Tonina e nocicepção

59
UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES ALEXANDRO DE LIMA SOUZA TONINA E NOCICEPÇÃO Mogi das Cruzes, SP 2007

description

fisiologia da dor em camundongos transgênicos que superespressam tonina de rato.

Transcript of Tonina e nocicepção

  • UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES ALEXANDRO DE LIMA SOUZA

    TONINA E NOCICEPO

    Mogi das Cruzes, SP 2007

  • UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES ALEXANDRO DE LIMA SOUZA

    TONINA E NOCICEPO Dissertao apresentada ao mestrado em Biotecnologia da Universidade de Mogi das Cruzes como parte dos requisitos para obteno do ttulo de mestre.

    rea de Concentrao: Biolgica

    Orientador: Prof. Dr. Jorge Luiz Pesquero

    Mogi das Cruzes, SP 2007

  • FINANCIAMENTO

    Os laboratrios de Biofsica e de Farmacologia da Inflamao da UFMG contam com toda a infra-estrutura para desenvolver o projeto proposto. Alm disso, o projeto conta com apoio financeiro da Fapesp e do CNPq.

    Ficha Catalogrfica elaborada por Cntia de Azevedo Loureno Bibliotecria e Professora do Curso de Biblioteconomia da UFMG

    612 S719t Souza, Alexandro de Lima

    Tonina e nocicepo / Alexandro de Lima Souza. 2007.

    46 f. : il. ; 30 cm.

    Dissertao (mestrado) Universidade de Mogi das Cruzes, Programa de Ps-graduao em Biotecnologia, 2007.

    Orientao: Prof. Dr. Jorge Luiz Pesquero.

    1. Fisiologia da dor. 2. Tonina. 3. Nocicepo. 4. Angiotensina II. 5. Opiides. I. Ttulo.

  • DEDICATRIA

    Dedico este trabalho Isabel de Lima Souza (em memria)

  • Em todo verdadeiro pesquisador da natureza mora uma espcie de reverncia religiosa, pois ele se d conta de que possvel imaginar-se como sendo o primeiro a ter conscincia da trama incomparavelmente delicada que une suas percepes. A manifestao de conhecimento que no havia ainda sido posta a nu produz no investigador sensao semelhante surgida na criana que procura alcanar o nvel de domnio com que os adultos manipulam as coisas.

    (Albert Einstein)

  • AGRADECIMENTOS

    Ao prof. Jorge Luiz Pesquero, pela orientao, dedicao e perseverana, por ser antes de qualquer coisa, um grande amigo, que mesmo tendo pontos de vistas diferentes, tem me apoiado nos caminhos da academia e da vida. Aos professores, estagirios e tcnicos da UFMG pelo apoio e colaborao nos momentos de dvida e necessidade de apoio. Dra. Cntia de Azevedo Loureno, por tornar menos dolorosa essa via sacra, como esposa e como amiga.

  • RESUMO

    A angiotensina II (Ang II), o principal efetor do sistema renina-angiotensina (SRA) um peptdeo hormonal com potente atividade vasoconstritora, sendo tambm reconhecido como um peptdeo regulatrio multifuncional, com ao em diversos tecidos. As aes da Ang II no sistema nervoso central incluem: elevao da presso arterial, regulao do balano eletroltico, aumento da liberao de vasopressina, o aumento do apetite ao sdio e da ingesto de gua, a natriurese, possivelmente funes cognitivas. Tambm tem sido proposto o envolvimento do SRA no processamento central da informao sensorial. A tonina uma serina-proteinase capaz de formar Ang II a partir da angiotensina I (Ang I), a partir do angiotensinognio (AG) e de peptdeos sintticos correspondentes poro tetradecapeptdica N-terminal do (AG(1-14)). Recentemente, geramos camundongos transgnicos que apresentam superexpresso da tonina de rato [TGM(rTon)]. Este animal vem sendo estudado quanto ao fentipo em termos bioqumicos, fisiolgicos e morfolgicos. O animal apresenta pequeno, mas significativo aumento nos nveis pressricos, apesar de os nveis teciduais e circulantes de angiotensina II no serem diferentes dos nveis do animal selvagem. O TGM(rTon) provavelmente apresenta alteraes a nvel renal. Em relao ao volume urinrio no observamos diferenas significativas entre o TGM(rTon) e seu controle, porm para a gua ingerida observamos aumento na quantidade para o animal transgnico e este animal apresentou uma reduo da osmolaridade da urina. Neste trabalho estudou-se a resposta nociceptiva do animal TGM(rTon). Utilizamos para isso o teste das contores abdominais ao cido actico, teste de formalina e ainda o teste de rota-rod. Os resultados apresentam evidencias de que o animal TGM(rTon) apresenta reduo da capacidade motora, observada no teste do rota-rod. Esta reduo da capacidade motora dos animais TGM(rTon) pode, em parte, ser explicada por um possvel aumento nos nveis de opiides, uma vez que tonina capaz de hidrolisar beta-LPH e liberar peptdeos com ao opiide. No entanto, com relao a nocicepo, o TGM(rTon) apresentou significativo aumento na sensibilidade a dor, especificamente na segunda fase do teste da formalina, fase na qual so liberados os agentes inflamatrios. Em concluso, apesar do indcio da presena de opiides endgenos, percebidos atravs do estudo de motricidade, realizado pelo teste de rota rod, houve resposta hiperalgsica por parte dos animais TGM(rTon) na fase inflamatria do teste da formalina.

    Palavras-chave: Tonina, Nocicepo, Angiotensina II, Opiides

  • ABSTRACT

    Angiotesin II (Ang II), main trigger of the renin-angiotensin (SRA), is a hormonal peptide with potent vasoconstrictor activity, also being recognized as a multifunctional regulatory peptide, with action in several woven. Ang II's actions in the central nervous system include: elevation of the blood pressure, regulation of the swinging electrolytic, increase of the vasopressin liberation, the increase of sodium appetite and the increase of water ingestion, called natriurese, a process that possibly interferes in cognitive functions. There has also been proposed the involvement of SRA in the central processing of sensorial information. Tonin is a serine-proteinase capable of forming Ang II starting from angiotensin I (Ang I), or starting from angiotensinogen (AG) and of synthetic peptides corresponding to the N-terminal tetradecapeptidic portion of the (AG(1-14)). Recently we generated transgenic mice that presented super expression of the mouse tonin [TGM(rTon)]. This animal has been studied in relation to the phenotype in biochemical, physiological and morphological terms. The animal presents a small but significant increase in the pressure levels, although the tissue and circulation levels of angiotesin II are no different of the ones found in wild animals. The mouse tonin probably presents changes in the kidneys function. In relation to the urine volume we have not observed any significant changes between the TGM(rTon) and the control group, although we observed an increase in the amount of water ingested by the transgenic animal and this animals kidney presented a reduction of its filtration capacity. In this thesis we have studied the nociceptive answer of the animal TGM(rTon). For that, we used a test measuring the amount of abdominal contortion in response to acetic acid, a formalin test and a rota-rod test. The results show evidence that the TGM(rTon) animal presents a reduction of the motor skill, observed in the rota-rod test. This reduction may, in part, be explained by a possible increase of opioids, seeing that the tonine is capable of hydrolyzing beta-LPH and releasing peptides with opioid action. However, in relation to the nociceptivity, the TGM(rTon) presented a significant increase in its pain sensitivity, especially in the second fase of the formalin test, when the inflammatory agents are released. In conclusion, although there was a trace of endogenous opioids, noticed through the motricity study, realized through the rota rod test , there was an hiperalgesic response from the TGM(rTon) animals in the inflammatory fase of the formalin test.

    Keywords: Tonin, Nociception, Angiotesin II, Opioids

  • LISTA DE ILUSTRAES

    Figura 1. Sistema renina angiotensina .................................................... 12 Figura 2. Vias de formao de angiotensina II envolvendo o sistema

    tonina angiotensina ................................................................

    13

    Figura 3. Organizao das fibras aferentes primrias envolvidas na conduo de um estmulo nociceptivo desde a superfcie cutnea (terminal perifrico) at o como dorsal da medula espinal. NE, fibra nociceptiva especfica; NP, fibra nociceptiva polimodal; no-N, fibra no nociceptiva. Adaptado de Millan (1999) por Castro (2000) ............................................................

    18 Figura 4. Seqncia da construo gnica utilizada na gerao do

    camundongo transgnico que expressa tonina de rato ...........

    21 Figura 5. Aparelho de rota-rod da marca Ugo Basile .............................. 27 Figura 6. Caixa utilizada no experimento de contoro pelo cido

    actico .....................................................................................

    29 Figura 7. Camundongo TGM(rTon), aps experimento de contoro

    abdominal, j disponibilizado para ser submetido ao processo de eutansia .............................................................

    30 Figura 8. Tempo de permanncia, expresso em minutos, dos diferentes

    grupos, Swiss, selvagem e transgnico no teste do rota-rod. *p < 0,05 vs TGM(rTon). As colunas representam a mdia epm (n = 6) ..............................................................................

    32 Figura 9. Contores abdominais induzidas por cido actico em

    camundongos selvagens e TGM(rTon) em sistema monocego. As colunas representam a mdia epm (n = 6) ...

    33

    Figura 10. Teste de formalina. Nmero de lambidas induzidas pela injeo de formalina em camundongos selvagens (S) e transgnicos (T). A primeira fase corresponde ao tempo de 0 - 5 minutos aps a injeao e a segunda fase 15 - 30 minutos. *p < 0,05. As colunas representam a mdia epm (n = 6) .....

    34

  • LISTA DE ABREVIATURAS

    AG Angiotensinognio Ang I Angiotensina I Ang II Angiotensina II Arg. Xxx Arginina + qualquer radical AT1 Receptor ligado a protena-G AT2 Receptor ligado a protena-G CD Corno distal DNA cido desoxirribonuclico ECA Enzima conversora de angiotensina FAP Promotor para insero de seqncia de gene Fen. Xxx Fenilalanina + qualquer radical IASP Associao Internacional para o Estudo da Dor Icv Intracerebroventricular RPM Rotaes por minuto SRA Sistema renina-angiotensina SV40poliA Fator de superexpresso de gene inserido TGM Transgenic mouse

  • LISTA DE ANEXOS

    Tabela - Analise estatstica das contores abdominais em cido actico .....................................................................................

    Comit de tica ........................................................................................

  • SUMRIO

    1 INTRODUO ................................................................................... 11 1.1 Sistema renina-angiotensina ..................................................... 11 1.2 Sistema tonina-angiotensina II .................................................. 12 1.3 Dor e Nocicepo ...................................................................... 14

    1.3.1 Modulao da nocicepo ............................................... 17 1.3.2 Analgesia ......................................................................... 18 1.3.3 Dor e o sistema renina-angiotensina ............................... 20

    1.4 Camundongo transgnico que expressa tonina de rato ............ 21 2 OBJETIVOS ....................................................................................... 23

    3 MTODOS ......................................................................................... 24 3.1 Animais ...................................................................................... 25

    3.2 Mtodos para avaliar dor ........................................................... 25

    3.2.1 Teste do "rota-rod ........................................................... 26

    3.2.2 Teste de contoro abdominal ........................................ 27 3.2.3 Teste da formalina ........................................................... 30

    3.4 Anlise dos dados ..................................................................... 30

    4 RESULTADOS ................................................................................... 31

    4.1 Teste de rota-rod ....................................................................... 31

    4.2 Teste de contoro abdominal .................................................. 32 4.3 Teste de formalina ..................................................................... 33

    5 DISCUSSO ...................................................................................... 35 6 CONCLUSES .................................................................................. 38 7 REFERNCIAS .................................................................................. 39 ANEXOS ...............................................................................................

  • 1 INTRODUO 1.1 SISTEMA RENINA-ANGIOTENSINA

    A angiotensina II (Ang II), o principal efetor do sistema renina-angiotensina (SRA, Figura 1) um peptdeo hormonal com potente atividade vasoconstritora (PEACH, 1977), sendo tambm reconhecido como um peptdeo regulatrio multifuncional, com ao em diversos tecidos incluindo o crebro, o

    corao, a adrenal, o rim, e as gnadas (DZAU et al., 1986; DZAU et al., 1987; KUNAPULI et al., 1987; LINDPAINTER et al., 1987; KUMAR et al., 1989; LOPES et

    al., 1997). As aes da Ang II no sistema nervoso central incluem: elevao da

    presso arterial, regulao do balano eletroltico, aumento da liberao de

    vasopressina, aumento do apetite ao sdio e da ingesto de gua, denominada

    natriurese (FITZSIMONS, 1980; GANONG et al., 1982; OLSEN et al., 1985), e possivelmente funes cognitivas (PHILLIPS, 1987). Tambm tem sido proposto o envolvimento do SRA no processamento central da informao sensorial. Outros

    trabalhos mostram que a angiotensina II es t ligada nocicepo (Guasti et al., 1998).

    Pelo SRA, o angiotensinognio (AG) clivado pela renina, levando formao da angiotensina I (Ang I). A Ang I, pela ao da enzima conversora de

    angiotensina (ECA), hidrolisada na ligao Fen8-His9, com conseqente liberao do octapeptdeo Ang II. Outras vias enzimticas podem contribuir para a formao

    da Ang I e da Ang II (BOUCHER et al., 1974; GENEST, 1983). No se conhece ainda a importncia relativa de cada via formadora de Ang II que est presente nos

    diferentes tecidos, porm, existem indcios de que, em alguns neurnios cerebrais, a

  • maior parte da Ang II possa ser formada por outras enzimas que no a ECA e a

    renina (BUNNEMAN et al., 1993).

    Figura 1: Sistema renina angiotensina e efeitos mediados pelos receptores de angiotensina

    A presena do sistema renina-angiotensina j reconhecida em quase todos os tecidos (PHILLIPS et al.,1992). Isto particularmente significante no corao e na parede dos vasos sangneos, nos casos de arteriosclerose (PHILLIPS et al.,2002),( BRASIER et al.,2002), e falhas cardacas (DZAU, 1984), (NAKAMURA, M. et al.,1985),( DZAU,1986). A Ang II produzida em vrios tecidos de relevncia cardiovascular como a glndula adrenal (YOSIPIV,1996), corao e vasos sangneos (MOFFET, R. B. , BUMPUS, F. M. , HUSAIN, A.,1989), rins(CHIU, A. T. et al.,1989) e crebro (HEIN, L. et al. HEIN, L. et al.,1995). A Ang II a molcula chave do sistema, sendo um potente regulador da presso sangnea e do balano

    Asp.Arg.Val.Tir.Ile.His.Pro.Fen.His.Leu.Val.Ile ... Angiotensinognio humano

    Asp.Arg.Val.Tir.Ile.His.Pro.Fen.His.Leu Angiotensina I

    Asp.Arg.Val.Tir.Ile.His.Pro.Fen Angiotensina II

    Renina

    ECA

    receptor AT2

    Rim reteno de sdio fibrose

    Glndula adrenal liberao de aldosterona Corao

    inotropia cronotropia hipertrofia fibrose

    Vasos constrico hipertrofia

    Crebro sede apetite ao sal ativao simptica liberao de vasopressina

  • de gua e eletrlitos atravs da dipsognese e ativao do sistema nervoso

    simptico. Outras atividades relacionadas a Ang II incluem a modulao da liberao

    de hormnios da pituitria, interferncia com a aprendizagem e a atividade motora e

    regulao da temperatura corporal e analgesia. A ao da Ang II se d aps

    interao com um dos dois receptores ligados a protena-G, e denominados AT1 e

    AT2 (ICHIKI, T. et al.,1995),( WRIGHT, J. W. , HARDING, J. W.,1994),. Os principais efeitos da Ang II so mediados atravs do receptor AT1( MARRERO, M. B. et al.,1995). O receptor AT2 expresso durante a vida fetal em ncleos cerebrais distintos (GRADY, E. F. et al.,1991),(TSUTUMI, K. , SAAVEDRA, J. M.,1991) sugerindo possveis papis no crescimento, desenvolvimento e funes neuroniais.

    Estudos em camundongo transgnico, no qual o gene do receptor AT2 foi

    nocauteado, sugerem que este receptor pode estar envolvido no crescimento,

    desenvolvimento e comportamento explorador(HEIN, L. et al.,1995),( ICHIKI, T. et al.1995) . Os efeitos da Ang II, resultantes de sua interao com estes receptores especficos esto mostrados na figura 1.

    Enzimas semelhantes renina, proteinases como a catepsina D, a

    pepsina e outras aspartil-proteinases, so capazes de produzir Ang I a partir do AG.

    Alm disso, outras enzimas que no a ECA, so capazes de produzir Ang II, tanto a

    partir de Ang I como diretamente do AG, entre elas a catepsina G e a tonina.

    1.2 SISTEMA TONINA-ANGIOTENSINA II

    Tonina uma enzima da famlia das serina-proteinases, capaz de formar

  • Ang II tanto a partir da Ang I, como do AG (GRIS et al., 1981) e de peptdeos sintticos correspondentes poro tetradecapeptdica N-terminal do AG (AG (1-14)) (SCHILLER et al., 1976; PESQUERO et al., 1982) (Figura 2). Alm de liberar Ang II, foi demonstrado que a tonina capaz de hidrolisar pro-opiomelanocortina

    para produzir o hormnio adrenocorticotropina (ACTH) e hormnios peptdeos beta-lipotrpicos (SEIDAH et al., 1979), alm de degradar a substncia P (CHRTIEN et al., 1980, PESQUERO et al., 1982), clivando ligaes do tipo Arg. Xxx e Fen.Xxx, mostrando uma enzima com atividade trptica-quimotrptica.

    Figura 2. Vias de formao de angiotensina II envolvendo o sistema tonina angiotensina.

    Tonina est presente em vrios tecidos de rato, estando especialmente

    concentrada na glndula submandibular, onde representa 8% do contedo total de

    protena. liberada pela glndula na saliva e na corrente venosa (GARCIA et al., 1976). A atividade tonina no plasma de difcil determinao, pois a enzima encontra-se ligada a alfa2-macroglobulina, um inibidor proteico (Trembley et al., 1981). Tonina est presente em menores concentraes no pncreas, fgado, bao, partida, testculos, prstata e crebro (BOUCHER et al., 1974; JOHANSEN et al., 1987; WOODLEY-MILLER et al., 1987; ARAUJO et al., 1991).

    ECA

    Angiotensinognio

    Angiotensina I

    Angiotensina II

    Renina Catepsina D

    Quimase Catepsina G

    TONINA

    Catepsina G TONINA

  • Em trabalho realizado por Lopes et al. (1997), foram determinados os nveis de atividade tonina em diferentes regies do encfalo de rato. Os maiores

    nveis de atividade, encontrados utilizando-se o AG(1-14) como substrato, foram no arquicerebelo (flculo nodular) e na neurohipfise e os menores nveis no hipocampo e adenohipfise. No foi detectada atividade no crtex cerebelar e no

    plexo coride. Em trabalho desenvolvido por Araujo et al. (2002), foi mostrado que a injeo intracerebroventricular (icv) de tonina pode produzir efeito pressor em rato acordado. Observou-se aumento da ingesto de gua causado pela injeo icv de tonina, aumento que foi bloqueado completamente pela injeo prvia de losartan um antagonista de receptores AT1 de angiotensina.

    3. Dor e nocicepo

    Os antigos gregos, dentre eles Aristteles, acreditavam que a dor era um

    "desgosto", sentimento oposto ao prazer experimentado no corao, e Willian

    Harvey, descobridor da circulao, acreditava que o corao e no o crebro fosse o

    "sensorium communum" onde a dor era sentida (BONICA, 1976). Em 1644, Descartes descreveu a conduo das sensaes, inclusive dor, via "sensores

    delicados" contidos em nervos que conectava os tecidos ao crebro, onde a

    sensao era produzida.

    A dor um componente sintomtico de diversas desordens clnicas, afetando

    grande parte da populao (BESSON e DICKENSON, 1997). De um modo geral, a sua funo operar como mecanismo de auto-preservao do corpo, ocorrendo

    quando um tecido lesado quer seja por mtodos mecnicos ou por mtodos qumicos, fazendo com que o indivduo reaja com o intuito de remover a causa do

  • estmulo (DRAY, 1997). Segundo a Associao Internacional para o Estudo da Dor (IASP), a dor pode ser definida como uma experincia sensorial e emocional desagradvel, associada a dano tecidual ou potencial, ou descrita em termo de tal

    leso (MELZACK e LOESER, 1999; ALMEIDA et al., 2004). O estmulo da dor pode ocorrer mesmo em nveis sutis, nas atividades

    cotidianas onde pode ser acionado por causas muito diversas. Um exemplo que

    pode ser usado para descrever esse processo o da isquemia nos squios (ossos da bacia sobre os quais o peso do corpo depositado ao se sentar, quando uma

    pessoa permanece por muito tempo sentada e/ou devido a permanncia por um

    tempo prolongado numa mesma posio. Este comportamento leva a diminuio do

    fluxo sangneo, fazendo com que o indivduo sinta a necessidade de mudar de

    posio, movendo o peso corporal inconscientemente para permanecer sentado por

    um perodo mais prolongado (GUYTON, 2002; ALMEIDA et al., 2004). A dor uma experincia universal, cotidiana e quase sempre necessria.

    Pessoas com doenas congnitas ou adquiridas e que devido a isso so privadas de

    sensibilidade dolorosa, geralmente so acometidas por diversos tipos de ferimentos,

    sem perceber, correndo srios riscos de injrias letais (MELZACK e LOESER, 1999; ALMEIDA et al., 2004).

    Como exemplo de dessensibilizao dos nociceptores, podemos citar o caso

    dos diabticos, os quais perdem a sensibilidade nas extremidades, sendo isto

    denominado neuropatia decorrente dos nveis de glicemia alterados. Como este

    um mal secundrio decorrente do diabetes, os enfermos ferem-se nos ps com

    bastante freqncia sem perceberem, levando a necrose e eventualmente a uma

    amputao (SCHIMID, 2007). A hansenase outro exemplo de dessensibilizao dos nociceptores e, devido a isso, ao exporem uma leso causada pela doena a

  • estmulos mecnicos ou trmicos e qumicos, no se observa qualquer reao

    devido s leses causadas pela molstia (PEREIRA et al., 2006). Existe diferena entre os termos nocicepo e dor. O termo nocicepo

    refere-se a manifestaes neurolgicas, geradas por estmulos nocivos. A dor

    envolve a percepo de um estmulo aversivo e requer abstrao e elaborao do

    impulso sensorial (MELZACK e LOESER, 1999; ALMEIDA et al., 2004). Em 1906, Sherrington props o termo nociceptivo, referindo-se a um estmulo

    capaz de comprometer a integridade do organismo. Em animais esses estmulos

    produzem respostas reflexas (aumento das atividades respiratria e cardaca, dilatao da pupila) e comportamentais (reao de escape, localizao) integradas em algum local. Em humanos, a sensao produzida por esses estmulos, algumas

    vezes era considerada como dor aguda. Atualmente, a descrio da dor baseia-se

    em dois tipos diferentes: dor rpida e dor lenta (GUYTON, 2002; ALMEIDA et al., 2004). A dor rpida caracterizada pelo estmulo e resposta dentro do tempo de aproximadamente 0,1 segundo, enquanto a dor lenta a resposta pode vir a partir de

    um segundo ou mais. A dor rpida descrita de modos diferentes como dor sbita,

    dor picada, dor aguda e dor eltrica. Geralmente esse tipo de dor sentido quando a

    pele cortada, espetada por agulhas ou agudamente queimada. Importante

    ressaltar que esse tipo de dor aparece geralmente de maneira superficial, no sendo

    caracterstica em tecidos profundos (GUYTON, 2002; ALMEIDA et al., 2004). A dor lenta tambm chamada por nomes bastante diversos como, por exemplo, dor

    surda, dor nauseante e dor crnica. Geralmente essa dor associada destruio

    de tecidos, se prolongada pode se tornar insuportvel. Esse tipo de dor pode ocorrer

    na pele ou em tecidos profundos (GUYTON, 2002; ALMEIDA et al., 2004).

  • 3.1. Modulao da nocicepo

    A ao pr-nociceptiva de substncias algognicas reflete a capacidade de

    mobilizao das fibras aferentes primrias (FAPs) e a transmisso ortodrmica do impulso nervoso em direo ao corno dorsal (CD) da medula espinhal (figura 3). As fibras de um modo geral participam nos efeitos em cascata que transmitem os

    estmulos de dor ao sistema nervoso central. De acordo com Castro (2000), as fibras aferentes primrias so:

    1. Fibras C: dimetro pequeno (0,4 - 1,2 m), mielinizadas e de conjuno lenta (0,5 2,0 m/seg), localizam-se ao longo das paredes das veias desecadeando uma resposta de dor surda.

    2. Fibras A: dimetro mdio (2 - 6 m), mielinizadas e de velocidade de conjuno intermediria (12 - 30 m/seg), desencadeando uma resposta de dor de natureza rpida e lancinante.

    3. Fibras A: dimetro grande (>10 m), mielinizadas e de conjuno rpida (30 - 100 m/seg). Este grupo de fibras participa muito pouco de processos nociceptivos agudos, estando mais envolvidos em casos

    de alodnia e em dores crnicas.

    A liberao de mediadores, em tecidos inflamados pode sensibilizar fibras

    nociceptivas perifricas, promovendo a facilitao central da transmisso nociceptiva

    (SYRYATOWICS et al., 1999; VANEGAS, 2004), levando a uma resposta dolorosa aumentada a um estmulo nocivo, chamado de hiperalgesia (TJLSEN e HOLE, 1997; SOMER e CRESS, 2004; VANEGAS 2004; COUTAX et al., 2005). Alteraes na percepo sensorial, envolvendo sensibilizao central, pode levar alodnia,

  • que est relacionada a dor evocada por um estmulo no nocivo (MILLAN, 1999).

    Figura 3. Organizao das fibras aferentes primrias envolvidas na conduo de um estmulo

    nociceptivo desde a superfcie cutnea (terminal perifrico) at o como dorsal da medula espinal. NE, fibra nociceptiva especfica; NP, fibra nociceptiva polimodal; no-N, fibra no

    nociceptiva. Adaptado de Millan (1999) por Castro (2000).

    Levando em considerao as aes diretas dos diferentes fatores

    relacionados nocicepo, algumas substncias agem modificando o limiar de

    excitabilidade dos nociceptores, causando analgesia ou hiperalgesia como a

    bradicinina e os prostanides (SHEWOOD e TOLIVER-KINSKY,2004). A infuso intradrmica de BK, sua aplicao em superfcies desepitelializadas ou a infuso

    endovenosa desencadeiam dor intensa e imediata, em paralelo com a estimulao

    de fibras C polimodais e mecanossensveis presentes na pela ou em outros tecidos

    (KHAN, 1992; LANG,1990; MANNING,1991,).

    3.2. Analgesia

  • A analgesia uma reduo nas percepes e no tempo de resposta do

    processo nociceptivo (MILLAN, 1999). Vrios fatores podem contribuir para alterar a resposta, quer seja por ao farmacolgica, quer seja por ao de opiides endgenos.

    Os hipoalgsicos so os frmacos que deprimem o sistema nervoso central

    (COLLIER et al., 1961), eliminando ou reduzindo a sensao de dor, sem causar perda de conscincia. Agem complexando mltiplos receptores estereoespecficos,

    em diversos locais do sistema nervoso central. So divididos entre endgenos e

    exgenos.

    Os principais agentes e utilizados na terapia da dor so os opiceos

    (derivados do pio) e os opiides derivados sintticos com ao semelhante ao da morfina. As encefalinas (opiides endgenos), que so o grupo de opiides que envolvem os processos de analgesia produzidos fisiologicamente, so basicamente

    produzidas pelo sistema nervoso central. Os representantes dessa classe,

    denominados como opiceos, apresentam alta potncia analgsica, chegando em

    alguns casos a ser 1000 vezes maior do que a morfina. Cerca de uma dzia dessas

    substncias opiceas foram encontradas em diferentes pontos do sistema nervoso;

    basicamente sendo produtos de degradao de trs grandes molculas proticas: a

    pr-encefalina, a pr-opiomelacortina, a pr-dinorfina (DREY, 1997; MASOM, 1999; JULIUS e BASBAUM, 2001; VANEGAS, 2004; VANEGAS e SCHAIBLE, 2004). Mltiplas reas do crebro apresentam receptores opiceos, especialmente nas

    reas do sistema de analgesia. Entre as diferentes substncias as mais importantes

    so: beta-endorfina, metaencefalina, leu-encefalina e a dinorfina. As duas

    encefalinas so encontradas em maior quantidade no tronco enceflico e na medula

  • espinhal; j a beta-endorfina est presente tanto no hipotlamo quanto na glndula hipfise. A dinorfina encontrada em quantidade muito menor, sobretudo nas

    mesmas reas que as encefalinas. Todos os detalhes mais finos do sistema opiceo

    no sistema cerebral no esto completamente compreendidos.

    3.3. Dor e o sistema renina-angiotensina

    De um modo geral os nociceptores no demonstram capacidade de se

    adaptar, se adaptam to pouco ou no se adaptam aos estmulos, que em certas

    condies agem de modo que a estimulao das fibras pode ser constante. Alguns

    autores demonstraram que ratos espontaneamente hipertensos tm uma

    sensibilidade reduzida dor (RODNEY et al., 1995). Entretanto o mecanismo que envolve as diferenas na sensibilidade a dor e a elevao da presso arterial ainda

    no esto bem identificados. Administrao de renina e Ang II intracerebroventricular

    (icv) exercem efeito analgsico em ratos, atravs da inibio da transmisso da informao nociceptiva trmica, produzindo desta forma, um aumento no tempo de

    latncia no teste do tail-flick (GEORGIEVA et al., 1998). Esse efeito bloqueado pela saralasina que um antagonista da Ang II e pela naloxana que um

    antagonista opiide, o que sugere a participao da Ang II como neuromodulador

    central da nocicepo atravs da liberao de opiides endgenos (TOMA et al., 1997). A Tonina capaz de liberar opiides endgenos (SEIDAH et al., 1979), podendo desta forma participar do processamento da informao sensorial

    juntamente com a Ang II como tem sido proposto por diversos autores (HAULICA et al., 1986; TOMA et al., 1997).

    s diferentes terminaes nervosas distribudas anatomicamente pela pele

  • podem ser atribudas funes nociceptivas especficas. O conceito de uma

    modalidade especfica para dor no pode ser comprovado por enquanto. A

    transmisso de estmulos nociceptivos ao sistema nervoso central ocorre atravs de

    fibras neuronais de pequeno dimetro no mielinizadas (C) ou finalmente que originam de pequenos neurnios bipolares dos gnglios da raiz dorsal. Em sua

    maioria existem como terminaes livres na periferia. A substncia P, a angiotensina

    II e a somatostatina so encontradas em seus corpos celulares (BULLINGHAM, 1985). Estas clulas projetam-se centralmente, predominantemente como dorsal da medula, sendo dividido em seis lminas que se desfazem na sinapse com

    receptores especficos e /ou no especficos.

    4. Camundongo transgnico que expressa tonina de rato

    A tecnologia dos transgenes proporciona a oportunidade de entender in vivo o

    papel de sistemas peptidrgicos. Utilizando-se do promotor gfap (protena cida fibrilar glial, 2163 pb, sequncia humana), do cDNA da tonina de glndula submandibular de rato e do SV40poliA (859 pb) (figura 4), foi gerado, aqui no Brasil, em colaborao com o Dr Bader do laboratrio de hipertenso do Max-Delbruk

    Center (MDC), Berlim, Alemanha, camundongo transgnico que apresenta expresso de tonina de rato TGM(rTon).

    Figura 4. Seqncia da construo gnica utilizada na gerao do camundongo transgnico

    que expressa tonina de rato.

    gfap ton SV40

  • O transgene est expresso em vrios tecidos deste animal sendo que o maior

    nvel foi encontrado no encfalo, seguido do corao, rim, fgado, estmago, bao,

    tecido adiposo e aorta. O animal apresenta pequeno aumento da presso arterial e

    nenhuma diferena de freqncia cardaca quando comparado ao grupo controle

    (selvagem). Para esta pesquisa, props-se caracterizar o animal TGM(rTon) quanto resposta nociceptiva.

  • II. OBJETIVOS

    a) Geral Avaliar a capacidade nociceptiva dos camundongos TGM(rTon). Executar

    experimentos que possam mostrar a possvel participao da tonina em processos

    de nocicepo.

    b) Especficos

    Avaliar a resposta motricial do animal TGM(rTon) utilizando para isso os testes de rota-rod para avaliar a capacidade de

    coordenao motora;

    Avaliar a resposta nociceptiva dos animais TGM (rTon) atravs do nmero de contores induzidas pelo cido actico, responsvel

    por resposta nociceptiva e inflamatria simultaneamente;

    Avaliar as respostas nociceptiva e inflamatria em fases separadas

    utilizando-se o teste de edema de pata induzido por formalina.

  • III. MATERIAL e MTODOS

    1. Comit de tica

    Conforme legislao em vigor, os procedimentos experimentais sero

    submetidos a um comit de tica local, para garantir a legitimidade do projeto relacionado dor, garantindo assim que no ocorrero procedimentos que sejam eticamente inaceitveis ou cruis aos animais. Oportunamente, o documento de

    aprovao ser anexado dissertao.

    2. Material

    Para a presente pesquisa proposta, sero utilizados os seguintes materiais e

    equipamentos:

    Caixa de vidro ou acrlico com suporte, equipada com espelhos;

    cido actico glacial (ch2H4O2 ) P.A 99,7% marca comercial Vetec

    Formaldedo 0,92%;

    Aparelho de Rota-rod da marca Ugo-basile;

    Pipetas de preciso;

    Balana de preciso (para pesagem dos solutos);

    Balana para pesar os animais;

  • 3. Animais

    Para os testes de avaliao da resposta nociceptiva foram utilizados

    camundongos transgnicos que apresentam expresso da tonina de rato TGM(rTon) e camundongos controle, da linhagem C57 selvagens (S), pesando entre 25 e 30 g, mantidos em ciclo claro e escuro de 12 h, com gua comum ad libitum. Estes

    animais foram provenientes do biotrio da Universidade de Mogi das Cruzes.

    No dia anterior ao teste, os animais so pesados, marcados e alojados em caixas plsticas com cama de maravalha (8 animais no mximo por caixa). A rao retirada 15 horas antes dos testes, mantendo-se a gua ad libitum. No dia do

    experimento os animais so levados para a sala de experimentao com

    antecedncia mnima de duas horas. As condies ambientais da sala onde se

    realizaram os experimentos so mantidas mais constante possvel, evitando-se

    principalmente o barulho excessivo ou brusco, movimentao de pessoas na sala,

    variaes de temperatura, de luminosidade e de odores. Os testes so realizados

    entre 10 e 17 horas, trmino das observaes no mximo s 17h30min.

    4. Mtodos para avaliar dor

    Os mtodos utilizados para se estudar dor e analgesia variam, mas de um

    modo geral, eles ocorrem por meios de experincias subjetivas de dor, sob condies controladas experimentais. No entanto, as diferentes manifestaes em

    nocicepo, medulares ou supra-medulares, podem ser associadas dor

    experimental e podem ser utilizadas na avaliao de substncias com propriedades

  • analgsicas.

    Rotineiramente os testes nociceptivos utilizados em animais requerem algum

    movimento para mostrar que um estmulo nocivo est tendo efeito. A ausncia ou

    diminuio de uma resposta no pode ser tomada como evidncia de ao anti-

    nociceptiva, a menos que seja excluda a possibilidade de que o animal no tenha a habilidade motora para executar o requerido movimento.

    Colier (1970) preconiza a utilizao de um teste de coordenao motora em combinao com o teste nociceptivo rotineiro, a fim de comprovar que os animais

    usados em testes so aptos a responder em situaes onde so requeridos

    movimentos em resposta ao estmulo aplicado. Sua teoria foi mais tarde corroborada

    por diversos pesquisadores do tema, como Millan (1999), Santos et al. (1999) e Le Bars et al. (2001).

    4.1. Teste do "rota-rod

    O mtodo de "rota-rod" foi desenvolvido por Kinnard e Carr (1957), com o objetivo de medir a atividade motora coordenada forada. De acordo com estes autores certos agentes deprimem a atividade motora de maneira que os animais so

    capazes de mostrar movimentos normais quando estimulados, porm, com os

    mtodos utilizados at ento, no podia se avaliar "atividade potencial" desses

    animais deprimidos. Por isso, eles propuseram forar continuamente os movimentos,

    fazendo com que os camundongos caminhassem sobre um eixo horizontal em

    movimento (rota-rod), medindo a habilidade motora pelo tempo de permanncia no eixo girando a 30 RPMs. Os testes realizados para estudar a resposta nociceptiva

    envolvem uma resposta motora, seja ela a retirada da cauda, o ato de lamber a pata

  • injetada, ou contores, entre outras. O teste do "rota-rod" detecta a presena de falta de coordenao motora, permitindo uma interpretao mais acurada dos

    resultados obtidos nos testes de nocicepo e anti-nocicepo.

    O aparelho utilizado consta de uma barra giratria horizontal, de 2,5 cm de

    dimetro, revestida de plstico anti-deslizante, suspensa a uma altura de 25 cm e

    com rotao constante de 32 rpm (figura 5). Os animais so pr-selecionados, sendo descartados aqueles que no permanecem na barra giratria durante pelo

    menos um minuto.

    Figura 5. Aparelho de rota-rod da marca Ugo Basile.

    Os testes foram realizados no laboratrio da Profa Dra. Janetti Nogueira de

    Francischi, do Depto de Farmacologia do Instituto de Cincias Biolgicas da

    Universidade Federal de Minas Gerais.

  • 4.2. Teste de contoro abdominal

    O teste de contoro abdominal um dos mtodos nociceptivos de maior

    sensibilidade, captando o possvel efeito analgsico dos opiides endgenos que

    eventualmente possam ser produzidos pela tonina. A sndrome de contoro, na

    qual ocorre contrao da parede abdominal, rotao do tronco e extenso dos

    membros posteriores, foi primeiramente descrita por Vander-Wende e Margolin

    (1956), que observaram ao injetar compostos orgnicos iodados, intraperitonealmente em ratos.

    A injeo subcutnea de cido actico, via peritoneal, em camundongos, determina o aparecimento de uma gama de respostas motoras bem caracterizadas,

    cuja quantificao permite que se avalie a intensidade da resposta nociceptiva. Esta resposta desenvolve-se bem caracterizada, sendo basicamente de origem

    neurognica.

    Foi utilizado o teste de contoro induzido por cido actico descrito por

    Koster (1956), modificado por Castro (2000), no qual considerado o nmero de contores abdominais dos membros posteriores ocorridas entre 5 e 20 minutos

    aps a administrao i.p (intraperitonealmente) de 10 mg/kg de cido actico 0,6%. Em cubas de vidro ou acrlico, medindo 12x12x12 cm, so observados dois animais

    de cada vez, sendo considerados somente os camundongos que apresentam a

    contoro abdominal imediatamente aps a injeo do cido. O cido actico injetado na regio abdominal do camundongo. Espelhos

    colocados na parede posterior da caixa, em ngulo de 45, com piso transparente

    permitem a visualizao do camundongo durante todo o tempo (figura 6).

  • Figura 6. Caixa utilizada no experimento de contoro pelo cido actico.

    A soluo de cido actico 0,6% para a injeo intraperitoneal aplicada cuidadosamente atravs do abdmen com o animal imobilizado e levemente

    inclinado de cabea para baixo. Esse procedimento possibilita que as vsceras do

    animal, por ao gravitacional, se contraiam levemente evitando-se assim a

    perfurao das mesmas. A visualizao da agulha atravs da pele permite que cido

    actico seja injetado sempre na rea desejada, levando-se em considerao que a localizao da agulha deve estar sempre um pouco acima da virilha, para garantir a

    insero correta da agulha na regional peritoneal.

    A avaliao da resposta nociceptiva, imediatamente aps a injeo de cido actico, foi determinada computando-se o nmero de contores que o animal

    apresentava, sendo as contores identificadas atravs dos movimentos de

    encolhimento e de alongamento do animal na regio abdominal, seguido por

    estiramento deu uma ou duas patas. Os clculos envolvendo a mdia ponderada de

    cada grupo foram feitos com auxlio de programa de computador (Graph pad prism).

  • 4.3. Teste da formalina

    Neste teste foi realizada uma avaliao da resposta nociceptiva induzida

    pelo formaldedo 0,92% nos camundongos. O formaldedo (20 L) foi injetado pela via subcutnea (sc) no dorso da pata direita posterior. O perodo no qual o animal lambe a pata injetada foi determinado entre 0 e 5 min (1 fase) e entre 15 e 30 min (2 fase) aps a injeo de formaldedo. Imediatamente aps o trmino desse experimento, os animais foram submetidos eutansia em cmara de

    CO2.(BENSON,1999), (LE BARS,2001).

    Figura 7. Camundongo TGM(rTon), aps experimento de contoro abdominal, j disponibilizado para ser submetido ao processo de eutansia.

  • 5. Anlise dos dados

    Os resultados foram apresentados como a mdia erro padro da mdia.

    As comparaes estatsticas entre vrios grupos foram feitas por ANOVA one way

    seguida de Newman-Keuls. Para comparaes entre dois grupos foi utilizado o teste

    t de student. O nvel de significncia adotado foi de p < 0,05.

    O processamento dos dados coletados e anlises estatsticas foram realizados

    atravs do programa GRAPH PAD PRISM 4 for Windows.

  • IV. RESULTADOS

    Um dos desafios da transgenia garantir que o animal que recebe genes de

    outro animal que no de sua linhagem ir apresentar comportamento e reaes

    diferenciadas dos outros de sua espcie. Entretanto, comportamentos e reaes

    podem ser dos mais diversos e diferentes tipos, sendo necessrio que se teste cada

    possibilidade antes de garantir a eficcia da transgenia no melhoramento gentico

    das espcies. Desta forma, na presente pesquisa, o objetivo foi testar se a presena da tonina, protena existente no rato, altera ou no significativamente a resistncia a

    dor.

    Levando-se em considerao que os camundongos transgnicos

    expressam tonina em nveis maiores que os do animal selvagem, foram realizados

    testes de rota-rod, para determinar se estes animais apresentam comportamento

    matricial diferenciado. Tambm foram feito testes de contoro abdominal para

    identificar possveis modificaes nas respostas a dor nesses camundongos. E

    finalmente foi realizado o teste de formalina para avaliar possveis modificaes nas

    respostas nociceptivas em fase inflamatria.

    1. Teste de rota-rod

    O teste de rota-rod mede o tempo de permanncia na haste giratria a 32

    RPM, ou seja, a capacidade motora dos camundongos. Inicialmente foram feitos testes de rota-rod com camundongos Swiss. Os camundongos Swiss so os

    modelos mais freqentes para esse tipo de teste, portanto, so os animais que

  • serviram de parmetro controle para fins de validao do mtodo.

    Ao considerar a mdia de permanncia, em minutos, os camundongos

    com maior capacidade e coordenao motora foram os selvagens com uma mdia

    de permanncia de 4,28 minutos. Os camundongos transgnicos apresentaram uma

    mdia de permanncia de 4,12 minutos enquanto os camundongos Swiss

    apresentaram uma mdia de permanncia de 3,23 minutos, como mostra a Figura 8.

    Swiss Selvagem TGM (rTon)0

    1

    2

    3

    4

    5

    Tem

    po de

    pe

    rman

    nci

    a

    Figura 8. Tempo de permanncia, expresso em minutos, dos diferentes grupos, Swiss,

    selvagem e transgnico no teste do rota-rod. *p < 0,05 vs TGM(rTon). As colunas representam a mdia epm (n = 6).

    Observou-se uma reduo na capacidade motora dos camundongos

    transgnicos quando comparados ao grupo selvagem.

    2. Teste de contoro abdominal

    O teste com os camundongos foi realizado em esquema monocego, ou seja,

  • o pesquisador no sabia de ante mo quais eram os animais selvagem e quais eram

    TGM(rTon). Os animais foram marcados previamente por outra pessoa, que s revelou as identificaes aps o teste ter sido realizado. Nossos resultados mostram

    que o TGM(rTon) apresentou tendncia de maior sensibilidade embora esta diferena no seja estatisticamente significante (figura 9).

    Selvagem TGM (rTon)0

    10

    20

    30

    Nm

    ero

    de

    co

    nto

    re

    s

    Figura 9. Contores abdominais induzidas por cido actico em camundongos selvagens e

    TGM(rTon) em perodo de 20 minutos.A contagem feita em 4 tempos de 5 minutos consecutivos e em sistema monocego. As colunas representam a mdia epm Mann

    Whitney test (n = 6).

    3. Teste de formalina

    Nesse teste foi observado o comportamento de lambida nas duas fases que

    so desenvolvidas, sendo que na primeira fase temos a resposta nociceptiva, ligada

    aos efeitos em cascata que so desencadeados por ao da formalina, que provoca

    mobilizao e edema de pata. J na segunda fase tem-se como resposta uma

  • somatria de processo inflamatrio e nocicepo (Figura 10).

    Figura 10. Teste de formalina. Nmero de lambidas induzidas pela injeo de formalina em camundongos selvagens (S) e transgnicos (T). A primeira fase corresponde ao tempo de 0 - 5 minutos aps a injeao e a segunda fase 15 - 30 minutos. *p < 0,05. As colunas representam a mdia epm (n = 6).

    S T S T0

    50

    100

    150

    200

    250

    1 fase 2 fase

    n de

    la

    mbi

    das

  • V. DISCUSSO

    Antes de analizar os resultados obtidos devemos considerar que segundo

    Guasti et al. (1997), pacientes hipertensos so menos sensveis estmulos

    nociceptivos, independente do mtodo de aplicao do estmulo. Neste mesmo

    trabalho apresentado um dado interessante, que diz que com a administrao

    de anti-hipertensivos a pacientes, quer sejam humanos ou animais, os nveis

    de sensibilidade dor foram restabelecidos, o que sugere que a angiotensina II

    participa no processo de nocicepo.

    Estes dados no fornecem evidencia direta da participao da

    angiotensina II, que seriam obtidas utilizando-se antagonistas especficos de

    receptores. Existe a possibilidade de que alteraes na sensibilidade em

    individuo hipertenso seja desencadeado pelos pressoreceptores mais do que

    pela interao angiotensina II-receptor. Considerando que tonina uma enzima

    capaz de liberar angiotensina II, ela tambm pode estar envolvida neste

    processo.

    O TGM(rTon) apresenta ligeiro aumento nos nveis pressricos quando

    comparado com o seu controle, o WT, no entanto nenhuma diferena entre os

    dois grupos foi observada nos nveis de angiotensina II tanto as nvel

    plasmtico como em diversos tecidos de importncia cardiovascular. Desta

    forma, conclumos que o aumento nos nveis pressricos observados para o

    TGM(rTon) deve se dar por algum mecanismo que no envolve a angiotensina

    II.

    Analisando os dados do teste de rota-rod observamos que, os

    camundongos selvagens apresentaram resposta motricial superior. Certamente

  • esta diferena no est relacionada aos nveis de angiotensina II. Outros

    possveis mecanismos precisam ser pesquisados. J no teste de contoro

    abdominal, nenhuma diferena significativa foi observada entre o TGM(rTon) e

    seu controle, o WT. Entretanto, os resultados mostram uma tendncia de os

    animais transgnicos serem mais susceptveis a dor. Acreditamos que com um

    numero maior de animais poderemos demonstrar definitivamente esta

    diferena entre o TGM(rTon) e o WT.

    A injeo intraperitoneal de cido actico provoca reao de

    nocicepo e inflamao simultaneamente. Considerando que tonina pode

    hidrolisar beta-lipotropina e liberar peptdeos com ao opiide (Seidah et al.,

    1979), seria de se esperar que o TGM(rTon) apresentasse menor sensibilidade

    a dor. Pelo fato de o teste de contoro ao cido actico avaliar aspectos

    nociceptivos e inflamatrios, torna-se um modelo menos preciso, porm mais

    sensvel e com respostas mais claras. No nosso caso, alm de se fazer

    necessrio aumentar o numero de animais neste modelo de estudo, faz-se

    necessrio um segundo modelo a fim de confirmar os resultados obtidos.

    O teste da formalina serve de salvaguarda para cobrir pelo menos

    dois aspectos de nocicepo, sendo que na primeira fase a resposta est

    ligada cascata nociceptiva, e na segunda fase ao processo nociceptivo e

    inflamatrio. Os dados obtidos mostram que na primeira fase do teste no

    houve diferena entre os dois grupos. Por outro lado, os dados referentes

    segunda fase do teste mostram que os animais transgnicos mostraram ser

    mais sensveis dor, concordando com a tendncia apontada pelos dados

    obtidos com o cido actico.

    O processo inflamatrio resulta na liberao de vrios mediadores,

  • alguns deles podendo ativar ou sensibilizar nociceptores locais das fibras

    aferentes. Como j comentamos, a possvel liberao de opiides pela tonina

    poderia levar a uma reduo da sensibilidade a dor. No temos no momento

    uma explicao para o fato. Ao momento em que aumenta a circulao

    perifrica, opiides endgenos tem sua atividade reduzida a nveis subclnicos,

    no sendo suficientes para reduzir a resposta nociceptiva e consequentemente

    de dor (LEVINE et al., 1993; DRAY, 1994; BESSON e DICKENSON, 1997;

    BARROS et al., 2004; COUTAUX et al., 2005).

    No temos ainda informaes a respeito do mecanismo pelo qual

    tonina est interferindo na fisiologia do animal, por qual mecanismo estaria

    envolvida, no s no aumento da presso sistmica, mas tambm na

    sensibilidade a dor do animal. Certamente, estes dados abrem novas

    possibilidades de estudos com esta enzima, para a qual inicialmente foi

    atribudo como principal papel o de liberar angiotensina II.

  • VI. CONCLUSES

    1. A introduo de transgene no camundongo levou a reduo da capacidade

    motora do animal, conforme observado pelo teste de rota-rod indicando uma

    possvel presena dos opiides endgenos;

    2. A introduo de transgene no camundongo, diferentemente do esperado,

    parece aumentar a sensibilidade do animal dor, conforme observado pelo

    teste de contoro abdominal induzida pelo cido actico. Este dado dever

    ser confirmado em experimento envolvendo nmero maior de animais, uma

    vez que a diferena na sensibilidade no foi diferente estatisticamente;

    3. Tonina pode estar envolvida no processo de nocicepo, uma vez que, no

    teste da formalina, os animais mostraram diferena significativa na

    sensibilidade dor, sendo esta sensibilidade aumentada na segunda fase do

    processo, que envolve dor e inflamao, desta maneira sendo necessrios

    maiores estudos sobre o tema, utilizando uma diversidade maior de modelos

    e uma anlise com grupos maiores.

  • VII. REFERNCIAS

    ABBOTT, F. V. ; FRANKLIN, K. B. J. ; WESTBROOK, R. F. The formalin test: scoring

    properties of the first and second phases of the pain response in rats. Pain, v. 60, p.

    91-102, 1995.

    ABBOTT, F. V. et al. Improving the efficiency of the formalin test. Pain, v. 83, p. 561-

    569, 1999.

    ARAJO, G. W. et al. Identification of serine proteinases with tonin-like activity in the rat submandibular and prostate glands. Biochimica et Biophysica Acta, v. 1074, p.

    167171, 1991.

    ARAUJO, G. W. et al. Tonin-like activity in the rat submandibular and prostate

    glands. Biochem Biophys Acta, v. 1074, p. 167-171, 1991.

    ARAJO, R. C. et al. Tonin expression in rat brain and tonin-mediated central production of angiotensin II. Physiology and Behaviour, v. 76, p. 327333, 2002.

    ARAUJO, R. C. et al. Tonin expression in the rat brain and tonin-mediated central

    production of angiotensin II. Physiol Behav, v. 76, p. 327-333, 2002.

    BADER, M. Transgenic animal models for the functional analysis of vasoactive

    peptides. Braz J Med Biol Res, v. 31, p. 1171-1183, 1998.

    BALTATU, O. et al. High levels of human chymase expression in the pineal and

    pitutary gland. Brain Res, v. 759, p. 269-278, 1997.

    BLEY, K. B. ; HUNTER, J. C. ; EGLEN, R. M. ; SMITH, J. A. M. The role of

    prostanoid receptors in inflammatory pain. TIPS, v. 19, p. 141-147, 1998.

    BOHLENDER, J. et al. High human renin hypertension in transgenic rats.

    Hypertension, v. 29, p. 428-434, 1997.

    BONICA, J.J. Mecanismos da dor. Revista Brasileira de Anestesiologia, v.26, n.

  • 4, p. 477-502, 1976

    BORGES, J. C. et al. Tonin in rat heart with experimental hypertrophy. Am J Physiol

    Heart Circ Physiol, v. 284, p. H2263-2268, 2003.

    BOUCHER, R. , ASSELIN, J. , GENEST, J. A new enzyme leading to the direct

    formation of angiotensin II. Circ Res, n. 34/35, p. I203-I209, 1974.

    BOUCHER, R. ; ASSELIN, J. ; GENEST, J. A new enzyme leading to the direct

    formation of angiotensin II. Circulation Research, v.34/35, suppl. 1, p. 203-209,

    1974.

    BOUCHER, R. ; SAIDI, M. ; GENEST, J. A new "antiogensin I converting enzyme"

    system. In: Hypertension / edited by J. Genest e E. Koiw. Heidelberg, New York :

    Springer-Verlag, p. 512-523, 1972.

    BOUCHER, R. et al. Tonin-angiotensin II system in hypertension. Clin Sci Mol Med

    Suppl, v. 4, p. 183S-186S, 1978.

    BRASIER, A. R. , RECINOS, A. , ELEDRISI, M. S. Vascular inflammation and the

    renin-angiotensin system. Arterioscler Throm Vasc Biol, v. 22, p. 1257-1266, 2002.

    BULLINGHAM, R. E. S. Physiological mechanisms in pain. In: Smith G. ; COVINO,

    B. G. Acute pain London: Butterworths, 1985. p. 1-21.

    BUNNEMAN, B. , FUXE, K. , GANTEN, D. The renin angiotensin system in the brain.

    Regul Pept, v. 46, p. 487-509, 1993.

    BUNNEMAN, B. ; FUXE, K. ; GANTEN, D. The renin-angiotensin system in the

    brain: an up date 1993. Regulatory Peptides, v. 46, p. 487509, 1993.

    CADET, R. ; AIGOUY, L. ; WODA, A. Enhanced nociceptive behaviour following

    conditioning injection of formalin in the perioral area of the rat. Brain Research, v. 676, p.189-195, 1995.

    CARDOSO, Cibele Campos. Gerao e caracterizao de rato e camundongo

  • transgnico apresentando superexpresso de tonina de rato. 2002. 87 f. Tese

    (Doutorado em Biologia) - Curso de Ps-graduao em Cincias Biolgicas, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2002.

    CARVALHO, Wilson Andrade ; CARVALHO, Rosemary Duarte Sales ; RIOS-

    SANTOS, Fabrcio. Analgsicos Inibidores especficos da Ciclooxigenase-2:

    avanos teraputicos. Revista Brasileira de Anestesiologia, v. 54, n. 3, p. 448-

    464, maio/jun. 2004. CASTRO, Maria Salete de Abreu. Mecanismos envolvidos no efeito

    antinociceptivo do 3-O-glicosil-dihidrocanferol, flavonide estrado dos

    rizomas de Cochlospermum regium (algodozinho). 2000. 155f. Tese (Doutorado em Farmacologia). Universidade Federal de So Paulo Escola Paulista de Medicina, So Paulo, 2000.

    CHIU, A. T. et al. Identification of angiotensin II receptor subtypes. Biochem

    Biophys Res Commun, v. 165, p. 196-203, 1989.

    CHRTIEN, M. et al. Substrates and inhibitors of angiotensin converting enzyme. The Journal of Biological Chemistry, v. 255, p. 401-407, 1980.

    CLAVELOU. P. et al. Application of the formalin test to the study of orofacial pain in

    the rat. Neuroscience Letters, v. 103, p.349-353, 1989.

    CLAVELOU. P. et al. The orofacial formalin test in rats: effects of different formalin

    concentrations. Pain, v. 62, p.295-301, 1995.

    CLOUSTON, W. M. , LYONS, I. G. , RICHARDS, R. I. Tissue-specific and hormonal

    regulation of angiotensinogen minigenes in transgenic mice. EMBO Journal, v. 8, p.

    3337-3343, 1989.

    CODERRE, T. J. et al. The formalin test: a validation of the weighted-scores method

    of behavioural pain rating. Pain, v. 54, p.43-50, 1995.

  • COLE, J. M. et al. New approaches to genetic manipulation of mice: tissue-specific

    expression of ACE. Am J Physiol Renal Physiol, v. 284, p. F599-607, 2003.

    COLLIER, H. O. Endogenous broncho-active substances and their antagonism.

    Advanced Drug Research, v. 5. p. 95-107, 1970.

    DALLEL, R. et al. Evidence for a peripheral origin of the tonic nociceptive response

    to subcutaneous formalin. Pain, v. 61, p.11-16, 1995

    DICKENSON, A. Mechanismms of central hypersensitivity: excitatory amino acids

    mechanisnms and their control. In: BESSON, M. J. ; DICKENSON, A. The

    farmacology of pain. Berlin : Springer-Verlag, 1997.

    DRAY, A. Peripheral mediators of pain. In: BESSON, M. J. ; DICKENSON, A. The

    farmacology of pain. Berlin : Springer-Verlag, 1997.

    DZAU, V. J. et al. A comparative study of the distribution of renin and

    angiotensinogen messenger ribonucleic acids in rat and mouse heart.

    Endocrinology, v. 120, p. 23342338, 1987.

    DZAU, V. J. Significance of the vascular renin-angiotensin pathway. Hipertensin, v.

    8, p. 553-559, 1986.

    DZAU, V. J. Vascular renin-angiotensin: a possible autocrine or paracrine system in

    control of vascular function. J Cardiovasc Pharmacol, v. 6, p. S377-382, 1984.

    DZAU, V.J.; INGELFINGER, P.R.E.; ELLISON, K.E. Identification of mesenger RNA

    sequences in mouse and rat brains. Hypertension, v. 8, p. 544-548,1986.

    FIELDS, H. L. ; BASBAUM, A. I. Endorphin-mediated pain control systems. In:

    WALL, P. D. ; MELZACK, R. Textbook of Pain. London : Churchill-Livingston, 1984.

    p. 142-152.

    FITZSIMONS, J. T. Angiotensin stimulation of the central nervous system. Review

    Physiologic Biochemical Pharmacology, v. 87, p. 117-67, 1980.

  • GANONG, W. F. et al. Role of vasopressin in the renin and ACTH responses to

    intraventricular angiotensin II. Annual New York Academy Science , v. 394, p. 619-

    24, 1982.

    GARCIA, R. ; BOUCHER, R. ; GENEST, J. Tonin activity in rat saliva: effect of

    sympathomimetic and parasympathomimetic drugs. Canadian Journal of

    Physiology and Pharmacology , v. 54, p. 443-445, 1976.

    GARCIA, R. et al. Effect in vivo of -adrenergic stimulation, angiotensin II, dibutyryl

    cyclic AMP, and theophylline on tonin concentration in rat saliva and submaxillary

    gland. Canadian Journal of Physiology and Pharmacology, v. 55, p. 983989,

    1976.

    GARCIA, R. et al. Effect of antitonin on blood pressure in the one-kidney

    hypertension rat. Clin Sci Mol Med, v. 54, p. 457-461, 1978.

    GARCIA, R. et al. Release of tonin and kallikrein by perfused rat submaxillary gland.

    Am J Physiol, v. 244, p. R228-R234, 1983.

    GENEST, J. Angioten-forming enzymes from extrarenal sources. In: Hypertension

    and the Angiotensin System: Therapeutic Approaches. NY: Raven Press, 1983. p.

    93-107

    GEORGIEVA, D. ; GEORGIEV, V. The role of angiotensin II and of its receptor

    subtypes in the acetic acid-induced abdominal constriction test. Pharmacology and

    Biochemical Behaviour, v. 62, n. 2, p. 229-32, Feb./1999

    GLOWINSKI, J. , IVERSEN, L. L. Regional studies of cathecolamines in the rat brain-

    I. The disposition of (3H) norepinefrine, (3H) dopamine (3H) DOPA in various regions of the brain. J Neurochem, v. 13, p. 655-669, 1966.

    GRADY, E. F. et al. Expression of AT2 receptors in the developing rat fetus. J Clin

    Invest, v. 88, p. 921-933, 1991.

  • GRIS, C. et al. Formation of angiotensin II by tonin from partially purified human angiotensinogen. Can J Biochem, v. 59, p. 250-255, 1981.

    GRIS, C. et al. Formation of angiotensin II by tonin from partially purified human angiotensinogen. Canadian Journal Biochemical, v. 59, p. 250-255, 1981.

    GUALBERTO, M. P. , NUNES, R. L. , PESQUERO, J. L. Tonin-like activity present

    in the human submandibular gland. Agents and Actions Suppl, v. 38, p. 392-400,

    1992.

    GUTKOWSKA, J. et al. Tonin as activator of renin. Can J Biochem, v. 60, p. 843-

    846, 1982.

    GUYTON, Arthur C.; HALL, John Edward. Tratado de fisiologia mdica 10. ed. Rio

    de Janeiro : Guanabara Koogan, 2002. 973 p.

    HAULICA, I. et al. Evidence for the involvement of cerebral renin-angiotensin system

    (RAS) in stress analgesia. Pain, v. 27, n. 2, p. 237-45, Nov./1986. HOLE, K. ; TJOLSEN, A. The tail-flick and formalin tests in rodents: changes in skin

    temperature as a confounding factor. Pain, v. 53, p. 247-254, 1993.

    HEIN, L. et al. Behavioural and cardiovascular effects of disrupting the angiotensin

    II type-2 receptor gene in mice. Nature, v. 377, p. 744-747, 1995.

    HEIN, L. et al. Overexpression of angiotensin AT1 receptor transgene in the mouse

    myocardium produces a lethal phenotype associated with myocyte hyperplasia and

    heart block. Proc Nat Acad Sci, USA, v. 94, p. 6391-6396, 1997.

    ICHIKI, T. et al. Effects on blood pressure and exploratory behaviour of mice lacking

    angiotensin II type-2 receptor. Nature, v. 377, p. 748-750, 1995.

    JAFFE, J. H. ; O'KEEFFE, C. From morphine clinics to buprenorphine: regulating

    opioid agonist treatment of addiction in the United States. Drug and Alcohol

    Dependence-1, v. 70, Suppl. 2, p. S3-S11, 21 May 2003.

  • JOHANSEN, L. et al. Excess antibody immunoassay for the measurement of tonin in

    rat tissues and plasma. Journal of Immunological Methods : JIM , v. 98, p. 257-

    265, 1987.

    KHAN, A. A. et al. The efects of bradykinin and sequence-ralated analogs on the

    response properties of cutneos nociceptors in monkeys. Somatosens Molecular

    Researcj, v. 9, p. 97-106, 1992 KIM, H. S. et al. Genetic control of blood pressure and the angiotensinogen locus.

    Proc Nat Acad Sci, USA, v. 92, p. 2735-2739, 1995.

    KIM, S. , IWAO, H. Molecular and cellular mechanisms of angiotensin IImediated

    cardiovascular and renal diseases. Pharmacol Rev, v. 52, p. 11-34, 2000.

    KIMURA, S. et al. High blood pressure in transgenic mice carrying the rat

    angiotensinogen gene. EMBO Journal, v. 11, p. 821-827, 1992.

    KIMURA, S. et al. High blood pressure in transgenic mice carrying the rat

    angiotensinogen gene. EMBO Journal, v. 11, p. 821-827, 1992.

    KINNARD JR., W. J. ; CARR, C. J. A preliminary procedure for the evaluation of

    central nervous system depressants. Journal of Pharmacology and Experimental

    and Therapeutics, v. 120, p. 354361, 1957.

    KKS, S. et al.. Cholecystokinin2 receptor-deficient mice display altered function of brain dopaminergic system. Psychopharmacology, v.158, p.198-204, 2001.

    KONDO, K. et al. The effects of intracerebroventricular administration of tonin on

    water drinking and blood pressure in rat. Brain Res, v. 200, p. 437-441, 1980.

    KREGE, J. H. et al. Male-female differences in fertility and blood pressure in ACE-

    deficient mice. Nature, v. 375, p. 146-148, 1995.

    KUGAWA, F. ; MATSUMOTO, K. ; AOKI, M. Apoptosis-like cell death of human

    breast cancer cell line MCF-7 induced by buprenorphine hydrochloride. Life

  • Science, v. 75, n. 3, p. 287-99, 4 Jun. 2004.

    KUMAR, R. S. et al. Structure of testicular angiotensin converting enzyme: a

    segmental mosaic. The Journal of Biological Chemistry, v. 264, p. 16754-8, 1989.

    KUNAPULI, S. P. et al., Molecular cloning of human angiotensinogen cDNA and

    evidence for the presence of its in rat hearth. Circulation Research, v. 60, p. 786-

    90, 1987.

    LANG, E. et al. Chemosensitivity of fine afferents from rat skin in vitro.

    Neurofisiology, v. 63, p. 887-901, 1990.

    LAPA, Fernanda da Rocha. Avaliao da atividade antinoceptva,

    antiinflamatria e protetora gstrica do extrato hidroalcolico bruo da Polygala

    paniculata L 2006. 119f. Dissertao (Mestrado em Farmacologia). Universidade Federal de Santa Catarina, Florianpolis, 2006.

    LAZURE, C. et al. Aminoacid sequence of rat submaxillary tonin reveals similarities

    to serine proteases. Nature, v. 307, p. 555-558, 1984.

    LE BARS, D. ; GOZARIU, M. ; CADDEN, S.W. Animal models of nociception.

    Pharmacological Review, v. 53, p. 597-652, 2001.

    LEHMANN, Klaus A. Introductory remarks. In: PARNHAM, Michael J. Non-opioids

    in pain management. Vancouver (Canad): Birkhuser, 1997. Disponvel em: Acesso em: 29/05/2007.

    LINDBERG, B. F. et al. Angiotensin I is converted to angiotensin II by a serine

    protease in human destrusor smooth muscle. Am J Physiol, v. 266, p. R1861-1867,

    1994.

    LINDPAINTER, K. et al. Tissue renin-angiotensin system in focus on the heart.

  • Journal of the Hypertension, v. 5, p. S33-S38, 1987.

    LIS, M. et al. Dependence of tonin activity in rat submaxillary gland on growth

    hormone and testosterone. Am J Physiol, v. 232, p. E522-525, 1977.

    LOMEZ, E. S. et al. Tonin and kallikrein in the brain of transgenic rat line expressing

    human tissue kallikrein. Hypertension, v. 39, p. 229-232, 2002.

    LOPES, E. S. et al. Distribution of tonin- and kallikrein-like activities in the rat brain.

    Brain Res, v. 769, p. 152-157, 1997.

    LOPES, E. S. et al. Distribution of tonin- and kallikrein-like activities in rat brain.

    Brain Research, v. 759, p. 152157, 1997.

    MANNING, D. C. et al. Pain and hiperalgesia after intradermical injection of bradykinin in humans. Clinical Pharmacological Therapy, v. 50, p. 721-729, 1991.

    MARRERO, M. B. et al. Direct stimulation of Jak/STAT pathway by the angiotensin II

    AT1 receptor. Nature, v. 375, p. 247-250, 1995.

    MELZACK, R. ; WALL, P. D. Pain mechanisms: a new theory. Science, v. 150, p.

    971-979, 1965.

    MILAN, Mark J. The induction of pain: an integrative review. Progress in

    Neurobiology, v. 57, p. 1-164, 1999.

    MOBINI, S. et al. Comparison of the effects of clozapine, haloperidol, chlorpromazine

    and d-amphetamine on performance on a time-constrained progressive ratio

    schedule and on locomotor behaviour in the rat. Psychopharmacology, v.152, p.47-

    54, 2000.

    MOFFET, R. B. , BUMPUS, F. M. , HUSAIN, A. Minireview: celular organization of

    the brain renin-angiotensin system. Life Sci, v. 41, p. 1867-1979, 1987.

    MULLINS, J. J. , PETERS, J. , GANTEN, D. Fulminant hypertension in transgenic

    rats harbouring the mouse Ren-2 gene. Nature, v. 344, p. 541-544, 1990.

  • NAKAMURA, M. et al. A role for adrenal renin-angiotensin system in the regulation of

    potassium-stimulated aldosterone production. Endocrinology, v. 117, p. 1772-1778,

    1985.

    NIIMURA, F. et al. Gene targeting in mice reveals a requirement for angiotensin in

    the development and maintenance of kidney morphology and growth factor

    regulation. J Clin Invest, v. 96, p. 2947-2954, 1995.

    OHKUBO, H. et al. Generation of transgenic mice with elevated blood pressure by

    introduction of the rat renin and angiotensinogen genes. Proc Nat Acad Sci, USA, v.

    87, p. 5153-5157, 1990.

    OLSEN, M. E. et al. Mechanisms of angiotensin II natriuriesis and antinatriuresis.

    Annual Review of Physiology, v. 249, p. F299-307, 1985.

    PEACH, M. J. Renin-angiotensin system: biochemistry and mechanisms of action.

    Physiological Reviews, v. 57, p. 313370, 1977.

    PELTO, C. T. , KERN, M. D. Inhibition of tonin activity by growth hormone and

    testosterone depletion in one-kidney, one-clip hypertensive rats. Curr Surg, v. 43, p.

    474-475, 1986.

    PEREIRA, Helena Lcia Alves et al. Avaliao por imagem do comprometimento

    osteoarticular e de nervos perifricos na hansenase. Revista Brasileira de

    Reumatologia, So Paulo, v. 46, supl. 1, jun. 2006. Disponvel em: http://www.scielo.br Acesso em: 23 jun. 2007. PESQUERO, J. L. et all. Effect of substrate size on tonin activity. Biochem Biophys

    Res. Commun, v. 108, n. 4, p. 1441-6, 29 Oct. 1982.

    PHILLIPS, M. I. , KAGIYAMA, S. Angiotensin II as a pro-inflammatory mediator.

    Curr Opin Investig Drugs, v. 3, p. 569-577, 2002.

    PHILLIPS, M. I. , SPEAKMAN, E. A. , KIMURA, B. Levels of angiotensin and

  • molecular biology of the tissue renin-angiotensin systems. Regul Pept, v. 43, p. 1-

    20, 1992.

    PHILLIPS, M.I. Functions of brain angiotensin. Annual Review of Physiology, v.

    49, p. 413-435, 1987.

    RANG, H. P.; DALE, M. M. Analgesic drugs. In: Pharmacology. London: Churchil

    Livingstone, 1985. p. 547-567.

    RANG, H. P.; DALE, M. M. ; RITTER, J. M. Farmacologia. 4a ed. Rio de Janeiro:

    Guanabara Koogan, 2001. 704 p.

    ROSENTHAL, J. et al. Renin-like enzymes in human vasculature. Hypertension, v.

    15, p. 848-853, 1990.

    ROVERONI, R. C. et al. Development of a behavioral model of TMJ pain in rats: the

    TMJ formalin test. Pain, v. 94, p.185-191, 2001.

    SAYE, J. A. et al. Localization of angiotensin peptide-forming enzymes of 3T3-F442A

    adipocytes. Am J Physiol, v. 264, p. C1570-C1576, 1993.

    SCHIFFRIN, E. L. et al. Effects of tonin on the adrenal secretion in the rat.

    Hypertension, v. 3. p. 119-13, 1981.

    SCHIFFRIN, E. L. et al. Role of the pituitary in the effects of tonin on adrenal

    secretion of the rat. Can J Physiol Pharmacol, v. 61, p. 201-206, 1983.

    SCHILLER, P. W.; DEMASSIEUX, S.; BOUCHER, R. Substrate specificity of tonin

    from rat submaxillary gland. Circulation Research, v. 39, p. 629-632, 1976.

    SCHINKE, M. et al. Permanent inhibition of angiotensinogen synthesis by antisense

    RNA expression. Hypertension, v. 27, p. 508-513, 1996.

    SCHMID, Helena. Impacto cardiovascular da neuropata autonmica do diabetes

    mellitas. Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia, So Paulo, v.

    51, n. 2, mar. 2007. Disponvel em: Acesso em: 23 jun. 2007.

  • SEIDAH, N.G. et al. Specific cleavagr of beta-LPH and ACTH by tonin: realesed of

    an opiate-like peptide beta LPH (61-78). Biochemical and Biophysical Research Community, v. 86, p. 1002-1013, 1979.

    SHIBATA, M. et al. Modified formalin test: characterisitc biphasic pain response.

    Pain, v. 38, p.347-352, 1989.

    SHIH, H. C. , CHAO, L. , CHAO, J. Age and hormonal dependence of tonin levels in

    rat submandibular gland as determined by a new direct radioimmunoassay.

    Biochem J, v. 238, p.145-149, 1986.

    STEINHOFF B. J. et al. The ideal characteristics of antiepileptic therapy: an overview

    of old and new AEDs. Acta Neurological Scandinavian, v.107, p.87-95, 2003.

    TABER, R. I. et al. Agonist and antagonist interactions of opioids on acetic acid

    induced abdominal stretching in mice. Journal of Pharmacology and Experimental

    and Therapeutics, v. 169, n. 1, p. 29-38, 1969.

    TAKAHASHI, S. et al. Expression of the human angiotensinogen gene in transgenic

    mice and transfected cells. Biochem Biophys Res Commun, v. 180, p. 1103-1109,

    1991.

    TANG, A. H. et al. Anxiolytic-like effects of PNU-101017, a partial agonist at the

    benzodiazepine receptor. Psychopharmacology, v.131, p. 255-263, 1997.

    TANIMOTO, K. et al. Angiotensinogen-deficient mice with hypotension. J Biol Chem,

    v. 269, p. 31334-31337, 1994.

    THOMPSON, M. W. , SMITH, S. B. , SIGMUND, C. D. Regulation of human renin

    mRNA expression and protein release in transgenic mice. Hypertension, v. 28, p.

    290-296, 1996.

    TIAN, X. L. et al. A new transgenic rat model overexpressing human angiotensin-

    converting enzyme in the heart. Hypertension, v. 28, p. 520 (Abstract), 1996.

  • Tremblay J, Thibault G, Gutkowska J, Boucher R, Genest J. Purification and partial

    characterization of plasma inhibitor of tonin. Canadian Journal Biochemical, v. 59,

    p. 256-261, 1981.

    TREMBLAY, J. et al. Purification and partial characterization of a plasma inhibitor of

    tonin. Can J Biochem, v. 59, p. 256-261, 1981.

    TSUTUMI, K. , SAAVEDRA, J. M. Characterization of AT2 angiotensin II receptors in

    rat anterior cerebral arteries. Am J Physiol, v. 261, p. H667-670, 1991.

    VANDER-WENDE, C.; MARGOLIN, S. Analgesic tests based upon experimentally

    induced abdominal pain in rats. Federal Proceedings, v. 15, p. 494, 1956.

    VILELA, Hugo ; FERREIRA, Daniel. Analgesia, sedao e relaxamento

    neuromuscular no doente ventilado em cuidados intensivos cardacos. Parte I:

    analgesia. Revista Portuguesa de Cardiologia, Portugal, v. 25, n. 1, p. 89-98,

    2006.

    WRIGHT, J. W. , HARDING, J. W. Brain angiotensin receptor subtypes in the control

    of physiological and behavioural responses. Neurosci Biobehav Rev, v. 18, p. 21-

    53, 1994.

    YOSIPIV, I. V. , EL-DAHR, S. S. Activation of angiotensin-generating system in the developing rat kidney. Hypertension, v. 27, p. 281-286, 1996. ZACHARATOS, D. T. et al. Immunohistochemistry of tonin in rat submandibular

    gland during development, lactation and secretion. Histochenistry, v. 79, p. 433-

    442, 1983.

  • ANEXO 1 TABELAS

    Analise estatstica das contores abdominais em c. Actico

    ( Graph Pad Prism)

  • Anlise estatstica no teste de formalina ( Graph Pad Prism)