TOLERÂNCIA AO ESTRESSE HÍDRICO EM Eucalyptus · estresse hidrico) 20. A gs pode ser útil em PMF...
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Estresse – qualquer fator que proporciona uma redução na
taxa de crescimento, desviando este do máximo. Exerce
uma influencia desvantajosa sobre a planta. Pode ser
causado por escassez ou excesso de algum fator de
crescimento.
Estresse hídrico – é a principal causa de redução na
produtividade agrícola e florestal. Geralmente, está
associado à baixa disponilidade de água às plantas, o.s.,
DÉFICIT HÍDRICO
8
Tolerância à seca• refere-se à aptidão da planta para enfrentar um ambiente
desfavorável
• complexa
• envolve mecanismos isolados e, ou em conjunto para evitar
ou tolerar períodos de deficiência hídrica
• tem uma base molecular/genética.
Uma resposta fisiológica específica ao déficit hídrico
representa, na realidade, a combinação de eventos
moleculares prévios que foram ativados pela
percepção do sinal de estresse.
9
ACLIMATAÇÃO – aumento da tolerância como consequência
de exposição anterior ao estresse
ADAPTAÇÃO – se refere a um nível de resistência
geneticamente determinado, adquirido por um processo de
seleção durante muitas gerações
10
A perda de água pela célula altera o potencial de pressão (tensão física; turgor) e o potencial osmótico (concentração) dessas células. Isso provoca alterações na membrana celular e em vários de seus componentes assim como na concentração celular de metabólitos. Alterações na conformação da membrana celular provocam mudanças em canais de transporte ativados por pressão, modificam a conformação ou a justaposição de proteínas sensoriais críticas embebidas nas membranas celulares, e alteram a continuidade entre a parede celular e membrana celular. Estas modificações ativam complexos enzimáticos, que iniciam uma cascata de eventos moleculares que levam à indução da expressão de várias categorias de genes (Fonte: Nepomuceno et al., 2001)
16
Respostas das plantas ao déficit hídrico
• Ajuste osmótico
• Proteínas Lea
• Proteínas de choque
térmico
• Prolina e polióis
(manitol, sorbitol, inositol,
mio-inositol e pinitol e
seus derivados).
• Aquaporinas
• ABA (a grande maioria
dos genes induzidos
pela DH e estudados até
hoje são tambem
induzidos pelo ABA)
• Açúcares (trehalose,
sacarose),
• Ubiquitina
17
1. Retardo da desidratação - capacidade da planta manter os tecidos
túrgidos. Pode-se ter plantas que economizam (consomem
moderamente a água, conservando parte no solo para uso
posterior) e plantas que despendem água (consomem
irrestritamente, usando muitas vezes grandes quantidades de
água).
2. Tolerância à desidratação – capacidade de manter o
funcionamento mesmo desidratada
3. Escape da seca – planta completa o seu ciclo antes do início da
seca.
Mecanismos de resistência à seca
18
A maioria dos mecanismos de tolerância à
seca tendem a proporcionar menor potencial
de produção, posto que os mecanismos que
garantem sucesso de adapatação à seca estão
relacionados mais ao aumento da
sobrevivência do que de crescimento
1) Redução na área foliar (AF)
2) Abscisão foliar
3) Maior crescimento (aprofundamento) radicular
4) Fechamento estomático
5) Ajuste osmótico
6) Aumento da resistência ao fluxo de água na fase líquida
– cavitação (rompimento da coluna liquida sob tensão no
xilema)
7) Proteção da superfície foliar (deposição de cera)19
Linhas de defesa à seca:
Fechamento estomático
• ocorre em resposta à mudancas no potencial hídrico foliar (Ψf)
e, ou mudanças no status hídrico do solo. Mudanças no conteúdo
de água no solo causam o fechamento estomático, antes mesmo
de haver qualquer mudança no conteúdo de água das folhas,
devido a sinalização na comunicação raiz-parte aérea (ABA,
redistribuição de ions inorgânicos e mudanças no pH na seiva do
xilema
• Sob seca leve a moderada, a condutância estomática (gs) parece
ser a principal causa de redução na fotossíntese (A).
• A forte relação entre gs e alguns parâmetros fotossintéticos
levaram alguns autores a sugerirem o uso da gs como um
parâmetro de referência para identificar níveis de tolerância ao
estresse hidrico) 20
A gs pode ser útil em PMF pois tem uma relação importante
com:
a) perda de água por transpiração (E) e absorção de CO2 ( e
consequentemente crescimento)
b) economia de água pelo fechamento estomático e
aumento na tolerância ao estresse térmico
c) está sob controle genético
21
Ajuste osmótico – refere-se ao acúmulo de solutos (açúcares,
ácidos orgânicos, aminoácidos, íons orgânicos: K,…) no vacúolo
quando as plantas são expostas à baixa disponibilidade de água.
Solutos compativeis – são sintetizados para manter um equilíbrio
no potencial hídrico na célula (prolina, alcóois de açucar, glicina
betaína…). Não interferem na função das enzimas, são
acumulados no citoplasma.
Tem-se verificado redução na condutividade hidráulica na parte
aérea de plantas crescendo sob baixa disponibilidade hídrica,
provavelmente devido à redução no número ou no tamanho dos
vasos do xilema. 22
Eficiência no uso da água – EUA
EUA -instantânea – A/E = chamada de “Eficiência da transpiração”
EUA -intrínseca – A/gs
• Com o aumento da seca a redução proporcional em A é menor do
que em gs, o que implica em aumento na EUA -intrínseca
• A tendência para a EUA -instantânea aumentar com o fechamento
dos estômatos, significa que selecionar para melhorar a EUA pode
frequentemente ser o mesmo que selecionar para diminuir a
produtividade
23
• As linhas de defesa relacionadas ao desenvolvimento de raízes
mais profundas e redução na perda de água (controle estomático,
redução no tamanho das folhas e queda de folhas) previnem a
tensão produzida pelo deficit hídrico - Mecanismos de retardo na
desidratação
25
• O ajuste osmótico, elasticidade celular, biossíntese de proteínas
(p.e. dehidrina) redução da condutividade hidráulica e aumento da
resistência à cavitação permitem suportar o estresse -
Mecanismos de tolerância à desidratação.
EFEITOS DOS ESTRESSE HÍDRICO NAS PROPRIEDADES DA
MADEIRA
- Menor ângulo de microfibrilas da parede celular
- Aumento da DBM (acúmulo de extrativos na parede celular – vasos mais
abundantes, porém de menor lúmen)
- Redução no teor de celulose
- Aumento no teor de lignina
27
28
- Depende da idade da planta e das condições que as mesmas foram
submetidas (duração e intensidade do défici hídrico, dentre outros)
- Mudanças nos aspectos morfológicos (formação de menor número
de ramos; menor área foliar), fisiológicos (fotossíntese, condutância
estomática, transpiração), bioquimicos (aumento de açúcares e
prolina), menor mortalidade, diferenças na alocação de biomassa,
dentre outros
ACLIMATAÇÃO À SECA
29
- Muitas das características que explicam a adaptação de plantas a seca
são aquelas determinantes do desenvolvimento e forma de plantas, tais
como fenologia, o tamanho e a profundidade do sistema radicular,
propriedades do xilema ou armazenamento de reservas. Estas
carcaterísticas são mais constitutivas do que induzidas pelo estresse
(Chaves et al, 2003)
ACLIMATAÇÃO À SECA
35
Método de Ward
Quadrado da Distância Euclidiana
C_2
7C
_38
C_3
5C
_21
C_1
2C
_7C
_33
C_3
7C
_26
C_2
0C
_40
C_2
9C
_39
C_2
8C
_18
C_8
C_3
6C
_6C
_11
C_1
0C
_17
C_3
C_4
C_2
C_1
3C
_25
C_3
2C
_24
C_1
5C
_14
C_9
C_5
C_3
1C
_16
C_2
3C
_22
C_1
9C
_34
C_3
0C
_1
0
20
40
60
80
100
120(D
link/
Dm
ax)*
100
40 Clones de eucalipto x 2 regimes hídricos – 34 características avaliadas
36
1 2
3
4
5
6
7
8
9 10 11
12 13
14 15
16
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18 19
20
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22
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28 29
30
31
32 33
34
35
36
37
38
39
40
-12 -10 -8 -6 -4 -2 0 2 4 6 8 10
CP 1: 26.77%
-10
-8
-6
-4
-2
0
2
4
6
8
10C
P 2
: 14
.93%
IR‐ALTt IR‐ALTe
IR-DCt IR-DCe
IR‐NFt IR‐NFe
IR‐MSFt
IR‐MSFe
IR‐MSCt IR‐MSCe
IR‐MSRt IR‐MSRe
IR‐MSPAtIR‐MSPAt IR‐AFt
IR‐AFe
PHFt PHFe
FLUORt
FLUORe CLORt CLORe RWCt
RWCe At Ae
gst
gse
Et
Ee
EUA_INTt
EUA_INTe
EUA_INSTt
EUA_INSTe
-1.0 -0.5 0.0 0.5 1.0
CP 1 : 26.77%
-1.0
-0.5
0.0
0.5
1.0
CP
2 :
14.9
3%
40 Clones de eucalipto x 2 regimes hídricos – 34 características avaliadas
Método de Ward - Estressados (Mar_08)
C_4
0C
_29
C_2
2C
_33
C_2
1C
_35
C_2
7C
_26
C_2
0C
_38
C_3
4C
_17
C_1
8C
_37
C_3
9C
_8C
_12
C_1
1C
_10
C_7
C_3
6C
_28
C_6
C_2
5C
_23
C_3
1C
_16
C_1
9C
_13
C_5
C_2
4C
_32
C_1
5C
_14
C_9
C_3
0C
_3C
_4C
_2C
_1
0
20
40
60
80
100
120(D
link/
Dm
ax)*
100
37
Método Ward - Testemunhas (Mar_08)Quadrado da Distância Euclidiana
C_1
3C
_24
C_1
5C
_32
C_2
5C
_14
C_9
C_5
C_2
7C
_21
C_3
8C
_29
C_3
5C
_28
C_1
1C
_17
C_1
0C
_3C
_4C
_2C
_36
C_2
2C
_40
C_3
3C
_39
C_1
8C
_8C
_19
C_7
C_3
7C
_26
C_2
0C
_6C
_34
C_3
0C
_23
C_3
1C
_16
C_1
2C
_1
0
20
40
60
80
100
120
(Dlin
k/D
max
)*10
0
40 Clones de eucalipto x 2 regimes hídricos – 34 características avaliadas
Testemunha
Estressado
38
Componentes Principais - Testemunhas (Mar_08)
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10 11
12
13
14
15
16
17
18
19 20
21
22 23
24
25 26
27
28 29
30
31 32
33
34
35
36
37
38
39
40
-10 -8 -6 -4 -2 0 2 4 6 8 10
CP 1: 28.72%
-8
-6
-4
-2
0
2
4
6
8C
P 2:
23.
81%
Componentes Principais - Estressados (Mar_08)
1
2
3
4
5
6 7
8
9
10 11 12
13 14 15
16
17
18
19
20 21
22
23 24
25
26 27
28 29
30
31
32 33 34 35
36 37
38
39 40
-8 -6 -4 -2 0 2 4 6 8
CP 1: 27.69%
-8
-6
-4
-2
0
2
4
6
8
CP
2: 1
8.90
%
40 Clones de eucalipto x 2 regimes hídricos – 34 características avaliadas
Testemunha
Estressado
Componentes Principais - Testemunhas (Mar_08)
IR‐ALTt
IR-DCt
IR‐NFt
IR‐MSFt IR‐MSCt IR‐MSRt IR‐MSPAt IR‐AFt
PHFt
FLUORt CLORt
RWCt
At
gst Et
EUA_INTt EUA_INSTt
-1.0 -0.5 0.0 0.5 1.0
CP 1 : 28.72%
-1.0
-0.5
0.0
0.5
1.0
CP
2 :
23.8
1%
39
Componentes Principais - Estressados (Mar_08)
IR‐ALTe
IR-DCe
IR‐NFe
IR‐MSFe
IR‐MSCe
IR‐MSRe IR‐MSPAt
IR‐AFe
PHFe
FLUORe
CLORe
RWCe Ae
gse Ee
EUA_INTe
EUA_INSTe
-1.0 -0.5 0.0 0.5 1.0
CP 1 : 27.69%
-1.0
-0.5
0.0
0.5
1.0
CP
2 : 1
8.90
%
Estressado
Testemunha
40
NF (-19,9%) MSF (-31,6%) AF (-27,1%) PHf (-148%) RWC (-23%)
Testemunha 80.6a2 7.200a2 999.9a2 -0.776a2 91.18a2
Estressado 64.6a1 4.927a1 729.4a1 -1.924a1 70.21a1
A (-54,5%) gs (-60,5%) E (-55,2%) EUA-intr (+12,5%) EUA-inst (+23,3%)
Testemunha 10.93a2 0.474a2 6.91a2 29.46a1 1.876a2
Estressado 4.93a1 0.187a1 3.10a1 33.15a2 1.438a1
Comportamento de algumas características avaliadas em 40 clones de eucalipto submetidos a dois regimes hídricos
RECOMENDAÇÕES E CONCLUSÕES
42
Grande variação genotípica com a idade, intensidade do déficit
hídrico
Herança quantitativa
Existência de diferentes mecanismos de tolerância à seca, atuando
isoladamente e, ou em conjunto