃO OPINIÃO OPINIÃO CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA----------------

Meu filho: Você chegou à maioridade e eu ainda não sei comohomenagear você. Porque você merece todas as melhores homenagens que um ser humanopossa receber.Você não estava previsto; não havia a menor possibilidade de você vir.

Os médicos afirmavam que só um tratamento longo, árduo eincerto me traria você.Aí eu conversei com a Mãe. Conversei com o Deus-Pai-Mãe noqual acredito piamente, perguntando o motivo pelo qual a maternidade havia sido abolidada minha existência.E Deus-Pai-Mãe, condoído pela minha dor, verificou meus karmas,comparou-os com meus dharmas e julgou-me merecedora de uma bênção...

Então, assim como uma nota musical numa pauta, você foicomposto com o melhor amor existente entre um homem e uma mulher. Nós juntamos todaa harmonia, ternura, sensatez, humildade, coerência, discernimento.

Reunimos nossos melhores padrões, os pontos mais positivosde nosso caráter, nossos sentimentos mais sinceros e nossa capacidade de realizar.Juntamos todos os bons conselhos de nossos pais, as melhores orientações de nossosmestres e nossa gratidão eterna ao Universo. Unimos nossos corpos e oferecemos aoCriador nossa intenção. ELE nos devolveu, meses mais tarde, SUA satisfação paraconosco. Você nasceu de um parto perfeito.

Uma criança perfeita. No momento perfeito. O sorriso de Deusmanifestado!E você cresceu tranquilo, sereno, lindo. Você traz consigo todas as boassementes que nós plantamos no seu DNA no momento da sua concepção.

Serei grata ao Deus-Pai-Mãe eternamente por ter acreditadoem mim e me presenteado com você. Sou completamente realizada como ser humano,como Mulher, como Mãe.

E minha realização tem nome, rosto e corpo: Emerson. Umespírito de Luz, digno de toda felicidade do mundo.Obrigada, meu filho, por me escolher.

Obrigada por ser a pessoa maravilhosa que você é; o serhumano ímpar que todos admiram. Obrigada porque olhar para você todos os dias me fazter certeza de que a vida vale a pena. Obrigada porque ouvir sua voz e olhar seu sorrisoé ter a certeza de que Deus Pai-Mãe existe e JAMAIS (veja bem: JAMAIS) nos castiga.ELE nos presenteia o tempo todo. ELE nos confirma o tempo todo que somos umapequenina parte dELE, portanto, somos Deuses em potencial. ELE confia em nós a pontode nos enviar filhos. “Centelhas Divinas”, como você.

Que suas avós, onde estejam, sintam-se homenageadas nodia de hoje. Que suas tias recebam congratulações, pois o acolhem como filho. E queTODAS AS MULHERES sintam-se homenageadas hoje e em todos os dias, pois todassão MÃES, mesmo que não tenham tido o privilégio, como eu, de terconcebido você. Obrigada meu filho! Tua para sempre, Mamãe.

MEU FILHO

Carmelinda Rodrigues da CunhaPraeclarus/Campinas/SP

[email protected]

CRÔNICA DE UM MANEZINHO: SE QUIÉS... QUIÉS...

Sou nascido, criado, desmamado, crescido e vivido aqui. Nestaterra de sol e mar, chuva e vento sul. Ilhéu autêntico. Nascido na Carlos Correa. Meus pais,avós, tios, primos são, todos, daqui. Sou do tempo em que a reta que levava ao cemitériochamava-se “das Três Pontes”, o Morro da Lagoa chamava-se “das Sete Voltas”, emboraeu sempre contasse cinco (nunca soube o que fizeram das outras duas). Do tempo em quea ponte da Lagoa tinha uma barriga que quase lambia a água e, para ir à Joaquina, tinha-seque rezar muito para não atolar na areia. Naquele tempo, os carros passavam em plenapraia. Avenida das Rendeiras nem existia. Tempo em que, da Prainha até o Aeroporto ou oRibeirão, a estrada era toda de chão batido. Aliás, chegar na Trindade, no Saco dos Limõestambém. Nada de calçamento. Era o tempo em que mar grosso era Canavieiras e, ir aosIngleses era coisa de duas horas e só se não chovesse. Ao Pântano do Sul, então, nem sefala! Só de Jipe. Na Praia da Lagoinha? De jipe, quando dava passagem.

Quando não, parava-se em Ponta das Canas e ia-se a pé. Tempoem que a praia da moda era Coqueiros ou Bom Abrigo e Jurerê era só aroeiras e cajueiros emtoda a orla. E olha que não faz tanto tempo assim. 40, 50 anos. Soltei pandorga, barrelote,raia, papagaio e pipa. Joguei bolinha de vidro, pião e finca. Tive boi-de-mamão e, quandonão tinha, corria atrás do boi do Jaqueta ou do Seu Lili. Fui mascarado, pulei em bloco, fuiao encontro, na Figueira da Praça Quinze, na manhã de Quarta de Cinzas.

Assisti o Paula Ramos, Avaí, Figueirense, Postal Telegráfico,Ipiranga e outros no Campeonato Citadino de Futebol. Vi muita regata e cansei de tomarlaranjinha da Bebidas Marte ou Pureza da Sell, no Miramar. Fui a matinada do São José, àsmatinês do Ritz e aos seriados do Zorro, Fantasma, Anjo e outros no Cine Roxi. Corri dabala Queimada e da Verdinha, os dois furgões da Polícia. Fiz protestos na frente da Catedrale do Palácio Cruz e Souza. Enfim, fiz de tudo que um florianopolitano comum fazia ou que,quem aqui viesse morar, acabava fazendo. Florianópolis era uma cidade de gente acolhedora,hospitaleira, pacata, de fácil amizade, brincalhona, que vivia a dar apelido pra todo mundo.Gente que pagava um boi para não entrar numa briga, mas quando entrava, sai da frente. Sóparava quando o oponente levava um corridão.

Também vivi fora daqui. Em muitos lugares. Itapiranga, Caxiasdo Sul, Rio de Janeiro, Blumenau e até no exterior. Qualquer lugar que fosse a regra eramisturar-me aos habitantes locais. Rui Barbosa costumava dizer “eu sou de onde estou”.Pois eu seguia a risca este preceito. Respeitava a sua cultura, hábitos, costumes, o jeito deser e estar. Afinal, eu era o forasteiro. Fiz muitos amigos. Em todos os cantos. Até hoje osmantenho, embora não nos vejamos com frequência.

Não tinha sentido querer introduzir o boi-de-mamão emBlumenau ou a farra de boi em Londres. Da mesma forma, acho uma babaquice esta históriade CTGs. Primeiro, porque não representam a cultura autóctone do Rio Grande do Sul.Segundo, porque não tem sentido enfiar, goela abaixo dos outros, as práticas campesinas,os costumes gauchescos, esteja-se onde estiver.

Pois bem, nesta Florianópolis de antanho - onde chamar-nosde manézinhos era uma ofensa - lembro bem, os forasteiros que aqui chegavam eram

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poucos. Alguns do vizinho Estado do Rio Grande do Sul e uma outra gente, a maioria, quevinha de 4 em 4 anos, nas “barcas do governo”, como era dito dos que vinham do interiora cada novo Governador do Estado ou a cada novos representantes da AssembléiaLegislativa. A barca trazia cabos eleitorais, parentes e demais acochambrados que vinhampara um período de quatro anos, mas acabavam ficando nestas belas e calorosas plagas.E eram, todos, recebidos calorosamente.

Todos que chegavam, entretanto, se comportavam da mesmamaneira que eu lá fora. Respeitavam nossa maneira de ser, nosso jeito de falar, nossastradições e, logo cedo, já estavam “amanezados”, misturados aos nossos hábitos, e nemse reconhecia, a não ser pelo sotaque, quem era daqui ou não. Penso que este é umcomportamento normal das pessoas que migram. Ou... deveria ser.

Agora, no entanto, faz oito anos que estou de volta, depois deviver muito bem e fazer muitos amigos, por 25 anos, em Blumenau. Procuramos uma casinhano Ribeirão, Santo Antônio, Sambaqui, Ratones e Rio Vermelho, bairros que ainda guardamuma lembrança daquelas gentes de minha infância e juventude. Moro num deles. Um lugarem que o falar ainda é ligeiro, as pessoas são chamadas pelo apelido, todo mundo é igualna missa ou no boteco, enfim, coisas bem típicas da ilha.

Procuro, de vez em quando, ir ao mercado público e à feira doLargo da Alfândega. A idéia é ver se encontro gente que se pareça comigo, já que continuoo mesmo manézinho de outrora, apenas enriquecido por outras culturas que Deus mepermitiu desfrutar. Mas, costumo fazer a feira - outro hábito dos manézinhos das antigas -no Direto do Campo. E aí m’isteporo(1) todo. No mercado e na Alfândega, o clima ainda éo mesmo daquele que eu encontrava quando, ainda guri, ia à feira com meu pai.

Na Praça da Bandeira. Quem não lembra? Mas, no Direto doCampo... Quem é esta gente que anda por ali? Tudo bem, as placas dos carros são daqui,o que faz pensar ser gente de Florianópolis. Ao entrar, entretanto, parece uma Torre deBabel, tantos são os sotaques diferentes. Gente nervosinha, egoísta, grosseira, que vivepuxando discussão, vive reclamando e não sabe mais rir da vida.

Afinal, o que está acontecendo? Uma mulher que, paraestacionar na vaga ao meu lado, esperou um monte que outra saísse, provocou uma filados cambau - e ninguém reclamou -, mas que, ao sair, foi incapaz de esperar que um outrocarro saísse na sua frente. Logo enfiou a mão na buzina mostrando seu egoísmoimprocedente. Um cara que viu uma senhora fazendo seta para entrar numa vaga e encostouseu carro na traseira, só para não dar chance de ela fazer a manobra para adentrar e ele,espertinho, tomar seu lugar. Um guarda fardado, com sotaque do interior, que pensa ser, afarda, salvo-conduto para fazer uma manobra proibida no trânsito, achar-se no direito dexingar e ainda ameaçar de dar voz de prisão a um cidadão que reclamou de sua má conduta.

Pior, depois foi negociar seu carro com um interessado. Nomeu tempo, nenhum soldado podia ir à feira fardado, nem muito menos sair do quartel parafazer negociatas na rua. Um casal de marmanjos prepotentes que se atravessou na frentede um pobre menino, afro-descendente (como quer este desgoverno!), para apanhar ocopo de caldo de cana. Ainda bem, a moça do caldo de cana não permitiu: “Este é dele que

pediu antes de vocês!” Umas senhoras emperiquitadas, que pareciam estar vestidas parair ao teatro, e que olhavam de cima, com desdém, um casal simpático de haitianos, com afilhinha, que faziam umas comprinhas. Não, minha gente! Este povo não é de Florianópolis!Pior, não são daqui, mas querem impor suas normas, sua péssima educação.

Vou ser curto e grosso: Olha aqui, ó! Tudo bem. Todo mundoque quiser pode vir pra cá. Morar aqui. Viver aqui. Gostamos deste jeito cosmopolita deser de nossa cidade. Mas, por favor, nos respeitem. Por favor, os cambau! Respeitem-nose pronto! Não venham “intisicá” a nossa gente. Transformá-la num povo carrancudo, semgraça. Não venho querer impor seus estressezinhos, suas frustrações, seu mal humor. Senão, nós nos enfezamos, compramos a briga e lhes damos um corridão. Se não gostamdaqui, se arranquem pr’os seus lugares. Grosseria e cavalices são coisas pra animaisxucros. E estes vivem em currais, nos campos ou nas florestas. Não, aqui! Se quiseremficar, tudo bem! São muito bem-vindos como sempre foram. Mas comportem-se! E venhamem paz. Com calma. Digavá! Digavarinho!”Si qués qués, si non qués, diz codô-te uma sipuada no meio dos cornos, vissi?

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Luis Eduardo CaminhaPraeclarus/Florianópolis/SC

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A PRIMAVERA

Certo dia sentei-me cansada no rústico banco de pequeninapraça de minha cidade. Ali fiquei pensativa sem ver o tempo passar, remoendo pensamentos,lamentando minha sorte, minha solidão e minhas desilusões. Com o olhar perdido busqueivisualizar algo de belo ou diferente e foi então que reparei no florido caramanchão.

— Que flores lindas! Pensei. Que vibrante colorido!Existem Primaveras de cores variadas, mas aquelas, tão

vermelhas e vivas, realmente me encantaram.Trepadeira resistente ao sol e até a pequenasgeadas, não requer grandes cuidados, seus galhos se agarram firmemente a armação demadeira e vão subindo, subindo... Quando já no alto, suas flores descem em cascatascoloridas e perfumadas. Há primaveras de diversas cores, todas porém, com a mesmabeleza e o mesmo frescor.Então, como que por encanto vi se desvanecerem todos os meusdesenganos. Se uma simples trepadeira pode suportar o frio, o calor, a umidade ou a seca,crescer em vaso ou jardim e ainda cobrir-se de flores, como não poderei também eu vencerminhas dificuldades? De vez em quando ainda volto à pequenina praça. Desta vez, alegree confiante sento-me sob o caramanchão para novamente desfrutar de sua beleza, seufrescor e sua sombra, mas principalmente para exibir com orgulho todaminha própria floração.

Maria Antonina de Lima SoldáConselho/São Paulo/[email protected]

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FIM DO MUNDO

Quando vierem me contarque a bomba explodiue o mundo vai acabarNão me assustarãoo grito dos desesperados nem virá o pó da mortesufocar-me a vida.Serei feliz nesta última certeza:milhões de infelizesdeixarão de sofrer comigo,e, os covardes, não precisarão maisarquitetar mil planos para falsificar a verdade.

Somos ratos do universo!Toscas imitações dos deuses das alturas, que, quando deixam de rastejar não se suportam com muita dignidade...Ao peso da altivezvem o massacre da amargura.A grande aventura do homemjá é uma batalha perdidae qualquer vitória desmorona e caino fim da vida!

Já que ninguém parte de mãos cheiasporque não vamos todos juntos numa ruidosa e sádica despedida? Deixem o maldito planeta desintegrar-se e se perder: entre baratas, elefantes e formigas alguém vai sobreviver...

Dirce Ramos de LimaConselho/Piracicaba/SP

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É BOM RENASCER...

É BOM Renascerdepois das ilusõese desilusões da Vida...Volta a sonhar,Acreditar em sie, de per si,poder lutar...

É FACIL Renascer,basta querervalorizar a razão,tão forte e poderosaque ditosaabre novas frentese rumos pra gente ser...

É IMPORTANTE Renascerdas magoas, derrotase desânimos para,com novo animopromover a pazque o justo satisfaz,a fim de vencercom prudênciaos males da existência...

É NATURAL Renascerdas cinzas da ingratidão,do mal da perseguição,do Amor possívele, também, impossível,crendo no poderde ser e mais valerno contexto da Criação...

Eliseu OroColegiado/Descanso/SC

Eloísa Antunes MacielDecana/Santa Maria/[email protected]

CANÇÃO Á LÍNGUA PÁTRIA

Ó, bela flor do Lácio que em Camões versasteAmores e tristezas, como sons e brados...Embora “flor tardia” não despetalasteAos vagalhões de mares nunca navegados...Nas vozes da Esperança transpuseste mares,E uniste passageiros de uma imensa nau,A nau movida a sonhos, sob a luz de Antares,Nas ondas do rio Tejo ou Guiné Bissau...

Em terras africanas tu te apresentasteEm vozes lusitanas, desde o litoral...E território adentro tu representasteUm elo no intercâmbio mult -cultural...Em terras brasileiras te disseminasteForjando variedades, nesse imenso chão...Na bela língua pátria então te transformaste,E te configuraste língua da nação...Não és utilizada pelos cosmonautas,Nem serves a projetos de ambicioso fim...És língua de intercâmbio para os internautas,E negas ter alcunha de tupiniquim...

FRATERNIDADE

Investigando a palavra harmoniaTodo dicionário sem divergência,No equilíbrio, concórdia, sentenciaPara o alvo nobre haver convergência.

A harmonia da boa musica encantaEmpolga e comove ouvintes sensíveis,A sonoridade inebria e acalantaAs almas de índole mansa e suscetíveis.

Nas relações humanas especialmentePara o bem geral de qualquer associação,É mister a coexistência permanenteDe afinidade na área de gravitação.

A harmonia induz à reverência,Ao acatamento a prática da atividade,Que é peculiar em cada diligênciaExercida com esmero e boa vontade.

Ela pode ser pesquisada nas floresQue transmitem um sentimento de paz,Pela exuberância de matrizes e cores,A harmonia das pétalas nos apraz

Devemos entendê-la como constituídaDe objetivos próprios e finalidade,Dos elementos e seres que têm vidaPara que possam usufruir fraternidade.

Frederico Eduardo WollmannTitular/Cachoeira do Sul/SP

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SILÊNCIO

Se as palavras pudessemdesvendar o que as pessoastramam e fazem delas.

Talvez indignadas, fugissemcheias de espanto e pavorpara as cavernas do infinito.

E como ficaria o mundo?Sem palavras, no silênciomorto do tempo.

Com certeza, poderiam rirda mudez de todas elas,acenando mãos em desespero.

Nesse momento, apenasfalariam olhos, gestos e aboca se calaria, sem palavras.

Felícia Terezinha Soares LopesPraeclarus/Caçapava do Sul/RS

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LAÇOS DE VIDA

Quandosearrebentaremasartériasque atam os doisladosda minhavidaflutuareidespedaçadode mimem doiscorposem muitosolhos(que nãovêem)mas quevivemessemormaçodepenumbraesvaindo- seda alma.

GRÃOS DE FELICIDADE

Para que eliminara vida da natureza?E enorme tal pobreza,esta ação peculiarque faz o ser recuar,mais e mais em sua nobreza.

É pequeno. Peculiareste ser tão dependente,cada vez estão mais carentesnão sabem se libertar,pra viver praticaro amor, decentemente.

Se na natureza existeo que existe. É para usar...Sabendo valorizar,sem deixar nada tão triste...A vida. Pois se já existevivamos, sabendo amar!

Amar com sinceridade,sabendo o que plantar,colhendo, sem reclamar,grãos só de felicidade...Libertando da maldade,aprendendo enfim a amar!..

Maria Gertrudes Horta GrecoConselho/Guaratinguetá/SP

APRENDER VIVER Amanhã será a primeiraLua Cheia do mês.Dia de banho de nascente...Hospedado na aldeia, para um trabalhosobre Antropologia,um jovem fotógrafoquis participar do evento tribal.Na manhã seguinte começou o ritual:Vestiu uma bermuda,calçou o par e tênis,colocou o boné e os óculos.Apanhou uma mochilacolocou mudas de roupas,a toalha e um par de chinelos.Em uma sacolinha colocou:sabonete, escova e pente.Juntou tudo, mais a máquinafotográfica e partiu emdireção a nascente do rio.Após caminhar uns trinta minutosa procura da nascente, encontroucom um índio que vinha pela trilhaem sentido inverso.Vinha nu, molhado comas mãos livres, leve como um passarinho...Encontraram-se no caminho.O índio olhou e esboçou um leve sorriso.O fotógrafo corou de vergonha.

Hazel de São FranciscoPraeclarus/São Paulo/SP

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Flora ThoméDecana/Três Lagoas/[email protected]

Dia vai... outro vem.logo é Natal!Dia longo der passar!

DOCE ESPERA

Quando voltares para casaAo nosso ninho de amor Bem sabes que te esperoCom ânsia do teu calor

Avise-me quando chegaresPrepararei o melhor saborTeus preferidos quitutesE os mais doces beijos de amor.

Iolanda Martha BeltrameColegiado/Santa Maria/RS

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Maria Luiza Vargas RamosConselho/Florianópolis/SC

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João Gilberto PompermayerColegiado/Piracicaba/SP

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Ricarda Maria Leal AlvimDecana/Miracema/RJ

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DOS OLHOS AO CORAÇÃOO ser humano dos tempos atuais, na ansiedade, egoísmo e

imediatismo que o caracterizam, tem falado muito e ouvido pouco. Aquele que despertoupara o amor incondicional jamais fecha os ouvidos aos apelos de quem o busca, escutacom atenção e paciência àqueles que lhe falam de seus sofrimentos, dores, desarmoniase aflições, buscando auxiliá-los Divinamente do melhor modo.

O ato de ouvir amorosamente, seja a quem for nesta atualexistência é um privilégio abençoado além de demonstrar respeito por quem fala, geravibrações de acolhimento e favorece a atuação de energias harmonizadoras, bem-estar ecurativas. Cada um de nós possui a capacidade infinita de reflexão e análise real evolutiva.Começamos a lidar com as próprias emoções é que estamos optando por viver uma vidamais leve, alegre e saudável. Devemos a cada dia e continuamente procurar pelo equilíbrioemocional, amparado pela Espiritualidade no conhecimento e compreensão do mecanismouniversal, equilíbrio e racionalidade. O pensamento luminoso são bênçãos infinitas.

Os pensamentos elevados nos ligam ao Divino através deinfinitos raios luminosos em direção a velocidade da luz. Os bons pensamentos fortalecema sintonia com o bem e restabelecendo a ordem psíquica. Somos um espelho, um eco euma bússola um para o outro e as palavras são pétalas perfumadas do bem-estar, boasvibrações em semblantes que acendem olhares que embelezam ambientes, transformamdisposições. As atitudes são geradas pelas ideias que os pensamentos se traduzem porpalavras que ressoam o tom das vibrações espirituais que elevam fachos de esperança davida moral. Espalhe com a mente e o coração a generosidade e bom ânimo compensamentos, palavras e atitudes em sua natureza pela educação e aprimoramento deseus semelhantes. Toda realidade reflete na vida moral como um portal por onde penetramenergias e informações de variada natureza, cabendo a cada um de nós o discernimentopara filtrar seu conteúdo. Somos responsáveis por uma simples palavra que pode despertaremoções, sugerir ideias, estimular ações e provocar reações.

A consciência e a expectativa sempre do melhor, gera a paz daelevação de cada dia. Rumo a luz, em cada gesto uma lição, hoje, presente consciente nobem maior. Entre portas que se abrem, um estado de luz, missão em cada gesto. Entre osolhos e o coração um auxílio, luz que nos conduz ao Mundo Maior. Palavras não ditas,abraços não dados, perfume da vida, lembranças, um sorriso na recordação de viver.Aprender como um farol que ilumina corações, aprendizes, causa e efeito, palavras de umtempo, existência, som do coração que transforma e preenche com gotas de luz.

Caminhe cada vez mais e a cada dia mais deixando o apego aomundo material, pois suas circunstâncias e condições geram apenas uma visão superficiale imediatista de fatos e coisas. Aproxime-se mais da Espiritualidade e amplie o seuconhecimento espiritual e adquira instrumentos de aprimoramento e percepção darealidade infinita, aprenda sempre com os erros que transcendem tudo, te faz verdadeiro

na confiança e na fé que ocupa com o Ser que nos faz transcender, viverem Deus, e a não renunciar a Ele jamais. Bom dia e boas energias. Euacredito em você.

Sobre a minha prateleira,vejo a sombra de uma cruz.Ela é minha companheira,dentro dela está Jesus.

Quando o sol brilha na mata,cheio de encanto e magia,faz rendilhado de prata...É o esplendor de um novo dia!

Os chavões desgastados e desatualizados podem ser umaarmadilha cruel para a educação das crianças. “Criança quer amor e brinquedo.” “Amornunca é demais.” Esses slogans podem funcionar nos comerciais apelativos das lojas debrinquedos, mas, na realidade, criança precisa de muito mais! Precisa de valores, derotina, de segurança, de limites, de diálogo. Precisa se alimentar bem, dormir bem, terhorários a cumprir, estudar, respeitar os mais velhos e os professores, enfim, amor ebrinquedo é só uma pontinha das necessidades infantis.Um adulto responsável tem aobrigação de ensinar a uma criança as regras básicas da vida! Senão, do que lhe adiantouter vivido mais? Se continua infantil, ingênuo, permissivo, acomodado, de nada lheserviu a experiência que os anos trazem.Amar uma criança significa prepará-la para sofrermenos na vida, para ter menos derrotas, para desviar dos vícios, para enfrentar os perigos;significa também torná-la capaz de se fazer ouvir, de reclamar seus direitos, de não desistirdiante das dificuldades.Quem sabe o que a vida reserva para os filhos da gente?

Quem sabe por quanto tempo poderemos estar junto deles,servindo de escudo para as adversidades?Infantilizar, passar a mão na cabeça em todasas situações, perdoar todos os deslizes, fazer concessões a todo o momento, assumir asculpas do filho, NÃO É AMAR!Um dia, esse filho sofrerá pelo despreparo que seusprogenitores lhe outorgaram. E daí?!Felizes dos pais que podem descansar a cabeça notravesseiro, convictos de terem cumprido seus papéis!Felizes dos filhos que têm paisque lhes preparam para enfrentar as dificuldades da vida, além dos muitos abraços ebeijos, igualmente salutares.Pobres filhos mimados, superprotegidos, comprados comdoces e brinquedos, criados na mentira, nas artimanhas e totalmente despreparados paraa nossa selva de pedra!Não existe nada melhor (ou não deveria existir) para um pai e umamãe do que o sorriso vitorioso do filho que conquistou seu espaço no mundo, superousuas limitações, deu o seu máximo e se sente feliz e realizado consigo mesmo!Essa éforma mais completa de amar e de ser amado e, nesse momento, aquelepai e aquela mãe que soube amar construtivamente, com certeza irá sentira alegria incomensurável do dever cumprido, da consciência tranquila

AMOR PODE SER DEMAIS, SIM SENHOR

Therezinha de Jesus LopesAssinante/Juiz de Fora/MG

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Maria Helena CorazzaPraeclarus/Piracicaba/SP

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ÁGAPE: AMOR INCONDICIONAL.

Já faz algum tempo que sou admiradora do livro “Ágape” doPadre Marcelo Rossi que, com certeza tem o intuito de engrandecer e aprimorar o interiordo homem, geralmente tão distraído ou indiferente às coisas da fé, incrivelmente benéficase necessárias, sobretudo nesses tempos da vida onde parece, injeções de reflexões ealertas são os grandes antídotos que funcionam para que, as “vendas nos olhos” sejamretiradas e a verdade possa surgir proporcionando algum resultado acolhedor para aalma e para o espírito. Sem duvida, a preocupação do Padre em seus milhões de exemplaresjá vendidos foi levar ao conhecimento dos leitores de uma forma fácil e simples, capítulosdo Evangelho de São João, fazendo conhecer, explicando e colocando em cada um delesabordados, orações no seu final, todos de uma simplicidade e profundidade ao mesmotempo pura, singela e comovente.

Palavras do feitio desse sacerdote iluminado, que elevam efortalecem, sobretudo pelo seu modo generoso de ser, cuja maior intenção, sempre foitambém ensinar aplicar e multiplicar o bem e o amor entre seus fiéis e crentes em geral.Indicando a leitura para quem não o fez ainda, fica nesta “janela” de hoje, como um dos“exemplos” do livro, uma história muito comum, e de grande valor num dos processosmais corriqueiros que surgem nas dificuldades em ver e aceitar os erros, achando que, “oproblema é sempre do outro.” Conta de duas famílias que moravam uma em frente à outrae todos os dias, o marido de uma das casas ao voltar do trabalho encontrava a esposareparando nas roupas sujas penduradas na área da casa vizinha e ficava indignada, nãoentendendo porque ela não as lavava adequadamente antes de pendurá-las no varaldizendo com impaciência e certeza que a vizinha era suja e descuidada. “Depois de algumtempo, e cansado das reclamações da mulher, o marido sugeriu que ela parasse de falar elimpasse antes, a vidraça da casa deles que estava imunda, para depois olhar e ver, que asujeira não era da outra, mas pertencia à sua própria casa”.

A moral da história é que a tendência do ser humano é semprejogar a culpa no outro, pois é muito mais fácil não admitir as falhas, desmoralizar e nãocompreender o “por que” e o comportamento do próximo, sempre julgando, conjeturandoe maltratando, num egoísmo e orgulho que não “arreda pé.” Verificar com toda dignidadeentão que, uma bela e eficiente leitura pode ajudar no encaminhamento e crescimentoespiritual abrindo o entendimento para a felicidade do conhecimento dos que queremacertar cada vez mais, na convivência, amizade e bom trato com o seu próximo.

Como oração também de sua autoria, fica aqui a da contracapado livro que diz: “Senhor, Tu és o Bom Pastor. Eu sou Tua ovelha. Em alguns dias estousujo, em outros estou doente. Em alguns dias me escondo, em outros me revelo. Sou umaovelha ora mansa, ora agitada, uma ovelha perdida, ora reconhecida. Eu sou Tua ovelha,Senhor. Eu conheço a Tua voz. É que às vezes, a surdez toma conta de mim. Eu sou Tuaovelha, Senhor. Não permita que eu me perca e que eu me desvie do Teu rebanho, mas, seeu me perder, eu Te peço Senhor, vem me encontrar. Amém.”.

Não é segredo para ninguém, que Padre Marcelo Rossi é umdos “ícones semeadores” atuais da nossa fé, que “prega e cumpre a Ágape-amor”, sendopor isso, um dos grandes baluartes, que temos a graça de conhecer,conviver, usufruir e cultivar.

Arlette Octaviano RodriguesPraeclarus/Óleo/SP

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ERROS HUMANOS

Quisera há muito haver-me libertadodos meu freqüentes erros tão humanos.De desejos atrozes, tão insanos,que trazem o meu ser atormentado...

Que atropelam a minha consciênciame induzindo a constantes desatinose agindo como se a um libertinoem julgamento eu pedisse clemência...

Mas que fazer, meu Deus, se este amor,que me tornou no mundo um perdedor,olhando ao derredor com olhos baços,

Implora delirante de paixãoo encontro com a sonhada redençãona ternura que vem desses teus braço

POSSUIR

A última gota da chuva cai.Mais uma tarde se finda,outra noite se aproxima,a noite mais linda do ano, a noite que virá...

Quem,quem bate à porta,nesse instante?

Você chega de mansinhoe, bem devagarinho,vai se instalandodentro de mim.

Minha cabeça gira,rodopia,a última melodia toca.Não sou mais eu!

Você vai voltara qualquer instante...Meu ser aguardao momento tão bom,tão suave,de novamente ter você.

Maria Helena G, BueloniConselho/Piracicaba/SP

DÚVIDAS

Cheia de dúvidas, insegurança,apego, problemas mil,sem interesse, com tudo, com nada,medos, medos, grandes medos.

Tristeza, tristeza, tristeza profunda,choro contido, pedindopara brotar, qual o quê...preso, contido, contido, preso, contido

Dúvidas, ansiedade, desconforto,paz, alegria, tristeza, culpas,dores, dúvidas, dúvidas, certezas,palpitações, receios, medos, medos.

Insônia, sonolência,incertezas, incoerências,um coração explodindode emoções... incoerente.

Da nossa mãe natureza,o tesouro são as flores,expressam total belezano acentuado das cores

Jamile AssefTitular/São Bernardo/SP

Leda ColettiConselho/Piracicaba/[email protected]

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Edvaldo RosaConselho/São Paulo/SP

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A MÚSICA DE MINHA VIDA.

Ligo o rádio, para quebrareste meu momento de silêncio,Fico calado ouvindo os sons,no ar pairando!Músicas novas e antigas,vão se alternando...Mas, destas, nenhumaé a música de minha vida!Podem até lembrar-mealgum instante, Alguma alegria,alguma dor passageira,Algumas das feridas,das que me deixaram marcas...Mas, nenhuma delasé a música de minhavida, toda, exata!Desligo o rádio, entediado,tudo o que ele me fala,Pouco me diz respeito...Mas sinto que algo ainda falta!E entre as memórias de meus sentidos,Começo a procurar os sons de tuas palavras...A música de minha vida,esta guardada em teu ser!E tenho toda ela cravada dentro de mim...E como é a músicade minha vida inteira, começo a cantarolá-la...Procurando acertar o tom,dos sons de tuas palavras...

SERVIR

Servir ao próximoao amigoao irmãocom gentilezae consideração.Servir aos humildesaos necessitadosaos pobrescom amor e doação.Servir aos pequenosàs crianças aos doentes com desprendimentoe afeição.Deus criou a naturezaque nos serve,independenteda nossa gratidão.O sol brilha para todose o rio corre felizfertilizando a terrasaciando nossa sedeapesar da nossaindiferença.Até Cristo veiopara servir.Sejamos imitadoresdo Mestre.Sirvamos comalegria e amor...

Helena Curiacos NallinConselho/Cosmópolis/SP

OLHAR ANDARILHO!

Um olhar andarilho vagaentre as montanhasem busca de respostas.O que estará a procurar?Paz? Dignidade? Não sei!Talvez, amor, segurançaou a solução para o caosem que se encontra a Terrapela ausência de bons valores.

Entre sonhos e esperança,nesse misterioso momento,o olhar andarilho, após muitopercorrer, acaba de entrar,profundamente, em minh’almae resgatar o seu brilhoem meio aos meus sentimentos,emoções e vivências.

Oh, houve ocasiões em queesse olhar parou e se fixouem diversos pontos, ficandoora desolado ora cabisbaixo,embora um dia, transmitirabeleza, encanto e intensa luz.

Felizmente, o condão da poesia,em tempo, transformouesse olhar, pois, como a natureza,vagou, por muito, aflito,desolado, triste, decepcionado,obscuro, magoado e sofrido.

Ilda Maria Costa BrasilPraeclarus/Porto Alegre/RS

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INICIO DE TUDO

Lápis e papel na mão,Sentei pra compor esta canção.Que fala de nosso encontro,numa eclipse da lua.

Só nos dois, Juntinhos na rua,sentimos frio e de repente escureceu,era um eclipse da lua.

Nos dois, ficamos sem entender,se um dia seriamos felizes,e se esse amor era pra valer.

Entãoa inspiração da mente sumiu.Meu pensamento ficou vazio.E o nosso relacionamento começou,num dia de eclipse da lua.

José Airton MellegaDecano/Piracicaba/[email protected]

SONHOS

Sonhei.Sonhos bons.Sonho amante.Sonho carinho.Sonho paz.

Dentro delesescolhi alguémpara sonhar acordada,vivermos no ventre do dia.

Hoje esse alguémé um sonho-pesadeloe eu vivo no ventre da noite.

Leda Mendes JorgeColegiado/Niterói/[email protected]

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AMOR IMPOSSÍVEL

Quando fico te olhando ...Não canso de te admirar.Como és belo, comoÉs grande, como és forte.Como és majestoso.Como és inteligente,Tens memória fotográfica.Poderia ser um rei ... mas não é.Poderia até ser bravo,Ser briguento ... mas não é.És amoroso, és calmo.Com todo esse tamanho,És habilidoso.Como és diferente de mim,Tão pequena, tão insignificante.Fico então imaginando...Como fui me apaixonar?Como posso amar alguémTão diferente de mim?Então questiono a natureza!Por que és tão ingrata?Por que nos fez tão diferentes?Eu sei que sou criticada por te amar.Ninguém aprova o que sinto por ti.Então sei que vou morrerSem realizar meu desejoDe estar contigo.Porque todos dizem queNosso amor é impossível.Meu elefante querido.A formiguinha.

José Antonio NappiDecano/Piracicaba/SP

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MEU SENHOR

Meu SenhorOnde está o Senhor agora?

Estou te precisandoAs minhas oraçõesNão estão te alcançando

Eu não sei o que fazerEstou te procurandoSua benção quero receber

Não deixe minha força acabarNão consigo te encontrarPois a minha vida quero mudar

Eu quero te buscarPois assim serei felizEm algum lugar o Senhor deve estar

Meu senhorOnde está o senhor agora?

O Senhor pediuPara eu prestar atençãoSe você está falando de mimEu moro no seu coração

CRONOMETRANDO

Queria tê-loNão mais que algumas horasQueria olhá-lo e admirá-loNão mais que alguns minutos...Acariciá-lo só um pouco...

Queria sentir seu cheiroNão mais que alguns segundosQueria beijá-loNão mais que alguns instantesSó para senti-lo em meus braços...

Queria estar ao seu ladoNão mais que algumas horasSó para guardar em lembrançasA sensação de tê-lo...

Talvez eu seja um nadaPerdido no mundo.Apenas mais um rosto na multidão...

Não sou poeta.Escrevo sobre mim.E isso, só é poesiaPara quem entende.

Juliana Diniz JoséConselho/Londrina/PR

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José Roberto PanaiaColegiado/Piracicaba/SP

FELIZ TORMENTO(à Ivana que muito considera

meu principado poético)

Viajo muita vez em meu corcel aladoPelas regiões do sonho estratosféricas.

Vou repousar depois, felizardo e cansado,No paraíso azul das paragens quiméricas.

E sou descobridor de líricas AméricasTrazendo à tona então encantos do passado.Revejo-as cada vez mais lindas e quiméricas

Como outrora jamais eu houvera notado.

Percebi como é bom recordar cada instanteEm que passou por nós dona felicidade

Deixando-nos à mão tudo o que amor suplante.

Nas asas do corcel viajo de verdade:Na sublime ilusão de tudo o que é passante,

No tormento feliz que se chama saudade.

Lino VittiPríncipe dos Poetas de Piracicaba

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METEOROS

Não sei onde estoumas sei que me tensAssim como eu faço

uma parte minhaSomos pedaços,

repartindo nos tempos.Meteoros.

Pulsando em telepatia.

Zeila Fátima GiangiácomoDecana/Sorocaba/SP

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Lúcia MartinsConselho/Ituporanga/SC

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Luiz Barboza NetoColegiado/Florianópolis/SC

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GOTAS DE CHUVA

Pequeninas partículasQue caem no marNo sabor das ondasVão incorporar

Gotas de chuvaVão apagarLabaredas... fogoNa terra... no ar

Pequeninas gotasVêm misturarCom minhas lágrimasMe libertar

Gotas de chuvaA renovarVida e esperançaNosso lugar

Pequeninas lágrimasCéu a chorarNa terra secaNo mar no ar

Gotas de chuvaVêm me molharLavem a tristezaDeixem eu sonhar

PequeninasGotas de chuvaSão tuas lágrimasPor nós a chorar

MINHA CIDADEZINHA

Contava minha mãezinhaQue em uma tarde fagueiraNa bela cidadezinha...Nasci. Era quarta-feira.

Correndo em meio à poeira.Na calçada que era minha,Brinquei uma infância inteiraCom a gente que lá tinha,

Na fanfarra fui clarim;Joguei bola e fui feliz;Tive o meu primeiro amor...

E, entranhado qual raiz,Tudo está dentro de mimNos caminhos onde eu for.

AZUL JEANS

No azul do meu jeans,sobre o nu do meu corpo,a ginga da dançaem perfil desbotado.Jeans, que me sabe de velhodeveras cansado,acelera comigo a passo picado.Há pressa em chegar.Há pressa em partir.Sobre o nu do meu corpo,no azul do meu jeans,o recibo passadode uma luta sem fim.

Mara Sílvia Munhoz BerniniConselho/Jaú/SP

[email protected] de Oliveira Souza

Conselho/Salvador/[email protected]

SORRISO DE MÃE Com um grande coraçãoEla torna-se mãeUma vidaGerando vida.Os anjos comemoramUma grande emoção. Muitos obstáculos se somamMas o sorriso de mãe continuaA vida segueO filho cresce ou some... A vida tem destas coisasMas a mãe está aliVigilanteMesmo dianteDo maior dos problemas. Nessa vida nada é perfeitoE nada é tão intensoComo o Sorriso de MãeConstante ...Que abraça o mundoSomente num segundo.DoravanteNão esqueçaQue esse sorrisoEterno nesse momento,Onipotente...InfelizmenteNão é eterno como o seu amor.

Miguel GonzalesPiracicaba/SP/In Memoriam

O RIO PIRACICABA

Hoje eu faço todo o empenhode escrever esta poesia,mostrando a saudade que tenhodo belo rio e toda a bacia.

A sua água era tão puraque no próprio rio a tomava.Tão cristalina que na fundura,enormes peixes eu enxergava.

Hoje vemos com assombroo nosso rio tão poluído.Mais representa o escombrod’aquilo que já tem sido.

Dourados e jaús dos gigantesem estacas o pescador prendia.Chegavam os donos dos restaurantese os compravam para a freguesia.

No lindo “véu da Noiva da Colina”,quanta e quanta magia!A água em densa neblina,como um branco véu caía.

Transformou-se num mero ribeirãoo tão formoso e louvado rio,corrompido por seca e poluição,e assim já quase, quase vazio.

Hoje fico muito enternecido,olhando aquela suja água,e saio de lá entristecido,e o coração cheio de mágoa.

O rio jamais será caudaloso,pois seus afluentes tem secado.Mas, se o governo for generoso,o tornará um tanto... purificado!

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Mirian CurryColegiado/São Carlos/[email protected]

Nadir Silveira DiasConselho/Porto Alegre/[email protected]

O CORPO DA SUA PRESENÇA

Que seria a saudade?Senão a dor de cada minutoQue passei longe de você?Saudade! Ah! Saudade!Pesar em forma de tempo...Vento que não se sente...Sol que resfria...Relógio que não mente.Aperto que irradiaE faz da minha vidaUm conteúdo que se esvaziaE só se preenche...No corpo da sua presença!

INQUIETUDE E DESTINO

Logo ao te ver, sentiTua voz, depois ouvi:“Quero dormir contigo”E em tua carta: “Fazer-te feliz...Por toda a vida, pra ti nasci”

Toda minha, eu todo teu.E não podemos nos ter?Por que, Prometeu?

Preconceito, insânia,Que permeiam?Anacronismo, censura,Hipocrisia, que incendeiam?

Ou interesse escuso,Censurável, que campeia?No âmago da famíliaQue a norteia?

Apesar disso, como esquecer?Tu és o meu ar, teu fogo sou eu!E nada vai evitarSejamos nós, tu e eu.

Em todos os termos,Espaços, lugares,Movimentados ou ermos.

Antes, agora, depois.E mesmo sem termosLido as obras de Nietzsche,Cervantes, ou Camões!

ENVENENAR

O veneno atua. O agir envelhece.Passos cadenciam músicas.Ouvidos temem o silêncio.O veneno conclama a vontadea partir do medo. O agir condensaa partida em doses: repeteo nome. Nomina. Denominano esgotar o espaço e sufocaro corpo ao cansaço

Pedro de Quadros Du BoisPraeclarus/Balneário Camboriú/SC

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A UM FILHO

Parte, meu filho... Desprende-te...Alça vôo...O parto é doloroso, Mas necessário...Breve serei apenas teu pai...Não serás mais meu filho...Parte!Teu brilho é imenso...Meu desejo de te abrigarNão pode ofuscar...És maior...Que minha capacidade de protegê-lo.Não te posso asilar eternamente...Se tudo não te dei,Não me lembres...Não te esqueças, porém,Vez por outra,De vires iluminarMeu caminhar..

Pedro Luiz Dias GaluchiDecano/São Paulo/[email protected]

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A ENXADA ABRINDO CAMINHOS

Ajuntou a terra num canteiro,Formou os jardins na primavera,De rastro, curvada plantou a raiz,Sulcando a terra, espalhou a semente.

Entreabriu uma sombra no caminho,Do adido misterioso ferindo o veio ocultoDeixou saltar a pepita de ouro.Fez chorar a grota em lágrimas de diamante.

Arejando e trabalhando a terraColocou sobre a mesa a oferendaDe duas eternidades: o pão para a força motriz;A hóstia para o perdão indulgente!

Piedosa depois de separar a terraE achar o mármore para a lápide,Ainda no derradeiro momento,Em silencio, abre-nos a sepultura!

Pilar Reynes CasagrandePraeclarus/Rio Claro/SP

[email protected]

Acadêmico Carlos Gustavo Fiorini, de Santa Cruz das Palmeiras/SP,Cadeira Jenny de Mattos Faro Pereira, da Área de Letras, da Galeria dosAcademicus Praeclarus do Clube dos Escritores Piracicaba. Lançamentoda Editora Gráfica São Paulo. Contato:[email protected].

FIORINI LANÇA NOVO LIVRO DE CONTOS

Acadêmico Geraldo José Sant Anna, de São José do Rio Preto/SP, CadeiraJuliana Dedini Ometto, da Área de Letras, do Colegiado Acadêmico do Clubedos Escritores Piracicaba, lança “Floriza e a bonequinha dourada”, daMágico de Oz Editora, na Bienal Internacional do Livro de São Paulo.

GERALDO LANÇA LIVRO INFANTIL NA BIENAL DE SÃO PAULO

Acadêmico Roberto Augusto de Piratininga Ferrari, de São Paulo/SP,Cadeira Jacob Diehl Netto, da Área de Letras, do Coilegiado Acadêmicodo Clube dos Escritores Piracicaba, autografa seu livro “Refúgio daAlma, no próximo dia 2 de junho, na Galeria de Arte André.

ROBERTO FERRARI LANÇA NOVO LIVRO

32 33 CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA ------------------- POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL------------------------------------------DOM DA PACIÊNCIA

Antes de te conhecer, eu já havia conhecido a loja de Deus.Sempre pegava, amor, humildade, compreensão, tolerância, paciência, e amor ao próximo,pois tenho um coração capaz de amar incondicional. Jamais abandonei a loja virei clienteespecial. Tinha livre acesso. Sempre me questionava o porque de encher a cestade paciência e tolerância? Mas Deus sabia!

Isso era o que importava. Certo dia em uma bela tarde “Eu teconheci”. Você foi um presente de Deus. Eu tive certeza. Sempre pedi a Deus alguém paraamar. Desde o primeiro dia, nunca mais se separamos. Descobri o porque de todosconhecimentos eu comprava cada dia mais. Principalmente a Paciência e Tolerância. Vocêé diferente.. e, como é diferente! Não conheceu o Amor.

Não sabe o que é Paciência e nem tão pouco a Tolerância. HáAmor ao Próximo? Isso você esqueceu completamente. Trata com total frieza as pessoas.Tem raiva do mundo. Até Deus você desacredita. Hoje sei o porque que Deus me deu você...Porque somente alguém com um coração tão digno poderia tolerar você.

Ter a paciência controlada, fingir não te ouvir, ignorar suaspalavras duras e frias. Aprendi a te dar amor sem retorno,

Palavras sem resposta ou resposta estúpidas. Aprendi a sermuda. Surda e as vezes cega. Quanto mais o tempo passa, mas eu agradeço a Deus. Por terme dado tempo para compreender-te. Por saber esperar e conhecer a hora certa de falar.Muitas coisas para você são absurdas, mas para me é normal. Prometi a Deus que te dariatudo que o mundo te negou. E hoje agradeço a Deus por superar os obstáculos. Consegui!

Venci! As vezes não sabemos a estrada que vamos andar. Mas Deussabe.

Helenice R. de Almeida PereiraConselho/Piracicaba/SP

[email protected]

Acadêmico José Aparecido Araújo, de São Paulo/SP, Cadeira ChafiqueJorge Aidar, da Área de Letras, da Galeria dos Academicus Praeclarusdo Clube dos Escritores Piracicaba, lança seu livro “O Mistério doCasarão”, durante a 23ª. Bienal Internacional do Livro.

JOSÉ ARAÚJO AUTOGRAFARÁ DA BIENAL INTERNACIONAL

Acadêmico Pedro de Quadros Du Bois, de Balneário Camboriú/SC,Cadeira Tereza Salvatti Delghíngaro, da Área de Letras, da Galeria dosAcademicus Praeclarus do Clube dos Escritores Piraciccaba, lança novolivro “Em Contos”, Lançado pelo Projeto Passo Fundo. Contato:pedro_dubois@terra,com,br

PEDRO DUBOIS LANÇA NOVO LIVRO

Raymundo Farias de Oliveira Colegiado/São Paulo/SP [email protected]

RETICÊNCIAS NA AREIA

Teus longos cabelos sedososBailavam soltosNa brisa leve que vinhaDas lonjuras do mar.Sob o olhar da lua brancaBoiando sossegada lá no céuNossas mãos se encontraramE então fomos caminhando,Caminhando, caminhando,Nossos pés descalçosSemeando reticênciasNa areia brancaO vento acariciando o silêncioE havia estrelas, muitas estrelasCintilando de alegriaNa imensidão do firmamentoE nós continuamos caminhando,Caminhando, caminhando,Sem pressa de chegar.

A MAGIA DO AMOR Amor é a maiorLiberdade para o infinitoEle é mágico porque nosEleva para as galáxiasMais distantes... O amor é o fogo que queimaOs corações apaixonadosO amor é a vidaRiqueza interior...

Regina Mércia Sene SoaresColegiado/Novo Horizonte/SP

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O ESPANTALHO

Sempre inerte naquele cruzamento,a figura alegórica e isoladade um espantalho erguendo as mãos ao ventonos êxtases de eterna gargalhada.

Sem lembranças, idade ou pensamento,sob a carícia estúpida do nadaapenas o nariz de um cão sarnento

ousa roçar-lhe a calça amarrotada.

Que faz ali alheio à plantaçãoem lugar tão contrário à enxada e ao grão,nessa matéria seca e vã de agora?

Sabe-se que ele tem o dom fantásticode retirar de um embornal de plástico,lumes que alvejam os vitrais da aurora...

Certa manhã em noite se enganara,sobre a lájea do asfalto se embaralhaum amontoado de pau, pano e palha,no ósculo da quimera mais avara.

Da perna ao meio-fio fez-se a varae o povaréu em tudo mexe e espalhagotículas do orvalho e da borralhadesse judas que o sol abandonara.

Do lábio torto um rogo de perdão...Entre os vergões da calejada mão,seiva, suor, lavoura... o M desfeito.

Mas antes que o esmiuçassem totalmente,um fato surpreendeu a muita gente...Havia um coração dentro do peito!

Reginaldo Costa de AlbuquerqueConselho/Campo Grande/MS

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3534 POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL------------------------------------------ ------------------------------------------

Terezinha Ofélia N. RennóColegiado/Itajubá/MG

[email protected]

Sigrid Spolzino Porto PontesColegiado/Brasília/DF

[email protected]

Vera Regina de BarcellosConselho/Florianópolis/[email protected]

Rita Bernadete Sampaio VelosaColegiado/Américo Brasiliense/SP

[email protected]

BRILHANTE

Ser brilhante!Quem quer ser brilhante?Quem pode ser brilhante?Quem consegue ser brilhante?

Ser brilhante o tempo todo?Em tudo que se faz?Qual o quê!

O brilho é um relance.O brilho é para o instante.A mediocridade é o mais constante.

CARINHO DAS ESTAÇÕES

Outono enfim...E, ainda verãotanto assim de primaveragotejar por mim...

SEM LIMITE

É no celeiro rico da memória,abrigo de semente promissora,que o ser humano guarda sua história,e fará dele a base propulsora.

Nesse celeiro é que reside a glóriaincomparável, seiva promotorade toda Arte que, em sua trajetória,germinará na seara genitora.

O celeiro mental, silo sagrado,depósito dos grãos do aprendizado,mesmo pequeno tudo nele cabe...

Não há limite em seu compartimento;multiplica-se a cada ensinamento:-Quanto mais cabe, nada inda se sabe.

AMIGAS PARA SEMPRE...

Li teu caderno cheio de alegriasTua capa tão floridaComo pétalas de diferentes coresAmarelo, branco, violetaFolhas miúdas...Viçosas em energiaExalando perfumesA todos que adrentavamNa flor canduraDa tua alma poéticaReluzente de luz...Portal da divina comédiaDas tranças de NitawaDos gorjeios poéticosDe Feijho relances de luzes..Dinah olhos verdes do mar...Francisco Serrador...o homem passaFernando Pessoa ... Ah. janelas...Cecília Meireles...ramas altasQuantas delícias desfrutar dos teus frutosOlhando a noite...adentrando a madrugadaSempre a madrugada de madrigais...e madressilvas Ah tuas madressilvas... OBJETO DE PRAZER

A jovem morena segue no ônibus, regressando a casa, ondemora com a mãe adoentada e dois irmãos pequenos.O sol nascido há pouco, cintila sobreo Bairro de Dois Unidos. O morro Alto do Capitão se destaca (por trás das residênciasconjugadas da Avenida Hildebrando de Vasconcelos), com suas casas de construçãoirregular e escadarias estreitas, longas. Ela salta do coletivo e logo, galga a escadaria. Sentindo-semais uma vez usada como objeto de prazer... Para satisfazer aos caprichos do homem quepôr a manter financeiramente, converte-a a escrava de sua tara. -- Mas um dia, serei uma nova Lurdinha. Promete-se em voz baixinha e respirando forte continua asubida dos degraus estreitos, indo ao encontro da realidade na figura da mãe adoentada edos irmãos pequenos, que a aguardam na casinha no alto. Novamente respira com força e prossegue adolorosa subida.

Paulo Alberto GarbusPraeclarus/Curitiba/[email protected]

Othniel Fabelino de SouzaConselho/Ribeirão Preto/SP Paulo Murilo Carneiro Valença

Praeclarus/Recife/[email protected]

Descobri porque a saudadeé tão cortejada assim...

Seu feitiço é uma verdade:sobrou até para mim!

Araçá e vermelhosDeixando na boca leve

sabor travoso.

Olhei na minha mãoum sete copa alumiandoe não me fiz de rogado.

Mas era somente ilusão!O parceiro tava descartandono fecha que levou do zape!

CAMA DE GATO

Carlos Moraes JúniorPraeclarus/Piracicaba/SP

[email protected]