Todos juntos para enfrentar as ameaças ao serviço …...fatia de benefícios, equivalendo a 94,3%...

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Desde o início do ano, os servidores públicos estaduais vivem a insegurança de terem seus salários pagos ou não. Para justificar o clima de incerteza, o governador fez uma caravana que percorreu diversas cidades do Estado, alegando como motivo a crise das finanças do Rio Grande do Sul. É preciso trazer a público a versão dos trabalhadores para a crise e desmentir os grandes meios de comunicação! A mídia tem qualificado o governo do Estado como paralisado, mas ela própria, no impulso de pautar a opinião pública, tem tentado requentar as medidas fracassadas de governos anteriores para, “solucionar a crise”. Não são poucas as páginas de jornal e textos de comentaristas “desinteressados” que defendem a extinção de serviços públicos, a volta dos pedágios e a entrega da administração de estatais para Organizações Sociais, uma espécie de terceirização. Numa demonstração clara de pautar a opinião pública e blindar o governo estadual, o jornal Zero Hora (Grupo RBS) publicou um vídeo em seu site explicando “porque o governo não paga o piso do magistério” culpando o grande número de aposentados, as gratificações e o plano de carreira. Cuidadosamente, a imprensa dá pouca relevância ao tema das desonerações fiscais. Segundo um estudo do próprio governo, as desonerações no Estado somaram R$ 13,9 bilhões em 2013. Deste total, as relativas ao ICMS (R$ 13,1 bilhões) representam a grande fatia de benefícios, equivalendo a 94,3% do total (Correio do Povo, 4/5/2015), destes estando disponíveis ao Estado aproxi- madamente 50%, segundo o próprio governo. Logo, a situação de penúria das finanças públicas no Estado é, em grande parte, o resultado da escolha entre o incremento da margem de lucro dos empresários em detrimento ao investimento nos serviços públicos e as necessidades do povo gaúcho. É possível alterar esta realidade ainda que gradativamente! É urgente que a população saiba como esta grave situação foi construída para que não recaia a culpa sobre os ombros dos trabalhadores. Os servidores organizaram-se respeitando suas reivindicações específicas, para que uma nova onda de ataques já vivida nos governos Brito e Yeda não prospere. A guerra fiscal, tão defendida por alguns ex- governadores agora mostra suas conse- quências: o montante de recursos que o tesouro abriu mão faz falta na contratação de policiais e professores, na construção de novos presídios, hospitais, escolas, etc. É necessário um forte contraponto à lógica de redução dos serviços públicos e a denúncia dos setores que estão mirando em fatias lucrativas do Estado. Existe saída para os serviços públicos do Rio Grande do Sul fora das privatizações, demissões e retirada de direitos. A aprovação do PL 4330/04, que terceiriza e precariza os direitos já conquistados, vai atingir a qualidade dos serviços públicos prestados à população. Por isso, nós, os trabalhadores públicos e privados, estamos unidos na luta para barrar, no Senado, a aprovação deste projeto. Todos juntos para enfrentar as ameaças ao serviço público gaúcho! CPERS, CUT/RS, SINDISPGE, CSP/CONLUTAS, SINDET, CEJUS, SINTERGS, ASEGERGS, ASJ-RS, UNIÃO GAÚCHA, CEAPE/TCE-RS, FESSERGS, ASSTBM, ABAMF, SINDIPERÍCIAS, SINDIPE, SINDIGERAL, ASPIRGS, SINDICIVIS, SISDAER, FEGASP, UGEIRM, SEMAPI, ASTC, SINDIFISCO/RS, ASDEP. Todos juntos para enfrentar as ameaças ao serviço público gaúcho! Todos juntos para enfrentar as ameaças ao serviço público gaúcho!

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Desde o início do ano, os servidores públicos estaduais vivem a insegurança de terem seus salários pagos ou não. Para justificar o clima de incerteza, o governador fez uma caravana que percorreu diversas cidades do Estado, alegando como motivo a crise das finanças do Rio Grande do Sul. É preciso trazer a público a versão dos trabalhadores para a crise e desmentir os grandes meios de comunicação! A mídia tem qualificado o governo do Estado como paralisado, mas ela própria, no impulso de pautar a opinião pública, tem tentado requentar as medidas fracassadas de governos anteriores para, “solucionar a crise”. Não são poucas as páginas de jornal e textos de comentaristas “desinteressados” que defendem a extinção de serviços públicos, a volta dos pedágios e a entrega da administração de estatais para Organizações Sociais, uma espécie de terceirização. Numa demonstração clara de pautar a opinião pública e blindar o governo estadual, o jornal Zero Hora (Grupo RBS) publicou um vídeo em seu site explicando “porque o governo não paga o piso do magistério” culpando o grande número de aposentados, as gratificações e o plano de carreira. Cuidadosamente, a imprensa dá pouca relevância ao tema das desonerações fiscais. Segundo um estudo do próprio governo, as desonerações no Estado somaram R$ 13,9 bilhões em 2013. Deste total, as relativas ao ICMS (R$ 13,1 bilhões) representam a grande fatia de benefícios, equivalendo a 94,3% do total (Correio do Povo, 4/5/2015), destes estando disponíveis ao Estado aproxi-

madamente 50%, segundo o próprio governo. Logo, a situação de penúria das finanças públicas no Estado é, em grande parte, o resultado da escolha entre o incremento da margem de lucro dos empresários em detrimento ao investimento nos serviços públicos e as necessidades do povo gaúcho. É possível alterar esta realidade ainda que gradativamente! É urgente que a população saiba como esta grave situação foi construída para que não recaia a culpa sobre os ombros dos trabalhadores. Os servidores organizaram-se respeitando suas reivindicações específicas, para que uma nova onda de ataques já vivida nos governos Brito e Yeda não prospere. A guerra fiscal, tão defendida por alguns ex-governadores agora mostra suas conse-quências: o montante de recursos que o tesouro abriu mão faz falta na contratação de policiais e professores, na construção de novos presídios, hospitais, escolas, etc. É necessário um forte contraponto à lógica de redução dos serviços públicos e a denúncia dos setores que estão mirando em fatias lucrativas do Estado. Existe saída para os serviços públicos do Rio Grande do Sul fora das privatizações, demissões e retirada de direitos. A aprovação do PL 4330/04, que terceiriza e precariza os direitos já conquistados, vai atingir a qualidade dos serviços públicos prestados à população. Por isso, nós, os trabalhadores públicos e privados, estamos unidos na luta para barrar, no Senado, a aprovação deste projeto.

Todos juntos para enfrentar as ameaças ao serviço

público gaúcho!

CPERS, CUT/RS, SINDISPGE, CSP/CONLUTAS, SINDET, CEJUS, SINTERGS, ASEGERGS, ASJ-RS, UNIÃO GAÚCHA, CEAPE/TCE-RS, FESSERGS, ASSTBM, ABAMF, SINDIPERÍCIAS, SINDIPE, SINDIGERAL, ASPIRGS, SINDICIVIS, SISDAER, FEGASP, UGEIRM, SEMAPI, ASTC, SINDIFISCO/RS, ASDEP.

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