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CURSO DE BACHARELADO EM QUÍMICA TECNOLÓGICA
Pontifícia Universidade Católica de Campinas
CEATEC – Faculdade de Química
Biologia Celular
Professora: Ricardo Catalano
Data entrega: 16/12/2010
Annerose Crecencio da Cruz 09040164
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Ácidos Nucléicos
Essas substâncias são conhecidas desde o século passado, porém a compreensão do seu
importante papel nos seres vivos relacionado ao controle celular e á hereditariedade é
muito recente. A capacidade de guardar informações, de replicação, de gerar
diversificação de atividades numa célula, de catalisar, de unir gerações pelo processo de
hereditariedade e de dirigir a síntese de outras macromoléculas (proteínas) são atributos
de um ácido nucléico.
O RNA foi provavelmente o primeiro tipo de ácido nucléico a surgir na natureza. Sua
estrutura mais simples, a diversidade de tipos, a capacidade de auto-replicação e a ação
catalítica encontrada em certos RNA, aponta para a condição de molécula hereditária
primordial. O DNA foi na verdade uma cria do RNA de algumas células primitivas que
ganharam com isso maior estabilidade e durabilidade do seu material em dupla hélice.
Com essa nova invenção das células era possível aumentar consideravelmente o
tamanho dos ácidos nucléicos e assim, estocar mais informações e a partir daí
desencadear a síntese de um maior arsenal de proteínas que tornou o metabolismo
celular mais complexo, diversificado e conseqüente eficiência no seu funcionamento.
Embora a ordem de surgimento das moléculas informacionais tenha sido: RNA - DNA -
PROTEÌNA, sabemos que as células modernas transferem a informação biológica da
forma: DNA - RNA - PROTEÍNAS. Essa seqüência de eventos é considerada o dogma
central da biologia molecular
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1. Ácidos nucléicos: estrutura molecular
O ácido nucléico é formado por um grande polímero de moléculas individuais chamadas
de nucleotídeos. Cada nucleotídeo é formado por uma base nitrogenada, que pode ser
uma purina (adenina ou guanina) ou uma pirimidina (timina ou citosina no DNA;
uracila ou citosina no RNA), uma pentose (desoxirribose no DNA, e ribose no RNA) e
um grupo fosfato (PO4).
O conjunto de base + açúcar denomina-se nucleosídio, chamando-se nucleotídeo ao
conjunto de base + açúcar + fosfato.
Existem dois tipos de ácidos nucléicos, o ácido ribonucléico (RNA) que contém açúcar
ribose de cinco carbonos, e o ácido desoxirribonucléico (DNA) no qual o grupo
hidroxila na posição 2 da ribose é trocado por um hidrogênio, uma molécula de
oxigênio é perdida, de onde vem o prefixo desoxi. Os nucleotídeos sucessivos são
ligados por ligações covalentes fosfodiéster, em que um grupo fosfato liga o carbono 3’
de um açúcar ao carbono 5’ do açúcar vizinho.
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O RNA está presente no citoplasma e em concentrações particularmente altas no
nucléolo do núcleo. O DNA é achado principalmente nos cromossomos, mas também
está presente nas mitocôndrias e em cloroplastos das células de plantas.
Watson e Crick sugeriram que a molécula de DNA era composta de duas cadeias de
nucleotídeos dispostas em espiral em torno de um mesmo eixo imaginário, formando
uma estrutura de dupla hélice. Cada cadeia de DNA tem sua polaridade determinada
pela orientação da ligação açúcar-fosfato. A extremidade da cadeia terminada pelo
carbono 5’ é referida como extremidade 5’, e a terminada com o carbono 3’ é chamada
extremidade 3’. O final 5’ de uma cadeia é oposta ao final 3’ da outra, isto é, elas
possuem orientações (ou polaridades) opostas e são ditas antiparalelas.
As duas moléculas de DNA que formam a dupla hélice estão unidas por fracas pontes
de hidrogênio. Essas ligações dispõem-se entre bases opostas das duas fitas de DNA
formando pares de base de acordo com as regras de Watson e Crick: purina sempre
pareia com pirimidina (adenina liga-se a timina e citosina a guanina). As ligações
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ocorrem dessa maneira porque o espaço ocupado por duas bases oponentes é pequeno, e
duas bases grandes não caberiam nesse espaço, assim como duas pequenas não se
aproximariam o suficiente para interagir. Desse modo, são criadas cadeias
complementares. Como resultado, a composição de bases do DNA não é randomizada,
havendo as mesmas quantidades de bases púricas e pirimídicas, de tal forma que A+G =
T+C. Verifica-se, igualmente, que as quantidades de adenina e timina são equivalentes,
o mesmo ocorrendo com a guanina e a citosina. A composição pode ser especificada
sem dúvidas quantificando-se a porcentagem de GC.
É comum descrever a seqüência de DNA pela seqüência de bases de uma das cadeias
na direção 5’ • 3’, que é a direção de síntese de uma nova molécula de DNA
durante sua replicação. Ao descrever a seqüência de DNA que compreende duas bases
vizinhas (um verdadeiro dinucleotídeo) de uma das cadeias, é usual inserir a letra “p”
para denotar a ligação fosfodiéster (ex. CpG).
A associação da dupla hélice do DNA com um grupo específico de histonas forma a
estrutura primária do DNA. O nucleosomo é formado quando um octâmero (duas cópias
de quatro histonas: H2A, H2 B, H3 e H4) é envolto por um segmento de DNA dupla-
hélice. A unidade fundamental de organização da cromatina é o solenóide, que é uma
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estrutura secundária helicóide de compactação dos nucleossomos pela histona H1. Com
a formação do solenóide, tem-se a ação de proteínas nãohistonas que formam estruturas
em alças ou domínios. As alças podem ser o início dos espessamentos parecidos
com nós, denominados cromômeros. À medida que os cromossomos se condensam
mais, os cromômeros adjacentes fundem-se em estruturas maiores e tornam-se depois as
bandas cromossômicas.O RNA constitui-se de moléculas simples de ácido ribonucléico,
e mais sobre este componente será visto adiante.
FUNÇÃO DOS ÁCIDOS NUCLÉICOS:
Como os genes se compõem de DNA, é necessário que este último tenha uma estrutura
suficientemente versátil para explicar a grande variedade de genes e, ao mesmo tempo,
ser capaz de reproduzir-se de tal maneira que se forme uma cópia idêntica em cada
célula apta a dividir-se.
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A informação genética, armazenada nos cromossomos é transmitida às células filhas
através da replicação do DNA, e é expressa através da transcrição em RNAm e
tradução subseqüente em cadeias polipeptídicas. Este fluxo de informação do DNA ao
RNA e à proteína é denominado de “dogma central” da biologia molecular, sendo
descritivo de todos os organismos. O processo de tradução requer um código genético,
através do qual a informação contida na seqüência de bases nitrogenadas dos
ácidos nucléicos é expressa para produzir uma seqüência específica de aminoácidos
na proteína que ele especifica. Três bases adjacentes codificam um aminoácido e
formam a unidade de informação genética ou códon, e a correspondência entre códons
específicos e aminoácidos é conhecida como código genético. A ligação molecular entre
estes dois tipos relacionados de informação (o código de DNA dos genes e o código de
aminoácidos das proteínas) é o ácido ribonucléico (RNA).
A seqüência de nucleotídeos deve conter o número suficiente de unidades codificadoras
para representar 20 aminoácidos (Aa). Como o DNA possui apenas 4 bases distintas,
deve haver a combinação de várias bases para codificar os diferentes tipos de Aa. Como
as bases agrupam-se 3 a 3, são possíveis 64 (43) arranjos, número maior do que o
necessário. Dos 64 códons (RNAm) possíveis, três indicam o fim de um gene, e
são conhecidos como códons finalizadores (ou sem sentido) porque designam o
término da tradução do mRNA neste ponto. São o UAA, o UGA e o UAG. Os outros
61 especificam aminoácidos. Como há apenas 20 Aa diferentes, deduz-se que alguns Aa
devem ser especificados por mais de um tipo de trinca ou por mais de um códon. Por
exemplo, a leucina e a arginina são especificadas por seis códons. Apenas a metionina e
o triptofano são cada um deles especificado por um único códon O código genético é,
portanto, dito “redundante” (ou degenerado). Embora um determinado aminoácido 7

possa ser especificado por mais de um códon, cada códon só pode designar um
aminoácido. Esse conceito é fundamental para, entre outras coisas, compreendermos
que nem toda alteração no código genético leva a uma doença.
Uma característica significativa do código genético é ser “universal”, ou seja,
virtualmente todos os organismos vivos usam os mesmos códigos de DNA para
especificar aminoácidos. Em outras palavras, os mesmos trípletes correspondem aos
mesmos aminoácidos, seja em seres humanos, seja em bactérias. Uma exceção
conhecida a esta regra é a das mitocôndrias, as quais têm suas próprias moléculas de
DNA extranuclear. Vários códons do DNA mitocondrial codificam aminoácidos
diferentes dos códons do DNA nuclear.
Em síntese pode-se dizer que o Código Genético tem as seguintes características:
- Especificidade
- Universalidade
- Redundância
A informação genética está contida no DNA dos cromossomos dentro do núcleo celular,
mas a síntese de proteínas, durante a qual a informação codificada no DNA é usada,
ocorre no citoplasma.
Devido à compartimentalização das células eucarióticas, a transferência de informação
donúcleo para o citoplasma é um processo muito complexo. Enquanto o DNA se forma
e se replica no núcleo da célula, ocorre no citoplasma a síntese de proteínas. A
informação contida no DNA deve, portanto, ser transportada para o citoplasma e, assim,
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usada para ditar a composição das proteínas. Isto envolve dois processos, transcrição e
tradução. Resumidamente, o código do DNA é transcrito para o RNA mensageiro, que,
então, deixa o núcleo para ser traduzido em proteínas.
RNA:
Existem três tipos principais de RNA que participam do processo da síntese protéica:
RNA ribossômico (RNAr), RNA transportador (RNAt) e RNA mensageiro (RNAm).
Os três principais tipos de RNA diferem um do outro em termos de tamanho, função e
modificações estruturais especiais.
RNA ribossômico: é encontrado em associação com uma série de proteínas
diferentes, como componente dos ribossomos; forma a estrutura complexa que
serve como sítio para a síntese de proteínas. No citosol eucariótico, existem
quatro espécies de RNAr de tamanhos diferentes (28S, 18S, 5,8S e 5S). "S"
é a unidade Svedberg, relacionada ao peso molecular do composto. Juntos
constituem até 80% do RNA da célula.
RNA transportador: é a menor das três principais moléculas de RNA (4S), tendo
entre 74 e 95 resíduos de nucleotídeos de tamanho. Existe no mínimo um tipo
específico de molécula de RNAt para cada um dos 20 aminoácidos comumente
encontrados nas proteínas. Juntos, eles constituem cerca de 15% do RNA da
célula. As moléculas de RNAt contém bases incomuns e possuem extenso
pareamento de bases intracadeia, o que lhes dá a forma característica de trevo.
Cada RNAt serve como um "adaptador", que transporta seu aminoácido
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específico ao sítio de síntese de proteínas, onde reconhece o códon que
especifica a adição de seu aminoácido à cadeia peptídica em formação.
RNA mensageiro: compreende somente cerca de 5% do RNA da célula e é o
tipo mais heterogêneo de RNA em termos de tamanho. O RNAm transporta a
informação genética do DNA ao citosol, onde é usado como molde para a
síntese de proteínas. As características estruturais especiais do RNAm
eucariótico incluem uma longa seqüência de nucleotídeos adenina (uma "cauda
poli-A") na extremidade 3' da cadeia de RNA, mais uma "cabeça" na
extremidade 5' ( cap 5’), geradas a partir do processamento do mRNA.
PROCESSAMENTO:
O transcrito de RNAm da maioria dos genes eucarióticos sofre uma série de
reações de processamento após a síntese a partir de DNA, envolvendo a remoção
de segmentos internos indesejáveis e a reunião dos segmentos remanescentes
(encadeamento do RNA ou splicing). Os éxons, seqüências codificadoras da maioria
dos vertebrados, são divididas em segmentos, que são separados por seqüências
intercaladas não-codificadoras (os íntrons). A trancrição consiste na produção de uma
seqüência de RNA complementar ao comprimento total do gene, abrangendo éxons e
íntrons. Freqüentemente, entretanto, o transcrito de RNA sofre o encadeamento, uma
série e reações de processamento através das quais os segmentos de RNA dos íntrons
são removidos e descartados e os segmentos de RNA dos éxons são unidos ponta com
ponta (encadeados) para obter-se como produto um RNA mais curto. Essas reações são
mediadas por um complexo de RNA e de proteínas bastante grande, o encadeossomo
(spliceossomos), que consiste de cinco tipos de snRNA (small nuclear RNA, ou seja,
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RNA de pequeno tamanho) e mais de 50 proteínas. Os spliceosomos removem os
introns e aproximam os exons para formar uma cópia funcional de RNAm, a partir do
qual será feita a síntese protéica. O splicing pode também ser realizado pelo próprio
intron, sem a ajuda dos spliceossomos.
Além do encadeamento, os RNAs transcritos pela polimerase II são sujeitos a dois
outros eventos de processamento:
Capeamento: Ocorre logo após a transcrição. Nos casos dos transcritos
primários, que serão processados para produzir mRNA, um nucleosídeo
metilado (7-metilguanosina) é ligado ao primeiro necleotídeo 5´ do transcrito de
RNA por uma ligação fosfodiéster especial 5´-5´. Tendo em vista que o carbono
5´ do resíduo e o carbono 5´ do primeiro nucleotídeo são efetivamente ligados,
diz-se que a extremidade 5´ está bloqueada ou capeada. As funções da capa
são de proteger o transcrito doataque da exonuclease 5´- 3´ (moléculas de
mRNA desencapadas são desnaturadas rapidamente), Unidade de 11

transcriçãofacilitar o transporte do núcleo para o citoplasma, facilitar o
encadeamento de RNA, desempenhar um papel importante no encaixe da
subunidade 40S dos ribossomos citoplasmáticos no mRNA;
Poliadenilação: Nas células dos mamíferos, uma vez ocorrida a clivagem do
RNA posterior a transcrição, cerca de 200 resíduos de adenilato são adicionados
seqüencialmente pela enzima poli(A)-polimerase para formar uma cauda
poli(A) na extremidade 3´. Supõe-se que as funções dessa cauda sejam de
facilitar o transporte das moléculas de mRNA para o citoplasma, estabilizar ao
menos parte das moléculas de mRNA no citoplasma (o encurtamento da
extensão da cauda poli[A] está associado com a degeneração do mRNA, com
exceções de algumas espécies de mRNA) e de facilitar a tradução, ao permitir
uma intensificação de reconhecimento do mRNA pela maquinaria ribossômica
TRADUÇÃO:
Um grande número de componentes são requeridos para a síntese da cadeia
polipeptídica. Estes incluem todos os aminoácidos que são encontrados no produto
final, o RNAm a ser traduzido, os RNAts, ribossomos funcionais, fontes de energia e
fatores protéicos necessários à iniciação, elongação e terminação da cadeia
polipeptídica.
A tradução é o processo pelo qual o mRNA fornece um molde para a síntese de
um polipeptídeo. O mRNA é transportado do núcleo para o citoplasma, onde a
seqüência de RNA é codificada, ou traduzida, para determinar a seqüência de
aminoácidos na proteína que está sendo sintetizada. O mRNA não pode, entretanto,
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se ligar diretamente a aminoácidos. O RNA transportador (tRNA) fornece a ligação
molecular entre a seqüência de bases do mRNA e a seqüência de bases da proteína:
o mRNA é traduzido em proteína pela ação de uma variedade de moléculas de tRNA,
cada uma específica para um determinado aminoácido. O RNAt tem a função de
transferir os aminoácidos corretos para suas posições ao longo do molde de
mRNA, para que sejam adicionados à cadeia polipeptídica crescente. O tRNA tem
um sítio em sua extremidade 3’ para a ligação de um aminoácido por uma ligação
covalente. Na extremidade oposta do trevo há uma seqüência de três nucleotídeos
chamada de anticódon. O anticódon caracteriza cada tRNA, dando a especificidade de
ligação a um único Aa. Esta seqüência faz um pareamento de bases com um códon
apropriado no mRNA. A ligação do anticódon do RNAt ao códon do RNAm segue as
regras da ligação complementar e antiparalela, isto é, o códon do RNAm é lido de 5'
para 3' por um anticódon pareado em orientação invertida -(3'5'). O mRNA, portanto,
especifica a seqüência de aminoácidos agindo por meio do tRNA.
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O local citoplasmático da síntese de proteínas é o ribossomo, que consiste em
proteínas enzimáticas e RNA ribossomal (mais abundante). A função do rRNA é
auxiliar a ligação do mRNA e do tRNA ao ribossomo. O ribossomo primeiramente
liga-se a um sítio de iniciação na seqüência do mRNA. Este sítio consiste de um
códon especifico AUG, que especifica o aminoácido metionina. A tradução de um
mRNA processado é, portanto, sempre iniciada em um códon AUG, sendo a
metionina sempre o primeiro aminoácido codificado (aminoterminal) de cada cadeia
polipeptídica, embora em geral seja removido antes que a síntese da proteína
esteja completa. O códon para metionina (iniciador AUG) estabelece a matriz de leitura
do mRNA.
O ribossomo liga o tRNA à sua superfície, de modo que possa haver pareamento
entre o tRNA e o mRNA. O ribossomo move-se ao longo da seqüência de mRNA,
códon por códon, no sentido usual 5’ para 3’. O ribossomo, então, desliza ao longo
do mRNA a cada três bases, alinhando o códon seguinte para o reconhecimento por
outro tRNA com o próximo aminoácido. À medida que cada códon é processado, um
aminoácido é traduzido pela interação entre mRNA e tRNA. A ligação entre o
códon e o anticódon coloca o aminoácido apropriado na posição seguinte no ribossomo
para formação de uma ligação peptídica com a ponta carboxila e a cadeia
polipeptídica crescente
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.
Neste processo, o ribossomo fornece uma enzima que catalisa a formação de
ligações peptídicas covalentes entre aminoácidos adjacentes, resultando em um
polipeptídeo crescente. Quando o ribossomo chega a um códon finalizador na
seqüência de mRNA, terminam a tradução e a formação de polipeptídeo. O terminal
amino (NH2) do polipeptídeo correspondente à ponta 5’ do filamento de mRNA, e o
terminal carboxila (COOH) corresponde à ponta 3’. Quando a síntese está completa, o
mRNA, o ribossomo e o polipetídeo se separam um do outro. O polipeptídeo é então
liberado para o citoplasma. Todo esse especializado e refinado processo pode ser
dividido em três etapas básicas:
Iniciação:
A iniciação da síntese de proteínas envolve a reunião de componentes do sistema de
tradução antes que ocorra a formação da ligação peptídica. Estes componentes incluem
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as duas subunidades ribossômicas, o RNAm a ser traduzido, o aminoacil-RNAt para
metionina, especificado pelo códon iniciador AUG na mensagem, o GTP (o qual
fornece energia ao processo) e fatores de iniciação que facilitam a montagem deste
complexo de iniciação.
Alongamento:
A elongação envolve a adição de aminoácidos à extremidade carboxila da cadeia
polipeptídica em formação. Durante a elongação, os ribossomos movem-se da
extremidade 5' à 3' do RNAm que está sendo traduzido. Há vários fatores de
alongamento envolvidos com esse processo. A formação das ligações peptídicas é
catalisada pela peptidiltransferase. Após formar-se a ligação peptídica, o ribossomo
avança três nucleotídeos em direção ao 3'- terminal do RNAm. Isto causa a liberação
do RNAt descarregado.
Terminação:
A terminação ocorre quando um dos três códons de encerramento são expostos no
sítio ribossômico. O fator de liberação faz a proteína recém sintetizada ser
liberada do complexo ribossômico e causa a dissociação entre o ribossomo e o RNAm.
O polipeptídeo recém sintetizado pode sofrer modificações subseqüentes; as
subunidades ribossômicas, o RNAm, o RNAt e fatores protéicos podem ser reciclados
e usados para sintetizar outro polipeptídeo.
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MODIFICAÇÕES PÓS-TRADUCIONAIS:
Antes que um polipeptídeo recém-sintetizado possa começar a sua existência como
proteína funcional, ele freqüentemente sofre outro processamento chamado de
modificação pós-traducional. Estas modificações podem ter uma variedade de
formas, incluindo a clivagem em unidades polipeptídicas menores, ou uma
combinação com outros polipeptídeos para formar uma proteína maior. Outras
modificações possíveis incluem a adição de cadeias laterais de carboidratos ao
polipeptídeo. Estas modificações são necessárias, por exemplo, para produzir o
dobramento apropriado da proteína final, ou para estabilizar sua estrutura. A cadeia
polipeptídica, que é o produto primário da tradução, é dobrada e associada em uma
estrutura tridimencional específica que é determinada pela própria seqüência de
aminoácidos. Duas ou mais cadeias polipeptídicas, produtos do mesmo gene ou de
genes diferentes, podem se combinar para formar um único complexo protéico final.
Os produtos protéicos também podem ser modificados quimicamente por, por 17

exemplo, adição de fosfato ou carboidratos em sítios específicos. Outras
modificações podem envolver a clivagem da proteína, seja para remover seqüências
amino-terminais específicas após terem direcionado uma proteína para o seu local
correto dentro da célula, ou para dividir a molécula em cadeias polipeptídicas menores.
REPLICAÇÃO – Regras Fundamentais:
1. A replicação do DNA é um processo semiconservativo. Ambas as fitas de DNA que
formam um duplex servem como molde para síntese de uma fita nova complementar.
Assim, durante um evento de duplicação são produzidas duas moléculas novas de
DNA, cada uma delas consistindo de uma fita “velha” (do duplex original) e uma
“nova” (recém-sintetizada).
2. A replicação tem início em uma origem e a partir dela continua bidirecionalmente. A
replicação de DNA sempre tem início num ponto único na molécula, caracterizado por
uma seqüência de bases específicas denominado origem da replicação, a partir de onde a
dupla fita se abre. As terminações destes são pontos dinâmicos, chamados de
forquilhas de replicação, onde as fitas de DNA são separadas e replicadas.
3. A síntese de DNA procede na direção 5’ - 3’ e é semi-descontínua. Uma fita
nova de DNA é sintetizada na direção 5’ - 3’, sendo a extremidade livre OH de cada
nucleotídeo o ponto em que o DNA é alongado. Devido a esta propriedade e
considerando-se a natureza antiparalela do DNA, a fita utilizada como molde só pode
ser lida na da extremidade 3´ em direção a 5´. Como a abertura da dupla fita é gradual a
partir da forquilha de replicação e o sentido de leitura é obrigatoriamente na direção 5’
- 3’, a síntese das duas fitas ocorre em sentidos opostos, não sendo possível que ambas
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as fitas sejam sintetizadas continuamente. Desta forma, uma das fitas é sintetizada
continuamente, sendo denominada de fita líder, enquanto a outra se faz em pequenos
fragmentos, sendo chamada de fita tardia. Estes fragmentos são denominados de
fragmentos de Okasaki. As principais enzimas envolvidas na replicação são:
1. NUCLEASES
São enzimas que tem a capacidade de clivar (cortar) ácidos nucléicos, sendo,
portanto, responsáveis pela degradação do DNA. Existem inúmeros tipos, que estão
divididos em duas classes principais: exonucleases, que degradam ácidos nucléicos a
partir da extremidade da molécula; e endonucleases, que degradam a partir de
qualquer sítio (local) da molécula de DNA.
2. DNA POLIMERASES
São as principais enzimas envolvidas na replicação, uma vez que adicionam
nucleotídeos e participam do sistema de reparo. Na E. coli, utilizada como modelo para
estudo da replicação, são mais de 5 enzimas conhecidas, sendo a I, II e III as
principais. A reação básica (polimerização), comum a todas e responsável pelo
alongamento do DNA a partir da origem está representada na figura a seguir.O
estudo das polimerases revelou que, para a polimerização ocorrer, são necessários
dois elementos principais: uma fita molde de DNA e um primer (iniciador). O
molde, lido na direção 3´-5´, determina a sequência dos nucleotídeos da fita nova,
obedecendo as leis de pareamento de Watson e Crick. Ele normalmente é
representado pela fita “velha”. Desta forma, as características de complementariedade e
antiparalelismo são mantidas no novo duplex de DNA. O primer é necessário porque a
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polimerase não consegue iniciar o alongamento de uma cadeia de polinucleotídeos a
partir de nucleotídeos livres; ou seja, um pedaço de fita nova já deve existir. O
primer é um pequeno segmento de RNA, sintetizado pela enzima primase, que
depois será substituído por DNA pela própria DNA polimerase.
O papel específico de cada polimerase pode ser simplificado da seguinte maneira:
Polimerase I: função de reparo nos processos de replicação e recombinação.
Polimerase III: é a principal enzima envolvida no processo. Têm uma
estrututa mais complexa, com várias subunidades com funções específicas.
3. HELICASES, TOPOISOMERASES, SSB
As helicases fazem a separação das duas fitas parentais para que a replicação possa ter
início. Esta separação cria um “estresse” topológico que é aliviado pela ação das
topoisomerases, enzimas que atuam no enrolamento do duplex de DNA. Já as SSB
(single strand binding proteins ou proteínas de ligação do DNA de fita simples)
mantêm as duas fitas separadas estabilizadas.
4. PRIMASES
Sintetizam a pequena porção de RNA que servirá como primer para início da replicação.
Estágios da Replicação
O processo de replicação é divido em 3 etapas:
1. INICIAÇÃO
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A origem da replicação da E. coli, chamada de OriC, consiste numa sequência de
245 pb altamente conservada ( isto é, aparece em diversos organismos e manteve-se
idêntica durante o processo evolutivo) entre as origens de replicação. As seqüências
chave deste segmento consistem em duas séries altamente repetidas: 3 repetições de
13 pb e 4 repetições de 9 pb. Pelo menos 6 enzimas ou proteínas participam na
iniciação da replicação. Elas abrem o DNA na origem e estabilizam o complexo
que se forma junto com as outras enzimas envolvidas na replicação (complexo
pré-priming) para que ocorram as reações subseqüentes. O componente chave no
processo é a proteína DnaA.Um complexo de 20 DnaAs se liga as 4 repetições de 9 pb
na origem, depois reconhece e abre o DNA na região das três repetições de 13 pares de
base. A DnaB, então, se liga à região aberta e funciona como uma helicase criando
assim uma forquilha de replicação e separando progressivamente a dupla fita, numa
reação que requer DnaC como co-fator.
A iniciação é a única fase regulada da replicação, de forma que ela (a replicação) só
ocorre uma vez por ciclo celular. O tempo de início da replicação é afetado pela
metilação do DNA. Imediatamente após o término da replicação o DNA é
hemimetilado; a oriC da fita parental é metilada, mas a da fita nova não. Enquanto a
região oriC da fita nova não for metilada, não pode ter início um novo processo de
replicação.
2. ALONGAMENTO
Esta fase inclui duas operações distintas, mas relacionadas: a síntese da fita líder e a
síntese da fita tardia. A síntese da fita líder é um processo mais simples que se inicia
com a síntese de um pequeno segmento de RNA pela primase na origem de replicação.
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Depois os desoxirribonucleotídeos são adicionados ao primer pela DNA polimerase
III, obedecendo as regras já mencionadas. A síntese da fita líder prossegue
continuamente até o final da molécula. O primer é retirado e substituído por DNA.
A síntese da fita tardia é realizada através da formação de pequenos fragmentos de
Okasaki, já citados anteriormente. Primeiro é formado um primer de RNA pela primase
e, assim como na fita líder, desoxirribonucleotídeos são adicionados pela DNA
polimerase III.
Neste nível, o processo parece simples, mas na realidade ele é bem complexo. Sua
complexidade reside na coordenação entre a síntese da fita líder contínua e a da
fita tardia descontínua; sendo as duas realizadas por uma única DNA polimerase
III (em diferentes subunidades). Para tal processo ocorrer, é criada uma alça na fita
tardia, aproximando assim os dois pontos da replicação. Como a fita tardia é sintetizada
descontinuamente, isto é, através da formação de vários fragmentos, o processo de
criação de um primer se repete diversas vezes, assim como odesconectamento do
fragmento formado da polimerase III e a conexão de um novo fragmeno. No final
todos os primers são retirados e os fragmentos de Okasaki unidos.
3. TERMINAÇÃO
Tomando-se como um modelo a E. coli e tendo em vista seu DNA circular, há um
momento em que as duas forquilhas de replicação ( que progridem na mesma
direção ) finalmente se encontram em uma sequência chamada Ter. Para que possa ter
fim a replicação, ela foi arranjada de maneira a formar uma espécie de armadilha, em
que a forquilha de replicação entre e não possa sair. Isso é obtido pela ligação da
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proteína Tus à região Ter, impedindo que a replicação do DNA recomece ou
continue.
Nos eucariotos a terminação da replicação dos cromossomos lineares enfrenta o
problema de replicar a extremidade da fita tardia, que está sendo sintetizada em
sentido oposto. A solução envolve a síntese das partes terminais dos cromossomos,
chamadas telômeros. Os telômeros possuem várias cópias de uma seqüência
consenso, as quais são adicionadas por uma enzima específica (telomerase) na fita
tardia, quando a replicação estiver próxima ao final. Na fita líder, a terminação ocorre
naturalmente quando chega ao final do molde parental.
PROCESSAMENTO DE RNA
Os diferentes RNAs sintetizados no processo de transcrição são chamados de
transcritos primários, RNA precursor ou pré-RNA. Na maioria das vezes, esses
transcritos primários não representam uma molécula de RNA madura, ou seja, aquela
cuja seqüência e estrutura correspondem à forma final do RNA funcional. Nesses
casos, esses transcritos primários precisam sofrer modificações, as quais
chamamos de processamento de RNA. O processamento de RNA inclui alterações do
tipo adição, deleção ou modificação de nucleotídeos, ou mesmo de regiões maiores do
transcrito primário.
Processamento de mRNA:
A molécula de mRNA recém-sintetizada no núcleo precisa sofrer várias alterações
bioquímicas. O objetivo é transformar-se no que é chamado de mRNA maduro ou
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mRNA processado, para só então, ser transportado ao citoplasma e lá ser traduzido.
Esses precursores de mRNA são chamados de RNA nuclear heterogêneo (hnRNA –
heterogeneous nuclear RNA). O processamento desses hnRNAs envolve
modificações de nucleotídeos que acabam por aumentar a estabilidade do mRNA e
convertê-lo em RNA maduro.
A) Adição do cap – A primeira modificação do hnRNA ocorre em sua extremidade 5’,
logo após o nício do processo de transcrição. Um resíduo de guanina é ligado
covalentemente ao primeiro nucleotídeo do hnRNA através de uma ligação fosfato 5’-
5’, com o resíduo de guanina estando na posição inversa a dos demais nucleotídeos.
Essa estrutura é chamada de cap. O cap sofre, então, uma metilação na posição 7 da
guanina, resultando no nucleotídeo 7-metilguanilato (m7G). Todas essas reações são
catalisadas por enzimas específicas de cada reação. O cap protege a extremidade 5’
do transcrito da ação de exonucleases. Essas enzimas têm a propriedade de cortar ou
clivar ácidos nucléicos, conseqüentemente, moléculas de mRNA sem cap são
rapidamente degradadas. O cap também tem a função de facilitar o splicing do
RNA e seu transporte do núcleo para o citoplasma. O cap tem também papel
importante na síntese protéica.
B) Adição da cauda de poli A (Poliadenilação) – A maioria dos mRNAs possui uma
seqüência de aproximadamente 200 resíduos de adenina na sua extremidade 3’, que
é chamada de cauda poli A. Essa cauda poli A não está codificada no DNA e não
existe nos rRNAs e tRNAs. Ela é adicionada aos hnRNAs pela enzima poli A-
polimerase. Um aspecto comum a todos pré-RNAs mensageiros é a presença da
seqüência consenso AAUAAA, 11-30 nucleotídeos antes do sítio de poliadenilação
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(local onde deve ser adicionada a cauda poli A). Esta seqüência, chamada de
seqüência sinal para poliadenilação, é reconhecida por um fator específico, que
“marca” o local e permite que ocorra a clivagem por uma endonuclease. A adição
da cauda poli A é feita na extremidade 3’ OH gerada pela clivagem. Depois que
o mRNA poliadenilado chega ao citoplasma, a cauda poli A vai diminuindo, com o
decorrer do tempo, provavelmente devido à ação de nucleases. A cauda poli A é
uma parte importante do processamento pois facilita o transporte do mRNA para o
citoplasma e ao ser lentamente degradada, estabiliza a molécula no citoplasma.
Existe também a possibilidade da cauda poli A estar relacionada com o
reconhecimento da molécula de mRNA pelo complexo que posteriormente realizará a
tradução.Há um grupo de mRNAs que é transportado ao citoplasma e que não possui
cauda de poli A. São os mRNAs de histonas, as proteínas que participam do
empacotamento do DNA. Mesmo sem poli A, a extremidade 3’ do hnRNA é clivada
como descrito anteriormente.
Em geral, a clivagem e a poliadenilação precedem a excisão de introns do hnRNA.
C) Metilação – Muitos mRNAs possuem o nitrogênio 6 dos resíduos de adenina
metilado. Essa metilação ocorre apenas nos exons, antes da retirada dos introns do
hnRNA. Provavelmente, o radical metil serve para proteger as porções do transcrito
primário que precisam ser preservadas.
D) Excisão de introns (splicing) – A maioria dos transcritos primários de mRNA
apresenta dois tipos de seqüências: os exons, porção codificadora do transcrito primário
que estão presentes no RNA maduro; e os introns, seqüências que não estão
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presentes no RNA maduro e, portanto, não codificam nenhum aminoácido da
proteína a ser sintetizada. Os introns precisam ser retirados para dar origem a um
mRNA funcional (ou tradutível). Assim, após a adição do cap, da cauda poli A, e às
vezes, a metilação de adeninas, o hnRNA precisa sofrer o processo de excisão dos
introns e junção dos exons. Esse mecanismo é conhecido como splicing do RNA. Para
que o splicing ocorra corretamente, existem seqüências consenso sempre presentes
localizadas nos introns dos mRNAs. Essas seqüências têm a finalidade de sinalizar o
local onde deverá ser efetuado o splicing (chamado de sítio de splice) ou auxiliar na sua
localização, e têm características importantes:
1) os primeiros e os últimos dois nucleotídeos da extremidade 5’ e 3’ dos introns são
GU e AG, respectivamente;
2) há uma adenina aproximadamente 18-20 nucleotídeos upstream da extremidade 3’ do
intron. Ambas têm um papel importante no processo de splicing. Além dessas
seqüências consenso, há uma freqüência maior de algumas bases que estão próximas do
sítio de splicing, tanto no exon como no intron, e há, também, uma tendência da
região próxima à extremidade 3’ do intron ser rica em pirimidinas (U e C). Sem
essas seqüências consenso, ocorrem alterações no processo de splicing. Temos um
mRNA no qual estão representados os sítios de splicing e a adenina no intron,
esquematicamente:
O processo de splicing envolve a retirada de cada intron da molécula de hnRNA e
união dos exons, liberando o intron. A remoção de introns envolve a quebra de uma
ligação fosfodiéster na junção exonintron, e a formação de outra, entre as
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extremidades dos exons.Esse processo pode ocorrer de duas maneiras: mediado por
“spliceossomos” e auto -splicing.
1- Mediado por “spliceossomos”
Os “spliceossomos” são constituídos pela associação de pequenas
ribonucleoproteínas (snRNPs) e outras proteínas acessórias. As snRNPs, por sua
vez, são formadas por proteínas associadas a pequenas moléculas de RNA nuclear
(snRNAs), ricas em uracil. Algumas destas proteínas são comuns a todas as
snRNPs, outras são especificas. O “spliceossomo” é um complexo grande de
aproximadamente 3X103 kDa, tendo quase o tamanho de um ribossomo.
Essa estrutura começa a ser montada assim que o intron é transcrito. Cada snRNP
associa-se de diferentes maneiras e em diferentes locais do intron, para que o splicing
ocorra. Este conceito explica porque o processo é tão preciso e específico. Essa
associação pode ser auxiliada por pareamento de bases que ocorre entre as seqüências
conservadas do intron e os snRNAs que fazem parte das snRNPs.
A primeira clivagem ocorre entre o primeiro exon e a extremidade 5’ do intron. O
radical OH que promove a clivagem vem da adenina conservada, que existe próximo à
região 3’ de todo intron. O radical 2’ OH dessa adenina quebra a ligação fosfodiéster
entre o exon e a extremidade 5’ do intron, liberando o exon (primeira
transesterificação). O radical 3’ OH do exon liberado ataca, então, a ligação fosfodiéster
que une a extremidade 3’ do intron ao próximo exon, unindo os dois exons
(segunda transesterificação). O intron é liberado na forma de laço. Não há alteração
no número de ligações fosfodiéster durante o processo e nenhuma energia é
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necessária. Essas reações são decorrentes de uma cascata de eventos na qual os vários
complexos snRNPs ligam-se às regiões pertinentes a serem clivadas. Não se sabe
como as clivagens e ligações ocorrem, mas, provavelmente, os snRNAs têm um papel
catalítico no processo.
Embora o “spliceossomo” seja montado ainda durante a síntese do RNA, geralmente o
intron não é retirado até que a transcrição tenha acabado. O “spliceossomo” impede que
o exon a 5’ do intron afaste -se do exon a 3’ do intron após a primeira clivagem.
Após a remoção do intron, o complexo é desfeito. O “spliceossomo” é uma
estrutura estável e grande o suficiente para não passar pelos poros nucleares. Talvez por
isso, e também por se ligarem logo após a transcrição, os mRNAs não passem ao
citoplasma antes de serem processados.
2 - Auto-splicing
A excisão de introns pode ocorrer devido à atividade catalítica do próprio RNA
precursor, sendo esse processo conhecido como auto-splicing. Neste caso, as mesmas
reações descritas anteriormente ocorrem, mas sem a ajuda de spliceossomos. Alguns
genes utilizam uma guanina ao invés da adenina para a primeira reação de
transesterificação.
Processamento de rRNA:
Existem quatro RNAs ribossômicos com diferentes coeficientes de sedimentação:
5S; 5,8S; 18S e 28S. São codificados por múltiplas cópias de genes, cujo número
pode variar de 100-5000 por genoma haplóide, as quais estão localizadas uma ao
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lado da outra. Os rRNAs 18S, 5,8S e 28S fazem parte de uma unidade de transcrição,
ou seja, a RNA-polimerase I produz um único RNA precursor que contém esses
rRNAs separados um do outro por espaçadores internos. O transcrito primário
apresenta, ainda, nas suas extremidades 5' e 3', espaçadores externos. O ntrsacrito
inicial é, então, alvo de clivagens por ribonucleoproteínas e modificações que
resultam nos rRNAs maduros que vão constituir o ribossomo.
O processo de maturação ocorre em várias etapas de clivagem em uma ordem
preferencial, mas não obrigatória, sendo a primeira delas a remoção dos espaçadores
transcritos externos. Depois, há outras duas clivagens que liberam o RNA 18S maduro.
As três próximas clivagens liberam o RNA 5,8S, e na maioria dos casos, o 28S maduro,
os quais já permanecem ligados por pontes de hidrogênio devido à complementaridade
de bases entre esses rRNAs.
O quarto tipo de rRNA, 5S, é transcrito separadamente. Os genes para RNA 5S
estão localizados separados dos outros três e são transcritos pela RNA-polimerase
III. Também se encontram em cópias múltiplas e separados por espaçadores. A
transcrição desses genes não é coordenada com a dos outros RNAs e não se sabe por
que eles estão localizados separadamente.Após o processamento, os rRNAs participam
na formação das subunidades do ribossomo e, só então deixam o núcleo.
O RNA ribossômico sofre, ainda, algumas modificações pós-transcricionais, entre
elas, metilações. Muitas dessas metilações são extremamente conservadas e algumas
delas têm uma função importante no início da síntese de proteínas. A modificação da
base U para Ø (psi) também é comum.
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Processamento de tRNA:
Os genes de tRNA são encontrados em cópias múltiplas. Os transcritos primários
precisam ser processados para originar o tRNA maduro. Isso envolve a ação de
ribonucleases para gerar as extremidades 5' e 3' da molécula madura e a retirada do
único intron. O mecanismo de retirada do intron de p-tréRNA ocorre em duas
etapas: na primeira, ocorre clivagem endonucleásica nas extremidades 5' e 3' do
intron, liberando-o e dividindo o tRNA em duas metades (exons). As duas metades são
mantidas juntas devido ao pareamento de bases do tRNA em regiões
complementares, apesar de não estarem ainda ligadas covalentemente. Na segunda
etapa ocorre a ligação dos dois exons para a formação do tRNA maduro. A ligação
dos dois exons é feita por uma RNA-ligase.
Aparentemente não há seqüências consenso no intron, essenciais ao processo de
splicing. As seqüências do exon e a conseqüente estrutura tridimensional do pré-
tRNA é que são os elementos importantes para o reconhecimento e para a correta
clivagem pelas endonucleases. As moléculas de tRNA maduras contêm um grande
número de nucleotídeos raros originados pela modificação pós-transcricional das
bases comuns (A,U,C,G). A maioria das modificações envolve metilação e/ou tiolação
e dependem de cisteína, metionina e treonina, que são as fontes dos grupos
utilizados na alteração das bases. Outro processamento importante é a adição da
seqüência CCA na extremidade 3' por uma enzima específica. Todos os tRNA têm
essa seqüência.
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CICLO CELULAR
O ciclo celular é um processo através do qual uma célula somática duplica seu material
genético e o reparte igualmente às suas células-filhas. É didaticamente dividido em duas
fases principais: a intérfase e a mitose. Na intérfase ocorre a duplicação do DNA e a
preparação para a fase seguinte: a mitose, na qual ocorre a divisão celular propriamente
dita, finalidade maior do ciclo celular. A mitose, apesar de ocupar uma pequena parte do
ciclo, é crucial para o crescimento e diferenciação do organismo, levando o zigoto às
aproximadamente 100 trilhões de células do indivíduo adulto, participando inclusive
dos processos de renovação celular.
Para que o ciclo seja iniciado, uma seqüência ordenada de eventos necessita ocorrer,
determinando o processo de divisão:
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1) Ligação de um fator de crescimento a um receptor específico na membrana
plasmática;
2) Ativação deste receptor (proteína transmembrana), que ativa proteínas transdutoras
de sinais presentes no citoplasma através do domínio interno do receptor;
3) Transmissão do sinal, por estas proteínas transdutoras, até o núcleo;
G0, G1, S e G2 fazem parte da intérfase, enquanto M representa a mitose
4) Ativação de proteínas regulatórias nucleares;
5) Iniciação e progressão do ciclo celular.
São conhecidas aproximadamente 50 proteínas que atuam como fatores de crescimento,
liberados por vários tipos celulares - de acordo com as necessidades do organismo. As
células que possuem o receptor específico para um determinado fator de crescimento
serão iniciadas no ciclo, enquanto as que não expressam esse receptor em sua superfície
permanecerão inativas.
Os fatores de crescimento podem ser divididos em duas grandes classes: de ampla
especificidade, que atuam sobre muitos receptores e conseqüentemente sobre muitas
classes de células (ex: PDGF – fator de crescimento derivado das plaquetas, EGF – fator
de crescimento epidérmico, VEGF – fator de crescimento vascular endotelial, FGF –
fator de crescimento fibroblástico); e de estreita especificidade, que atuam sobre células
específicas.
Controladores Positivos do Ciclo Celular:
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Estimulam a progressão da célula no ciclo celular, a fim de que ocorra a divisão normal
em duas células-filhas.
• CDKs (Cinases Dependentes de Ciclina)
Estão presentes durante todo o ciclo celular, mas só são ativadas em determinadas fases,
quando ligadas às ciclinas. Este complexo CDK-ciclina fosforila proteínas específicas.
Ex: Na figura acima, a proteína Rb é fosforilada pelo complexo CDK-ciclina, tornando-
se inativa e liberando proteínas de regulação gênica, o que permite a progressão do
ciclo.
• Ciclinas
São assim chamadas porque suas quantidades variam periodicamente durante o ciclo
celular. São sintetizadas somente em fases específicas, de acordo com a necessidade, e
destruídas após a sua utilização. Ligam-se às CDKs para que possam juntas exercer suas
funções.
Controladores Negativos do Ciclo Celular:
Atuam inativando as funções dos controladores positivos, o que leva a célula à parada
no ciclo celular e à apoptose (morte programada).
• CKIs (Inibidores de Cinase dependente de Ciclina)
São proteínas que interagem com CDKs ou complexos ciclina-CDK, bloqueando sua
atividade de cinase. As cinases não mais fosforilam proteínas, o que determina parada
do ciclo. As CKIs podem ser de dois tipos:
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- específicas (ex: p15, p16, p18, p19): são seletivas sobre os complexos ciclina D-CDK4
e ciclina D-CDK6, que atuam em G1.
- inespecíficas (ex: p21, p27, p53, p57): atuam sobre diversos tipos de complexos
ciclina-CDK.
• Complexo ubiquitina
Degrada ciclinas e outras proteínas, impedindo a progressão do ciclo celular.
• Fosfatases
Atuam na desfosforilação de CDKs e complexos ciclina-CDKs, tornando-os inativos.
Checkpoint – Pontos de verificação
Mecanismo que monitora o ciclo celular, tentando identificar mutações no DNA. Zela
pela correta execução dos eventos, impedindo o início de eventos subseqüentes até que
o anterior esteja concluído com sucesso. Em suma, se detectada qualquer alteração no
genoma celular, este mecanismo interrompe a progressão do ciclo até que seja feito o
reparo; ou se o dano for excessivo, até que a célula entre em apoptose. Interfere no
tempo de duração de cada fase do ciclo celular.
Todas essas estruturas protéicas envolvidas no controle do ciclo celular são codificadas
por genes específicos. Qualquer mutação nesses genes pode resultar em proteínas
alteradas, causando problemas neste processo de estímulo à célula.
Uma das conseqüências possíveis é o desenvolvimento de neoplasias, cada qual
relacionada a mutações em genes específicos. Ex: mutações no gene pRb darão origem
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a proteínas pRb alteradas, desencadeando proliferação celular aumentada e
desenvolvendo o retinoblastoma (Rb) – neoplasia maligna da retina.
INTÉRFASE:
Fase que se interpõe a duas mitoses, preparando a célula para a divisão em duas células-
filhas. Leva em torno de 16 a 24 h para se processar, mas a velocidade depende do tipo
celular. Ex: derme e mucosa intestinal necessitam renovar-se constantemente e, por isso,
sua interfase tem duração menor se comparada à de outras células.
Dividida em 4 fases: G0, G1, S e G2.
G0 – Não se interpõe às fases do ciclo celular, mas é um anexo da intérfase. As células
estão em repouso, ou seja, nesta fase não ocorrem eventos que as preparem para a
divisão. Algumas células, como os neurônios, estão permanentemente em G0, e nunca
se dividem. Estudos mostram que exercícios físicos e mentais podem estimular uma
regeneração e crescimento axonal, mas até o presente momento, nada de divisão celular.
Outros tipos celulares, como os hepatócitos, podem entrar provisoriamente em G0, mas
de acordo com a necessidade do órgão (ex: abuso de álcool, vírus da hepatite C,
malária...), retornam a G1 e continuam o ciclo.
G1 – Quando uma célula é estimulada a se multiplicar, ela entra em G1.
Nesta fase, a célula responde a estímulos positivos ou negativos, sendo levada a
crescimento, diferenciação, multiplicação ou apoptose, bem como à produção de
enzimas e outras moléculas necessárias para a próxima fase do ciclo. Algumas células
levam dias ou anos para sair de G1, enquanto outras passam pela fase em poucas horas
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(10 a 12h, em média). Há aumento do volume celular e aumento no número de
organelas.
Logo no início de G1, ocorre a síntese de ciclina D, que vai se ligar com a CDK4 e a
CDK6, formando dois complexos. Mais tardiamente, ocorre a síntese de ciclina E, que
se liga à CDK2. Estes três complexos irão atuar na fosforilação da proteína pRb.
Inicialmente, a proteína pRb está na forma ativa, ligada ao fator E2F. Quando
fosforilada pelos complexos ciclina-CDKs, torna-se inativa e libera o fator E2F
(proteína de regulação gênica) que vai ativar a transcrição de vários genes cujos
produtos são necessários para que a célula progrida para a fase S. A proteína pRb, então,
não fosforilada permanece ligada ao E2F, impedindo que a célula saia do estágio G1 e
entre na fase S. Já quando fosforilada, libera E2F e permite a progressão do ciclo.
As CKIs p21, p53 e p57 exercem um controle negativo sobre a proteína pRb por
bloquearem a atividade de cinase dos três complexos ciclina-CDKs, podendo impedir
que a célula saia do estágio G1. A importância destas CKIs reside no fato de que, por
exercerem função de bloqueio, são consideradas supressoras tumorais. Infelizmente,
seus genes codificadores são alvos freqüentes de mutação; assim, quando mutados
(sobretudo o p53), não promovem repressão do ciclo celular e células tumorais não vão
à morte por apoptose. A célula tumoral torna-se, então, imortal.
S – É nesta fase que ocorre a síntese de DNA (cópia idêntica), a fim de que cada
cromossomo seja formado por duas cromátides-irmãs geneticamente iguais. Leva entre
6 a 8 h para se processar.
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Os mecanismos envolvidos permanecem um tanto obscuros, mas sabe-se que o
complexo ciclinaA-CDK2 mostra importante função imediatamente antes da síntese de
DNA, fosforilando proteínas específicas envolvidas nas origens de replicação do DNA.
Estas proteínas específicas são conhecidas como fatores licenciadores, os quais ligam-
se a determinados pontos da molécula de DNA, permitindo a deselicoidização da
estrutura dupla-fita, a fim de que seja replicada.
Os fatores licenciadores acumulam-se durante G1, atuam em S, e são destruídos em G2
para impedir nova replicação antes da mitose.
Como são várias as origens de replicação (ou seja, a duplicação do material genético
ocorre em vários locais simultaneamente), são igualmente importantes nesta fase os
pontos de metilação. Eles sinalizam que determinada seqüência da molécula já replicou,
impedindo excesso de material duplicado. Um outro componente é o complexo mitótico
ciclinaB-cdc2 ou Fator Promotor da Mitose (MPF). Ele permanece inativo durante toda
a fase S e protege a célula de uma divisão antes que ela esteja totalmente pronta para
isto.
G2 – Há basicamente a síntese de RNA, de proteínas e outras estruturas necessárias para
o início da divisão celular. Nesta fase, inicia-se a condensação da cromatina, o que
facilitará as fases de metáfase e anáfase da mitose. O MPF permanece inativo durante
quase toda a fase G2, sofrendo fosforilações e desfosforilações, até que uma fosfatase
específica remove alguns fosfatos; o complexo é então ativado e a célula é encaminhada
à mitose.
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MITOSE
O processo de divisão celular (fase M do ciclo celular) consiste de divisão nuclear
(mitose) seguida de divisão citoplasmática (citocinese). Mitose é um processo de
divisão de células somáticas em que cada célula filha receberá um conjunto de
informações genéticas completo e idêntico ao da célula parental. Durante a mitose é
formado um elaborado sistema para garantir a correta segregação cromossômica. É uma
divisão conservativa, ou seja, o número diplóide de cromossomos é mantido nas células
filhas. É através da mitose que o organismo cresce, se diferencia e realiza a regeneração
tissular.
FASES DA MITOSE
PRÓFASE:
A transição da fase G2 para a fase M do ciclo celular não é um evento claramente
definido. A cromatina, que está difusa na intérfase, vagarosamente condensa-se em
cromossomos bem definidos, que se tornam visíveis ao microscópio óptico como
filamentos finos. Como a célula já passou por uma fase S, cada cromossomo
consiste em duas cromátides irmãs conectadas por um centrômero, e em cada
cromátide será formado um cinetócoro (complexos protéicos especializados). Ao
final da prófase, os microtúbulos citoplasmáticos, que eram parte do citoesqueleto na
intérfase, são desfeitos e reorganizados no fuso mitótico. O fuso inicialmente é
montado fora do núcleo, entre os centrossomos em separação.
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PROMETÁFASE:
A prometáfase começa com a fragmentação do envoltório nuclear, seguida da
movimentação do fuso mitótico. Os microtúbulos do fuso, que estavam fora do
núcleo, podem agora entrar em contato com os cinetócoros, que se fixam a alguns destes
microtúbulos. Os microtúbulos que se ligam aos cinetócoros são chamados de
microtúbulos do cinetócoro. Os microtúbulos restantes do fuso são chamados
microtúbulos polares, enquanto os microtúbulos fora do fuso são chamados
microtúbulos astrais. Os microtúbulos do cinetócoro tencionam os cromossomos,
que começam a migrar em direção ao plano equatorial da célula.
METÁFASE:
Os cromossomos, que nesta fase apresentam sua compactação máxima, são mantidos
alinhados no plano equatorial da célula pela ligação de seus cinetócoros a microtúbulos
de pólos opostos do fuso. Como os cromossomos estão altamente condensados, são
mais visíveis microscopicamente nessa fase.
ANÁFASE:
Ativada por um sinal específico, a anáfase inicia abruptamente com a separação das
cromátides irmãs (divisão longitudinal dos centrômeros), permitindo que cada
cromátide (agora chamada cromossomo filho) seja lentamente movida em direção ao
pólo do fuso a sua frente.
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TELÓFASE:
Na telófase, os cromossomos filhos estão presentes nos dois pólos da célula.
Inicia-se a descompactação cromossômica, desmontagem do fuso e reorganização dos
envoltórios nucleares ao redor dos cromossomos filhos.
CITOCINESE
O citoplasma se divide por um processo conhecido como clivagem, que
usualmente começa durante a anáfase. A membrana no meio da célula, perpendicular
ao eixo do fuso e entre os núcleos filhos, é puxada para dentro formando o sulco de
clivagem, o qual vai gradualmente aprofundando-se até encontrar restos estreitados
do fuso mitótico entre os dois núcleos. Esta ponte estreita, ou corpo mediano, pode
persistir por algum tempo antes de estreitar-se e finalmente quebrar em cada
extremidade, permitindo a separação das duas células filhas.
FUSO MITÓTICO
A divisão nuclear é mediada por um fuso mitótico cujas fibras são formadas por
microtúbulos e proteínas associadas. Estes microtúbulos, que se irradiam a partir dos
centrossomos à medida que migram para os pólos da célula, podem ser de três
diferentes classes:
1. Microtúbulos Astrais
2. Microtúbulos Polares
3. Microtúbulos do Cinetócoro
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Os microtúbulos astrais irradiam-se de cada pólo da célula, mas não fazem parte do
fuso; os microtúbulos polares fazem a ligação entre os dois pólos do fuso,
desenvolvendo-se durante a prófase; e os microtúbulos do cinetócoro fazem a ligação
entre os cromossomos metafásicos (placa equatorial) e os pólos da célula,
desenvolvendo-se durante a pró-metáfase.
CONTEÚDO DE DNA X NÚMERO DE CROMOSSOMOS
O Conteúdo genômico total de DNA de uma célula haplóide é definido como 1C.
Desta forma, uma célula diplóide inicia a mitose apresentando 46 cromossomos e um
conteúdo de DNA de 4C, visto que cada cromossomo é formado por duas
moléculas de DNA unidas pelo centrômero. Ao final da mitose, contudo, as células
filhas apresentam também 46 cromossomos, porém um conteúdo de DNA de 2C,
uma vez que cada cromossomo volta a ser constituído por apenas uma molécula de
DNA.
Referências
1. BORGES-OSÓRIO MR, ROBINSON WM. Genética Humana. Porto
Alegre. Editora Artmed, 2ª edição, 2002.
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