trabalho conclusão de curso argamassa

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ASSOCIAÇÃO EDUCATIVA DO BRASIL – SOEBRAS FACULDADES INTEGRADAS DO NORTE DE MINAS – FUNORTE CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE ARGAMASSA DE ASSENTAMENTO PREPARADA EM OBRA E ARGAMASSA INDUSTRIALIZADA KLYNTON AYALLA SOUZA OLIVEIRA TIAGO D’ANGELIS LIMA EDI DE FREITAS CARDOSO JÚNIOR

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argamassa prepara em obra x indrustrializada

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ASSOCIAÇÃO EDUCATIVA DO BRASIL – SOEBRAS

FACULDADES INTEGRADAS DO NORTE DE MINAS – FUNORTE

CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL

ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE ARGAMASSA DE ASSENTAMENTO

PREPARADA EM OBRA E ARGAMASSA INDUSTRIALIZADA

KLYNTON AYALLA SOUZA OLIVEIRA

TIAGO D’ANGELIS LIMA

EDI DE FREITAS CARDOSO JÚNIOR

MONTES CLAROS

2013

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KLYNTON AYALLA SOUZA OLIVEIRA

TIAGO D’ANGELIS LIMA

EDI DE FREITAS CARDOSO JÚNIOR

ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE ARGAMASSA DE ASSENTAMENTO

PREPARADA EM OBRA E ARGAMASSA INDUSTRIALIZADA

Projeto de Trabalho de Conclusão de Curso apresentada à Banca Examinadora do Curso de Graduação em Engenharia Civil das Faculdades Unidas do Norte de Minas como requisito final para obtenção do título de Bacharel em Engenharia Civil. Área de Concentração: Engenharia Civil. Professor-orientador: Ms. Edi de Freitas Cardoso Jr.

MONTES CLAROS

2013

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RESUMO

Este trabalho analisará a incidência do uso da argamassa industrializada e da argamassa preparada em obra para assentamento de unidades de alvenaria na região de Janaúba, Minas Gerais. Inicialmente, será desenvolvida uma pesquisa bibliográfica sobre o tema. Em seguida, realizar-se-á uma pesquisa de campo, para identificar qual das referidas argamassas é a mais difundida dentre algumas empresas do ramo da construção civil, com ênfase em edificações de pequeno a médio porte. Também serão realizados ensaios laboratoriais com as duas argamassas: preparada em obra e industrializada. Por fim, será apresentado um traço de argamassa que seja viável tanto no âmbito econômico, quanto no âmbito técnico/executivo e sustentável. Esta pesquisa sugere que a argamassa industrializada está sendo mais difundida no mercado brasileiro. Assim, através das metodologias aqui descritas, comprovar-se-á se a região de Janaúba-MG está seguindo a tendência nacional, onde será disponibilizado às construtoras pesquisadas o traço com o melhor custo/benefício.

Palavras-chave: Argamassa, Assentamento, Compressão, Construção Civil, Tração na

Flexão.

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO 04

1.1 Objetivos 07

1.1.1 Objetivo geral

07

1.1.2 Objetivos específicos

07

1.2 Justificativa 08

2. METODOLOGIA PROPOSTA 09

3. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO

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4. ORÇAMENTO FINANCEIRO 11

REFERÊNCIAS 12

APÊNDICES 13

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1 INTRODUÇÃO

De acordo com a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC, 2012), em

2012, a construção civil foi responsável por 5,7% do PIB (Produto Interno Bruto) nacional,

além de receber uma parcela importante dos investimentos nacionais. Apesar destes números

animadores, pesquisadores como Formoso et al. (1997) e Agopyan et al. (1998) apontam um

grande número de perdas neste setor, que englobam além do desperdício de materiais, o uso

ineficiente de equipamentos, recursos e mão de obra.

Com o objetivo de reverter este quadro, as argamassas industrializadas vêm sendo

mais utilizadas no mercado brasileiro, incorporando novas tecnologias, equipamentos e

materiais, proporcionando melhorias consideráveis ao setor (COUTINHO, 2013).

Há cerca de 11.000 anos a argamassa teve sua primeira utilização como material

de construção, segundo evidências. Mas hoje, o que é considerado como registro mais antigo

do emprego da argamassa pela humanidade, foi um piso polido de 180 m², feito com pedras e

argamassa de cal e areia, estimado entre 7.000 a.C. e 9.000 a.C. (CARASEK apud

HELLENIC CEMENT INDUSTRY ASSOCIATION - HCIA, 2006).

Já as argamassas industrializadas, surgiram no final do século XIX, na Europa e

nos EUA, tendo sua primeira utilização no Brasil na década de 90, sendo as mesmas

conceituadas como misturas prontas dosadas em plantas industriais para as quais, na obra, só

é necessária a adição de água (EUROPEAN MORTAR INDUSTRY ASSOCIATION - EMO,

2006).

No Brasil, a argamassa conceituada como feita em obra passou a ser utilizada no

primeiro século de nossa colonização, para assentamento de alvenaria e pedra (largamente

utilizada na época). A cal que constituía tal argamassa era obtida através da queima de

conchas e mariscos. O óleo da baleia também era muito utilizado como aglomerante com

preparo de argamassa para assentamento (WESTPHAL; WESTPHAL, 2013).

Segundo a NBR 13281 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS

TÉCNICAS - ABNT, 2005), a argamassa é uma mistura homogênea de agregado miúdo,

aglomerante inorgânico e água, contendo ou não aditivos ou adições, com propriedades de

aderência e endurecimento, podendo ser dosada em obra ou em instalação própria (argamassa

industrializada).

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Para essa mesma norma, as argamassas preparadas em obra são aquelas em que a

medição e a mistura dos materiais ocorrem no próprio canteiro de obras. Seus materiais são

medidos em volume e massa, e podem ser compostas por um ou mais aglomerantes (simples

ou mistas).

As argamassas industrializadas, de acordo com a norma NBR 13529 (ABNT,

1995), são aquelas provenientes da dosagem controlada, em instalações próprias (indústrias)

de aglomerante(s), agregado(s), e aditivo(s), em estado seco e homogêneo, compondo uma

mistura seca à qual o usuário somente adiciona a quantidade de água requerida para proceder

à mistura.

Para uma melhor compreensão, o aglomerante deve ser entendido como um

material ligante, geralmente reduzido a pó, que promove a união entre os grãos do agregado.

Já o agregado miúdo, de acordo com a NBR 7211 (ABNT, 2009), pode ser definido como

grão cujo diâmetro máximo é de 4,75 mm, e o aditivo como produto adicionado à argamassa

com o intuito de melhoras as suas propriedades, tanto no estado fresco, como no endurecido,

segundo a NBR 13529 (ABNT, 1995).

A argamassa de assentamento de alvenaria é utilizada para a elevação de paredes e

muros de tijolos ou blocos, também chamados de unidades de alvenaria. As principais funções

das juntas de argamassa na alvenaria são: constituir o mesmo em um único elemento,

contribuindo na resistência dos esforços laterais; distribuir as cargas atuantes igualmente na

parede por toda a área dos blocos; selar as juntas garantindo a não infiltração de água das

chuvas; absorver as deformações naturais, como as de retração e de origem térmica.

As principais propriedades desejadas para se cumprir estas funções são:

trabalhabilidade (consistência e plasticidade adequadas ao processo de execução); aderência

(permite à parede resistir aos esforços de cisalhamento e tração, além de garantir a

estanqueidade das juntas, impedindo a penetração da água das chuvas); resistência mecânica

(resistência à compressão) e a capacidade de absorver deformações, apresentando no máximo

microfissuras (CARASEK, 2006).

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1.1 Objetivos

1.1.1 Objetivo geral

O objetivo deste trabalho será verificar qual o tipo de argamassa de assentamento

é mais utilizada nos canteiros de obra da cidade de Janaúba-MG, industrializada ou feita em

obra.

1.1.2 Objetivos específicos

Verificar qual das argamassas é a mais difundida;

Comparar custos;

Verificar por meio de ensaios laboratoriais as suas resistências quanto à compressão e

tração na flexão;

Propor diretrizes para formulação de traços para argamassa de assentamento de blocos e

tijolos para vedação que sejam mais adequados que os atualmente disponíveis.

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1.2 Justificativa

Sabe-se que a construção civil demanda inovações tecnológicas periódicas, com o

objetivo de melhorar as suas técnicas construtivas, as composições dos materiais a serem

utilizados na construção das edificações, a diminuição do tempo de execução das edificações

e da sua utilização de forma sustentável, de modo a não agredir o meio ambiente. Este

trabalho trata da argamassa como um material que têm a necessidade de se aperfeiçoar, com o

desenvolvimento de novas tecnologias de aplicação e formas de utilização (MANZIONE,

2004).

Este experimento apresenta viabilidade financeira, temporal e material, já que

seus pesquisadores dispõem de todos os recursos necessários a sua realização.

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2 METODOLOGIA PROPOSTA

A partir de uma pesquisa bibliográfica sobre o uso de argamassas e a evolução das

técnicas, tecnologias e materiais no setor da construção, pesquisadores como Coutinho et al.

(2013), apontam uma tendência na redução do uso de argamassas preparadas em obra no

Brasil. Sabe-se que o uso deste tipo de argamassa ainda é presente no mercado gorutubano,

surgindo assim a dúvida a respeito da frequência da utilização da argamassa preparada em

obra e da argamassa industrializada para assentamentos de blocos nas construtoras de obras

verticais em Janaúba, MG.

Será pesquisado dentre as empresas selecionadas qual tipo de argamassa para

assentamento de unidades de alvenaria é mais frequentemente utilizada em seus canteiros

(industrializada ou preparada em obra). No caso de uso de argamassa industrializada será

perguntado por que optaram por esse tipo de argamassa e há quanto tempo a utilizam em suas

obras.

Procederá então à pesquisa em laboratório dos dois tipos de argamassas estudadas:

argamassa preparada em obra e argamassa industrializada para assentamento de unidades de

alvenaria, a partir de amostras de cada tipo fornecidas por construtoras diferentes. Os ensaios

serão realizados para se medir a resistência das amostras quanto à compressão e a tração na

flexão no estado endurecido.

Serão analisados os diversos processos envolvidos no uso da argamassa no

canteiro de obras.

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3 CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO

Etapas Ago 1

Set2

Out3

Nov4

Dez5

Jan6

Fev7

Mar8

Abr 9

Mai 10

Jun 11

Jul 12

Definição do projeto de pesquisa

X X X

Apresentação e entrega da versão final do projeto de pesquisa

X

Qualificação do projeto de pesquisa

X

Comitê de ética em pesquisa

X

Pesquisa de campo, experimental ou bibliográfica

X X

Análise ou interpretação dos dados

X

Desenvolvimento da escrita do TCC

X X X

Revisão ortográfica

X

Defesa do artigo

X

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4 ORÇAMENTO FINANCEIRO

1.2 MATERIAL DE CONSUMO: (Soluções e reagentes, meios de cultura, vidrarias, embalagens, insumos, matéria-prima, papéis necessários para impressões, cartuchos de tinta para impressora, filmes fotográficos, pastas, etc.)

Descrição do Material

QuantidadeValor (unidade - em reais)

Total R$

Folha A4 50 0,03 1,50Recarga de cartucho

1 10,00 10,00

Subtotal 11,50

2. SERVIÇOS: (cópias, encadernações, impressos gráficos, despesas de locomoção e estadia, etc.)

Descrição do Material

QuantidadeValor (unidade - em reais)

Total R$

Cópias 48 0,07 3,36

Encadernação 4 1,50 6,00

Despesas de locomoção

6 30,00 180,00

Subtotal 189,36

Total 200,86

Fonte: Os próprios acadêmicos.

Fonte dos recursos: Dos próprios acadêmicos.

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REFERÊNCIAS

ABNT – (Associação Brasileira de Normas Técnicas) - NBR 13276 - Argamassa para assentamento e revestimento de paredes e tetos - Preparo da mistura e determinação do índice de consistência. Rio de Janeiro, 2005.

__________NBR 13278: Argamassa para assentamento e revestimento de paredes e tetos - determinação da densidade de massa e do teor de ar incorporado. Rio de Janeiro, 2005.

__________NBR 13279: Argamassa para assentamento e revestimento de paredes e tetos - determinação da resistência à tração na flexão e à compressão. Rio de Janeiro, 2005.

__________NBR 13280: Argamassa para assentamento e revestimento de paredes e tetos - determinação da densidade de massa aparente no estado endurecido. Rio de Janeiro, 2005.

__________NBR 13281: Argamassa para assentamento e revestimento de paredes e tetos – requisitos. Rio de Janeiro, 2005.

__________NBR 7211: Agregados para concreto: Especificação. Rio de Janeiro, 2009.

AGOPYAN, V.; SOUZA, U. E. L.; PALIARI, J. C.; ANDRADE, A. C.. Alternativas para a redução do desperdício de materiais nos canteiros de obras: relatório final. São Paulo:EPUSP/PCC, 1998. v. 5.

CÂMARA BRASILEIRA DA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO – CBIC. ConstruçãoCivil: análise e perspectivas. Brasília, dez. 2012.

CARASEK, H.. Materiais de construção civil: Argamassas. Revista IBRACON. Goiás, 2006.

COMUNIDADE DA CONSTRUÇÃO – Sistemas a base de concreto. Pesquisa de nível tecnológico 2008. São Paulo, 2008.

COSTA, M.R.M.M. et al. Estudo dos fatores influentes no comportamento reológico de argamassas colantes de mercado. Revista IBRACON de Estruturas e Materiais, v.6, n° 3, p.399-413, 2013.

COUTINHO, S.M.; PRETTI, S.M.; TRISTÃO, F.A.. Argamassa preparada em obra x argamassa industrializada para assentamento de blocos de vedação: Análise do uso em Vitória, ES. Teoria e prática na engenharia civil, n.21, p.41-48, Vitória, ES, 2013.

OLIVEIRA, F.A.L.. Argamassa industrializada: Vantagens e desvantagens. Trabalho de conclusão de curso. Universidade Anhembi Morumbi, São Paulo, 2006.

EUROPEAN MORTAR INDUSTRY ORGANIZATION – EMO. History. Disponível em: <http://www.euromortar.com> Acesso em: 18 Set. 2013.

FRANÇA, M.S. et al. Influência do procedimento de mistura em laboratório nas propriedades de argamassas. Associação Nacional de Tecnologia do Ambiente Construído, Porto Alegre, RS, v. 13, n.2, p.111-124, jun. 2013.

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FORMOSO, C. T.; DE CESARE, C. M.; LANTELME, E. M.; SOILBEMANN, L. Perdas na construção civil: conceitos, classificações e seu papel na melhoria do setor. Egatea. Revista da Escola de Engenharia da UFRGS, Porto Alegre, RS, v. 25, n. 2, p. 45-53, 1997.

GUIMARÃES, J. E. P. A cal: Fundamentos e aplicações em engenharia civil. Revista PINI, São Paulo, 1997.

HELLENIC CEMENT INDUSTRY ASSOCIATION – HCIA. History of cement and concrete. Grécia, 2006. Disponível em: <http://www.hcia.gr> Acesso em: 18 Set. 2013.

KLASS, H.C.; DA SILVA, P.O. Estudo das propriedades de argamassa de base química. Trabalho de Conclusão de Curso, Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Curitiba, PR, 2012.

MANZIONE, L. Projeto e execução de alvenaria estrutural. Segunda edição. São Paulo: O Nome da Rosa, 2004. p.18-20.

NAKAMURA, H.E.; CINCOTTO, M.A. Análise dos requisitos de classificação de argamassas de assentamento e revestimento. São Paulo: Escola politécnica da USP, 2004.

OLIVEIRA, D.R.B. Estudo comparativo de alternativas para vedações internas de edificações. Trabalho Final de Curso, Universidade Federal do Paraná, Curitiba, PR, 2013.

RAMALHO, M.A.; CORRÊA, M.R.S. Projeto de edifícios de alvenaria estrutural. São Paulo: PINI, 2003. p.7-8 e p.76-77.

SABBATINI, F.H. Argamassa de assentamento para paredes de alvenaria resistente. São Paulo: Escola politécnica da USP, 1986.

SANTIAGO, C.C.. Argamassas tradicionais de cal. Editora da Universidade Federal da Bahia, 2007.

SCHANKOSKI, R.A. Influência do tipo de argamassa nas propriedades mecânicas de alvenarias estruturais de blocos de concreto de alta resistência. Programa de Pós-graduação em Engenharia Civil, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC, 2012.

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