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Sumário

LIGAÇÕES QUÍMICAS.............................................................................................................. 2

POLARIDADE DAS LIGAÇÕES .............................................................................................. 8

GEOMETRIA MOLECULAR ..................................................................................................... 9

FORÇAS INTERMOLECULARES ......................................................................................... 12

FUNÇÕES INORGÂNICAS .................................................................................................... 16

Ácidos ..................................................................................................................................... 17

Bases ...................................................................................................................................... 22

Óxidos .................................................................................................................................... 25

Sais ......................................................................................................................................... 28

REAÇÕES QUÍMICAS ............................................................................................................ 32

BALANCEAMENTO DE EQUAÇÕES ................................................................................... 35

GABARITO ................................................................................................................................ 38

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................................... 39

2

ETAPA 2

LIGAÇÕES QUÍMICAS

Os átomos dificilmente ficam sozinhos na natureza. Eles tendem a se unir

uns aos outros, formando assim tudo o que existe hoje.

Alguns átomos são estáveis, ou seja, pouco reativos. Já outros não

podem ficar isolados. Precisam se ligar a outros elementos. As forças que

mantêm os átomos unidos são fundamentalmente de natureza elétrica e são

chamadas de Ligações Químicas.

Ligação iônica

A ligação iônica consiste na transferência de elétron(s) de um metal

(cátion) para um ametal (ânion). Essa transferência de elétron(s) é originada de

uma forte atração eletrostática entre esses íons. Os compostos que

apresentam essa ligação são chamados compostos iônicos.

Para demonstrarmos a forma como ocorre a ligação iônica, iremos utilizar

o método de Lewis, no qual representamos apenas os elétrons da camada de

valência do átomo por pontos.

Para não termos que fazer a distribuição eletrônica para cada átomo

utilizado, iremos utilizar as características de como foi organizada a tabela

periódica, de que as famílias têm características em comum. Esta regra só é

válida para os elementos representativos (famílias 1 e 2, e famílias 13 a 18).

Para descobrir quantos elétrons na última camada tem um átomo,

devemos ver a que família ele pertence. Por exemplo, todo átomo pertencente

à família possui 1 elétron na última camada, na família 2, 2 elétrons, na família

13 até a 18 devemos diminuir 10 do número da família, logo teremos para a

família 13, 3 elétrons na última camada. Agora vejamos o exemplo abaixo da

ligação entre o sódio (Na) e o cloro (Cl):

Na família 1 1 elétron na última camada

Cl família 17 7 elétrons na última camada

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Com isso, teremos o primeiro esquema abaixo:

Na primeira parte acima, o átomo de cloro, por ser mais eletronegativo,

captura o elétron da última camada do sódio, ficando com 8 elétrons na

camada de valência e o sódio, por já estar com a penúltima camada completa

(estável) perde este elétron e completa a sua valência.

Ao acontecer esta transferência de elétrons, teremos a fórmula iônica

abaixo:

Como estamos apenas representando a última camada de cada átomo,

deste modo o de sódio não possui nenhum ao seu redor, quanto ao cloro, este

capturou o elétron do sódio ficando assim com oito elétrons ao seu redor. Para

diferenciar aquele que recebeu elétrons, nós o colocamos dentro de colchetes,

o ponto no meio dos símbolos significa que estes estão se ligando.

Quanto aos sinais, o sódio por ter perdido 1 elétron, ficará com uma carga

positiva não anulada, por isso o sinal positivo, quanto ao cloro, é o inverso,

porque ganhou 1 carga negativa (elétron) ficará com esta não anulada.

Como, neste caso, utilizamos nesta ligação apenas um cloro e um sódio,

devemos indicar tal fato. Assim ficamos com a fórmula mínima abaixo,

lembrando que devemos iniciar com o cátion e depois com o ânion:

Na1Cl1 = NaCl

Em casos que a quantidade é um, não é necessário mostrá-la.

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Há casos onde a proporção entre os átomos não é 1:1, então devemos

realizar como o exemplo abaixo:

Para completar a valência de qualquer um dos átomos, podemos

aumentar a quantidade do oposto até que ambos os elementos estejam

completos.

Ligação covalente

Se não todos, mas a maioria dos ametais da tabela

periódica estabelecem entre si ligações onde há compartilhamento de elétrons,

ou seja, o par ou pares de elétrons fazem parte, quase que simultaneamente,

dos átomos que participam da ligação.

Alguns compostos como CO2 (gás carbônico), HCl (ácido muriático),

SiO2(sílica) são exemplos de espécies de maior caráter covalente, assim,

tomando o dióxido de carbono, os dois átomos de oxigênio (com 6 elétrons na

última camada) adquirem mais 2 elétrons do carbono (com 4 elétrons na última

camada) e completam o octeto. Da mesma forma, como o

carbono compartilha 4 pares com cada átomo de oxigênio (portanto, 8 elétrons)

também adquire condição de octeto completo.

Vejamos abaixo como podemos demonstrar essa ligação, tomemos como

exemplo o H2O:

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Devemos perceber que neste tipo de ligação cada átomo está entrando

com um elétron, e o par forma a ligação. Para sabermos quantas ligações um

átomo fará obrigatoriamente, vemos quantos elétrons ele possui na última

camada e diminuímos de 8, esse valor será a quantidade de ligações que ele

fará.

O oxigênio, por exemplo, possui 6 elétrons de valência, diminuindo de 8

temos que ele deve fazer obrigatoriamente 2 ligações covalentes normais,

quanto ao hidrogênio , esse possui apenas 1 elétron, ou seja, ele irá se igualar

ao hélio, que possui 2 elétrons na última e única camada, se tornando estável

deste modo com apenas 1 elétron. Para finalizar demonstramos desta maneira:

H – O – H

Veja que cada par de elétrons é representado com um risco, quanto mais

pares de elétrons, mais riscos. Mas vejamos outro exemplo, agora utilizando o

SO2. Vemos que ambos, enxofre e oxigênio, precisam fazer 2 ligações, porém

há mais átomos querendo fazer ligações do que átomos suficientes para tal,

além do que há mais do que dois átomos nesta fórmula, assim faremos da

seguinte forma:

Primeiro, há uma regra, com algumas exceções, que o primeiro átomo da

fórmula será o átomo que colocaremos no meio da representação, os outros

ficarão ao redor. Segundo, completaremos a valência de dois destes átomos, o

enxofre e um oxigênio, ficando da seguinte maneira:

Agora se formos contar a quantidade de elétrons ao redor de cada átomo

veremos que o enxofre e o oxigênio ligado a ele completaram o octeto, porém o

outro oxigênio não, então o que podemos fazer?

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Podemos emprestar um par, sempre pares, de elétrons para o oxigênio,

lembrando que no momento que é emprestado algo, esse algo não é perdido,

ele será, neste caso, utilizado pelos dois átomos,este tipo de ligação é

chamada de ligação coordenada ou dativa.

Finalizamos a representação desta maneira:

O = S O

Onde a ligação coordenada é representada com uma flecha, saindo de

quem está emprestando o par de elétrons e chegando em quem irá recebê-los.

Ligação metálica

A grande maioria dos metais já identificados possui propriedades

físicoquímicas bem semelhantes: facilidade em perder elétrons (frente ao seu

ganho, em geral), elevados pontos de fusão e ebulição, boa condutividade

elétrica e térmica, brilho característico.

Boa parte dessas propriedades é fruto da interação entre os átomos na

rede cristalina que compõe o metal: observa-se que há um mesmo tipo de

ligação entre átomos, que se repete ao longo da rede. Assim, é definida

a ligação metálica.

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Uma das teorias mais aceitas é que os cátions de um metal encontram-se

unidos por um “mar” de elétrons vizinhos: esses recobrem toda a superfície do

metal, tanto que a corrente elétrica pode ser transmitida sem muita resistência.

Como já citado anteriormente, os elétrons de uma barra de cobre, por

exemplo, possuem certa mobilidade. Assim, se for aplicado uma diferença de

potencial em um dos lados dessa barra, certamente haverá condução

de corrente elétrica. Assim como, se uma das pontas for aquecida, também

haverá condução de calor (a outra ponta também aumentará de temperatura,

gradativamente).

Exercícios

1. Um elemento X, pertencente à família (2A) da tabela periódica, forma

ligação química com outro elemento Y da família (7A). Sabendo-se que X não é

o Berílio, qual a fórmula do composto formado e o tipo de ligação entre X e Y?

2. Um elemento químico A, de número atômico 11, um elemento químico

B, de número atômico 8, e um elemento químico C, de número atômico 1,

combinam-se formando o composto ABC. As ligações entre A e B e entre B e

C, no composto, são respectivamente:

A) covalente, covalente;

B) iônica, iônica;

C) iônica, covalente;

D) covalente, dativa;

E) metálica, iônica.

3. Na reação de um metal A com um elemento B, obteve-se uma

substância de fórmula A2B. O elemento B provavelmente é um:

A) Halogênio

B) Metal de transição

C) Metal Nobre

D) Gás raro

E) Calcogênio

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4. Considere o elemento cloro formando compostos com,

respectivamente, hidrogênio, carbono, sódio e cálcio. (Consulte a tabela

periódica.). Com quais desses elementos o cloro forma compostos covalentes?

5. As unidades constituintes dos sólidos: óxido de magnésio (MgO), iodo

(I2) e platina (Pt) são, respectivamente:

A) átomos, íons e moléculas;

B) íons, átomos e moléculas;

C) íons, moléculas e átomos

D) moléculas, átomos e íons;

E) moléculas, íons e átomos.

POLARIDADE DAS LIGAÇÕES

A polaridade das ligações esta intimamente ligada a uma das

propriedades dos átomos, a eletronegatividade. Mas o que é esta polaridade?

Polaridade é a capacidade que as ligações possuem de atrair cargas

elétricas (negativas ou positivas), e o local onde ocorre este acúmulo

denominamos de polos, estes se classificam em polos negativos ou positivos.

Na ligação iônica, onde já ocorre transferência de carga elétrica negativa

(elétrons), sendo essa definitiva, formando os íons de cargas opostas e,

portanto, apresentam polos.

Ou seja, toda ligação iônica é uma ligação polar (aquela que possui

polos).

Entretanto na ligação covalente pode existir ou não ligações polares (com

polos) ou apolares (sem polos) e como foi dito no início está diretamente

associada à eletronegatividade.

Para isso devemos pensar que a ligação covalente é como se fosse um

cabo de guerra, ou seja, o lado que tiver mais força para puxar os elétrons os

trará para si. Então se um átomo “ganha o cabo de guerra” ele estará atraindo

carga negativa, logo ficando mais negativo; quanto ao outro, este estará se

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distanciando de cargas negativas, logo ficando mais positivo. Vejamos o

exemplo abaixo da molécula de água:

Porém, e se ambos os átomos possuírem a mesma eletronegatividade o

que acontecerá? Se ambos têm a mesma força, logo ninguém “ganhará o cabo

de guerra”, assim a carga negativa não se moverá para cima de nenhum átomo

da molécula, não formando desta maneira os polos, então essa ligação será

apolar. Como na molécula de O2:

GEOMETRIA MOLECULAR

A geometria molecular baseia-se na forma espacial que as moléculas

assumem pelo arranjo dos átomos ligados. Assim, cada molécula apresenta

uma forma geométrica característica da natureza das ligações

(iônicas ou covalentes) e dos constituintes (como elétrons de valência

e eletronegatividade).

Para entendermos melhor a questão da geometria molecular devemos

tentar compreender a Teoria da Repulsão dos Pares Eletrônicos. Essa nos

aponta que os pares de elétrons que fazem parte da ligação ou que sobraram

ao redor do átomo central se comportam como nuvens eletrônicas, logo se

repelem, assim elas tendem a manter a maior distância possível entre si. Mas,

como as forças de repulsão não é suficiente para quebrar a ligação entre os

átomos, a molécula distancia as ligações na forma de ângulos formados entre

eles.

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Para melhor descobrir a que tipo de geometria uma molécula se

enquadra, siga as dicas abaixo:

Como descobrir Geometria Imagem

Quando há apenas

2 átomos ou

quando há 3

átomos no total e

não sobra mais

nenhum elétron ao

redor do átomo

central

Linear

Quando há 3

átomos no total e

há elétrons

sobrando ao redor

do átomo central.

Angular

Quando há 4

átomos no total e

não sobra nenhum

elétron ao redor do

átomo central.

Triangular

planar

Quando há 4

átomos no total e

sobram elétrons ao

redor do átomo

central.

Piramidal

11

Quando há 5

átomos no total e

não sobra nenhum

elétron ao redor do

átomo central.

Tetraédrica

Quando há 5

átomos no total e

sobram elétrons ao

redor do átomo

central.

Quadrado

planar

Quando há 7

átomos no total e

não sobra nenhum

elétron ao redor do

átomo central.

Octaédrica

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FORÇAS INTERMOLECULARES

As forças intermoleculares são aquelas responsáveis por manter

moléculas unidas na formação dos diferentes compostos, elas se classificam

em força dipolo dipolo, força dipolo induzido e ligação de hidrogênio.

Como o próprio nome diz, estas interações são entre moléculas, não

dentro da molécula.

Força dipoloinduzido: é causada pelo acúmulo de elétrons em

determinada região da molécula.

As interações intermoleculares presentes nas moléculas apolares são as

dipoloinduzido, mas não ocorrem o tempo todo, a distribuição de elétrons na

eletrosfera dessas moléculas é uniforme. Contudo, em algum instante ocorre

um acúmulo de cargas positivas e negativas (polos) nas extremidades, é aí que

as forças dipolo induzido aparecem, e como o próprio nome já diz, elas

induzem as moléculas vizinhas a criarem esses polos.

Forças dipolo dipolo: força intermolecular presente em compostos

polares. Veja abaixo:

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Percebe-se o átomo de cloro tem sobre ele há uma densidade negativa e

sobre o hidrogênio positivas, formando em cima da molécula de ácido clorídrico

(ácido muriático) polos. Deste modo, por atração eletrostática, os polos

positivos e negativos das moléculas opostas interagem.

Ligações de hidrogênio: estas ligações ocorrem entre moléculas que

contêm átomos de hidrogênio ligados a átomos de nitrogênio, flúor, oxigênio,

ou seja, elementos muito eletronegativos, por isso os polos - ficam mais

acentuados.

A molécula de água é um exemplo clássico das ligações de hidrogênio,

onde átomos de hidrogênio se unem fortemente aos átomos de oxigênio de

outras moléculas para formar a cadeia de H2O.

Com as três interações já definidas podemos ver, quanto à força de cada

uma, ficando em ordem crescente:

Força dipolo – induzido < Força dipolo – dipolo < Ligação de hidrogênio

Assim, quanto mais forte a interação, maior será o ponto de ebulição de

uma substância, menor será seu ponto de fusão, por exemplo.

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Exercícios

1. Considerando a molécula de amônia, assinale a alternativa correta:

A) A geometria molecular corresponde a um tetraedro regular.

B) O átomo de nitrogênio e dois átomos de hidrogênio ocupam os vértices

de um triângulo equilátero.

C) O centro da pirâmide formada pelos átomos de nitrogênio e pelos

átomos de hidrogênio é ocupado pelo par de elétrons livres.

D) Os átomos de hidrogênio ocupam os vértices de um triângulo

equilátero.

E) As arestas da pirâmide formada pelos átomos de nitrogênio e pelos

átomos de hidrogênio correspondem à ligações iônicas.

2. De acordo com a Teoria da Repulsão dos pares eletrônicos da camada

de valência, os pares de elétrons em torno de um átomo central se repelem e

se orientam para o maior afastamento angular possível. Considere que os

pares de elétrons em torno do átomo central podem ser uma ligação covalente

(simples, dupla ou tripla) ou simplesmente um par de elétrons livres (sem

ligação).

Com base nessa teoria, é correto afirmar que a geometria molecular do

dióxido de carbono é:

A) trigonal plana.

B) piramidal.

C) angular.

D) linear.

E) tetraédrica.

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3. Na escala de eletronegatividade, tem-se:

Li H Br N O

1,0 2,1 2,8 3,0 3,5

Esses dados permitem afirmar que, entre as moléculas a seguir, a mais

polar é:

A) O2 (g)

B) LiBr (g)

C) NO (g)

D) HBr (g)

E) Li2 (g)

4. A ligação covalente de maior polaridade ocorre entre H e átomos de:

A) F

B) Cl

C) Br

D) I

E) At

5. Dadas as substâncias:

1. CH4 2. SO2 3. H2O

4. Cl2 5. HCl

A que apresenta o maior ponto de ebulição é:

A) 1

B) 2

C) 3

D) 4

E) 5

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6. O dióxido de carbono, presente na atmosfera e nos extintores de

incêndio, apresenta ligação entre os seus átomos do tipo ....... e suas

moléculas estão unidas por ....... .

Os espaços acima são corretamente preenchidos pela alternativa:

A) covalente apolar - forças de Van der Waals

B) covalente apolar - atração dipolo induzido-dipolo induzido

C) covalente polar - ligações de hidrogênio

D) covalente polar - forças de Van der Waals

E) covalente polar - atração dipolo dipolo

FUNÇÕES INORGÂNICAS

Imagine-se chegando a um supermercado e todos os itens das prateleiras

estivessem sem nenhuma organização: massas misturadas com bebidas,

produtos de limpeza e higiene, carnes, verduras e assim por diante. Com

certeza você demoraria horas e horas para encontrar o produto desejado.

Essa ilustração nos ajuda a entender como a organização em grupos com

características semelhantes é importante e facilita a vida das pessoas.

Na Química se dá o mesmo. Com o passar do tempo e com a descoberta

de milhares de substâncias inorgânicas, os cientistas começaram a observar

que alguns desses compostos podiam ser agrupados em famílias com

propriedades semelhantes. Esses grupos são chamados de funções.

Na química inorgânica há quatro funções principais: óxidos, bases, ácidos

e sais.

Para defini-las há diversos conceitos, assim escolhemos definir as três

primeiras funções segundo o conceito de Arrhenius. Vejamos quais são os

compostos que compreendem cada grupo:

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Ácidos

São compostos covalentes que reagem com água (sofrem ionização),

formando soluções que apresentam como único cátion o hidrônio, H3O1+ (ou,

conforme o conceito original e que permanece até hoje para fins didáticos, o

cátion H1+).

HCl H+ + Cl - ou HCl + H2O H3O+ + Cl -

Sendo que estes ácidos podem ser classificados como ácidos fracos,

aqueles que liberam pouquíssima quantidade de H+ por uma grande

quantidade de moléculas de ácido, e ácidos fortes, aqueles que se ionizam

completamente ou mais do que 90% da quantidade total.

Exemplos de alguns ácidos fortes: ácido sulfúrico (H2SO4), ácido

clorídrico (HCl), ácido cianídrico (HCN), ácido fosfórico (H3PO4) e ácido nítrico

(HNO3).

Exemplos de alguns ácidos fracos: ácido hipocloroso (HClO), ácido

fluorídrico (HF), ácido carbônico(H2CO3), ácido acético (C2H4O2).

Entretanto os ácidos são divididos em dois grandes grupos, os que

contêm oxigênio (oxigenados) e os sem oxigênio (não oxigenados). Isso irá

diferenciar em diversos fatores, muitas vezes em relação à força do ácido, mas

há diversas exceções. Para reconhecê-los de outra forma sem ser pela

fórmula, devemos utilizar a nomenclatura oficial.

Ácidos não oxigenados

Para utilizar esta nomenclatura os ácidos devem seguir este modelo: HA,

onde o A é qualquer ametal encontrado na tabela periódica. Assim teremos

para a regra geral:

Ácido (nome do elemento sem “o” final) + ídrico

Vejamos o exemplo: HBr

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Acima temos um ácido não oxigenado, que obedece ao exemplo HA,

sendo o A desta fórmula o bromo; segundo a regra geral, devemos retirar o “o”

final, ficando com o radical brom, inserindo este na fórmula geral teremos o

resultado abaixo:

Ficando assim com: Ácido bromídrico

Ácidos oxigenados

Antes de continuar com a nomenclatura de ácidos oxigenados, devemos

entender que os ametais pertencentes às famílias 13 a 17 podem fazer várias

ligações extras (ligações coordenadas) fora aquelas que necessitam, isso irá

mudar a quantidade de átomos usados, logo no nome do dado composto.

Assim abaixo há as cargas, que iremos chamar daqui para frente de Número

de oxidação (NOX), dos elementos pertencentes a essas famílias.

Família 13 Família 14 Família 15 Família 16 Família 17

+3 +4 +5 +6 +7

+1 +2 +3 +4 +5

-5 -4 -3 -2 +3

+1

-1

Podemos perceber que há mais de uma carga (NOX) para cada família,

assim iremos dividir da família 13 a 15 em maior e menor NOX, considerando

por enquanto apenas os NOX’s positivos.

Quando dado elemento central possuir o maior NOX de sua família

utilizaremos o sufixo ico, quando for o menor utilizaremos o sufixo oso.

Ficando com a fórmula geral abaixo:

ácido (nome do elemento sem “o” final) + sufixo (ico ou oso)

Vejamos abaixo:

H3PO4

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Vejamos, para descobrir o NOX do elemento central possuímos alguns

dados fixos, por exemplo, o NOX do hidrogênio é sempre +1 e do oxigênio -2,

porém isso é válido apenas para um átomo destes, para mais devemos

multiplicar pela quantidade da fórmula. Vejamos abaixo:

+

1

-

2

H

3

P O

4

+

3

x -

8

Como não conhecemos o valor do fósforo, utilizaremos como seu valor

“x”. Para descobrir o valor do “x” neste caso devemos pensar que a parte

inferior é como uma equação e que quando somamos todas as cargas da

molécula deve ser sempre igual a “0”, assim:

+

1

-

2

H

3

P O

4

+

3

x -

8

=

0

+ 3 + x – 8 = 0

x = + 8 – 3

x = + 5

Através da equação acima descobrimos que o NOX do fósforo é igual a

+5, que é o maior NOX dentro da família 15 a qual pertence, assim segundo a

regra geral teremos que seu nome:

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Ficando assim com: Ácido fosfórico

Como já foi dito, esta regra só é válida para as famílias de 13 a 16, quanto

à família 17, por possuir mais de uma carga, teremos que modificar um pouco a

regra:

ácido prefixo + (nome do elemento sem “o” final) + sufixo (ico ou oso)

Onde o prefixo é o que se segue, segundo os NOX’s abaixo:

Prefixo Família 17 (NOX)

Per + 7

Não há + 5

Não há + 3

Hipo + 1

Assim o ácido abaixo ficaria:

HClO4

+

1

-

2

H C

l

O

4

+

1

x -

8

=

0

+ 1 + x – 8 = 0

x = + 8 – 1

x = + 7

Ácido Perclórico

Alguns elementos, devido ao radical de seu nome não se reproduzir em

todas as línguas, estes foram trocados para seus radicais em latim, sendo os

mais comuns o enxofre sulfur, ouro aurus (radical utilizado =aur), prata

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argentum (radical utilizado = argent), chumbo Plumbus (radical utilizado =

plumb), nitrogênio Nitro (radical utilizado = nitr).

Exemplos de usos: Ácido sulfúrico, ácido sulfuroso, ácido nítrico, ácido

nitroso.

Fórmula estrutural

Para achar a fórmula estrutural de um ácido devemos seguir algumas

regras.

Para ácidos oxigenados

1. Para cada átomo de hidrogênio iremos ligar um oxigênio;

2. Depois ligamos estes oxigênios no átomo central;

3. Em seguido, se sobrar oxigênios, ligamos estes ao átomo central por

ligação covalente normal ou coordenada.

Para ácidos não oxigenados

1. Ligar todos os hidrogênios ao ametal.

Ex.: H2SO3

Ex.: H3P

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Bases

São compostos capazes de se dissociar na água liberando íons, mesmo

em pequena porcentagem, dos quais o único ânion é o hidróxido, OH1-.

Exemplos:

NaOH Na1+ + OH1-

Ca(OH)2 Ca2+ + 2 OH1+

Bases principais: Hidróxido de sódio (NaOH – soda cáustica), Hidróxido

de cálcio (Ca(OH)2– cal hidratada), Hidróxido de magnésio(Mg(OH)2– leite de

magnésia) e Hidróxido de amônio (NH4OH).

Nomenclatura oficial

Para bases não há uma divisão como em ácidos, existe apenas um tipo

de base, assim a divisão que será feita será em relação ao “tipo” de NOX que

cada metal da base terá. Por exemplo, o sódio, por ser pertencente à família 1,

tem como único NOX possível +1, assim não é necessário inserir isso no nome

oficial, deste modo a regra geral ficaria:

Hidróxido de elemento

As famílias de metais que possuem NOX fixo são as famílias 1 e 2 e os

seguintes metais (de transição) alumínio (Al NOX +3), zinco (Zn +2) e

prata (Ag +1).

Ex.: Zn(OH)2 Hidróxido de zinco

Porém quando o metal possui mais de NOX, devemos demonstrar isso no

nome oficial. Podemos em uma primeira opção modificar a regra geral acima

colocando no final o NOX do metal em números romanos:

Hidróxido de elemento NOX do metal em números romanos

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Mas como podemos saber qual metal tem NOX variável? Bem simples, se

ele não estiver na lista de NOX fixos acima, logo ele será variável.

Ex. 1:Fe(OH)3

Neste caso que há um número fora do parêntese, este irá multiplicar as

quantidades de cada elemento dentro do parêntese:

FeO3H3

x – 6 + 3 = 0

x = + 6 – 3

x = + 3

Ficando assim com: Hidróxido de ferro III

Porém podemos utilizar mesmo método que utilizamos para os ácidos

oxigenados, onde o maior NOX teria no final o sufixo ico e o menor oso.

Hidróxido (elemento sem “o” final) + sufixo

Para isso precisamos saber os NOX desses metais:

Cu (Cobre) e Hg (Mercúrio) = +1 e +2

Au (Ouro) = +1 e +3

Fe(Ferro), Co(Cobalto) e Ni(Níquel) = +2 e +3

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Pb (Chumbo) e Pt(Platina) = +2 e +4

Cr(Cromo) = +2, +3 e +6

Mn(Manganês) = +2, +3, +4, +6 e +7

Ex.: Ni(OH)2 NiO2H2

x - 4 + 2 = 0

x = + 4 - 2

x = +2

Por ser o menor NOX do níquel utilizaremos o sufixo oso:

Ficando assim com: Hidróxido niqueloso

Fórmula estrutural

Para a fórmula estrutural teremos que unir a ligação iônica com a

covalente da seguinte maneira:

Hidroxila (OH-1)

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Ex: Mg(OH)2

Óxidos

São substâncias que possuem oxigênio ligado a outro elemento químico,

eles são compostos binários, isto é, são substâncias formadas pela

combinação de dois elementos. Um desses elementos é sempre o oxigênio

(O).

Os óxidos podem ser classificados em dois diferentes grupos: ácidos e

básicos.

Óxidos ácidos: também chamados de anidridos, eles se formam a partir

da reação com água originando ácidos. Nestes óxidos o elemento químico

junto ao oxigênio é um ametal. Exemplo: o ácido sulfúrico (H2SO4) se forma a

partir do trióxido de enxofre (SO3) em presença de água (H2O).

SO3 + H2OH2SO4

Óxidos básicos: nesse caso a reação é com base levando à formação

de sal e água. Neste óxido o elemento químico junto ao oxigênio é um metal.

Exemplo: o hidróxido de cálcio (Ca(OH)2) provém da reação do óxido de cálcio

(CaO) com a água.

CaO + H2OCa(OH)2

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Nomenclatura

Para nomear os óxidos há três diferentes maneiras, sendo a primeira

quanto à quantidade. Para tal é necessário saber os prefixos de quantidade

utilizados:

Quant. Prefixo Quant. Prefixo

1 Mono 8 Oct

2 Di 9 Non

3 Tri 10 Dec

4 Tetr 11 Undec

5 Pent 12 Dodec

6 Hex 13 Tridec

7 Helpt 14 Tetradec

Assim teremos a regra geral:

Prefixo + óxido de prefixo + elemento

Ex.: P2O5

Ficando assim com: Pentóxido de difósforo

Para a segunda regra utilizaremos a mesma que a dos ácidos

oxigenados.

óxido (elemento sem o “o” final) + sufixo

Ex.: CO2

x - 4 = 0

x = + 4

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Como esse é o maior NOX da família 14, a qual o carbono pertence,

teremos como sufixo o ico.

Ficando assim com: Óxido carbônico

A terceira se divide em duas, e é válida apenas para os óxidos básicos,

devido à apenas estes conterem metais.

Utilizaremos o mesmo estilo das bases, onde caso o NOX do metal for

variável colocaremos o seu NOX em números romanos no final, caso seja NOX

fixo, então deixaremos sem o número no final.

Óxido de elemento (NOX em números romanos)

NOX

variável

óxido de elemento

NOX fixo

Ex. 1: Na2O Na pertence à família 1 que possui NOX fixo

Ficando assim com: Óxido de sódio

Ex. 2: Au2O Ouro tem NOX variável, podendo ser +1 ou +3

Como há dois Au, então teremos 2x.

-

2

A

u2

O

2

x

-

2

=

0

2x - 2 = 0

x = 1

Ficando assim com: óxido de ouro I

28

Sais

Para definir um sal iremos partir do conceito de Arrrhenius, assim sais são

compostos que provêm ou dos ácidos, pela substituição total ou parcial dos

seus cátions, ou das bases, pela substituição total ou parcial dos grupos OH-

pelos ânions dos ácidos. Exemplos:

HI + NaOH NaI + H2O

H2SO4 + 2NaOH Na2SO4

Segundo os exemplos, os sais podem ser considerados como produtos,

aqueles que são formados, de uma reação de neutralização. Será uma

neutralização total quando no sal formado não restarem nem grupos OH-1 nem

hidrogênios (H1+). Caso contrário, será parcial.

Solubilidade

Todos os sais se dissociam, ou seja, os cátions se separam dos ânions

formando assim íons em solução. Em muitos sais isso não ocorre totalmente,

por exemplo, alguns em uma quantidade de 100 moléculas desses apenas 2

ou 3 se dissociam, os outros permanecem inalterados.

Entretanto, apesar de ser teoricamente impossível prever a solubilidade

em água de sais, a prática exige esse conhecimento, existem algumas

pequenas regras para saber se é solúvel em água ou não, sendo elas:

a. Todos os sais de metais alcalinos e de amônio (NH4+) são solúveis.

b. Todos os sais que contêm ânions NO3-, ClO3-, ClO4- e H3CCOO- são

solúveis. São praticamente solúveis o AgC2H3O2, o KClO4 e o NH4ClO4.

c. Todos os sais que contêm ânions Cl-, Br- e o I- são solúveis, exceto os

de Ag+, Pb2+ e Hg22+.

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d. Todos os sais de SO42- são solúveis, exceto os de Pb2+, Sr2+ e Ba2+.

Os sulfatos de Ca2+ e Ag+ são poucos solúveis.

e. Todos os sais que contêm ânions CO32-, PO43-, S2- e SO32- são

insolúveis, exceto os de amônio (NH4+) e os de metais alcalinos.

Nomenclatura

O nome de um sal normal guarda correspondência com o nome do ácido

e da base que o origina, por exemplo:

H2SO4 + 2NaOH Na2SO4 + H2O

Ácido sulfúrico Hidróxido de sódio sulfato de sódio Água

Para haver essa correspondência há a troca dos sufixos finais e seguindo

a regra geral:

Nome do ânion de nome do cátion

Se o nome do ácido termina em ídrico, o do sal termina em eto.

Se a terminação do ácido é oso, a do sal será Ito.

Se a terminação do ácido é ico, a do sal será ato.

Ex. 2:

Fe(OH)3 + H2SO3 FE2SO3 + H2O

hidróxido de ferro III ácido sulfuroso

Trocando o sufixo oso no ácido por ito e tirando o ácido do nome teremos

sulfito, da base tirando o hidróxido ficaremos com ferro III, então apenas

aplicamos na regra geral agora:

Nome do ânion de nome do cátion

Sulfito de ferro III

30

Exercícios:

1. Sabe-se que a chuva ácida é formada pela dissolução, na água da

chuva, de óxidos ácidos presentes na atmosfera. Entre os pares de óxidos

relacionados, qual é constituído apenas por óxidos que provocam a chuva

ácida?

A) Na2O e NO2

B) CO2 e MgO

C) CO2 e SO3

D) CO e NO2

E) CO e NO

2. As indústrias de produção de vidro utilizam a areia como principal fonte

de sílica (SiO2) para conferir o estado vítreo. Utilizam, ainda, com a finalidade

de reduzir a temperatura de fusão da sílica, os fundentes Na2O, K2O e Li2O. A

escolha dos óxidos de sódio, potássio e lítio para reagir com a sílica e dar

origem a um produto vítreo de menor ponto de fusão deve-se ao fato de esses

óxidos manifestarem caráter:

A) básico

B) neutro

C) ácido

D) misto

E) anfótero

3. Assinale a alternativa que apresenta dois produtos caseiros com

propriedades alcalinas:

A) Sal e coalhada.

B) Leite de magnésia e sabão.

C) Bicarbonato e açúcar.

D) Detergente e vinagre.

E) Coca-cola e água de cal.

31

4. Sobre o ácido fosfórico, são feitas cinco afirmações seguintes:

I) Têm forma molecular H3PO4 e fórmula estrutural.

II) É um ácido triprótico cuja molécula libera três íons H+ em água.

III) Os três hidrogênios podem substituídos por grupos orgânicos

formando ésteres.

IV) É um ácido tóxico que libera, quando aquecido, PH3 gasoso de odor

irritante.

V) Reage com bases para formar sais chamados fosfatos.

Dessas afirmações, estão corretas:

A) I e II, somente.

B) II, III, IV, somente.

C) I e V, somente.

D) III e V, somente.

E) I, II, III e V, somente.

5. Ao dissociar em água destilada o ácido ortofosfórico (H3PO4), resultam

como cátion e ânion:

A) 3H+(aq) e PO4-3 (aq)

B) PO4-3 (aq) e 3H-(aq)

C) PO4-3 (aq) e H+(aq)

D) 2H+(aq) e PO4-3 (aq)

E) 3H+(aq) e HPO4-2(aq)

6. Dê os nomes respectivos dos seguintes ácidos:

A) HNO3

B) H3PO2

C) H2SO4

D) HF

E) H4SiO4

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REAÇÕES QUÍMICAS

As reações inorgânicas são transformações da matéria onde ocorrem

mudanças na composição química, resultando em um ou mais

produtos.Basicamente, podem-se classificar as reações inorgânicas em quatro

grupos: síntese, análise, deslocamento e dupla-troca.

Antes devemos entender as partes da equação química.

A + B C + B

Reagentes Produtos

Acima temos uma reação química simples apenas com letras para melhor

dividir a equação química. A sua principal função é demonstrar de forma

sistemática o que acontece na reação química. Para formas mais didáticas

separamos a equação em duas partes distintas: início e fim. Entretanto não

devemos achar que isso é o que acontece na realidade, isso é apenas uma

representação devido à complexidade da reação na realidade.

O que chamamos de início da reação, representados pelas letras antes

da flecha, são chamados de reagentes, ou seja, seriam os ingredientes para

um bolo, por exemplo, e o fim, depois da flecha, chama-se de produtos, o bolo

em si. A flecha representa todos os passos necessários para que os reagentes

se tornem os produtos. Pois vejamos como na verdade seria a reação abaixo:

CH4 + O2CO2 + H2O

Síntese

Reações de síntese também são conhecidas como adição ou

composição. Poderá ser total, quando os reagentes de partida forem

substâncias simples, ou parcial, quando pelo menos um dos reagentes for uma

substância composta. De modo geral, uma reação de síntese é caracterizada

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pela existência de substânciais mais simples nos reagentes e mais complexos

nos produtos.

A + B AB Equação Geral

H2 + 1/2O2 H2 0 Síntese total

SO3 + H2 O H2 SO4 Síntese Parcial

Análise

Reações de análise também são conhecidas como decomposição ou

subtração. Poderá ser total, quando os produtos gerados forem substâncias

simples, ou parcial, quando pelo menos um dos reagentes for uma substância

composta.

AB A + B Equação Geral

CaCO3 CaO + CO2 Análise Parcial

Deslocamento

Reações de deslocamento também são conhecidas como simples troca.

Poderá ocorrer a substituição entre dois metais ou entre dois não metais,

conforme os reagentes de partida. De modo geral, uma reação de

deslocamento é caracterizada pela substituição de duas espécies entre os

reagentes, estas de mesma carga elétrica (dois cátions ou dois ânions).

AB + C AC + B Equação Geral

2HCl + F2 2HF + Cl2

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Dupla troca

Reações de dupla troca também são conhecidas como troca total. De

modo geral, uma reação de dupla troca pode ser identificada pela “união” entre

o cátion do primeiro reagente e o ânion do segundo e vice-versa:

AB + CD AD + CB Equação Geral

HCl + NaOH NaCl + H2O

Exercícios

1. Dê nomes às reações (reação de síntese, decomposição, simples troca

ou dupla troca), de acordo com os reagentes e produtos, justificando a

resposta:

A) Zn + Pb(NO3)2 Zn(NO3)2 + Pb

B) FeS + 2 HCl FeCl2 + H2S

C) 2 NaNO3 2 NaNO2 + O2

D) N2 + 3 H2 2 NH2

2. Classifique as reações a seguir:

A) Zn + 2 HCl ZnCl2 + H2

B) P2O5 + 3 H2O 2 H3PO4

C) CuSO4 + 2 NaOH Cu(OH)2 + Na2SO4

D) Cu(OH)2 CuO + H2O

E) AgNO3 + NaCl AgCl + NaNO3

F) CaO + CO2 CaCO3

G) 2 H2O 2 H2 + O2

H) Cu + H2SO4 CuSO4 + H2

I) CuCl2 + H2SO4 CuSO4 + 2 HCl

35

BALANCEAMENTO DE EQUAÇÕES

Nas reações acima, foi visto em diversos exemplos números na frente de

moléculas, porém nada se falou o que eram, assim para explicá-los melhor

podemos fazer uma pequena comparação. Por exemplo, se foi feito um suco

de três laranjas, mas havia apenas uma laranja isso é um erro, pois

matematicamente é impossível; o que na verdade havia três vezes mais

laranjas ou foi feito um suco três vezes menor.

Com o exemplo acima vimos que há um fator de multiplicação ou divisão

para que ambos, início e fim, sejam verdadeiros, em uma reação química o

mesmo vale, a diferença é que em uma equação química comparamos a

quantidade de átomos no início e no fim de uma reação. Vejamos um exemplo:

Na + O2 Na2O

Podemos ver que antes da flecha há, pelo número na parte inferior do

elemento, um sódio (Na) e dois oxigênios (O) e depois da flecha temos dois

sódios e um oxigênio, essa comparação não é verdadeira, para corrigir este

erro iremos utilizar da multiplicação por algum numero que iguale a equação.

Assim podemos pôr um 2 em frente ao sódio:

2Na + O2 Na2O

Agora vemos que as quantidades de sódios são iguais, porém os

oxigênios ainda não estão igualados, então teremos que multiplicar um deles,

mas qual? Quando houver esta dúvida vemos o que está menos difícil de

ajeitar ou que não modificará nenhum valor. Então o mais livre é o O2. Para

igualá-lo podemos pensar na forma de equações, desta maneira:

2x = 1

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Vemos que precisamos de um número, x, que multiplicado pelo valor na

parte inferior do oxigênio, 2, que deve ser igual a 1. Quando for resolvida a

conta lembre-se que este número não pode ser decimal (o,...), mas sim inteiro

ou fracionário. Deste modo resolvendo a equação de cima teremos um valor

igual a 1/2, se dividirmos esta fração teremos o valor igual a 0,5, que não é

permitido, logo usaremos o 1/2:

2Na + ½ O2 Na2O

Deste modo, ambos os lados estão igualados.

Um método para igualar os lados de forma mais simples ou sistemática é

seguindo certa ordem: Metal, Ametal, Carbono, Oxigênio e Hidrogênio,

utilizando apenas as iniciais,nós obteremos a palavra “MACHO”. Vejamos um

exemplo abaixo:

FeS2 + O2 Fe2O3 + SO2

Utilizando a ordem, vemos que o primeiro a ser corrigido é o metal, com o

auxílio da tabela periódica vemos que dentro da equação acima é o ferro (Fe).

Antes da flecha, este possui um apenas, caso não tenha nada na parte inferior

direita do elemento o valor é um, e depois da flecha é igual a dois, assim que

número multiplicado pelo 1 fará com que o resultado seja o 2:

1x = 2

x = 2

Assim, multiplicaremos o 2 pela parte mais simples da equação.

2 FeS2 + O2 Fe2O3 + SO2

O seguinte é Ametal ou Carbono, como não há carbono então iremos

direto para o ametal, que é o enxofre (S) e vemos que há nos reagentes (antes

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da flecha) 4 enxofres e nos produtos (depois da flecha) 1 enxofre. Mas por que

há 4 enxofres se a fórmula mostra apenas 2? Simples, pois o 2 na frente da

molécula de FeS2 multiplica a quantidade de todos os elementos, ou seja,

temos 2 ferros e 4 enxofres. Temos a equação abaixo então:

4 = 1x

4 = x

Então sabemos que devemos multiplicar o lado com menor quantidade

por 4, ficando da seguinte maneira a equação química:

2 FeS2 + O2 Fe2O3 + 4 SO2

Deste modo passamos para o hidrogênio, este não tem, logo passamos

para o último, que é o oxigênio. Vemos que nos reagentes temos apenas 2

oxigênios e nos produtos temos 11 oxigênios, dos quais 3 são da molécula de

Fe2O3 e 8 da multiplicação do 4 pelo 2 do oxigênio na molécula de SO2, ou

seja, é necessário levarmos em conta todos os mesmos elementos de lados

iguais, como foi feito acima.

Então precisamos de um número que multiplicado por 2 dê um valor igual

a 11, assim temos a equação abaixo:

x.2 = 11

x = 11/2

Vemos que o valor deu igual a 11/2, que se for resolvido dará decimal, o

que não é permitido, assim utilizaremos o valor fracionário, ficando a reação

final ajustada e balanceada:

2 FeS2 + 11/2 O2 1Fe2O3 + 4 SO2

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GABARITO

Ligações químicas

1.Elemento X é Magnésio e o Y é o Cloro

2.C

3.C

4.Hidrogênio e carbono

5.C

Polaridade, geometria molecular e forças intemoleculares

1.D 2.D 3.B 4.A 5.C 6.V

Funções inorgânicas

1.C 2.A 3.B 4.E 5.A

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

SARDELLA, Antônio. Curso de química: Química geral, São Paulo – SP:

Editora Ática, 2002. 25ª Edição, 2ª impressão. 448 págs.

MAHAN Bruce M., MYERS Rollie J. Química: um curso universitário, São

Paulo – SP: Editora Edgard Blücher LTDA, 2005. 4ª tradução americana,

7ª reimpressão. 592 págs.

ATKINS, Peter. LORETTA, Jones. Princípios de química: questionando a

vida moderna e o meio ambiente; tradução Ricardo Bicca de Alencastro. –

3ª Ed. – Porto Alegre: Bookman, 2006. 968 páginas.

PERUZZO, Francisco Miragaia (Tito); CANTO, Eduardo Leite; Química na

Abordagem do Cotidiano, Ed. Moderna, vol.1, São Paulo/SP- 1998.