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Trabalho sobre Compostos Orgânicos Voláteis (COV's)

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  • ndice

    1. Introduo.................................................................................................................. 1

    2. Enquadramento.......................................................................................................... 2

    2.1. Qualidade do Ar Interior .................................................................................... 2

    2.2. Fontes de Contaminao do Ar Interior ............................................................. 3

    2.3. Contaminantes Interiores ................................................................................... 3

    3. Composto Estudado................................................................................................... 4

    4. Efeitos na Sade ........................................................................................................ 7

    4.1. Medidas para reduzir a exposio ...................................................................... 8

    5. Fontes ........................................................................................................................ 9

    6. Legislao Aplicvel ............................................................................................... 11

    6.1. Critrios de Conformidade ............................................................................... 12

    7. Mtodos de Medio e Equipamentos .................................................................... 14

    8. O uso dos COVs como indicador da QAI .............................................................. 17

    9. Concluso ................................................................................................................ 17

    10. Referncias Bibliogrficas ...................................................................................... 19

    ndice de Tabelas

    Tabela 1 - Classificao dos compostos orgnicos de acordo com a Organizao

    Mundial de Sade. ............................................................................................................ 7

    Tabela 2 - Alguns Composto Orgnicos Volteis e suas fontes. .................................... 11

    Tabela 3 - Concentraes mximas de referncia (MR) de poluentes no interior dos

    edifcios. ......................................................................................................................... 13

    Tabela 4- Mtodos de referncia, mtodos equivalentes e requisitos mnimos para

    monitores portteis de leitura em tempo real dos parmetros poluentes em termos do

    RSECE. ........................................................................................................................... 14

  • 1

    1. Introduo

    A crescente preocupao dos problemas ambientais faz com que cada vez mais

    surjam estudos de investigao sobre efeitos negativos dos factores que podem levar ao

    desenvolvimento de doenas na sade pblica.

    A preocupao da qualidade do ar interior tem ganho uma maior importncia

    nos ltimos tempos bem como os seus efeitos na sade pblica. Este facto deve-se ao

    facto das pessoas passarem grande parte do seu dia em ambientes interiores muitas

    vezes locais com pouca ventilao tem acentuado o problema de m qualidade do ar

    interior (sndrome do edifcio doente), alguns desses exemplos so as casas de

    habitao, os transportes, os locais de trabalho, zonas de lazer e zonas comerciais, etc.

    No ano de 1990 (Ritchie e Hill, 1995), foram libertados no ambiente 1.6 bilies

    de quilogramas de qumicos txicos, dos quais dois teros directamente para o ar, sem

    qualquer tratamento.

    Este trabalho tem o objectivo identificar os constituintes e as fontes de emisso

    bem com caracterizar os Compostos Orgnicos Volteis, sendo que este um dos

    compostos que contribui para a m qualidade em espaos confinados.

    Ultimamente, os COVs vm sendo mais estudados devido aos problemas que

    podem acarretar ao meio ambiente, dentre os quais destacam-se a toxicidade intrnseca

    que alguns desses compostos apresentam aos seres vivos, alm de outros prejuzos

    oriundos da formao fotoqumica de substncias oxidantes.

    A EPA (Environmental Protection Agency) Americana tem vindo a

    regulamentar a emisso dos oxidantes qumicos (limitada ao mximo de 160 g/m3,

    durante uma hora e no podendo ser excedido mais de uma vez por ano), com a intenso

    de diminuir a emisso de Compostos Orgnicos Volteis.

  • 2

    2. Enquadramento

    2.1.Qualidade do Ar Interior

    Hoje em dia a sociedade moderna passa grande parte do seu tempo em espaos

    confinados, desta forma a questo da qualidade do ar interior passa a ter uma maior

    importncia do que tinha h anos atrs, at porque tem aumentado o nmero de queixas

    da populao relativamente aos efeitos prejudiciais que advm da m qualidade do ar

    interior. At dcada de 70, embora se encontrem alguns estudos relacionados com a

    QAI em residncias e locais de trabalho no industrial, o interesse por este tipo de

    problemas era muito reduzido (Stolwijk, 1992).

    Um relatrio de 1995 da Organizao Mundial de Sade, apontava que mais de um

    tero dos edifcios em pases desenvolvidos podem ser classificados como edifcio

    doente e o problema est a agravar-se.

    Ainda no campo dos efeitos da qualidade do ar interior na sade h a realar o

    problema do Sndroma dos Edifcios Doentes (SED) que atribudo ao edifcio como

    um todo, porque as causas no so passveis de uma identificao diferenciada em

    relao aos sintomas. Um factor importante que contribui para o SED a presena de

    substncias qumicas em ambientes interiores, tais como os COVs e formaldedo,

    sobretudo em edifcios novos ou renovados, que muitas das vezes tm materiais de

    construo e mobilirio com elevadas taxas de emisso de COVs. Tambm as Doenas

    Relacionadas com o Edifcio (BRI, do ingls Building Related Illness), que so um

    conjunto de sintomas que podem ser directamente atribudos a fontes identificadas

    podendo ser diagnosticados e clinicamente identificados, e, ao contrrio de muitos casos

    do SED persistem aps o abandono do edifcio.

    Segundo a Agncia de Proteco Ambiental (APA) algumas das medidas para

    eliminar o Sndroma dos Edifcios Doentes e as Doenas Relacionadas com o Edifcio

    so as seguintes:

    Remoo da fonte do poluente;

    Aumento da taxa de ventilao;

    Limpeza do ar, recorrendo a filtros e outros processos tcnicos;

    Educao e boas prticas dos ocupantes do edifcio no que respeita a aces de

    preveno em relao QAI (por exemplo, no fumar em espaos fechados).

  • 3

    2.2.Fontes de Contaminao do Ar Interior

    Das razes que proporcionam este problema salientam-se sobretudo a utilizao de

    novos materiais sintticos como carpetes, revestimentos para o cho, papel de parede,

    tintas, materiais de isolamento, produtos de limpeza, armrios ou moveis feitos de

    certos produtos de madeira prensada, a presena forte de derivados de petrleo e com

    uma ventilao insuficiente, tambm os nveis de humidade e temperatura alta pode

    aumentar as concentraes de alguns poluentes.

    2.3.Contaminantes Interiores

    Os contaminantes podem ser classificados em cinco categorias, cada uma das quais

    representa uma larga variedade de poluentes:

    Compostos Orgnicos - A classificao de compostos orgnicos representa

    compostos qumicos que contm ligaes carbono-hidrognio na sua estrutura

    molecular base. As suas fontes podem ser desde produtos naturais ou sintticos,

    especialmente os que so derivados de petrleo, gs ou carvo. Contaminantes

    orgnicos podem existir sob a forma de gases, lquidos ou partculas slidas na

    atmosfera, alimentos e/ou gua.

    Compostos Inorgnicos - Compostos inorgnicos so aqueles que no contm a

    ligao carbono-hidrognio na sua estrutura molecular base. Esto includos o

    dixido de carbono, dixido de enxofre, xidos de azoto, monxido de carbono,

    ozono, metais, amnia e matria particulada. Matria Particulada - Partculas so constitudas por uma mistura complexa de

    substncias orgnicas e inorgnicas, com diversas propriedades qumicas e fsicas.

    Representam uma larga variedade de substncias cuja dimenso varia entre os

    0.005 e 100 microns em dimetro aerodinmico, capazes de ultrapassar as defesas

    das vias respiratrios, que inclu asbestos, p, esporos, plen, entre outras toxinas e

    alrgenos. Outro perigo associado a partculas em suspenso prende-se com a

    possibilidade de serem contaminadas por outros ambientes, aumentando o risco

    para a sade de indivduos que as respiram. Contaminantes Biolgicos - Contaminantes biolgicos so geralmente

    referenciados como micrbios ou microorganismos. Estes contaminantes so

    micropartculas de matria viva de diferentes origens. As principais fontes de

    contaminantes biolgicos encontram-se no s no exterior, mas tambm em

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    ambientes interiores. A variedade de compostos biolgicos que se podem encontrar

    num determinado ambiente, pode ser imensa. Assim sendo, a exposio a

    crescentes concentraes destes agentes criam um enorme potencial de risco para a

    sade de indivduos mais susceptveis.

    Contaminantes deste tipo podem ser divididos em trs categorias, entre elas o vrus,

    bactrias e fungos. Radiao - O edifcio moderno tem diversas fontes de energia radiante como

    campos elctricos e magnticos gerados por exemplo por electrodomsticos,

    computadores e televisores e mais importante pela prpria instalao elctrica.

    Outras fontes importantes de radiao so fornos de microondas, antenas de

    telecomunicaes e gases do solo ou materiais de construo (rado).

    3. Composto Estudado

    O termo Composto Orgnico engloba todos os compostos qumicos que contm

    tomos de carbono e de hidrognio. Os compostos orgnicos volteis (COVs) so os

    compostos orgnicos que tm pontos de ebulio aproximadamente na gama de 50-

    250C. Existem provavelmente vrios milhares de qumicos, sintticos e naturais, que

    podem ser chamados de COVs. Destes, mais de 900 foram identificados no ar interior,

    com mais de 250 registados em concentraes superior a 1 ppb.

    Estes compostos constituem uma classe de poluentes do ar emitidos na atmosfera

    predominantemente pela frota veicular (combusto de combustveis fsseis e perdas

    evaporativas) e por processos industriais.

    Sob a designao de COVs, abriga-se uma variedade de compostos, como o

    tolueno, o xileno, o benzeno e o fenol.

    A estrutura molecular do tolueno derivada da do benzeno, atravs da substituio

    de um tomo de hidrognio por um grupo metilo.

    O tolueno um liquido incolor, no corrosivo, altamente voltil e com odor

    aromtico muito forte, semelhante ao do benzeno, tem massa molecular 92,141

    kg/kgmol, pouco solvel em gua (515 mg/dm3 a 20C) mas bastante solvel em lcool,

    clorofrmio, ter e acetona. Tem massa especfica prxima da gua (0,867 g/cm3 a

    20C) e entra em ebulio a 110,6C (1atm). No ar destaca-se o seu cheiro

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    caracterstico, logo a partir de baixas concentraes (cerca de 1mg/m3), pelo que pode

    ser identificado precocemente. Em ambientes de trabalho a legislao portuguesa

    estabelece, para este o limite de 100 ppm.

    O xileno usado principalmente como solvente (lquido que pode dissolver outras

    substncias) na impresso, borracha e couro. Junto com outros solventes, xileno

    tambm amplamente utilizado como agente de limpeza, um diluente para tintas e

    vernizes. usado, em menor medida, como um material nas indstrias qumicas,

    plsticos e indstrias de fibras sintticas e como um ingrediente no revestimento de

    tecidos e papis. um composto que evapora e queima facilmente, no se dissolve bem

    com gua, no entanto, dissolve-se bem com o lcool e outros produtos qumicos. A

    maioria das pessoas comea a sentir o cheiro no ar em 0,08-3,7 partes do xileno por

    milho de partes de ar (ppm) e em gua a 0,53-1,1 ppm. Pode-se entrar em contacto

    com xileno a partir de uma variedade de produtos, incluindo a gasolina, tintas, vernizes,

    goma laca, preventivos de ferrugem e fumaa de cigarro. A exposio a curto prazo das

    pessoas a nveis elevados de xileno pode causar irritao da pele, olhos, nariz e

    garganta, dificuldade em respirar; disfuno dos pulmes, atraso da resposta a um

    estmulo visual, memria prejudicada, desconforto no estmago e possveis alteraes

    no fgado e nos rins. Tanto a exposio de curto e longo prazo a elevadas concentraes

    de xileno tambm pode provocar uma srie de efeitos sobre o sistema nervoso, tais

    como dores de cabea, falta de coordenao muscular, tonturas, confuso e alteraes

    em um senso de equilbrio. A OSHA regula os nveis de xileno no ambiente de trabalho.

    Sendo que a mxima permitida de xileno no ar durante uma jornada de 8 horas em uma

    semana de trabalho de 40 horas de 100 ppm.

    O Benzeno, tambm conhecido como benzol, um lquido incolor com um odor

    doce. Evapora no ar muito rapidamente e dissolve-se levemente na gua sendo o

    benzeno altamente inflamvel. A maioria das pessoas pode comear a cheirar benzeno

    no ar em aproximadamente 60 partes de benzeno por milho de partes de ar (ppm) e

    reconhec-lo como o benzeno, a 100 ppm. A breve exposio (5-10 minutos) a nveis

    muito altos de benzeno no ar (10.000-20.000 ppm) pode resultar em morte. Os nveis

    mais baixos (700-3,000 ppm) podem causar sonolncia, tonturas, batimentos cardacos

    acelerados, dor de cabea, tremores, confuso e inconscincia. Na maioria dos casos, as

    pessoas param de sentir esses efeitos, quando no esto mais expostos e comeam a

    respirar ar fresco. A OSHA regula os nveis de benzeno no ambiente de trabalho. A

  • 6

    quantidade mxima admissvel de benzeno no ar durante a oficina um dia de trabalho de

    8 horas, 40 horas de 1 ppm.

    O fenol um slido incolor para branco quando puro. O fenol comercial um

    lquido que evapora mais lentamente que a gua. Este composto tem um cheiro

    caracterstico que doentiamente doce e tardar. O fenol tanto pode ser um produto

    qumico fabricado como produzido naturalmente. utilizado para fabricar plsticos,

    tambm usado como desinfectante em produtos de limpeza domstica e produtos de

    consumo como bochechos, gargarejos, sprays de garganta. A exposio prolongada ao

    fenol no trabalho tem sido associado a doenas cardiovasculares, mas os trabalhadores

    tambm foram expostos a outros produtos qumicos, ao mesmo tempo. A ingesto de

    lquidos que contenham fenol concentrado pode causar danos gastrointestinais graves e

    at mesmo a morte. O contacto do fenol concentrado com a pele pode causar danos

    graves na mesma. A OSHA estabeleceu um limite legal de 5 partes por milho (ppm) de

    fenol no ar em mdia de 8 horas dia de trabalho.

    Os COVs podem, em determinadas condies de exposio, apresentar efeitos

    nocivos de curto e longo prazo na sade humana. Algumas doenas, como o cancro ou

    deformao gentica esto relacionadas com a utilizao de alguns tipos de COVs. Isto

    especialmente verdadeiro para a maioria dos txicos COVs, considerados Hazardous

    Air Pollutants (HAPs) (Holland e Watkiss, 2002).

    Este composto existe em concentraes maiores no ambiente interior do que no

    exterior tem sido uma preocupao para alguns investigadores o que proporcionou o

    desenvolvimento de investigaes acerca do assunto. As concentraes de COVs nos

    ambientes interiores, embora estejam frequentemente abaixo do limite do odor, chegam

    a ser 5 vezes superiores s observadas no ambiente exterior (Wallace, 1991a). So

    utilizados em tintas, colas, vernizes e produtos de limpeza, so pouco solveis em gua,

    apresentam pontos de ebulio at 250 C e massas molares entre 16 e 250 g/mol. So

    muito utilizados na indstria porque so baratos e muito eficientes para dissolver leos e

    ceras.

    Os COVs pertencem a um dos quatro grupos de poluentes orgnicos no ar interior.

    A Organizao Mundial de Sade (OMS) estabeleceu a seguinte classificao para os

    compostos orgnicos com base no ponto de ebulio presso atmosfrica.

  • 7

    Tabela 1 - Classificao dos compostos orgnicos de acordo com a Organizao Mundial de Sade.

    4. Efeitos na Sade

    Recentemente as pessoas tm estado cada vez mais atentas a potenciais problemas

    de conforto e sade que podem estar associados a uma m qualidade do ar interior, pois

    este problema est na origem do aparecimento e intensificao de muitas doenas

    nomeadamente do foro respiratrio.

    A exposio a contaminantes em atmosferas interiores poder levar a um conjunto

    alargado de efeitos adversos na sade (Bascom et ai., 1995).

    A m qualidade do ar em ambiente interior tem efeitos sobre a sade que podem

    surgir logo apos a exposio, ou anos mais tarde.

    Os efeitos imediatos podem aparecer aps uma nica exposio ou de exposies

    repetidas. Estes incluem irritao dos olhos, nariz e garganta, dores de cabea, tonturas

    e fadiga. Tais efeitos imediatos so geralmente de curto prazo e tratvel. Por vezes, o

    tratamento simplesmente eliminar a exposio de uma pessoa para a fonte da poluio,

    se puder ser identificado.

    Outros efeitos sobre a sade podem aparecer tanto anos depois de ter ocorrido a

    exposio ou somente aps longos ou repetidos perodos de exposio. Estes efeitos,

    que incluem algumas doenas respiratrias, doenas cardacas e cancro, pode ser

    altamente debilitante ou fatal.

    Mas a probabilidade de um indivduo ficar doente em consequncia de exposio a

    um contaminante depende, entre outros factores, da sensibilidade do indivduo a esse

    (Fonte: Organizao Mundial de Sade)

  • 8

    contaminante, da concentrao do mesmo no ar, do estado de sade fsica e psicolgica

    do indivduo, da durao e da frequncia da exposio (Seltzer, 1997).

    Muitos COVs so txicos e considerados carcinognicos, mutagnicos e

    teratognicos (ALBERICI e JARDIM, 1997, apud WANG, ANG e TADE, 2007).

    Segundo Maroni et al. (1995), apud Jones (1999), a maioria dos COV formada por

    narcticos e depressores do sistema nervoso central. So tambm causadores de

    irritaes nos olhos, nas vias respiratrias e na pele, nuseas, diminuio da capacidade

    respiratria e reaces alrgicas em geral. Exposies a alguns COVs, em

    concentraes muito elevadas, podem alterar as funes neuro-comportamentais e

    tambm, levar ao desenvolvimento de cancro (USEPA, 1997b; BURTON, 1997, apud

    JONES, 1999; SCHIRMER, 2004). Podem tambm ser txicos aos rins e ao fgado,

    causar danos aos componentes do sangue e ao sistema cardiovascular e provocar

    distrbios gastrointestinais (LESLIE, 2000, apud GIODA e AQUINO NETO, 2003).

    Num estudo experimental, Otto et ai. (1992) observou que indivduos expostos a uma

    mistura de 22 COVs em concentraes de 25 g/m 3 tinham sintomas de enxaquecas,

    sonolncia, fadiga e confuso. Em concentraes muito elevadas, designadamente

    188 .g/m3, COVs como o tolueno podem causar sintomas de apatia, vertigens,

    tonturas e confuso. Estes podem progredir para convulses, coma e possivelmente

    morte a nveis superiores a 35000 g/m3 (Sandmeyer, 1982). Contudo estas

    concentraes nunca foram observadas em ambiente no industrial.

    4.1.Medidas para reduzir a exposio

    Aumentar a ventilao quando usa produtos que emitem COVs;

    Use os produtos de acordo com as instrues do fabricante;

    Manter fora do alcance das crianas e animais;

    No guardar recipientes de tintas no utilizadas e materiais similares;

    Nunca misturar produtos de cuidados domsticos, a menos que indique no

    rtulo;

    Descartar os recipientes de forma segura, ou seja, depositar no colector

    apropriado;

    Em locais de trabalho utilizar Equipamentos de Proteco Individual (EPIs);

  • 9

    Informar e sensibilizar os trabalhadores para os riscos que correm quando no

    utilizam correctamente os EPIs.

    5. Fontes

    Ao longo da ltima dcada tornou-se bvio que os materiais de construo esto

    entre as maiores fontes de contaminao do ar interior com COVs, pelo menos durante

    um perodo inicial aps a sua instalao e durante a renovao de um edifcio (Wolkoff,

    1995). Assim sendo, no futuro, compreensvel que se faa alteraes ao modo como

    os edifcios so projectados e construdos. Enquanto problemas com as casas e

    escritrios j existentes so normalmente difceis de ultrapassar, arquitectos e

    construtores devero passar a ser devidamente informados sobre as implicaes na QAI

    da escolha dos materiais de construo, de modo a que possam passar a construir

    estruturas menos com materiais que contaminem menos a QAI.

    Medidas relativamente simples, como a seleco de materiais de construo cuja

    emisso de COVs e formaldedo seja o mais baixa possvel, e ventilao adequada dos

    espaos interiores, podero ser muito benficas para a qualidade dos ambientes

    interiores. Porm, os esforos para melhorar a QAI, por controlo das fontes, implica

    necessariamente que os fabricantes de materiais de revestimento de interiores (e dos

    outros intervenientes do processo, arquitectos, construtores e donos das habitaes)

    conheam os nveis de emisso de COVs desses materiais e procurem produzir e

    utilizar materiais de emisso to baixa quanto possvel. Ora a obteno desses dados

    requer a existncia de mtodos padronizados de caracterizao das emisses desses

    materiais, em termos qumicos e sensoriais. Requer tambm que se perceba o respectivo

    impacto na QAI e os potenciais riscos para a sade.

    Embora o facto dos materiais de construo que contm COVs exibirem

    caractersticas muito desejveis, tais como, bom isolamento, economia, resistncia ao

    fogo e facilidade de instalao, faz com que o seu uso esteja muito generalizado

    (Burton, 1997).

    Como j foi referido as principais fontes de COVs na maioria dos ambientes

    interiores so os materiais usados no revestimento de pavimentos, vernizes, solventes,

    produtos de limpeza, agentes de limpeza a seco e protectores, materiais de isolamento,

  • 10

    moblia, colas, tintas, cosmticos, estofos, carpetes e outros txteis (Sterling, 1985;

    Samfield, 1992; ECJRC, 1997; Brown, 1999; Jorgensen and Bjrseth, 1999a, Jorgensen

    et ai., 1999b; Saarela, 1999). Actividades humanas como cozinhar, limpar ou fumar,

    contribuem tambm com COVs para o ambiente interior. Para alm disso situaes

    como as prprias actividades de limpeza podem funcionar como fontes emissoras de

    COVs no ambiente interior, mas tambm possvel que o ato de limpeza remova

    partculas com COVs adsorvidos, antes de estes poderem ser reemitidos, reduzindo

    assim a concentrao de COVs no espao interior.

    Actualmente no existe ainda um modelo completo que permita prever a influncia

    da adsoro/desadsoro nas concentraes no ambiente interior.

    As emisses de COVs por parte de materiais lquidos, como tintas e vernizes,

    dependem grandemente do substrato onde estes materiais so aplicados.

    Alguns estudos (e.g. Chang and Guo, 1992; Jorgensen et ai., 1995; Chang et ai.,

    1997) evidenciaram grandes diferenas nos resultados obtidos com substratos

    diferentes. Chang et al. (1997) estudaram uma tinta latex aplicada numa placa de ao e

    numa placa de gesso. Aps 2 semanas, 90% dos COVs tinham sido emitidos no caso da

    placa de ao, enquanto apenas 20% tinha sido emitido no caso do gesso. Foram tambm

    observadas diferenas entre as quantidades relativas de diferentes compostos emitidos.

    De um total de mais de 900 substncias qumicas sintticas e de origem biolgica

    identificadas no ar interior, foram j observados mais de 350 COVs em concentraes

    superiores a uma parte por milhar de milho (Brooks et ai., 1991).

  • 11

    Tabela 2 - Alguns Composto Orgnicos Volteis e suas fontes.

    6. Legislao Aplicvel

    A gesto da qualidade do ar tem preocupado os legisladores, especialmente no que

    respeita preveno e controlo das emisses de poluentes atmosfricos. Nesta rea

    diversos diplomas tm sido publicados, destacando-se os seguintes:

    Decreto-Lei n. 78/2006 de 4 de Abril que aprova o Sistema Nacional de

    Certificao Energtica e da Qualidade do Ar Interior nos Edifcios (SCE),

    transpe para o ordenamento jurdico nacional a Directiva 2002/91/CE do

    Parlamento Europeu e do Conselho, de 16 de Dezembro, relativa ao desempenho

    energtico em edifcios, e introduz, a nvel nacional, objectivos de qualidade do

    ar interior nos edifcios. Com efeito, enquanto que a Directiva apenas se refere

    necessidade de garantir conforto trmico no interior dos edifcios,

    especificamente atravs de tcnicas de arrefecimento que contribuam para

    melhorar a qualidade do clima interior dos edifcios, o SCE define, para alm

  • 12

    dos requisitos de conforto trmico (temperatura, humidade e velocidade do ar),

    as condies mnimas que garantem a qualidade do ar interior nos edifcios,

    nomeadamente no que diz respeito concentrao de poluentes,

    microorganismos, rado, assim como taxas mnimas de renovao de ar.

    Decreto-Lei n. 79/2006 de 4 de Abril que aprova o Regulamento dos Sistemas

    Energticos de Climatizao em Edifcios e que impe a obrigatoriedade das

    auditorias da Qualidade do Ar Interior nos edifcios (RSECE).

    Decreto-Lei n. 80/2006, de 4 de Abril, aprova o novo Regulamento Nacional de

    Caractersticas de Comportamento Trmico dos Edifcios (RCCTE). Define

    requisitos de qualidade para novos edifcios de habitao e pequenos servios

    sem sistemas de climatizao.

    Decreto-Lei n. 181/2006 , de 6 de Setembro - limita a emisso de COV em

    certas tintas decorativas e produtos de repintura automvel e transpe a

    Directiva 2004/42/CE, de 21 de Abril.

    Esta legislao abrange 12 categorias de produtos de tintas decorativas com

    limites de COV a cumprir em 2007 e 2010, e 7 categorias de produtos de

    repintura automvel com limites de COV a cumprir em 2007.

    6.1.Critrios de Conformidade

    Em Portugal existem j vrios documentos publicados no sentido de fornecerem

    linhas orientadoras sobre a monitorizao da QAI, nomeadamente, a Nota Tcnica

    NT-SCE-02 que apresenta metodologia para auditorias peridicas de QAI no mbito

    do RSECE, e o Guia Tcnico da Agncia Portuguesa do Ambiente intitulado

    Qualidade do ar em espaos interiores.

    A avaliao da QAI essencial para se desenvolverem estratgias de abordagem

    e controlo em ambientes interiores, de forma a atingir-se uma QAI aceitvel, e tem

    como objectivo isolar ou mitigar um ou mais problemas do ambiente interior dos

    edifcios. de facto muito importante apostar em mtodos adequados

    monitorizao e avaliao de poluentes do ar interior, de modo a que seja possvel

    medir e avaliar as suas concentraes para que estes se mantenham abaixo dos

    valores limites permitidos na legislao nacional e cumprindo os critrios de

    conformidade impostos, de modo a que no causem problemas de sade pblica

    nem problemas ambientais.

  • 13

    Tabela 3 - Concentraes mximas de referncia (MR) de poluentes no interior dos edifcios.

    fundamental prevenir e reduzir os efeitos directos e indirectos das emisses de

    compostos orgnicos volteis para o ambiente, com o intuito de salvaguardar o

    direito dos trabalhadores a um ambiente saudvel e isento de potenciais riscos para a

    sade. Desta forma compreende-se facilmente a necessidade de monitorizao

    contnua destes compostos em instalaes de fabrico de produtos qumicos volteis,

    calado, produtos farmacuticos, revestimentos, vernizes, tintas e adesivos, alm de

    actividades que envolvam limpezas a seco. Em virtude da diversidade de factores de

    risco para a sade humana deste tipo de indstrias e actividades, e uma vez que a

    relao do Homem com o Ambiente no passiva, torna-se impretervel investir em

    medidas que permitam monitorizar e melhorar a qualidade do ar interior,

    diminuindo, desta forma, a exposio ocupacional a factores nocivos sade dos

    indivduos.

    (Fonte: NOTA TCNICA NT-SCE-02 Metodologia para auditorias peridicas de QAI em edifcios de

    servios existentes no mbito do RSECE)

  • 14

    7. Mtodos de Medio e Equipamentos

    A amostragem dos compostos orgnicos volteis pode ser feita por mtodos

    passivos e por mtodos activos. O tempo de amostragem depende da alternativa

    escolhida. Enquanto a amostragem activa geralmente estende-se por perodos de

    minutos a horas, a amostragem passiva geralmente cobre horas ou dias, apesar de

    poderem haver excepes a esta regra.

    a) Instrumentos de leitura directa - so fceis de usar, so portteis e do origem

    a um sinal em tempo real o que permite detectar rapidamente variaes de

    concentrao. Os instrumentos de leitura directa no apenas respondem aos

    COVT (Compostos Orgnicos Volteis Totais), mas tambm a outros compostos

    orgnicos, especialmente a COMV (Compostos Orgnicos Muito Volteis).

    Os instrumentos de leitura directa, so por exemplo, o detector de ionizao por

    chama (FID) e o detector de fotoionizao (PID). Um outro instrumento de

    leitura directa para COVs, o sensor fotoacstico (PAS).

    Princpio de Medio:

    FID, o composto orgnico queimado numa chama de hidrognio e ar,

    gerando ies que so atrados para um elctrodo colector. A corrente elctrica

    resultante amplificada e registada. A intensidade do sinal depende em

    primeiro lugar do nmero dos tomos de carbono da molcula, mas tambm

    influenciada pela estrutura e carcter da molcula. Logo, a mesma quantidade

    de molculas de dois COVs diferentes, com o mesmo nmero de carbonos,

    Tabela 4- Mtodos de referncia, mtodos equivalentes e requisitos mnimos para monitores portteis de leitura em tempo real dos

    parmetros poluentes em termos do RSECE.

    (Fonte: NOTA TCNICA NT-SCE-02 Metodologia para auditorias peridicas de QAI em edifcios de servios existentes no

    mbito do RSECE)

  • 15

    podem originar dois sinais diferentes. O FID muito estvel. o detector

    mais comum usado para os COVs uma vez que detecta um grande nmero

    de COVs.

    No PID os COVs so ionizados atravs de radiao ultravioleta (UV). A

    energia da lmpada de UV suficiente para ionizar a maioria dos COVs,

    mas no todos. Por exemplo, alguns compostos clorados no so ionizados.

    Para alguns COVs, o PID mais sensvel que o FID, no entanto, o PID pode

    ser menos estvel que a FID para alguns compostos, de modo que a resposta

    pode apenas ser vista como um indicador de COVT. Em regra, pode-se medir

    qualquer composto com energia de ionizao (EI) inferior dos fotes

    produzidos pela lmpada (11,8 eV).

    O PAS combina a variao de presso dos vapores dos compostos orgnicos

    volteis causados pela absoro da radiao infravermelha e o aumento de

    temperatura resultante, com a deteco acstica. Isto conseguindo,

    modulando a intensidade da luz infravermelha (por alterao do feixe de luz)

    com uma frequncia acstica. A resposta do PAS depende do (s)

    comprimento (s) de onda da luz infravermelha, usada para a deteco e as

    interferncias como o vapor de gua e metano requerem um a ateno

    especial.

    b) Dispositivos Passivos - Os amostradores passivos de compostos orgnicos

    volteis esto disponveis com nveis de sensibilidade na gama das partes por

    bilio (ppb). Estes amostradores usam como adsorvente o carvo activado ou

    outros, e podem ser utilizados para perodos de amostragem de 8 horas a uma

    semana. O tubo de passivao enviado em seguida para um laboratrio para se

    proceder anlise qumica.

    A maioria das anlises de COVs de ar interior, so executadas usando a

    amostragem num adsorvente e subsequente separao por cromatografia gasosa

    acoplada com detectores de ionizao de chama, (FID), um detector de captura

    de electres (ECD), um detector de fotoionizao (PID), ou um espectrmetro

    de massa (MS). No entanto, se for dada especial ateno a determinadas classes

    especficas de COVs, devem ser usadas outras tcnicas para alm da CG. Por

    exemplo, os aldedos so geralmente determinados usando cromatografia lquida

    de alta eficincia (HPLC), aps a derivao com a 2,4-dinitrofenil-hidrazina. O

  • 16

    nmero de procedimentos de GC usados para analisar COVs no ar interior

    muito vasto e no pode ser recomendado apenas um como o nico possvel.

    Existem essencialmente dois mtodos para a transferncia dos compostos

    orgnicos da amostra. A extraco dos COVs retidos no adsorvente com um

    solvente lquido orgnico, e em seguida anlise por cromatografia gasosa GC

    acoplada com um detector especfico, e a desoro trmica seguida anlise por

    cromatografia gasosa GC com um detector especfico.

    O Tenax TA o adsorvente mais utilizado em estudos de COVs em ambientes

    interiores, pois apresenta uma estabilidade trmica elevada, permitindo a

    completa desadsoro trmica dos compostos volteis colhidos. Outra vantagem

    apontada a este adsorvente a capacidade para reter uma larga gama de classes

    de compostos e a sua baixa afinidade para a gua.

    c) Dispositivos Activos - Os dispositivos activos mais usados para a amostragem

    dos compostos orgnicos volteis e muito volteis, so recipientes em vidro

    (ampolas) ou em metal, em que feito previamente o vcuo, de forma a recolher

    o ar sem necessidade da interveno de sistemas de bombagem, evitando-se o

    contacto com o ar amostrado e os rgos internos da bomba. Os recipientes mais

    conhecidos so os canisters em que preferencialmente so passivados

    internamente, isto revestido com um filme de slica a fim de minimizar as

    perdas por reaces qumicas dos compostos orgnicos polares e a parede

    interna do recipiente. Os canisters so comercializados em diferentes

    capacidades desde de 0,8 a 6 L.

    As amostras de ar tambm podem ser recolhidas a uma presso superior

    presso atmosfrica, com o auxlio de um sistema de bombagem j referido. A

    bomba de amostragem no deve funcionar a leo. Os rgos internos da bomba

    de amostragem devem ser construdos com material inerte (ex., teflon), e isento

    de interferentes. Os canisters so depois transportados para o laboratrio de

    forma as amostras de ar serem analisadas.

    O processo de transferncia dos COVs para o GC, dever ser realizada atravs

    de um sistema prvio da concentrao da amostra num ponto focal com

    adsorventes qumicos (ex., carvo activado, Tenax, etc.), de forma em seguida

    serem rapidamente transferidos para o GC atravs de desoro trmica.

  • 17

    8. O uso dos COVs como indicador da QAI

    O indicador de COVT (Compostos Orgnicos Volteis Totais) pode ser usado em

    testes de materiais, como indicador de ventilao, e na identificao de fontes ou

    actividades poluidoras.

    Teste de materiais - Quando se testam materiais e as suas emisses, os COVT

    podem ser usados para categorizar os materiais.

    Indicador de ventilao insuficiente ou deficiente - A concentrao de qualquer

    poluente num dado espao interior, corresponde a um balano do que introduzido

    nesse espao e o que removido pela ventilao. Se ocorrem num espao de um

    edifcio, concentraes elevadas de COVT, isto pode indicar que existe uma fonte

    interior ou exterior ou, se no for o caso, que a ventilao geral ou local inadequado.

    Os COVT medidos por um instrumento de leitura directa podem ser usados para avaliar

    da ocorrncia de uma m eficincia de ventilao.

    Identificao de actividades poluidoras - Os COVT podem ser medidos com um

    instrumento de leitura directa para a identificao fontes de emisses. A identificao e

    quantificao de todos os COVs que esto presentes no ar interior, difcil se no

    mesmo impossvel. Por esta razo, foi adoptada um modo mais simples de expressar os

    resultados das medies de COVs, atravs do indicador a saber COVT.

    O valor de COVT deve ser sempre usado com precauo, especialmente em ambientes

    interiores no industriais, onde factores ambientais, tais como, temperatura, humidade,

    ventilao etc., se encontrem fora das escalas normais.

    9. Concluso

    Em muitos edifcios, a falta de qualidade do ar interior tem tido um impacto

    crescente na sade dos seus ocupantes, dando origem a doenas crnicas (alergias

    respiratrias, cutneas, etc.) para alm de afectar os padres de comportamento dos

    ocupantes com reflexos significativos no bem-estar e na produtividade dos mesmos. O

    controlo da QAI no interior dos edifcios sem dvida, um problema de sade pblica

    que importa solucionar, em benefcio dos seus ocupantes. Segundo a OMS o papel

    desempenhado pela qualidade do ar interior de estrema importncia para a sade

  • 18

    pblica. Entre as razes que levam ao reconhecimento dessa importncia podemos

    referir que, nas sociedades actuais grande parte das nossas vidas passado dentro de

    edifcios, seja por motivos de trabalho, ou de lazer. Tal comportamento afecta cada vez

    mais a nossa sade, como tal necessrio preservar a qualidade do ar que respiramos

    em especial em espaos fechados como os edifcios.

    Atravs da realizao deste trabalho, que consistiu num estudo mais minucioso

    relativo importncia dos COVs, podemos verificar que este parmetro um dos mais

    importantes no que diz respeito qualidade do ar. Das vrias concluses que foi

    possvel retirar deste trabalho h que destacar o facto de embora os valores encontrados

    de COVs consultados em diferentes estudos nunca ultrapassarem os valores legalmente

    estipulados, estes valores poderiam ser reduzidos ainda mais com a implementao de

    algumas medidas de mitigao. As principais medidas passariam pela utilizao de

    outro tipo de material tanto na construo dos prprios edifcios como no mobilirio,

    pois como foi referido anteriormente neste trabalho esses dois factores so as principais

    fontes de emisso de COVs.

    Em suma, e no actual contexto socio-econmico mundial importante olhar para a

    temtica da QAI tambm como uma possvel mais-valia em termos econmicos, pois

    segundo a OMS A sade e o bem-estar no local de trabalho so dois dos principais pr-

    requisitos para o alcance de uma boa produtividade e de um bom desempenho. Deste

    modo, a manuteno de uma inadequada qualidade do ar no interior dos locais de

    trabalho fechados, pode afectar a sade dos trabalhadores e diminuir a produtividade da

    empresa, originando prejuzos financeiros.

  • 19

    10. Referncias Bibliogrficas

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